Trabalho Teorias Psicanalíticas 2º Bimestre.docx

Embed Size (px)

Citation preview

Instituto de Educao Superior de Braslia IESBProfessor: Juan BrandtMaria Clara de L. Rodrigues Ferreira 1411120051Teorias Psicanalticas 2 PerodoTurma: PSCD2B MatutinoData: 07/11/2014

Entrevistado: K, sexo feminino, 25 anos, casada, estudante de Direito.

At os 3 anos de idade K cresceu com a me e o padrasto, que se separou da me por motivos pessoais. Aos onze anos, K sofreu tentativa de estupro quando voltava da escola, a partir de ento, se sentia mal sempre que um homem se aproximava dela. Teve srios problemas, pois no conseguia sair de casa sozinha e quando ficava sozinha com um homem sentia falta de ar e nsia de vmito. Aos 12 anos K tinha sonhos recorrentes e aconteciam da seguinte forma: ela estava em uma sala com vrias pessoas, de repente ela se encontrava sozinha, no havia mais ningum, ento aparecia um senhor com uma faca na mo e comeava a persegui-la, K corria o mximo que podia para se livrar do tal homem e quando conseguia sair da sala, acordava. Os sonhos nem sempre aconteciam iguais, mas eram parecidos. Usando o mtodo de Freud, de fragmentar as partes do sonho, deduzi que a sala onde K se encontra no sonho com vrias pessoas pode ser a sala de aula, j que ela sofreu tentativa de estupro quando voltava da escola; encontrar-se de repente sozinha no sonho talvez tenha relao com o fato de ela estar cercada por pessoas na sada da escola e fazer o caminho at em casa sozinha; o homem que aparecia no sonho com uma faca na mo pode ser o estuprador que correu atrs de K com seu rgo genital para fora na tentativa de agarr-la e estupra-la, e como os desejos se realizam no sonho, o fato de ela correr e conseguir fugir da sala, e assim que o faz acorda, a realizao do desejo de K de fugir daquela situao. Aos 15 anos, a me de K a levou para fazer terapia, porque os sintomas de falta de ar e nsia de vmito apareciam sempre que um homem se aproximava dela. K fez terapia por trs anos e durante esse perodo sua me lhe contou o motivo da separao entre ela e seu padrasto, que foi o seguinte: quando K tinha 3 anos, sua me pediu para que o padrasto ficasse com K enquanto ela ia ao supermercado, quando a me chegou em casa, encontrou a filha deitada no sof com as pernas abertas e segurando um brinquedo, enquanto o padrasto passava a mo no rgo genital de K, a me foi para cima do padrasto e comeou a agredi-lo, no mesmo dia ele saiu de casa, procurou a me algumas vezes, mas diante de ameaas da me de que ela iria denunci-lo polcia, ele desapareceu. Aps saber de tais acontecimentos, K fez mais alguns meses de terapia at que no sentia mais os sintomas que sentia quando se via perto de algum homem. Atualmente, K casada e planeja ter filhos.Diante de tais relatos e segundo as teorias de Freud, pude constatar que provavelmente, a cena em que K estava sendo molestada pelo padrasto foi separada do afeto ficando recalcada em seu inconsciente, formando assim, um ncleo patognico. O fato de ela ter sofrido tentativa de estupro tornou-se um evento auxiliar, e aps esse evento, ela passou a ter sintomas histricos, que eram a falta de ar e nsia de vmito que sentia sempre que se via perto de um homem. Quando sua me lhe contou sobre a cena que estava esquecida em seu inconsciente, ela provavelmente teve uma ab-reao e aps algum tempo os sintomas desapareceram. K relata que aps a revelao de sua me e dos trs anos de terapia, no teve mais sonhos ou sintomas referentes a isso.