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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DO PLANO PILOTO E CRUZEIRO COORDENAÇÃO INTERMEDIÁRIA DAS EQUIPES ESPECIALIZADAS DE APOIO À APRENDIZAGEM SERVIÇO ESPECIALIZADO DE APOIO À APRENDIZAGEM RELA TO DE EXP ERIÊNCIA DE UMA EEAA PLANO PILOTO/CRUZEIRO Camilla Barcelos Monteiro 227.868-5 Celma Maria Almeida de Sousa 61330-4 F rancimlia de Car!al"o 4447-2 Maio/2015 O presente relatório tem como objetivo a narração de uma experiência bem sucedida realizada por uma Equipe do SEAA (serviço especializado de apoio à aprendizaem!" A equipe #oi escol$ida% dentre muitas% devido à complexidade dos casos apresentados em reuni&es de

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DO PLANO PILOTO E CRUZEIROCOORDENAÇÃO INTERMEDIÁRIA DAS EQUIPES ESPECIALIZADAS

DE APOIO À APRENDIZAGEM

SERVIÇO ESPECIALIZADO DE APOIO À APRENDIZAGEM

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA EEAA

PLANO PILOTO/CRUZEIRO

Camilla Barcelos Monteiro 227.868-5

Celma Maria Almeida de Sousa 61330-4

Francimlia de Car!al"o 4447-2

Maio/2015

O presente relatório tem como objetivo a narração de uma experiência bem sucedida

realizada por uma Equipe do SEAA (serviço especializado de apoio à aprendizaem!" A equipe

#oi escol$ida% dentre muitas% devido à complexidade dos casos apresentados em reuni&es de

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coordenação sobre estudos de caso" 'esta experiência vamos nos re#erir a equipe com nomes

#ictcios% tendo em vista o siilo da identidade dos pro#issionais" 'este relatório vamos nome)*las

de +lor (,edaoa! e -risa (,sicóloa!"

A re#erida equipe presta atendimentos em três escolas da .eional ,lano

,iloto/0ruzeiro" Seundo entrevista realizada com a equipe mencionada% o trabal$o ocorre daseuinte #orma1

• 2escrição da rotina1 Ao se apresentar nas escolas% a equipe realiza o mapeamento

institucional e apresenta o objetivo do trabal$o da EEAA ao corpo docente (direção e

todos os membros da unidade escolar!" Ao lono dos primeiros meses% a equipe realiza

o processo de escuta pedaóica% realizando observaç&es nos espaços escolares e

#azendo intervenç&es psicopedaóicas quando necess)rio" A equipe ainda

complementa que o#erece atendimento aos #amiliares dos alunos e respons)veis" Após

esta etapa% 3 avaliado a possibilidade da terminalidade ou da continuidade da avaliação

dos alunos observados" Estes devidamente encamin$ados por meio de #ormul)rio

próprio assinado pelos pro#essores% direção e serviço de orientação educacional" A partir

desse momento a equipe inicia o procedimento do ,A456E (processo de

acompan$amento as queixas escolares! #ormalizado" Esta equipe trabal$a em conjunto

$à 7 anos% possuindo um vnculo pro#issional positivo% atuando juntas em todo processo

avaliativo na escola" A equipe 3 consciente que o trabal$o de uma est) interliado ao

trabal$o da outra e por isso respeitam*se mutuamente" O planejamento das aç&es 3

realizado conjuntamente" 5uando concludo cada caso 3 discutido e traçado metas% e

antes da discussão a equipe con$ece os pro#essores% os pais% respons)veis e alunos

encamin$ados onde #inalmente elaboram um relatório sobre cada aluno analisado comseus respectivos encamin$amentos e devolutivas" Seundo as pro#issionais

entrevistadas% a imaem da EEAA 3 #ormada pelos pro#issionais que atuam nela e

ambas relatam que procuram realizar um trabal$o de qualidade nas escolas em que

atuam e ainda relatam que pro#essores e diretores con#iam em suas aç&es e as veem

como parceiras da escola" A equipe disponibiliza uma aenda% estando sempre

acessveis à escola" 6m dos objetivos que equipe almeja 3 que seja reduzido a

quantidade de escolas atendidas por cada equipe% sendo disponibilizado um espaço

adequado para cada pro#issional e materiais necess)rios ao atendimento e à avaliação

psicopedaóica de qualidade tendo o #uncionamento de uma rede de apoio e#iciente" O#oco do trabal$o desta equipe 3 de cun$o institucional% seuindo as orientaç&es

descritas no documento da SEE2+ (Orientação ,edaóica 8 O,! do serviço

especializado de apoio à aprendizaem" 9rabal$o este realizado nos espaços escolares%

visando o desenvolvimento conitivo e a#etivo dos alunos encamin$ados" A equipe

tamb3m presta assessoria pedaóica aos pro#essores e coordenadores de alunos

envolvidos no processo de avaliação e dos demais alunos da unidade de ensino% por

meio de o#icinas% palestras e orientaç&es espec#icas quando solicitados" A equipe

acredita no investimento de sua #ormação pro#issional e busca atrav3s de cursos

o#erecidos pela EA,E e por outras instituiç&es particulares subsideos para

desenvolvimento de um trabal$o de qualidade e que contemple os desa#ios constantes

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do processo de aprendizaem dos alunos que encontram di#iculdades no #azer

pedaóico comum a todas as crianças"

.elacionando o relato de experiência mencionado com a teoria da subjetividade de+ernando :onz)lez .e;% pode*se observar que o processo de aprender 3 sem d<vidas uma

questão de car)ter interdisciplinar e individual% tendo como ên#ase os aspectos conitivos e

intelectuais da aprendizaem como resultado de capacidades e dos processos de in#ormação ou

de #ormação do sujeito" A equipe observada desempen$a um trabal$o por meio do qual pode*se

notar no processo o sujeito que aprende e se #orma em sua personalidade e capacidade de

ressini#icar*se no contexto escolar% mantendo a sua individualidade dentro da coletividade"

,ode*se notar que por meio do processo de aprender o sujeito se in#orma e se #orma em sua

personalidade e capacidade intelectiva% assim como de #orma individual como na maneira

coletiva"

Seundo -ourdieu (=>>?% p" ?=!% construir o objeto sup&e que se ten$a perante os #atos

uma postura ativa e sistem)tica para romper com a passividade empirista que não #az senão

rati#icar as pr3 construç&es do senso comum" 'ão se trata de propor randes construç&es

teóricas vazias% mas sim de abordar um caso emprico com a intenção de construir um modelo"

5uando a equipe #az a assessoria pedaóica sistem)tica% ocorre o rompimento da pr)tica pela

pr)tica mal ou bem sucedida pela intencionalidade e a construção de uma nova proposta que

atinja o aluno com di#iculdades espec#icas de aprendizaem dentro de sua turma ou classe"

,ortanto% pode*se observar que a criança na escola se constrói nas relaç&es com o

aprender e simultaneamente contribui com a produção de ideias e novos contextos para o

ambiente social em que convive quando ocorre a transcendência em outros espaços #ora da

escola"

Seundo :onz)lez .e;% em @O Sujeito que Aprende% os sentidos subjetivos constituem

verdadeiros sistemas motivacionais que% di#erentes das teorias mais tradicionais da motivação%

permitem*nos representar o envolvimento a#etivo do sujeito em uma atividade% não apenas pelo

seu vnculo concreto nela% mas como produção de sentidos que implicam em uma con#iuração

<nica% sentidos subjetivos% emoç&es e processos simbólicos resultantes de subjetivação que

interam aspectos da $istória individual como os di#erentes momentos atuais da vida de cada

sujeito concreto" 2urante a anamnese são col$idos dados importantes para a intervenção da

equipe no aspecto de interar #atores da vida do aluno no momento atual na busca de possveis

soluç&es para a mel$oria de seu processo de aprendizaem"

0on#orme percebido nas aç&es da equipe analisada% por meio do trabal$o 3 realizada

uma ação de ressini#icação dos espaços escolares como luar de prazer% pertencimento e

produção de con$ecimentos" Atrav3s das narrativas dos estudos de caso outrora apresentados

em coordenaç&es das equipes #oi observado uma inclusão escolar em um rupo de irmãos que

#requentavam a mesma escola e não se sentiam parte dela" Após as mediaç&es realizadas com

a escola e a #amlia (no caso com a #amlia social!% #oi possvel uma convivência respeitosa e

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mudanças sini#icativas no processo de ensino/aprendizaem desses alunos% assim como um

mel$or relacionamento com os pro#issionais da escola"

O sentido subjetivo não se contrap&e ao processo de aprendizaem% mas sim

acrescenta uma qualidade e um prazer ao aprender% sendo um sentido particular e <nico de cada

sujeito que se encontra envolvido nesse processo% como citado no par)ra#o acima no trabal$oda equipe observada"

A aprendizaem sini#ica% do ponto de vista da teoria da Subjetividade% um campo em

que são construdas novas ideias% posturas e opini&es próprias e <nicas de cada aluno envolvido

nesse processo de aprender e de cada pro#essor submetido ao procedimento de ensinar" Assim%

o pro#essor 3 parte auxiliadora na construção da personalidade subjetiva das crianças que são

ensinadas por ele% sendo que ao mesmo tempo em que passa seus con$ecimentos% ele acaba

tamb3m se trans#ormando por meio do ambiente em que se encontra% $avendo a troca m<tua de

in#ormaç&es e opini&es entre o mestre do ensino e o aluno" 'a atuação da equipe observada% no

que se re#ere ao atendimento escolar% os pro#essores são orientados a ol$arem cada aluno como

um sujeito em constituição individual e portanto necessitando de atendimentos di#erenciados"

,ode*se perceber% com isso% a noção da subjetividade individual e coletiva% mencionadas

na bibliora#ia de +ernando :onz)lez .e;% aplicadas no ambiente escolar da unidade de ensino

da equipe analisada" Onde o pro#essor 3 #ormador de con$ecimentos no processo de construção

da subjetividade das crianças% al3m de ser #ormado% em sua subjetividade individual% por novas

ideias construdas em seu trabal$o pedaóico"

0om isso observa*se que a equipe analisada #az a mediação da subjetividade do

pro#essor% com a sua subjetividade e a contida nos alunos% atuando% assim% como um processo

que interlia os con$ecimentos e as ideias dos membros da unidade escolar% resultando num

trabal$o de qualidade institucional que tem como suporte o mapeamento institucional realizado

anualmente com o objetivo de con$ecer e apro#undar uma pr)tica e#icaz de atendimento

especializado junto à direção% aos docentes% aos alunos e às #amlias atendidas" O trabal$o da

equipe vai de encontro à compreensão da visão do pro#essor perante ao aluno encamin$ado%

al3m de acrescentar sua própria avaliação sobre o comportamento do aluno e somando os

pontos de vista dos demais membros da instituição e dos respons)veis sobre esse aluno" A

investiação de todo esse trabal$o resulta na produção de um relatório que vai resumir cada

visão subjetiva e individual avaliada em todo processo de an)lise desse aluno erandosuest&es e encamin$amentos para cada caso e as devolutivas a cada semento" +inalizando o

processo em aluns casos e prosseuindo com solicitaç&es de avaliaç&es m3dicas e exames

complementares para uma mel$or resolução de outros casos onde não se encontra uma solução

vi)vel dentro da escola"

'ota*se que todo trabal$o realizado pela equipe encontra #undamento na teoria de

:onz)lez .e; (BCCD!% onde 3 relatado pelo autor que a subjetividade est) oranizada por

processos e con#iuraç&es que continuamente se interpenetram% estando em constante

desenvolvimento e vinculo à inserção simultnea do sujeito em outro sistema iualmente

complexo que 3 a sociedade% sendo este o principal objetivo do trabal$o desta equipe"

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Seundo :onz)lez .e;% a subjetividade social 3 considerada dentro de sentidos

subjetivos compartil$ados no nvel social" Ela intera con#iuraç&es subjetivas que se articulam

nos di#erentes nveis da vida social e se expressam de #orma di#erenciada em cada sujeito

concreto"

0onstata*se que no trabal$o desta equipe o aluno% ao inressar no ambiente escolar%carrea consio con$ecimentos e opini&es que aprendeu em outros ambientes em que convive%

acrescentando à escola suas #ormaç&es e sendo% ao mesmo tempo% #ormado por ela" Assim% no

atendimento $) a troca de con$ecimentos entre os alunos% seu pro#essor e os demais membros

da unidade escolar" ,or meio disso% pode*se observar a #ormação contnua e crescente da

subjetividade individual de cada criança e dos demais membros da escola% representando uma

subjetividade coletiva que $armoniza o trabal$o pedaóico desenvolvido na escola atrav3s da

equipe" ,or meio de todo esse processo% $) a #ormação da personalidade contnua de cada

aluno perante os ambientes em que convive% como sendo um sistema de con#iuraç&es

subjetivas di#erenciadas e individuais" ,ara :onz)lez .e; (BCCF% p" CD!% o sujeito individual 3uma expressão de seu sistema atual de relaç&es e% simultaneamente% uma expressão viva da

$istória de suas relaç&es" 5uando ressini#icados dentro do contexto escolar% 3 perceptvel esta

expressão a que o autor se re#ere e $avendo uma nova $istória de relaç&es bem sucedidas no

contexto escolar que perpassa para o ambiente #amiliar"

Seundo :onz)lez .e; (=>>?% p" =?F!% a emoção 3 uma condição permanente da

de#inição de sujeito" A linuaem e o pensamento se expressam a partir do estado emocional de

quem #ala e pensa"

Em virtude disso% pode*se observar que a emoção inter#ere no processo deaprendizaem de cada criança% intervindo no modo de ensinar do pro#essor e em sua maneira de

lidar com cada aluno" ,ode*se concluir ao #inal da observação do trabal$o desta equipe que o

ensinar deve ser um processo dinmico que encontra*se em constante ressini#icação% onde o

pro#essor deve ser sensvel para captar maneiras individuais de aprender de cada aluno" Esse

trabal$o de percepção do comportamento do pro#essor% perante ao aluno% no processo de

ensinar% 3 trabal$ado de #orma e#icaz pelos membros da equipe observada% onde $) a prestação

de atendimento ao pro#issional que ensina% atrav3s de assessoria pedaóica sistem)tica e a

devolutiva para cada caso encamin$ado"

O trabal$o de observação desta equipe mencionada possibilitou% assim% à nossapesquisa uma compreensão dos processos de atendimentos previstos na orientação pedaóica

das equipes especializadas de apoio a aprendizaem e a produção de sentidos para o contexto

escolar em todos os mbitos (direção% pro#essores% coordenadores% monitores envolvidos com os

alunos encamin$ados e os alunos especiais includos na unidade escolar!"