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QUALIFICAÇÃO Secretaria apresenta programas para 2012 MERCADO DE TRABALHO Desemprego na RMBH é o menor do país ARTIGO Servidores Gustavo Almeida e Bruno Magalhães e os desafios dos governos para gerar empregos de qualidade Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais - Junho de 2012 - Edição 1 MUDANÇA Hélio Rabelo assume a SETE SERVIÇOS Inauguradas novas unidades de atendimento ao trabalhador Trabalho em Pauta

Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

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Trabalho em Pauta - Edição Junho - Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego

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Page 1: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

QUALIFICAÇÃO

Secretaria apresenta programas para 2012

MERCADO DE TRABALHODesemprego na RMBH é o menor do país

ARTIGOServidores Gustavo Almeida e Bruno Magalhães e

os desafios dos governos para gerar empregos de qualidade

Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais - Junho de 2012 - Edição 1

MUDANÇA

Hélio Rabelo assume a SETE

SERVIÇOSInauguradas novas unidades de atendimento ao trabalhador

Trabalho em

Pauta

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Sumário

Expediente

Observatório do Trabalho

SETE marcou presença na AMM

Sine Móvel

Sine Montes Claros

Já está no ar o blog do Observatório do Trabalho, vinculado à SETE. Esse é um

espaço para amostras e análises da conjuntura do mercado de trabalho

mineiro. Acesse http://observatoriodotrabalhomg.wordpress.com/

A SETE participou do 29º Congresso Mineiro dos Municípios (AMM), nos dias

8, 9 e 10 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte, apresentando várias

ações e programas realizados pela Secretaria aos prefeitos, sociedade civil e

demais autoridades presentes. Durante o evento, foram emitidas Carteiras

de Trabalho e Previdência Social pela unidade móvel de atendimento ao

trabalhador do Sine (Sine Móvel).

O Sine Móvel esteve nos dias 21 e 22 de maio no município de Congonhas e

nos dias 23,24 e 25 em Conceição do Mato Dentro, emitindo Carteiras de

Trabalho e Previdência Social (CTPS). Os documentos são gratuitos e foram

entregues na hora. No mês de junho, a unidade móvel já esteve em Montes

Claros, Montezuma e Espinosa.

Desde o dia 31 de maio, a unidade de atendimento ao trabalhador do Sine em

Montes Claros está emitindo Carteiras de Trabalho e Previdência Social. A

unidade fica na Rua Barão do Rio Branco, 852, no Centro e funciona de

segunda à sexta, das 7h30 às 18h. Os documentos necessários para o

atendimento são a carteira de identidade ou certidão de

nascimento/casamento, CPF, título de eleitor e comprovante de endereço

atualizado. As carteiras serão entregues até 15 dias depois da solicitação e

deverão ser retiradas na própria unidade.

CurtasCurtas

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Julho de 2012 - Edição 1

Texto e Projeto Gráfico - Assessoria de Comunicação - SETE

Rod. Pref. Américo Gianetti, S/N Edifício Minas, 8º Andar, Serra Verde - Belo Horizonte

Telefone: (31) 3916-9061

Curtas

Institucional

Qualificação Profissional

Sine

Mercado do Trabalho

Artigo

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- SETE tem novo Secretário

- SETE inicia nova etapa de preparação dos trabalhadores mineiros

- ProJovem Trabalhador é lançado no norte do Estado

- Minas ganha novas unidades de atendimento ao trabalhador do Sine

- Taxa de desemprego volta a cair na RMBH

- Para Gerar Empregos de QualidadePor Gustavo Garcia Vieira De Almeida e Bruno Dias Magalhães

Page 3: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

Em virtude do período eleitoral, o

deputado estadual Carlos Pimenta, que

chefiou a Secretaria de Estado de

Trabalho e Emprego durante um ano e

cinco meses, foi exonerado, a pedido, no

dia 22 de maio de 2012, retornando às

suas atividades no legislativo. Durante o

período de afastamento, quem assume a

pasta do Trabalho e Emprego é o

secretário Adjunto, Hélio Rabelo,

conforme publicado no Diário Oficial de

Minas Gerais.

Em 2010, Hélio Augusto Martins Rabelo foi nomeado subsecretário de

Trabalho, Emprego e Renda da Secretaria de Estado de Desenvolvimento

Social (Sedese), onde permaneceu realizando um notável trabalho,

desenvolvendo ações e programas visando beneficiar os trabalhadores

mineiros. Quando o governador Antonio Anastasia sancionou, em janeiro de

2011, as Leis Delegadas nº 179/2011 e nº 180/2011, que criaram e

estruturaram a Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego, o então

subsecretário da Sedese foi designado ao cargo de secretário Adjunto de

Estado da nova pasta, ao lado do seu companheiro de partido (PDT), Carlos

Pimenta.

Dentre os trabalhos iniciados na gestão de Carlos Pimenta, o Projeto de

Inclusão Produtiva, o ProJovem Trabalhador – Juventude Cidadã, o apoio à

Economia Solidária e a modernização das unidades do Sine permanecem

como prioridades na gestão do secretário Hélio Rabelo.

SETE tem novo Secretário

InstitucionalInstitucional

O secretário Carlos Pimenta (à esquerda) se despede

da SETE e empossa o secretário Hélio Rabelo.

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Qualificação ProfissionalQualificação Profissional

O professor de matemática Grauton Amaral trabalha com educação há oito

anos e é a primeira vez que ele vê os jovens de sua cidade animados para

conhecer mais sobre a construção civil. “Cadastramos os jovens que se

interessaram em fazer um curso de alvenaria ou de eletricista. Foi

surpreendente a vontade e a procura.

Hoje vemos que 40 vagas é pouco para

nossa cidade”, comemora o professor da

cidade de Mato Verde. Estes e outros

depoimentos foram apresentados no

Seminário de Alinhamento das Ações do

Programa Travessia Renda, realizado

pela Secretaria de Estado de Trabalho e

Emprego (SETE), nos dias 10 e 11 de maio, na cidade de Janaúba. A iniciativa

reuniu os professores e instrutores que ministrarão os cursos de qualificação

profissional do Travessia Renda em 40 municípios do Norte de Minas.

Para 2012, a meta do Governo de Minas é qualificar 3.200 trabalhadores dos

municípios participantes. O aporte para execução do programa será de R$

8,6 milhões.

O Travessia Renda faz parte do Programa Travessia, lançado em 2008 com o

objetivo de promover a inclusão social e produtiva da população pobre do

Estado. Por meio do programa são desenvolvidas ações simultâneas e

articuladas entre várias secretarias e órgãos públicos estaduais nas áreas

de saúde, educação, saneamento, emprego e renda. Os cursos de

qualificação, promovidos pelo Governo de Minas em parceria com a

iniciativa privada, buscam atender a demanda dos municípios participantes

do projeto.

Travessia Renda

SETE inicia nova etapa de

preparação dos trabalhadores mineiros

Evento em Janaúba reuniu os professores e instrutores que atuarão no Travessia Renda

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Page 4: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

Qualificação ProfissionalQualificação Profissional

A Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego lançou oficialmente, no dia 18

de maio, o programa Projovem Trabalhador – Juventude Cidadã. A cerimônia,

realizada no auditório da Sociedade Rural no Parque de Exposições de Montes

Claros, contou com a presença de diversos jovens, empresários, autoridades e

da população. Na oportunidade, a Secretaria também lançou os programas de

Economia Solidária e Inclusão Produtiva, que beneficiarão várias cidades da

região. Cerca de 100 alunos participantes do Projovem Trabalhador estavam

uniformizados. Eles representaram os 15 mil

estudantes que serão beneficiados pelo programa,

que, em Minas, vai ser executado em 107

municípios da região Norte, além dos Vales do

Jequitinhonha e Mucuri, integrantes da área

mineira da Sudene. Na última edição, desenvolvida

em 2010, 12 mil jovens foram qualificados.

De acordo com o coordenador geral do programa, Anderson Chaves, os alunos

terão papel fundamental na divulgação do programa. “Saibam que vocês são

um exemplo para quem ainda não está inserido no nosso projeto. Vocês, com

os bons resultados que teremos, serão os multiplicadores do Projovem no

Estado”, destacou.Os jovens participantes do projeto receberão auxílio no

valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), distribuídos em 6 parcelas de R$

100,00 (cem reais), comprovadas por meio da frequência de, no mínimo, 75%

nas atividades do mês.

O Projovem Trabalhador - Juventude Cidadã objetiva ampliar o atendimento

aos jovens excluídos da escola e da formação profissional, permitindo o seu

reingresso no processo educacional, recebimento de qualificação profissional

e acesso às ações de cidadania, inserção no mundo do trabalho, esporte,

O programa

cultura e lazer. É desenvolvido em Minas pela SETE em parceria com o

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Diversos Programas e ações têm sido desenvolvidos pela SETE para

beneficiar os trabalhadores da região norte-mineira, com destaque para os

programas da Economia Solidária e da Inclusão Produtiva. O primeiro vai

atender o Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, especialmente,

os quilombolas do “Brejo do Crioulo” e em torno das cercanias de São João

da Ponte; população ribeirinha das cercanias de Salto da Divisa; e os

indígenas Maxacalis em torno das cercanias Santa Helena de Minas e

Bertópolis; além de comunidades vizinhas que se enquadrem em situação

de pobreza e miserabilidade dentro da área da Sudene.

Esse projeto visa implementar a economia solidária para promover o

desenvolvimento sustentável dos territórios eleitos. A iniciativa vai

favorecer a produção, certificação e escoamento de produtos das

comunidades atendidas. Este programa será desenvolvido em parceria com

o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional de

Economia Solidária.

Já o programa de Inclusão produtiva, tem políticas públicas que visam fazer

o enfrentamento da pobreza. Por isso, a SETE firmou convênio com o

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para o

secretário da SETE, Hélio Rabelo, “esses programas, executados pela

equipe da secretaria já começam com a certeza de que terão resultados

positivos, baseado em reconhecimentos recebidos anteriormente. A

Organização Internacional do Trabalho (OIT) premiou Minas como o Estado

Brasileiro com as melhores conferências do trabalho e isso serve de

estímulo para que a gente siga em frente”, comentou.

Outras ações

ProJovem Trabalhador é lançado no norte do Estado

O coordenador estadual do Projovem, Anderson Chaves, fala sobre o lançamento do

programa, em Montes Claros

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Page 5: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

SINESINE

Uma unidade do Sistema Nacional de Emprego (SINE) em pleno

funcionamento e com capacidade de atender 70 trabalhadores por dia. Esse

foi o presente que Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de

Trabalho e Emprego (SETE), em parceria com a Prefeitura Municipal,

ofereceu ao município de Coração de Jesus que comemorou, no dia 1º de

junho, 100 anos de emancipação.

Durante a solenidade, realizada no dia 21 de maio, o prefeito de Coração de

Jesus, Antônio Cordeiro de Faria, ressaltou a importância do Sine para a

cidade. “Agora nossos trabalhadores irão se sentir mais motivados, pois o

Sine vai ajudá-los na inserção ou retorno ao mercado de trabalho. Coração

de Jesus vive, hoje, um momento de desenvolvimento e isso graças ao apoio

do Governo de Minas”, pontua.

No dia 10 de maio, a SETE já havia inaugurado uma nova unidade do Sine em

São Gonçalo do Rio Abaixo, no centro-oeste mineiro. No dia 29 de maio, foi a

vez de Piumhi, também no centro-oeste do

Estado, receber sua unidade de atendimento ao

trabalhador do Sine. Para o prefeito piumhiense,

Arlindo Barbosa Neto, a unidade é um grande

diferencial para a população. “O trabalhador que

tinha alguma pendência no seguro-desemprego,

por exemplo, precisava ir a Formiga. Agora

podemos capacitar os trabalhadores, entre tantas outras coisas oferecidas

pelo Sine”, comemorou.

A população de Itabira também tem muito o que comemorar. A unidade do

Sine no município, que havia sido destruída pelas chuvas ocorridas no mês

de janeiro, foi reinaugurada no dia 4 de junho.

“Me sinto muito honrado, pois agora os trabalhadores itabiritenses, que

tanto já perderam com a destruição das chuvas, terão, novamente, a casa

do trabalhador, a referência do trabalho e emprego em Itabirito. Aqui, os

trabalhadores vão encontrar vagas disponíveis, cursos de qualificação,

dentre outros serviços, e isso é o que nos motiva a trabalhar cada dia mais

para levar nossas ações para a população mineira. O trabalho dignifica a

pessoa e é com essa marca que pretendemos, junto ao governador

Anastasia, fazer com que Minas cresça cada dia melhor”, afirmou o

secretário de Estado de Trabalho e Emprego, Hélio Rabelo.

Neste dia 12 de junho também foi reinaugurada, por mudança de endereço,

a unidade do Sine em Justinópolis, distrito de Ribeirão das Neves, na região

Metropolitana de Belo Horizonte.

O Sistema Nacional de Emprego (Sine) é coordenado em Minas Gerais pela

Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (SETE). Suas 135 unidades

oferecem aos trabalhadores a oportunidade de encontrarem uma ocupação

no mercado, emitirem carteira de trabalho, dar entrada no benefício do

seguro-desemprego, além do acesso a diversos cursos de qualificação

profissional.

Para que um município possa receber a unidade do Sine, é preciso seguir

alguns critérios estabelecidos pelo MTE, como, por exemplo, possuir uma

População Economicamente Ativa (PEA) acima de 10 mil habitantes. A

demanda é levada ao Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Geração de

Renda (Ceter) que, após aprovação, encaminha a solicitação ao MTE.

Sine

Minas ganha novas unidades de atendimento ao trabalhador do Sine

Equipe da SETE e convidados na inauguração do Sine de São Gonçalo do Rio Abaixo

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Page 6: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

Mercado de trabalho

A Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego (PED), divulgada no dia 30 de maio, pela Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (SETE), Fundação João Pinheiro, Dieese e Fundação Seade, apontou pequena redução na taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ao passar de 5,4% da População Economicamente Ativa (PEA) em março para 5,0% em abril. Esse número é significativamente menor que os 8,1% apurados em abril de 2011 e também o menor da série histórica, iniciada em 1996. Na média entre as sete regiões metropolitanas analisadas (Belo Horizonte, Salvador, Recife, São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza e Distrito Federal) o desemprego total ficou em 10,8%.

No período, a redução de 10 mil pessoas (7,6%) no número de desempregados na RMBH, em relação ao mês anterior, resultou do aumento de 8 mil ocupações (0,3%), somando à retirada de 2 mil pessoas do mercado de trabalho (0,1%). Segundo o coordenador técnico da pesquisa, Plínio de Campos, o trabalho precário também diminuiu em 3 mil pessoas. De acordo com a pesquisa, o tempo médio de procura por trabalho despendido pelos desempregados na RMBH foi de 24 semanas, 2 a menos em relação ao mês anterior e 7 a menos em relação a 2011, quando o trabalhador gastava em média 31 semanas para ser recolocado no mercado de trabalho. Esse também é o menor tempo de procura já registrado pela PED.

Para o secretário de Estado de Trabalho e Emprego, Hélio Rabelo, o Governo de Minas está no caminho certo, com resultados cada vez melhores nas políticas públicas que beneficiam os trabalhadores mineiros, como a qualificação profissional, a estruturação das unidades de atendimento ao trabalhador e a convergência das ações na Rede Mineira do Trabalho. “Temos atacado o desemprego em diversas frentes, para que nossos trabalhadores sejam capacitados e preparados para o mercado de trabalho e para que as empresas possam absorver cada vez mais mão de obra qualificada”, garante.

Mercado de trabalho

Segundo o coordenador do Observatório do Trabalho da SETE, Igor Coura, há

uma dificuldade natural de baixar ainda mais a taxa de desemprego na

RMBH, por vários fatores, entre eles a taxa de inatividade, o benefício do

seguro-desemprego e mesmo a adequação do mercado. “O Governo continua

se preocupando com a taxa de desemprego, mas hoje já podemos nos

preocupar com setores específicos da economia e na melhora do perfil geral

do emprego no Estado”, afirma.

Em abril, o número de ocupados na RMBH permaneceu praticamente estável

em relação ao mês anterior (0,3%) e foi estimado em 2.299 mil trabalhadores.

Foram registradas quedas no contingente de ocupados na construção civil (4

mil, ou 2,1%), no comércio (6 mil ou 1,7%) e na indústria (1 mil ou 0,3%). No

agregado “outros setores” e no setor de serviços houve acréscimo de 5 mil

(ou 3,4%) e 14 mil (ou 1,1%), respectivamente.

Em relação ao ano anterior, o nível ocupacional aumentou 3,2%. Foram

registrados acréscimos nos postos de trabalho nos serviços (51 mil, ou 4,1%),

no comércio (20 mil, ou 6,2%), na construção civil (98 mil, ou 4,5%) e no

agregado “outros setores” (2 mil, ou 1,3%) e decréscimo de ocupações na

indústria (10 mil, ou 3,0%).

O supervisor técnico regional do Dieese, Fernando Duarte, reitera que é

preciso monitorar o mercado de trabalho nos próximos meses. “Temos que

observar a indústria, por exemplo, que apresenta os melhores salários e tem

grande capacidade de gerar renda para o Estado. Se continuar nesse nível de

desemprego, o foco maior de preocupação será com a qualidade e não mais

com as taxas”, destaca.

Taxa de desemprego volta a cair na RMBH

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Page 7: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

Segundo posição na ocupação, a PED registrou em abril aumento do número

de postos de trabalho entre os assalariados (29 mil), refletindo acréscimo no

setor privado (33 mil), já que foi registrada redução no setor público (4 mil),

em relação a março. O comportamento do setor privado resultou do aumento

do contingente de assalariados com registro em carteira (37 mil), já que o

contingente de assalariados sem registro diminuiu (4 mil). No período, houve

redução do contingente de autônomos (15 mil) e acréscimo no número de

ocupados no emprego doméstico (5 mil).

O rendimento real médio dos ocupados na Região Metropolitana de Belo

Horizonte foi estimado em R$ 1.410, em março de 2012, o que representa

redução de 2,4% em relação ao mês anterior e 4,7% em relação ao mesmo

período de 2011. O salário real médio também apresentou decréscimo de

2,1% em relação ao mês anterior e de 5,2% em relação ao ano passado, sendo

estimado em R$ 1.389.

A coordenadora técnica da PED, Gabrielle Cicarelli, afirma que a queda nos

rendimentos não é necessariamente um fator negativo. “Verificamos que

entre os 10% da população com menor salário houve significativo aumento

nos rendimentos, enquanto que entre os 10% da população que recebe maior

salário é que houve queda. A queda nos rendimentos da população de maior

renda pode estar mascarando as melhorias nos rendimentos da parcela que

ganha menos”, conclui.

A média dos rendimentos nas sete regiões metropolitanas apuradas foi de R$

1.458, sendo mais alta no Distrito Federal (R$ 2.294) e mais baixa em

Fortaleza (R$ 997).

Rendimentos

Dentre os diversos desafios que se colocam aos governos para geração de

empregos de qualidade, talvez um dos maiores seja diagnosticar os

problemas do mercado de trabalho. Sua dinamicidade, muitas vezes rotulada

como imprevisibilidade, demanda um olhar estratégico e impõe ao Poder

Público a necessidade de estar constantemente alinhado ao cenário

econômico.Em se tratando de mercado de trabalho, cada momento exige um ajuste

específico, do intervencionismo à flexibilização, "aperta e daí afrouxa".

Nessa linha, é preciso exigir dos governos a atuação incisiva em duas frentes

complementares: o diagnóstico tempestivo dos movimentos do mercado, e o

estabelecimento de diretrizes que forneçam condições favoráveis à geração

de empregos. É ainda fundamental reduzir o tempo transcorrido entre

planejamento e execução, sob o risco de comprometer toda a efetividade da

ação.

As leis e políticas de trabalho vigentes no país tem como base o contexto de

séculos passados. Nesses idos, os dias se transcorriam sobre panos de fundo

diferentes dos atuais. Em meados do século XX, surgiram políticas voltadas

ao grande contingente de desempregados, notadamente às do Sistema

Nacional de Emprego (SINE). Já no início dos anos 2000, o que se vê é um

considerável crescimento da economia brasileira. Em consonância com o

contexto nacional, Minas Gerais tem desfrutado dos sabores de taxas de

desemprego progressivamente mais baixas e não raro novas empresas e

investimentos são anunciados. Ao mesmo tempo, a Justiça do Trabalho

amplia seus olhares aos direitos dos empregadores e já é possível questionar

a pressuposição generalizada de hipossuficiência do trabalhador na relação

de trabalho.

Mercado de trabalhoMercado de trabalho Artigo

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ArtigoPara Gerar Empregos De Qualidade

*Gustavo Garcia Vieira de Almeida e Bruno Dias Magalhães são assessores de Gestão Estratégica e Inovação na Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego de Minas Gerais. As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem

necessariamente a opinião da Assessoria de Comunicação.

Por Gustavo Garcia Vieira de Almeida e Bruno Dias Magalhães*

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Page 8: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

Fato que comprova o descompasso atual entre governos e mercado é o

panorama das instituições de ensino superior no Brasil. Números oficiais do

Ministério da Educação (MEC) apontam a existência de 1.145 escolas de

Direito, 1.972 de Pedagogia e 2.079 cursos de Letras. Enquanto isso,

continuamos com 399 faculdades de Engenharia Civil, 571 cursos de

Sistema e Tecnologia da Informação e apenas dois cursos nas áreas de

Petróleo e Gás. Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI)

publicou que o país tem um déficit de 75 mil engenheiros.Diante desse novo cenário, o Estado não pode mais se eximir de questionar

suas respostas às demandas de um mercado cada vez mais dinâmico e

exigente. Nesse âmbito, o planejamento estratégico figura como iniciativa

essencial para traçar caminhos que conduzam ao desenvolvimento

econômico. Tal planejamento deve ser realizado considerando a um só

tempo, leituras territorializadas do mercado de trabalho e objetivos de

desenvolvimento regional, uma vez que cada localidade traz sua realidade

singular.

O Governo de Minas conta hoje com instituições gerenciais capazes de levar

a cabo o planejamento estratégico do trabalho e emprego. Não é difícil

imaginar as mais de 130 unidades de atendimento da rede SINE em todo o

estado como termômetros do mercado de trabalho local.

As informações produzidas de forma descentralizada podem assim subsidiar

diretrizes de governo e se transformarem em metas tangíveis, a serem

rigorosamente monitoradas.Em se tratando de políticas públicas de trabalho e emprego, é preciso

questionar-se e avançar sempre, acompanhando e gerenciando as rápidas

mudanças externas, sem perder de vista o objetivo último do

desenvolvimento econômico. E é imperativo fazê-lo rapidamente, afinal os

baby boomers estão se aposentando e a Geração Y chega ao mercado de

trabalho, invadindo-o de forma impactante com demandas e visões de

mundo distintas.

ArtigoArtigo

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Page 9: Trabalho em Pauta - Edição Junho - Sete | MG

www.trabalho.mg.gov.br