Trabalho Geologia

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  • Sumrio

    INTRODUO ........................................................................................................................ 3

    1. Estrutura da Terra e Processos Geolgicos .......................................................... 4

    1.1. Escala do Tempo .................................................................................................... 4

    1.2. Processos Geolgicos ........................................................................................... 4

    2. Minerais formadores de Rocha ................................................................................ 5

    2.1. Minerais .................................................................................................................... 5

    2.2. Formao dos Minerais ......................................................................................... 5

    2.3. Classificao dos Minerais .................................................................................... 5

    2.4. Reconhecimento dos Minerais ............................................................................. 6

    3. Rochas ......................................................................................................................... 7

    3.1. Rochas gneas ........................................................................................................ 7

    3.1.1. Caractersticas .................................................................................................... 7

    3.1.2. Cristanilidade ....................................................................................................... 7

    3.1.3. Textura ................................................................................................................. 7

    3.1.4. Classificao Qumica ....................................................................................... 7

    3.2. Rochas Sedimentares ............................................................................................ 7

    3.2.1. Classificao das Rochas Sedimentares ....................................................... 8

    3.2.2. Litificao ............................................................................................................. 8

    3.3. Rochas Metamrficas ............................................................................................ 8

    3.3.1. Tipos de Metamorfismo ..................................................................................... 8

    3.3.2. Estrutura das rochas metamrficas ................................................................. 9

    3.3.3. Textura das rochas metamrficas .................................................................... 9

    4. Intemperismo ............................................................................................................... 9

    4.1.1. Intemperismo Fsico ........................................................................................... 9

    4.1.2. Intemperismo Qumico ....................................................................................... 9

    5. Tectnica ................................................................................................................... 10

    5.1. Estruturas de Deformao .................................................................................. 10

    5.2. Foliaes ................................................................................................................ 10

    6. Mapeamento Geotcnico ........................................................................................ 11

    6.1. Aplicao................................................................................................................ 11

    6.2. Escalas e Observaes ....................................................................................... 11

    7. Investigao do subsolo .......................................................................................... 12

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    8. Formao dos solos e seus perfis ......................................................................... 12

    9. Fotointrepretao e Mapas ..................................................................................... 13

    10. Sondagem Rotativa .............................................................................................. 13

    11. Geologia em Fundao de Edifcios e Moradias ............................................. 15

    CONCLUSO ................................................................................................................... 19

    Referncias Bibliogrficas ............................................................................................... 20

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    INTRODUO A geologia, hoje, pode ser considerada uma poderosa ferramenta no apenas para auxlio em

    obras de engenharia, e sim como uma pea fundamental que serve de base para muitos

    projetos realizados e executados em mbito mundial.

    O conhecimento da geologia um passo importante para engenheiros civis, principalmente

    para os que desejam seguir a rea de fundaes de barragens, edifcios, moradias, e etc,

    assimilar a geologia com a engenharia trazem muitos benefcios quando o assunto

    rentabilidade e segurana de uma obra, e tambm resultados lucrativos.

    Este trabalho tem por finalidade resumir e apresentar o contedo ministrado na matria de

    Geologia da Engenharia, repassado atravs de aulas.

    O contedo a seguir ir descrever os principais tpicos sobre a geologia aplicada a engenharia,

    conhecimento, descrio e finalidade das rochas, atividades exercidas ao longo do tempo pela

    terra, bem como mtodos de sondagem, conhecimento de solos e uma breve abordagem sobre

    aplicao de fundaes.

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    1. Estrutura da Terra e Processos Geolgicos

    O planeta terra constitudo de um dimetro equatorial de 12712KM e dimetro polar de

    12756KM, em seu ncleo encontrado o Nquel e o Ferro (6000), no manto fazem-se

    presentes os silicatos e ferro-magnesianos (3400 a 4000), por ltimo apresenta-se a crosta

    terrestre, onde vivemos e construmos os mais variados tipos de obras, composta em parte

    por silcio e alumnio e prximo do manto encontram-se os silicatos ferro-magnesianos.

    1.1. Escala do Tempo

    Nomenclatura Tempo Evento

    Cenozico Quaternrio Tercirio

    2500 a 2.5 M.A Homem

    Mesozico Cretifceo Jurassico Triassico

    136 m.a At 225 m.a

    Grandes Rpteis

    Paleozico Permiano Carbonfero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano

    280 m.a At 570 m.a

    Anfbios Vida Aqutica

    Proterozico Arqueano

    2 b.a 5 b.a

    Alga, crustceos Sem fsseis

    1.2. Processos Geolgicos So processos que modificam a crosta terrestre, entre eles podemos citar:

    - Eroso

    A partir da desagregao e alterao das rochas pelos processos intempricos ocorre o

    transporte destes materiais quando sujeitos a uma forma de energia (meio de transporte: vento,

    gua, gelo, gravidade).

    Promovem o rebaixamento do terreno e influenciado pelo clima, que a fonte de gua e calor

    para as reaes qumicas.

    - Sedimentao

    Deposio dos materiais erodidos e transportados em calhas de rio, fundos de lago, vales e

    plataformas marinhas.

    A variao da natureza dos materiais depositados (forma, dimetro) e o tipo de transporte se

    refletem na estratificao do macio. Na medida em que os sedimentos se acumulam, aumenta

    a presso de confinamento, favorecendo a litificao do macio.

    O tipo de sedimentos pode estimar secas ou cheias, ao fundo de um lago acontece a

    intercalao das camadas de sedimentos.

    - Atividade Magmtica

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    Deposio de magma provenientes de bolses a cerca de 50km de profundidade, seja na

    superfcie da crosta, como tambm em feies no interior do macio, podemos citar:

    Vulcanismo: Atividade superficial, exterior, da origem a basaltos

    Plutonismo: Atividade interior, abertura de diques, sills, encontram-se grandes

    cavidades, que do origem aos batlitos e stocks, da origem ao granito.

    Quanto mais rpido o resfriamento, menor ser a organizao mineral.

    - Metamorfismo

    O metamorfismo pode ser chamado do processo que purifica a rocha, so processos

    transformadores da rocha que ocorrem devido a incidncia de elevadas presses e

    temperaturas. Neste caso ocorre a recristalizao do mineral, reorganizao de partculas sem

    que ocorra a fuso do material, de modo geral, o metamorfismo uma consequncia e no

    uma causa. Apresenta-se por:

    Contato: Quando o magma ou solues termais, em contato com rochas pr-

    existentes, promovem sua modificao.

    Metamorfismo regional: Presena de falhas e grandes dobras.

    2. Minerais formadores de Rocha

    2.1. Minerais

    Mineral uma substancia de composio qumica definida, normalmente slida com estrutura

    cristalina, os minerais mais abundantes encontrados so: Feldspatos (Aluminio-silicatos), e o

    Quartzo (xido de silcio SiO2).

    2.2. Formao dos Minerais A formao dos minerais se d por:

    Resfriamento do magma: Reorganizao da partcula

    Gases, lquidos e calor magmtico: Esses elementos podem preencher cavidades

    dentro dos macios e cristalizarem nesses locais, o calor pode gerar metamorfismo de

    contato.

    Intemperismo: Agentes naturais que modificam a crosta e promovem a alterao dos

    minerais.

    Precipitao de sais: Casos onde substancias em suspenso ou dissolvidas, se

    concentram devido a evaporao. Ex: Mar morto, lago Titicaca.

    2.3. Classificao dos Minerais

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    Para a Engenharia Civil, so cinco grupos que interessam estudar, so eles:

    Silicatos:

    o Quartzo

    o Feldspato (Ortoclsio, Plagioclsio)

    o Mica (Muscovita, Biotita)

    o Anfiblio

    o Piroxnio

    o Olivina

    Carbonatos:

    o Calcilta

    o Dolomita

    xidos de Ferro:

    o Magnetita

    o Hematita

    Sulfatos:

    o Anidrita

    o Gipso

    Sulfetos:

    o Pirita

    2.4. Reconhecimento dos Minerais As tcnicas mais simples para o reconhecimento de minerais so:

    Trao: Cor do p do mineral que fica sobre a placa de porcelana ao ser riscado. Por

    exemplo: Pirita, cor amarela com o trao preto.

    Dureza: Capacidade de um mineral riscar ou ser riscado, dureza representada na

    escala de MOHS que vai de 1 a 10.

    Classificao segundo MOHS:

    1 Talco

    2 Gipso

    3 Calcita

    4 Fluorita

    5 Apatita

    6 Feldspato

    7 Quartzo

    8 Topzio

    9 Corndon

    10 Diamante

    Clivagem: Plano de ruptura de menor fora de ligao entre partculas (superfcies

    planas)

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    3. Rochas

    As rochas so os constituintes bsicos da litosfera e controla fatores naturais importantes para

    a vida humana como a topografia, as condies de fertilidade dos solos e a disponibilidade de

    matrias primas para muitos ramos da atividade econmica humana. Estes agregados minerais

    so classificados, de acordo com sua origem, em trs grupos: rochas magmticas ou gneas,

    rochas sedimentares e rochas metamrficas.

    3.1. Rochas gneas

    Resultam da solidificao do magma, podem ser vulcnicas (extrusivas), como o basalto, ou plutnicas (intrusivas), como o granito.

    3.1.1. Caractersticas Granulao, utilizao e reconhecimento.

    3.1.2. Cristanilidade As rochas apresentam dois tipos de cristanilidade:

    Farentica: Visvel a olho nu.

    Afantica: Visvel apenas com lente.

    3.1.3. Textura H trs tipos de textura:

    Equigranular: Rochas do mesmo tamanho.

    Inequigranular: Diferentes tamanhos.

    Porfiritica: Tamanho diferencial em uma mesma massa.

    3.1.4. Classificao Qumica

    cidez em funo da quantidade de quarzto, so classificadas como:

    cidas: o Quartzo, feldspato e a mica;

    Bsicas: a albita, augita e o piroxnio.

    3.2. Rochas Sedimentares

    As rochas sedimentares podem ser definidas como tipo rochoso derivado de outras

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    rochas, depositado na forma de fragmentos ou precipitado quimicamente, que devido a seu

    lento processo de deposio pode apresentar estruturas planares horizontais.

    Se originam da desagregao, transporte e deposio de sedimentos, sua formao se da pelo

    intemperismo, eroso, transporte/deposio, litificao.

    3.2.1. Classificao das Rochas Sedimentares

    Podem ser classificadas de duas formas:

    Clsticas ou detrticas: Sedimentos transportados. Ex.: Arenito

    No Clsticas: Decomposio qumica de outras rochas ou ao de organismos. Ex.:

    Calcreos e carvo.

    3.2.2. Litificao Processo final da formao das sedimentares

    Compactao: compresso sedimentos finos no interior do macio

    Cimentao: cristalizao de minerais, aumenta a coeso. Cimentos: calcita, hidrxido

    de ferro, slica e sais

    3.3. Rochas Metamrficas

    Rocha metamrfica uma rocha transformada devido a altas presses e temperaturas, que

    ocorre a modificao dos minerais (Recristalizao), tanto rochas gneas, sedimentares e at

    metamrficas podem sofrer modificaes e tornarem-se uma rocha metamrfica.

    As rochas metamrficas so, na sua generalidade, resistentes e durveis, por variadas

    razes, nomeadamente:

    O calor e a presso eliminam os poros da rocha, aumentando a sua densidade;

    as reaes metamrficas substituem minerais instveis por minerais mais estveis;

    a recristalizao fortalece as ligaes entre os constituintes da rocha.

    So rochas amplamente utilizadas na construo civil, nomeadamente no exterior dos edifcios,

    dada a sua resistncia eroso provocada pelo clima, bem como nos alicerces de obras de

    engenharia, como por exemplo, nos alicerces de pontes e de barragens.

    3.3.1. Tipos de Metamorfismo O metamorfismo pode ser separado da seguinte forma:

    Termais: Geotermal e por contato, proveniente o gradiente trmico da crosta

    Dinamotermal: Presso dirigida, temperatura elevada, acontece na regio tectnica.

    Grau de metamorfismo: Quantidade de vezes que uma rocha se transforma sucessivamente

    em outras rochas, de forma que tenha a mesma composio e minerais diferentes.

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    3.3.2. Estrutura das rochas metamrficas

    Macia: aspecto compacto e homogneo, ausncia de disposio planar;

    Foliaes: estrutura formada por achatamento de minerais;

    Xistosidade: estrutura planar formada por minerais j achatados.

    3.3.3. Textura das rochas metamrficas

    Foliao qualquer tipo de orientao mineral em planos ou superfcies de rochas

    metamrficas.

    Xistosidade superfcie gerada pela orientao de minerais planares (principalmente

    as micas).

    Clivagem orientao de pequenas partculas minerais de formas planares ou

    asciculares, de carter eminentemente plano. Sua caracterstica principal a

    regularidade de seu comportamento plano.

    4. Intemperismo

    O conjunto de processo responsvel pelas transformaes ocorridas nas rochas sejam elas

    transformaes de carter fsico ou qumico, recebe o nome de intemperismo, influenciado

    pelo clima e pelo relevo e tem como produto final o solo. O intemperismo separado de duas

    formas, pelo intemperismo fsico e qumico.

    4.1.1. Intemperismo Fsico

    responsvel pela desagregao ou desintegrao das rochas, sendo geralmente anterior ao

    intemperismo qumico e, de certa forma, preparando as rochas para as ao posterior do

    intemperismo qumico, acontece a expanso por alvio de presso, crescimento de cristais

    estranhos, congelamento de material de preenchimento ou gua e a expanso ou contrao

    trmica.

    4.1.2. Intemperismo Qumico

    Caracteriza-se pelas reaes qumicas entre a rocha e solues aquosas variadas, tornando-

    se um processo to mais rpido quanto mais fragmentado estiver rocha, uma vez que a

    fragmentao aumenta a rea de ataque das solues sobre a rocha.

    De maneira geral pode-se distinguir trs estgios na evoluo do intemperismo qumico: (1)

    incio do ataque qumico; (2) decomposio total dos minerais com preservao de texturas e

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    estruturas; (3) decomposio total, com a formao de novos minerais, desaparecimento das

    texturas e estruturas da rocha, e formao do solo.

    Destri a estrutura dos silicatos, ocorre a apario de tenses internas devido a expanso de

    minerais em contato com a gua, expanso e mudana de cor.

    5. Tectnica Refere-se movimentao de grandes massas ou mesmo placas tectnicas, possuem dois

    processos:

    Processos Orogenticos: Formador das grandes cadeias de montanhas (Catastrficos)

    Processos Epeirognicos: Simples movimentos ascendentes ou descendentes.

    5.1. Estruturas de Deformao Dividem-se em arqueamentos, dobramentos e rupturas.

    Arqueamentos: Levantamentos em reas de acumulo ou deposio de sedimentos

    Dobras: Formada quando o macio esta submetido a tenses superiores ao limite

    elstico da rocha. Tpico em regies de cisalhamento (elevadas presses e

    temperaturas).

    Dobra Isoclinal: Os flancos se inclinam na mesma direo

    Rupturas: Juntas ou diaclases e falhas

    Juntas: Fraturas, descontinuidades em que no h grandes deslocamentos entre

    blocos. As juntas aparecem como resposta s foras internas do macio (compresso,

    trao, toro e etc.), muitas devido a alvios e resfriamentos.

    Quando a junta paralela ao maior esforo chama-se Junta de distenso, quando

    oblqua chama-se junta de cisalhamento.

    Falhas: Ruptura de bloco crustais com atrito e deslocamento visvel entre as partes

    paralelamente ao plano de falha.

    o Falhas normais: Macio esta se distendendo

    o Falhas Inversas ou de empurro: Produzidas pela contrao da crosta. Plano

    de falha forma 35 com horizontal e um bloco sobrepe a outro (cadeias de

    montanhas recentes, dobras deitadas).

    o Falhas transcorrentes: Apresentam estrias horizontais.

    5.2. Foliaes Termo aplicado a determinadas feies planares de rochas metamrficas.

    Xistosidade: Orientao paralela de minerais alongados e/ou achatados. Se a

    granulao for fina chamado de clivagem ardosiana. Caso a granulao seja grossa

    em gnaisses, chamada gnaissosidade.

    Bandamento Composacional: Faixas paralelas de composio mineralgica ou

    texturais diferentes.

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    Lineaes: Feies lineares definido pelo eixo de alongamento de elementos

    geolgicos (minerais, seixos)

    6. Mapeamento Geotcnico

    Mapa: Registro de dados obtidos de um determinado aspecto do ambiente

    Carta: Documento cartogrfico com informaes interpretadas e associaes dos

    dados contidos nos mapas.

    6.1. Aplicao

    Saber os tipos de macios de solos e de rochas ocorrem no local das obras. Estimar

    parmetros de projetos. Ao elaborar mapas e cartas devemos tomar cuidados quanto:

    Ao uso:

    o Mapas e cartas devem mostrar informaes diferenciadas e na escala

    adequada.

    o Relacionar cartas a fins urbanos e territoriais, forma de ocupao, uso do solo,

    parmetros de resistncia, reas de risco e etc.

    o Considerar efeito dinmico do meio fsico. Ex.: Sazonalidade.

    Quanto as caractersticas cartogrficas:

    o Preciso adequada.

    o Estudos geotcnicos voltados ao problema

    o Escalas inferiores a 1:200.000 apenas para sntese/didtica.

    o Propiciar fcil atendimento ao leigo

    o Informaes (dados) quando pontuais devem ser possveis de extrapolao.

    Todas essas premissas se devem a garantir ao Maximo a identificao das caractersticas e

    propriedades do meio fsico. Cada caracterstica particularizada do meio fsico chamada de

    atributo, apenas um atributo ou um conjunto deles so chamados de unidade.

    Os atributos devem ser agrupados da maneira mais homognea possvel e voltada para o

    objetivo que se deseja.

    6.2. Escalas e Observaes

    Finalidade Escala (1/) gneas/Metamrfica Sedimentar

    Bsica 250.000 3162 3162

    Regional

    100.000 50.000 25.000

    1581 912 577

    1825 1000 707

    Detalhe

    25.000 10.000 5.000

    477 258 200

    500 258 223

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    2.000 158 169

    Matriz atributo x Atributo

    Textura Minerais CTC SE PH

    Text - - - X -

    Minerais - - X X -

    CTC X X - X X

    SE X X X - -

    PH - X X - -

    Este tipo de matriz indica a relao entre atributos que podem ser agrupados.

    7. Investigao do subsolo

    Acima do topo rochoso, como resultado dos processos de intemperismo, ocorre a alterao

    gradativa das rochas. Em tal perfil ocorre a transformao da rocha em solo. De maneira

    diversa, o perfil tambm pode ser constitudo de materiais transportados sobre rochas ou

    outros solos.

    8. Formao dos solos e seus perfis

    Solos Transportados: Classificados em funo do tipo de transporte:

    o Coluvionar: Gravidade (deslizamentos)

    o Aluvionar: Rios

    o Elico: Ventos

    Rocha Intemperismo Sedimento

    Transporte

    Sim

    No

    Solo Transportado

    Solo Residual

    Processos Geolgicos

    Volta a ser Rocha

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    Solos Residuais: Formados no local da prpria rocha (qualquer rocha), diferenciado

    pela rocha me.

    Mtodos Diretos: Ensaios de Campo com medidas quantitativas e/ou amostragem

    Mtodos Indiretos: Ensaios de campo indiretos nos quais os parmetros de interesse so

    obtidos por correlaes com propriedades geofsicas. Ex.: Ensaios Geofisicos.

    9. Fotointrepretao e Mapas

    O que investigar?

    Parmetros de resistncia e o tipo de perfil do macio rochoso ou de solos que ocorre em sua

    obra.

    Parmetros de resistncia: Identificados pelo tipo de macio e pelo tipo de obra, utiliza-

    se o ensaio adequado a propriedade a ser investigada. Ex.: Macio estratificado.

    Tipos de Macio: Utiliza-se sondagem rotativa para investigar o macio rochoso

    (Extrao de amostras). Utiliza-se sondagem SPT para investigar macio de solos

    (cravao em solos e amostragem)

    10. Sondagem Rotativa

    A sondagem rotativa feita seguindo os seguintes passos:

    Perfurao com Sonda

    Sonda com vrios dimetros

    Ensaio de perda dgua

    Retirada da sonda e amostragem

    Aps estes passos, so efetuadas as seguintes atividades:

    Colocao dos testemunhos so utilizadas tantas quanto necessrio.

    Separao dos trechos amostrados por tacos de madeira indicando as profundidades.

    Anlise por parte do gelogo.

    Elaborao do perfil de sondagem interpretado (dados para classificao

    geomecanica)

    A partir da sondagem feita a descrio dos macios rochosos com base em testemunhos

    para elaborao do perfil, segue-se os passos.

    1 Fraturamento (F) Grau Descrio Fraturao/m

    F1 Pouco Fraturada 0 a 1

    F2 Fraturada 2 a 5

    F3 Muito Fraturada 6 a 10

    F4 Extremamente Fraturada 11 a 20

    F5 Fragmentada >20

    2 Rugosidade

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    Grau Denominao Caracteristica

    S1 Superfcie Rugosa Asperas ao tato Travadas

    Justapostas

    S2 Superfcie Lisa Suave, Sem travamento Justaposta

    S3 Superfcie Estriada Marcas de escoamento

    Suave Sem Justaposio

    3- Paredes/Preenchimento P1- Justapostas, paredes ss P2- Preenchimento com material ptreo P3- Justapostas com alterao nas paredes P4- Alterao milimtrica nas paredes P5- Paredes alteradas, com preenchimento E- Outro tipo de descrio 4 Alterao Grau Tipo Descrio Equipamento para

    Escavao

    A1 Sem Alterao Explosivo (Fogo)

    A2 Pouco a Media Alterao

    Alterao de cor e quebra facilmente com o martelo.

    Se pouco fraturvel Fogo

    A3 Alterada Minerais decompostos, cor muito alterada. Quebra-se com as mos.

    Mecnica

    A4 Frivel Muito alterada, ainda no solo. Manual

    A5 Solo de alterao Manual

    5 Coerncia Grau Tipo Descrio Fraturao/m

    C1 Extremamente Coerente

    Duro, difcil de riscar com ao Fogo

    C2 Muito Coerente Quebra com muitos golpes, poucos fragmentos Fogo

    C3 Coerente Quebra com alguns golpes do martelo, riscvel Fogo

    C4 Pouco Coerente Quebra com 1 golpe, muitos fragmentos, partido manualmente

    Escarificador

    C5 Frivel Esfarela Lmina

    6 RQD (Rock Quality Designation) Grau % Qualidade

    R1 100-91 Excelente

    R2 90-76 Boa

    R3 75-51 Regular

    R4 50-26 M

    R5 25-0 Pssimo

    7 Condutividade Hidrulica Grau Tipo PE

    H1 Muito Baixa 0 0,1 H2 Baixa 0,11 1 H3 Moderada 1,1 5 H4 Alta 5,1 10 H5 Muito Alta >10

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    11. Geologia em Fundao de Edifcios e Moradias A geologia de suma importncia quando se trata de fundaes, tanto de edifcios como

    moradias, barragens e outras diversas obras na qual se aplica.

    Fundaes so elementos estruturais cuja funo transmitir as cargas da estrutura para o

    terreno onde ela se apoia. Assim as fundaes devem ter resistncia adequada para suportar

    as tenses causadas pelos esforos solicitantes.

    Antes de se iniciar uma obra de fundao de um edifcio ou uma moradia necessrio um

    estudo abrangente das condies do local onde ser projetada e executada a obra, estudos

    que levam em conta o tipo de solo, o tipo de rocha existente, condies de permeabilidade,

    disposio, natureza e espessura das camadas de solo, assim como as suas caractersticas,

    aspectos geolgicos e hidrogeolgicos da regio, bem como as propriedades qumicas do solo

    e da gua do subsolo. Tudo levado em considerao, porm, se faz necessrio o

    conhecimento da obra para ento projetar e executar as fundaes.

    Em obras de pequeno porte, no necessrio um estudo muito a fundo do terreno, visto que o

    prprio solo em questo possa apresentar uma resistncia desejada para tal obra e assim ser

    utilizado para que seja efetuada a fundao, j em obras de grande porte, necessrio o

    estudo para que se conhea o peso da estrutura e da obra.

    Obras com um peso excessivo, ou que exigem muita resistncia do macio rochoso no pode

    ser realizado com fundaes rasas, ou que sejam apoiados em solo mole, em solo sedimentar,

    para este tipo de obra, que exige uma capacidade maior importante conhecer o tipo de rocha

    existente, em nossa regio temos o basalto, rocha gnea com uma capacidade muito boa para

    ser utilizada em fundaes, tanto o basalto, como o granito possuem resistncia elevada,

    entretanto, se faz necessrio o conhecimento destas rochas. Realizando uma sondagem no

    local da fundao, se conhece o tipo de solo e rocha extraindo testemunhos, e aps o estudo

    dos mesmos se conhece suas devidas capacidades, bem como se h falhas, dobras, fraturas,

    etc.

    Na maioria dos casos, a avaliao e o estudo das caractersticas do subsolo do terreno sobre o

    qual ser executada a edificao se resume em sondagens de simples reconhecimento

    (sondagem a percusso), mas, dependendo do porte da obra, ou se as informaes obtidas

    no forem satisfatrias, outros tipos de pesquisas podero ser executados (por exemplo: poos

    exploratrios, ensaio de penetrao contnua, ensaio d palheta)

    As principais caractersticas que devero ser analisadas nos solos so: tipo, granulometria, cor,

    grau de compacidade ou de consistncia, espessura da camada, presena dgua. Nas rochas

    deve-se analisar: tipo, cor, grau de decomposio, grau de fraturamento, RQD (rock quality

    designation).

    O mtodo mais comum para investigao geolgica da fundao de edifcios o de sondagem

    percusso com circulao de gua, acompanhado pelo ensaio normalizado de penetrao

    (SPT) ou sondagem de simples reconhecimento do solo (Normas ABNT). Este mtodo fornece

    um perfil com a descrio das camadas do solo e a resistncia oferecida por elas penetrao

  • 16

    de um amostrador normalizado. Pode fornecer, ainda, a profundidade do nvel de gua

    esttico.

    Quando a fundao rochosa, ou parcialmente rochosa, usa-se outro mtodo de sondagem, a

    sondagem rotativa com broca de diamante e extrao de testemunho de sondagem. A rocha

    amostrada descrita e avaliada quanto resistncia.

    O processo de anlise do solo, bem como sua extrao, feito levando em conta a NBR-1211,

    que informa o nmero de furos, disposio dos furos e a profundidade dos furos.

    O nmero de furos de sondagem varivel para edifcios ou obras pequenas, entretanto, deve

    ser feito no mnimo 1 furo para cada 200m.

    A profundidade da sondagem feita com o objetivo de saber a capacidade do solo em

    questo, deve ser feitas at uma profundidade a qual no ir influenciar ou prejudicar o

    comportamento estrutural do edifcio ou moradia, ao ser atingida uma camada de solo com

    consistncia elevada, pode-se parar as sondagens.

    Estes dados, obtidos atravs da sondagem, retratam as caractersticas e propriedades do

    subsolo e, depois de avaliados e minuciosamente estudadas, servem de base tcnica para a

    escolha do tipo de fundao da edificao que melhor se adapte ao terreno.

    As fundaes podem se classificar em:

    Diretas: Fundaes Diretas transferem a carga para as camadas de solo capazes de

    suport-las sem deformar-se exageradamente. Podem se separar em rasas e

    profundas.

    Indiretas: So sempre profundas, devido a forma de transmisso de carga para o solo.

    Dentro dos grupos citados a cima, podemos destacar alguns tipos de fundaes.

    Fundaes diretas rasas:

    Sapatas

    Fonte: http://gustavogm.blogspot.com.br/2011/09/sapatas-de-concreto.html

  • 17

    Radiers

    Fonte: http://lonax.blogspot.com.br/

    Fundaes diretas profundas:

    Tubules:

    Fonte: http://www.fcfundacao.com.br/fundacao-tubulao-ceu-aberto.htm

    Fundaes Indiretas:

    As fundaes mais profundas so mais utilizadas em casos de edifcios altos em que os

    esforos do vento se tornam considerveis, e/ou nos casos em que o solo s atinge a

    resistncia desejada em grandes profundidades.

    Para o processo de fundaes indiretas de estacas demonstrado visualizando a figura a

    seguir.

  • 18

    Fonte: http://www.edifique.arq.br/nova_pagina_5.htm

    Aps o estudo das sondagens, conhecimento do solo, rochas e designado a um profissional

    capacitado ento realizada a fundao que ir dar suporte a todo o edifcio, como vemos,

    de imensurvel importncia uma fundao bem realizada, para que no haja problemas

    futuros.

  • 19

    CONCLUSO

    No processo de desenvolvimento deste trabalho, foi constatada a importncia da geologia na

    engenharia, bem como os elementos principais estudados e utilizados na engenharia que

    abrangem a geologia, o processo de reconhecimento de rochas e solos, qualificao e

    descrio.

    importante ressaltar tambm, a necessidade do estudo sobre os mapas geolgicos e

    geotcnicos, que serviro de apoio para qualquer projeto de fundao ou que ir abranger a

    geologia da engenharia, todo projeto desenvolvido e executado atualmente precisar do

    trabalho de um gelogo e engenheiro responsvel pela parte de fundaes.

    Por fim, para que o solo e as rochas se tornem uma soluo e no um problema, verificamos

    que necessrio o seu estudo e adaptao de normas para que este, torne-se um local seguro

    e sirva de base para todo tipo de construo.

  • 20

    Referncias Bibliogrficas

    Curso de geologia aplicada ao meio ambiente: coordenao geral Omar Yazbek Bitar. So

    Paulo: Associao Brasileira de Geologia de Engenharia: instituto de Pesquisas Tecnolgicas,

    Diviso de Geologia, 1995.

    Manual de sondagens: wilson Shoji Lyomasa. 4. ed. - So Paulo: Associao Brasileira de

    Geologia de Engenharia, 1999.

    Geologia de Engenharia, (glossrio de termos tcnicos): Enivaldo Minette. Universidade

    Federal de viosa Imprensa Universitria viosa - Minas Gerais, 1993.

    www.fundacoes.net: acessado em 25 de outubro de 2012.

    www.cadernodaconstrucao.com.br: acessado em 25 de outubro de 2012.

    www.ebah.com.br: acessado em 25 de outubro de 2012.

    www.fag.edu.br: acessado em 25 de outubro de 2012.

    www.tecponto.blogspot.com.br: acessado em 25 de outubro de 2012.

    www.guiadaobra.net: acessado em 25 de outubro de 2012.