Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
O mundo animal na romanização da Península IbéricaEl mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
26 e 27 de Junho / 26 y 27 de JunioLisboa
9
201
5LI
SBO
A
TRAB
ALHO
S DO
LAR
CTR
ABAL
HOS
DO L
ARC
TRAB
ALHO
S DO
LAR
CTR
ABAL
HOS
DO L
ARC
LIVRO DE RESUMOS - LIBRO DE RESÚMENES
O mundo animal na romanização da
Península Ibérica
26 e 27 de Junho, 2015
Lisboa
El mundo animal en la romanización
de la Península Ibérica
26 y 27 de Junio, 2015
Lisboa
Laboratório de Arqueociências – Direção Geral do Património Cultural
Museu Nacional de História Natural e da Ciência - Auditório Manuel Valadares
Trabalhos do LARC n.º 9 Lisboa, 2015
Comissão científica
João Pedro Bernardes (FCHS, Universidade do Algarve, Portugal)
Simon Davis (LARC, DGPC, Portugal)
Carlos Fabião (UNIARQ, FLUL, Lisboa, Portugal)
Carlos Fernández (Universidad de Léon, Espanha)
Joaquín L. Gómez-Pantoja (Universidad de Alcalá de Henares, Espanha)
Virgílio Lopes (Campo Arqueológico de Mértola, Portugal)
Marta Moreno García (Instituto de Historia, CSIC, Madrid, Espanha)
Albano Beja Pereira (Universidade do Porto, CIBIO - InBIO, Portugal)
Carlos Pimenta (LARC, DGPC, Portugal)
Coordenação Editorial
Carlos Pimenta, Ana M. Costa
LARC/DGPC - EnvArch/CIBIO/InBIO
Projeto Gráfico
Ana M. Costa
Data de Impressão
Junho de 2015
Edição
Laboratório de Arqueociências, LARC
Direção-Geral do Património Cultural
Rua da Bica do Marquês, nº2
1300-087 Lisboa
TEL: +351213625369
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
Dia 26 de Junho de 2015 (sexta-feira) 9:00 – 9:30 – Receção aos participantes e entrega de documentação 9:30 – 10:00 – Sessão de abertura do Encontro. Mesa composta por:
Subdiretor Geral da Direção Geral do Património Cultural – Samuel Rego
Diretor do Museu Nacional de História Natural e da Ciência – José Pedro Sousa Dias
Coordenadora do LARC – Ana Cristina Araújo – LARC / DGPC – CIBIO / InBIO
Arturo Morales Muñiz – LAZ, Universidad Autónoma de Madrid
Albano Beja Pereira – Universidade do Porto, CIBIO / InBIO
Organizador do Encontro – Carlos Pimenta – LARG /DGPC – CIBIO / InBIO
1º Sessão Moderador: Pedro M. Castaños - Sociedad de Ciencias Aranzadi, San Sebastián, País Vasco
1. 10:00 – 10:30 - Roman Iberia: some zooarchaeological considerations ORADOR CONVIDADO: Simon J.M. Davis INSTITUIÇÃO: LARC/DGPC - CIBIO/InBio 2. 10:30 – 10:50 – Estudio preliminar de los restos óseos animales de Época Ibérica procedentes del Cerro de la Cruz (Almedinilla, Córdoba); un poblado bastetano del siglo II a C. AUTORES: Rafael M. Martínez Sánchez
1, Fernando Quesada Sanz
2, Ignacio Muñiz Jaén
3
INSTITUIÇÃO: 1Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid;
2Universidad Autónoma de Madrid,
3Ecomuseu del Río
Caicena (Almedinilla, Córdoba) 3. 10:50 – 11:10 – Estudo Zooarqueológico do Monte dos Castelinhos (Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Portugal) AUTORES: Ana Beatriz Santos
1, Joana Gomes
1, Nuno Álvaro Pereira
1, João Pimenta
2, Henrique Mendes
2, Cleia Detry
3
INSTITUIÇÃO: 1Alunos de Mestrado da FLUL;
2Câmara Municipal de Vila Franca de Xira;
3UNIARQ – Faculdade de Letras
da Universidade de Lisboa
11:10 – 11:30 PAUSA CAFÉ
4. 11:30 – 11:50 – Aproximación arqueozoológica al proceso de romanización en el occidente zamorano: tres casos de estudio AUTORES: Marta Moreno García, Elena López-Romero González de la Aleja, Damián Romero, Francisco Javier Sánchez Palencia
INSTITUIÇÃO: Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid 5. 11:50 – 12:10 – Análisis zooarqueológicos de vertederos del acampamento de la Legio VII Gemina (León) AUTORES: Carlos Fernández Rodriguez
1, Natividad Fuertes Prieto
1, Víctor Bejega García
2, Eduardo González Gómez de
Agüero2
INSTITUIÇÃO: 1Universidad de León;
2Arqueomalacoleon
6. 12:10 – 12:30 – Vacas del este, vacas del oeste. Diversidad de morfotipos de ganado vacuno en la Península Ibérica y cambios desiguales en el periodo romano AUTORES: Silvia Valenzuela Lamas INSTITUIÇÃO: University of Sheffield; UNIARQ – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; GRACPE – Universitat de Barcelona 7. 12:30 – 12:50 – No tan sólo salazones: una aproximación a la pesca artesanal romana en la Iberia atlántica y Aquitania AUTORES: Eufrasia Roselló Izquierdo
1, Eduardo Gómez Aguero
2, Carlos Fernández Rodríguez
2, Brice Ephrem
3, Arturo
Morales Muñiz1.
INSTITUIÇÃO: 1Laboratorio de Arqueozoología (LAZ-UAM) – Universidad Autónoma de Madrid;
2 Departamento de
Historia, Universidad de León; 3Laboratorio Ausonius, Bordeaux, France
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
12:50 – 13:15 DISCUSSÃO
13:15 – 15:00 ALMOÇO LIVRE
2º Sessão Moderador: João Pedro Bernardes – Universidade do Algarve
8. 15:00 – 15:30 – O mundo animal na Hispânia romana: alguns tópicos retirados da documentação literária e epigráfica ORADOR CONVIDADO: Amílcar Guerra INSTITUIÇÃO: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa- FLUL; UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa 9. 15:30 – 15:50 – “Aditus ad aquam”. El uso pecuario de agua en Hispania AUTOR: Joaquín L. Gómez-Pantoja INSTITUIÇÃO: Departamento de Historia, Universidad de Alcalá de Henares, Madrid 10. 15:50 – 16:10 – Representaciones animalísticas en la terra sigillata de Los Villares de Andújar (Jaén, España) AUTOR: María Isabel Fernández-García INSTITUIÇÃO: Departamento de Historia y Arqueología, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Granada 11. 16:10 – 16:30 – Cerâmica e animais: representações zoomórficas em terra sigillata Hispânica AUTORES: Macarena Bustamente Álvarez
1, Cleia Detry
2
INSTITUIÇÃO: 1Universidad Autonóma de Madrid;
2UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
12. 16:30 – 16:50 – Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Corroios / Seixal): o mundo animal nas cerâmicas
locais e exógenas
AUTORES: Jorge Raposo, Cézer Santos INSTITUIÇÃO: Câmara Municipal do Seixal e Ecomuseu Municipal do Seixal
16:50 – 17:15 DISCUSSÃO
17:15 – 17:30 PAUSA CAFÉ
17:30 – 18:30 Sessão de Posters 1. La representación de actividades cinegéticas a través de los moldes en Los Villares de Andújar (Jaén, España) AUTOR: Begoña Serrano Arnáez INSTITUIÇÃO: Becaria FPU de la Universidad de Granada
2. Notas acerca de nuevos estilos anónimos en la terra sigillata hispánica de Los Villares de Andújar (Jaén, España) con representaciones animalísticas AUTORES: María Isabel Fernández-García, Laura Alarcón Moreno INSTITUIÇÃO: Departamento de Historia y Arqueología, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Granada
3. “Acus crinalis” ou alfinetes de cabelo. Objectos de adorno em osso na Ossóbona romana
AUTOR: Jaquelina Covaneiro INSTITUIÇÃO: Câmara Municipal de Tavira
4. Um contexto com funcionalidade ritual em Olisipo
AUTORES: Martina Monteiro1, Silvia Casimiro
2, Rodrigo Banha da Silva
3
INSTITUIÇÕES: 1Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova da Lisboa;
2Instituto de Estudos
Medievais (IEM/FCSH/UNL); Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA); 3Centro de História de Além-
Mar (CHAM); FCSH-UNL; Centro de Arqueologia de Lisboa (CAL)
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
5. Wool and textiles: the economy of a Roman villa in the Algarve hinterland in the light of archaeozoological and palynological results AUTOR: Dennis Graen INSTITUIÇÃO: Friederich-Schiller-Universitat Jena, Institut für Altertumswissenschaften / Klassische Archaologie, Jena, Alemanha 6. A dieta alimentar em época romana na região do Algarve (Portugal): estado actual dos conhecimentos AUTOR: Francisco R. Correia INSTITUIÇÃO: Universidade do Algarve 7. Ofrendas animales en la necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla, España) AUTOR: Ana Pajuelo Pando INSTITUIÇÃO: Departamento de Prehistoria y Arqueología, Universidad de Sevilla 8. Estudo preliminar dos enterramentos de animais na necrópole Tardo-Antiga de Torre Velha 3 (Serpa, Portugal) AUTORES: Filipa Santos
1, Pedro Angeja
1, Diogo Mota
2, Eduardo Porfírio
1, Miguel Serra
3, Cleia Detry
4
INSTITUIÇÃO: 1Alunos de mestrado da FLUL;
2Mestre em Paleontologia pela FCTUNL;
3Palimpsesto;
4UNIARQ - Centro
de Arqueologia da Universidade de Lisboa 9. Entre a pecuária e a caça: dados preliminares da fauna de vertebrados da Villa romana de Horta da Torre (Fronteira) AUTORES: Maria João Valente
1, André Carneiro
2
INSTITUIÇÃO: 1Universidade do Algarve, FCHS, CEAAP;
2Universidade de Évora, CHAIA.
10. Un cráneo de vacuno acorne en el “Pueyo de los Bañales” (Layana/Uncastillo, Zaragoza, España) ¿Un fenómeno de época romana más allá de los Países Bajos? AUTOR: Javier Murúzabal Cal INSTITUIÇÃO: TABULA Asociación para el conocimiento de las Cinco Villas
11. Fragmentos de sigilatta com representações animais do Campo Arqueológico de Mértola
AUTOR: Marta Sofia Freitas Dias
INSTITUIÇÃO: Campo Arqueológico de Mértola 12. Desollar, cortar y filetear: ¿cambio o continuación en los patrones de despiece durante la romanización? AUTORES: Elena López-Romero
1, Marta Pérez Polo
2, Marta Moreno García
1, Damián Romero
1, Francisco Javier
Sánchez Palencia1
INSTITUIÇÃO: 1Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid, España;
2Facultad de Geografía e Historia, Universidad
Nacional de Educación a Distancia (UNED), Madrid, España
13. A “fossa dos cães” da villa romana da Horta do Pombal (Santiago Maior, Beja)
AUTORES: Nelson Vale, Liliana Luís, Sandrine Fernandes, Lídia Baptista INSTITUIÇÃO: Arqueologia & Património, Ldª 14. Novo registo de dromedário (Camelus dromedarius) em níveis do Período romano na Casa do Lanternim,
em Mértola (Portugal)
AUTORES: Marta Moreno García1, Carlos Pimenta
2, Virgílio Lopes
3
INSTITUIÇÃO: 1Instituto de Historia,
CCHS-CSIC, Madrid;
2Laboratório de Arqueociências-DGPC;
3Campo Arqueológico
de Mértola 15. El consumo de roedores en el mundo antiguo: un conjunto de Gliraria procedentes de Arucci AUTORES: Javier Bermejo
1, R. Dominguez, J.M.Campos
INSTITUIÇÃO: 1Faculdad de Humanidades, Universidad de Huelva
20:00 – JANTAR DO ENCONTRO (OPCIONAL)
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
Dia 27 de Junho de 2015 (Sábado)
3º Sessão Moderador: Marta Moreno García - Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid
13. 9:30 – 9:50 – Arqueozoología y ritos taurobólicos en el norte de la Península Ibérica
AUTORES: Pedro María Castaños Ugarte1, Jone Castaños de la Fuente
2
INSTITUIÇÃO: 1Sociedad de Ciencias Aranzadi;
2Departamento de Estratigrafía y Paleontología, Facultad de Ciencia y
Tecnología, Universidad del País Vasco 14. 9:50 – 10:10 – A iconografia nos mosaicos do complexo religioso de Mértola AUTOR: Virgílio Lopes
INSTITUIÇÃO: Campo Arqueológico de Mértola 15. 10:10 – 10:30 – As representações animais na baixela metálica tardo-republicana: o exemplo de Cabeça de Vaiamonte (Monforte, Portugal) AUTOR: Teresa Rita Pereira INSTITUIÇÃO: Bolseira de doutoramento, FCT / UNIARQ – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 16. 10:30 – 10:50 – ¿Libaciones o trampeo involuntario? Los micro-vertebrados de las tumbas T68 y T98 de la necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla, España) AUTORES: Carlos Pimenta
1, Ana Pajuelo Pando
2, Pedro Lopéz Aldana
2, Martina Monteiro
3
INSTITUIÇÃO: 1Laboratório de Arqueociências, DGPC – CIBIO/InBIO;
2Departamento de Prehistoria y Arqueologia,
Universidad de Sevilla; 3Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
10:50 – 11:20 PAUSA CAFÉ
17. 11:20 – 11:40 – ¿Nativo o foráneo? El meloncillo de Tabacalera y su aportación a la Historiografía europea de la especie AUTORES: Laura Llorente Rodríguez
1, Carlos Nores Quesada
2, Philippe Gaubert
3, Arturo Morales Muñiz
1
INSTITUIÇÃO: 1Laboratorio de Arqueozoología (LAZ-UAM) – Universidad Autónoma de Madrid;
2Departamento de
Biología de Organismos y Sistemas, Universidad de Oviedo; 3Institut de Sciences de L´Evolution de Montpellier,.
Université de Montpellier, France 18. 11:40 – 12:00 – O Camão (Porphyrio porphyrio) e o Homem, uma história esquecida de interações históricas AUTORES: Ricardo Jorge Lopes
1, Juan A. Gomes
2, Alessandro Andreotti
3, Maura Andreoni
4
INSTITUIÇÃO: 1Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), InBio Laboratório Associado;
2Centro de Recuperación de Fauna “La Granja” El Saler, Generalitat Valenciana, Spain;
3ISPRA, Instituto Superiore per
la Protezione e la Ricerca Ambientale, Italy; 4Via Ameglia 12/2,16,136 Genova, Italy
12:00 – 12:30 DISCUSSÃO
12:30 – 12:45 – Balanço final e Encerramento do Encontro ORADOR CONVIDADO: Carlos Fabião INSTITUIÇÃO: UNIARQ – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) 12:45 – 13:00 – Visita ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência
13:00 – 15:00 ALMOÇO LIVRE
15:00 – 19:00 – Visitas à Lisboa Romana (NARC, Teatro Romano, etc.)
RESUMOS / RESÚMENES
APRESENTAÇÕES ORAIS / PRESENTACIONES ORALES
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
8
Roman Iberia: some zooarchaeological considerations
Simon J.M. Davis
LARC, DGPC, Lisbon
Resumo / Resumen
Zooarchaeology, the study of animal remains from archaeological sites, now forms an integral part of
archaeology. Most such animal remains derive from animals eaten by our ancestors. We know this because
they show signs of butchery and so zooarchaeology is essentially the study of ancient rubbish. The
zooarchaeologist’s first job is to identify these remains – a task facilitated by using a reference collection of
skeletons prepared from securely identified modern animal carcasses. The kinds of data from which the
zooarchaeologist can draw inferences include identifications of taxa; their frequencies; the parts of their
skeleton represented; their age at death; size; and so on.
In the course of the last 50 millennia numerous species of animals sadly became extinct in Portugal. In
more recent times a number of exotic species have been introduced. One of the first was the sheep which
was first domesticated in the Near East and arrived here some 7500 years ago. During the Roman
occupation of Portugal we find the first evidence for two large mammals – the fallow deer and the camel.
Both originally probably came from the Near East.
It is assumed that in a lineage of domesticated animals, a size increase signifies improvement. The
zooarchaeologist, by accumulating measurement of teeth and bones from a chronological succession of
sites, can record when livestock like sheep and cattle underwent improvements. While there is now
abundant evidence that the Romans improved their livestock in eastern Spain, England, France,
Switzerland, Germany and Hungary, so far we have little evidence that this happened here in Portugal. It is
possible that the Romans deemed Lusitania too far away to merit much investment in animal husbandry.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
9
Estudio preliminar de los restos óseos animales de Época Ibérica procedentes del Cerro de la Cruz (Almedinilla, Córdoba); un poblado bastetano del siglo II a C.
Rafael M. Martínez Sánchez1, Fernando Quesada Sanz2,Ignacio Muñíz Jaén3
1Instituto de Historia, CSIC;
2Universidad Autónoma de Madrid,
3Ecomuseu del Río Caicena (Almedinilla, Córdoba)
Resumo / Resumen
Presentamos el estudio preliminar de los restos óseos animales recuperados a lo largo de las campañas
desarrolladas entre los años 2006 y 2009 en el Cerro de la Cruz (Almedinilla, Córdoba), correspondientes a
la fase ibérica de dicho poblado. Los contextos de procedencia de la mayor parte de los restos óseos
constituyen ubicaciones muy variadas, entre las que se cuentan ambientes habitacionales, aljibes, así como
horizontes de destrucción y abandono. Éste último grupo constituye sin duda una circunstancia de gran
interés, al verse el asentamiento sellado con un incendio y destrucción violenta relacionada con la
implantación política del Estado Romano en el territorio, la cual determinó de forma drástica el final de su
ocupación hasta momentos medievales, y que ha sido fechada hacia el 140 a C.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
10
Estudo Zooarqueológico do Monte dos Castelinhos (Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Portugal)
Ana Beatriz Santos1; Joana Gomes1; Nuno Monteiro1; Álvaro Pereira1; João Pimenta2; Mendes, Henrique
Mendes2, Cleia Detry3
1Alunos do Mestrado de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
2Museu Municipal de Vila Franca de Xira
3UNIARQ, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
Resumo / Resumen
Após serem realizadas prospecções que comprovaram a potencialidade do local, foram feitas escavações,
de 2008 a 2013, no âmbito do Projecto de Investigação Plurianual “Monte dos Castelinhos: Povoamento e
dinâmicas de ocupação em época romana republicana no Vale do Tejo”, sob a responsabilidade de João
Pimenta e Henrique Mendes, para melhor conhecer o sítio e população que lá vivera.
O estudo faunístico que aqui se apresenta foi efectuado sobre os restos animais de época republicana
(século I a.C.), permitindo reconstruir a dieta e ambiente das populações que outrora nele habitaram.
Registou-se uma grande diversidade de mamíferos, sendo a ovelha, cabra, vaca e porco, os animais mais
abundantes no conjunto. O Veado, corço, coelho-bravo e lebre foram os animais selvagens mais caçados.
Alguns elementos mais raros foram registados pertencentes a lince-Ibérico, cão e equídeos. Em relação às
aves os restos são escassos mas estando representadas por diferentes espécies da Família Phasianidae. Por
fim, os moluscos apresentaram elementos de ostra, ameijoa, berbigão e gastrópodes terrestres.
Através deste estudo conseguimos traçar um perfil, não só da dieta, mas também o padrão de procura e
produção alimentar destas populações, sendo possível verificar que se alimentavam não só de animais
domésticos mas também de caça.
Face aos animais capturados foi possível ainda observar que a região circundante do povoado deveria ser
constituída por bosques intercalada com campos de pastagens.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
11
Aproximación arqueozoológica al proceso de romanización en el occidente zamorano: tres casos de estudio
Marta Moreno García; Elena López-Romero González de la Aleja; Damián Romero; Francisco Javier Sánchez
Palencia
Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid, España
Resumo / Resumen
Este trabajo presenta el estudio de tres pequeñas asociaciones faunísticas recuperadas en los
asentamientos de La Ciguadueña, Peña Redonda y El Picón, situados en los Arribes del Duero, muy
próximos a la frontera portuguesa. La identificación de una ocupación castreña prerromana, un momento
de transición hacia época romana y una fase tardorromana, respectivamente, proporciona una oportunidad
para reconocer los recursos faunísticos explotados en el occidente zamorano antes, durante y al final del
proceso de romanización. La potencialidad interpretativa de los datos obtenidos se evalúa teniendo en
cuenta las limitaciones derivadas del estado de conservación y el origen de las acumulaciones analizadas,
de manera que se impone cautela a la hora de investigar los modelos de gestión de las cabañas ganaderas y
las prácticas cinegéticas locales. A pesar de ello, se destacan algunos aspectos interesantes relacionados
con la presencia de determinadas especies que podrán ser valorados desde una perspectiva socio-
económica y territorial más amplia una vez se haya concluido el estudio integral de estos asentamientos.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
12
Análisis zooarqueológicos de vertederos del campamento de la Legio VII Gemina (León)
Carlos Fernández Rodríguez1, Natividad Fuertes Prieto1, Víctor Bejega García2, Eduardo González Gómez de
Agüero2
1Departamento de Historia – Universidad de León
2Arqueomalacoleon
Resumo / Resumen
La Legio VII Gemina establece su campamento en torno al año 74 d.C. en el espacio ocupado por la actual
ciudad de León, donde se mantendrá hasta el final del Imperio. Durante todo este largo periodo será la
única legión romana presente en Hispania, siendo por tanto el de León el único campamento legionario, lo
que le concede una importancia fundamental para el estudio de cualquier aspecto relacionado con el
ejército romano de época imperial en el territorio peninsular.
Las excavaciones arqueológicas desarrolladas en las últimas décadas han permitido reconocer, entre otros
hallazgos, la existencia de diversos vertederos relacionados con la ocupación militar, situados en zonas
extramuros del recinto campamental. Entre otros materiales recuperados, se incluyen restos faunísticos
cuyo análisis permite evaluar aspectos relacionados con la alimentación del ejército romano y constatar la
presencia de otras especies cuya utilidad no tendría relación con su consumo.
El estudio de estas colecciones también nos permite realizar una evaluación de los criterios de recuperación
de los restos de fauna en estas intervenciones y de las consiguientes consecuencias en los resultados que
se pueden obtener y en la interpretación de los mismos.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
13
Vacas del este, vacas del oeste. Diversidad de morfotipos de ganado vacuno en la Península Ibérica y cambios desiguales en el periodo romano.
Silvia Valenzuela Lamas
University of Sheffield; UNIARQ- Universidade de Lisboa; GRACPE – Universitat de Barcelona
Resumo / Resumen
En el caso de los animales domésticos, hay una selección continuada para conseguir los animales mejor
adaptados a los propósitos y necesidades de cada grupo humano y el ecosistema en el que habita. Los
caballos y los perros, así como las vacas, reflejan claramente esta dinámica, en la que se seleccionan
animales más robustos, más grandes o más veloces, según el resultado que se quiera obtener.
El ganado vacuno de la Península Ibérica en la Antigüedad no es uniforme, y su tamaño y robustez reflejan
características distintas en cada territorio. La presente investigación se centra en contextos de la edad del
hierro y época romana de dos extremos de la Península Ibérica –actuales territorios de Cataluña y centro y
sur de Portugal–, en los que, así mismo, se pone de manifiesto la diferente evolución y ritmo de cambio tras
la conquista. Así, las vacas de la Edad del Hierro son pequeñas y robustas en Cataluña, y se hacen
notablemente más grandes (en altura y robustez) en época romana. En Portugal, en cambio, las vacas son
más grandes y, al contrario que en Cataluña, aumentan de altura entre el Calcolítico y la Edad del Hierro, y
no cambian sensiblemente en época romana. ¿A qué responde estas características y evolución
diferenciadas?
La presente comunicación pretende entender la diversidad de morfotipos vacunos de la Península en el
contexto de producción ganadera de los dos territorios, en la que los perfiles de mortalidad y la frecuencia
relativa de especies se demuestran reveladores.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
14
No tan sólo salazones: una aproximación a la pesca artesanal romana en la Iberia Atlántica y Aquitania
Eufrasia Roselló Izquierdo1, Eduardo Gómez de Agüero2, Carlos Fernández Rodríguez2,Brice Ephrem3, Arturo
Morales Muñiz1
1Laboratorio de Arqueozoología (LAZ-UAM)-Universidad Autónoma de Madrid-C/ Darwin, 2, 28049, Madrid
2Departamento de Historia, Universidad de León, Campus de Vegazana s/n, 24071 Leó
3Laboratorio Ausonius UMR5607, Bordeaux, France
Resumo / Resumen
Tradicionalmente, la pesca romana se asocia con una actividad industrial cuyos máximos exponentes
fueron las factorías de salazones y las ánforas con salsamentas y salsas de pescado. Sin negar tal realidad,
que alcanza en la Península Ibérica y zonas limítrofes su zénit entre los siglos I a.C. al III d.C., constatamos
que las pesquerías de carácter no industrial han recibido hasta la fecha escasa atención por parte de los
investigadores.
En este trabajo se presenta una revisión de los peces recuperados en depósitos litorales de época romana
que atestiguan una pesca de carácter artesanal en muchas zonas de la porción del litoral Atlántico europeo
comprendida entre el Estrecho de Gibraltar (España) y la desembocadura del Garona (Francia). Podremos
comprobar como la adaptación de estas pesquerías “romanas” se ajustó con frecuencia a las condiciones
ambientales que dictaron los distintos tipos de litoral aunque el espectro de especies capturadas se vio
también afectado por sesgos culturales referidos a las modas y preferencias romanas por determinados
tipos de pescado y sus formas de preparación.
Palabras-clave: Peces, pesca de subsistência, época romana, España, Portugal, Francia
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
15
O mundo animal na Hispânia romana: alguns tópicos retirados da documentação literária e epigráfica
Amílcar Guerra
FLUL-UNIARQ
Resumo / Resumen
A literatura grega e latina, mesmo no seu estado tão fragmentário em que nos chegou, é muito variada
quanto à sua cronologia, temática e fiabilidade. Mas certamente é sempre um motivo de especial interesse
que possamos, para determinado período, juntar, ao que a Arqueologia nos apresenta, as informações de
quem é coetâneo das realidades que estudamos. As suas palavras muitas vezes acrescentam dados que
qualquer observação dos restos materiais conservados, por mais rigorosa que seja, nunca poderá captar.
O mundo da literatura clássica convive permanentemente com os mitos e, por isso, as primeiras
observações situam-se nessa esfera que oscila entre o real e o ficcionado. Todavia, também esses
elementos fazem parte do universo das experiências humanas e das tradições de uma determinada região.
Também aí entram os animais.
Os autores clássicos apresentam também a sua visão racional do mundo, fruto de um acumulado saber e
de experiências diversas que se cristalizam no discurso de alguns. Prestar-se-á especial atenção ao
universos dos geógrafos e dos “historiadores” – tendo em conta que o grego historia significa
“investigação”. Como não podia deixar de ser, assume um papel relevante a História Natural de Plínio, uma
verdadeira enciclopédia, que serve de estrutura a esta apresentação: ao longo de quatro livros consagrados
aos animalia (VIII a XI, dedicados respectivamente aos terrestria, aquatiles, volucres e insecta) procura dar
uma visão alargada de todo o universo e nele ocupa um lugar relevante a Hispânia.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
16
“Aditus ad aquam”. El uso pecuario de agua en Hispania
Joaquín L. Gómez-Pantoja
Departamento de Historia, UNIVERSIDAD DE ALCALÁ, E-28801 Alcalá de Henares (España)
Resumo / Resumen
Abrevar es una necesidad crítica en cualquier sistema pastoril y de modo especial, en el caso de los móviles,
porque el acceso al agua suele estar en manos distintas a las de los ganaderos. A pesar de la decepcionante
escasez de información sobre estas prácticas en la Antigüedad en la península ibérica, presento algunos
testimonios epigráficos que pueden ser relacionados con estrategias para el uso de abrevaderos.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
17
Representaciones animalísticas en la terra sigillata hispánica de Los Villares de Andújar (Jaén, España)
Mª Isabel Fernández-García
Departamento de Historia y Arqueología, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Granada
Resumo / Resumen
El complejo alfarero de Los Villares de Andújar ha sido objeto de continuada atención en la investigación
desde 1971 cuando M. Sotomayor lo da a conocer a la comunidad científica. En la actualidad sobre el
yacimiento se desarrolla el Proyecto ISTVRGI: Otro indigenismo y otra romanización: la configuración social
y económica de los fenómenos productivos en las áreas periféricas del Alto Guadalquivir aprobado en 2012
por la Dirección General de Bienes Culturales de la Junta de Andalucía que constituye una segunda fase del
Proyecto Isturgi romana y su territorio: la producción de terra sigillata y su difusión (1995-2011); ambos
proyectos dirigidos por la que suscribe. Estos alfares produjeron masivamente productos en terra sigillata
hispánica en versión lisa y decorada. Las representaciones de animales, bien aislados bien formando
conjunto, están presentes tanto en una serie de productos lisos materializados en las denominadas marcas
de entalle como en los ejemplares decorados sobre los que se desarrollan interesantes sintaxis
compositivas. En éstas se refleja una fauna tanto vinculada a una simple realidad cotidiana como a un
atrayente simbolismo para las élites locales que adquieren estos objetos como símbolo de prestigio y
representación.
Nota: El presente trabajo ha contado con el soporte del Proyecto de I+D ““Ex Baetica Sigillatae:
transferencias tecnológicas, producción y circulación de vajillas cerámicas en el Sur de la Península Ibérica
(ss. I-II d.C.). (HAR2013-41278-P)”, Ministerio de Ciencia e Innovación del Gobierno de España
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
18
Cerâmica e animais: representações zoomórificas em terra sigillata Hispânica
Marcarena Bustamante Álvarez1, Cleia Detry2
1Universidade Autónoma de Madrid
2UNIARQ, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa
Resumo / Resumen
Apresentamos uma primeira aproximação às figuras zoomórficas sobre uma das categorias cerâmicas mais
amplamente consumida na Península Ibérica, a Terra Sigillata Hispânica.
Este tipo de cerâmica conta com inúmeras representações de motivos zoomorfos que ainda não foram, até
ao momento, analisados do ponto de vista do cruzamento de informações entre a arqueofauna e a
iconografia. A ampla variedade de animais plasmados permite conhecer dados interessantes sobre o
paleoambiente da época, a idiossincrasia do romano perante os animais e, incluindo, a importação de
peças de outros pontos do Império.
Da mesma forma, temos a desvantagem de serem representações de formato muito pequeno mas que nos
dificulta a avaliação das características morfológicas que nos vão permitir uma identificação geral.
Estas imagens serão comparadas com o registro arqueológico dos locais em que foram encontrados. À
Priori, esta colecção iconográfica não representa os animais mais consumidos na paleodieta
Hispanoromana. Uma forte carga mágica e simbólica parece ser a grande motivação da representação
destes animais.
Também será valorizada a iconografia dos principais animais representados em outros meios de suporte, a
fim de ver se há traços comuns ou se o fenómeno capturado na TSH é pontual e relacionado com uma
prática particular das cerâmicas sobre as quais estão posicionados.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
19
Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Corroios / Seixal): o mundo animal nas cerâmicas locais e exógenas
Jorge Raposo e Cézer Santos
Camara Municipal do Seixal / Ecomuseu Municipal do Seixal
Resumo / Resumen
A olaria romana da Quinta do Rouxinol é bem conhecida da comunidade científica pelas produções
anfóricas e de cerâmica comum, sobre as quais existe já abundante bibliografia. Foi também divulgada
junto de públicos mais generalistas, nomeadamente através de exposição monográfica não há muito tempo
patente no Museu Nacional de Arqueologia (2009-2013).
É menos conhecida, contudo, a representação animal nas cerâmicas modeladas pelos oleiros deste centro
produtor ou nas que aqui chegaram fruto das relações sociais e comerciais com outros pontos do Império.
No primeiro caso inclui-se pequena escultura zoomórfica de produção local que representa um animal da
família Bovidae (subfamília Bovinae). Foi recolhida em fossa de despejo que reaproveita o espaço de um
dos fornos, em unidade estratigráfica que marca a última fase de funcionamento da olaria, posterior a 425
d.C.
Ao segundo reportam-se duas tigelas de terra sigillata africana da forma Hayes 52b, caracterizadas por um
bordo extrovertido de aba plana, sobre o qual se aplicaram motivos decorativos em relevo que
representam peixes, de modo naturalista ou estilizado. Oriundas do Norte de África, acabaram depositadas
numa outra fossa de despejo da olaria, em unidades estratigráficas datadas do século IV d.C.
O pequeno bovídeo poderá ter tido funções lúdicas, remetendo-nos para um quotidiano onde se
mesclavam os planos artesanal e familiar, com crianças desde muito cedo integradas na transmissão
geracional da cadeia operatória da transformação da argila. É possível, contudo, outro simbolismo que hoje
não apreendemos.
Nesse plano simbólico se inserirão seguramente as tigelas de terra sigillata que o oleiro norte-africano
decorou com peixes, de modo a reforçar o utilitarismo da loiça de mesa com a linguagem visual que
contribuiu para expandir o Cristianismo nos séculos IV e V d.C.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
20
Arqueozoología y ritos taurobólicos en el norte de la Península Ibérica
Pedro Mª Castaños Ugarte1, Jone Castaños de la Fuente2
1Sociedad de Ciencias Aranzadi. Geo-Q, 48940 Leioa
2Departamento de Estratigrafía y Paleontología Facultad de Ciencia y Tecnología, Universidad del País Vasco/ Euskal
Herriko Unibertsitatea , Apartado 644, E-48080 Bilbao
Resumo / Resumen
Uno de los cultos orientales que penetran en Hispania con la romanización es el de Cibeles (Magna Mater)
cuya expresión más conocida es el taurobolio. Este ritual de purificación y regeneración mediante la sangre
de un toro sacrificado queda registrado en distintos lugares de Hispania. Una de las regiones con mayor
concentración de este tipo de evidencias es la parte oriental de Navarra y norte de la provincia de Zaragoza
dentro de la Tarraconense.
La aparición reciente de nuevos hallazgos inéditos de motivos taurobólicos en zonas próximas del País
Vasco y Norte de Burgos, permiten una revisión del papel del bovino en estos ritos iniciáticos durante la
ocupación hispanorromana del norte peninsular. Además y por vez primera, se recogen los estudios
arqueozoológicos de las pocas faunas asociadas a estas manifestaciones religiosas con el fin de analizar las
posibles relaciones entre estos rituales y la estructura pecuaria del entorno.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
21
A iconografia nos mosaicos do complexo religioso de Mértola
Virgílio Lopes
Campo Arqueológico de Mértola
Resumo / Resumen
Pretendo com esta comunicação abordar as várias representações musivas, datadas do século VI e que está
situado no rico complexo religioso de Mértola.
Nesta abordagem salientarei as várias representações animais identificáveis nos painéis musivos e
procurarei fazer o enquadramento nos contextos cultural e religioso da época.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
22
As representações animais na baixela metálica tardo-republicana: o exemplo de Cabeça de Vaiamonte (Monforte, Portugal)
Teresa Rita Pereira
bolseira de doutoramento FCT/ UNIARQ
Resumo / Resumen
Cabeça de Vaiamonte apresenta-se como um dos sítios arqueológicos portugueses mais emblemáticos
enquanto testemunho dos alvores da “romanização”. A chegada precoce de elementos forâneos,
essencialmente itálicos, é justificada pela ocupação militar/ militarizada daquele oppidum. O expressivo
conjunto de fragmentos de baixela metálica que ali foi recuperado é suficientemente elucidativo, apesar da
ausência de contextos estratigráficos seguros, de uma ocupação por altura das guerras sertorianas. A
diversidade de elementos de baixela metálica oferece-nos ainda um interessante lote iconográfico, do qual
se destaca de modo absoluto o tema das representações zoomórficas, especialmente o das representações
de ornitomorfos enquanto símbolos da república romana.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
23
¿Libaciones o trampeo involuntario? Los microvertebrados de las tumbas T68 e T98 de la Necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla)
Carlos Pimenta1, Ana Pajuelo Pando2, Pedro Lopéz Aldana2, Martina Monteiro3
1Laboratório de Arqueociências, Direção Geral do Património Cultural. Rua da Bica do Marquês, nº 2, 1300-087 Lisboa,
Portugal 2
Departamento de Prehistoria y Arqueología. Universidad de Sevilla 3Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
Resumo / Resumen
La intervención arqueológica realizada entre junio-octubre de 2005 como resultado de los trabajos de
construcción da la estación de metro del Prado de San Sebastián en Sevilla dieron a conocer una
importante necrópolis del período Romano. Fueron excavados 196 enterramientos tanto de inhumación
como de incineración. El presente trabajo se centra en el estudio del contenido de los tubos de libación
hallados en las tumbas T 68 y T 98, en los que se recuperaron numerosos restos de microvertebrados. Un
muestreo de ambas acumulaciones resultó en la identificación de 95 especímenes en T 68 y 177 en T 98. La
explicación más plausible apunta a que anfibios, reptiles (culebras y lagartos) y micromamíferos
(musarañas y diferentes especies de ratones) cayeron accidentalmente o se refugiaron en ellos sin
encontrar salida. Los requisitos ecológicos de las distintas especies representadas permitieron inferir la
dinámica ambiental de aquel espacio confirmada a posteriori por los estudios geomorfológicos. La fuerte
influencia fluvial del brazo principal del Guadalquivir y el arroyo Tagarete conformaron una zona pantanosa
en el entorno de la necrópolis que sufría episodios húmedos alternados con períodos secos de pastizal.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
24
¿Nativo o foráneo? El meloncillo de tabacalera y su aportación a la historiografía europea de la especie
Laura Llorente Rodríguez1, Carlos Nores Quesada2, Philippe Gaubert3, Arturo Morales Muñiz1
1Laboratorio de Arqueozoología (LAZ-UAM)-Universidad Autónoma de Madrid-C/ Darwin, 2, 28049, Madrid
2Departamento de Biología de Organismos y Sistemas, Universidad de Oviedo-C/ Catedrático Rodrigo Uría S/N, 33071,
Oviedo 3Institut des Sciences de l'Evolution de Montpellier (ISEM) – CNRS-UM2-IRD – Université de Montpellier, Place Eugène
Bataillon – CC 64, 34095 Montpellier cedex 05, France
Resumo / Resumen
El meloncillo Herpestes icneumon widdringtoni es la única especie de mangosta que habita en Europa.
Tradicionalmente se ha considerado que fue introducido en la Península Ibérica por los musulmanes, entre
los siglos VIII y XV, si bien ahora sabemos que los genotipos de los meloncillos peninsulares señalan un
origen africano que se remontaría al Pleistoceno. Los restos de meloncillo de época tardo-antigua del
yacimiento de Tabacalera que aquí se describen, presentan, a pesar de su origen pre-islámico, diversas
coincidencias con las poblaciones magrebíes. Estas hacen suponer que el ejemplar pudo haber sido
introducido por vía marítima y probablemente mantenido como mascota, algo relativamente usual en
época romana. Un origen magrebí nos lleva a plantear la naturaleza autóctona de una serie de ejemplares
localizados durante el siglo XIX en Galicia, Asturias y León, o alternativamente, la existencia de una fuerte
regresión del meloncillo en Iberia durante los dos últimos siglos.
Palabras clave: Meloncillo, Herpestes ichneumon, Gijón, mascota, Edad Media Abstract
The Egyptian mongoose Herpestes icneumon widdringtoni is the only mongoose species that inhabits
Europe. Traditionally, it has been considered that it was introduced into the Iberian Peninsula by the
Muslims, between the VII-XVth centuries AD, though we now know that the genotypes of the Iberian
populations have an African origin that may date back to the Pleistocene. The Late-antiquity specimen from
the site of Tabacalera that we report in this paper, despite its pre-islamic age, exhibits a series of
coincidences with Egyptian mongoose populations from the Maghreb. These coincidences allow one to
postulate that the animal arrived through a maritime route and was kept as a pet, something that was
common during the Roman period. Such a maghrebian origin lead us to consider the indigenous nature of a
series of specimens captured in the northern Spanish provinces of Galicia, Asturias and León during the
XIXth century, or alternatively, postulate a drastic regression of the populations of the species for the past
two centuries.
Keywords: Egyptian mongoose, Herpestes ichneumon, Gijón, pet, Middle Ages
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
25
O Camão (Porphyrio porphyrio) e o Homem, uma história esquecida de interações históricas
Ricardo Jorge Lopes1, Juan A. Gomez2, Alessandro Andreotti3, Maura Andreoni4
1CIBIO, Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, InBIO Laboratório Associado, Universidade do
Porto, 4485-661 Vairão, Portugal 2Centro de Recuperación de Fauna "La Granja" El Saler. Generalitat Valenciana, Spain
3ISPRA, Istituto Superiore per la Protezione e la Ricerca Ambientale Via Ca’ Fornacetta 9, 40064 Ozzano dell’Emilia
(BO), Italy 4Via Ameglia 12/2, 16136 Genova, Italy
Resumo / Resumen
Uma análise da filogeografia e distribuição de uma espécie geralmente assume que as alterações históricas
nestes parâmetros foram promovidas principalmente por fenómenos naturais e que os processos induzidos
pelo ser humano não foram tão importantes como no presente. Aqui analisamos vários pressupostos
essenciais para formular a hipótese que, no caso do camão Porphyrio porphyrio, é alta a probabilidade de
ocorrência de eventos de translocação induzidos pelo homem, desde a Império Romano até muito
recentemente.
Compilámos iconografias antigas, fontes literárias e bibliografia mais recente, principalmente no
Mediterrâneo, desde 2.500 BC até recentemente, para procurar evidências dos vários pressupostos, desde
a presença desta espécie em cativeiro, reprodução em cativeiro até ao seu comércio entre regiões.
Esta compilação mostra múltiplas evidências do uso desta espécie em cativeiro, reprodução em cativeiro e
comércio em vários períodos históricos, especialmente no Mediterrâneo. Principalmente durante o Império
Romano esta espécie era comum como ave ornamental doméstica devido a várias razões.
Estas evidências validam assim a hipótese que aves que escaparam do cativeiro podem ter hibridizado e
eventualmente introgredido com outras populações. A validade desta hipótese é importante para perceber
os padrões de diversidade genética e o seu impacto na demografia desta espécie.
RESUMOS / RESÚMENES
Posters
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
27
La representación de actividades cinegéticas através de los moldes en Los Villares de Andújar (Jaén, España)
Begoña Serrano Arnáez
Becaria FPU de la Universidad de Granada
Resumo / Resumen
El yacimiento de los Villares de Andújar, vinculado a la antigua ciudad de Isturgi, se encuentra situado a 5
km. del municipio de Andújar y a 1 km. al oeste de la población de Los Villares, en la provincia de Jaén
(España). En la margen derecha del río Guadalquivir, cerca del segundo meandro y del arroyo de
Martingordo. Ha sido objeto de una dilatada trayectoria de investigación. La revisión llevada a cabo en los
últimos años de los materiales recuperados en las diversas campañas de excavación, han permitido
constatar la presencia de una serie de herramientas, moldes, destinados a la elaboración de la producción
decorada de terra sigillata hispánica.
Dentro del repertorio iconográfico desarrollado en los moldes, nos encontramos com un considerable
número de piezas que elaboran un discurso ornamental en torno a la realización de actividades cinegéticas,
escenas que en el âmbito de producción de la terra sigillata hispânica están altamente representadas,
aportan información com respecto al processo de desarrollo de la caza y el tipo de espécies que se cazaban
en esta época para su posterior consumo como una de las actividades básicas para el abastecimento de
produtos alimentários de las poblaciones romanas.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
28
Notas acerca de nuevos estilos anónimos en la terra sigillata hispánica de Los Villares de Andújar (Jaén, España) con representaciones animalísticas
Mª Isabel Fernández-García, Laura Alarcón Moreno
Departamento de Historia y Arqueología, Faculdad de Filosofía y Letras, Universidad de Granada
Resumo / Resumen
El complejo alfarero vinculado al núcleo de Isturgi (Los Villares de Andújar, Jaén) elaboró una serie de clases
cerámicas destacando especialmente las manufacturas en terra sigillata hispánica. En función del
desarrollo de la investigación se han establecido tres generaciones de alfareros productores de sigillata que
se corresponden con época preflavia, flavia y finales siglo I/siglo II, respectivamente. Se han recuperado,
hasta el presente, a lo largo de la vida productiva del alfar un total de 41 officinae que dejan constancia de
su trabajo sobre ejemplares lisos mediante marcas epigráficas y 8 sobre productos decorados. Igualmente
se han identificado junto a estos estilos conocidos una serie de 13 estilos anónimos de Andújar. A estos
últimos conviene añadir otros estilos anónimos nuevos en los que las representaciones animalísticas
forman parten consustancial de la sintaxis compositiva. Igualmente se plantea una variación del estilo
anónimo 7 de Andújar.
Nota: El presente trabajo ha contado con el soporte del Proyecto de I+D ““Ex Baetica Sigillatae:
transferencias tecnológicas, producción y circulación de vajillas cerámicas en el Sur de la Península Ibérica
(ss. I-II d.C.). (HAR2013-41278-P)”, Ministerio de Ciencia e Innovación del Gobierno de España
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
29
“Acus crinalis” ou alfinetes de cabelo. Objectos de adorno em osso na Ossónoba romana.
Jaquelina Covaneiro
Câmara Municipal de Tavira
Resumo / Resumen
No âmbito dos trabalhos arqueológicos efectuados na Rua do Infante D. Henrique n.º 58-60, Faro, foi
reconhecida a existência de um edifício, cujas paredes em taipa, estariam revestidas, na parte inferior de
mosaico policromo e na superior, de frescos. Foram ainda recolhidos, entre outros, fragmentos de colunas
feitas de tijolos de quadrante e revestidas a estuque.
Na parte posterior do terreno foi identificada uma lixeira a céu aberto, que aparentemente terá funcionado
entre os séculos I a.C. e o último terço do século e os meados do século III d.C.
Dos objectos recolhidos destacamos um conjunto de objectos em osso. Estes objectos são conhecidos com
o nome de Acus Crinalis ou “alfinetes para o cabelo” e eram usados pelas mulheres romanas como
elemento na fixação dos cabelos, valorizando deste modo a beleza feminina. Estes objectos também
poderiam ser utilizados para segurar as vestes ou como acessórios de aplicação de maquilhagem, perfumes
e unguentos.
Os alfinetes de cabelo do conjunto em apreço foram realizados a partir de restos ósseos de animais e
apresentam-se consideravelmente fragmentados. Ao nível do seu acabamento final podemos constatar que
foram alvo de polimento, este facto, aliado à sua reduzida dimensão poderá, ou não, inviabiliazar uma
atribuição do ponto de vista taxonómico.
Os Acus Crinalis, enquanto objectos de adorno, serão realizados em osso ou em marfim? Existirão indícios
da sua produção nos materiais ósseos procedentes da intervenção arqueológica?
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
30
Um contexto com funcionalidade ritual em Olisipo
Martina Monteiro1, Sílvia Casimiro2, Rodrigo Banha Da Silva3
1Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL)
2Instituto de Estudos Medievais (IEM/FCSH-UNL); Centro em Rede de investigação em Antropologia (CRIA)
3Centro de Historia de Além Mar (CHAM), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa;
Centro de Arqueologia de Lisboa (CAL)
Resumo / Resumen
Entre 1999 e 2001, decorreu uma intervenção arqueológica de emergência na Praça da Figueira, em Lisboa,
na sequência da identificação de um vasto potencial arqueológico durante a construção de um parque de
estacionamento subterrâneo.
Os trabalhos arqueológicos revelaram um horizonte cronológico-cultural bastante amplo, entre a Pré-
História Recente e a Contemporaneidade revelando, entre outros contextos, uma extensa necrópole
romana (Necrópole Noroeste de Olisipo) com uma ampla cronologia e uma grande variedade de rituais
funerários.
Pretende-se apresentar um dos vários contextos ali identificados, claramente com funcionalidade ritual,
que se insere no período compreendido entre os principados de Cláudio e Vespasiano e que estará
relacionado com o uso do espaço envolvente como necrópole. Trata-se de uma estrutura negativa em
forma de meia esfera onde, sobre um leito de pedras foram cuidadosamente depositados um crânio de
equídeo (Equus sp) e um ovo de galinha (Gallus domesticus).
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
31
Wool and textiles: The economy of a Roman villa in the Algarve hinterland in the light of archaeozoological and palynological results
Dennis Graen
Friedrich-Schiller-Universität Jena, Institut für Altertumswissenschaften / Klassische Archäologie, Fürstengraben 1,
07743 Jena, Alemanha
Resumo / Resumen
There is a substantial level of Roman settlement not only in the Litoral, but also in the Barrocal Algarvio, as
the excavation a Roman villa at Corte (S. B. de Messines, Silves) between 2009 and 2014 indicates. The
chronology of the finds (pottery, coins) encompasses a timeframe from beginning of the 1st to the end of
the 6th century AD. The archaeozoological analysis from Corte shows a rather high percentage of bones
from sheep and goats, among these are many bones from lambs and fetuses and indicates that these
animals were bred on the site. Apart from this result, a high number of tools and devices have been found
that illustrate the processing of wool at the site (needles, loom weights, spindle whirls, leather knifes). This
fact is interesting in a sense, because Lusitanian wool had a good reputation in Roman times: Pliny the
Elder emphasizes the quality of this product, because it was dark and thus did not need to be dyed.
Therefore, we can now establish another important product of the Lusitania besides olive oil, wine and
garum: wool, textiles and leather. Palynological results also show that in the Late Iron Age and in the
Roman era, the percentage of trees gradually drops, which is partly due to changes in climate but also
reflects the progressing human influence into the landscape.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
32
A dieta alimentar em época romana na região do Algarve (Portugal): estado actual dos conhecimentos.
Francisco R. Correia
Universidade do Algarve
Resumo / Resumen
A presente contribuição tem como objecto a apresentação e o estudo dos restos de fauna vertebrada
(mamíferos e aves) de vários sítios arqueológicos datados do período Romano na região do Algarve.
Os restos faunísticos dos vários sítios arqueológicos fornecem-nos, sobretudo, dados relevantes sobre a
dieta alimentar no período Romano e o tipo de actividade económica e sociocultural que se praticava em
cada sítio. No presente estudo também iremos interpretar os dados numa escala mais abrangente, na
região do Algarve.
Verifica-se, através dos vários estudos zooarqueológicos, que a dieta alimentar era constituída, na sua
maioria, por mamíferos, sobretudo, mamíferos domésticos (caprinos, gado bovino e porco). Quanto às
espécies caçadas, foi documentada principalmente a presença de veado, javali e coelho-bravo. As aves
teriam também o seu papel na dieta, sendo de longe mais abundante a presença da galinha-doméstica e da
perdiz nas colecções faunísticas.
Observou-se ainda a presença de espécies exóticas em alguns sítios arqueológicos da região do Algarve,
nomeadamente, o abutre-fouveiro e o dromedário (resultando na segunda ocorrência desta espécie no
território português, sendo que a primeira surgiu em Conimbriga).
Palavras-Chave: Período Romano, Algarve, Zooarqueologia, Dieta alimentar.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
33
Ofrendas animales en la necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla, España)
Ana Pajuelo Pando
Departamento de Prehistoria y Arqueologia, Universidad de Sevilla
Resumo / Resumen
La necrópolis romana del Prado de San Sebastián se sitúa en el sector sur de Sevilla, en los límites del actual
casco histórico de Sevilla, muy próxima a la Universidad de Sevilla. Se trata de una necrópolis con un uso
continuado que abarca de mediados del S. I. a.C. hasta el S. II d.C.
Se han excavado 196 enterramientos tanto de incineración como de inhumación en los cuales se han
registrado una variedad de fauna consumida a la luz de la diversidad de marcas de corte presentes en la
práctica totalidad de las especies analizadas. Los restos alimenticios y ofrendas eran depositados e
introducidos, a través de los tubos de libaciones (infundíbuli) en las sepulturas en actos funerarios que se
celebraban anualmente en honor de los difuntos.
Destaca la presencia del enterramiento de un neonato acompañado de un Canis familiaris. Se trata de una
inhumación en fosa simple en la cual el feto ha sido depositado sobre el perro.
Así mismo también es de subrayar el enterramiento en ánfora conteniendo una incineración acompañada
de un huevo de Gallus domesticus en su interior.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
34
Estudo preliminar dos enterramentos de animais da necrópole Tardo-Antiga de Torre Velha 3 (Serpa, Portugal)
Filipa Santos1, Pedro Angeja1, Diogo Mota2, Eduardo Porfírio3, Miguel Serra3, Cleia Detry4
1Alunos do Mestrado de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
2Mestre em Paleontologia pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
3Palimpsesto.
4UNIARQ, Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa.
Resumo / Resumen
A intervenção arqueológica no sítio de Torre Velha 3 (Serpa) permitiu identificar um conjunto de realidades
arqueológicas com uma ampla diacronia, desde o Calcolítico ao período islâmico. A Antiguidade Tardia
surge como o período representado pelo maior número de evidências, nas quais se destaca uma necrópole
com 23 contextos de enterramento. Os contextos aqui analisados enquadram-se entre os séculos V e VII
d.C.
Em quinze estruturas negativas, reconheceram-se inumações de mamíferos. Estas, aparentemente, não se
distinguem das inumações humanas ao nível do cuidado com a deposição do corpo e apresentam
igualmente algum cuidado ao nível da estruturação do enterramento. O presente estudo faz a análise
zooarqueológica da inumação de um equídeo, depositado sobre enterramentos humanos; de um suídeo, e
de um enterramento duplo de um canídeo e um felídeo. Apresenta-se o estudo de cada contexto de
enterramento e dos esqueletos, procurando caracterizar os animais ali depositados.
A procura de sentidos para esta realidade é ainda complexa porque o momento é de generalização do culto
cristão, mas os paralelos identificados sugerem a possível presença de outros significados.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
35
Entre a pecuária e a caça: dados preliminares da fauna de vertebrados da villa romana da Horta da Torre (Fronteira)
Maria João Valente1, André Carneiro2
1Universidade do Algarve, FCHS, Investigadora do CEAAP
2Universidade de Évora. Investigador do CHAIA/UÉ
Resumo / Resumen
Este trabalho apresenta os dados preliminares da fauna de vertebrados proveniente da ocupação romana
da villa da Horta da Torre, sita no concelho de Fronteira, que tem sido alvo de trabalhos arqueológicos
desde 2012.
Com um conjunto diversificado de mamíferos (boi, porco, ovelhas e cabra, veado e gamo, e leporídeos), ao
que acrescem alguns restos de aves (nomeadamente o galo doméstico), a coleção apresenta algumas
similaridades com outros sítios romanos da região, como Torre de Palma (localizado em Monforte) e São
Pedro (localizado em Fronteira). Tendo como principal objectivo uma primeira caracterização das
actividades pecuárias e cinegéticas desta villa, os resultados apresentados focam essencialmente a
diversidade e abundância dos diversos taxónes, as modificações humanas observadas (marcas de corte e
carbonização, por exemplo) e alguns dados biométricos.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
36
Un cráneo de vacuno acorne en el “Pueyo de los Bañales” (Layana/Uncastillo, Zaragoza,
España) ¿Un fenómeno de época romana MÁS ALLÁ DE los Países Bajos?
Javier Muruzábal Cal
TABULA Asociacíon para el conocimiento de las cinco Villas
Resumo / Resumen
En las excavaciones del yacimiento del “Pueyo de los Bañales”, durante la campaña de otoño de 2013, en la
Unidad Estratigráfica 39 (un basurero) se recuperó un cráneo mocho de vacuno. La cronología de este
hallazgo es de comienzos del S.I d.C..
La presencia de vacuno mocho ha sido identificada y estudiada por Roel Lauwerier en Los Países Bajos,
siendo hasta ahora ignoto en la Península Ibérica. Este trabajo pretende explorar la extensión geográfica de
dicho fenómeno así como sus posibles implicaciones económicas, dado que resultaría difícil usar como
acémila o tiro de arado un animal de estas características.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
37
Fragmentos de sigillata com representações animais do Campo Arqueológico de Mértola
Marta Sofia Freitas Dias
Colaboradora do Campo Arqueológico de Mértola
Resumo / Resumen
O poster apresenta uma análise de seis fragmentos de sigillata que contêm representações animais e que
fazem parte de um conjunto de materiais arqueológicos provenientes de diferentes intervenções realizadas
pelo Campo Arqueológico de Mértola.
Para além da descrição das caraterísticas, referentes às pastas bem como dos engobes e da classificação
tipológica de cada fragmento, serão fotograficamente ilustrados os diferentes animais, imagens
acompanhadas das respetivas propostas de identificação, com estabelecimento de paralelos conhecidos na
bibliografia publicada.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
38
Desollar, cortar y filetear: ¿cambio o continuación en los patrones de despiece durante la romanización?
Elena López-Romero González de la Aleja1, Marta Pérez Polo2, Marta Moreno García1, Damián Romero1,
Francisco Javier Sánchez Palencia1
1 Instituto de Historia, CCHS-CSIC, Madrid, España
2 Facultad de Geografía e Historia, Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED), Madrid, España
Resumo / Resumen
Las huellas producidas durante el procesamiento de carcasas animales constituyen una de las evidencias
más interesantes a la hora de evaluar cambios tecnológicos y culturales entre diferentes comunidades
humanas. Desde esta perspectiva el presente trabajo registra y describe las marcas observadas en los
materiales faunísticos recuperados en tres asentamientos situados en los Arribes del Duero (Zamora), cuya
cronología se extiende desde la Edad del Hierro al periodo tardorromano. Nuestro objetivo es valorar si el
proceso de romanización introdujo innovaciones significativas en la manipulación de las carcasas
consumidas por las poblaciones locales o si por el contrario se mantuvieron las técnicas tradicionales
usadas con anterioridad a la llegada de la cultura romana al noroccidente peninsular.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
39
A “fossa dos cães” da vila romana da Horta do Pombal (Santiago Maior, Beja)
Nelson Vale, Liliana Luís, Sandrine Fernandes e Lídia Baptista
Arqueologia & Património, Lda
Resumo / Resumen
No âmbito da Minimização de impactes sobre o património cultural decorrentes da execução do Circuito
Hidráulico de São Matias – Fase Prévia à Obra, promovidos pela EDIA, S.A., realizaram-se trabalhos
arqueológicos na vila romana da Horta do Pombal (Santiago Maior, Beja). Estes trabalhos foram executados
pela equipa da Arqueologia & Património, Lda entre os meses de Maio de 2014 e Fevereiro de 2015.
Esta intervenção permitiu escavar uma vasta área da vila tendo sido possível localizar, embora
parcialmente, a necrópole, uma área de fornos, as termas e áreas que corresponderão aos espaços de
transformação e armazenamento de produtos agrícolas e a pars rustica da vila.
Neste poster iremo-nos debruçar sobre o enchimento de uma estrutura de tipo fossa, localizada entre as
áreas dos fornos e da necrópole, que apresentava no seu enchimento, em diferentes níveis, um total de 4
canídeos.
Os depósitos que colmatavam a estrutura apenas forneceram alguns fragmentos cerâmicos
incaracterísticos que não permitem uma atribuição cronológica fina. Em termos estratigráficos, esta fossa
pertencerá à fase mais tardia de ocupação da vila que colocamos, provisoriamente, entre séculos III e IV
d.C.
Pretende-se, com a particularidade do enchimento desta estrutura, trazer à discussão o papel do cão no
quotidiano das comunidades que habitavam o mundo rural do interior alentejano.
El mundo animal en la romanización de la Península Ibérica
40
Novo registo de dromedário (Camelus dromedarius) em níveis do Período romano na Casa do Lanternim, em Mértola (Portugal)
Marta Moreno García1, Carlos Pimenta2, Virgílio Lopes3
1Centro de Ciencias Históricas y Sociales, CSIC, Madrid
2Laboratório de Arqueociências (LARC) – DGPC
3Campo Arqueológico de Mértola (CAM)
Resumo / Resumen
Nas escavações arqueológicas realizadas no ano de 2004 pelo Campo Arqueológico de Mértola (C.A.M.) sob
a direção de um dos autores (V.L.) na Casa do Lanternim, localizada na zona antiga da vila, foi recuperado
um fémur de um grande mamífero. Apesar de fragmentado, a excelente conservação da totalidade da
articulação proximal permitiu, com recurso às coleções osteológicas de referência do LARC-DGPC, a sua
atribuição a dromedário (Camelus dromedarius).
Ainda que não constitua uma novidade em contextos de cronologia romana na Península Ibérica, este
registo vem enriquecer o nosso conhecimento do passado desta espécie, confirmando o papel
desempenhado pelos romanos na difusão de animais exóticos pela vastidão do seu Império.
O mundo animal na romanização da Península Ibérica
41
El consumo de roedores en el mundo antiguo: un conjunto de Gliraria procedentes de Arucci
J. Bermejo1, R. Domínguez, J.M. Campos
1Área de Arqueología. HUM132. Fac. Humanidades. Universidad de Huelva
Resumo / Resumen
La excavación de la denominada casa norte, en el yacimiento de Arucci (Aroche, Huelva), ha aportado
interesantes datos para la comprensión del urbanismo en general y de la arquitectura doméstica en
particular de esta ciudad. En esta línea, la excavación de sus ambientes ha permitido la identificación de las
distintas funciones de sus estancias, de entre las que destacan dos significativas tabernae abiertas a una de
las principales vías de la ciudad. En una de ellas se ha podido recuperar un interesante conjunto de
fragmentos cerámicos cuyas características permiten identificarlos con gliraria. Esta serie supone una
interesante novedad en el registro arqueológico de la ciudad de la que se pueden inferir diversos aspectos
de la dieta de sus habitantes así como actividades de cría y producción de especies.
ÍNDICE / ÍNDICE
Simon J.M. Davis, Roman Iberia: some zooarchaeological considerations ........................................................................ 8
Rafael M. Martínez Sánchez, Fernando Quesada Sanz,Ignacio Muñíz Jaén, Estudio preliminar de los restos óseos
animales de Época Ibérica procedentes del Cerro de la Cruz (Almedinilla, Córdoba); un poblado bastetano del siglo II a
C. ......................................................................................................................................................................................... 9
Ana Beatriz Santos, Joana Gomes, Nuno Monteiro, Álvaro Pereira, João Pimenta, Henrique Mendes, Cleia Detry,
Estudo Zooarqueológico do Monte dos Castelinhos (Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, Portugal) ............... 10
Marta Moreno García; Elena López-Romero González de la Aleja; Damián Romero; Francisco Javier Sánchez Palencia,
Aproximación arqueozoológica al proceso de romanización en el occidente zamorano: tres casos de estudio ............. 11
Carlos Fernández Rodríguez, Natividad Fuertes Prieto, Víctor Bejega García, Eduardo González Gómez de Agüero,
Análisis zooarqueológicos de vertederos del campamento de la Legio VII Gemina (León) ............................................. 12
Silvia Valenzuela Lamas, Vacas del este, vacas del oeste. Diversidad de morfotipos de ganado vacuno en la Península
Ibérica y cambios desiguales en el periodo romano. ........................................................................................................ 13
Eufrasia Roselló Izquierdo, Eduardo Gómez de Agüero, Carlos Fernández Rodríguez,Brice Ephrem, Arturo Morales
Muñiz, No tan sólo salazones: una aproximación a la pesca artesanal romana en la Iberia Atlántica y Aquitania ......... 14
Amílcar Guerra, O mundo animal na Hispânia romana: alguns tópicos retirados da documentação literária e epigráfica
.......................................................................................................................................................................................... 15
Joaquín L. Gómez-Pantoja, “Aditus ad aquam”. El uso pecuario de agua en Hispania .................................................... 16
Mª Isabel Fernández-García, Representaciones animalísticas en la terra sigillata hispánica de Los Villares de Andújar
(Jaén, España) ................................................................................................................................................................... 17
Macarena Bustamente Álvarez, Cleia Detry, Cerâmica e animais: representações zoomórificas em Terra Sigillata
Hispânica ........................................................................................................................................................................... 18
Jorge Raposo e Cézer Santos, Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Corroios / Seixal): o mundo animal nas cerâmicas
locais e exógenas .............................................................................................................................................................. 19
Pedro Mª Castaños Ugarte, Jone Castaños de la Fuente, Arqueozoología y ritos taurobólicos en el norte de la Península
Ibérica ............................................................................................................................................................................... 20
Virgilio Lopes, A iconografia nos mosaicos do complexo religioso de Mértola ................................................................ 21
Teresa Rita Pereira, As representações animais na baixela metálica tardo-republicana: o exemplo de Cabeça de
Vaiamonte (Monforte, Portugal) ...................................................................................................................................... 22
Carlos Pimenta, Ana Pajuelo Pando, Pedro Lopéz Aldana, Martina Monteiro, ¿Libaciones o trampeo involuntario? Los
microvertebrados de las tumbas T68 e T98 de la Necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla) ................... 23
Laura Llorente Rodríguez, Carlos Nores Quesada, Philippe Gaubert, Arturo Morales Muñiz, ¿Nativo o foráneo? El
meloncillo de tabacalera y su aportación a la historiografía europea de la especie ....................................................... 24
Ricardo Jorge Lopes, Juan A Gomez, Alessandro Andreotti, Maura Andreoni, O Camão (Porphyrio porphyrio) e o
homem, Uma história esquecida de interações históricas ............................................................................................... 25
Begoña Serrano Arnáez, La representación de actividades cinegéticas através de los moldes en Los Villares de Andújar
(Jaén, España) ................................................................................................................................................................... 27
Mª Isabel Fernández-García, Laura Alarcón Moreno, Notas acerca de nuevos estilos anónimos en la terra sigillata
hispánica de Los Villares de Andújar (Jaén, España) con representaciones animalísticas ............................................... 28
Jaquelina Covaneiro, “Acus crinalis” ou alfinetes de cabelo. Objectos de adorno em osso na Ossónoba romana ......... 29
Martina Monteiro, Sílvia Casimiro, Rodrigo Banha Da Silva, Um contexto com funcionalidade ritual em Olisipo .......... 30
Dennis Graen, Wool and textiles: The economy of a Roman villa in the Algarve hinterland in the light of
archaeozoological and palynological results .................................................................................................................... 31
Francisco R. Correia, A dieta alimentar em época romana na região do Algarve (Portugal): estado actual dos
conhecimentos ................................................................................................................................................................. 32
Ana Pajuelo Pando, Ofrendas animales en la necrópolis romana del Prado de San Sebastián (Sevilla, España) ............. 33
Filipa Santos, Pedro
Angeja, Diogo
Mota, Eduardo
Porfírio, Miguel
Serra, Cleia
Detry, Estudo preliminar dos
enterramentos de animais da Necrópole Tardo-Antiga de Torre Velha 3 (Serpa, Portugal) ............................................ 34
Maria João Valente, André Carneiro, Entre a pecuária e a caça: dados preliminares da fauna de vertebrados da villa
romana da Horta da Torre (Fronteira) .............................................................................................................................. 35
Javier Muruzábal Cal, Un cráneo de vacuno acorne en el “Pueyo de los Bañales” (Layana/Uncastillo, Zaragoza,
España) ¿Un fenómeno de época romana MÁS ALLÁ DE los Países Bajos? ..................................................................... 36
Marta Sofia Freitas Dias, Fragmentos de sigillata com representações animais do Campo Arqueológico de Mértola ... 37
Elena López-Romero González de la Aleja, Marta Pérez Polo, Marta Moreno García, Damián Romero, Francisco Javier
Sánchez Palencia, Desollar, cortar y filetear: ¿cambio o continuación en los patrones de despiece durante la
romanización? .................................................................................................................................................................. 38
Nelson Vale, Liliana Luís, Sandrine Fernandes e Lídia Baptista, A “fossa dos cães” da vila romana da Horta do Pombal
(Santiago Maior, Beja) ...................................................................................................................................................... 39
Marta Moreno García, Carlos Pimenta, Virgílio Lopes, Novo registo de dromedário (Camelus dromedarius) em níveis
do Período romano na Casa do Lanternim, em Mértola (Portugal) ................................................................................. 40
J. Bermejo, R. Domínguez, J.M. Campos, El consumo de roedores en el mundo antiguo: un conjunto de Gliraria
procedentes de Arucci ...................................................................................................................................................... 41
APOIOS / APOYO