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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA Amanda Fernanda Colares Maranhão Cenny Bárbara da Silva Santos Geraldo Cornélio Santos de Sousa Ingrid Alessandra Dias Alves Jessica Bianca Silva e Silva Priscila Santos SEGURO INTERNACIONAL TURMA: CBR00200101NTA SALA:206 PROFESSOR: NATANAEL

Trabalho - Seguro Internacional

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Trabalho escolar sobre seguro internacional

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Page 1: Trabalho - Seguro Internacional

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

Amanda Fernanda Colares Maranhão

Cenny Bárbara da Silva Santos

Geraldo Cornélio Santos de Sousa

Ingrid Alessandra Dias Alves

Jessica Bianca Silva e Silva

Priscila Santos

SEGURO INTERNACIONAL

TURMA: CBR00200101NTA

SALA:206

PROFESSOR: NATANAEL

ANANINDEUA

2016

Page 2: Trabalho - Seguro Internacional

S U M Á R I O

1. INTRODUÇÃO.......................................................................3

2. ............................4

3. ...............................................54. .....................................................5

5. ….............................................................................6

6. .................................................................................9

7. ......................................................................................11

8. ....................................................................12

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................14

Page 3: Trabalho - Seguro Internacional

1. INTRODUÇÃO

O objetivo do seguro é dar à carga proteção contra danos ou perdas, visando sempre

repor um dano advindo da ocorrência de um sinistro. O seguro nunca deve ter como

objetivo produzir lucros com relação ao bem segurado.

Para que exista uma operação de seguro no comércio exterior é necessário que

ocorram dois fatos distintos, porém interligados; a venda ou compra de determinada

mercadoria e transporte internacional envolvido.

Numa exportação ou importação de produtos é necessário que a condição de venda

ou compra determine quem tem a responsabilidade de arcar com a contratação do

seguro.

É de extrema importância a contratação do seguro, pois se um embarque não

segurado sofrer um sinistro, a empresa terá de arcar com os custos envolvidos e a perda

poderá, dependendo da situação, significar até uma ameaça para a sobrevivência da

empresa

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2. SEGURO.

Seguro é uma operação que se realiza entre duas partes, segurado e segurador,

coordenada por uma terceira parte denominada corretora, de modo que a parte segurada

que aderiu a este propósito possa resguardar seus bens dos riscos que porventura

venham a ocorrer com a mercadoria a ser indenizada pela seguradora por quaisquer

danos que estes bens tenham sofrido; danos estes previstos neste contrato, mediante o

pagamento de uma importância para este fim.

O seguro visa também cobrir as despesas incorridas pelo beneficiário relativas a

todos as providências tomadas no sentido de evitar ou reduzir os danos que a

mercadoria possa sofre.

Uma operação de seguro é um contrato jurídico realizado entre as partes

envolvidas. O que a caracteriza são as coberturas e cláusulas estabelecidas na assinatura

do contrato, que obrigam o cumprimento de determinadas condições, tanto por parte da

seguradora como do segurado.

As declarações e informações constantes de uma apólice de seguro, tanto as do

segurador quanto as do segurado, precisam respeitar a estrita verdade dos fatos, nada se

omitindo, nem se acrescentando fatos inverídicos. Tal conceito deve ser considerado

durante toda vigência do seguro, inclusive nas providências para recebimento da

indenização por um sinistro. A constatação de informações errôneas, feitas de má-fé,

anula o contrato, perdendo-se o direito ao seguro.

2.1. ORGÃOS DO SISTEMA DE SEGURO.

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); subordinado ao ministério da

Fazenda, é o órgão normalizador das operações de seguros no país e tem como

principais funções regulamentar e fiscalizar o funcionamento das entidades envolvidas

na atividade de seguro; determinar as características dos contratos e ramos de seguros;

estabelecer normas e políticas para o setor; estabelecer capitais mínimos para

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funcionamento das entidades envolvidas no mercado de seguros; autorizar corretoras e

seguradoras a operar no mercado, bem como cassar a sua autorização; normalizar a

profissão de corretor e suas corretagens.

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) tem por objetivo fiscalizar o

cumprimento das normas estabelecidas pelo CNSP, por parte de todas as entidades

envolvidas na atividade de seguro, quais sejam, corretoras e seguradas. Nesse sentido,

tem por finalidade acompanhar a constituição e operação destas entidades, aplicando as

sanções necessárias em caso de desvio de conduta ou desrespeito às normas

estabelecidas, bem como fixar as condições das apólices e ainda liquidar as empresas

que tiverem a sua autorização de funcionamento.

O IRB (Instituto de Resseguros do Brasil); regula, controla e fiscaliza as operações

de resseguro, cosseguro e retrocessão, sempre seguindo as diretrizes emanadas do

CNSP. Tem por finalidade aceitar resseguros quando o valor a ser segurado ultrapassa o

limite técnico das seguradoras, tanto das nacionais como das internacionais, sendo que a

atividade de resseguro das seguradoras do país está reservada apenas a ele, não havendo

concorrência por impedimento governamental. Ele pode, porém, colocar no exterior o

resseguro que exceda a capacidade do mercado segurador nacional ou que não convenha

aos interesses do país.

Companhias Seguradoras são empresas que têm como finalidade segurar os bens,

de acordo com a vontade de seus clientes, e indenizá-los contra danos ou perdas

sofridos pela carga segurada. Autorizadas a funcionar pelo Ministério da Fazenda,

através de solicitação dirigida ao CNSP, apresentada via SUSEP, só podem operar nos

ramos de seguro para os quais recebam a permissão e dentro dos seus limites técnicos,

não podendo ter ou participar de outro tipo de negócio ou comércio. As seguradores são

fiscalizadas pela SUSEP e pelo IRB e têm a obrigação de fornecer quaisquer dados que

forem solicitados em relação às suas atividades.

Corretor de Seguros é uma pessoa física ou jurídica devidamente autorizada pela

FUNENSEG (Fundação Escola Nacional de Seguros) a operar na atividade de seguro,

pela qual recebe da seguradora uma comissão denominada corretagem. O corretor de

seguros como pessoa física não pode ocupar cargos públicos nem ter vínculos

empregatícios ou direcionais com seguradoras. É ele que intermedia a ligação entre o

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cliente que deseja segurar um bem qualquer e uma empresa seguradora com interesse

neste seguro, tendo responsabilidade civil sobre essas operações e respondendo por

qualquer problema, negligência e omissão perante segurados e seguradoras.

2.2. CONCEITOS BÁSICOS

Segurado

É o dono do bem, podendo ser uma pessoa física ou jurídica. É ele quem propõe

uma operação de seguro para determinada mercadoria, muito embora isto possa

ser realizado por um terceiro em seu nome.

Beneficiário

É aquele que será indenizado num eventual sinistro com o bem segurado. Pode

ser o próprio segurado que efetua o seguro para proteger algo que lhe pertence,

como a importação de uma mercadoria qualquer, ou um terceiro, a quem

determinado bem está sendo vendido ou transferido, como uma operação de

exportação na modalidade de venda CIF.

Bem Segurado

É qualquer bem que tenha valor econômico e pelo qual o segurado tenha pago

um prêmio à seguradora para protege-lo do risco de danos e perdas, que será

indenizado em caso de sinistro, possibilitando a sua reposição, e que tenha recebido

a emissão de um certificado ou apólice de seguro, caracterizando-o.

Risco

É algo a que o bem segurado está sujeito e que independe da vontade das partes

envolvidas, podendo ocorrer a qualquer tempo e em qualquer lugar, sendo algo

possível, porém futuro e incerto.

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Somente deve ser segurado um bem cujo risco seja possível e sempre futuro, não

podendo o seguro cobrir algo que já passou do risco ao fato concreto, ou seja, um

sinistro já ocorrido.

Os riscos a que as mercadorias estão sujeitas podem ser classificadas como

causas fortuitas e causas evitáveis. As fortuitas são aquelas que ocorrem através de

situações que podemos chamar de imprevisíveis, como perigos do mar. As evitáveis

são aquelas que constituem situações como roubo, embalagem inadequada etc.

Valor Segurado

O valor de um bem a ser considerado para efeitos de seguro é determinado pelo

segurado e deverá sempre manter uma relação lógica com seu valor real, pois o

segurador poderá exigir uma comprovação deste.

A comprovação do valor real do objeto do seguro pode ser feita pela fatura

comercial ou qualquer outro documento hábil aceito pelo segurador.

É normal que o seguro seja realizado, considerando-se 100% do valor do bem,

acrescido de um percentual de cerca de 10% para cobrir despesas diversas que o

segurado possa ter com relação ao sinistro que porventura venha a ocorrer,

segurando-se a mercadoria em torno de 110% do seu valor.

Em caso de seguro de uma mercadoria, pode-se acrescentar a este valor mais

25% para dar cobertura também ao valor do frete e despesas em que o beneficiário

venha a incorrer em caso de sinistro.

Prêmio de Seguro

É o valor pago pelo segurado à seguradora, de modo a ter seus bens protegidos, e

que cobre indenizações pagas aos segurados em caso de sinistro.

O prêmio é calculado por um percentual sobre o valor da mercadoria e

determinado pelo tipo de transporte, mercadoria, embalagem, perecibilidade,

destino, período coberto, coberturas contratadas etc.

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Também influencia o valor do prêmio o índice de ocorrência de acidentes de um

determinado bem, que quanto mais baixo for, menor a taxa de seguro. A falta de

pagamento de seguro isenta a seguradora da responsabilidade sobre o seguro

efetuado.

O embarque aéreo tem uma tarifa de seguro média menor que a marítima e

terrestre, sendo aproximadamente a sua metade. Já embarques marítimos efetuados

em containers têm uma redução no prêmio de seguro entre 10% e 20%.

Sinistro

É a concretização de um risco previsto que causa dano ou perda aos bens

segurados por qualquer motivo, atingindo-os parcial ou totalmente e trazendo

prejuízos ao segurado ou beneficiário, que deverá ser devidamente indenizado pela

seguradora.

Valor Indenizado

É o valor em dinheiro pago ao segurado, pela seguradora, em face de sinistro da

mercadoria previamente segurada. No Brasil, muito embora o seguro tenha sido em

moeda estrangeira, o ressarcimento de um sinistro será pago em moeda nacional. Se

for pago no exterior, o será moeda estrangeira segurada.

Sub-rogação

Significa o direito de o segurador tomar posse das mercadorias indenizadas e de

recorrer contra o transportador para se ressarcir da indenização paga ao segurado,

em face de um sinistro ocorrido.

É necessário que ocorra primeiro a indenização para que o segurador possa ter

direito de sub-rogação.

Franquia

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É a parcela que deve ser suportada pelo segurado e que não tem a cobertura do

seguro mediante o prêmio pago. Desde o início do seguro, considera-se de

responsabilidade do segurado. Isto visa evitar pagamentos de pequenas quantias,

reduzindo os gastos das seguradoras e, portanto, reduzindo o valor dos prêmios para

os próprios segurados.

Representa, em geral, de 1% a 5% do valor segurado, sendo que a variação leva

em conta as características e a fragilidade da mercadoria. Pode, porém, ser

negociado entre as partes e, conforme a conveniência, ser maior ou mesmo não ser

aplicada.

2.3. DOCUMENTOS DE SEGURO

Apólice de Seguro

É o documento que representa o contrato de seguro realizado entre as partes

intervenientes e que tem valor jurídico.

Na apólice de seguro deverão constar os dados de:

Nome e endereço

Bem segurado

Riscos cobertos pelo prêmio pago

Valor do prêmio

Valor segurado e franquia

Prazo de vigência do seguro

Nome do veículo transportador

Data de embarque e qualquer outro detalhe que venha a interessar

A apólice de seguro pode ser:

- Simples ou Avulsa: É a apólice emitida para cada viagem ou embarque,

que cobre um risco desde o local de origem da mercadoria até o local de

destino, mencionando o momento em que tais riscos começam e findam.

O pagamento do prêmio deste seguro é efetuado individualmente para

cada apólice emitida, sendo interessante a utilização da cláusula Transit

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Clause para cobrir a mercadoria desde o cais de embarque até o cais de

desembarque quando os pontos de origem e destino não estiverem

totalmente claros no contrato de seguro.

- Flutuante: É aquela na qual se estabelecem apenas as condições gerais

do seguro e que é emitida para um tempo determinado, normalmente com

máximo de 12 meses. Visa cobrir uma série de embarques individuais e

consecutivos que vão sendo averbados à mesma. O nome do veículo

transportador e os detalhes década embarque são informados antes que

ocorram ou no máximo até o momento do embarque.

- Aberto: É uma apólice emitida sem tempo de validade predeterminado,

independente de produtos e valores a serem exportados e cujo embarque

vão sendo averbados à mesma. Assemelha-se à flutuante, com exceção

de uma duração mais longa, podendo ser permanentes

Certificado de Seguro

Este é o documento que costuma substituir a apólice de seguro. É

normalmente emitido pelas companhias seguradoras para cada embarque,

quando há diversos embarques num determinado período de tempo, cobertos por

uma apólice única, que pode ser Aberta ou Flutuante. Este documento é

negociado e enviado ao importador, juntamente com os demais documentos de

exportação referentes ao embarque efetuado.

No certificado devem ser declarados todos os dados do embarque,

fazendo-se referência à apólice de seguro emitida. Este documento é aceito

normalmente no Comércio Exterior, em substituição à apólice.

Averbação

Averbação constitui o documento utilizado para informar a seguradora

sobre os bens a serem segurados, em caso de utilização de uma apólice Aberta

ou Flutuante, para que possam ser considerados para efeito de cobertura.

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Neste documento serão mencionados todos os detalhes do bem em

questão, já que a apólice em aberto necessita ser complementada com os dados

de cada embarque ocorrido, para que possa ser considerado segurado. A falta de

informação em tempo hábil poderá prejudicar o seguro da mercadoria.

A averbação poderá ser provisória, aquela realizada bem antes do

embarque, constituindo uma informação de que no futuro haverá um embarque a

ser realizado, ou definitiva, aquela na qual os dados de embarque já são efetivos.

Endosso

Endosso significa qualquer alteração efetuada numa apólice de seguro.

Toda vez que se altera algum item na mesma, está se procedendo um endosso,

que é o termo utilizado nesta atividade.

Tipos de Cobertura

Os bens segurados podem ter coberturas básicas, coberturas adicionais e

coberturas especiais. A mercadoria terá um prêmio de seguro por cobertura

escolhida. Podem ser feitas coberturas adicionais e especiais, de acordo com as

necessidades ou preferências dos segurados.

O período de cobertura de um seguro, vai do momento em que as

mercadorias deixam o armazém do vendedor até o momento em que são

entregues no armazém do importador.

Se as mercadorias permanecem no porto após descarregadas, não

seguindo para o depósito do importador, o seguro expirará após o período

convencionado na apólice.

No caso de embarque aéreo, a cobertura para permanência no aeroporto

de desembarque é de 30 dias, o mesmo ocorrendo no transporte terrestre, quando

as mercadorias ficarem no armazém, da empresa transportadora.

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Page 12: Trabalho - Seguro Internacional

3. RAMOS DO SEGURO

Temos, no comércio exterior, os seguintes ramos de seguros, que podem ser

utilizados com os diversos tipos de transporte:

Marítimo

Fluvial

Aéreo

Rodoviário

Ferroviário

Seguro de transporte de mercadoria/cobertura básica.

É a modalidade que tem por finalidade segurar as mercadorias e ressarcir prejuízos

ocorridos no seu transporte por água, terra ou ar. Cobre também as despesas incorridas

para o salvamento da carga e as efetuadas para evitar que a mesma sofra maiores danos.

Este seguro expira na entrega da mercadoria no armazém do importador. Porém, se

as mercadorias permanecerem no porto após serem descarregadas, não seguindo para o

depósito do importador, o seguro, após o período convencionado na apólice, que é de 60

dias, perderá a validade. Também expirará havendo liberação da mercadoria, ainda que

ela permaneça no porto armazenada.

A cobertura básica neste tipo de seguro pode ser representada pelas seguintes

cláusulas:

Cláusula “C” (marítimo)

RTA (aéreo)

RR (terrestre)

Clausula “B” (marítimo)

Estas têm por objetivo cobrir danos às mercadorias, causados por riscos normais de

transporte, isto é, aqueles inerentes ao próprio meio de transporte utilizado, tais como:

Aquaviário: Naufrágio, encalhe, abalroamento, explosão, incêndio, raio,

tempestade etc.

Terrestre: Descarrilamento, capotagem, colisão, explosão, incêndio etc.

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Aéreo: Queda do avião, aterrissagem forçada, abalroamento, colisão,

explosão, incêndio etc.

Poderão ser feitas também coberturas adicionais ou especiais, mediante pagamento

de taxas extras, visando garantir contra outros sinistros que poderão, eventualmente,

ocorrer com a mercadoria durante a sua viagem, ou permanência em armazéns.

Cláusula “A” (marítimo)

All Risks (aéreo)

Todos os riscos (terrestre)

Têm por objetivo cobrir todos os riscos de transporte e os eventos que possam

ocorrer de causas externas, decorrentes do transporte da mercadoria.

Clausula “C”, RTA (Risco de Transporte Aéreo) e RR (Risco Rodoviário)

A cobertura básica de um seguro de transporte aquaviário, aéreo ou terrestre pode

ser dada por estas cláusulas.

Isto implica que a mercadoria tem cobertura mais restrita, ficando excluídas

reclamações por avaria particular, o que indica que o segurador estará isento da

responsabilidade por avarias ou perdas parciais ocorridas com cada volume da

mercadoria e que a cobertura se restringe apenas a acidentes com o veículo

transportador.

O seguro é tratado por volume de mercadoria e não por lote total. Portanto, em caso

de perda ou avaria total de algum volume, o segurado terá direito a indenização para

aquele volume. Caso ocorra apenas uma avaria parcial no mesmo, não haverá

indenização a ser paga.

Clausula “B”

Também é uma cobertura básica para transporte aquaviário. Porém, contrariamente

à cláusula “C”, dá cobertura para danos parciais nos volumes. Isto significa que

pequenos danos, uma vez que no seu todo ultrapassem a margem de franquia

estabelecida, serão indenizados.

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Clausula “A”, All Risks e Todos os Riscos.

Cláusulas básicas utilizadas para transportes aquaviários, aéreos e terrestres, cuja

cobertura é a mais ampla do mercado.

A diferença em relação às anteriores é que são bastantes abrangentes no que refere

às avarias ocorridas no veículo transportador. Protegem a mercadoria também dos

acidentes de causas externas, como embarques, desembarques, movimentações

portuárias, enquanto armazenadas etc., significando não terem restrições conquanto o

acidente se dê relativamente ao transporte da mercadoria. Cobrem também extravio,

ferrugem, quebra, amassamento, derrame, água de chuva e vazamento.

3.1. SEGURO DE

CRÉDITO À EXPORTAÇÃO

O seguro de crédito à exportação visa resguardar o exportador de prejuízos

comerciais e políticos, sofridos com a falta de pagamento das cambiais por parte do

comprador no exterior. Riscos comerciais são os ocorridos por inadimplência do

importador em face de problemas financeiros, calote ou insolvência igual a ou mais de

180 dias. Riscos políticos são a proibição de remessa de divisas ao exterior, decretação

de moratória por parte do país importador, guerra civil e revolução, por períodos iguais

ou superiores a 180 dias. Estão cobertos também riscos de ocorrência de fenômenos

naturais, assim classificados, como terremotos, furacões etc.

3.2. OBRIGATORIED

ADE DO SEGURO NO BRASIL.

A legislação brasileira obriga à contratação do seguro das importações no país,

sendo vedada a contratação com empresas no exterior. Na exportação, é liberada a

contratação do seguro, que pode ser realizada no Brasil ou no exterior, pelo importador.

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Page 15: Trabalho - Seguro Internacional

Existem diversos países que adotam o mesmo sistema de contratação do seguro em seu

próprio mercado, para preservar divisas, incentivar empresas nacionais e facilitar a

liquidação de sinistros que porventura venham a ocorrer.

3.3. PROCESSO DE INDENIZAÇÃO

O segurado deve notificar o sinistro ao segurador imediatamente após o mesmo ter

acontecido, pois isso é indispensável para o processo de indenização. O atraso neste

aviso poderá trazer problemas ao segurado, inclusive pelo fato de que quanto maior o

tempo transcorrido, menor será a chance de verificação das causas que levam ao

sinistro. Em sequência o benificiário deve apresentar à seguradora uma carta relatando o

sinistro e demonstrando os prejuízos sofridos, anexando os documentos pertinentes ao

lote embarcado e sinistrado.

Os documentos a serem apresentados são a apólice ou certificado de seguro, o

conhecimento de transporte, a fatura comercial, o certificado de origem, packing list, o

laudo de inspeção e quaisquer outros documentos relativos à mercadoria importada ou

exportada que foram solicitados pela seguradora. Deve também ser apresentado o valor

estimado dos danos sofridos.

O direito a indenização decorrerá do perfeito encaminhamento do processo, bem

como da prova de que as mercadorias estavam em boas condições quando do embarque.

4. SEGURO DO TRANSPORTADOR

É um seguro efetuado pelo transportador para os seus veículos, navios, aeronaves

etc. Apresenta diferenças em relação ao anteriores, pois enquanto o de mercadorias é

efetuado pelo dono das mesmas para cobrir danos ou perdas que as atingirem enquanto

transportadas ou armazenadas, o de transporte visa cobrir danos ou perdas acarretados

aos veículos que vão deslocar a mercadoria de um ponto a outro.

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O transportador também pode ter seguro de responsabilidade civil, que cobre danos

ocorridos à mercadoria, sendo possível recorrer a ele para ressarcimento de danos ou

perdas ocorridos em seus veículos. As seguradoras dos comerciantes, que têm de

indenizar perdas ou danos às mercadorias, costumam recorrer a este seguro.

4.1. MODAL RODOVIÁRIO

Seguro de caminhões

São seguros efetuados pelos transportadores para proteger os seus veículos de

acidentes como capotagem, colisão, tombamento, roubos, incêndios etc., que venham a

ocorrer com os mesmos. Não cobrem a carga que está sendo transportada, que é sempre

objeto de outro tipo de seguro.

Seguro de Responsabilidade Civil Obrigatório – Rodoviário

É um seguro contratado pelo transportador rodoviário para cobrir danos e

perdas à cargas de terceiros, que lhe está confiada. Cobre todo o trajeto do transporte.

Dependendo da companhia seguradora, se esta opera nos países envolvidos por

si ou em convênio com seguradoras locais, este seguro poderá ser contratado para cobrir

o percurso total da viagem, desde o ponto de origem até o destino, ou ser contratado em

duas etapas com duas seguradoras; sendo uma para o trajeto nacional e outra para o

trajeto no pais importador.

Este seguro cobre perdas ou danos às mercadorias, desde que ocorram durante o

transporte e sejam causados por motivos inerentes ao meio de transporte utilizado,

como/;

Colisão, capotagem, abalroamento ou tombamento do veículo transportador;

Incêndio ou explosão com o veículo.

Cobre também as mercadorias enquanto depositadas em armazéns, pátios e

depósitos fora do país que emitiu a apólice, desde que os danos tenham sidos

provocados por incêndios e explosões nestes locais.

Abaixo, alguns fatos que isentam a seguradora da cobertura de seguro:

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Page 17: Trabalho - Seguro Internacional

- Culpa do segurado ou seus representantes no sinistro ou tentativa de

obter vantagens ilícitas com o seguro

- Problemas na produção da mercadoria e embalagem.

- Quebra, vazamento, rachadura, derrame, contaminação

- Roubos ou extravios

- Atos de guerra, rebelião, confisco ou qualquer ato de autoridade civil ou

militar.

4.2. MODAL AÉREO

Seguro para sinistros Aeronáuticos

Este seguro visa cobrir danos e prejuízos ocorridos às aeronaves em face de

acidentes, bem como eventuais despesas que venham a ocorrem em virtude destes.

Cobre também as despesas com prováveis socorros e danos causados pela

aeronave, bem como as despesas incorridas com indenizações a terceiros, em

virtude do acidente ocorrido.

O seguro está sujeito à vistoria prévia da aeronave pela entidade seguradora ou

por empresa especializada, por ela apontada, visando constatar as boas condições

técnicas e visuais.

4.3. MODAL MARÍTIMO

Seguro de Cascos

Esse tipo de seguro visa indenizar o segurado por danos causados à embarcação,

considerada esta como sendo o próprio navio (casco) e todos os seus equipamentos e

maquinaria, tanto em viagem quanto atracado em algum porto, operando ou não, em

estaleiro ou canais.

As coberturas, assim como nos demais tipos de seguro, podem ser básicas ou

especiais, conforme segue:

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Page 18: Trabalho - Seguro Internacional

Básicas: são aquelas que cobrem eventos próprios ao negócio de

navegação marítima, ou seja, naufrágio, encalhe, abalroamento,

colisão, tempestades, pilhagem etc.

Especiais: são aquelas que cobrem indenizações como motins,

greves, guerra, comoções civis, socorros, participações em avaria

grossa, responsabilidade civil em abalroamentos etc.

A condição para a realização e cobertura deste seguro, bem como suas

renovações, é a embarcação ser vistoriada pela seguradora ou alguma entidade

internacional de classificação de navios.

Avaria

É todo dano ou perda, parcial ou total, sofrida pela carga ou pelo navio, ou por

ambos durante a viagem, incluindo todas as despesas envolvidas na mesmo até que

chegue a seu termo.

A avaria tanto pode ser simples ou particular, como pode ser comum ou

grossa. As particulares ou comuns não se referem à gravidade ou não da ocorrência, mas

a um fortuito ou voluntário do comandante, que afeta as partes envolvidas em uma

viagem.

Avaria Simples ou Particular

A avaria simples ou particular é a perda ou dano que ocorre involuntariamente e

afeta uma das partes envolvidas, ou seja, embarcador ou transportador. A parte afetada

pela avaria arca com as consequências do fato. É direito de quem assume as despessas

recorrer contra aquele que lhe causou danos.

Avaria Comum ou Grossa

A avaria comum ou grossa é aquela provocada por um ato deliberado do

comandante do navio diante de um perigo e decidido por ele apenas em face da

conjuntura temporal, tendo sempre como ideal central o bem comum das partes e

objetos envolvidos, de modo a tentar salvar a carga e o navio ou reduzir os danos ou

perdas de todos os envolvidos

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Neste tipo de avaria, todos os envolvidos, embarcador e transportador, devem

contribuir para os reparos da avaria ocorrida já que o comandante, ao provocar estes

danos, foi movido pelo sentido de proteção aos interesses comuns comprometidos, pois

estes poderia, ser bem maiores se não tivesse agido dessa forma.

Como exemplo de avaria grossa, pode-se citar o encalhe de um navio provocado

voluntariamente pelo seu comandante durante uma violenta tempestade, pois se assim

não tivesse agido, o destino do navio seria o naufrágio. Neste caso, o ato do capitão

provocou um mal menor, com o qual todos foram beneficiados através do salvamento

dos patrimônios envolvidos. Portanto, todos terão de participar da reparação dos danos

ocorridos à carga e ao navio.

A contribuição dos mesmos na reparação dos danos causados dar-se-á de acordo

com a participação de cada um no transporte, considerando-se os valores implícitos na

avaria em relação aos valores totais da carga transportada e ao valor do navio.

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Page 20: Trabalho - Seguro Internacional

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10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Mendonça, Paulo C. – Transportes e seguros no comércio exterior

/São Paulo: Aduaneiras, 1997.

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