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1 O que são Prensas? As prensas são máquinas ferramentas em que o material placa ou chapa é trabalhado sob operações de conformação ou corte e são utilizadas, principalmente, na metalurgia básica e na fabricação de produtos de metal, máquinas e equipamentos, máquinas de escritório e equipamentos de informática, móveis com predominância de metal, veículos automotores, reboques e carrocerias. As prensas são usadas para conformar, moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças. Nesses processos existe sempre um martelo (punção) cujo movimento é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de um sistema mecânico (em que o movimento rotativo é transformado em linear através de um sistema de bielas, manivelas ou fusos). Há uma grande diversidade de prensas, que variam quanto ao tipo, modelo, tamanho e capacidade de aplicação de força ou velocidade. No mercado, encontramos prensas com capacidade de carga de poucos quilos até prensas de mais de 50.000 toneladas de força. No parque industrial brasileiro a maioria das prensas é do tipo excêntrico que é a mais perigosa. O acionamento das prensas pode ser feito por pedais, botoeiras simples, por comando bimanual ou por acionamento contínuo. Quais os elementos básicos em uma prensa? Cadeia cinemática Conjunto de todas as peças que geram o movimento para ser aplicado no martelo. Fazem parte da cadeia cinemática as peças: volantes, engrenagens, eixos, guias, correias entre outras. Biela Peça que faz a conexão entre o conjunto de tração e o martelo. Martelo 1

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O que são Prensas?

As prensas são máquinas ferramentas em que o material placa ou chapa é trabalhado sob operações de conformação ou corte e são utilizadas, principalmente, na metalurgia básica e na fabricação de produtos de metal, máquinas e equipamentos, máquinas de escritório e equipamentos de informática, móveis com predominância de metal, veículos automotores, reboques e carrocerias.

As prensas são usadas para conformar, moldar, cortar, furar, cunhar e vazar peças.

Nesses processos existe sempre um martelo (punção) cujo movimento é proveniente de um sistema hidráulico (cilindro hidráulico) ou de um sistema mecânico (em que o movimento rotativo é transformado em linear através de um sistema de bielas, manivelas ou fusos).

Há uma grande diversidade de prensas, que variam quanto ao tipo, modelo, tamanho e capacidade de aplicação de força ou velocidade.

No mercado, encontramos prensas com capacidade de carga de poucos quilos até prensas de mais de 50.000 toneladas de força. No parque industrial brasileiro a maioria das prensas é do tipo excêntrico que é a mais perigosa. O acionamento das prensas pode ser feito por pedais, botoeiras simples, por comando bimanual ou por acionamento contínuo.

Quais os elementos básicos em uma prensa?

Cadeia cinemática

Conjunto de todas as peças que geram o movimento para ser aplicado no martelo. Fazem parte da cadeia cinemática as peças: volantes, engrenagens, eixos, guias, correias entre outras.BielaPeça que faz a conexão entre o conjunto de tração e o martelo.MarteloPeça à qual, numa extremidade, fixa-se o estampo e que aplica a força necessária para fazer a conformação da peça.Zona de prensagemEspaço entre o martelo e a mesa da prensa, onde se coloca o ferramental. É a área onde o martelo aplica a força e na qual o operador deve concentrar toda a sua atenção, pois é onde realiza seu o trabalho ou atividade.Comando bimanualDispositivo de segurança da prensa que exige que o operador mantenha as duas mãos nos botões de acionamento para que a máquina comece a funcionar.Estrutura

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Armação da prensa que pode ser confeccionada em ferro fundido, aço fundido ou em chapa de aço soldada.Categorias de riscoTodos os elementos de controle elétricos ou eletrônicos, responsáveis pela parada ou início de movimentos em prensas, devem obedecer à categoria de riscos nível quatro da NBR 14153. Esta norma brasileira é baseada na norma européia EN 954-1 que determina cinco níveis de análise de riscos, e que é utilizada para efetuar controles que evitem falhas.As categorias apresentadas a seguir representam uma classificação de aspectos de segurança de um sistema de controle, que se referem à capacidade de uma unidade de produção resistir a falhas e seu desempenho quando uma falha ocorre. Categoria BEsta categoria – que não inclui nenhuma medida especial para segurança, mas que é a base para as demais categorias - considera que o projeto de uma unidade de produção deve contemplar condições básicas de segurança do trabalho, levando em conta o tipo de trabalho que será executado e os materiais que serão processados. Além disso, deve prever a vibração, alimentação elétrica e campos elétricos externos.Em outras palavras ela determina que partes de um sistema de controle da segurança ou de seus dispositivos ou componentes devem ser projetados, construídos, selecionados, montados e combinados de acordo com padrões relevantes de modo que possam resistir a todas as solicitações a que serão submetidos. A previsão de todos estes aspectos leva a uma categoria considerada de prevenção de risco mínimo.Categoria 1 Inclui as condições de segurança especificadas pela categoria B e, além disso, os sistemas de controle mecânico devem estar de acordo com critérios de qualidade previstos.

Tem como objetivo a PREVENÇÃO de falhas. Categoria 2Esta categoria contempla as condições da categoria B e inclui os dispositivos que evitam a partida em caso de uma falha detectada. Isto sugere o uso de relés de interface com redundância e auto-verificação de energização. Permite-se a operação mediante um canal simples, sempre que o dispositivo de partida seja absolutamente efetivo e testado para o uso em condições normais. Se o teste for garantido, deve-se optar por um controle de duplo canal.Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas (ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas, mas detectadas e corrigidas).Categoria 3Esta categoria contempla todas as condições da categoria B, incluindo os sistemas de segurança projetados de forma que uma simples falha não leve à perda de funções de segurança e a simples falha possa ser detectada. Isto alerta não somente para o uso de sistema redundante no relé de interface, como também nos

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dispositivos de entrada, usando-se sistemas de duplo canal. Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas (ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas, mas detectadas e corrigidas).Categoria 4Esta categoria contempla todas as condições da categoria B, sendo que uma simples falha será detectada no momento, ou antes, de uma nova energização do sistema de segurança, sendo que a acumulação de três falhas consecutivas não deverá conduzir à perda da função de segurança. Deve ser considerada como a categoria com o mais de elevado risco.Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas (ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas, mas detectadas e corrigidas). Monitoramento e checagem são as chaves destas 3 últimas categorias.Reduzindo o riscoPodem-se reduzir os riscos, por meio de três diferentes ações:

Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto possível mediante a introdução de modificações no design da máquina.Tomar as medidas de proteção necessárias, em relação ao que não pode ser eliminado.Informar operadores para os riscos residuais, decorrentes de “ignorar” medidas recomendáveis ou adotar atalhos para realizar o trabalho.

Existe uma hierarquia entre as medidas que devem ser tomadas quando a eliminação do perigo não ocorre ainda na fase de projeto da máquina. São elas:

(a) Adotar proteções de enclausuramento

(b) Utilizar proteções móveis ou dispositivos de proteção tais como cortinas de luz, grades, etc.(c) Utilizar ferramentas de proteção (d) Fornecer informação, instrução, treinamento e supervisão.

Capacidade requerida

A maioria das operações de corte ou conformação deve contar com uma avaliação teórica da capacidade de força necessária para a execução, antes mesmo da escolha da prensa que irá executar o trabalho. Mas, é bom lembrar que operações de cunhagem, ou conformação com resultado de baixa absorção de energia, baixo deslocamento de material, costumam induzir a erros de avaliação e devem, por isso, contar com a realização de ensaios de produção com o uso de equipamentos que meçam a capacidade necessária. Uma prensa não deve ser usada em sua capacidade limite. É recomendável usar 70% da capacidade plena da máquina. Se a velocidade exigida para a realização do trabalho for acima de

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400gpm o mais recomendável é utilizar 50% da capacidade plena para garantir as tolerâncias dimensionais do conjunto.Efeito de mola (contra golpe)Em uma operação de corte, por exemplo, a força necessária para cortar o material, forçando a abertura da estrutura da prensa, deve ser igual à força de fechamento da estrutura após a realização do corte.Quando a ferramenta está fechada no seu limite e o martelo da prensa ainda continua em seu curso descendente, o corpo da máquina flexionará e o eixo sofrerá uma torção adicional. Assim que o ponto for ultrapassado, ocorrerá o fenômeno Efeito Mola (contra golpe), atirando o martelo para cima, enquanto o corpo volta ao seu estado original. O forte contragolpe atinge o eixo, engrenagens e chavetas. Há uma intensificação deste efeito em máquinas com longo tempo de uso, que consequentemente possuem folgas maiores.A intensidade do contragolpe é maior do que o esforço realizado no próprio trabalho. Portanto, todo cuidado é pouco nas operações de instalação e ajustes de estampos. O dimensionamento incorreto de uma prensa para a realização de um determinado trabalho pode aumentar o efeito mola e consequentemente a probabilidade de gerar acidentes.O perigo da velocidadePara aumentar a produtividade, muitas vezes, os usuários de prensas excêntricas aumentam a rotação do volante das prensas, pois quanto mais golpes conseguem-se mais peças por minuto. Há que se considerar, no entanto, que esta é uma situação de grande risco.Em uma prensa excêntrica, o sistema de armazenamento de energia é o volante de inércia. Ao aumentar a rotação do volante ocorre uma alteração completa das características do projeto inicial da máquina.Considere a equação e = m.(vp)2.A energia (e) disponível no volante é a massa da coroa (m) deste volante vez a velocidade periférica da coroa (Vp), ao quadrado. Ou seja, ao aumentar a velocidade do volante, aumenta-se sua capacidade de armazenamento de energia ao quadrado.Cabe ao fabricante da prensa determinar quais as velocidades mínimas e máximas da prensa e ao usuário obedecer às especificações. Se a energia disponível na cadeia cinemática de uma prensa superar a capacidade de resistência mecânica dos diferentes elementos do conjunto, pode ocorrer um grave acidente.

"Eixo rompido" "Martelo rompido""Volante"

TIPOS

1) Chavetas: o fim das “máquinas mortíferas”

O item 9 do Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares (PPRPS), diz:

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“As prensas mecânicas excêntricas e similares de engate por chaveta não podem permitir o ingresso das mãos ou dos dedos dos operadores nas zonas de prensagem, devendo adotar as seguintes proteções na zona de prensagem:

a) ser enclausuradas, com proteções fixas ou operar somente com ferramentas fechadas.

2) Martelo Pneumático

O funcionamento:

Essa máquina possui uma câmera pneumática que fica constantemente pressurizada por meio de válvulas especiais e que mantém o martelo suspenso. Aciona-se o pedal para liberar o ar-comprimido que retém o martelo, possibilitando sua descida, tanto pela força da gravidade quanto pela força exercida pelo ar-comprimido em outra câmera.

O usoForjamento a quente de peças metalúrgicas.

Riscos envolvidos ou falhas possíveis

Por não ter acionamento elétrico e/ou redes pneumáticas, não permite a instalação de dispositivos de segurança mais modernos (opto eletrônicos).

• Quando o martelo é acionado, a câmara é fortemente pressionada, podendo fazer com que os parafusos da cabeça do amortecedor sejam expelidos com enorme força, arremessando-o a elevados níveis de altura.

• Como o trabalho é realizado em altos níveis de temperatura e em que se usam produtos químicos à base de enxofre, o operador pode passar mal e cair dentro da área de risco.

• Quando o martelo é acionado sob forte pressão do ar ou devido à pressão do choque do martelo na peça, um de seus parafusos pode soltar-se e ser arremessado como um projétil.

• Acionamento acidental do pedal, liberando o ar-comprimido e consequentemente o martelo.

O Sistema de proteção

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• Parafusos: devem ser amarrados com cabos de aço 1/8, fazendo uma trama que funcione como impedimento à sua projeção • Parafuso central da cabeça do amortecedor: deve ser preso à máquina com cabo de aço para evitar que seja ejetado. • Mangote da entrada de ar: deve ser protegido para impedir sua projeção em caso de ruptura. • Zona de operação: deve ser colocada uma barra de proteção móvel, que sirva de recurso para o operador se apoiar em caso de queda, escorregão, mal estar, etc.

3) Prensa excêntrica com freio/embreagemO funcionamento

O motor elétrico transmite movimento de rotação para o volante que gira em falso. O volante está sobre o eixo principal ou intermediário que, quando acionados os botões do conjunto bimanual com simultaneidade, recebe o sinal da válvula pneumática de segurança máxima, permite a passagem de ar acoplando o conjunto de embreagem e coloca em movimento rotativo o eixo. Por sua vez, com movimento de rotação do eixo, o conjunto da biela/excêntrico movimenta o martelo da prensa no sentido vertical. O usoEstampagem de peças metálicas para indústria automotiva, fabricação de utensílios domésticos, etc.Riscos envolvidos ou falhas possíveis

Sem os equipamentos de segurança pode funcionar ou repicar sem o comando do operador.

Quebra dos parafusos esféricos fazendo o martelo descer. O estampo pode cair e atingir os membros do operador. As prensas podem ter mais de 4 metros de altura. Nesses

casos, quando o mecânico ou eletricista necessitam fazer a manutenção não têm onde pisar ou prender o cinto de segurança.

A troca ou ajuste de ferramenta representa perigo, por isso certos cuidados devem ser tomados.

O transporte da ferramenta pode provocar acidentes.O Sistema de proteção da prensa excêntrica com freio e embreagemEscadas de acesso e plataforma de manutenção: plataforma com chapa xadrez, grade ou treliçada em volta de toda prensa e escada de acesso do tipo marinheiro.Controlador lógico programável: usado para fazer a lógica de controle da prensa com segurança. Possui redundância, diversidade de componentes e auto-detecção de falhas.

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Relés de segurança da prensa excêntrica com freio e embreagemA possibilidade de uma parada segura.Comando bimanual de Válvula de segurança máxima: deve ser instalada no sistema de funcionamento pneumático da prensa para garantir que não repique, ou seja, que pare a prensa.

Cortina de luz: garante a paralisação da prensa quando o operador coloca a mão na zona de prensagem. É preciso ter cuidado para que a instalação esteja correta.

Simultaneidade: dispositivo que garante que o operador mantenha as duas mãos no dispositivo bimanual até que a prensa execute a operação; se ele retirar a mão do dispositivo, a prensa pára automaticamente.O que é prensa excêntrica com freio e embreagemTipo de máquina que pode ser desligada em qualquer ponto antes do girabrequim completar um ciclo e o martelo completar sua descida. Tem elevado custo de instalação, exige manutenção periódica e é relativamente complexa em seus conjuntos mecânicos e de acionamento. É altamente confiável.Seu acionamento é pneumático; depois de acionada a válvula de segurança, o uma pequena quantidade de ar é introduzida na câmara que libera o freio e aciona a embreagem; uma vez executado o ciclo, o ar é liberado a prensa pára por ação do freio que é acionado por mola.Comentários:Esta máquina é menos perigosa que as de engate com chaveta, pois apresenta precisão na parada dos movimentos. Máquinas mais antigas devem ser adquiridas com as proteções necessárias ou devem ser instaladas.

4)Prensas excêntricas

As prensas excêntricas têm uma capacidade nominal de operação para executar uma determinada peça. As aplicações devem ser previstas levando-se em conta a quantidade de toneladas para executar uma peça. Os equipamentos que trabalham sem levar em conta a capacidade nominal de operação podem estar funcionando em situação irregular de trabalho sem que o usuário o saiba. A dificuldade do cálculo da força aplicada é conseqüência da disposição física do conjunto eixo excêntrico e conjunto biela/martelo. A força resultante sobre o martelo é função do torque disponível no eixo excêntrico e sua posição em relação à linha central de força, que tem como resultado uma força variável em relação à posição do eixo que muitas vezes é maior que a força nominal que a máquina foi projetada para suportar.Observe abaixo como, matematicamente, é possível aplicar uma força infinita numa prensa excêntrica. Na prática, a aplicação de uma

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força infinita só não é possível, pois um ou mais componentes da prensa irá se romper.Uma situação de sobrecarga no uso da prensa pode provocar acidentes que podem ir da simples quebra de uma biela até a ruptura da estrutura. Além das perdas materiais, a sobrecarga pode provocar acidentes com os operadores, pois as partes da máquina que se rompem podem vir a atingi-los com conseqüências imprevisíveis. As prensas excêntricas são projetadas para proporcionar capacidade nominal quando a trajetória do centro da biela se acha a trinta graus (alfa = 30°) do PMI – Ponto Morto Inferior. É preciso conhecer o trabalho efetuado no final do curso, pois o operador pode sobrecarregar, sem perceber, todos os componentes da máquina, uma vez que a prensa tem em seu volante, energia suficiente para proporcionar uma força efetiva no martelo muitas vezes superior à sua capacidade.O cálculo da força exata necessária para a execução de um trabalho não é simples, principalmente em estampos complexos. É difícil reunir, na prática, as condições ideais da prensa e da ferramenta e ainda confiar na uniformidade do material utilizado.A maneira mais segura de trabalho é adotar as prensas excêntricas com indicadores de carga ou força. Estes instrumentos mostram a força real aplicada durante a operação de prensagem e normalmente oferecem condições de supervisão e controle e interrompem o funcionamento da prensa quando se ultrapassa o limite permitido da força.Prevenção de possíveis causas de sobrecarga em prensas excêntricasA sobrecarga ocorre quando a execução do trabalho necessita de uma capacidade maior do que a prensa pode oferecer.O usuário poderá sobrecarregar a prensa quando:Efetuar uma regulagem muito baixa do martelo. É necessária uma atenção especial na regulagem da altura do martelo. Operadores ou trocadores de ferramentas necessitam de uma boa orientação para compreenderem os procedimentos corretos e os riscos envolvidos na troca e instalação dos estampos.Há uma variação da espessura do material a ser trabalhado. É preciso muito cuidado na troca da matéria-prima, pois variações mínimas de espessura poderão acarretar grandes alterações na capacidade necessária.Há uma variação na resistência do material a ser trabalhado. Os materiais podem ter a mesma aparência ou bitola, mas pode haver uma grande diferença na resistência mecânica, o que causa grandes transtornos.Acidentalmente ou intencionalmente, por falta de extração, coloca-se, no dispositivo de alimentação, uma peça sobre a anterior, que não foi retirada. É necessária uma atenção especial, principalmente em sistemas automáticos de alimentação, em que não há a interferência do operador todo o tempo.

5) Prensa Hidráulica

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O funcionamento: O movimento de descida e subida do martelo é executado pela ação de um ou mais cilindros hidráulicos atuados por unidade hidráulica. A velocidade de descida e subida, a forma de operação e o curso do martelo são definidos pelo projeto.

Este sistema se diferencia dos martelos de queda ou dos marteletes pelo fluído que exerce pressão sobre o martelo, ou seja, o óleo injetado por bombas hidráulicas de alta pressão de motores potentes. Em outras palavras, o martelo se movimenta por força de um pistão que se desloca num meio fluido (óleo) dentro de um cilindro. Seu movimento é lento e pode ser interrompido a qualquer momento, sendo seus acessórios principais: bomba, canalizações e válvula de controle do óleo.

O uso

Processo de fabricação de forjados (eixos, virabrequim, bielas e etc.) ou no repuxo de grandes peças ou quando a força de conformação deve ser a mesma em todo o seu curso descendente, podendo-se alterar as velocidades de conformação.

O Sistema de proteção

Escada de acesso e plataforma de manutenção: plataforma com chapa xadrez, grade ou treliça em volta de toda prensa e escada de acesso do tipo marinheiro.

Controlador lógico programável: usado para fazer a lógica de controle da prensa com segurança. Possui redundância, diversidade de componentes e auto detecção de falhas.

Relés de segurança: possibilidade de uma parada segura.

Válvula de segurança máxima: deve ser instalada no sistema de funcionamento pneumático da prensa para garantir que a prensa pare.

Cortina de luz: garante a paralisação da prensa quando o operador coloca a mão na zona de prensagem. É preciso ter cuidado para que a instalação esteja correta.

Comando bimanual de simultaneidade: dispositivo que garante que o operador mantenha as duas mãos no dispositivo bimanual até que a prensa execute a

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operação; se ele retirar a mão do dispositivo, a prensa pára automaticamente.

Os dispositivos de proteção não podem, eles mesmos, criar perigo para o operador, devendo sempre que possível ser acoplado firmemente à máquina.

O que é: Prensa que pode ser parada em qualquer ponto de seu ciclo e em que a força exercida pelo martelo é constante.

Comentários: Como as prensas hidráulicas são mais lentas que as mecânicas, muitas vezes podem-se ter a impressão que são mais seguras, contudo, isso não é verdade. Há casos de acidentes fatais na operação destas prensas.

6) Prensas Hidráulicas e Freio / Embreagem: como torná-las seguras?

Quando o assunto é a segurança das prensas hidráulicas, mecânicas excêntricas com freio / embreagem e similares, o Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares diz que devem ser adotadas as seguintes proteções na zona de prensagem:

a) ser enclausuradas ou

b) operar somente com ferramentas fechadas ou

c) possuir comando bimanual com simultaneidade e auto-teste conjugado com cortina de luz com auto-teste.”

Como já vimos com relação a prensa de engate chaveta, o enclausuramento e as ferramentas fechadas são formas não muito eficazes para resguardar operadores que buscam, com a idéia de aumentar a produtividade, burlar essas proteções, retirando-as e não colocando de volta, por mais que o risco de um acidente seja, desta maneira, ampliado.

Resta, então, apenas uma alternativa: utilizar comandos bimanuais e cortinas de luz conjugados. Além de colocar que ambos devem ser usados em conjunto, o Programa também exige que o comando bimanual tenha simultaneidade e auto-teste, sendo este último exigido também para as cortinas de luz. Mas, o que são simultaneidade e auto-teste? Por que estas exigências nos equipamentos?

No caso dos comandos bimanuais, a simultaneidade ocorre quando ambos os botões devem obrigatoriamente ser apertados num intervalo máximo de 0,5 segundos para que a máquina seja acionada.

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O auto-teste impede, em ambos os equipamentos, que haja falhas na segurança. Assim, as cortinas de luz enviam sinais de um lado para outro, como teste, de tempos em tempos (conforme regulagem), mesmo que não estejam sendo utilizadas, para que, quando a mão do operador a atravesse, por exemplo, a máquina seja realmente desligada. É importante ficar atento que nem todas as cortinas de luz e comandos bimanuais que estão no mercado atendem aos requisitos do PPRPS. Para que estes produtos estejam de acordo com o programa, estes devem dispor de certificação internacional que garante que suas características de segurança de acordo com as normas nacionais e Internacionais atuais vigentes. A ACE Schmersal conta, em sua Safety Division, apenas com produtos que são aprovados pelo Programa e que garantem a seus clientes que segurança em máquinas não será causa de acidentes.

Dobradeira

O funcionamento:

O princípio de funcionamento é o mesmo da prensa hidráulica: dois pistões que se encontram na parte superior da máquina são acionados assim que o operador pisa no pedal que fica ao nível do chão. O martelo da dobradeira desce vagarosamente e conforma o material segundo a matriz acoplada no martelo.O usoFabricação de peças e perfis dobrados em gráficas, indústrias metalúrgicas, etc.Riscos envolvidos ou falhas possíveis:

Movimentação dos eixos que podem atingir pessoas que passarem próximos à máquina.

Quando feita manualmente, a alimentação da máquina pode provocar sérios ferimentos ao operador ao inserir as mãos na zona de prensagem.O Sistema de proteçãoA proteção da zona de prensagem com a utilização de grades de segurança é muito difícil de ser realizada. Pode-se utilizar, no entanto, sensores ópticos como dispositivos de proteção.Comando bimanual: deve ser utilizado com simultaneidade de modo que o operador tenha que manter as mãos no comando durante a operação e até o final da queda livre do punção. O operador só poderá acionar o pedal a partir desse momento.

Cortina de luz: pode ser usada com a maioria das operações com dobradeiras. Elas possuem recursos de controle de

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resolução que permitem que não detectem uma placa, mas detectem a mão humana.

Proteção dos batentes traseiros: Na parte traseira das dobradeiras, existem eixos cujos movimentos podem provocar acidentes. Para evitá-los é necessário impedir, com proteção adequada, o acesso das pessoas a essa área de risco.

O que é: Máquina que realiza o dobramento de estruturas metálicas e de outros materiais.

Comentários: Muitos são os acidentes causados por essas máquinas, pois a matriz não pode ser enclausurada.

Guilhotina

O funcionamento

O princípio de funcionamento é o mesmo da prensa mecânica com engate por chaveta e por fricção, e da prensa hidráulica. A guilhotina difere das demais máquinas pelo seu movimento vertical, que é feito pelo suporte das lâminas de corte. A movimentação vertical da lâmina é conseguida por braços laterais que funcionam como alavancas.

O uso

Corte de metais ou outros materiais (papel, plástico, etc.)

Riscos envolvidos ou falhas possíveis.

O perigo maior reside no ponto de operação onde o material é inserido, segurado e retirado. A parte traseira também oferece risco.

O Sistema de proteção

Proteção no volante e na área de corte, por meio de:

Grades de segurança feitas de chapa de aço ou fibra de vidro

As grades monitoradas por fins-de-curso de segurança, ligados a relés e válvulas de segurança ou ao acionamento do motor elétrico param o movimento de risco - a descida do martelo - sempre que forem levantadas ou removidas.

CLP: permite a autodetecção de falhas. Relés de segurança: utilizados para garantir uma parada segura

do punção. Comandos bimanuais Cortinas de luz: têm a capacidade de diferenciar uma placa de

um membro humano.

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Válvulas de segurança possíveis de serem utilizadas caso a guilhotina seja acionada por circuitos elétricos.

O que é: Tipo de prensa que dispõe de uma lâmina móvel utilizada para cortar chapas ou placas diversas (de aço, de papel, etc.), sem deixar rebarbas. Essa lâmina, também conhecida por faca de corte, é a principal ferramenta da guilhotina (cuja qualidade é decisiva para determinar o máximo rendimento do equipamento). Essas máquinas, como as prensas, podem ser mecânicas ou hidráulicas.

Comentários: Raramente, encontram-se guilhotinas com algum tipo de proteção, a não ser uma proteção física na área de corte; essas máquinas são muito velozes pois para realizar o cisalhamento, o processo gasta apenas o tempo de deslocamento do punção.

As guilhotinas mais antigas são operadas a pedal e a alavanca; nas máquinas mais modernas, o comando de funcionamento se dá por meio de um comando bimanual sincronizado.

Pedal

Características:

É uma alavanca projetada para ser operada pelos pés do operador, em prensas do tipo com engate por chaveta.

Dispositivo que permite que o operador controle o funcionamento da prensa, ativando-a ou parando-a com um de seus pés.

O pedal pode ter atuação elétrica, pneumática ou hidráulica. É proibida, pelo Parágrafo 1º da Clausula 6ª da Convenção, a

utilização de pedais com acionamento mecânico em prensas ou equipamentos similares.

O pedal deve ser instalado numa caixa de proteção.

Comentários: Os pedais de acionamento devem ser usados em prensas que têm sua zona de prensagem enclausurada ou utilizam somente ferramentas fechadas, pois o operador pode inadvertidamente ativar a prensa enquanto suas mãos se encontram na zona de prensagem.

Calço de SegurançaCaracterísticas:

É um acessório que serve travar o martelo da prensa quando da troca ou manutenção de estampos, ou manutenção da própria prensa.

O operador deve calçar o martelo, pois ele pode descer mesmo com a prensa desligada, antes mesmo de colocar o estampo sobre a mesa da prensa.

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Pode ser feito de aço ou madeira (cabreúva). Nunca deve ser utilizado com a máquina em funcionamento. Deve ter ligação eletromecânica, ou seja, deve ser ligado na

tomada elétrica da prensa. Com esse dispositivo, a máquina não entra em funcionamento se o “macho” for retirado da tomada (pois cessa a corrente elétrica).

Deve ser pintado de cor amarela.

Comentários: Se a máquina entrar em funcionamento com o calço sob seu martelo ele será fragmentado e os seus estilhaços podem ser arremessados em grande velocidade causando sérios acidentes.

Válvulas Pneumáticas e Hidráulicas

Características:

Dispositivos eletromecânicos instalados na rede de ar comprimido ou rede de óleo.

Válvulas hidráulicas fazem funcionar o sistema de freio fricção nas prensas hidráulicas.

Válvula a ar faz funcionar sistema de freio e embreagem nas prensas de freio-fricção.

Câmaras azuis: conectadas a atmosfera Câmaras vermelhas: ar com pressão de 4 a 6 kgf./cm² Sem ar o freio está acionado e a embreagem é solta A válvula comanda a feia fricção (partida e parada da prensa) Quando o sistema elétrico é acionado, a válvula é acionada e

entra ar empurrando a mola, libertando o freio e acionando a embreagem. Neste momento, o martelo da prensa desce. A válvula faz um movimento de pistão (sobe e desce)

Comentários: Há o risco de se a válvula enroscar ou deslocar lentamente a câmara continuar pressurizado; nesse caso, o sistema de embreagem é acionado e a prensa acionada repica. Para maior segurança no caso de falha, os mecânicos usam instalar válvulas em série ou válvulas paralelas. Jamais recondicionar válvula de ar. Nunca "acreditar" que as válvulas de segurança funcionam perfeitamente; não existem margens para suposições nestes casos.

Válvulas Pneumáticas e Hidráulicas em Série

Características: Para evitar problemas com a válvula pode-se colocá-las em série, mas mesmo assim podem ocorrer problemas.Comentários: Causas de uma provável repetição do golpe da prensa:

Mesmo que uma das válvulas permaneça aberta é possível operar a prensa.

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Quando uma das válvulas permanece aberta, não há nenhuma indicação de falhas.

Não há monitoramento sobre os estados dos assentos de vedação.

O retorno lento da válvula retarda a despressurização.

Válvulas Pneumáticas e Hidráulicas em ParaleloCaracterísticas:

Colocar as válvulas em paralelo é uma das formas de evitar que por enroscamento ou deslocamento de uma única válvula, a máquina venha a repicar.Comentários: Causas de uma provável repetição do golpe da prensa:

Se uma das válvulas estiver aberta é possível continuar operando a prensa.

Se uma das válvulas permanecer aberta ou demorar a fechar pode provocar um resíduo de pressão suficiente para manter a embreagem em funcionamento.

Não há monitoramento sobre os estados dos assentos de vedação.

O retorno lento da válvula retarda a despressurização.

NB 824Trata de válvulas de segurança ou alivio de pressão, focando em aquisição, instalação e utilização.

Válvulas de segurança máxima (SMx)Características:

Essas válvulas são assim chamadas porque são válvulas duplas com sistema de fluxo cruzado, sensorizadas e que garantem obediência ao comando.

Possuem dois conjuntos internos com construção tipo poppet acionados por solenóides independentes.

Conexões de entrada, saída e escape são comuns para os dois conjuntos.

Quando os solenóides são energizados simultaneamente os dois conjuntos são acionados.

Comentários:

Se houver falha em um dos conjuntos, se ele não abrir fechar ou tiver um deslocamento lento, a entrada é bloqueada.

O sistema de fluxo cruzado não permite vazamento excessivo e a pressão no freio/embreagem é praticamente zero (menor que 2% da pressão de entrada) e paralisa o martelo.

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Se houver falha, um sistema interno de monitoramento elétrico impede qualquer atuação.

Válvulas SMx CrossmirrorCaracterísticas:

Funcionamento da válvula com falha; Fluxo cruzado isenta de pressão residual; Monitoramento dinâmico totalmente pneumático; Bloqueio pneumático em caso de falha ( não utiliza pressostato,

micro - switch ou outros meios estáticos); Não existe nenhuma possibilidade de conexão errada; Exige reset após falha (de acordo com a Norma européia 692); Reset incorporado ou remoto; Pressostatos opcionais para sinalização de falha.

Comentários: Se a prensa possui sistema de freio e embreagem separados instalar uma válvula de segurança no sistema de freio e outra no sistema de embreagem interligando-as eletricamente. O sincronismo entre a atuação de freio e embreagem evita que a embreagem funcione com o freio engatado, o que produz um arraste do freio e danificação da prensa. O sincronismo evita ainda a queda do martelo da prensa por gravidade caso a embreagem e o freio não estejam engatados.Se há sincronismo, entre a atuação do freio e embreagem e na parada da prensa há sobreposição do freio e embreagem, o silenciador da válvula da embreagem é substituído por um imediatamente maior tornando a ação da embreagem mais rápida eliminando a sobreposição. Neste caso, não há redução da capacidade de exaustão da válvula do freio, garantindo sempre o menor curso/tempo de parada.

Se há sincronismo, no acionamento da prensa quando há sobreposição entre freio e embreagem, um redutor de vazão fixo é introduzido na flange da entrada P da válvula eliminando a sobreposição.

Interligação Elétrica entre válvulas:

As válvulas devem estar interligadas de modo que ou atuam as duas ou nenhuma;

Pressotatos instalados nas saídas das válvulas camuflam a cada ciclo da prensa. O monitoramento dos pressostatos por um CLP assegura o acionamento ou desligamento simultâneo das prensas.

Válvulas SMx monitoradas por Pressostato

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Características:

Exige a utilização de um controlador eletrônico CLP para monitorar os pressostatos.

O CLP deve ser de duplo canal.

A segurança depende da programação do CLP.

Comentários: É importante conectar corretamente os pressostatos.

Válvulas de SMx Tipo E-PCaracterísticas:

Com fluxo cruzado, se um dos êmbolos permanece atuado, ocorre apenas um pequeno vazamento.

A pressão no freio/embreagem é menor que 2% da pressão de alimentação.

O monitoramento é estático. Não atende a norma EN 692 (Europa). O microsswitch, responsável pelo bloqueio da válvula, pode não

ser corretamente conectado. Pode ser feito um "jump" no micro-switch.

Comentários: Em caso de falha, para voltar a operar normalmente, é necessário o acionamento de um reset que só pode ser feito com ferramentas adequadas, chave ou código eletrônico. A possibilidade de falha simultânea nos dois conjuntos é remota e a repetição de golpes é eliminada. A segurança do sistema depende do comando elétrico que deve ser projetado de acordo com as normas de segurança.

Bloqueio

Características:

São peças que permitem o travamento dos dispositivos de isolamento de energia. Ou seja, com esses dispositivos evitam-se energizações acidentais.

A manipulação incorreta de válvulas, o acionamento acidental de disjuntores de plugs industriais, de painéis elétricos, de chaves elétricas, etc. podem colocar em risco a vida dos trabalhadores.

Para as diferentes fontes de energia, existem inúmeros dispositivos de bloqueio que podem prevenir riscos no ambiente de trabalho e evitar a ocorrência de acidentes.

Tipos de dispositivos de bloqueio:

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Bloqueadores de válvulas: de esfera, de gaveta, borboleta, etc.

Multibloqueadores: em aço, em alumínio, em plástico, etc. Etiquetas de segurança . Cadeados industriais e supercadeado. Bloqueador

pneumático.

Comentários: É importante lembrar que o bloqueio é apenas uma das fases do controle de energia. Todos os dispositivos de comando devem ser sinalizados e bloqueados, o que inclui, naturalmente o bloqueio da energia elétrica. A decisão do quê e de como bloquear depende de cuidadosa análise de fontes de energia.

Bloqueador de Válvula: Esfera

Bloqueador de Válvula: Gaveta

Multibloqueador: em Alumínio

Multibloqueador: em Plástico

Etiquetas de Segurança

Cadeados Industriais

Supercadeado Bloqueador Pneumático

Análise de fontes de energia

Especificações e características do equipamento para análise de fontes de energia Modalidade de energia e magnitude • Elétrica – 440 v • Pneumática – 7kgf/cm2Descrição e localização de bloqueio ( DIE ) • Chave geral ( CH1 ) – Painel • Válvula ( V1 ) – na parte superior do equipamentoDispositivo de bloqueio a ser utilizado • Cadeado e multibloqueador • Bloqueio de válvula gaveta

Procedimento para o bloqueio e/ou alívio das energias • Desligue a chave e bloqueie com o cadeado e multibloqueador. Não há energia residual a ser avaliada. • Feche a válvula e alivie a pressão residual através da válvula V2 que se encontra abaixo do motor de esteira.

Procedimentos de testes e verificação - Verificar se o voltímetro se encontra na posição “0”. Tentar acionar

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a máquina (teste) através da botoeira de acionamento no painel (BA1). Tentar detectar a tensão pelo cabo elétrico de saída, com dispositivo apropriado. - Verificar se o manômetro (M1) indica pressão zero. Verificar, novamente, se a válvula V2 foi totalmente aberta.

Sistemas de Alimentação

Para que as prensas e similares possam realizar seu trabalho, é necessário colocar, na zona de prensagem, entre o estampo superior e o inferior, a matéria-prima, placa ou chapa - metálica ou de outro material qualquer - que resultará na peça que se quer conformar ou cortar.A esse processo de colocação e retirada é dado o nome de alimentação das máquinas.Aqui, você estudará, em mais detalhes, os seguintes sistemas de alimentação:BandejaGavetaGravidadeEsteira Mão mecânica

São mencionados na Convenção, além desses, a alimentação por robótica e os alimentadores automáticos (chamada de alimentação contínua).

BandejaCaracterísticas:

Um dispositivo circular como uma roda metálica com várias cavidades.

Nas cavidades é colocada a matéria prima. O operador gira a roda e pisa no pedal da prensa para a

conformação.

Comentários: Não oferece segurança total porque a matriz pode ser aberta pelo operador.

Gaveta

Características:

Dispositivo em forma de gaveta que leva a matéria-prima para a zona de prensagem.

O operador coloca a matéria-prima num dispositivo fora da matriz e empurra o dispositivo com a matéria-prima para a zona de prensagem para ser conformada.

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Comentários: Pode ser usada em qualquer tipo de prensa. Impede que o operador coloque as mãos na zona de prensagem.

Gravidade

Características:

Um dispositivo inclinado que se posiciona acima da zona de prensagem.

A matéria-prima é colocada no dispositivo pelo operador que, depois que a posiciona, aciona a máquina.

Por força da gravidade a peça escorrega pelo dispositivo até a zona de prensagem; ar comprimido expulso, a peça conformada para uma caixa de produtos acabados, que fica ao lado da prensa.

Comentários: Não oferece segurança total, pois o operador pode abrir a matriz e colocar as mãos na zona de prensagem.

EsteiraCaracterísticas:

Esteiras fora da matriz com velocidade constante. Sensor registra a presença de matéria-prima na entrada do

estampo que se abre. Matéria-prima cai na zona de prensagem e a prensa é acionada

e faz-se a conformação. A peça conformada é soprada por jatos de ar comprimido para

depósito.

Comentários: A matriz pode ser aberta pelo operador que pode colocar a mão sob a zona de prensagem. Para segurança total é necessária a instalação de cortinas de luz que interrompam a máquina em presença das mãos.

Sistema de Alimentação por Mão Mecânica

Características:

Pode ser robotizada, fazendo movimentos de colocação e retirada de matéria prima e produto acabado.

Pode ser complementada por cortina de luz, pois se o operador colocar a mão em zona de prensagem a prensa pára.

Comentários: Pinça magnética não é mão mecânica. Pinça magnética é um paliativo que não oferece a proteção necessária ao operador e deve ser evitada.

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Proteção FísicaQuando uma prensa ou similar está funcionando, há zonas de riscos às quais o prensista ou outras pessoas que se encontram no ambiente de trabalho podem acessar. Para evitar esse acesso, há barreiras físicas que podem ser usadas.

Neste curso, você estudará três formas de proteção física:

Enclauramento da ferramenta

Enclausuramento de parte da máquina Enclausuramento da área de operação

Enclausuramento de ferramentaCaracterísticas: O estampo é fechado e só permite a entrada do material, mas não da mão do operador. A proteção para enclausuramento do estampo deve ser:

Forte e robusta e não pode ser facilmente removida Fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato.

Comentários:

Pode ser utilizado em qualquer tipo de prensa. Deve ser previsto quando se projeta o estampo da prensa. Para alguns tipos de peça sua utilização não é possível.

Oferece segurança total.

Enclausuramento de parte da máquinaCaracterísticas:

É uma proteção mecânica de algumas partes da máquina:

Deve ser forte e robusta e fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato, na forma de grades, barras ou capas;

Quando o acesso a uma parte é constante, o enclausuramento deve ser feito por proteção que não seja facilmente removível; quando o acesso a ela é raro, a parte deve ser enclausurada por proteção fixa.

Comentários: Em qualquer equipamento, as partes móveis podem atingir o operador. A instalação de proteções mecânicas protege o operador.

Características:A proteção para enclausuramento da zona de prensagem pode ser fixa ou móvel, e deve ser:

Forte e robusta e não pode ser facilmente removida

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Fabricada em chapa, tela de aço ou policarbonato. Projetada para passar apenas o material e não a mão e os

dedos do operador Ligada eletricamente por sensores ao comando da prensa,

fazendo com que ela não funcione se for retirada.

Comentários: A proteção não pode interferir na possibilidade de inspeção da prensa.

Comando bimanual

Características:

Apresenta-se de diferentes formas, segundo o tipo de prensa em que estiver instalado: para excêntricas com engate por chaveta, o comando bimanual deve obrigar o operador a manter-se afastado da zona de prensagem;

Em prensas excêntricas com freio/embreagem, o comando fica perto da zona de prensagem, mas impedem que as mãos se aproximem dela.

Dois botões de comando que devem ser pressionados simultaneamente (defasagem de tempo inferior a 0,5 segundos), para que a prensa funcione. Se um dos botões não estiver pressionado a máquina é impedida de continuar funcionando.

Obriga o operador a estarem com as duas mãos no dispositivo impedindo-o de chegar à zona de prensagem.

O design da prensa deve impedir a operação inadequada da prensa. Deve ser corretamente construído e instalado.

O comando bi-manual comutado por temporizador não permite que os operadores travem um dos comandos e passem a alimentar a prensa com a mão que ficou livre.

Com o temporizador, os comandos devem ser atuados simultaneamente em determinado tempo, exigindo que o operador esteja com as duas mãos ocupadas até o início do movimento.

Comentários: Não é um dispositivo completamente seguro; ele protege apenas o operador, não protege outras pessoas que transitam perto da prensa.

Comando elétricos-relés

Características:

Unidades eletromecânicas com supervisão eletrônica com o mínimo de dois relés.

Acionamento positivo nos seus contatos de segurança abertos em série, com redundância.

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Conexão de dispositivos externos e inclusão de contatos em pontos corretos do circuito elétrico de automação da máquina.

Comentários: Os dispositivos de segurança devem ser ligados a comandos elétricos de segurança.

Cortina de luz

Características:

Uma cortina de luz (sistema de proteção baseado em feixes e sensores ópticos que interrompe ou impede a prensagem quando a mão ou outra parte do corpo adentra à zona de prensagem).

É projetada para, automaticamente, parar a máquina, quando o campo de sensoriamento é interrompido.

Pode ser do tipo cortina de luz, monitores de área a laser e fotocélulas de segurança, e pode proteger pequenas ou grandes áreas.

Todas as funções de uma cortina de luz do tipo quatro são testadas, admitindo-se apenas duas falhas que não provoquem perda da função de segurança.

Instalação:

A escolha da altura de proteção e o posicionamento da cortina de luz não devem permitir o acesso de dedos e mãos na área de risco.

O circuito de comando deverá estar conectado em duplo canal. Se houver anomalia em um dos canais (um contato de relê

(colado, por exemplo), o segundo canal deverá parar o movimento de risco). Os relés de segurança permitem isso.

A distância de segurança está prevista na norma EM 999.

Para cortinas de luz com resolução (capacidade de detecção até 40 mm) a fórmula é:

S = K.T+ 8. (d-14)S = distância entre a área da máquina a proteger e o dispositivo opto-eletrônico (valor a ser calculado). K = constante referente à velocidade de aproximação da mão. Para S maior ou igual a 500 mm, adota-se o K = 1600 mm/s e, para S menor que 500 mm, adotamos-se K = 2000 mm/s. T = tempo total que a máquina leva para parar de executar o movimento que coloca em perigo o operador (tempo para parar de descer um martelo de prensa, por exemplo). D = resolução da cortina de luz, que é a capacidade de detecção da cortina de luz. Por exemplo, para uma detecção de dedos, a resolução de d = 14 é suficiente, pois será detectado qualquer objeto com diâmetro maior ou igual a 14 mm. Para a detecção de mãos a

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resolução é de 30 mm. Assim, não há cortinas de luz com resolução menor que 14 mm.

A fórmula só é válida para valores com d menores ou iguais a 40 mm.

Comentários:

Para que o sensor óptico seja considerado seguro deve ser projetado e fabricado de acordo com a norma apropriada (IEC 61 496, partes 1, 2 e 3 que têm validade no Brasil). Não há registro de um acidente sequer por ter havido falha numa cortina de luz que estivesse dentro das especificações.

Para as prensas de engate mecânico, como as prensas de chaveta ou as prensas de fricção ou ainda para os martelos de forjar, os equipamentos opto-eletrônicos de segurança não devem ser aplicados, pois não possuem redes pneumáticas e/ou acionamentos elétricos que permitam a instalação desses recursos.

CLPCaracterísticas:

Devem possuir redundância na CPU. Diversidade de controle de autoteste. Software de programação específico para a segurança. Programa de software completo com sistemas de blocos com

funções de segurança como: paradas de emergência, controle de grades e portas de segurança, laços de realimentação, controle de cortina de luz, e etc.

Confiabilidade adquirida por aprovação em renomadas entidades de avaliação mundial.

Comentários: Os dispositivos de segurança devem ser ligados a comandos elétricos de segurança.

Pinças ou Tenazes

Características:

As pinças e tenazes são usado, em geral para o forjamento a morno e a quente.

O uso de pinças e tenazes em forjamento a frio só se justifica como alternativa provisória antes da implantação de outros sistemas de segurança.

Comentários: É comum que os próprios operadores produzam suas próprias pinças e tenazes, o que pode causar problemas pois não há como garantir que a matéria-prima tenha a qualidade necessária.

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Como aprimorar a segurança das prensas?

Sob um ponto de vista de seu funcionamento, quanto mais eficientemente uma máquina realiza sua tarefa de processar um material, melhor ela é. Na prática, no entanto, isso não se confirma, pois além de ser eficiente ela deve ser segura.Para obter adequada segurança nesse tipo de máquina, é necessário:

a) avaliar os riscos oferecidos, ou seja, considerando-se o conhecimento dos limites e do funcionamento de uma máquina, passa-se a analisá-la para identificar seus perigos potenciais. A partir disso, estima-se se o grau de risco que ela oferece para determinar se as medidas de segurança existentes são satisfatórias ou se são necessárias outras medidas adicionais para reduzir o risco observado.b) reduzir os riscos, ou seja, programar as medidas de segurança indicadas e repetir o processo de avaliação de riscos para garantir que as mudanças introduzidas determinem a necessária segurança.Avaliando o riscoPara efeito de segurança em prensas, considera-se que um risco é uma função da severidade do dano possível e da probabilidade de ocorrência desse dano.Um dos princípios da avaliação de risco é o de que ela deve ser realizada durante todas as fases da “vida” das máquinas, o que implica acompanhamento constante e permanente para garantia de segurança. Além desse princípio, outro se refere à idéia de que a avaliação de risco implica julgamentos que se apoiam em métodos qualitativos e, na medida do possível, em quantitativos. Para que seja possível avaliar os riscos envolvidos em prensas, recomenda-se o uso de alguns critérios. Esses critérios válidos para qualquer máquina e equipamento têm como limites:§ a gravidade prevista pelo dano § a permanência em áreas perigosas § a possibilidade de evitar o riscoEspecificamente, eles limites devem ser considerados nos seguintes níveis.

S = Severidade (gravidade) de ferimento potencial S1 -> Leve (em geral inteiramente reversível, por exemplo, arranhão, contusão) S2 -> Grave (em geral irreversível, incluindo morte)

F =

Duração ou freqüência de exposição ao risco

F1 -> Exposição pouco freqüente e/ou curta exposição (quando o acesso somente é necessário de tempo em tempo e/ou a exposição acontece por um curto período)F2 -> Exposição freqüente e contínua ou de longa duração (se a pessoa se encontra exposta freqüentemente ao ponto de risco)

P Possibilidade de evitar o risco

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= P1 -> Possível sob condições específicas (o operador reconhece o risco e evita ferimentos) P2 -> Pouco possível (o operador não reconhece o risco e não evita ferimentos)

Geralmente se encontram relacionados à velocidade à qual se origina a proximidade do ponto de risco, o nível de treinamento e a experiência do operador. Se, na opinião do responsável, o operador reconhece o risco e evita ferimentos, deverá selecionar P1, e em caso contrário, P2.

Atendimento às Normas INPAME: GP. 1 / GP. 2 / GP. 3 / GP. 4 / GP. 5

IMPORTANTE: Procure sempre adquirir dispositivos de segurança certificados e com categoria compatível ao risco de sua máquina

Normas de Segurança para Prensa Excêntrica de Engate por Chaveta.

NBR 13761 / NM 13852

Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.

NBR 13930

Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de

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ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquina.

NBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B, 1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

Portaria 3214 – NR-12Especificação Para Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no

trabalho

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina

do Trabalho. A Norma Reguladora nos 12 trata dos requisitos de segurança em

situação de trabalho que envolva máquinas e equipamentos industriais.

Prensa Mecânica/Freio embreagemNBR 13761 / NM 13852

Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.

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NBR 13930

Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquina

NBR 14152

Segurança de Máquinas - Dispositivos de Comando bimanuais - aspectos funcionais e princípios para projeto

Um dispositivo de comando bimanual é um dispositivo de segurança que fornece uma medida de proteção ao operador contra o alcance de zonas perigosas durante situações de perigo, pela localização dos dispositivos de atuação de comando em uma posição específica. São descritas as características principais de um dispositivo de comando bimanual para o alcance de segurança e expõe a combinação de características funcionais de três tipos.

Dispositivo que exige ao menos a atuação simultânea pela utilização das duas mãos, com o objetivo de iniciar e manter, enquanto existir uma condição de perigo, qualquer operação da máquina, propiciando uma medida de proteção, apenas para a pessoa que o atua.

NBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B, 1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de

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comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

NBR 13928 / NM 272

Segurança de Máquinas – Requisitos Gerais para projeto e construção de proteções fixas e móveis

Fixam requisitos gerais para projeto e construção de proteções, desenvolvidas principalmente para proteção de pessoas de perigos mecânicos Proteção: parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por meio de uma barreira física - Pode atuar: - Fechada: somente é efetiva quando fechada - Em conjunto com um dispositivo de intertravamento com ou sem bloqueio da proteção.

Proteção fixa Proteção de enclausuramento Proteção distante Proteção móvel Proteção acionada por energia Proteção com auto fechamento Proteção de comando Proteção ajustável Proteção com intertravamento Proteção com intertravamento e dispositivo de bloqueio

BS EN 60204-1: 1998

Safety of machinery. Electrical equipment of machines. General requirements

Essa norma se refere à aplicação de sistemas e equipamentos elétricos a máquinas fixas, ou seja, que não podem ser transportadas durante seu funcionamento, incluindo entre elas, umas máquinas que trabalham em conjunto e de modo coordenado. O equipamento a que se refere essa norma inclui o ponto de conexão da fonte de energia da máquina. Essa parte e aplicável ao equipamento elétrico ou partes do equipamento elétrico que operam com voltagens não superiores a 1000 v para corrente alternada e não superiores a 1500 v para corrente contínua, bem como com frequências que não excedam a 200hz. Voltagens e frequências superiores apresentam exigências especiais.Prensa Hidráulica

NBR 13761 / NM 13852

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Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.

NBR 13930

Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquina

NBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B, 1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

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EN 693

Machine tools – safety – hydraulic presses

Estabelece as condições para garantir a segurança em prensas hidráulicas. Essa norma indica como uma das formas de aumentar a segurança no caso dessas prensas é adotar o controle bimanual.

Prensa de fricção ou percussãoNBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B, 1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

NBR 13930

Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquina.

Portaria 3214 – NR 12

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Especificação Para Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde no trabalho

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A Norma Reguladora nos 12 trata dos requisitos de segurança em situação de trabalho que envolva máquinas e equipamentos industriais.

GuilhotinaNBR 13760 / NM 13854 Segurança de Máquinas - Folgas Mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustado, sofrer manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização previstas, sem causar danos à saúde humana.Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.NBR 13930Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquinaBS EN 60204-1: 1998

Safety of machinery. Electrical equipment of machines. General requirementsEssa norma se refere à aplicação de sistemas e equipamentos elétricos a máquinas fixas, ou seja, que não podem ser transportadas durante seu funcionamento, incluindo entre elas, umas máquinas que trabalham em conjunto e de modo

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coordenado. O equipamento a que se refere essa norma inclui o ponto de conexão da fonte de energia da máquina. Essa parte e aplicável ao equipamento elétrico ou partes do equipamento elétrico que operam com voltagens não superiores a 1000 v para corrente alternada e não superiores a 1500 v para corrente contínua, bem como com frequências que não excedam a 200HZ. Voltagens e frequências superiores apresentam exigências especiais.EN 693Machine tools – safety – hydraulic presses

Estabelece as condições para garantir a segurança em prensas hidráulicas. Essa norma indica como uma das formas de aumentar a segurança no caso dessas prensas é adotar o controle bimanual.

Guilhotina

NBR 13758Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo de membros inferiores Segurança de Máquinas - Prevenção de Partida Inesperada

Manter a máquina parada durante a presença de pessoas em suas zonas de perigo é uma das condições mais importantes da utilização segura de máquinas e, em razão disso, um dos maiores objetivos do projetista e do usuário de máquinas. Partida inesperada: mudança do repouso ao movimento da máquina ou de uma de suas partes, causada por: comando de partida oriundo de falha do sistema ou de influência externa sobre ele; comando de partida gerado por ação não intencional; restauração de fornecimento de energia, após interrupção; influências externas ou externas (vento, ombustão, gravidade) Elementos mecânicos

NBR 13760 / NM 13854 Segurança de Máquinas - Folgas Mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustado, sofrer manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização previstas, sem causar danos à saúde humana.Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.NBR 13761 / NM 13852Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para

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impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.

NBR 13928 / NM 272

Segurança de Máquinas – Requisitos Gerais para projeto e construção de proteções fixas e móveis

Fixam requisitos gerais para projeto e construção de proteções, desenvolvidas principalmente para proteção de pessoas de perigos mecânicos Proteção: parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por meio de uma barreira física - Pode atuar: - Fechada: somente é efetiva quando fechada - Em conjunto com um dispositivo de intertramvamento com ou sem bloqueio da proteçãoProteção fixa Proteção de enclausuramento Proteção distante Proteção móvel Proteção acionada por energia Proteção com auto fechamento Proteção de comando Proteção ajustável Proteção com intertravamento Proteção com intertravamento e dispositivo de bloqueio

Dobradeira

NBR 13760 / NM 13854 Segurança de Máquinas - Folgas Mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustado, sofrer manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização previstas, sem causar danos à saúde humana.Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do

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corpo humano é fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.NBR 13761 / NM 13852Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.NBR 13930Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquinaNBR 13761 / NM 13852Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.NBR 13760 / NM 13854 Segurança de Máquinas - Folgas Mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustado, sofrer manutenção e ser desmontada, sob as

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condições normais de utilização previstas, sem causar danos à saúde humana.Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.

NBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionadas à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em 5 categorias (B, 1, 2, 3, 4), de acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança.

NBR 13929 / NM 273Segurança de Máquinas - Dispositivos de intertravamento associados à proteções - Princípios para projeto e seleção Dispositivo mecânico, elétrico, ou de outro tipo que tem a finalidade de impedir a operação de elementos da máquina, sob condições específicas.

Martelo pneumático

NBR 13758Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo de membros inferiores Segurança de Máquinas - Prevenção de Partida Inesperada

Manter a máquina parada durante a presença de pessoas em suas zonas de perigo é uma das condições mais importantes da utilização segura de máquinas e, em razão disso, um dos maiores objetivos do projetista e do usuário de máquinas. Partida inesperada: mudança do repouso ao movimento da máquina ou de uma de suas partes, causada por: comando de partida oriundo de falha do sistema ou de influência externa sobre ele; comando de partida gerado por ação não intencional; restauração de fornecimento de energia, após interrupção; influências externas ou externas (vento, ombustão, gravidade)

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Elementos mecânicosNBR 13760 / NM 13854 Segurança de Máquinas - Folgas Mínimas para evitar o esmagamento de partes do corpo humano

De uma maneira geral, pode-se dizer que uma máquina é segura se existe a probabilidade de a máquina continuar em operação, ser ajustado, sofrer manutenção e ser desmontada, sob as condições normais de utilização previstas, sem causar danos à saúde humana.Um método de evitar o risco de esmagamento de partes do corpo humano é fazer uso das folgas mínimas especificadas nesta norma.

NBR 13761 / NM 13852Segurança de Máquinas – Distância de Segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores

A norma estabelece valores para distâncias de segurança, de modo a impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores de pessoas com idade superior ou igual a três anos. Estas distâncias se aplicam por si só, quando são suficientes para garantir a segurança adequada.

As distâncias de segurança protegem as pessoas que tentam atingir as zonas de perigo sem ajuda adicional.

NBR 13930Prensas Mecânicas – Requisitos de Segurança

Área de risco: regiões da prensa ou na periferia da prensa que possibilitem risco de acidente do operador, conforme o seguinte:

- Área/região do ferramental (entre a placa da mesa e a placa do martelo) - Região do curso do deslocamento do martelo - Região de entrada ou saída de materiais, de processamento e retirada de peças - Região no perímetro da prensa que contiver possibilidade de deslocamento de dispositivos auxiliares no processo, alimentadores, mesas móveis, transferidores, robôs, carros transportadores de ferramentas, alimentadores de blanks, partes móveis e rotativas da máquinaNBR 14153

Segurança de Máquinas – Partes de Sistemas de Comando relacionados à segurança – Princípios Gerais para Projeto

O desempenho, com relação à ocorrência de defeitos, de uma parte de um sistema de comando, relacionada à segurança, é dividido, nesta norma, em cinco categorias (B, 1, 2, 3, 4), de

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acordo com a sua resistência a defeitos, e seu subseqüente comportamento na condição de defeito.

Quanto mais a redução do risco depender das partes de sistema de comando relacionadas à segurança, maior precisa ser a habilidade (função requerida é suprida) dessas partes para resistir a defeitos.

Quanto maior a resistência a defeitos das partes relacionadas à segurança, menor a probabilidade que esta parte falhe no cumprimento de suas funções de segurança. NBR 13928 / NM 272

Segurança de Máquinas – Requisitos Gerais para projeto e construção de proteções fixas e móveis

Fixam requisitos gerais para projeto e construção de proteções, desenvolvidas principalmente para proteção de pessoas de perigos mecânicos Proteção: parte da máquina especificamente utilizada para prover proteção por meio de uma barreira física - Pode atuar: - Fechada: somente é efetiva quando fechada - Em conjunto com um dispositivo de intertramvamento com ou sem bloqueio da proteção.Proteção fixa Proteção de enclausuramento Proteção distante Proteção móvel Proteção acionada por energia Proteção com auto fechamento Proteção de comando Proteção ajustável Proteção com intertravamento Proteção com intertravamento e dispositivo de bloqueio

Martelo de queda

Plano de implantação do PPRPS

O que é o PPRPS?

O Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares é um planejamento estratégico e seqüencial que visa demonstrar as diversas etapas das medidas de segurança que devem ser implementadas em prensas e equipamentos similares com o objetivo de evitar acidentes de trabalho.

O PPRPS está previsto na Convenção.

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De quem e quais são as responsabilidades na implantação do PPRPS?

Os seres humanos são limitados do ponto de vista psíquico, físico e biológico, sendo necessários dispositivos de segurança para garantir que as falhas humanas possam ocorrer sem lesar as pessoas. É o princípio da falha segura como diz Bin der & I.M Almeida (jan/2000). Uma máquina segura é aquela a prova de erros e falhas humanas. Assim, os fabricantes têm parte desta responsabilidade no desenvolvimento de projetos e produção de máquinas.A segurança não é apenas uma obra de engenharia. Os acidentes de trabalho também são influenciados por situações imediatas de trabalho como a tarefa, o meio ambiente de trabalho, a organização do trabalho em sentido amplo e por situações impostas pela sociedade como desemprego, necessidade de produção, etc. Empregador e empregado nesta luta de prevenção de acidentes têm suas responsabilidades.

Evitar acidentes é antes de tudo, um compromisso coletivo. Todas as instâncias envolvidas no processo fabricante, empregador, e empregado, têm a sua parte de responsabilidade no cumprimento da Convenção Coletiva. Os supervisores desempenham um papel especial no acompanhamento do trabalho junto às prensas e equipamentos similares, cuidando da segurança dos operadores.Responsabilidades do FabricantePara selecionar e aplicar diferentes técnicas de segurança na concepção e desenvolvimento de máquinas é necessário o envolvimento e a participação dos diferentes atores da cadeia produtiva. Fabricantes, compradores das máquinas, empregados e setores de fabricação e projeto, de venda, dos serviços de instalação e de manutenção devem contribuir no processo. O fabricante e o projetista, do ponto de vista da segurança, têm um papel privilegiado, pois podem interferir para que o projeto conceba uma máquina segura, uma vez que realizar adaptações com a máquina em funcionamento é muito mais difícil e oneroso. A automatização das máquinas fornece maior proteção aos operadores O fabricante das prensas e similares têm responsabilidade nas condições de segurança que são oferecidas pela máquina, assim, a Convenção Coletiva de novembro de 2002, explicita, na Cláusula 6ª a sua responsabilidade.Cláusula 6a Os fabricantes comprometem-se, para todas as prensas e equipamentos similares e injetoras de plástico, novas ou recondicionadas, que vierem a ser produzidas a partir da vigência desta Convenção Coletiva, a instalar proteções nas partes de transmissão de movimentos e a incorporar os demais requisitos necessários ao atendimento da legislação trabalhista vigente, da presente Convenção Coletiva e dos seus anexos.

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Em contraproposta, as empresas adquirentes convenientes se comprometem a incluir tal necessidade nas especificações de aquisição do maquinário nacional ou estrangeiro.Parágrafo Primeiro A partir da vigência desta Convenção Coletiva fica proibido à fabricação de prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta e a utilização de pedais com acionamento mecânico.Parágrafo Segundo Os fabricantes signatários comprometem-se a fazer figurar em seus manuais de instruções os textos completa da presente Convenção Coletiva e seus anexos.É impossível para o fabricante de equipamentos saber, no dia a dia, qual o uso destinado à máquina adquirida pelos diversos usuários, devido a grande versatilidade de aplicações. Porém, é competência do fabricante:

a. Fabricar produtos seguros e de qualidade; b) Esclarecer o comprador sobre quais os dispositivos e acessórios de segurança possíveis de serem colocados em cada equipamento; c) estabelecer um largo coeficiente de segurança em seus produtos; d) prestar todas as informações técnicas do produto ao comprador.

Como compor um programa PPRPS?

Para o desenvolvimento de um programa de PPRPS é necessária a identificação da empresa, identificação das máquinas e da localização das máquinas através de uma planta baixa. Dados da empresa A identificação da empresa deve ser feita por meio de uma ficha que indique a razão social, o endereço, a atividade e o número de prensas e de funcionários. A ficha deve identificar, também, o responsável pelo PPRPS.

Localização das prensas Indicar a localização de uma prensa é importante para se avaliar a distância de outras máquinas, a área de circulação de pessoas, o acesso de pessoas a áreas de risco. Assim, a apresentação de uma planta baixa simples com a localização das prensas e de áreas próximas é importante para conhecer melhor o risco envolvido na situação.

Identificação dos equipamentos É necessário o cadastramento dos equipamentos existentes, com o levantamento real das condições de uso e seus dispositivos de segurança.

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Cada equipamento deverá ter uma ficha de identificação que contenha todos os dados que contribuam para ampliar a segurança na sua operação.Além dos dados de identificação do equipamento, é necessário indicar as proteções a serem implantadas e a previsão de quando isso deverá ocorrer. Nessa ficha, devem ser incluídas, também, datas para a manutenção do equipamento.

Como estabelecer um cronograma de correção e instalação das proteções necessárias?

As fichas permitem detectar quais proteções devem ser instaladas em cada equipamento e o tempo necessário para torná-lo mais seguro. Com as necessidades indicadas em relação a todos os equipamentos da empresa, é possível planejar as ações globalmente, incluindo respectivo o cronograma. Na Convenção Coletiva, Anexo Técnico II “Cronogramas para implementação do PPRPS” estão determinados os prazos. Esses prazos referem-se aos diversos itens, e o não cumprimento pode levar a sanções.A seguir, um exemplo de cronograma com base em inventário realizado nas máquinas. Como desenvolver um plano de manutenção? O plano de manutenção baseado no tempo de vida útil dos componentes é fundamental para a segurança. Ele pode levar à substituição de alguns elementos fundamentais na máquina podendo evitar a ocorrência de acidentes. O processo de manutenção deve ser totalmente documentado, pois o histórico de um equipamento fornece elementos fundamentais para a prevenção de acidentes e para própria manutenção preditiva. O cuidado constante com a manutenção de uma máquina aumenta a sua vida útil e diminui a probabilidade de interrupções acidentais no processo de produção.Há três tipos de manutenção: a preventiva, preditiva e corretiva.

Manutenção preventiva Na manutenção preventiva, estando a máquina em perfeito funcionamento, confere-se os itens de maior importância, levando-se em conta a proteção e a segurança do operador. Cada item é ajustado a um padrão estabelecido em normas e procedimentos de manutenção.

Manutenção preditiva A manutenção preditiva se baseia no tempo de vida útil dos componentes. Estes são substituídos antes de apresentarem problemas para evitar acidentes e preservar o desempenho e a segurança do operador.

Manutenção corretiva A manutenção corretiva é aquela que acontece quanto é necessário substituir peças para fazer funcionar um

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equipamento que parou de funcionar ou quebrou inesperadamente.

A elaboração de um bom programa de manutenção é fundamental para qualquer empresa, pois dependerá deste programa o bom desempenho da produção.

O que é importante para realizar uma boa manutenção?

Um bom programa de manutenção inclui uma ficha de controle para cada equipamento. Para que essa ficha seja útil e permita identificar as providências necessárias ela deve conter:

Dados de identificação do equipamento Modelo, nº de série, etc. Pontos principais de manutenção Recomendações Data de realização das manutenções corretivas, incluindo uma

breve descrição do problema. Nome do técnico que realizou as correções e em que data Qual o trabalho executado na ocasião da ocorrência Assinatura do técnico que realizou a correção.

A ficha funciona como um prontuário médico. Da mesma forma que o médico acompanha a evolução de um paciente consultando as anotações sobre os sintomas, as doenças, os exames feitos, etc., o responsável pela manutenção ao consultar a ficha de um equipamento pode detectar os pontos fracos, as dificuldades e as intervenções necessárias a serem feitas na máquina.

Por que a inspeção é importante?

A inspeção é um modo de verificar o funcionamento de diferentes conjuntos de um equipamento e de identificar qualquer anomalia antes que ela possa se tornar um problema ou provocar um acidente. Além da manutenção, a eficiência do equipamento depende de uma boa inspeção.O fabricante costuma sugerir a implementação de um plano de inspeção no manual de operações ou manutenção do equipamento. Sendo seguido, seguramente garantirá uma boa manutenção.O operador pode se encarregar das inspeções diárias, semanais e até mensais. As inspeções semestrais, no entanto, devem ser realizadas sempre por um técnico especializado.Para facilitar a inspeção é preciso elaborar uma lista de conferência que irá orientar as inspeções diárias, semanais, mensais e semestrais, para cada um dos sistemas do equipamento (que pode ser mecânico, elétrico, pneumático ou hidráulico). Essa lista deve contemplar, também, os procedimentos usados para a realização das inspeções.

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A seguir, supondo a inspeção de uma prensa excêntrica, apresentam-se fichas de inspeção diária, semanal, mensal e semestral, tendo em vista permitir a comparação dos itens que são inspecionados.

Quais as condições para a implementação da inspeção e manutenção?

A implementação de um bom plano de inspeção e manutenção exige uma equipe bem treinada, um estoque de peças de reposição e o uso de peças originais.Uma equipe bem treinada. Profissionais bem preparados tanto na operação como na inspeção e manutenção é uma condição indispensável para a implantação de um plano de inspeção e manutenção eficientes. É preciso desenvolver programas de capacitação para garantir a execução competente de programas de inspeção e manutenção.Estoque de peças de reposição. A disponibilidade das peças em estoque agilizam o processo de manutenção e impedem grandes paradas no processo de produção. A substituição e a reposição de peças pode fazer a diferença entre um trabalho de qualidade na inspeção e na manutenção. O manual de instruções do fabricante indica as peças de reposição que o proprietário de prensas deve ter em seu estoque. Uma atitude que deve orientar a prática de manutenção é evitar a improvisação para evitar a danificação dos equipamentos e o risco da segurança dos operadores. Uso somente de peças originais. As peças originais têm a garantia do fabricante para o funcionamento da máquina e devem orientar as aquisições das peças de reposição. O uso improvisado de peças pode comprometer a segurança na operação da máquina. Às vezes a economia na aquisição de uma peça pode trazer problemas sérios na máquina e o custo para a reparação e até de possíveis acidentes é muito maior.

Como desenvolver um procedimento seguro de trabalho?

A maioria das empresas tem adotado um procedimento seguro para quase todas as atividades que envolvam máquinas e operadores. Para elaborar um procedimento seguro na operação de uma máquina é preciso envolver todas as pessoas diretamente ligadas a uma determinada operação. A elaboração de um procedimento seguro tem como objetivo eliminar as causas de acidentes diante a uma possibilidade de risco.Para elaborar um procedimento seguro pode-se partir de uma lista de verificação, como referência, e a partir dela fazer o levantamento das etapas de trabalho e dos riscos envolvidos. Ao final do processo, teremos um documento que deverá conter todos os passos que os funcionários deverão executar para que se evite um acidente. Nesse processo, o mais importante é a discussão com todos os envolvidos para a definição final do procedimento seguro. Todos os

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atores devem ser envolvidos: técnico e engenheiro de segurança, operadores e pessoal de manutenção. A discussão deve ter como foco a busca de um consenso e o comprometimento de todos na definição do procedimento. É importante que todos percebam a importância dessa elaboração coletiva para evitar acidentes.Uma sugestão para o desenvolvimento coletivo de procedimentos seguros envolve os seguintes passos:

Organização dos envolvidos segundo o papel que ocupam na empresa: operador, responsável pela manutenção e técnico ou engenheiro de segurança.

Analisar uma ficha de verificação que servirá de referência para a elaboração do procedimento seguro; como por exemplo, para a retirada e colocação de um estampo de uma prensa excêntrica, conforme a descrição da ficha.

Analisar uma ficha de um procedimento seguro já realizado, como por exemplo, para transporte do estampo.

Elaborar a partir de discussão o procedimento seguro, como no exemplo, para retirada e colocação do estampo.

É importante notar que a discussão de todos os envolvidos deverá buscar o consenso. Observe exemplos de: ficha de procedimento seguro de retirada e colocação de estampo, ficha de procedimento seguro de transporte de estampo, ficha de procedimento seguro de troca de estampos e matrizes.

Programa de treinamentoComo deve ser feito?O treinamento de profissionais é indispensável para garantir uma operação com qualidade e com segurança. A capacitação deve atingir todas as instâncias da empresa, desde o técnico ou engenheiro de segurança até operadores e profissionais de manutenção.Para a introdução de dispositivos de segurança nas máquinas, os profissionais devem ser preparados para conhecer as possibilidades existentes no mercado e decidirem em relação aos dispositivos mais adequados para cada uma das máquinas específicas.Ao introduzir modificações nas máquinas para aumentar a segurança é indispensável que os profissionais sejam preparados para a nova situação e que compreendam o significado das modificações. A Convenção Coletiva de novembro de 2002, Anexo Técnico II, Itens 29, 30, 31 e 32 prevê a realização de treinamentos.Item 29 O treinamento específico para operadores de prensas ou equipamentos similares deve obedecer ao seguinte currículo básico:

a) Tipos de prensas ou similares b) Princípio de funcionamento c) Sistemas de proteção d) Possibilidades de falhas dos equipamentos e) Responsabilidade do operador f) Responsabilidade da chefia imediata

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g) Riscos na movimentação e troca dos estampos e matrizes h) Calços de proteção i) Outros

Item 30 O treinamento específico para movimentação e troca de ferramentas, estampos e matrizes deverão ser ministradas para os operadores e funcionários responsáveis pela troca e ajuste dos conjuntos de ferramentas em prensas e similares, devendo conter:

a) Tipos de estampos e matrizes b) Movimentação e transporte c) Responsabilidades na supervisão e operação de troca dos estampos e matrizes d) Meios de fixá-los à máquina e) Calços de segurança f) Lista de checagem (checklist) de montagem g) Outros.

Item 31 O treinamento específico previsto nos itens 29 e 30 terá validade de 2 (dois) anos, devendo os operadores de prensas ou equipamentos similares passarem por reciclagem após este período.Item 32 Treinamento básico para trabalhadores envolvidos em atividades com prensas e equipamentos similares deverá ser ministrado com condição fundamental, antes do início das atividades, conforme o disposto no item 1.7, alínea “b”, da NR-1Como deve ser implementado? Consultando a Convenção é possível observar que é de responsabilidade do empregador, através dos responsáveis pela implantação do PPRPS, a execução de um programa de treinamento que deve envolver todos os operadores de prensas e similares e também manter disponível toda documentação para uma possível inspeção.A Convenção Coletiva especifica os detalhes para a execução dos treinamentos. È da responsabilidade do empregador decidir sobre a execução do treinamento que poderá ser realizado internamente ou então delegar esta tarefa para terceiros idôneos. O responsável pelo treinamento deve:

Controlar as características dos treinamentos que já foram ou serão executados.

Possuir documentação relativa a comprovação da participação do funcionário no treinamento e uma declaração assinada pelo próprio funcionário atestando que efetivamente recebeu o treinamento.

Possuir comprovação do conteúdo programático desenvolvido no curso.

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Observe um exemplo de ficha de controle de treinamento realizado em empresa.

CONTROLE DE TREINAMENTOCurso: Movimentação e manuseio de

ferramentas Ministrado em 05/04/2003 Validade 05/04/2005Carga horária 8 horasMinistrado por: Professor Joaquim (SENAI)Os participantes aqui mencionados e listados confirmam ter recebido treinamento específico seguindo o Programa de Prevenção de Riscos de Prensas e Similares “PPRPS”

Participantes

Nome Cargo

Setor Assinatura

Conteúdo programático

Atenção!O exemplo de cronograma apresentado aqui não tem o mesmo formato do cronograma sugerido na Convenção. Exemplo de cronograma de correçõesEquipamento Nº Correção necessária Praz

o dias

Responsável

P1 00 Proteção integral do volante 30 Manutençã

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Prensa de engate por chaveta

1 e engrenagem dias oProteção na ponta do eixo 30

diasManutenção

Calço de segurança 30 dias

Manutenção

Adaptação do comando elétrico para o calço de segurança

30 dias

Manutenção

Enclausuramento da zona de prensagem

60 dias

Manutenção

Fechamento das ferramentas

60 dias

Manutenção

P2 Prensa de engate por chaveta

002

Proteção integral do volante e engrenagem

60 dias

Manutenção

Proteção na ponta do eixo 60 dias

Manutenção

Calço de segurança 60 dias

Manutenção

Adaptação do comando elétrico para o calço de segurança

60 dias

Manutenção

Enclausuramento da zona de prensagem

60 dias

Manutenção

Fechamento das ferramentas

90 dias

Manutenção

Cabo de aço na biela 90 dias

Manutenção

Trava na biela para segurar o eixo

90 dias

Manutenção

Comando bimanual 60 dias

Manutenção

P3 Prensa com embreagem pneumática

003

Calço de segurança 60 dias

Manutenção

Adaptação do comando elétrico duplo canal, calço de segurança e cortina de luz.

60 dias

Manutenção

Instalação de cortina de luz 60 dias

Manutenção

Instalação de válvula de segurança dupla

90 dias

Manutenção

Instalação de guardas laterais na zona de prensagem

60 dias

Manutenção

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