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FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas Período Clássico Trabalho realizado por: -Adriano Comenale Arnaldo -Greco Lacerda Cruz -Ramon Oliveira

Trabalho Sobre Classicismo

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Trabalho acadêmico sobre período clássico.

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Page 1: Trabalho Sobre Classicismo

FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas

Período Clássico

Trabalho realizado por:-Adriano Comenale Arnaldo

-Greco Lacerda Cruz-Ramon Oliveira

São PauloMaio de 2015

FMU- Faculdades Metropolitanas UnidasÁrea da Saúde

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Trabalho realizado por:Adriano Comenale Arnaldo

Greco Lacerda CruzRamon Oliveira

Período Clássico

Trabalho de Classicismo apresentado ao 5º semestre de Musicoterapia como requisito

complementar para na nota regimentalDisciplina – História da Música II

Professor – Renato da Silva Almeida

São PauloMaio de 2015

Page 3: Trabalho Sobre Classicismo

Sumário

Introdução…………………………………………………….…3 Música Erudita……………..…………………..……………….5 Classicismo………………………………………….………….5 Sonata…………………………………………………………...7 Mozart……...…………………………………………….……...7 Qual a importância de Mozart no período clássico?.............7A Criação de Músicos Profissionais……………………….....8 Músicos no Período Clássico…………………………………9 Instrumentos do Período Clássico………............................10A Evolução de gêneros: Barroco para o Clássico…..……..10 Formas e gêneros musicais do Período Clássico...............11Beethoven um compositor Clássico ou Romântico?..........15 Período Clássico - Contexto sociocultural………………....17 Sabia que?..........................................................................18 Cronologia do Período Clássico.…………………………....19 Grandes Compositores do Período Clássico.………..........20 Conclusão............................................................................21 Resumo...............................................................................22Webliografia/Bibliografia......................................................25 Anexos.................................................................................26Nota especial ‐ W. A. MOZART...........................................29Nota especial - JOSEPH HAYDN........................................31

Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVEN.....................32

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Introdução

O Classicismo ou também denominado de Período clássico é o período da música

erudita ocidental entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX,

caracterizado pela claridade, simetria e equilíbrio.

Definindo período Clássica, pode dizer-se que este Movimento é algo clássico, que

nunca passa de moda, e que foi buscar muito do que é aos períodos passados

nomeadamente ao Barroco.

O conceito “clássico” prende-se, habitualmente com o conceito de perfeição, algo

que sendo antigo nunca passa de moda, algo que por ser exemplar é igualmente

equilibrado e “bom”.

A música Clássica é considerada um género elegante e refinado, um pouco menos

complicado e mais leve que a Barroca.

Com a música clássica substituíram-se alguns instrumentos, passando-se a usar

mais instrumentos de sopro, deixando de lado o cravo.

Neste período a música instrumental passou a ter uma maior importância que a

vocal.

Piano

Page 5: Trabalho Sobre Classicismo

Música Erudita

A Maioria das pessoas pensa na Música Clássica como e exclusivamente um

género de música. Mas esse conceito normalmente aceito refere-se na verdade à

música erudita. Música Clássica é apenas música composta no período clássico

(1750-1810).

Classicismo

O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As

pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música

dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’. Para o musicólogo,

entretanto, ‘música clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta

entre aproximadamente 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem

como as composições iniciais de Beethoven.

O classicismo é profundamente influenciado pelos ideais humanistas, que colocam o

homem como centro do universo. Reproduz o mundo real, mas molda‐o de acordo

com o que se considera ideal. As obras refletem princípios como harmonia, ordem,

lógica, equilíbrio, simetria, objetividade e refinamento. A razão é mais importante que

a emoção.

A transição da música barroca para a clássica é feita sobretudo por Carl Philipp

Emanuel Bach (1714‐1788) e por Johann Christian Bach (1735‐1782), filhos do

compositor Johann Sebastian Bach (1685‐1750). Os compositores passam a

elaborar formas mais desenvolvidas, como a sinfonia e os concertos para

instrumentos e orquestra. A sonata é a principal forma musical do período e um

passo definitivo em direção à música tonal.

A música clássica mostra‐se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos

complicada que a barroca. Os compositores procuram realçar a beleza e a graça

das melodias. A orquestra está em desenvolvimento. Os compositores deixaram de

usar o cravo e acrescentaram mais instrumentos de sopro (clarineta, por exemplo).

Page 6: Trabalho Sobre Classicismo

No classicismo a dinâmica passou a ser explorada em todas as suas possibilidades.

Nos períodos anteriores não se usava, ou melhor, não se indicava objetivamente

alguma mudança de nuances deste parâmetro. Na última fase do Barroco, havia

somente indicações de contrastes entre trechos musicais em "piano" e "forte".

Já os clássicos tiveram a ideia de se utilizar do "crescendo" e do "decrescendo",

graduando a dinâmica e inventando seus respectivos sinais. Esta técnica foi muito

desenvolvida pelos compositores de Mannheim (Alemanha) e divulgada

posteriormente por Haydn e Mozart.

Carl Philipp Emanuel Bach

Novos instrumentos apareceram: entre eles o piano (inventado em 1698 por

Bartolomeo Cristofori – 1655/1731, para que tivessem à mão um instrumento de

teclado que pudesse dar sons suaves e fortes) e o clarinete (inventado no início do

século 18 por Jacob Denner ‐1681/1735). Melhoraram os mecanismos e as

extensões do oboé e do fagote. O violoncelo ganhou uma ponta para apoiá‐lo no

chão (antes era preso entre as pernas pelo executante) e descobriram a maravilha

do seu timbre.

Violino (Instrumento de Orquestra Clássica)

Page 7: Trabalho Sobre Classicismo

- Sonata

Nesta época criou-se a sonata, ou seja, a música era para “soar” não tendo uma

forma definida, era uma obra com vários momentos para um ou mais instrumentos.

- Mozart

Quando se fala em Período Clássico, o nome de Mozart e o que este fez neste

período devem ser citados, já que marcou uma geração de músicos e influenciou

outros.

Conhecido por mais de 600 obras que criou, Mozart mostrou uma habilidade

prodigiosa desde criança, começando a compor aos 5 anos de idade.

Este fabuloso compositor terá sempre um lugar de destaque na história da música

pelo impacto que teve.

- Qual a importância de Mozart no

Período Clássico?

Mais uma vez estamos perante um artista que teve mais sucesso após a sua morte

do que em vida. Mozart marcou um período da música, o Período Clássico.

As suas técnicas e mistura de instrumentos, bem como as suas composições

sinfónicas, juntando o génio que há em si, fizeram de Mozart um autêntico mestre da

Ópera e do espetáculo.

Page 8: Trabalho Sobre Classicismo

Mozart, sendo um grande criador de obras, começou a escolher enredos com mais

dramatismo e realidade.

Os italianos começam a perder importância e franceses e alemães começam a

escrever obras mais importantes do que aquelas que tinham elaborado até então.

Foi Mozart que rompeu com a Ópera para as elites: com o «Rapto do Serralho»,

insiste, contra todas as convenções e contra os mecenas que o sustentavam,

escrever uma peça em língua vulgar, alemã, e desprezar, assim, o italiano, que era

a «língua da Ópera», foi algo marcante e ousado na época.

Mozart (Compositor da Era Clássica)

A Criação de Músicos profissionais

Esta designação passou a ser dada a partir da altura em que os aristocratas

contratavam músicos para uma espécie de novo entretenimento.

Page 9: Trabalho Sobre Classicismo

Mozart foi um dos primeiros músicos ‘profissionais’, mas este acabou por ter

dificuldades uma vez que o mundo musical ainda não estava preparado para

suportar este novo ‘conceito’.

Músicos no Período Clássico

Ao serviço da alta nobreza, o músico não passava de um criado que, depois de

fornecer música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os

demais empregados da casa. Para agradar seus patrões, precisava seguir as

tradições musicais.

Na sua obra o músico respeitava e refletia as emoções da corte. A imaginação

criadora não seria bem-vinda se representasse a quebra das estruturas tradicionais.

Haydn aceitou esse trato e cumpriu suas obrigações.

Mozart não aceitou estes limites e pagou um preço alto pela obstinação em se

manter fiel aos seus princípios. As cortes relegaram-no ao esquecimento deixaram-

no morrer como um mendigo.

Beethoven foi o primeiro a decidir que não devia obrigações a ninguém e exigiu ser

respeitado como artista.

Page 10: Trabalho Sobre Classicismo

Instrumentos do Período Clássico

Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior importância

que a vocal, e os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais

instrumentos de sopro.

Talvez uma das melhores invenções musicais ocorreu no Período Clássico: o Piano.

Bartolomeu Cristfori, construtor de cravos italiano, por volta de 1700 já havia

concluído o fabrico de pelo menos um destes instrumentos.

Enquanto as cordas do cravo são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas

cordas percutidas por martelos, cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a

pressão dos dedos do executante.

Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de possibilidades

novas.

No começo o piano teve dificuldades em tornar-se popular, pois os primeiros

modelos eram muito precários. Mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído

em desuso, substituído pelo piano.

A Evolução de Gêneros: Barroco para

o Clássico

A sinfonia evoluiu da sinfonia barroca de pequena escala para uma forma de arte

mais simples e rica.

A orquestra sinfónica ficou normalizada e passou a ser algo bastante ouvido e

apreciado pelas pessoas daquela época.

Na Ópera Mozart, sendo um grande criador dessas obras, começou a escolher

enredos com mais dramatismo e realidade.

Os italianos começam a perder importância e franceses e alemães começam a

escrever obras mais importantes do que aquelas que tinham elaborado até então.

Page 11: Trabalho Sobre Classicismo

Formas e gêneros instrumentais do

Período Clássico

A nível religioso, a cantata religiosa praticamente desaparece, mas continua-se a

cultivar a missa (missa brevis e missa solemnis), o motete, os salmos (sobretudo as

Vésperas, onde se inclui o canto evangélico do Magnificat) e a oratória. Apesar das

mudanças na profissão de músico e do número cada vez mais crescente de

concertos públicos, as igrejas ainda continuam a ser um espaço privilegiado para

compositores e intérpretes, constituindo uma alternativa à música do teatro e do

concerto, onde brilharam uma grande parte dos clássicos vienenses.

FORMA-SONATA: forma que começa a ser utilizada na música instrumental do fim

do período barroco (sonatas para clavicórdio de C. Ph. E. Bach ou sinfonias de G. B.

Sammartini e J. Stamitz), mas que só é definida pelos teóricos e analistas por volta

de 1840. A forma-sonata é uma estrutura formal tripartida, baseada sobretudo na

racionalização de um novo pensamento harmónico, presente nos primeiros

andamentos de todas as formas instrumentais clássicas (sinfonia, concerto, sonata e

quarteto), até mesmo na abertura da ópera. A forma-sonata é constituída por três

partes:

- Exposição: apresentação dos temas – o primeiro grupo temático é apresentado

na tonalidade principal e o segundo grupo temático (pode existir uma ponte

modulante entre ambos), secundário, frequentemente mais lírico, contrastante, está

num novo plano tonal (pode ocorrer a introdução de novo material motivico),

frequentemente na dominante ou relativo maior/menor.

- Desenvolvimento: exploração, transformação e combinação dos temas

apresentados, com grande diversidade harmónica.

- Reexposição: nova apresentação dos dois temas, pela ordem inicial, ambos na

tónica (no fim, pode existir uma coda, a conclusão).

No entanto, muitas exceções podem ser apresentadas nesta estrutura formal. Por

exemplo, pode não existir um segundo tema (por exemplo, as sinfonias

monotemáticas de Haydn) ou, se existir, pode não possuir um carácter contrastante

Page 12: Trabalho Sobre Classicismo

em relação ao primeiro; em qualquer momento podem ser introduzidos novos temas

ou novos motivos; o desenvolvimento pode introduzir novo material temático, etc.

SONATA CLÁSSICA: composição instrumental em vários andamentos, que já

existia no período barroco (sonata da camera e sonata da chiesa). Com a

popularização dos concertos domésticos, tornou-se a peça de entretenimento por

excelência do período clássico. Em termos formais, a sonata clássica adquire uma

estrutura formal com 3 ou 4 andamentos (embora se possam encontrar muitas

exceções, como em Beethoven, por exemplo):

- Primeiro andamento: rápido e dramático, em forma-sonata, por vezes com uma

introdução lenta.

- Segundo andamento: lento e lírico, estruturado como forma Lied ou como tema

com variações; pode encontrar-se na tonalidade menor ou maior homónima, na

dominante, no relativo, etc.

- Terceiro andamento: na tonalidade principal; é um minuete (sempre tripartido), a

partir de Beethoven um scherzo; contudo, este andamento podia não existir.

- Quarto andamento: finale, andamento rápido, normalmente na tonalidade

principal; em forma rondó ou em forma-sonata.

As sonatas eram frequentemente compostas para piano solo, piano e violino, trio

com piano, quarteto com piano, trio, quarteto ou quinteto de cordas. Contudo, muitas

destas formações podiam substituir um ou mais instrumentos de cordas por

instrumentos de sopro. Os três grandes clássicos vienenses destacaram-se neste

género: Haydn compôs 31 sonatas, Mozart 43 sonatas para violino e piano e 19 para

piano solo, e Beethoven compôs 32 sonatas para piano.

SINFONIA CLÁSSICA: por volta de 1700, a palavra sinfonia designava a abertura

de ópera italiana (ou napolitana), que possuía uma estrutura em três andamentos

(rápido-lento-rápido, um allegro, um breve andante lírico, na tonalidade relativa

menor ou na subdominante, e um finale em ritmo de dança, como um minuete). Uma

vez que tais aberturas, regra geral, não tinham qualquer relação musical com a

ópera que precediam, podiam ser tocadas em concerto como peças independentes

ou então servir de introdução a uma outra obra vocal (como a cantata, por exemplo).

Deste modo, os compositores italianos, no início do século XVIII, começaram a

compor sinfonias de concerto em três andamentos, seguindo o plano das aberturas

de ópera. É o caso de muitas das sinfonias de G. B. Sammartini, J. C. Bach e C. Ph.

Page 13: Trabalho Sobre Classicismo

Emmanuel Bach ou das primeiras sinfonias de Haydn. Para a afirmação desta nova

forma de expressão musical é ainda importante destacar a contribuição da Escola de

Mannheim (J. Stamitz) e da Escola de Viena (Monn e Wagenseil). Depois, foi Haydn

quem cristalizou as experiencias dos seus antecessores, sucedido depois por

Mozart e Beethoven.

Mais tarde, passa a ser habitual a divisão em quatro andamentos: allegro

(normalmente em forma-sonata), andante moderato (lento, normalmente temas com

variações), minuete e trio (forma tripartida ABA) e allegro (rondó, forma-sonata ou

rondó-sonata).

Sendo a sinfonia um género que por natureza exige um grande conjunto de músicos,

Haydn, que esteve ao serviço dos príncipes Esterházy durante mais de trinta anos,

compôs cerca de 104 sinfonias, desde 1759 até à sua maturidade das suas 12

Sinfonias de Londres, dando um grande contributo para fixação do género. Mozart,

por sua vez, compôs 41 sinfonias, desde 1764 até às três últimas grandes sinfonias

de 1788, nº39, 40 e 41 (Júpiter). Beethoven, um dos primeiros compositores a gozar

do estatuto de músico “livre”, compôs apenas 9 sinfonias. Aumenta a orquestra,

amplia a forma da sinfonia, nomeadamente a coda e o desenvolvimento, substitui o

minuete, um pouco pomposo, num andamento muito mais ligeiro e animado: o

scherzo. De destacar a sinfonia nº6 (Sinfonia Pastoral), com um conteúdo

extramusical, em que cada andamento tem um título relacionado com a vida

campestre.

CONCERTO CLÁSSICO: no período Barroco foram abundantemente cultivados

dois tipos de concerto: o concerto grosso e o concerto de solista. O Classicismo

mantém o concerto para solista, mas os concertos para grupo de solistas são mais

raros. Nesta época, começa a valorizar a dimensão virtuosística do solista, que

expressa as suas emoções, desperta interesse e entusiasma pelos seus dotes,

potencialidades e virtuosismo. São bastante comuns os concertos para violino ou

para piano/cravo, embora também existam concertos duplos e triplos, assim como a

sinfonia concertante. A estrutura, tal como no Barroco, engloba uma sequência de

três andamentos (rápido-lento-rápido). Os andamentos iniciais apresentam

normalmente uma forma-sonata modificada, os andamentos centrais possuem

geralmente um carácter cantabile e os andamentos finais, normalmente

virtuosísticos, estão em forma rondó.

Page 14: Trabalho Sobre Classicismo

De destacar neste género, os três clássicos vienenses: Mozart compôs cinco

concertos para violino e vinte e sete concertos para piano, Haydn escreveu nove

concertos para piano e Beethoven escreveu apenas um concerto para violino e cinco

para piano.

QUARTETO DE CORDAS: a música de câmara é bastante cultivada no período

clássico. Embora existam várias combinações (duos, trios, etc.) o modelo mais

comum é o quarteto, particularmente o quarteto de cordas, onde se conjugam o

brilhantismo, a individualidade e expressividade de cada instrumento com o estilo

concertante.

De destacar também o contributo dos três mestres clássicos, sobretudo de Haydn,

que definiu o modelo do quarteto clássico. Haydn escreveu 84 quartetos de cordas,

onde sobressaem os seus últimos oito quartetos op.76 e op.77. Mozart possui 24

quartetos de cordas, entre os quais se destacam os seis dedicados a Haydn.

Beethoven compôs 18 quartetos de cordas, sendo bastante inovador ao introduzir

modificações na estrutura típica.

Obs: Exemplos de composições em anexo.

Page 15: Trabalho Sobre Classicismo

Orquestra Clássica

Beethoven um compositor Clássico ou Romântico?

Defende-se a tese que este compositor não se insere no Período Clássico, mas sim

na transição do movimento Clássico para o Romântico, o gênio de Beethoven

afirma-se não só como inovador na forma musical, mas também na capacidade de

reunir o classicismo à nova expressão do romantismo, para obter formas

inigualáveis.

Pode dizer-se que a questão que se coloca em relação à era que se insere, a era

Clássica, foi devida às suas composições que surgiram, muitas delas, durante o

período Clássico.

Page 16: Trabalho Sobre Classicismo

No entanto a criatividade e as inovações que criou estenderam-se para o período

Romântico, daí a dúvida se Beethoven é um compositor Clássico ou Romântico.

Posto isto, consideramos Beethoven como o caso mais difícil de abordar quando

falamos de música e Óperas, no entanto, não se pode considerar este compositor

apenas um compositor Clássico ou Romântico, já que as suas inovações se

estenderam por estes dois períodos.

Beethoven (Compositor da Era Clássica)

Page 17: Trabalho Sobre Classicismo

Período Clássico - Contexto

sociocultural

Este período caracteriza-se pela claridade, simetria e equilíbrio, pois na cultura

ocidental a segunda metade do século XVIII é abrangida pelo ILUMINISMO. Este é o

"século das Luzes".

Este movimento valoriza a razão, a lógica e o conhecimento em oposição à religião,

superstição e crença no sobrenatural.

As monarquias viram-se ameaçadas e a sua autoridade foi questionada e reduzida.

Surgem os movimentos que defendem os DIREITOS HUMANOS que se começam a

sobrepor ao direito divino dos Reis.

As revoluções Americana e francesa dão-se também durante a segunda metade do

século XVIII.

Diversas mudanças surgem ao nível artístico revelando-se nas mais variadas áreas:

literatura, pintura e arquitetura. Surge o retorno às linhas puras e direitas que se

opõem aos pormenores exagerados do Barroco e do rococó.

Uma mudança paralela surgiu na música, ela caracteriza-se pela objetividade

(controlo, brilho e requinte) claridade e periodicidade (fraseologia regular) e

equilíbrio.

A música Ocidental passou do estilo muito ornamentado do Barroco para um estilo

de extrema simplicidade.

Os compositores deste período reagiam assim ao denso estilo polifónico do período

Barroco.

Page 18: Trabalho Sobre Classicismo

Sabia que...

... Mozart por vezes era risonho com comportamentos tolos, falava alto e ria como

uma hiena?

... Mozart nunca quis fazer música por "encomenda" acabando por morrer na

miséria?

... Mozart morreu aos 35 anos de idade nos braços da esposa embora a causa da

sua morte ainda seja controversa.

... Beethoven era canhoto, desorganizado com as suas coisas e não gostava de

tomar banho? Consta que seus amigos (que eram poucos) lavavam suas roupas

sujas sem que ele percebesse e as devolviam limpas.

... Conta-se que um dia Beethoven foi visitar o irmão mais novo, Johann, que a essa

altura era um homem rico. Na entrada da mansão um criado ofereceu-lhe, numa

salva de prata, um cartão de visitas onde estava escrito: “Johann van Beethoven,

proprietário de terras”. O compositor pegou o cartão e, instantes depois, devolveu-o

ao criado, após escrever no verso do papel a seguinte anotação: “Ludwig van

Beethoven, proprietário de um cérebro”?

… Sempre que o jovem Beethoven estudava violino, uma pequena aranha descia de

sua teia e parava em cima de uma mesa, onde ficava escutando Beethoven tocar.

Beethoven encantava-se com a presença do inseto, até que um dia, sua mãe ao ver

a aranha se assustou e esmagou-a. O jovem Beethoven ficou tão desolado, que

parou de tocar violino?

Page 19: Trabalho Sobre Classicismo

Cronologia do Período Clássico:

1756 - Nascimento de Mozart;

1762 - Mozart inicia a sua digressão pela Europa;

1770 - Nascimento de Beethoven;

1775 - Revolução Americana;

1786 - Estreia de “As Bodas de Fígaro”, de Mozart, em Viena;.

1789 - Revolução Francesa:

1791 - Morte de Mozart;

1804 - Napoleão cora-se imperador; Partitura de Música

1824 - Primeira audição de Beethoven em Viena;

1827 - Morte de Beethoven;

Page 20: Trabalho Sobre Classicismo

Grandes Compositores do Período

Clássico:

- Carl P. E. (1714-1788)

- Gluck (1714-1787)

- Hayden (1732-1809)

- W. A. Mozart (1756-1791)

- Ludwig Van Beethoven (1770-1827)

- Joaquim A. de Mesquita (1746-1827)

- Padre José Maurício N. Garcial (1767-1830)

- Antonio Soler Ramos (1729-1783)

- Muzio Clemente (1729-1783)

Page 21: Trabalho Sobre Classicismo

Conclusão Se o Barroco foi um período curto na história da música, o Classicismo foi bem mais

curto — cerca de 60/80 anos (exatamente entre 1750 a 1810 ou 1825). Não se deve

confundir a palavra clássico (=erudito), como oposto de popular, com Clássico (com

C maiúsculo), indicador do período. Vamos ao panorama rápido da Música Clássica:

♦ 1750 → Início do Classicismo, com os filhos de Bach e Stamitz

♦ 1750 a 1770 → Estilo galante (fase inicial do período)

♦ 1770 a 1810 → Classicismo maduro, pré-romântico

A Música Clássica caracteriza-se:

a) por ser mais leve, de tessitura mais clara e menos complicada que a barroca; é

principalmente homofônica — a melodia sustentada por acompanhamento de

acordes (mas o contraponto continua presente);

b) pela ênfase na beleza e na graça da melodia e da forma, proporção e equilíbrio,

moderação e controle; refinada e elegante no caráter, com a estrutura formal e a

expressividade em perfeito equilíbrio;

c) pela maior variedade e contraste em uma peça: de tonalidades, melodias, ritmos e

dinâmica (agora utilizando o crescendo e o sforzando); frequentes mudanças de

disposição e timbres;

d) pelas melodias tenderem a ser mais curtas que as barrocas, com frases bem

delineadas e cadências bem definidas;

e) pelo crescimento da orquestra, em tamanho e âmbito; o cravo contínuo cai em

desuso e as madeiras tornam-se uma seção independente;

f) pela substituição do cravo pelo piano: as primeiras músicas para piano são pobres

em tessitura, com largo emprego do baixo de Alberti (Haydn e Mozart), mas depois

se tornam mais sonoras, ricas e vigorosas (Beethoven);

g) pela importância da música instrumental — muitos tipos: sonatas, trios, quartetos

de cordas, sinfonias, concertos, divertimentos etc.;

h) pelo aparecimento da forma sonata como a concepção mais importante, utilizada

para construir o primeiro movimento de quase todas as grandes obras, mas também

em outros movimentos, e em peças isoladas (como as aberturas).

Page 22: Trabalho Sobre Classicismo

Considerações Finais

ANÁLISE

Sugere-se a audição das principais gravações a seguir (ou a execução das obras,

no caso de partitura e instrumentos disponíveis):

♦ Um quarteto de cordas de Haydn

♦ Uma sinfonia de Haydn

♦ Uma sonata de Mozart

♦ Uma sonata para piano de C. P. E. Bach ou J. C. Bach

♦ Uma sinfonia de Mozart

♦ O primeiro movimento de Eine kleine nachtmusik de Mozart

♦ Um concerto de Mozart

♦ Um trecho de Orfeu e Eurídice de Gluck

♦ Uma obra qualquer de Stamitz

REPRESENTANTES PRINCIPAIS

Se a tarefa de listar nomes para os períodos anteriores era coisa difícil, no

Classicismo tudo se torna mais simples. Vamos aos expoentes desse período:

Johann Wenzel Stamitz (/iôrhan vêntzel shtamitz/)→ originário da Boêmia, cultivou

a forma sonata e foi um dos iniciadores do período Gluck → alemão, compôs

concertos para violoncelo e reestruturou a ópera, tornando-a mas acessível ao povo.

Carl Philip Emanuel Bach → um dos mais famosos filhos do barroco J. S. Bach,

responsável pelas primeiras obras em estilo galante para piano e não para cravo.

Johann Christian Bach → outro filho de J. S. Bach, também desenvolveu peças ao

estilo galante e contribuiu para o acervo de músicas para teclado (cravo e piano).

Joseph Haydn (/ioséf háidin/) → junto a Mozart, levou o Classicismo à sua mais alta

refinação e estilo; compôs inúmeros concertos, sinfonias e quartetos para cordas,

além de divertimentos e outros estilos.

Wolfgang Amadeus Mozart (/volfgáng...môtzart/) → considerado como um dos

mais famosos gênios da música de todos os tempos, o jovem Amadeus imprimiu

uma energia nova ao período, compondo de modo inovador, revolucionário e livre; é,

com certeza, o maior expoente da Música Clássica.

Page 23: Trabalho Sobre Classicismo

Ludwig van Beethoven (/lúdvig fân bêtoven/) → embora seja considerado mais

como um compositor romântico, a fase inicial de Beethoven foi realmente Clássica,

compondo sinfonias e concertos.

CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS

Podemos citar os seguintes estilos da Música Clássica:

Estilo galante — estilo da primeira fase, amável, cortês, que visava principalmente

agradar ao ouvinte.

Música para piano — o instrumento, que fora provavelmente inventado em 1698 na

Itália (“cravo com forte e piano”), ganhou partituras escritas especificamente para

ele, obtendo o máximo de suas qualidades estruturais.

Baixo de Alberti — acompanhamento em que a mão esquerda toca, durante toda a

música, acordes quebrados, dando apoio à melodia.

Sonata — vem do verbo sonare (“soar”). Obra em diversos movimentos para um ou

dois instrumentos no máximo (por exemplo, para piano e violino ou somente para

piano ou violino). Havia, entretanto, outros tipos de sonatas, que recebiam nomes

específicos, como os trios, os quartetos e os quintetos.

Quarteto de cordas — sonatas para quatro instrumentos de cordas, a saber,

violino, viola, violoncelo e contrabaixo, ou dois violinos, viola e violoncelo.

Sinfonia — do grego symphonos (“soar em conjunto”). Nada mais era que uma

sonata para orquestra; inicialmente, com três movimentos, posteriormente adotou

quatro movimentos, para diferenciá-la do concerto (que sempre tem três

movimentos).

Forma sonata — estilo musical de um movimento de uma obra, e não uma obra

inteira (não confundi-la com sonata).

NOVIDADES MUSICAIS

São marcos do Classicismo:

A) o estilo galante da primeira fase, não muito profundo, mas belo ao ouvido;

B) aumento da partitura, que já contém 12 ou mais linhas de composição;

C) músicas escritas para piano e não para cravo;

D) a utilização do Baixo de Alberti como estilo amplamente difundido;

E) a padronização da sinfonia;

F) a definição da Forma sonata (exposição, desenvolvimento, recapitulação, coda);

Page 24: Trabalho Sobre Classicismo

G) a contextualização da ópera, que deixa de ser suave e transforma-se em motivo

de crítica social (esp. em Mozart).

INFLUÊNCIAS FUTURAS

É inegável o legado deixado por Mozart, Haydn e Beethoven no período que logo

sucedeu à música do Classicismo. A forma sonata e a definição dos padrões da

sinfonia foram marcos decisivos para a colossal obra inaugurada por Beethoven no

início do séc. XIX (Romantismo). A preocupação da parte instrumental sobre a parte

vocal acabou colocando a música secular acima da música sacra (o que viria a

concretizar-se de fato no séc. XIX). A produção acelerada do piano fez os

compositores dedicarem-se mais a ele.

INSTRUMENTOS MUSICAIS

A instrumentação clássica, na verdade, é a continuidade do que houve no barroco,

essencialmente violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, oboés, flautas e o

piano. Com ênfase nos violinos. Aos poucos o cravo vai saindo de cena e

dando lugar ao piano.

Page 25: Trabalho Sobre Classicismo

Webliografia / Bibliografia Bennett, Roy - Uma Breve História da Música, Zahar, Rio de Janeiro CURSO COMPLETO DE HISTÓRIA DA MÚSICAA música milenar sentida e ouvida através da história do homemFicha nº: 5; Módulo: 2; Período: 2B

Fernando Santiago dos Santos — Todos os direitos reservados ao autor — “Curso completo de História da Música” — 2001http://www.fernandosantiago.com.br

GROUT, Donald J.,PALISCA Claude V., 5° edição, Lisboa, Gradiva, 2007.

História da Música Manual do Aluno 2º Ano http://www.malhanga.com/musica/Linha%20do%20Tempo%20da%20Historia%20da%20Musica.html

Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br

Http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_cl%C3%A1ssico_(m%C3%BAsica)

Links das Partituras:

http://imslp.org/wiki/Piano_Sonata_No.16_in_C_major,_K.545_(Mozart,_Wolfgang_Amadeus)

http://pt.cantorion.org/music/1232/Quartet-No.-62-Full-score

http://pt.cantorion.org/music/3333/Orfeo-ed-Euridice-Overture

http://euterpe.blog.br/wp-content/uploads/2010/05/Beethove-Skizzenblatt-zum-Flohlied-Op.-75-No.-3-und-zur-Klaviersonate-Op.-81a-Autograph.jpg

Page 26: Trabalho Sobre Classicismo

Anexos:

Haydn

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Mozart

Page 28: Trabalho Sobre Classicismo

Gluck

Beethoven

Page 29: Trabalho Sobre Classicismo

Nota especial ‐ W. A. MOZART

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em Salzburgo a 27 de janeiro de 1756. Foi um

dos mais espantosos exemplos de precocidade na história da arte: desde os três

anos de idade revelou excepcional aptidão para música, estudando cravo com seu

pai, Johann Georg Leopold Mozart (1719‐1787), compositor e violinista. Aos

dezesseis anos já tinha composto quase 200 obras em todos os gêneros!

Mozart representa o ponto culminante da música no século XVIII. Figura importante

no desenvolvimento final da ópera napolitana, foi também um dos maiores mestres

da nova concepção da sonata na época. Criou obras‐primas da música instrumental,

nos últimos anos do século XVIII. Estabeleceu normas musicais que transformaram

aquele período na era clássica por excelência, no campo da música. Foi admirado

por todos os mais destacados compositores subsequentes, que souberam

reconhecer o valor do legado que Mozart lhes deixou.

Compositor essencialmente vocal, Mozart se realizou de modo mais completo na

ópera. As primeiras óperas datam ainda da adolescência do mestre. Ao todo

realizou 23 óperas, destacando‐se seis, todas elas do último período de sua vida. A

ópera mais conhecida de Mozart é A flauta mágica (1791). Das incoerências do

libreto, Mozart tirou uma obra de grande riqueza, numa síntese de estilos: ópera

séria, comédia musical popular, tragédia filosófica e drama sentimental. A música

que acompanha essa trama complicada é também a síntese do seu universo

musical.

Page 30: Trabalho Sobre Classicismo

O prodígio Mozart ao cravo

Mozart escreveu ao todo 41 sinfonias e 11 sinfonias concertantes. Seção importante

na obra de Mozart é a dos concertos. A forma do concerto ainda estava indefinida

em meados do século XVIII, não havendo distinção nítida entre a forma concertante

e a música para orquestras de câmara. Foi C.P.E.Bach o primeiro a desenvolver o

contraste entre o instrumento solo e a orquestra. Os concertos para piano de Mozart

contribuíram decisivamente para a formação do gênero, desenvolvendo‐o em escala

mais ampla.

As obras de Mozart são identificadas pelo prefixo K, seguida de um número que

designa a ordem cronológica de suas composições. O K vem do nome de Ludwig

von Köchel, que organizou um catálogo das obras de Mozart, publicado em 1862,

sob o título de Registro cronológico‐temático de todas as obras musicais de

W.A.Mozart.

Page 31: Trabalho Sobre Classicismo

Nota especial – JOSEPH HAYDNFranz Joseph Haydn nasceu em Rohrau, Baixa Áustria, a 31 de março de 1732 e

morreu a 31 de maio de 1809. Haydn é o iniciador de uma nova fase na história da

música. Não foi homem de grande cultura, mas de rara inteligência musical. Sua

experiência em conjuntos ambulantes, nas ruas, onde era impossível o

acompanhamento de baixo contínuo, levou‐o a compreender a autossuficiência do

conjunto instrumental de cordas. Com a sua obra se desenvolve uma nova polifonia

instrumental, sem o apoio harmônico do baixo contínuo.

Haydn é o primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e Beethoven. Mas

não deve ser tomado por um iniciador primitivo de um estilo depois aperfeiçoado.

Sua obra, ou pelo menos a parte válida de sua obra imensa, já é perfeita dentro de

suas proposições. E o que se propôs foi justamente o aperfeiçoamento de uma nova

linguagem musical. Sua origem musical foi o folclore musical da Baixa Áustria, e

nesse sentido sua música é inconfundivelmente austríaca, mas seu ponto de

chegada, o enriquecimento da música instrumental, foi um idioma universal falado

por todos os músicos modernos, e não só pelos clássicos vienenses.

As seções mais importantes da música instrumental de Haydn são as sinfonias e

quartetos. As primeiras sinfonias, que não sobreviveram no repertório, datam da

década de 1760. Utiliza‐se nelas de elementos da música barroca, conjugando, em

pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas. Quanto à estrutura, Haydn

não tardou em adotar a divisão em quatro movimentos: allegro, andante, minueto e

segundo allegro.

Joseph Haydn

Page 32: Trabalho Sobre Classicismo

Nota especial ‐ LUDWIG VAN BEETHOVENBeethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um

compositor erudito alemão do período de transição entre o Classicismo (século

XVIII) e o período Romântico (século XIX). É considerado como um dos pilares da

músical ocidental pelo incontestável desenvolvimento tanto da linguagem quanto do

conteúdo musical demonstrado em obras como seus últimos quartetos de cordas, a

nona sinfonia, suas últimas sonatas etc.

Ludwig, que era canhoto, nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre

revelou um talento excepcional para a música. Compôs as suas primeiras peças aos

onze anos. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que em 1784 já era

segundo organista da capela do Eleitor. Pouco tempo depois foi violoncelista na

orquestra da corte. Em 1787 foi enviado para Viena para estudar com Joseph

Haydn.

Em 1792, muda‐se para Viena, e, afora algumas poucas viagens, permaneceria lá

para o resto da vida. Durante os anos 1790, firma uma sólida reputação como

pianista e compõe suas primeiras obras‐primas: Três Sonatas para piano Op.2

(1795), Concerto para Piano No.1 em Dó maior Op.15 (1795), Sonata No.8 em Dó

menor Op.13 [Sonata Patética] (1798), Seis Quartetos de cordas Op.18 (1800).

Beethoven na época em que ficou surdo

Por volta de seus 24 anos (1794), Beethoven sentiu os primeiros indícios de surdez.

Page 33: Trabalho Sobre Classicismo

Embora tenha feito muitas tentativas para tratá‐la durante os anos seguintes, a

doença continuou a progredir e, aos 46 anos (1816), estava praticamente surdo.

Porém, ao contrário do que muitos pensam, Beethoven jamais perdeu toda a

audição, muito embora não tivesse mais, em seus últimos anos, condições de

acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.

A culminância desses anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré menor Op.125 (1824), para

muitos a sua obra‐prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de

uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Schiller “Ode à Alegria”, feita

pelo próprio Beethoven. Os anos finais de Beethoven foram dedicados quase que

exclusivamente à composição de quartetos de cordas. Foi nesse meio que ele

produziu algumas de suas mais profundas e visionárias obras.