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fontes do direito material
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FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
Princípios gerais de direito - são aqueles aceitos por todos os ordenamentos
jurídicos, como exemplo a boa-fé, respeito à coisa julgada, princípio do direito
adquirido e o do pacta sunt servanda. Consistem em princípios consagrados nos
sistemas jurídicos dos estados, ainda que não tenham aceitação plena
internacional, bastando que um número suficiente de estados á consagrem para
que essa seja passível de gerar lei.
Costume internacional - fonte mais utilizada pela comunidade internacional até a
Segunda Guerra Mundial, e resultado de prova de prática geral entre estados que
passa a ser aceita como direito. O costume serve como norma jurídica para
determinar algumas situações, mas atualmente está sendo de certo modo
abandonado em detrimento dos tratados internacionais.
Atos unilaterais dos estados - São aqueles em que a manifestação de vontade de
uma pessoa de direito vai produzir efeitos na ordem internacional. Quem pode
formular atos unilaterais são os estados e as organizações internacionais. O
individuo não poderá formula-lo. Além da pessoa de direito, deve-se observar
também se o órgão daquela pessoa e competente para formular atos unilaterais,
Exemplo ”poder executivo”, que deverão por sua vez ter um objetivo licito e
possível, além de não conter vícios de consentimento. Não poderão ferir a moral
internacional nem a norma imperativa do direito internacional.
Ato unilateral tem sido considerado pelos doutrinadores uma das fontes de
direito, embora não se encontra ela nas fontes aplicadas na corte internacional de
justiça, o artigo 38 da (CIJ), considera uma fonte de 3° grau uma vez, que tiram
seu fundamento pelo costume ou tratados internacional.
Convenções, tratados internacionais - esta é a fonte cujo maior uso se tem feito
no campo internacional contemporaneamente, tendo todos os seus aspectos e
minúcias abordados em qualquer manual de DPI; sejam estas gerais ou especiais,
desde que produzam regras expressamente estabelecidas pelos estados litigantes.
Deve ser registrado na ONU para que tenha validade internacionalmente;
ANALOGIA E EQUIDADE
A analogia e a equidade são meios para enfrentar a inexistência da norma, ou a
evidente falta de préstimo para proporcionar ao caso concreto um desfecho justo.
Ainda, comporta dizer que são métodos de raciocínio jurídico.
A seu turno, o uso da analogia, consiste em fazer valer, para determinada
situação, a norma jurídica concebida para aplicar-se a uma situação semelhante,
na falta de regramento que se ajuste ao exato contorno do caso posto ante o
intérprete.
Por sua vez, a eqüidade, pode operar tanto na hipótese de insuficiência da norma
de Direito positivo aplicável quanto naquela em que a norma, embora bastante,
traz ao caso concreto uma solução inaceitável pelo senso de justiça do intérprete.
Assim decide se à luz de normas outras que preencham o vazio eventual, ou que
tomem o lugar da regra estimada iníqua ante a singularidade da espécie.
Importante, a lembrança de que a Corte de Haia não poderá decidir à luz
da iqüidade sem a autorização das partes. Portanto, sendo imprópria a norma ou
faltante esta para aplicar ao caso, só poderá a Corte recorrer à eqüidade com a
aquiescência das partes.
Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça:
Artigo38
1 – A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
A- As convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
B - O costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
REZEK, José Francisco, “Direito Internacional Público-Curso Elementar”, Saraiva Ed., 12° ed., 2010.