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1. BIOGRAFIA DO AUTOR Alexandre Dumas (1802-1870) foi um romancista e dramaturgo francês. Autor do clássico da literatura, "Os Três Mosqueteiros". Suas histórias foram traduzidas em diversos países e produziram vários filmes. Em 2002, seus restos mortais foram levados para o Panthéon, em Paris. Alexandre Dumas (1802-1870) nasceu em Villers-Cotterêts, França, no dia 24 de julho de 1802. Filho do General Thomas Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie, nascido de um nobre francês e uma escrava negra, e de Marie Louise. Em 1806 ficou órfão de pai. Estudou no Colégio do Padre Gregório, onde aprendeu uma caligrafia perfeita, que mais tarde lhe garantiria a vaga de escriturário. Em 1821, junto com o amigo Leuven, nobre sueco refugiado na França, escreve a peça "O Major de Strasburgo". Em 1822 viaja à Paris, onde conhece o escritor Auguste Lafarge. A certeza de que sua vocação era escrever para o teatro, se confirmou quando assistiu a representação de Hamlet, de Shakespeare. Saiu certo de que poderia criar algo igual, ou melhor. Em 1823 transfere-se para Paris. Em busca de emprego foi recebido pelo General Foy, amigo de seu pai, que ao ver sua bela caligrafia conclui que Dumas poderia secretariar o Duque de Orléans, futuro rei Luís Filipe. O emprego lhe garantiu seu sustento em Paris e lhe abriu caminho para a "Comédie Française". Conhece Catarina Labay, a costureira do prédio vizinho e com ela teve um filho, Alexandre Dumas (1824-1895) que ficou célebre com "A Dama das Camélias".

Trabalho Livro "Os Três Mosqueteiros"

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Trabalho sobre o livro "Os Três Mosqueteiros" de Alexandre Dumas, contendo biografia do autor, resumo do livro, descrição física e psicológica dos personagens, fatos históricos a época do livro e mais.

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Page 1: Trabalho Livro "Os Três Mosqueteiros"

1. BIOGRAFIA DO AUTOR

Alexandre Dumas (1802-1870) foi um romancista e dramaturgo francês. Autor do

clássico da literatura, "Os Três Mosqueteiros". Suas histórias foram traduzidas em

diversos países e produziram vários filmes. Em 2002, seus restos mortais foram

levados para o Panthéon, em Paris.

Alexandre Dumas (1802-1870) nasceu em Villers-Cotterêts, França, no dia 24 de

julho de 1802. Filho do General Thomas Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie,

nascido de um nobre francês e uma escrava negra, e de Marie Louise. Em 1806 ficou

órfão de pai. Estudou no Colégio do Padre Gregório, onde aprendeu uma caligrafia

perfeita, que mais tarde lhe garantiria a vaga de escriturário.

Em 1821, junto com o amigo Leuven, nobre sueco refugiado na França, escreve a

peça "O Major de Strasburgo". Em 1822 viaja à Paris, onde conhece o escritor

Auguste Lafarge. A certeza de que sua vocação era escrever para o teatro, se

confirmou quando assistiu a representação de Hamlet, de Shakespeare. Saiu certo de

que poderia criar algo igual, ou melhor.

Em 1823 transfere-se para Paris. Em busca de emprego foi recebido pelo General

Foy, amigo de seu pai, que ao ver sua bela caligrafia conclui que Dumas poderia

secretariar o Duque de Orléans, futuro rei Luís Filipe. O emprego lhe garantiu seu

sustento em Paris e lhe abriu caminho para a "Comédie Française". Conhece Catarina

Labay, a costureira do prédio vizinho e com ela teve um filho, Alexandre Dumas (1824-

1895) que ficou célebre com "A Dama das Camélias".

Continuou tramando um meio de estrear no mundo do teatro. Um funcionário lhe

orienta procurar o Barão Taylor, inglês nascido na Bélgica, naturalizado francês, amigo

de Vitor Hugo, comissário real junto à Comédie. Sua peça "Cristina" foi recusada pela

atriz permanente do teatro, que não queria saber de representar gritos e choros, e

"Cristina" foi para a gaveta.

Escreve "Henrique III e sua Corte", uma peça cheia de emoção, que teve o mérito

de haver iniciado o teatro romântico na França, levado à cena pela primeira vez, na

Comédie Française, em 11 de fevereiro de 1829. Além do sucesso teve a honra de ver

presentes ao espetáculo o Duque de Orléans e sua comitiva.

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Em 1830, explode a revolução liberal, que leva ao trono o Duque de Orléans, com

o nome de Luís Filipe. Quando se restabelece a tranquilidade, Dumas volta a escrever.

Leva à cena o drama "Antony", não mais baseado em temas históricos. Toda a obra

versa sobre o amor de um bastardo por uma aristocrática.

Alexandre Dumas e Catarina Labay viviam separados. Dumas tinhas suas amante.

Em 1840, resolve casar com uma delas, a atriz Ida Ferrier. Quatro anos depois

estavam separados. Nesse mesmo ano começa a publicar no folhetim do jornal Le

Siècle, "Os Três Mosqueteiros", que depois é lançado em livro. A história conta as

aventuras do cavaleiro D'Artagnan e os três amigos, Athos, Porthos e Aramis, a

serviço do rei Luís XIII e da rainha Ana da Áustria, enfrentado as ciladas do Cardeal

Richelieu.

Em 1850, declarado o Segundo Império, Dumas exila-se na Bélgica. De volta a

Paris, em 1853, funda o jornal "Os Mosqueteiros". Em 1860, na Itália, participa da

campanha de unificação de Garibaldi. Em 1861, em Nápoles, assume a direção do

Museu.

Alexandre Dumas morre em Puys, França, no dia 5 de dezembro de 1870.

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2. OS TRÊS MOSQUETEIROS

Em Gasconha, no ano de 1625, um jovem chamado D’Artagnan, de apenas

treze anos, tem o mesmo sonho do pai, de se tornar um mosqueteiro, mesmo sabendo

que isso será muito difícil se tornar um. Antes de deixar a sua família, seu pai o

aconselha sobre as melhores formas de D’Artagnan seguir o caminho. Despede-se

dos seus pais e parte com alguns presentes que havia ganhado do pai, os quinze

escudos, o cavalo magricelo e uma carta para o Senhor De Tréville, que foi um antigo

companheiro de seu pai.

No meio do caminho, um misterioso cavaleiro com uma capa negra e uma

cicatriz no rosto, ridiculariza seu cavalo, ele estava em uma hospedaria em Meung.

D’Artgnan, que não leva desaforo, duela com o tal cavalheiro misterioso, mas acaba

saindo na pior, perdendo a luta. Depois de acordar, percebe que não tinha mais nos

bolsos a carta de recomendação que seu pai havia feito ao Senhor De Tréville.

Seguiu sem caminho sem a carta, ao chegar em Paris, foi tratado friamente pelo

Senhor de Tréville, que não o prometeu o posto de mosqueteiro. Depois disso,

encontra o Rechefort, o misterioso cavalheiro de capa que ele havia duelado na

hotelaria e que havia roubado sua carta. D’Artagnan arranja briga com os três

mosqueteiros do rei, que no começo, se tornam seus maiores rivais. Primeiro, ele

esbarra em Athos, que estava com o ombro ferido, mesmo com D’Artagnan pedindo

desculpa, ele não aceita e marca um duelo. Logo após marcar um duelo com Athos,

sai correndo e cai em cima de Porthos, que como Athos, marca um duelo com

D’Artagnan em frente ao palácio. Após pegar um lenço que pensou ser de Aramis, é

convocado para um terceiro duelo, pois o lenço, não era de Aramis, mas sim da

mulher que estava comprometida com ele.

Quando chega ao local marcado para os duelos, encontra Porthos, Aramis e

Athos, mas ao começar os duelos, o Cardeal Richelieu, manda os guardas prenderem

eles, pois os duelos e combates não são permitidos por ordem do rei. Os quatros não

se rendem aos guardas e como estavam em menor número, se juntam contra os

guardas. Perdem contra os guardas, mas isso fez com que crescesse uma grande

amizade entre os quatro.

Ao serem levados para o Rei Luís, estavam certos de que seriam punidos, mas

ao saber do que realmente aconteceu, o rei perdoa e entrega 40 pistolas para

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D’Artagnan,e a farda de mosqueteiro, e se torna um soldado da Guarda Real,

comandada pelo Senhor de Essarts.

D’Artagnan em um almoço com os mosqueteiros, contrata Planchet para servir e

acompanhar ele.

D’Artagnan conhece Constance Bonacieux, uma jovem e linda, arrumadeira da

rainha Ana de Áustria por quem se apaixona perdidamente. Após D’Artagnan e

Constance armarem um encontro entre a Rainha e Buckingham, um diamante que é

dado a Buckingham no qual a rainha havia ganhado do rei. Richelieu a fim de acabar

com o plano convence o rei para que fizesse um baile em que a rainha usasse o colar

para provar ao rei de que ainda tinha o diamante.  Para garantir que a rainha não

pudesse recuperar o colar, o Cardeal arma para não dar certo. A Rainha então

encarrega D’Artagnan e os três mosqueteiros, vão até Londres para garantir o colar de

volta e conseguem.

O cardeal, que ficou impressionado com a habilidade dos mosqueteiros, que

conseguiram passar por armadilhas feitas por ele, então, chama D’

Artagnan para ser um de seus guardas, que recusa. O Rei, revoltado por ter tido seu

pedido recusado por D’Artagnan, para se vingar, sequestra Constance. Em busca de

Constance, D’Artagnan, faz amizade com o conde de Winter, que apresenta para ela,

Milady de Winter, por quem se encanta, mesmo achando que ela era uma espiã do

cardeal. O que na verdade é uma armadilha, fingindo-se de apaixonada, Milady

conseguiria ajudar na vingança do cardeal. Mas D’Artagnan descobre que ela tinha um

amante o conde de Wardes, através de uma carta. Passando a noite com Milady

fingindo-se de Wardes, ele consegue que ela o entregue um anel de safira em prova

de amor. Vendo com quem realmente está Milady tenta mata-lo, formando uma luta

entre os dois. Mas Milady sem querer, revela a D’Artagnan que é uma criminosa, que

é na verdade a esposa de Athos, a esposa que todos achavam estar morta.

Em compras a serviços, os mosqueteiros, percebem que D’Artagnan está com a

Safira que Athos havia dado à sua esposa. É nessa época que Milady tenta matar

várias vezes D’Artagnan em La Rochelle, não conseguindo. Aliviando D’Artagnan, a

rainha consegue salvar Constance da prisão onde o cardeal e Milady a tinham a

aprisionado.

Descobrindo onde Milady estava escondida, os mosqueteiros vão até lá parar se

vingar, mas ela estava em uma conversa com o cardeal, que os mosqueteiros ouvem,

em que conversavam com o Richelieu ordenando que ela mate o duque de

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Buckingham e, em troca, ela pedindo que ele cuide de D’Artagnan. O cardeal, que não

se compromete no momento, envia em seguida uma carta a ela, formando uma prova

contra si. Em seguida, ameaçando de morte Milady, Athos consegue a carta, e a

entrega a D’Artagnan, que a guarda.

Para avisar Buckingham de que pode ser assassinado, uma carta é escrita ao

conde Winter, que recebe a carta bem a tempo de capturar Milady e aprisiona-la num

castelo à beira-mar sob a guarda de John Felton.

Após demonstrar toda sua coragem no cerco de La Rochelle, o Sr. de Tréville o

aceita nos mosqueteiros, realizando sonho de D’Artagnan e de seu pai. Além de toda

felicidade por ser aceito, a rainha o conta onde Constance está, na França, e

rapidamente parte para la juntamente com seus amigos.

Milady consegue fugir com ajuda de Felton, mata o duque de Buckingham.

Esperando que o cardeal também cumpra com sua parte, se escondendo onde a

rainha havia escondido Constance, que acaba contando tudo a Milady, achando ser

uma boa confidente. Mas, sabendo que D’Artagnan logo estaria ali, Milady se precipita

e envenena Constance, que morre pouco depois nos braços do amado.

Pouco depois, recebem de Winter a notícia de que o duque também estava

morto, parte em busca de Milady, rapidamente descobrindo-a, a encurralam,

acusando-a de vários crimes, inclusive de ser esposa de Athos, marcada a fogo.

Mostrando a condessa um homem de capa vermelha que foi quem a marcou, como

‘’carrasco de Lillie”e que conta toda a história. Milady, era uma adolescente a quem

seduzira o padre, com quem foge, roubam e são presos. O padre é condenado a ser

marcado como criminoso e a cumprir uma pena de prisão, o carrasco o marca, mesmo

sendo seu próprio irmão. Em seguida marcando também Milady. Juntos, o padre

Milady, fogem e fingem ser irmãos, e Milady casa-se com Athos, o padre descobrindo

traição, se suicida.

Por todos esses crimes, Milady é condenada e decapitada pelo carrasco. Depois

da execução, os mosqueteiros retornam a La Rochelle.

Com uma ordem de prender D’Artagnan, encontram o conde de Rochefort, seu

velho inimigo, que tenta leva-lo ao cardeal, apenas por desejo de Milady de mata-lo.

Chegando lá, Richelieu ouve de D’Artagnan toda a história de Milady, e declara que

ela deveria pagar por tudo, mas D’Artagnan declara já ter feito a punição, e mostra a

carta de perdão que Athos havia pego de Milady. O cardeal impressionado com

tamanha coragem de D’Artagnan, se rende e o oferece uma patente de tenente de

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mosqueteiro em branco. E há um duelo com Rochefort que acaba igualmente ao

reconciliar-se com ele.

Com a patente em branco e sendo recusados por seus amigos, os três

mosqueteiros, o fazem receber o porto merecidamente. D’Artagnan é o único que

continua no posto do exército, pois, Athos vai para sua propriedade, Porthos se casa

com uma viúva rica e vai morar no interior e Aramis, se torna padre.

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3. REFERÊNCIAS HISTÓRICAS À ÉPOCA DO LIVRO

3.1. HISTÓRICO MOVIMENTO DE 1844

Várias datas foram marcadas para a volta de Cristo. Esse retorno nunca foi tão

esperado quanto em 1843 e 1844, época em que surgiu a Igreja Adventista do Sétimo

Dia. Cristo não veio, mas continua sendo aguardado. 

Tudo começou com um fazendeiro chamado Guilherme Miller. Enquanto

estudava sua Bíblia da versão King James Miller passou a crer que poderia calcular o

tempo do retorno de Cristo com base na profecia bíblica. Seus cálculos levaram-no a

crer que Cristo retornaria em 1843. Logo começou a compartilhar suas descobertas

com outros. Incentivado por alguns, Miller começou a pregar suas teorias nos anos da

década de 1830's. Em 1840, Ellen Harmon, com a idade de 13 anos, ouviu sua

pregação e tornou-se uma crente no breve retorno de Cristo em 1843. Mais tarde ela

escreveu:

"Na companhia de meus amigos, assisti a essas reuniões e ouviu o

impressionante anúncio de que Cristo estava voltando em 1843, somente uns

poucos anos no futuro.”

O Sr. Miller expôs as profecias com uma precisão que transmitia

convicção aos corações de seus ouvintes. Ele demorava-se sobre os períodos

proféticos, e apresentou muitas provas para fortalecer sua posição.

Quando Cristo não retornou em 1843 muitos dos seguidores de Miller deixaram

o movimento. Miller e seus associados determinaram que um erro havia sido feito nos

cálculos da data do retorno de Cristo. Após estudo adicional, estabeleceram que Cristo

retornaria no Dia da Expiação, 22 de outubro de 1844*.

Ao falhar a predição novamente, houve um amargo desapontamento. Nos

próximos anos, Miller e a maioria dos crentes e principais líderes do movimento

admitiram que estavam equivocados e retornaram a suas igrejas anteriores. Alguns

poucos que insistiam em que o movimento era de Deus (ou estavam muito

envergonhados para voltar a suas antigas igrejas admitindo terem errado) apartaram-

se do corpo principal de cristãos e formaram suas próprias igrejas.

Criou-se a igreja ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, cujo nome provém da guarda

do sábado como o principal ponto doutrinário da igreja. O sábado é para eles o "selo

de Deus" (Apocalipse, 7: 2), enquanto o domingo é o "sinal da besta" (Apocalipse, 13:

16 e 17). 

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3.2. REVOLUÇÃO MARIA DA FONTE

Maria da Fonte, ou Revolução do Minho, é o nome dado a uma revolta popular

ocorrida na primavera de 1846 contra o governo cartista presidido por António

Bernardo da Costa Cabral.

A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais,

exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis de

recrutamento militar que se lhe seguiram, por alterações fiscais e pela proibição de

realizar enterros dentro de igrejas.

Iniciou-se na zona de Póvoa de Lanhoso (Minho) uma sublevação popular que

se foi progressivamente estendendo a todo o norte de Portugal. A instigadora dos

motins iniciais terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia

de Comarcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte.

Como a fase inicial do movimento insurrecional teve uma forte componente

feminina, acabou por ser esse o nome dado à revolta.

A sublevação propagou-se depois ao resto do país e provocou a substituição

do governo de Costa Cabral por um presidido por D. Pedro de Sousa Holstein, o

1.º Duque de Palmela. Quando, num golpe palaciano, conhecido pela Emboscada,

a 6 de Outubro daquele ano, a rainha D. Maria II demite o governo e nomeia o

marechal João Oliveira e Daun, Duque de Saldanha para constituir novo ministério,

a insurreição reacende-se.

O resultado foi uma nova guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas

terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847,

após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla

Aliança.

3.3. DESCOBERTA DO ELEMENTO RUTÊNIO

O rutênio ou ruténio (latim Ruthenia, que significa "Rússia") é um elemento

químico de símbolo Ru de número atômico 44 (44 prótons e 44 elétrons) e

de massa atómica igual a 101 u. À temperatura ambiente, o rutênio encontra-se

no estado sólido. É um elemento do grupo do ouro (8 ou 8b) da classificação

periódica dos elementos. É um metal de transição, pouco abundante, encontrado

normalmente em minas de platina. É empregado como catalisador e em ligas

metálicas de alta resistência com platina ou paládio. O rutênio foi descoberto

por Karl Klaus em 1844.

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É um metal branco, duro e frágil que apresenta quatro formas cristalinas

diferentes. Se dissolve em bases fundidas e não é atacado por ácidos a temperatura

ambiente. A altas temperaturas reage com os halogênios e com hidróxidos. Pode-se

aumentar a dureza do paládio e da platina com pequenas quantidades de rutênio.

Igualmente, a adição de pequenas quantidades aumenta a resistência

a corrosão do titânio de forma importante. Se tem obtido uma liga de rutênio

e molibdênio supercondutora a 10,6 K.

Os estados de oxidação mais comuns são +2, +3 e +4. Existem compostos nos

quais apresenta estado de oxidação desde 0 até +8, e também -2. O tetraóxido de

rutênio, RuO4 (estado de oxidação +8), é muito oxidante, mais que o análogo ósmio, e

se decompõem violentamente a altas temperaturas.

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4. FATOS HISTÓRICOS CITADOS NO LIVRO

4.1. GUERRA DOS TRINTA ANOS (1616 – 1648)

Entre 1618 e 1648, aconteceu na Europa um conflito que marcou a transição do

feudalismo para a Idade Moderna. A Guerra dos 30 anos envolveu uma série de

países, em volta da região onde hoje está a Alemanha, e teve como elemento

catalisador as disputas religiosas decorrentes das reformas protestantes do século

XVI.

Mas as causas dessa guerra também incluem a luta pela afirmação do poder de

monarquias europeias, com disputas territoriais e conflitos pela hegemonia.

As causas da Guerra dos Trinta Anos também passam pelos problemas da

aliança da dinastia dos Habsburgo e do Sacro Império Romano-Germânico com a

Igreja Católica. Essa aliança de religião com Estado, uma herança medieval, não mais

se adaptava a um mundo no qual o poder das monarquias nacionais era cada vez

mais forte.

A vinculação entre o Império e a Igreja fazia com que os ideais de independência

política tivessem um viés religioso, como é o caso da Boêmia, palco dos episódios que

se constituíram no estopim do conflito.

A guerra ocorreu, devido tensões religiosas cresceram na Alemanha no último

quarto do século XVI. Durante o reinado de Rodolfo 2º, a ação católica foi

extremamente agressiva. Foram destruídas várias igrejas protestantes, além de uma

série de medidas contra a liberdade de culto.

Contra essas atitudes, foi fundada em 1608 a União Evangélica. Em resposta, foi

fundada, no ano seguinte, a Liga Católica - o que permite imaginar que um conflito não

demoraria para aparecer.

Na região checa da Boêmia, havia um impasse: a maioria da população era

protestante, mas o rei, Fernando II, era católico.

Fernando 2º era da dinastia dos Habsburgo, também duque da Estíria e da

Áustria e futuro imperador do Sacro Império. Fervoroso católico, educado pelos

jesuítas e herdeiro da aliança entre os Habsburgo e o papado, Fernando reprimiu

violentamente os protestantes, destruindo templos e impondo o catolicismo como

única religião permitida no reino.

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Os Defensores da Fé, ramo boêmio da União Evangélica, lideraram a reação a

Fernando. Invadiram o palácio real em 23 de maio de 1618, e atiraram os defensores

do rei pela janela do segundo andar, episódio conhecido como a "Defenestração de

Praga", considerado o marco inicial da guerra.

4.2. CERCO DE LA ROCHELLE (1627 – 1628)

O Cerco de La Rochelle, ordenado por Luís XIII de França e comandado pelo

Cardeal de Richelieu, começa em 10 de Setembro de1627 e acaba com a capitulação

da cidade, em 28 de Outubro de 1628.

La Rochelle é sustentada pelos ingleses não só por ser uma cidade protestante,

mas também por frear o desenvolvimento da marinha francesa. George Villiers,

Primeiro Duque de Buckingham, zarpa do porto de Portsmouth com 110 naus e 6.000

homens. Ao tomar conhecimento disso, Richelieu serve-se deste pretexto para

decretar o estado de cerco da cidade e faz fortificar as ilhas de Ré e Oléron. A armada

real coloca seus 20.000 homens ao redor da cidade, cortando todas as vias de

comunicação terrestre.. Os reforços só podem vir agora por mar.

Buckingham instala-se a princípio na Ilha de Ré, em 2 de Julho de 1627. Apesar

de ser também protestante, a ilha não se havia juntado à rebelião contra o rei. O

duque é expulso da ilha por Henrique de Schomberg e Toiras, e depois derrotado no

mar em 17 de Novembro. Acaba por voltar sem glórias para a Inglaterra. Para evitar

que La Rochelle seja revitalizada por mar, Richelieu empreende a construção por

4.000 operários de um dique de 500 metros de comprimento por 20 de altura. Os

alicerces repousam sobre os navios abatidos e naufragados. Canhões apontados para

o largo são dispostos como reforço.

Os víveres começam a acabar e os navios ingleses mandados em auxílio são

obrigados a fazer meia-volta. A decisão então é tomada, desta forma, são expulsos

velhos, mulheres e crianças. Mantidos à distância pelas tropas reais, eles erram

durante dias sem recursos e sucumbem de privação. Mais duas expedições inglesas

fracassam. Os habitantes de La Rochelle são constrangidos a comer o que lhes

restava, cavalos, cães, gatos. Quando a cidade termina por se render, só restam 5.500

sobreviventes dos 28.000 habitantes, a quem o rei Luís XIII concede perdão. Devem,

no entanto, fornecer um certificado de batismo e as muralhas são arrasadas. Estima-

se que, de La Rochelle não tivesse sido cercada, hoje ultrapassaria o milhão de

habitantes, fazendo dela uma das principais cidades da França.

A capitulação é incondicional. Pelos termos da Paz de Alès de 28 de Junho de

1629, os huguenotes perderão seus direitos políticos, militares e territoriais, mas

conservarão a liberdade de culto garantida pelo Édito de Nantes.

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4.3. GUERRA DOS CEM ANOS

Do ponto de vista histórico, podemos ver que a Guerra dos Cem Anos foi um

evento que marcou o processo de formação das monarquias nacionais inglesa e

francesa. Não por acaso, vemos que esse conflito girou em torno dos territórios e

impostos que eram tão necessários ao fortalecimento de qualquer monarquia

daquela época. Sendo assim, vemos que tal evento manifesta significativamente a

centralização política que se desenvolveu nos fins da Idade Média.

Iniciada em 1337, a Guerra dos Cem Anos foi deflagrada quando o trono

francês esteve carente de um herdeiro direto. Aproveitando da situação, o rei

britânico Eduardo III, neto do monarca francês Felipe, O Belo (1285 – 1314),

reivindicou o direito de unificar as coroas inglesa e francesa. Dessa forma, a

Inglaterra incrementaria seus domínios e colocaria um conjunto de prósperas

cidades comerciais sob o seu domínio político, principalmente da região de

Flandres.

Nessa época, os comerciantes de Flandres apoiaram a ação britânica por

terem laços comerciais francamente estabelecidos com a Inglaterra. Por conta

desse apoio, os ingleses venceram as primeiras batalhas e conseguiram o controle

de alguns territórios do Norte da França. Até aquele instante, observando a

superioridade numérica e bélica dos ingleses, era possível apostar na queda da

monarquia francesa. Contudo, a decorrência da Peste Negra impôs uma pausa aos

dois lados da guerra.

As batalhas só foram retomadas em 1356, quando a Inglaterra conquistou

novas regiões e contou com apoio de alguns nobres franceses. No ano de 1360, a

França se viu obrigada a assinar o Tratado de Brétigny. Pelo documento, a

Inglaterra oficializava o seu domínio sobre parte da França e recuperava alguns

territórios inicialmente tomados pelos franceses.

A ruína causada pela guerra provocou grandes problemas aos camponeses

franceses. A falta de recursos, os pesados tributos e as fracas colheitas motivaram

as chamadas jacqueries. Nesse instante, apesar dos episódios de violência contra a

nobreza, os exércitos da França reorganizaram suas forças militares. Realizando a

utilização de exércitos mercenários, o rei Carlos V conseguiu reaver uma parcela

dos territórios perdidos para a Inglaterra.

Nas últimas décadas do século XIV, os conflitos tiveram uma pausa em virtude

de uma série de revoltas internas que tomaram conta da Inglaterra. Apesar da falta

de guerra, uma paz definitiva não havia sido protocolada entre os ingleses e

franceses. No ano de 1415, o rei britânico Henrique V retomou a guerra

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promovendo a recuperação da porção norte da França. Mais do que isso, através do

Tratado de Troyes, ele garantiu para si o direito de suceder a linhagem da

monarquia francesa.

Em 1422, a morte de Carlos VI da França e de Henrique V da Inglaterra

fizeram com que o trono francês ficasse sob a regência da irmã de Carlos VI, então

casada com o rei Henrique V da Inglaterra. Nesse meio tempo, os camponeses da

França se mostraram extremamente insatisfeitos com a dominação estrangeira

promovida pela Inglaterra. Foi nesse contexto de mobilização popular que a

emblemática figura de Joana D’Arc apareceu.

Alegando ter sido designada por Deus para dar fim ao controle inglês, a

camponesa Joana D'Arc mobilizou as tropas e populações locais. Aproveitando do

momento, o rei Carlos VII mobilizou tropas e passou a engrossar e liderar os

exércitos que mais uma vez se digladiaram contra a Inglaterra. Nesse instante,

temendo o fortalecimento de uma liderança popular, os nobres franceses arquitetam

a entrega de Joana D'Arc para os britânicos.

No ano de 1430, Joana D'Arc foi morta na fogueira sob a acusação de

bruxaria. Mesmo com a entrega da heroína, os franceses conseguiram varrer a

presença britânica na porção norte do país. Em 1453, um tratado de paz que

encerrava a Guerra dos Cem Anos foi assinado.

Por um lado, a guerra foi importante para se firmar o ideal de nação entre os

franceses. Por outro, abriu caminho para que novas disputas alterassem a situação

da monarquia inglesa.

4.4. CARDEAL RICHELIEU

Armand-Jean Du Plessis, cardeal e duque de Richelieu, foi destinado pela família

à carreira das armas. Apesar disso, durante uma viagem a Roma recebe as ordens

sacras e, de volta à França, é nomeado bispo de Luçon, cargo em que se notabiliza ao

empreender as reformas propostas pelo Concílio de Trento.

Torna-se famoso entre o clero e é escolhido como deputado aos Estados Gerais,

quando se aproxima da rainha-regente, Maria de Médicis, sendo nomeado secretário

de Estado para o Exterior e a Guerra. Deposta a regente, o secretário evita entrar em

conflito com o favorito de Luís 13, Luynes, e aceita o exílio em Avignon - na época, um

território papal.

Pouco tempo depois, no entanto, é chamado de volta a Paris. Conforme pedido do

jovem rei ao papa, Richelieu é nomeado cardeal em 1622. Em 1624 assume a

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presidência do conselho real. Torna-se, enfim, primeiro-ministro e, dada a indiferença

total de Luís 13, dono absoluto da França.

A política de Richelieu visava dois objetivos: internamente, quebrar o poder da

aristocracia feudal e estabelecer a monarquia absoluta; e, em termos de política

externa, combater os Habsburgos da Espanha no Sacro Império Romano Germânico,

de maneira a tornar a França hegemônica na Europa.

Opondo-se aos que eram favoráveis ao domínio espanhol na Europa, ele

interveio na Guerra dos Trinta Anos ao lado dos príncipes protestantes e financiou a

campanha do suecos contra o imperador. Interveio também na guerra de Sucessão de

Mântua, na Itália, e transformou o Piemonte em aliado francês, contra os espanhóis.

Em 1635, declarou guerra à Espanha e apoiou a restauração em Portugal. Não

chegou a ver o resultado de sua política, ao final da Guerra de Trinta Anos, com aPaz

de Vestfália, mas conseguiu quebrar o poder espanhol.

Richelieu foi o maior estadista do Ancien Régime (sistema político, econômico e

social da monarquia anterior à Revolução de 1789). Estabelecendo os alicerces do

absolutismo real na França, lançou as bases do futuro governo de Luís 14, inclusive

em termos econômicos, pois foi um precursor do mercantilismo.

Seguindo as orientações do Concílio de Trento, reformou o clero francês,

iniciando a época dos grandes oradores sacros. Reorganizou a Universidade da

Sorbonne e fundou a Academia Francesa. Richelieu resumiu suas idéias sobre política

exterior em seu Testamento político, que foi o livro de cabeceira de Luís 14, Napoleão

1º e De Gaulle, para quem a ação de Richelieu foi decisiva no sentido de "fazer da

França um Estado moderno".

4.5. REI LUIS XIII DA FRANÇA

Rei francês (1610-1643) nascido no Palácio de Fontainebleau, filho mais velho

de Henry IV, que morreu assassinado (1610), e Maria de Médicis, que patrocinou a

fundação da Academia Francesa (1634), através do Cardeal Richelieu. Ao assumir o

trono demitiu Concino Concini, homem forte do período de regência e trouxe para seu

governo o brilhante e enérgico Armand-Jean du Plessis Richelieu (1585-1642) , o

famoso cardeal e duque de Richelieu.

Page 15: Trabalho Livro "Os Três Mosqueteiros"

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Nomeado primeiro-ministro em 1624 pouco tempo, tornou-se a figura principal do

rei e senhor absoluto da França. Politicamente, investiu contra o poderio da nobreza

aristocrática, proibiu os duelos e instituiu a pena de morte como pena máxima.

Aniquilou várias conspirações para tentar derrubá-lo do poder, principalmente

organizadas pela aristocracia. Nomeado duque em 1631 pelo rei, a eficiência de seu

primeiro-ministro fez com que a Dinastia de Bourbon continuasse a florescer.

Como resultado do trabalho de Richelieu, o monarca tornou-se um dos primeiros

exemplares do absolutismo. Subjugou os Hapsburg, a nobreza francesa foi mantida

firmemente sob sua ordem, e os privilégios especiais e o poder político concedidos

aos huguenots por seu pai foram cancelados, garantindo-lhes apenas a liberdade de

culto. Uma marinha poderosa foi construída e o porto de Le Havre foi modernizado.

Em assuntos internacionais, o seu reinado organizou o desenvolvimento e

administração da Nova França, e ampliou a colônia de Quebec para oeste ao longo do

Rio São Lawrence até Montreal. O rei também fez tudo para inverter a tendência dos

artistas promissores de França trabalharem e estudarem na Itália, e contratou grandes

artistas como Nicolas Poussin e Philippe de Champaigne para decorar o Palácio de

Luxemburgo. Casou-se por conveniência com uma Hapsburg, a Princesa Ana de

Áustria (1601-1666), filha de rei Filipe III de Espanha.

Apesar de viveram praticamente separados, cumprindo o dever dela, depois de

vinte anos de matrimônio, Anne deu à luz finalmente um filho em1638. Morreu em

Paris e foi sucedido pelo filho Luís XIV, quando este tinha apenas quatro anos e oito

meses, ficando sob a regência (1610-1618) de sua mãe Ana, quando assumiu de fato

o poder, aos 16 anos. Fundada no ano de 1612 pelo nobre francês Daniel de La

Touche, Senhor de La Ravardière, a capital do Estado do Maranhão foi chamada de

São Luís em homenagem a esse rei francês. 

4.6. DUQUE DE BUCKINGHAM

Jorge Villiers  nascido em 28 de agosto de 1592 na cidade de Leicestershire,  e

morto em 23 de agosto de 1628, foi o primeiro conde de Buckingham e

posteriormente duque de Buckingham, foi um importante estadista inglês, cuja família

era de origem normanda.

Foi o "favorito" do rei Jaime I da Inglaterra (substituindo Robert Carr de

Somerset), e, depois, do rei Carlos I. Alcançou, em menos de 2 anos, as maiores

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dignidades: nomeado marquês e depois duque, em 1623, foi primeiro-ministro. Seu

poder lhe permitiu enriquecer, em parte graças à debilidade e à conivência do

chanceler Francis Bacon, criando novos impostos e vendendo privilégios. Dissolveu

vários parlamentos e iniciou algumas guerras desastrosas para seu país. Enviado à

Espanha em 1623 para negociar o casamento do príncipe de Gales (futuro rei Carlos I)

com a Infanta Maria Ana, não conseguiu levar esse projeto a bom fim, depois que

convenceu o rei da Inglaterra a declarar guerra à Espanha.

Enviado logo à França, junto com o conde da Holanda, para solicitar a mão da

princesa Henriqueta de França, filha de Henrique IV, para o rei da Inglaterra, cortejou

a rainha Ana da Áustria, o que lhe valeu ser expulso do país e conquistar a aversão do

rei Luís XIII e do seu ministro, o Cardeal Richelieu.

O Duque de Buckingham foi uma figura histórica muito controversa. O escritor

francês Alexandre Dumas descreve-o em termos paradoxalmente positivos em Os

Três Mosqueteiros. Em contrapartida, o romancista e historiador inglês Charles

Dickens não esconde sua rejeição total ao Duque, no seu livro A Child’s History of

England, chamando-lhe de ‘’insolente em bicos de pés’’.

Segundo Dickens, quando o rei inglês Carlos I confiou ao Duque de Buckingham

a escolta da noiva real, de Paris para Inglaterra, este, com a sua habitual audácia,

seduziu a rainha da França, a espanhola Ana de Áustria, originando um conflito

diplomático extremamente grave, do qual o Cardeal Richelieu, ministro de Luís XIII, se

aproveitou. Mais tarde, “esse pestilento Buckingham, para gratificar o seu orgulho

ferido”, arrastou a Inglaterra para uma guerra com a França e a Espanha. E Dickens

comenta: Por tão mesquinhas causas e tão mesquinhas criaturas se fazem por vezes

as guerras. Longe de lamentar o assassinato de Buckingham, Dickens remata que ele

estava fadado a pouco mais mal trazer ao mundo.

Morreu assassinado por John Felton em Portsmouth, quando se preparava para

sair da Inglaterra com sua frota.

4.7. RAINHA MARIA ANA DE ÁUSTRIA

Nasceu em Lintz a 7 de Setembro de 1683, faleceu no paço de Belém a 14 de

Agosto de 1754, falecida em 4 de Agosto de 1754. Era filha do imperador Leopoldo e

de sua terceira mulher, a imperatriz D. Leonor Madalena Teresa de Neuburgo, irmã do

imperador José, então reinante. 

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O embaixador encarregado de pedir a arquiduquesa, em casamento, foi o conde

de Vilar Maior, Fernando Teles da Silva, que se apresentou em Viena de Áustria numa

embaixada riquíssima e sumptuosa, como nunca se havia visto naquela corte. No dia

9 de Julho de 1708 celebrou-se o casamento na catedral de Santo Estêvão, sendo

procurador de el-rei D. João V o imperador José I, irmão da noiva, e o celebrante o

cardeal de Saxónia, a quem o embaixador presenteou com um dos seus coches

puxado a 6 cavalos. A nova rainha veio numa esquadra de 11 naus para Lisboa, onde

chegou a 26 de Outubro, foi recebida com festas brilhantíssimas.

D. Maria Ana de Áustria era uma senhora muito virtuosa, mas não foi feliz no

casamento; amava sinceramente seu marido, e sofria muito com a infidelidade do

monarca, que via sempre entregue a outros amores. Por alguns anos foi estéril, o que

motivou o voto feito por D. João V, de que resultou a edificação da basílica de Mafra.

Afinal a esterilidade terminou completamente, e a rainha teve 6 filhos; sendo um deles

D. José, o príncipe da Beira, titulo criado por D. João V, para o primogénito do príncipe

do Brasil, o qual depois lhe sucedeu no trono. Quando o monarca foi ao Alentejo em

1716, ficou sendo regente do reino, e tomou novamente a regência em 1742, quando

D. João V adoeceu gravemente, apesar do príncipe D. José ter já 27 anos de idade.

Nestas duas regências mostrou sempre muita capacidade, prudência e justiça. 

Fundou o convento de S. João Nepomuceno em Lisboa, para carmelitas

alemães, onde quis ser sepultada num magnífico mausoléu, e como era muito amiga

da sua pátria recomendou no testamento que o seu coração fosse levado para o jazigo

dos seus antepassados na Alemanha. O país deve a esta rainha a protecção ao

grande ministro Sebastião José de Carvalho e Mello, depois marquês de Pombal,

sendo ela quem, depois da morte de D. João V, a quem ainda sobreviveu quatro anos,

recomendou a seu filho D. José que o nomeasse ministro.

4.8. CONDE DE TRÉVILLE

Seu verdadeiro nome era Jean-Armand du Peyrer, Conde de Tréville (ou de

Troisville). Foi um oficial francês, nascido em Oloron-Sainte-Marie em 1598 e morto

em 8 de Maio de 1672 em Trois-Villes.

Em 1616, com a idade de dezessete anos, troca os negócios pelas armas e

parte para Paris. Alista-se como cadete na Guarda Francesa. É como mosqueteiro que

Tréville toma parte no Cerco de La Rochelle, de 1627 a 1628, onde é ferido. Tréville

possui toda a confiança do Rei Luís XIII da França. Torna-se, em 1634, Capitão da

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Companhia dos Mosqueteiros. Algun de seus recrutas célebres de 1640 veem de sua

própria família. É quando explode o caso de Cinq-Mars e François-Auguste de Thou.

Luís XIII sabe-se, não gostava de Richelieu, mas não podia ficar sem ele. Fiel ao rei,

Tréville compartilhava dos mesmos sentimentos. Sabendo dessa aversão, Cinq-Mars,

que trama contra Richelieu, vem sondar Tréville. Este responde-lhe que jamais se

envolveu na morte de qualquer pessoa. De qualquer modo, deixa transparecer que, se

o rei o desejar, obedecerá. Richelieu descobre o complô e faz executar Cinq-Mars e

de Thou. Não consegue implicar Tréville na trama mas, como sabe que este último

apenas aguardava por uma ordem do rei, não pode tolerar tal adversário. Richelieu

exige o exílio imediato de Tréville, o rei cede.

Com a morte de Richelieu, em 4 de Dezembro de 1642, Luís XIII não tarda a

chamar o fiel Tréville para junto de si e lhe devolve o comando da Companhia dos

Mosqueteiros. Alguns meses depois, em 14 de Maio de 1643, morre também o rei.

Tréville perde seu chefe e protetor. Entretanto, Ana d'Áustria, regente, para

recompensar o fiel servidor do marido, erige Trois-Villes a condado, em 1643.

No entanto, entre o capitão dos mosqueteiros e o novo ministro Mazarino, não

tarda a se estabelecer um clima de surda animosidade. Assim, em 1646, não

conseguindo com que Tréville ceda de bom grado a seu cargo (que Mazarino queria

atribuir a seu sobrinho Mancini), o ministro faz dissolver a Companhia dos

Mosqueteiros.

A carreira de Tréville está terminada mesmo tendo ele apenas quarenta e sete

anos. Ele entra num período de resistência passiva, faz-se de surdo aos apelos da

Fronda, dedica-se a seu domínio basco e acaba aceitando o posto de governador do

Condado de Foix. Tréville falece em Trois-Villes. M. de Tréville deixa dois filhos,

ambos sem posteridade.

4.9. JOHN FELTON

Nascido em 1595, era um puritano irlandês reconhecido como assassino de

George Villiers, 1° Duque de Buckingham.

Foi Tenente do exército inglês enviado em auxílio aos sitiados no Cerco de La

Rochelle em 1628, ele assassina o Duque de Buckingham no momento em que a frota

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ia partir da Inglaterra. Longe de se subtrair ao suplício, Felton o enfrentou com

fanatismo. Foi torturado e enforcado em 29 de novembro de 1628.

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5. CARACTERÍSTICAS DOS PERSONAGENS

5.1. Athos: silencioso, digno, cheio de mistérios não tinha mais de trinta

anos, bonito de corpo e alma. Sem amantes, nunca falava de mulheres, mas também

não impedia de que se falasse delas a sua frente, mesmo que enfrentasse esse

assunto, com palavras amargasse considerações raivosas, desagradando-o. Sua

descrição, sua selvageria e seu mutismo transformavam-no quase num ancião. O

personagem de Athos é baseado em um personagem histórico, Armand de Sillègue

d'Athos d'Autevielle, nascido em 1615 em Béarn e morto em 21 de Dezembro de 1643.

Teve apenas uma passagem discreta no regimento dos mosqueteiros sob o comando

do Conde de Tréville. De acordo com atestado de óbito da Igreja de São Sulpício, na

França, o mosqueteiro morreu durante um duelo. Ele inspirou a Alexandre Dumas o

personagem fictício.

5.1. Porthos: um homem vaidoso e indiscreto, rude e bom,  que falava

muito e alto, falava pelo prazer de falar e de ser ouvido. Falava de todas as coisas

exceto de ciências, alegando em relação a isso o ódio inveterado que desde a infância

dispensava, um fiel companheiro de D’Artagnan. É baseado em um personagem real,

cujo verdadeiro nome é Isaac de Portau, nasceu em Pau, em 2 de Fevereiro de 1617 e

morreu em data desconhecida. Era um personagem importante na França do século

XVII. Acredita-se que um dos motivos de Porthos ter sido aceito na famosa Guarda

Francesa de M. De Tréville foi o grande prestígio de seu pai. Não há informações se

Isaac de Portau foi um bom esgrimista como o seu personagem dos livros.

5.3. Aramis: caráter exposto em desenvolvimento, esperanças alimentadas

de um dia virar padre, é muito amigo de Athos e Porthos, jovem delicado, elegante e

cavalheiresco, sem vocação muita vocação pra mosqueteiro, mas excelente

espadachim. Baseado no personagem histórico Henri d’Aramitz ou Aramis era um 

abade laico era um abade laico de uma família protestante de Béarn, na Gasconha

e  que por ser sobrinho, por afinidade, de M. de Tréville, comandante da Companhia

dos Mosqueteiros, não encontrou nenhuma dificuldade para ingressar na guarda de

elite do Rei da França. Não se sabe ao certo sua data de nascimento e morte. Esteve

na Companhia dos Mosqueteiros no mesmo período que Porthos, mas não que

D’Artagnan, que nesta época estava acabando de chegar à Paris. O Aramis “original”

se casou e teve dois filhos e duas filhas. Não há nenhuma informação sobre as datas

de seu nascimento e morte.

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5.4. D’Artagnan: com apenas treze anos, parte em direção ao sonho de ser

um mosqueteiro, era curioso. o rosto comprido e moreno, a maçã do rosto saliente,

sinal de esperteza, músculos superdesenvolvidos, indício infalível que o deixa muito

reconhecível; usava uma boina de penacho, olhar fraco e inteligente, alto demais para

um adolescente, baixo demais para um homem feito, possuía uma bela montaria. Um

brado cavalheiro que parte em busca de seu sonho de ser mosqueteiro, e com toda

sua coragem e bravura consegue provar a todos que pode ser um mosqueteiro, e um

fiel companheiro. Participa do Cerco de La Rochelle com uns quinze anos. Inspirado

em um personagem histórico real, Charles de Batz-Castelmore, também conhecido

por Conde D’Artagnan foi o capitão dos mosqueteiros do Rei Luís XIV. Ele nasceu em

1611 e morreu em 25 de junho de 1673 em batalha, após muitos anos a serviço do Rei

da. Mesmo com a dissolução dos mosqueteiros em 1646, Luís XIV, que

conhecera D’Artagnan quando o rei ainda era uma criança, passou a utilizar o conde

em missões militares importantes, provando assim, a grande confiança que tinha em

seu soldado. Em 1700, o escritor Gatien de Courtilz de Sandras escreveria o livro

“Memórias”, onde descreveu os feitos do herói da Gasconha. Na leitura desse livro,

em que se apaixonou, Dumas resolveria, então, escrever “Os Três Mosqueteiros”

baseado nestas memórias.

5.5. Grimaud: valete de Athos, a quem ele treinara de modo peculiar para

servi-lo. Temia seu patrão como ao fogo, habituado a servir mediante um simples

gesto ou movimento dos lábios.

5.6. Planchet: Picardo de D’Artagnan, rosto grande

5.7. Mousqueton: valete de Porthos, a quem aceitara trabalhar, apenas

com a condição de receber apenas o que vestir e onde morar, desde que fosse em

grande estilo. Exigia apenas duas horas por dia a dedicar-se a uma atividade capaz de

prever suas necessidades.

5.8. Bazin: lacaio de Aramis. Pela esperança do patrão de um dia virar

padre, usava sempre preto. Tinha entre trinta e cinco e quarenta anos, dócil, pacífico,

rechonchudo, que usava a folga que o patrão lhe dava para ler. Era mudo, cego, surdo

e de uma fidelidade canina.

5.9. Milady de Winter: antiga mulher de Athos é cravada como criminosa.

Espiã do cardeal é enganada por D’Artagnan a quem jura faz a vingança. Tem

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palavras de rancor feminino, vilã perigosa, sedutora, inteligente, um tipo de mulher

fatal.

5.10. Rochefort: quem rouba a carta de recomendação, tornando-se inimigo

de D’artagnan, sempre com uma capa negra e uma cicatriz no rosto, agente e

conselheiro do cardeal Richelieu.

5.11. Constance Bonacieux: jovem linda, esposa de seu senhorio

Bonacieux, costureira e confidente da rainha Ana d’Áustria. Raptada por agentes do

cardeal, é presa e após ser resgatada e escondida, conhece Milady, quem a mata por

vingança a seu amado D’Artagnan.

5.12. Lord de Winter: um nobre inglês, cunhado de Milady. Após fazer

amizade com D’Artagnan, ajuda-o a prender a cunhada, e penaliza-la, principalmente

pela morte de seu irmão.

5.13. Kitty: moça bonita, criada de Milady de Winter que se apaixona por

D’Artagnan e o ajuda a passar a noite com Milady a fim de vingança.

5.14. Jussac: um dos guardas do cardeal, que ataca os mosqueteiros após

imitação de Aramis. Um apreciador da lâmina foi ferido em luta com D’Artagnan,

caindo como uma rocha.

5.15. M. Bonacieux: burguês, covarde e invejoso.

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6. BIBLIOGRAFIA

BIOGRAFIA DO AUTOR

http://www.e-biografias.net/alexandre_dumas/

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS À ÉPOCA DO LIVRO

Histórico movimento de 1844

http://www.ellenwhiteexposed.com/port/1844.htm

http://www.fimdomundo.net.br/volta-de-cristo-1844.htm

Revolução Maria da Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte

Descoberto o elemento Rutênio http://pt.wikipedia.org/wiki/Rut%C3%AAnio

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS CITADAS NO LIVRO

Guerra dos Trinta Anos

http://guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/guerra-dos-trinta-anos.htm

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/guerra-dos-trinta-anos-conflito-entre-catolicos-e-protestantes-marcou-europa-de-1618-a-1648.htm

Cerco de La Rochelle

http://www.alberini.com.br/zaqueu/os3/vol_01/Cap-1_41.html

http://www.infopedia.pt/$paz-de-la-rochelle

Guerra dos Cem Anos

http://www.brasilescola.com/historiag/guerra-cem-anos.htm

http://www.suapesquisa.com/pesquisa/guerra_cem_anos.htm

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24

Cardeal Richelieu

http://educacao.uol.com.br/biografias/richelieu.jhtm

Rei Luís XIII da França

http://www.brasilescola.com/biografia/luis-franca-xiii.htm

George Villiers, 1.° Duque de Buckingham

http://www.laifi.com/laifi.php?id_laifi=2904&idC=55254#

Rainha Ana de Áustria

http://www.arqnet.pt/dicionario/mariaana.html

Conde de Tréville

http://www.viajantes.com/destinos/londres/o-que-fazer/buckingham-palace-

london

John Felton

http://www.executedtoday.com/2011/10/28/1628-john-felton-assassin-george-

villiers-duke-of-buckingham/

PERSONAGENS FICTICIOS

Livro de Alexandre Dumas; Tradução André Telles e Rodrigo Lacerda; Editora

Zahar, Edição 2011.

Personagens baseados em reais e históricos

http://livroseopiniao.blogspot.com.br/2011/09/verdadeira-historia-de-dartagnan-

athos.html