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1 Trabalho de Bíoquimica Os Lípidos Manuela da Conceição da Silva Paim Alves da Costa INTRODUÇÃO A hierarquia de necessidades de Maslow foi introduzida por Abraham Maslow e se refere a uma pirâmide que representa uma divisão hierárquica a respeito das necessidades humanas. Na base da pirâmide estão as necessidades de nível mais baixo, sendo que, apenas quando satisfeitas escala-se em direção às hierarquias mais altas para atingir a auto-realização que é o nível mais alto. Neste trabalho retrataremos justamente a hierarquia das necessidades de Maslow, explicando e tecendo comentários a respeito de cada um dos níveis. Ao término faremos uma pequena análise crítica da hierarquia destas necessidades. TEORIA DA MOTIVAÇÃO HUMANA

Trabalho Piramide d Maslow

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Trabalho de Bíoquimica

Os Lípidos

Manuela da Conceição da Silva Paim Alves da Costa

INTRODUÇÃO

A hierarquia de necessidades de Maslow foi introduzida por Abraham Maslow e se refere a uma pirâmide que representa uma divisão hierárquica a respeito das necessidades humanas. Na base da pirâmide estão as necessidades de nível mais baixo, sendo que, apenas quando satisfeitas escala-se em direção às hierarquias mais altas para atingir a auto-realização que é o nível mais alto.

Neste trabalho retrataremos justamente a hierarquia das necessidades de Maslow, explicando e tecendo comentários a respeito de cada um dos níveis. Ao término faremos uma pequena análise crítica da hierarquia destas necessidades.

TEORIA DA MOTIVAÇÃO HUMANA

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Abraham Maslow foi um psicólogo comportamental, membro da Human Relations School, em finais da década de 50. Abraham Maslow nasceu em Brooklyn, licenciou-se em Wisconsin e doutorou-se na Universidade de Columbia, onde também trabalhou no departamento de investigação. No Jardim Zoológico de Bronx, estudou o comportamento dos primatas e, entre 1945 e 1947, foi diretor-geral da Maslow Cooperage Corporation. Em 1951, lecionava Psicologia Social na Universidade de Brandeis. Maslow ficou conhecido pelo desenvolvimento da Teoria da Motivação Humana.

Motivação denomina em psicologia e em outras ciências humanas a condição do organismo que influencia a direção do comportamento. Em outras palavras, é o impulso interno que leva à ação. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo.

Abraham Maslow sugeriu que muito do comportamento do ser humano pode ser explicado pelas suas necessidades e pelos seus desejos. Quando uma necessidade, em particular se torna activa, ela pode ser considerada um estímulo à ação e uma impulsionadora das actividades do indivíduo. Essa necessidade determina o que passa a ser importante para o indivíduo e molda o seu comportamento como tal. Na teoria de Maslow, portanto, as necessidades se constituem em fontes de motivação.

O comportamento motivado pode ser encarado como uma acção que o indivíduo se obriga a tomar para aliviar a tensão (agradável ou desagradável) gerada pela presença da necessidade ou desejo. A acção é intencionalmente voltada para um objecto ou objectivo que aliviará a tensão interior.

A teoria de Maslow sobre o comportamento motivado, por analogia, poderia ser utilizada para entendermos um pouco melhor os clientes das organizações. Poderíamos dizer que o acto de comprar um produto ou serviço é motivado por uma tensão interna no nosso cliente, gerada por uma necessidade. Após a compra do produto ou serviço, essa tensão é aliviada.

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É importante lembrar que, embora a necessidade seja o grande motor da decisão racional da compra, o desejo, de cunho marcadamente emocional, desempenha um papel extraordinariamente importante no processo de compra. É fácil perceber que podemos deixar de comprar algo que necessitamos se não o desejarmos no momento. Também compramos coisas que não necessitamos quando assim o desejamos.

Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:

a. Comportamento ilógico ou sem normalidade;b. Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;c. Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/digestivos;d. Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;e. Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações,

insegurança, não colaboração, etc.

Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá eternamente frustrado.    De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.

Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas ou básicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização). Note-se, no entanto, que apesar de a teoria ser sempre apresentada através de uma pirâmide ou escada, o livro original de Maslow: "Motivation and Personality" na sua primeira edição, em 1954 não apresentava nenhuma destas figuras. A segunda edição, de 1970, continuou apresentando apenas texto. Assim, didaticamente se utilizam a pirâmide e a escada, apenas, para ilustrar o modelo do autor, e não porque Maslow o tenha publicado em seu livro. Os 5 níveis a serem "escalados" por um ser humano, segundo Maslow, são:

Atender as necessidades básicas ou fisiológicas Atender as necessidades de segurança

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Atender as necessidades Sociais ou de associação Atender as necessidades de Status ou Auto Estima Atender as necessidades de Auto-Realização

A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES: PIRÂMIDE DE MASLOW

O comportamento humano é explicado por Maslow através de cinco níveis de necessidades. Estas necessidades são dispostas em ordem hierárquica, desde as mais primárias e imaturas (tendo em vista o tipo de comportamento que estimulam) até as mais civilizadas e maduras.

Na base da pirâmide, encontra-se o grupo de necessidades que Maslow considera ser o mais básico e reflexivo dos interesses psicológicos e de sobrevivência. Este é o nível das necessidades fisiológicas, que estimulam comportamentos caracterizados pelo verbo ter.

O segundo nível da hierarquia é constituído por uma série de necessidades de segurança. Uma vez atendidas as necessidades fisiológicas, a tendência natural do ser humano será a de manter. Na seqüência, quando a segurança é obtida, surgem as necessidades de pertencer a grupos, associar-se a outras pessoas, ou seja, de se igualar. Estas necessidades são chamadas de sociais ou de associação. O passo seguinte na escala de necessidades é o da estima ou de “status”. Neste ponto, as necessidades de destaque, proeminência, reconhecimento e admiração por parte do grupo são manifestadas por ações que buscam diferenciar.

Embora as necessidades de estima sejam difíceis de serem superadas, dada sua dependência à receptividade de terceiros, Maslow sugere que em alguns casos elas podem ser adequadamente satisfeitas, liberando assim os indivíduos para atingir o nível mais alto da hierarquia. Quando isto ocorre, as necessidades de maximizar as potencialidades e de testar a própria capacidade farão com que as ações do indivíduo sejam dirigidas em busca do vencer. Este é o nível das necessidades mais maduras e construtivas da hierarquia de Maslow, conhecidas como necessidades de auto-realização.

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NECESSIDADES FISIOLÓGICAS

Necessidades fisiológicas: constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância.

As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e com a preservação da espécie. São necessidades instintivas, que já nascem com o indivíduo. São as mais prementes de todas as necessidades humanas: quando alguma dessas necessidades não está satisfeita, ela determina fortemente a estrutura comportamental do homem.

Uma pessoa com seu estômago vazio não têm outra preocupação maior do que se alimentar. Porém, quando come regularmente e de maneira adequada, a fome deixa de ser uma motivação importante. Quando todas as necessidades humanas estão insatisfeitas, a maior motivação será a satisfação das necessidades fisiológicas, e o comportamento do indivíduo tem a finalidade de encontrar alívio da pressão que essas necessidades produzem sobre o organismo. Alguns exemplos desta categoria são:

Alimentação (água e comida) Respiração Reprodução

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Descanso Sexo Abrigo Vestimenta Homeostase

NECESSIDADES DE SEGURANÇA

Necessidades de segurança: constituem o segundo nível das necessidades humanas. São as necessidades de segurança ou de estabilidade, manutenção do que se tem, a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga ao perigo. Surgem no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. A partir do momento em que o indivíduo é dominado por necessidades de segurança, o seu organismo se orienta fortemente para a procura da satisfação dessa necessidade, alterando suas prioridades. A satisfação da necessidade de segurança tem grande influência no comportamento humano.

Vejamos, por exemplo, o caso de um empregado que está em uma forte relação de dependência com a empresa na qual trabalha. A ocorrência de acções administrativas arbitrárias pode provocar incerteza ou insegurança no empregado, quanto à sua permanência no emprego. Se essas ações ou decisões transmitem sentimentos de discriminação, favoritismo ou alguma política administrativa imprevisível, podem tornar-se poderosos factores de geração de insegurança no inconsciente desse individuo. Dentre as necessidades de segurança podemos exemplificar:

Segurança física pessoal Segurança financeira Saúde e bem-estar Rede de proteção contra imprevistos.

NECESSIDADES SOCIAIS

Surgem no comportamento, quando as necessidades inferiores (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Entre outras, as necessidades sociais estão relacionadas às necessidades de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor.

As necessidades de associação incluem aspectos que envolvem relacionamentos baseados na emoção, pois seres humanos precisam sentir-se aceitos e fazendo parte de algo.

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Podemos considerar o letramento como uma prática ou necessidade social, a satisfação de uma necessidade que, no modelo actual de sociedade tem-se transformado em imprescindível para a correcta inserção do indivíduo no meio.

A escrita pode ser considerada como uma das principais causas do aparecimento das civilizações modernas e do desenvolvimento científico, tecnológico e social. Neste contexto, ela assume o papel de “elemento de poder e de dominação”. É nesta situação onde o domínio da leitura e escrita, passa a ser uma necessidade social definitivamente essencial para a evolução do indivíduo no seu meio.

O letramento é o que as pessoas fazem com suas habilidades para leitura e escrita, no contexto social em que actuam, e como essas habilidades se relacionam com as necessidades, valores e práticas sociais. Podemos considerar que o letramento é uma forma de adaptação ao meio.

Scribner (1984) reforça a importância do letramento funcional ou de sobrevivência, ao escrever:

“A necessidade de habilidades de letramento em nossa vida diária é obvia; no emprego, passeando pela cidade, fazendo compras, todos encontramos situações que requerem o uso da leitura ou a produção de símbolos escritos. Não é necessário apresentar justificativas para insistir que as escolas são obrigadas a desenvolver nas crianças as habilidades de letramento que as tornarão aptas a responder a estas demandas sociais quotidianas. E os programas de educação básica têm também a obrigação de desenvolver nos adultos as habilidades que devem ter para manter seus empregos ou obter outros melhores, receber treinamentos e os benefícios a que têm direito, e assumir suas responsabilidades cívicas e políticas”.

A insatisfação da necessidade social de letramento provoca, no indivíduo, um sentimento de incompetência e de incapacidade de pertencer ao meio, como membro participativo. Esta sensação isola o indivíduo do meio e provoca uma queda muito forte na sua auto-estima.

Outros exemplos deste nível são:

Amizade Intimidade (amigos íntimos, mentores, confidentes) Convivência social (círculos de convivência variados) Família Organizações (clubes, entidades de classe, torcidas, gangues)

Muitas vezes a necessidade destes elementos pode, através da pressão dos pares, sobrepor às necessidades fisiológicas e de segurança. Um exemplo disso, seria alguém

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que se expõe de maneira perigosa financeiramente, buscando justamente a aprovação afetiva de seus pares.

Quando as necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e até hostil com relação às pessoas que o cercam. Em nossa sociedade, a frustração das necessidades de amor e de afeição conduz à falta de adaptação social, depressão e à solidão.

NECESSIDADES DE ESTIMA

Após alcançar as necessidades fisiológicas, de segurança e de associação, o ser humano passa a perseguir a necessidade de estima, ou de ser respeitado em busca de auto-estima e auto-respeito. inferioridade.

Necessidades de auto-estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestigio e consideração, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. A estima é um desejo humano de ser aceito e valorizado por si e pelos outros. Note que neste caso não é apenas a busca de uma aceitação de um grupo e sim do reconhecimento pessoal e do grupo. A satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos de autoconfiança, de valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. 

A sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo que, por sua vez, podem levar ao desânimo ou a actividades compensatórias que, em casos extremos podem provocar até sua destruição

NECESSIDADE DE AUTO-REALIZAÇÃO

Este é o último patamar da pirâmide de Maslow e as pessoas para terem esta motivação é necessário que as outras necessidades tenham sido satisfeitas.as Necessidades de auto-realização são as necessidades humanas mais elevadas e que. São as que permitem a cada pessoa identificar o seu próprio potencial e autodesenvolver-se continuamente. Essa tendência geralmente se expressa através do impulso de a pessoa tomar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo, o que pode ser.Esta necessidade se refere à motivação para realizar o potencial máximo do ser, ou seja, o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser, explorando suas possibilidades. Este pode ser considerado a motivação maior e a única verdadeiramente satisfatória para a natureza humana.

Enfim, essas necessidades tomam formas e expressões que variam enormemente de pessoa para pessoa. Sua intensidade e manifestação também são extremamente variadas, obedecendo às diferenças individuais entre as pessoas.

A TEORIA DE MASLOW PRESSUPÕE OS SEGUINTES ASPECTOS:

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a) Somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito ou adequadamente atendido é que o nível imediatamente mais elevado surge como determinante do comportamento.Em outros termos, quando uma necessidade de nível mais baixo é atendida, ela deixa de ser motivadora, dando oportunidade para que um nível mais elevado possa se desenvolver.

b) Nem todas as pessoas conseguem chegar ao topo da pirâmide de necessidades.Algumas pessoas - devido às circunstâncias de vida - chegam a se preocupar fortemente com necessidades de auto-realização; outras estacionam nas necessidades de auto-estima; outras ainda nas necessidades sociais, enquanto muitas outras ficam ocupadas exclusivamente com necessidades de segurança e fisiológicas, sem conseguir satisfazê-las adequadamente. São os chamados “excluídos”.

c) Quando as necessidades mais baixas estão razoavelmente satisfeitas, as necessidades localizadas nos níveis mais elevados começam a dominar o comportamento.Contudo, quando alguma necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a ser fator predominante no comportamento, enquanto continuar a gerar tensão no organismo. A necessidade mais importante ou mais premente monopoliza o indivíduo automaticamente a organizar a mobilização das diversas faculdades do organismo para atendê-la.

d) Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Todos os níveis actuam conjuntamente no organismo, dominando as necessidades mais elevadas sobre as mais baixas, desde que estas estejam suficientemente satisfeitas ou atendidas. Toda necessidade está intimamente relacionada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é sempre global e conjunto e nunca isolado.

e) Qualquer comportamento motivado é como um canal pelo qual, muitas necessidades fundamentais, podem ser expressas ou satisfeitas conjuntamente.

f) Qualquer frustração ou possibilidade de frustração da satisfação de certas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa ameaça é que produz as

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reações gerais de emergência no comportamento humano. Essas reações de emergência, alteram significativamente o comportamento assim como o grau de motivação do individuo para realizar tarefas que não estejam relacionadas com a eliminação dessa frustração.

ANÁLISE CRÍTICA DA HIERARQUIA DASNECESSIDADES DE MASLOW

Embora esta referência seja amplamente utilizada, podemos observar que as necessidades humanas descritas por Maslow podem ser consideradas motivações humanas, ou seja, são as diversas necessidades que fazem com que o homem tenha motivação para agir.

No entanto, é bastante questionável o facto de que exista uma hierarquia de tais necessidades. 

É evidente que a necessidade de alimentação, vestuário, abrigo é em grande parte a motivação para o trabalho. No entanto, não é correto afirmar que somente no momento em que estas necessidades estão satisfeitas é que o homem passará a outros patamares da pirâmide.

Não é rara a existência de pessoas que abrem mão das suas necessidades básicas em função de um sonho, de uma auto-realização, pervertendo totalmente o sentido hierárquico da pirâmide.

Se tomado, por exemplo, a necessidade de associação. De acordo com a hierarquia das necessidades propostas pela pirâmide, esta etapa somente se tornaria uma motivação após outras necessidades terem sido satisfeitas, como por exemplo, as necessidades básicas e as necessidades de segurança. No entanto, os seres humanos vivem em comunidade e buscam associar-se ao mesmo tempo em que buscam satisfazer suas necessidades fisiológicas e de segurança. A família, muitas vezes, é uma fonte de motivação muito mais forte para determinados indivíduos que a satisfação de uma necessidade física, a associação muitas vezes é necessária para garantir a segurança física das pessoas.

Muitas pessoas são capazes de praticar dietas absurdas, chegando ao ponto de passarem fome (necessidade fisiológica, base da pirâmide) a fim de emagrecerem mais rapidamente e melhorarem sua autoestima (necessidade de auto-estima) e porque não se sentem aceitas na sociedade (necessidade social)? E o que dizer daquelas pessoas que se enchem de anabolizantes – não sentem a necessidade de se sentirem seguros – também para estarem de acordo com os padrões impostos pela sociedade?

Parece que está havendo uma inversão da Pirâmide de Maslow. A autorealização muitas vezes passa a ser a base de tudo sobrepondo-se até mesmo às necessidades fisiológicas! Por vezes fica difícil até determinar uma ordem lógica para as necessidades, uma vez que as pessoas estabelecem prioridades individuais cujos valores são os mais diversos possíveis.

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Um outro factor gerador de motivação que citaremos é o que Viktor Frankl chamou de “vontade de sentido”. Viktor Frankl foi um médico e psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência.

Segundo Frankl, o ser humano vive motivado, fundamentalmente, pela vontade de realizar sentido na vida; para isso, o homem deve se empenhar na realização de valores na forma de criações, vivências e atitudes.

A pesquisa de Viktor Frankl teve sua comprovação empírica, quando ele, judeu, esteve preso em campos nazistas de concentração. Ele observou que o factor decisivo para a sobrevivência no campo de concentração não era ser forte, jovem ou inteligente: muitas vezes um idoso sobrevivia, enquanto um jovem logo morria; várias vezes os homens mais robustos eram os primeiros a caírem em desespero, enquanto os mais franzinos agüentavam todas as provações (como, aliás, foi o caso dele mesmo).

Frankl concluiu que o factor decisivo da sobrevivência dos prisioneiros era a questão do sentido da vida. Aqueles que viam na vida algum sentido, pelo qual eles deveriam continuar existindo, possuíam uma capacidade de resistência muito maior. Este factor foi o que Frankl chamou de “vontade de sentido”.

Portanto, embora a teoria de Maslow nos auxilie a entender que as necessidades são factores de motivação, Frankl nos faz atentar para o facto de que nem sempre as necessidades mais básicas são aquelas que o homem escolhe satisfazer primeiro. O que nos move é a nossa “vontade de sentido” – em outras palavras: aquilo que faz com que nossa vida tenha sentido.

Assim, podemos concluir, observando a piramide de Maslow, que as necessidades e desejos humanos são motivações que nos levam a agir. E mediante esta acção, aliviamos a tensão provocada por estas necessidades e por estes desejos. No entanto, não podemos dizer que exista uma hierarquia destas necessidades, pois elas aparecem de forma aleatória nos indivíduos, competem com nossa vontade de sentido, ou muitas vezes colaboram com ela.

CONCLUSÃO

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Podemos constactar que de acordo com Maslow, as necessidades básicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de protecção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. As necessidades de auto estima envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. As necessidades de auto realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.

As necessidade mais elevadas surgem à medida que as mais baixas vão sendo satisfeitas, como também predominam em relação às mais baixas de acordo com a hierarquia das necessidades.

As necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacional rápido, enquanto as necessidades mais elevadas requerem um ciclo motivacional extremamente longo.Em resumo a Pirâmide de Maslow hierarquiza as necessidades humanas numa escala ascendente com o objectivo de compreender as motivações das pessoas.

A teoria de Maslow identifica níveis de motivação que impulsionam o ser humano. E basea-se na evolução e crescimento, de forma metódica e rígida. Contudo, cada indivíduo pode priorizar suas necessidades de acordo com a cultura, religião e outras influências externas ou internas.

BIBLIOGRAFIA

 http://www.cedet.com.br/index.php?/Tutoriais/Gestao-da-Qualidade/a-hierarquia-das-necessidades-de-maslow-piramide-de-maslow.html

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http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Teoria_de_Maslow_e_sua_relacao_com_a_educacao_de_adultos.htm

http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/maslow.htm

http://discutindoadm.com/artigo-teoria-das-necessidades-de-maslow/

http://lafitness.com.br/informativo/mudancas-estruturais-na-piramide-de-maslow