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FACULDADE DO SUL DA BAHIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL JANINE P. RIBEIRO GOMES SILOTTI TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

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materiais para instalações hidráulicas prediais

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FACULDADE DO SUL DA BAHIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

JANINE P. RIBEIRO GOMES SILOTTI

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE INSTALAÇÕES

HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

TEIXEIRA DE FREITAS

2014

JANINE P. RIBEIRO GOMES SILOTTI

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS DE INSTALAÇÕES

HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

Relatório apresentado o Curso de Engenharia Civil da Faculdade do Sul da Bahia, como requisito parcial para obtenção de notas na disciplina de Instalações Hidráulicas e Sanitárias, do 8° período A, sob orientação do professor Luiz Simões.

TEIXEIRA DE FREITAS

2014

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................3

2 MATERIAIS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS................4

2.1 PVC - POLICLORETO DE VINILA..................................................................4

2.1.1 Características Técnicas Gerais..................................................................6

2.1.2 Junção das Tubulações de PVC..................................................................7

2.1.2.1 PVC Soldável..................................................................................................7

2.1.2.2 PVC Roscável.................................................................................................8

2.1.2.3 Junta Elástica..................................................................................................9

2.2 CPVC - POLICLORETO DE VINILA CLORADO..........................................12

2.2.1 Características Técnicas Gerais................................................................14

2.2.2 Juntas Soldáveis.........................................................................................14

2.3 PEX - POLICLORETO RETICULADO..........................................................15

2.4 PPR - POLIPROPILENO COPOLÍMERO RANDOM....................................16

2.4.1 Características Técnicas Gerais................................................................17

2.4.2 Execução das Juntas..................................................................................18

2.5 COBRE.........................................................................................................19

2.5.1 Junção das Tubulações.............................................................................20

2.5.2 Isolamento...................................................................................................20

2.6 FERRO FUNDIDO........................................................................................21

2.7 FERRO GALVANIZADO...............................................................................22

2.8 CHUMBO......................................................................................................23

2.9 PEX COM ALMA DE ALUMÍNIO...................................................................23

2.10 OUTROS MATERIAIS..................................................................................24

9 REFERÊNCIAS............................................................................................25

1 INTRODUÇÃO

O projeto de instalações prediais hidráulico-sanitárias têm como finalidade

proporcionar a correta distribuição de água, em quantidade suficiente e sob pressão

adequada a todos as peças de utilização e aparelhos sanitários da edificação. Visa

promover, de forma adequada, a coleta e o afastamento das águas pluviais e das

águas servidas, impedindo o retorno de águas poluídas nas canalizações de

alimentação dos aparelhos bem como a entrada de gases de esgotos, roedores ou

insetos nos edifícios, criando, desta forma condições favoráveis ao conforto e

segurança dos usuários.

O projeto hidráulico é de suma importância à edificação, pois possibilita a

redução de erros de montagem das instalações e a correta escolha dos materiais a

serem empregados. A utilização de materiais de qualidade evita retrabalho com

reparos no sistema de canalizações, posto que sua ocorrência sempre apresenta

elevados custos. Os tubos são feitos de materiais apropriados para cada fluido e

suas condições no processo, tais como: temperatura de operação, pressão de

trabalho, grau de corrosão, etc. Trabalham como condutos forçados, por pressão ou

como condutos livres, por gravidade, etc. A seguir serão apresentados os materiais

mais utilizados atualmente no mercado, bem como suas generalidades.

2 MATERIAIS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

2.1 PVC - POLICLORETO DE VINILA

Segundo o WOLF (2013), o PVC é uma resina sintética em forma de pó

branco, fino, transformado, nas máquinas de extrusão em tubos e nas de injeção em

conexões. Os tubos de PVC são leves, permitindo facilidade de transporte e

manuseio, suas paredes são espelhadas e livres de corrosão, proporcionando maior

vazão e menor perda de carga.

Creder (2005) apresenta as seguintes outras características como vantagens

do PVC:

Baixo custo;

Boa resistência química;

Baixo coeficiente de atrito;

Baixa tendência ao entupimento;

Baixa condutividade elétrica;

Baixa condutividade térmica;

Facilidade de instalação e manutenção; e

Segurança quando protegido externamente.

Por outro lado, apresenta como desvantagens as seguintes características:

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Baixa resistência à temperatura;

Baixa resistência à pressão;

Baixa resistência mecânica;

Baixa estabilidade dimensional;

Alto coeficiente de ilatacao; e

Baixa resistência física aos choques a ao fogo.

Os tubos de plástico, no geral, são divididos em duas categorias:

Tubos Flexíveis: normalmente utilizados para abastecimento de água de

emergência e para irrigação, feitos de polietileno; e

Tubos Rígidos: tubos utilizados para instalações hidráulicas prediais, feitos

propriamente do PVC..

Os tubos de PVC, foco deste escopo, segundo o WOLF, são divididos em

quatro tipos:

Tubo PVC Soldável;

Tubo PVC Roscável;

Tubo PVC Esgoto Série Normal; e

Tubo PVC Esgoto Série Reforçada.

A normatização dos tubos de PVC estão especificadas na Norma Brasileira

EB-183, que estabelece, dentro outras coisas, as características exigíveis no

recebimento dos tubos de PVC rígidos, de seção circulas e das juntas do tipo PBA

(ponta e bolsa com anel de borracha) e PBS (ponta e bolsa para soldar).

2.1.1 Características Técnicas Gerais

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TABELA 1 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDOS

Peso Específico 1,4 g / cm³

Calor Específico 0,24 cal / °C / g

Módulo de Elasticidade 30 tf / cm²

Coeficiente de Dilatação Linear 7 x 10-5 cal / cm S°C

Resistência à Tração Instantânea 520 kgf / cm²

Resistência à Flexão Instantânea 1200 kgf / cm²

Condutividade Térmica a 20 °C 35 x 10-5 cal / cm S°C

Resistividade Dielétrica 1015 Ω / cm

Rigidez Dielétrica 40 kV / mm

Absorção de Água Menor que 1,2%

Início do amolecimento do PVC 80 °C

Pressão de Serviço a 20 °C 10 kg / cm²

Pressão de Serviço a 30 °C 8 kg / cm²

Pressão de Serviço a 40 °C 6 kg / cm²

Pressão de Serviço a 60 °C < 2 kg / cm²

Resistência Química

Boa resistência para áciso, bases, sais, álcoois, detergents e sal marinho.

Não deve ser usado para produtos cíclicos como toluol e acetonas.

FONTE: Adaptado de CREDER, 2005.

O traçado das canalizações deve ser o mais curto e retilíneo possível,

reduzindo o uso de curvas ou emendas. Outra observação é quanto ao embutimento

em elementos estruturais. As canalizações não podem ser embutidas em vigas e

pilares, por exemplo, considerando a possibilidade de recalques ou dilatações e

contrações da estrutura. Em instalações enterradas, deve-se feita a, no mínimo, 80

cm do piso para área com tráfego e 60 cm nas demais.

2.1.2 Junção das Tubulações de PVC

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2.1.2.1 PVC Soldável

Tipo de junção mais usada, em que se encaixa a ponta e a bolsa das partes a

serem unidas, soldando-as com adesivo conforme mostrado na Figura 1 a baixo. A

linha soldável é desenvolvida especialmente para a condução de água fria. O

sistema de união entre tubos e conexões de PVC soldável é feito por meio de

“soldagem a frio”, ou seja, é aplicada apenas a Solução Preparadora, em seguida, o

Adesivo Plástico para PVC para efetuar a soldagem do material. A garantia de

estanqueidade está justamente no processo de transformação das peças em um

único conjunto, através de reação química que funde as superfícies em contato,

transformando-as em um único material. Suas características gerais são:

FIGURA 1 - JUNTA SOLDADAFONTE: WOLF, 2013.

TABELA 2 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PVC SOLDÁVEL

Cor Marrom (tubos e conexões).

Diâmetros 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110 mm

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Pressão Máxima de Serviço 7,5 kgf / cm²

Temperatura da Água 20 °C

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m com ponta e bolsa soldável

ConexõesAzuis com bucha de latão (saídas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se instalar peças metálicas

LigaçãoJuntas soldadas a frio por meio do adesivo próprio

Norma de FabricaçãoNBR-5648 – Sistemas prediais de água fria - Tubos e conexões de PVC 6,3 , PN 750 Kpa com junta soldável

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

2.1.2.2 PVC Roscável

A linha roscável e formada por tubos e conexões de PVC na cor branca,

desenvolvida especialmente para a condução de água fria. Podem-se adaptar luvas

e conexões de PVC ou metálicas às roscas abertas nos tubos. Deve-se evitar o uso

de chave de grifo, pois em pequenas bitolas o aperto excessivo pode danificar as

roscas. A ligação entre tubos e conexões e feita através da confecção de roscas nas

extremidades dos tubos, estes são rosqueados nas bolsas das conexões onde

existem roscas pré-fabricadas, a vedação entre as duas peças e garantida através

do uso de materiais vedantes, como o veda rosca (FIGURA 2).

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FIGURA 2 - JUNTA ROSCÁVELFONTE: WOLF, 2013.

TABELA 3 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PVC ROSCÁVEL

Cor Branca (tubos e conexões).

Diâmetros ½´´, ¾´´, 1´´, 1 ¼´´, 1 ½´´, 2´´, 2 ½´´, 3´´ e 4´´

Pressão Máxima de Serviço 7,5 kgf / cm²

Temperatura da Água 20 °C

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m com pontas roscadas

ConexõesAzuis com bucha de latão (saídas de 1/2" e 3/4") para pontos de consumo onde pretende-se instalar peças metálicas

LigaçãoO sistema roscável facilita a desmontagem e o remanejamento das instalações nos casos de redes provisórias.

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

2.1.2.3 Junta Elástica

Utiliza-se um anel de borracha para vedar um tubo com o outro, o que é

conseguido por simples compressão. Há um sulco no tubo onde se aloja o anel de

borracha. Não é necessário preparar as partes a encaixar, basta limpeza e

lubrificação com sabão neutro ou vaselina (FIGURA 3).

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FIGURA 3 - JUNTA ELÁSTICAFONTE: WOLF, 2013.

Passo 1: Limpar a ponta e a bolsa do tubo e acomodar o anel de borracha na virola

da bolsa.

Passo 2: Marcar a profundidade da bolsa na ponta do tubo.

Passo 3: Aplicar a Pasta Lubrificante no anel e na ponta do tubo. Não usar óleo ou

graxa, que poderão atacar o anel de borracha. Fazer um chanfro na ponta do tubo

para facilitar o encaixe.

Passo 4: Encaixar a ponta chanfrada do tubo no fundo da bolsa, recuar 5mm no

caso de tubulações expostas e 2mm para tubulações embutidas, tendo como

referência a marca previamente feita na ponta do tubo. Esta folga se faz necessária

para a dilatação da junta.

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2.1.2.3.1 PVC Esgoto Série Normal

Linha de tubos e conexões fabricados de PVC rígido, para condução dos

efluentes dos aparelhos sanitários, inclusive das bacias sanitárias e mictórios, em

instalações prediais de esgoto e ventilação.

TABELA 4 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PVC ESGOTO SÉRIE NORMAL

Cor Branca (tubos e conexões).

Diâmetros

40, 50, 75, 100 e 150 mm.

Diâmetro DN40 – junta soldável.

Diâmetro DN50 a DN150 – junta soldável ou elástica (com anel de borracha).

Pressão Máxima de ServiçoProjetados para trabalhar como conduto livre (sem pressão)

Temperatura da Água 45º C em regime não contínuo

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

Norma de FabricaçãoNBR 5688 - Sistemas Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

2.1.2.3.2 PVC Esgoto Série Reforçada

Linha de tubos e conexões de PVC rígido, fabricados com espessura de

parede maior que a linha Série Normal, para serem utilizados na condução de

efluentes em trechos que sofrem maiores impactos internos ou externos, como:

tubos de queda, subcoletores, ramais de despejo de máquinas de lavar louças

residenciais e também condutores verticais de água da chuva, em obras com mais

de 3 pavimentos.

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TABELA 5 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PVC ESGOTO SÉRIE REFORÇADA

Cor Cinza (tubos e conexões).

Diâmetros

40, 50, 75, 100 e 150 mm.

Diâmetro DN40 – junta soldável.

Diâmetro DN50 a DN150 – junta soldável ou elástica (com anel de borracha).

Pressão Máxima de ServiçoProjetados para trabalhar como conduto livre (sem pressão)

Temperatura da Água 75º C em regime não contínuo

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

Junta Soldável ou elástica (com anel de borracha).

Norma de FabricaçãoNBR 5688 - Sistemas Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

2.2 CPVC - POLICLORETO DE VINILA CLORADO

O CPVC é um material com todas as propriedades inerentes ao PVC,

somando-se a resistência à condução de líquidos sob pressões a altas

temperaturas. Sua principal diferença é o aumento da participação percentual de

cloro no composto das matérias-primas, e seu desenvolvimento resultou da

necessidade de obter-se um termoplástico que pudesse ser usado, também, para

condução de água quente. Sua nomenclatura comercial é Aquatherm (FIGURA 4).

FIGURA 4 - TUBULAÇÃO DE CPVCFONTE: PEDREIRÃO, s.d..

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Sua aplicação se dá para instalações de água quente e para água fria:

Instalações prediais de água quente:

o Canalização de alimentação de reservatórios de água quente;

o Canalizações ou colunas de distribuição de água quente;

o Ramais de água quente;

o Sub-ramais de água quente; e

o Canalização de retorno de água quente.

Instalações prediais de água fria:

o Alimentador predial;

o Barriletes;

o Colunas ou canalizações de distribuição de água fria;

o Ramais de água fria;

o Sub-ramais de água fria;

o Tubulações de sucção;

o Tubulações de recalque; e

o Tubulações de limpeza e extravasamento de reservatórios.

Suas vantagens versam na economia no custo global da obra, ao considerar:

Junta soldável à frio;

Facilidade de instalação;

Isolamento (não necessita de isolantes térmicos); e

Superfície interna lisa.

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2.2.1 Características Técnicas Gerais

TABELA 6 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO CPVC

Cor Bege (tubos e conexões).

Diâmetros 15, 22, 28, 35, 42, 54, 73, 89 e 114 mm

Pressão Máxima de Serviço6 kgf/cm² (60 m.c.a.) conduzindo água à 80ºC, e 24 Kgf/cm² (240 m.c.a) conduzindo água à 20ºC

Temperatura da Água 80 °C

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

Junta Soldadas a frio por meio do adesivo próprio

Norma de Fabricação

ASTM D-2846; ASTM F-439 (para DN de 73 a 114) - para conexões ; ASTM F-442 (para DN de 73 a 114) - para tubos ; NBR 7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água quente

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

2.2.2 Juntas Soldáveis

O sistema de juntas por soldagem química a frio é feita com o auxílio de um

pincel para se aplicar o adesivo na conexão e em seguida na ponta do tubo. Depois

é feito o encaixe de uma vez as extremidades a serem soldadas, dando ¼ de volta e

mantendo a junta sob pressão manual por aproximadamente 30 segundos, até que o

adesivo adquira resistência (FIGURA 5).

FIGURA 5 - JUNTA SOLDÁVELFONTE: WOLF, 2013.

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2.3 PEX - POLICLORETO RETICULADO

Fabricado de polietileno reticulado, as tubulações de PEX é a opção mais

moderna para instalação de água fria e quente. Sua flexibilidade permite a redução

do número de conexões, reduzindo o custo e o tempo de instalação. O PEX é um

sistema de bobinas de tubos (tipo mangueira) ligados a um módulo distribuidor que

conduz água fria e quente, com temperatura de trabalho a 70 a 95 °C. As conexões

são metálicas (em latão) do tipo deslizantes. É muito indicado para paredes em

drywall e edificações com vários ambientes iguais, como um hotel (O PEDREIRÃO).

É uma concepção totalmente diferente dos sistemas de tubos tipo o PVC e

que possui bitolas bem menores. Tem um reduzido número de conexões porque a

tubo (mangueira) é maleável e permite curvas (FIGURA 6 E 7).

FIGURA 6 - TUBULAÇÃO PEXFONTE: WOLF, 2013.

FIGURA 7 - TUBULAÇÃO PEXFONTE: WOLF, 2013.

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O módulo distribuidor faz a conexão com o sistema de tubulação

convencional. A partir dele que são distribuídas as ligações PEX. Cada ponto é

alimentado por uma linha exclusiva que sai do módulo distribuidor. O sistema PEX

pode ser imaginado da mesma maneira como um sistema de instalação elétrica. Na

elétrica, a instalação vem da rede pública para um Quadro de Distribuição de

Circuitos e desse quadro saem a fiação de cada circuito que é protegido por um

disjuntor. No PEX, a água vem até o módulo distribuidor pelas prumadas e do

módulo distribuidor (como se fosse um QDC) alimenta cada ponto de água

individualmente (como se fossem os circuitos).

Os tubos PEX trabalham com diâmetros de 16, 20, 25 e 32 mm. A pressão

máxima de serviço é de 6 kgf/cm² (60 m.c.a.) conduzindo água à 80ºC.

2.4 PPR - POLIPROPILENO COPOLÍMERO RANDOM

Os Tubos e Conexões PPR são uma solução para condução de água quente

e fria em instalações hidráulicas. São fabricados com um material inovador e de

última geração (FIGURA 8).

FIGURA 8 - TUBULAÇÃO PPRFONTE: WOLF, 2013.

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O tubos e conexões são unidos por termofusão a 260ºC, formando uma

tubulação única, sem o risco de vazamentos e sem a utilização de colas e fazer

roscas. São indicados principalmente para água quente e dispensa o isolamento

térmico, aquele tipo de espuma que envolve as tubulações de cobre. A temperatura

de trabalho é de 70ºC, mas suportam picos de ate 95ºC. Essa tolerância é

importante para caso haja algum problema no aquecedor.

Para fazer a termofusão é necessário utilizar um aparelho termofusor que

aquece a ponta do tubo e o interior da conexão. O risco de vazamentos é

praticamente zero e caso haja necessidade de ampliar o sistema, ou fazer alguma

manutenção durante uma reforma, o procedimento é o mesmo: aquecer a ponta do

tubo e o interior da conexão.

2.4.1 Características Técnicas Gerais

TABELA 7 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO PPR

Cor Verde

Diâmetros 20, 25, 32, 40, 50, 63, 75, 90, 110 mm

Pressão Máxima de Serviço 6 kgf/cm² (60 m.c.a.) conduzindo água à 80ºC.

Temperatura da Água 80 °C

Tamanhos Comerciais 6 m ou 3 m

Junta

Não existe união entre tubos e conexões. Com a tecnologia de termofusão, a 260°C, ambos materiais fundem-se molecularmente formando uma tubulação continua para a segurança total do sistema.

Norma de Fabricação

ASTM D-2846; ASTM F-439 (para DN de 73 a 114) - para conexões ; ASTM F-442 (para DN de 73 a 114) - para tubos ; NBR 7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água quente

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

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2.4.2 Execução das Juntas

TABELA 8 - TABELA DE EXECUÇÃO DA JUNTA DO PPR

Marque na extremidade do tubo a profundidade da bolsa da conexão, para certificar-se que a ponta do tubo não ultrapassará o final da bolsa da conexão.

Introduza simultaneamente o tubo e a conexão em seus respectivos lados do bocal, já conectado ao Termofusor. A termofusão deve ser realizada com a temperatura de 260°C.

A conexão deve cobrir toda face macho do bocal e o tubo não deve ultrapassar a marcação feita anteriormente.

Retire o tubo e a conexão do termofusor quando decorrido o tempo mínimo de aquecimento, conforme tabela no final desta página.

Após retirar o tubo e a conexão do Termofusor, introduza imediatamente a ponta do tubo na bolsa da conexão até o anel da conexão formado pelo aquecimento do Termofusor. Após a termofusão da conexão com o tubo, segure firme durante 20 a 30 segundos; durante um intervalo de 3 segundos, existe a possibilidade de alinhar a conexão em até 150 (não gire).

FONTE: Adaptado de WOLF, 2013.

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2.5 COBRE

Os tubos de cobre são condutos de formato cilíndrico, de vários diâmetros,

fabricados em liga com outros metais, como zinco, estanho, incluindo cobre

comercialmente puro, etc, porém normalmente são fabricados apenas com cobre,

sem costura pelo processo de extrusão (FIGURA 9).

Esses tubos têm excelente resistência à oxidação e ao ataque da atmosfera,

da água (inclusive água salgada), dos álcalis, de muitos compostos orgânicos e de

numerosos outros fluidos corrosivos. Esse material pode ser empregado em serviço

contínuo desde 180ºC até 200°C. São fornecidos em 3 classes, com espessuras de

parede, pesos e pressões de serviço diferenciadas em cada classe:

CLASSE E: Instalações de água fria e quente, de combate a incêndio por

hidrante e sprinklers. Identificados por tampões plásticos na cor verde.

CLASSE A: Todas as instalações indicadas para o tudo classe E e

instalações de gás. Identificados por tampões de plástico na cor Amarela.

CLASSE I : Todas as instalações indicadas para tubo classe A e instalações

industriais de alta pressão e vapor. Identificados pela cor Azul.

As vantagens desse tipo de material são:

Boa plasticidade;

Alta tenacidade;

Excelente condutividade térmica;

Boa resistência química;

Pequenas perdas de carga devido à superfície lisa das paredes;

Excelente comportamento diante dos materiais de construção civil; e

Resistência e pressões internas, o que permite tubos de paredes finas.

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FIGURA 9 - TIPOS DE TUBOS DE COBREFONTE: RAMO CONEXÕES, s.d..

2.5.1 Junção das Tubulações

As junções podem ser de dois tipos:

Junção Soldável: utilizada para tubulações embutidas ou permanentes e deve

ser feita pelo processo de soldagem. A soldagem é feita pelo processo de

solda branca ou à base de prata ou fósforo-cobre.

Junção roscável: utilizada em caso de necessidade de se retirar ou instalar

metais sanitários ou para possíveis consertos ou trocas.

2.5.2 Isolamento

Utiliza-se aplicação de materiais isolantes para a redução de despesas de

combustíveis ou outro tipo de energia, impedindo a transmissão de calor entre dois

ambientes distintos. O isolamento térmico é feito para se proteger as superfícies

aquecidas ou resfriadas com a aplicação de camadas de materiais de baica

condutibilidade térmica. Em tubulações embutidas, o isolamento diminui

consideravelmente perdas de calor, permitindo a movimentação da tubulação devido

à dilatação térmica, impedindo com isso danos ao revestimento da parede.

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2.6 FERRO FUNDIDO

São largamente utilizados nas redes de água, gás e esgotos acima de 2" de

diâmetro. É fabricado em alto-forno. O tratamento térmico é feito ainda na produção

do material, garantindo resistência ao choque e facilitando o corte. O ferro fundido é

de boa elasticidade, alongamento, resistência à impactos, dentro outras

características. O ferro fundido destaca-se ainda na adução de água potável, tendo

em vista a sua excelente resistência a corrosão (MULT-HIDRO). São fabricados dois

tipos de tubos:

De ponta e bolsa: destinados a trechos longos em teto de subsolo, colunas de

águas pluviais etc, interligando entre si por meio de um anel de borracha HL.

Cilíndrico: interligados por meio de conexões, luvas bipartidas ou luvas

bolsa/bolsa providas dos anéis de borracha.

As conexões são do tipo bolsa e bolsa, com dimensões compatíveis com o

tipo de serviço a que se destinam. Os tubos são revestidos internamente com

argamassa de cimento aplicada por centrifugação e pichada interna e externamente.

As juntas rígidas são executadas com corda alcatroada, comprimida no espaço

existente entre a parede externa da ponta do tubo e a parede interna da bolsa. na

parte superior deixa-se um espaço de 10 mm de profundidade que é preenchido

com massa epóxi Barbará para lubrificar o anel de borracha e a ponta do tubo,

facilitando a operação de encaixe dos tubos (FIGURA 10).

FIGURA 10 - TUBOS DE FERRO FUNDIDOFONTE: SGPAM, 2007.

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2.7 FERRO GALVANIZADO

Os tubos de aço galvanizado são produzidas em ferro maleável preto, e

recebem uma proteção superficial em acabamento preto (óleo não tóxico) ou

galvanizado a fogo (zincagem por imersão a quente), são empregados em

tubulações para água, ar comprimido, gás e rede de combate a incêndio.

Normalmente são confeccionados em varas de 6 m e diâmetros internos de 1/2" até

6", tendo em suas extremidades um rosca e uma luva.

A ligação entre tubos e conexões e feita através da confecção de roscas nas

extremidades dos tubos, estes são rosqueados nas bolsas das conexões onde

existem roscas pré-fabricadas, a vedação entre as duas peças e garantida através

do usos de materiais vedantes, como o veda rosca. Existem 2 tipos diferentes de

roscas (FIGURA 11):

• NPT (National Pipe Taper) Alta pressão

• BSP (Britsh Standard Pipe) Baixa Pressão

FIGURA 11 - LIGAÇÃO DE TUBOS DE FERRO GALVANIZADOFONTE: SGPAM, 2007.

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2.8 CHUMBO

Material que caiu em desuso devido ao dano causado à saúde. O chumbo

não deve ser utilizado nas instalações prediais de água fria. Para reparos realizados

em instalações existentes devem prever a substituição desse material. O chumbo,

constituinte do material da solda, pode entrar em contato com a água e ser liberado,

resultando em concentração acima da permitida pelo padrão de potabilidade. O

processo ocorre entre a água parada nos tubos e o material de solda, principalmente

na primeira utilização de instalações novas após períodos de contato superiores a 8

h. O fenômeno diminui com o tempo de utilização da instalação. O teor de chumbo

varia de acordo com a composição da solda, seu grau de exposição ou contato com

a água, sendo mais elevado em águas com pH baixo (NBR 5626 / 1996 - Instalação

Predial de Água Fria - item 4.3.3 e 4.3.5.3).

2.9 PEX COM ALMA DE ALUMÍNIO

Os tubos são compostos por cinco camadas: polietileno reticulado, adesivo,

alumínio, adesivo e polietileno reticulado. Como revestimento externo, o polietileno

reticulado evita o contato do cimento da construção e protege a tubulação de

alumínio. Já como revestimento interno, impede a oxidação do alumínio, evitando a

contaminação da água pelo metal (REVISTA TÉCHNE, 2009). Suas principais

características são:

Os tubos de alumínio resistem a temperaturas de até 95ºC sem dilatação;

O sistema usa 10% do tempo de instalação do cobre;

Condutibilidade térmica de - 0,43 W/m°C;

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Os tubos são dobráveis e permanecem na posição definida;

Inspeção e troca podem ser feitas sem quebras de revestimentos e paredes;

Ausência de muitas conexões e emendas no sistema hidráulico evita fissuras

e futuros vazamentos;

Instalação: sistema ponto a ponto, ou seja, a água corre por tubos livres de

conexões intermediárias. A distribuição da água até os pontos servidos é

contínua e individual, sem derivações a partir dos quadros distribuidores

localizados em shafts; e

Durabilidade: pelo menos 50 anos.

2.10 OUTROS MATERIAIS

Outros materiais podem ser utilizados para sistemas coletores dos despejos,

tais como sifões, caixas de gordura, ralos sifonados, dentro outros. Estes elementos

podem ser feitos de, além dos outros citados anteriomente, ferro maleável, bronze,

latão, cimentoamianto, cerâmica vidrada ou concreto (D'OLIVEIRA, 2012).

9 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626: Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro: Abnt, 1996.

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2005.

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