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Transfer Parcial para Extensões de Grupos Dualidades Valdeni Soliani Franco• orientador Prof. Dr. Janey Antonio Daccach Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Com- putação, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do título de "Doutor em Ciências - Área Matemática - Geometria e Topologia". USP - São Carlos 1998

Transfer Parcial para Extensões de Grupos Dualidades · 2018. 3. 19. · Transfer Parcial para Extensões de Grupos Dualidades Valdeni Soliani Franco• orientador Prof. Dr. Janey

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  • Transfer Parcial para Extensões de Grupos Dualidades

    Valdeni Soliani Franco•

    orientador

    Prof. Dr. Janey Antonio Daccach

    Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Ciências Matemáticas e de Com-

    putação, da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para obtenção do

    título de "Doutor em Ciências - Área Matemática - Geometria e Topologia".

    USP - São Carlos

    1998

  • Agradecimentos

    Ao Professor Janey Antonio Daccach pela dedicação, estímulo e amizade.

    À Carla pelo apoio implícito por alguns anos e explícito neste último ano.

    Ao Rafael pela compreensão que teve com as longas ausências às quais fui obri-

    gado a submetê-lo.

    Aos meus pais pela força e fé.

    Aos professores do DMA-UEM pelas condições e incentivo que me deram durante

    estes anos.

    Aos professores do ICMC-USP, pela formação e apoio.

    Aos funcionários do DMA-UEM e ICMC-USP que nos deram o suporte necessário

    para conclusão deste trabalho.

    Aos companheiros de caronas e repúblicas pela boa convivência nestes anos.

    Enfim a todos os amigos que acreditaram, torceram, me incentivaram, e que de

    alguma forma contribuiram para a realização deste trabalho.

    À CAPES e ao CNPq pelo auxílio financeiro.

    A Deus que mais uma vez me mostrou sua cara.

  • ao Rafael

  • Abstract

    Since the concept of Poincaré Duality Groups was areated, many efforts has

    been done in order to study the geometrical properties of a closed manifold, in this

    new category. This is natural because a Poincaré Duality Group has its homology

    and cohomology connected by an isomorfism like the Poincaré Duality isomorphism for

    compact manifolds.

    Products like the cup and cap product, Steenrod square operations, universal

    coeficient theorems can also be defmed for Poincaré Duality Groups. In this way Stiefel-

    Whitney classes, Stiefel Whitney numbers and the notion of cobordism of Poincaré Du-

    ality Groups can be naturally established. Also the notion of index of Poincaré Duality

    Group can be defined, and since its properties are essentially algebraic, the results in this

    direction would not be new. For completness we prove here the multiplicative property

    of the index for "fibrations" (under cetain hipothesis) and we give counter-examples like

    the ones given by Atiyah and Kodaira.

    The core of this work is the Partia] Transfer Theorem of Gotllieb. Ris proof

    uses deep geometrical properties of manifolds, still without similar for Poincaré Duality

    Groups. Thanks for LHS spectral sequence we present here a proof of the Partia]

    'Pransfer Theorem for a short exact sequence:

    N »i. G —»

    of Poincaré Duality Groups and some applications is given.

  • Resumo

    Desde que o conceito de Grupos Dualidades de Poincaré foi criado, muitos

    esforços tem sido feito com a finalidade de estudar as propriedades geométricas de uma

    variedade fechada nesta nova categoria. Isto é natural, pois um Grupo Dualidade de

    Poincaré tem sua homologia e cohomologia conectada por um isomorfismo semelhante

    ao isomorfismo Dualidade Poincaré para variedades compactas.

    Produtos semelhantes ao cup e cap, operaçrios quadrados de Steenrod, Teo-

    rema dos Coeficientes Universais também podem ser definidos para Grupos Dualidade

    de Poincaré. Da mesma maneira as classes de Stiefel-Whitney, números de Stiefel-

    Whitney e a noção de cobordismo de Grupos Dualidade de Poincaré pode ser definido,

    e desde que estas propriedades são essencialmente algébricas, os resultados nesta direção

    não são novos. Apenas como complemento nós demonstraremos aqui propriedades mul-

    tiplicativos do índice de "fibrações" (sob certas hipóteses) e damos contra-exemplos

    semelhantes aos dados por Atiyah e Kodaira.

    O centro deste trabalho é o Teorema de Transfer Parcial de Gotllieb. Sua

    demonstração utiliza propriedades geométricas refinadas de variedades, que não tem

    similares para Grupos Dualidades de Poincaré. Graças a sequência espectral de LHS,

    nós apresentamos aqui uma demonstração do Teorema de Transfer Parcial para uma

    sequência exata curta:

    N)LG 7--r»Q

    de Grupos Dualidades de Poincaré e damos algumas aplicações.

  • ÍNDICE

    Página

    CAPÍTULO 0: ENUNCIADO E DISCUSSÃO Da PROBLEMA APRE-

    SENTADO NESTE TRABALHO 01

    CAPÍTULO I: (CO)HOMOLOGIA DE GRUPOS E GRUPOS DUALI-

    DADES 05

    1.1 - Homologia e cohomologia de Grupos 05

    1.1.1 - Anel de Grupo 05

    1.1.2 - Teoremas de álgebra homológica 06

    1.1.3 - Observações sobre Módulos 07

    1.1.4 - Resoluções projetivas 08

    1.1.5 - As definições de homologia e cohomologia de Grupos 11

    1.1.6 - Extensão e Coextensão de escalares 14

    1.2 - Homologia e Cohomologia relativa para pares de Grupos 16

    1.2.1 - Definições 16

    1.2.2 - Resultado básico 17

    1.3 - O produto Cap absoluto e relativo 18

    1.3.1 - Definições e notações 19

    1.3.2 - O produto cap relativo 22

  • 1.4 - Grupos dualidades e pares dualidades 23

    1.4.1 - Os grupos dualidades e grupos dualidades de Poincaré 23

    1.4.2 - Condições de finitude 25

    1.4.3 - Pares dualidades e pares dualidades de Poincare 27

    1.5 - O produto Cup 98

    1.5.1 - O produto cross 29

    1.5.2 - O produto cup 29

    1.6 - O grau de um homomorfismo 31

    1.6.1 - Definições 31

    1.6.2 - Resultados e exemplos 33

    1.7 - O Índice de unia extensão de grupos .37

    CAPITULO II: UMA FÓRMULA PARA EXTENSÃO DE GRUPOS 40

    11.1 - As sequências espectrais de LHS e a compatibilidade com o produto Cap 42

    11.2 - Um teorema básico 44

    11.3 - A demonstração do teorema principal 50

    CAPITULO III : O GRAU DE UMA APLICAÇÃO E O NÚMERO

    DE UMA EXTENSÃO 52

    II

  • 111.1 - O grau de uma aplicação 52

    111.2 - O número de uma extensão 55

    BIBLIOGRAFIA 61

    111

  • CAPÍTULO O

    ENUNCIADO E DISCUSSÃO DO PROBLEMA

    APRESENTADO NESTE TRABALHO

    Um dos conceitos importantes em teoria de homotopia é o conceito de fi-

    bração.

    A definição dos grupos de homotopia de um espaço X e. relativamente simples

    se comparado com a definição de grupos de homologia do espaço X.

    Uma vez estabelecido o conceito de homologia o cálculo dos grupos de homo-

    gia para determinadas categorias, como por exemplo CW-complexos, nada mais

    é que uma rotina em geral.

    No entanto, o cálculo dos grupos de homotopia, apesar de sua simples

    definição, é muitíssimo complicado pois não temos em homotopia um conceito

    equivalente a sequência de Mayer-Vietoris.

    Por exemplo, na década de 30, ainda não se sabia calcular 7r3(.92), sem

    desmerecer o grande matemático deste século Pontryagin, ele erroneamente enun-

    ciou que 7r3(82) era o grupo trivial.

    Foi Hopf logo em seguida que estudando a fibração:

    1

  • 'ri

    82

    que recebeu seu nome, conseguiu concluir com sucesso que 7r3(S2) = Z cujo

    gerador é a classe de homotopia da função ir.

    Desde então o conceito de fibração tem desempenhado papel fundamental

    na teoria de homotopia.

    De forma alguma é nosso interesse neste capítulo fazer uma exposição exaus-

    tiva das propriedades das fibrações nas diferentes categorias, ou seja: base, fibra e

    espaço total como sendo OW-complexos, ou base, fibra, espaço total, variedades,

    etc.

    Duas propriedades interessantes relativas a fibrações (na categoria de varie-

    dades que suporemos diferenciáveis) que deu origem a este trabalho são as seguin-

    tes:

    TEOREMA A (Gottlieb): Para urna variedade fibraxia:

    a seguinte fórmula é verificada:

    i.([P]) = (p*A) [E] , onde [E] E 1-1„±„, (E) , [F] E 117, (F) são classes

    fundamentais e [W] a classe fundamental dual em Hm(B).

    2

  • TEOREMA B (Chern-Hirzebruch-Serre): Consideremos uma variedade fibrada:

    F E

    satisfazendo as seguintes condições:

    (1) E,B e F são variedades compactas conexas e orientáveis,

    (2) O grupo fundademental xi(B) atua trivialmente na cohomologia 11*(F).

    Então E,B e F são coerentemente orientadas, e o índice de E é o produto

    dos índices de F e B, isto é:

    o-(E) -= (F)a (B)

    Um conceito em teoria de grupos que nos parece similar ao conceito de

    fibração, é o da sequência exata curta de grupos:

    N >—> G Q

    Uma vez que existe uma determinada classe de grupos, chamada grupos dua-

    lidades, cujas homologia e cohomologia satisfazem uma propriedade semelhante

    ao das variedades compactas; ou seja dualidade de Poincaré, procuramos neste

    trabalho demonstrar nesta categoria os dois teoremas acima enunciados.

    Na demonstração do Teorema A (diga-se de passagem resultado talvez já

    conhecido por Hopf, porém sem referencias na literatura) Gottlieb usou técnicas

    3

  • refinadas de topologia diferencial. No entanto até o momento não possuímos

    para grupos, técnicas semelhantes, como por exemplo transversalidade, fibrado

    normal e outras.. Isto que tornou atrativo o estudo do Teorema A na categoria

    de Grupos Dualidade de Poincaré.

    Com relação ao Teorema B sua demonstração baseia-se em propriedades dos

    diferentes produtos e de sequências espectrais. No entanto temos na categoria

    de grupos todos estes conceitos gozando das mesmas propriedades algébricas.

    Assim sendo, a demonstração no caso de Grupos Dualidade nada mais é que

    uma transposição do trabalho de Chern-Hirzebruch-Serre para o caso de uma

    sequência curta exata de Grupos Dualidade:

    N)--4G»Q

    Ainda com relação ao teorema B que pelo motivo acima exposto, somente

    enunciaremos no final do capítulo I, vamos da mesma maneira que Atiyah[2]

    ou Kodaira[21], exibir um contra-exemplo onde o teorema falha se o grupo fun-

    damental da base não atua trivialmente na cohomologia da fibra, entendendo

    obviamente no caso de uma sequência exata de grupos como acima, Q atuando

    trivialmente na cohomologia de N. Isto será apresentado unicamente para re-

    forçar uma conjectura em aberto, que diz que todo Grupo Dualidade é o grupo

    fundamental de uma variedade, fato este que já foi demonstrado para Grupos

    Dualidade de dimensão 2, ou seja:

    Todo Grupo Dualidade de dimensão 2 é grupo fundamental de uma superfície

    de genus diferente de zero [14].

    4

  • CAPÍTULO I

    (CO)HOMOLOGIA DE GRUPOS E GRUPOS DUALIDADES

    Aqui pretendemos estabelecer notações, introduzir conceitos, enunciar e se

    necessário demonstrar resultados que utilizaremos no decorrer deste trabalho.

    Também definimos e damos alguns resultados importantes de (co)homologia rela-

    tiva de pares de grupos que estão servindo de base para pesquisas recentes que

    estamos desenvolvendo e que não farão parte deste trabalho.

    Aqui G denotará um grupo qualquer e K um anel com unidade.

    1.1 - HOMOLOGIA E COHOMOLOGIA DE GRUPOS

    Nesta secção após algumas definições e propriedades básicas, definiremos o

    conceito fundamental para o desenvolvimento deste trabalho e também alguns

    resultados que serão utilizados nas secções e capítulos posteriores.

    1.1.1 - Anel de Grupo

    O anel de grupo KG é o anel cujos elementos são todas as somas formais

    À=y À99 , g K, tal que: gEG

    5

  • 6

    suporte(A) = {g; Ag O} é finito e com as seguintes operações:

    (1) E A99 + E Agg = E (Ag +P9)9 gE G gEG g E G

    (2) (E Agg) ( E pog ) = E vgg, onde vs, = E Aoh-l o = E A.gy g EG gEG gEG ge G n=9

    Eliminando as componentes nulas da soma fomal, A pode ser escrito como:

    A =E Aigi.

    Assim k —+ keG é um mergulho de K em KG. Após a identificação de K com

    KeG podemos assumir que K está contido em KG.

    O elemento 1.e0 atua como identidade para 1(0 e nós o denotaremos por 1,

    como usual.

    A aplicação E : KG —+ K, tal que e( > Ao) =E Ag é um homomorfismo gEG gEG

    chamado aplicação aumentação de KG.

    Seu kernel (G) = {À = E Agg E 1(0; E Ag = OH chamado o ideal gec gec

    aumentação de KG.

    1.1.2 - Teoremas de álgebra homológica

    Teorema (Fórmula de Kiinreeth): Seja K um domínio ideal principal e seja C e C

    complexos de cadeiais tal que C é livre em cada dimensão. Existem sequências

    exatas naturais:

    o —reHp(C)®KH„_p(C) rin(C OK C) --relbre. (HP(C),Hn-p-1(C)) —) O PEZ pEZ

    e

    ExtIK(Hp(c),H„-p+1 (C)) Hn(HomK(C, C))—+ ji HomK (Hp (C), Hn-p (C)) —+0 pEZ pEZ

    e estas sequências splitam.

  • Um caso especial da fórmula acima e dado pelo

    Teorema dos Coeficientes Universais(TCO: Com as hipóteses do teorema acima

    e supondo que C' e tal que CtS = MeG% =0 para rt O, teremos que as

    sequências exatas neste caso tomam a seguinte forma:

    O Hp(C) OK M (C OR- M) eTorf (H,i _i(C),M) O e pEZ

    O —) EXt 1K (HT1-1 (C), M) —* 1-1,t(HomK(C, M)) —) HOMK (Hn (C) M) —) O

    1.1.3 - Observações sobre Módulos

    Neste trabalho, a menos que se especifique o contrário, trabalharemos na

    categoria de KG-módulos à esquerda. Mas e bom observar que todo KG-módulo

    à esquerda M pode ser considerado um KG-módulo à direita bastando definir:

    m (kg) = (kg-l )m VkEK,gEGemEM.

    De modo análogo todo KG-módulo à direita pode ser considerado KG-

    módulo à esquerda.

    Se M é um KG-módulo, então:

    (i) M e um 1C-módulo (basta definir km -= (ke)m) onde e é o elemento neutro de

    G.

    (ii) Existe uma ação de G em M, dada por :

    g * m = (l4)m

    Podemos estabelecer a recíproca, ou seja, se M é um K-módulo e existe

    uma ação de G em M, então podemos dar a M uma estrutura de KG-módulo,

    bastando definir:

    7

  • (kg) * ?TE = k(gtrt)

    e estender por linearidade.

    O anel K pode ser sempre considerado como um KG-módulo com a G-ação

    trivial, isto é, g * k = k,V k EK e Vg E G.

    Assim ( E kgg k = E kg( g *k)=E kgk. gEG J 9W gEG

    Sejam M e N KG-módulos. Podemos dar a M OK NeaHornic(M, N)

    uma estrutura de KG-módulo induzida pela G-ação diagonal, como segue:

    g * (m e n) = gni Øgn, Vg E G,Vrn E M e Vn E N.

    (g * f)(m) -= g f (g-in-t),V g E G, Vrn EM eVf E H om (M, N).

    1.1.4 - Resoluções projetivas

    Uma resolução projetiva de K como KG-módulos é uma seqüência

    exata de KG-módulos:

    • FIn P,1 -& P0 ). K O

    onde cada I- é KG-projetivo.

    A existência de uma tal projeção é óbvia, basta tomar Po = KG, e a

    aplicação aumentação e definir Pn+i como um módulo livre qualquer que aplica

    sobre Kn = ker(an : Pn —* P,.,_1 ) e para 8n+1 a aplicação composta :

    Kn Pn.

    Observemos que na verdade esta construção nos dá uma resolução livre de K.

    As vezes denotamos uma resolução projetiva de K, simplesmente por :

    8

  • p K.

    *Observações:

    No estudo da (co)homologia de um grupo G, utilizamos resoluções projetivas

    de Z de ZG-módulos, conforme veremos no próximb parágrafo.

    Em [10, 1.7.4] mostra-se o seguinte teorema:

    Teorema 1: Dadas duas resoluções projetivas P e P' de um módulo M, existe

    uma aplicação f P P', única a menos de homotopia e f é uma eqüivalência

    homotópi ca.

    Devido a observação acima e a este último teorema será interessante exibir

    urna resolução projetiva de Z bastante importante no estudo da (co)homologia

    de grupos, denominada resolução Bar.

    Com esse objetivo daremos inicialmente uma resolução padrão.

    E uma resolução de Z como ZG-módulos

    Consideramos Pn como o grupo abeliano livre gerado por Gn+1 = G x x G n+1

    Se :r E P„ =- ni(xió,x1, onde n, i Z.

    Vamos definir urna ação à esquerda de G em Pn:

    G x P„, tal que (x, (xo, x„)) (xxo, xx,t ).

    Definimos ainda ar, : Pn+i —) Pn, colocando:

    = E

    ' ' Pn-1 —)

    9

  • Mostra-se que a resolução padrão é uma resolução livre de Z de ZamOdulos.

    Vamos agora definir a resolução Bar

    As cadeias Bn desta resolução serão os ZO-módulos gerado por G".

    Um gerador de Bn é da forma: [zi ... 1 xn], onde xi E G.

    Com o objetivo de definir os homomorfismos an:Bn Bn-1, vamos encon-

    trar uma correspondência biunívoca entre P„, e B.

    an-s-1 D D D1 — a, Á-C

    e .77 —) ' Pni-1 n n -1 -E ) ,' 1/4

    011+1 -én n, Oi R. B Z uon-1 —1 —> O

    Definimos então:

    r( x0 , xn ) = xo[xo xl 1 j

    an [X1 • •• xn] = (1? X1? X1.X2, X1X2X3, ••• X1X2. • •Xn)

    Observamos que unrn(xo, xn ) = id(xo, zn) e que rnon[zi ...1 xn ] =

    idexi I

    Temos:

    87,41 • • • 1-n —> 1-n-1

    uni

    an+1 n 311 • " Bn+ —1 .0n, Bn_1

    Definimos então: 5,= Tn-lanCin • Desta maneira podemos dar uma expressão

    para an como segue:

    10

  • n-1 an [X1 • Xn] = X i[X 2 i X3 • • • Xn] + E (-1)i[x1 x2 ...xixi+i I ••• I xn] + i=1

    + (-1)1x11 xn-il•

    *Notação: B(G) é a resolução bar de G.

    1.1.5 - As definições de homologia e cohomologia de grupos

    Aqui consideraremos Z como um ZG-módulo trivial.

    Tomemos uma ZG-resolução projetiva de Z:

    an O an-I 82 n ' • ' 1-n rn-1 1-1

    Construímos as sequências abaixo, onde M é um ZG-módulo dado:

    D„Old 020Id , OiOdd sOld • • • —. Pn 07,G rn -1 0z6 —. • • • WZG n't — oOzG M —• ZØza M —• O

    O —• H ~ao(Z, M ) Homw(Fb. M) 2134. 45„- HOTozo(Pn-1, M) HOMZO(P„, M) • • •

    Aqui õi é definido como segue:

    Se f E flornzG(Pn, M) =t (ôn(f))(x) = ( -1)n+1 f (8.1-1(x)),V x E Pn-I-1•

    Por definição, a homologia de G com coeficientes em M (H.(C; M)),

    é a homologia do complexo:

    , °nem rn-1 OZG

    , an_lard a2ald P1 OZG M

    d po oz M" Pi OZG

    e a cohomologia de G com coeficientes em M (1-1*(C; M)), é a homologia

    do complexo:

    O HOMZG( P0 )•nct I \ 6o i• in 61 6o-1

    °771•ZG11-1 lv ) " • 10inZG k 1"-n - ) HOMZG (P71, M)

    11

  • Podemos calcular facilmente Ho(G; M) = MG C1=- Z OW M e H°(G; M) =

    MG = {m E M;gm = rn,Vg EG}.

    *Notações especiais:

    1. Quando fazemos M = Z, denotamos H,(G, Z) e Ht(G, Z) simplesmente por

    H.(G) e H(G), respectivamente.

    2. Os funtores Ham,z(_, _), Homze(_, _),_0z _ e _OzG _ serão denotados, respecti-

    vamente, por Horn(_, _), Hornc(_,_), -0 - e -00-•

    * Observaçõo:

    No teorema dos coeficientes universais 1.1.2, se K é um corpo, os termos Tor

    e Ext se anulam e assim:

    H„(G; M) H,(G; K) M e

    H*(G; Hom(11„(G;K), M)

    H*(G; M) 1.:4 I(G;K) 0 M

    este fato encontra-se demonstrado em [16, §3.4].

    Temos uma caracterização topolOgica dos grupos de homologia e cohomolo-

    gia H„(G) e H*(G) dada em [10, II, g, prop. 4.1]

    Se Y é um K(G,1)-complexo, então 11.(G):4 H.(Y) e 1-1*(G) H*(Y).

    Como aplicações deste resultado temos:

    12

    1. H„(Z) = K(Z, 1) SI Z, se n = 0,1

    se n> 1

  • 2. Seja Gn o grupo fundamental de uma superfície orientável IVg de genus n,

    = (ML

    De Fato: Tomamos o recobrimento universal de Mn, Sán. Como a cardinalidade

    de 7ri(M.?,) é infinita, cada ponto de Mn possui uma, vizinhança admissivel que se

    levanta em infinitas folhas. Portanto -Mn não é compacto. Logo H2( = O e

    como HAn) = O para i> 2, pois dimK1 = 2, 7r1(/-521,1) = O poiso recobrimento

    é universal.

    O teorema de Hurewicz garante que 7r2(Mn— ) = ) = O e 7ri(i-V-In) =

    O. Portanto -Mn é contrátil e assim Mn é um K(Gn,1). Pelo resultado acima

    R7(G) = 11:(/Vg, Z)

    No caso dos grupos H.(G; M) e 11*(G; M) onde M é um ZG-módulo qual-

    quer, a interpretação topológica é análoga e vamos enunciá-la como teorema, pois

    a utilizaremos em capítulos posteriores.

    Teorema l [10, pag 59]: 11,(G; M) IL,(K(G,1);911) e 11*(G; M) H* (K(G, 1); 931),

    onde 93t é o sistema de coeficientes locais de K(G,1) associado ao G-módulo M.

    Teorerna 2: Seja G um grupo qualquer e M um ZG-módulo. Então para qualquer

    sequência exata curta O M' M M" O de ZG-módulos e qualquer

    inteiro n, existem homomorfismos naturais:

    a : Fin(c; Ar) 117,1((3; M') e 6 : (G; M") Hn+1 ((3; M') tais que

    as sequências longas:

    13

    M") 2—din_i(G; M') -2 11,7(G; M) j=.> H,,i(G; M') e

  • 14

    • • • diLd-In-1(G; din-i(G; X-J1"-1(G; M") —641-ING; Mi) • •

    são exatas.

    Demonstração: [10, III - 6.11.

    1.1.6 - Extensão e co-extensão de escalares

    Sejam R e S anéis e a: R S um homomorfismo de anéis.

    Suponhamos que M seja um S-módulo. Existe naturalmente em M unia

    estrutura de R-módulo a saber:

    r *rn, =-- a(r)m.

    dizemos neste caso que M é um R-módulo por restrição de escalares.

    Seja M um R-mádulo. Podemos ver S como um R-módulo da seguinte

    forma:

    r * s = a(r)s

    Podemos então construir S Oft M. Afirmamos que S Oft M admite uma

    estrutura de S-módulo.

    De fato: Definimos s * (a' 0m) = (s. s') 0 m. Dizemos neste caso que o S-módulo

    é obtido do R-módulo por extensão de escalares R e S.

    Podemos ainda construir HomR(S, M). Afirmamos que HomR(S, M) admite

    uma estrutura de S-módulos.

    De fato: Definimos (s * Mal) = f(ss'). Dizemos que o S-mOdulo HcrmR(S,M)

    e obtido do R-módulo M por co-extensão de escalares.

    *Observação:

  • Nosso interesse é aplicar estes conceitos no caso em que temos um subgrupo

    S de G, ou seja, temos S c--).G e assim ZSP-` ZG.

    Se M é um ZG-módulo, denotaremos por:

    15

    o ZG-módulo obtido de M por restrição de escalares via a.

    o ZG-módulo ZG Os M, obtido por extensão de escalares.

    o ZG-módulo Harns(ZG, M), obtido do ZS-módulo M por co-

    1. ResPg

    2. In4M

    3. CoindgM

    extensão de escalares.

    Lema de Shapiro: Seja S um subgrupo de G e M um ZS-módulo, então:

    (i) H*(S; M) = 1-1„(G;In4M) (ii) (S; M) =1.1*(G;CoindgM)

    Demonstração: Seja P—» Z uma resolução projetiva de Z de ZG-módulos, por-

    tanto uma resolução projetiva de Z de ZH-módulos.

    (i) 1.1*(G;IndgM) 1.1.(G; ZG 03M) 'a H,(P OG (ZG 03M)) = 11*((P

    ZG) OS M) = H*(P OS M) 1.1. (H; M).—

    (ii) H*(G;CoindgM) -°1-1*(0; Harns(ZG, M)) A 1-1* (H omG(P , H oms(ZG , M)) =

    1.1.(Horns(P, -4: H* (S; M.e

    Fórmula de Mackey: Sejam G um grupo, S um subbrupo de G e N um ZG-

    módulo, então temos ZG isomorfismos naturais:

    (i) Z(-g-)ON InclYRe4N

    (ii) Harn(Z(g),N) CoinnRes,ÇN ,

    onde Z(g-) Ø N e H orn(Z(), N) são vistos como ZG-módulos com a ação dia-

    gonal descrita em 1.1.2.

  • 16

    Demonstração: A aplicação rt, é definida por (1)(gS 0 n) = g 0 g'n,

    g E G, nENe estendida por linearidade. É fácil ver que 4) está bem definida e

    é um ZG-homomorfismo. A inversa é dada por g 0 ri gS 0 gn.

    Já a aplicação é definida colocando (0(f)) (g),= g f (g'S), Vg E (3 e

    V f E Harn(Z(g-), N). Sua inversa 0-1, é definida por (0-1(h))(gS) =

    gEGehE Horn(Z(G),ResM)..

    1.2 - HOMOLOGIA E COHOMOLOGIA RELATIVA PARA PARES DE

    GRUPOS

    Daremos aqui as noções de homologia e cohomologia relativa para pares de

    grupos, estabelecendo ainda algumas propriedades básicas que utilizaremos nos

    capítulos seguintes.

    1.2.1 - Definições:

    Seja G um grupo e S = {Si, i E I} uma família de subgrupos de G (não

    necessariamente distintos); nós chamaremos (G,S) um par grupo. Se S 0 nós

    escreveremos Z(-) para o ZG-módulo à esquerda:

    ZG OsiZ =e Z(2) ie/ iE que é o grupo abeliano livre gerado pelas classes laterais xSi , para todo i E 1. A

    ZG-ação é a induzida pela multiplicação à esquerda.

    A aumentação e : Z é o ZG-homomorfismo definido por e(xSi) =

    1 para toda classe lateral xSi e todo i E I. Nos denotaremos seu núcleo por AG 79-

  • e quando não houver dúvidas sobre que módulo estamos tomando a aumentação,

    o denotaremos simplesmente por A.

    Para um ZG-módulo M, os grupos de homologia e cohomologia relativos

    para o par (G,S) com coeficientes em M, são definidos como segue:

    Se Si = 0, as homologias e cohomologias relativas do par (G,0), são os grupos

    absolutos H. (G; M) e H' (G; M) respectivamente.

    Se Si 0, colocamos para todo k E Z :

    Hk(G,S; M) Hk-i (G;A M) e H' (G, S; M)

    onde ZG atua diagonalmente em á 0 M e em Hom(A, M).

    1.2.2 - Resultado Básico:

    É conveniente escrever, para qualquer família de grupos Si = {Si, i E /}

    Hk (S; M) =EDHk (si; Ad) e (S; M) .rilik (si; M)iE, ici

    aqui M é um 71S-módulo, isto é, um ZSi-módulo para todo i E 1.

    Para um para grupo (G$), um 71G-módulo M é um 71S-módulo por restrição.

    Teorema 1: Para um par grupo (G,S) e um 71G-módulo M temos as seguintes

    sequências exatas longas:

    (I) • • • --).1-11̀ (G; M) 1- 8;111̀ (S; M) (G, S; M) 1--fdik+1 (G; M) '2=9;

    (II) • • • --).1-1k.4.1 (G; M) -11.Hk+i (G,S; M) Hk(S; M) C.±":",Hk (G; M) ±i•

    Demonstração: Para demonstrar (I) consideremos a sequência exata curta

    Z(g-) 4. Z, e seja P 71 uma resolução projetiva de 71 sobre 71G-módulos. Então

    17

  • Z(g) 0 P = P" (com a Z(G)-ação diagonal) é isomorfa a Z(G) o P (com Z(G)-

    ação à esquerda) e assim uma resolução projetiva de Z(g-). Tomando à0P = ,

    teremos que PI à 6 uma resolução projetiva de A. Com isso obtemos :

    (i) para qualquer ZG-mOdule coeficiente M, a homplogia destes complexos são:

    1-11,(1S; M) a*--1 lik+i (G, S; M)

    Hk (Pis ; M) lik(S; M)

    Hk(P; M) Hk+i(G; M)

    analogamente para cohomologia.

    (ii) o seguinte diagrama de cadeias:

    p' torci p" sOld

    A Z(Z) Z

    cuja sequência exata longa de cohomologia nos fornece (I) e a sequência exata

    longa de homologia nos fornece (M.e

    1.3- O PRODUTO CAP ABSOLUTO E RELATIVO

    Neste parágrafo estudaremos o conceito chave para as dualidades de grupo

    e de pares de grupos. Como utilizaremos no desenvolvimento do trabalho, duas

    definições distintas para o produto cap, dependendo do que estaremos abordando.

    daremos aqui estas duas definições que são equivalentes.

    1.3.1- Definições e notações:

    18

  • A resolução Bar descrita em 1.1.3 de um grupo G será denotada de agora em

    diante por B(G) e num nível n por B(G) ou simplesmente por B e B.„ quando

    não houver dúvidas quanto ao grupo que estamos tomando a resolução Bar.

    Sejam C e A ZG-mcidulos. O produto cap:

    _ _ : (C OG B„) O HomG(Bk , A) (CoA) OG Bn_k de um elemento

    e -,- c O (xo, xn ) E C OG 13,, com f E HarriG(Bk , A) é definido como segue:

    e f = (c cg) (xo , ...,xn )) f = c ® f (xo , ...,xk )0 (xk , ...,xn )

    É fácil verificar que (9(e •-• f) = (-1)k 3e f + e (5f, onde k = deg(f)

    (demonstraremos este resultado utilizando a segunda definição de produto cap).

    Isto induz o produto cap em homologia:

    _ •-• _ : H„(G; C)0 Hk (G, A) Hn-k (G, C 0 A) •

    A segunda definição é dada para uma resolução qualquer, mas antes neces-

    sitamos de alguns resultados sobre produto tensorial de resoluções.

    Dados dois grupos G e G', sejam P Z resolução projetiva de Z sobre ZG

    e P' Z resolução projetiva de Z sobre ZG'.

    Temos que 1:1 cg) Z O Z é um complexo de cadeias de ZGOZG'-mOdulos

    com a ação diagonal, onde :

    (P P). = e Po P,. i+j=n

    Além disso:

    19

    1. ZG ZG' Z(G x G'),

    De fato: basta tomar a aplicação g ® g' (g, g')

  • 2. Se M é ZC-projetivo e N é ZG'-projetivo, então M 0 N é Z(G x G')-

    projetivo. De fato: Como M é ZC-projetivo, existe um C-módulo A, tal que

    MeA = e ZG. Como N é um ZU-projetivo, existe um Ze-módulo B, tal ¡Er

    que NeB= e ZC'. Assim: je

    (M N) e (A B) (M e A) 0 (N e B) = ED ZCOZC' = e Z(C x (ime.rxi maxi

    C'). Segue o resultado.

    Concluímos de 2., que P P' Z é um complexo de cadeias de Z(C x

    G')-módulos projetivos.

    Teorema .1: P oP' Z é uma resolução projetiva de Z(C x G')-módulos

    projetivos.

    Demonstração: Pelo Fórmula de Künneth dado em 1.1.2, temos:

    e11(P)0 Hn_p(P') >—, 11„(P ® P1) e Torg-4,(P),H,p-1(P'))• pZ pEZ

    Como temos duas resoluções P Z e P' Z projetivas, segue que os 1°

    e 30 termos da sequência acima são nulos e portanto o 2° também.e

    Corolário: Se e:PZe e' : P' Z são ZG-resoluções projetivas de Z sobre

    ZC, então e O e' : Po P' Z também o é, onde G atua diagonalmente em

    P 0 P/.

    * Observação:

    No corolário, se P = P', temos duas aplicações entre resoluções, a saber,

    Os:PoP es0 /d : P P P. No sentido contrário, tal aplicação é

    denominada aproximação diagonal e denotada por a, : P P 0 P.

    20

  • No caso da resolução padrão, existe uma bem conhecida aproximação dia-

    gonal chamada aplicação de Alexander-Whitney, dada por:

    A(x0, ...,x.) =E

    Transladando para a resolução Bar, encontramos:

    A[xl ••• xn1 =0 1x1 ••• i x=1 ® xl•••xp[xi ••• xn1

    A segunda maneira de definir o produto cap será dado a seguir.

    Consideremos três ZG-módulos A,B e C e suponhamos que tenhamos um

    pairing se : C 0 A B. O objetivo é definir:

    C)0 Hr(G; A) Hn(G; B).

    n-f-r Tomemos e E (P o P)n+r OG C = E Pi OG C. Então temos:

    ((1' P)n+r OG ® HOMG(Pr , P„ OG B. Se e = p0q0c, por

    definição: (*)

    e r f = q so(c0 f (p)) E P„OG B

    (*) aqui entender que f se anula fora da dimensão, ou seja, nesse caso f (p) = O

    se p Pr

    Propriedade I: a(e n f) = (-1)If 1 8e n f -I- e n 6f.

    Demonstração: (1) a(e n = (q oso(c 0 f (p))) = aq oso(e o f&-))

    (2) 6 f = (-1)1 f1+1 ha dado em 1.1.5.

    ae=i9(p0q0c)=49p0q0c+(-1)1Pip08q0c=8pOq0c+(-1)Ifipe8q0c.

    ae f = q so(c f (ap)) + (-1)If I aq O so(c f (p))

    (-1)1 f1±1q so(c (5 f )(p)) + (-1)1118q 0 so(c 0 f (p)) =

    21

  • (-1)if 1 +1 (p0q0 e) • , s5f + (-1)1 f 1 8(e f). Concluímos que:

    f) = (-1)(e .5f) + a(e f). Segue a propriedade..

    Assim temos definido o produto cap desejado. Em geral B = COA e

    = Id.

    *Observação: Através da aproximação diagonal á definida acima podemos mostrar

    facilmente que as duas definições dadas de produto cap coincidem

    1.3.2 - O produto cap relativo

    Se S. é uma família de subgrupos de G, definimos:

    (i) _ _ : (G, S; C)0 Hr (G; A) H, (G, S; C 0A)

    (ii) _ _ : 117,4_,(G, S.; C)0 Hr (G, S.; A) 1-1(G; C (9 A)

    Para definir (i) tomamos e = p0 q0 doe E (POP)n+rOcAOCef E

    HornG(Pr , A). Então:

    er, f 4 q0d0c0f(p)EPn0G60C0A.

    Para definir (ii), se e =- p0q0d0e E (P0P),-Fr0GA0C ef E H canG(Pr , Horn(6, A))•

    Então:

    e f q0c0f(p)(d)EPri 0G C0A.

    Em [9, §2, teorema 2.1] é demonstrado o seguinte resultado:

    Teorerna I: Sejam (G, S) um par grupo com S. cp, A e C G-módulos e e E

    H,., (G, S; C). Então o diagrama:

    22

  • 23

    • • • Hk (G; A) res Hk (S; --C Hk÷1 (G, S; --ft-o. Hk+1(G; A)

    fln z(C.S;CC A) H„_k _1(S; C e A) H, _k _1(G; C A) -4 H, -k .-1(G,S;C ® A) -4 • • •

    é comutativo a menos de sinal.

    *Observação: As linhas são exatas pelo Teorema 1 de 1.2.2.

    1.4 - GRUPOS DUALIDADES E PARES DUALIDADES

    Neste parágrafo definiremos o conceito de grupo dualidade de Poincaré, que

    é um grupo cuja homologia e cohomologia satisfazem relações de dualidades

    análogas àquelas válidas para variedades compactas.

    Veremos também o conceito de pares dualidades de Poincaré cuja homologia

    e cohomologia satisfazem relações de dualidades similares às de variedades com

    bordo.

    1.4.1 - Os grupos dualidades e grupos dualidades de Poincaré :

    Definições:

    1. Um grupo G é denominado um grupo dualidade de dimensão n (D" -grupo)

    se existe um "módulo dualizante" C e uma "classe fundamental" e E H„(G; C)

    tal que o produto cap com e induz um isomorfismo:

    e _ : (G; A) 1-1„_k(G; C ® A) para todo k e todo G-módulo A.

  • 2. Se G é um ]Y'-grupo e se o módulo dualizante C é cíclico infinito, então G é

    chamado grupo dualidade de Poincaré de diniensão n (PDT-grupo) e ele

    será orientável se a (3-ação em C é trivial e não-orientável se a (3-ação em C

    é não-trivial.

    Proposição 1: [6, proposição 5.2.1]: Sejam G um D1 -grupo sobre K e C seu

    módulo dualizante. Então as seguintes afirmações se verificam:

    (i) C a"- Hn(G;KG) como KG-módulo à direita.

    (ii) cdKG = hdKG= n.

    (iii) H„(G; C) at- K.

    (iv) para todo KG-módulo induzido A = LOKKG temos Hk(G; A) = O, se k ti

    e um isomorfismo natural Hn(G; A) C COK L.

    Teorema 1: [5, teorema 3.2]: Se (3é um ]Y'-grupo, assim o é qualquer subgrupo

    5 de índice finito em G. A restrição res e um isomorfismo:

    H„(G; C) r=" En(S; C)

    aplicando a classe fundamental de G na classe fundamental de S.

    Teorema 2: [5, teorema 3.5]: Seja N G —» Q uma extensão de grupos.

    Suponhamos que N e Q sejam PD-grupos de dimensão ri e m respectivamente.

    Então G e um PDn+m-grupo e seu módulo dualizante C0 = 1-1"'n(G; ZG) é o

    produto tensorial dos módulos dualizantes CA, = En(N; ZN) e CQ = EM (Q; ZQ).

    Teorema 3: Seja N G Q uma extensão de grupos. Suponhamos que N seja

    um PDn-grupo e Q um PD'n-grupo. Nesse caso (3é orientável N é orientável

    e a ação diagonal de Q em Cp, 6 trivial.

    24

  • Demonstração :

    Se Q não atua trivialmente em CN , então (CN)Q = {0}. Assim:

    {0} = ((CN )Q)N 22/-- (CN )G G não é orientável.

    (•@) Se Q atua trivialmente em CN , como N é orientável, temos que N atua

    trivialmente em CN. Seja:

    G x CG —> CG = CNOCQ. Vamos escrever m E CG C24 Z como zNOzQ.

    Assim teremos:

    (1) (2) = (g N).m = gm.

    (1) Por hipótese Q atua trivialmente em CN e Q é orientável, assim Q atua

    trivialmente em C.

    (2) Se gl N = g N, então g- lgi E N grn (-L2 rn = gim.

    (*) Segue, também do fato de Q ser orientável, pois neste caso, obviamente

    N atua trivialmente em Co..

    O teorema a seguir encontra-se demonstrado em [13, teorema V.1.1].

    Teorema 4: Se G = ir1 (X), onde X é uma variedade fechada, conexa de dimensão

    n, asférica( isto é, que tem o mesmo tipo de homotopia de um complexo K(G,1)),

    então G é um PD"-grupo sobre Z.

    1.4.2 - Condições de finitude

    25

    Definições:

  • 1. Dizemos que um grupo G é de tipo (FP)„ sobre K, 7/ E N, se existe uma

    resolução projetiva de K sobre KG, P K, com Pi finitamente gerados (FG)

    com KG-módulos, para todo i < ri. Se os módulos R são FG para todo i, então

    dizemos que G é do tipo (FP)co.

    2. Um grupo Gé denominado grupo de tipo FP sobre K, se existe uma

    resolução KG-projetiva de K de comprimento finito:

    *Observação:

    É fácil ver que G é de tipo FP sobre K se, e somente se, G é de tipo (FP)„a

    sobre K e cdK G coo.

    Proposição I [7, proposição 2.4 G é de tipo (FP)1 sobre K se, e somente se, G

    é FG.

    As vezes é conveniente utilizarmos a seguinte caracterização de grupos du-

    alidades:

    Proposição 2 [7, teorema 9.2]: G é um D"-grupo sobre K se, e somente se, as

    seguintes condições ocorrem:

    (O G é de tipo FP sobre K.

    (ii) lik (G;KG) = O, para todo k ri.

    (iii) H"(G;KG) = C, é flat como K-módulo.

    Corolário: Se G é um D-grupo sobre K então G é FG.

    26

    Demonstração: Se G é de dualidade, então pela proposição 2, G é de tipo FP, e

  • portanto de tipo FPI, pela observação acima. O resultado segue da proposição

    Teorema 1 [7, teorema 9.11]: Seja N >, G --o Q uma extensão de grupos com

    cdkQ < oo e N do tipo (FP)c., sobre K. SeGeum grupo dualidade, então N e

    Q também o são.

    1.4.3 - Pares dualidades e pares dualidades de Poincaré

    Definições:

    1. Um par grupo (G$) é chamado um par dualidade de dimensão i? so-

    bre K (Da-par sobre K), se existe um módulo dualizante- C e uma "classe

    fundamental" e E H„(G,S; C) tal que o produto cap:

    (e _) : Hk (G; —› Fln _k(G, S; C ® A) e

    (e _) : Hk(G, S; A) —+ lin_k (G; C ® A)

    são isomorfismos para todo KG-módulo A e todo k E Z.

    2. Um Da-par (G,S) é chamado um par dualidade de Poincaré sobre K

    (PD-par sobre K), se seu módulo dualizante C é isomorfo a Z como um grupo

    abeliano.

    3. No caso de PD-par sobre K, escrevemos á- para C e à para á-- ® A (com ação

    diagonal) para qualquer KG-módulo A. Se a KG-ação em És. é trivial (Ã = A), o

    PD'-par é orientável e caso contrário não-orientável.

    27

    *Observações:

  • 1. Se S, := 0, entendemos que G é um grupo dualidade no sentido da definição 1

    de 1.4.1.

    2. Segue da definição 1 que se (0,8) é um D"-par, então kr(G,S; ZG)

    H(0, C 0 ZG) C, como KG-módulo, assim c, é determinado pelo D"-par

    (0,S). Além disso H,1(0,8; C) 1-1°(G; Z) Z é gerado por e.

    3. Desde que Hk (G, S; A) -= O para todo A e todo k > n, e H" (G, S; ZG) = C O,

    temos que cd(G, 8) = ri e assim n é determindado pelo D"-par (0,8).

    O teorema a seguir encontra-se demonstrado em [9, teorema. 4.2].

    Teorema I: Seja (0,S), 8 = {Si , i E /} um D"-par com módulo dualizante

    C. Então:

    (i) G é um grupo dualidade de dimensão n — 1 com módulo dualizante á 0 C

    (com ZG-ação diagonal).

    (ii) 8 é uma família de subgrupos finitos.

    (iii) Cada Si e um grupo dualidade de dimensão n — 1 com módulo dualizante

    C(considerado como um Si-módulo por restrição).

    (iv) Uma classe fundamental e E Hi.,(0, 8; C) determina uma classe fundamental

    e, E Hn_i (Si; C)para cada Si, a saber fie = onde a é o homomorfismo de

    conexão dado no teorema 1 de 1.2.2.

    1.5 - O PRODUTO CUP

    Nesta secção, definiremos o produto cup e algumas de suas propriedades que

    será ferramenta para o capítulo III.

    28

  • 1.5.1 - O produto cross

    Dados os grupos G e G', o ZG-módulo M e o ZG-módulo NI', queremos

    definir:

    Hi(G, M)0 Hi(G', —+ H(G x G', M o M')

    Seja P Z uma ZG-resolução projetiva de Z e P' Z uma ZGi-resolução

    projetiva de Z. Vimos no teorema 1 de 1.3.1, que P Pi t Z é uma Z(G x

    0-resolução projetiva de Z.

    Existe um isomorfismo : HomG(P, M)0 m) HO% x (PO

    M Mi), dada por:

    Ku o v)(a ®Ø) = (-1)degvdegaU(a)o v(0), Va E P, V3 E P'.

    Escrevemos u x v = c,o(u O v) e é fácil verificar que b(u x v) = bu x v +

    (-1)n x bv se degu =p.

    Isto induz a aplicação em cohomologia desejada, denominada cohomologia

    produto cross.

    1.5.2 - O produto cup

    Dado u E HP(G, M) e v E Hq(G, N), nós definimos o produto cup deu e v

    (denotado por u vou uv) por um elemento cl*(u x v) E HP+q(G, M N), onde

    d: G-4G x Geo, aplicação diagonal. Aqui M O N tem a ZG-ação diagonal de

    tal modo que cl* : 1-1*(G x G, M c N) H* (G, M G N) faça sentido.

    29

  • Uma outra maneira de se definir o produto cup e utilizar uma ZG-resolução

    projetiva P Z. uma aproximação diagonal z : P P 0 P e fazer u v =

    (u x v)oà, E HomG(P, M N) para u E HomG(P, M) e v E HomG(P,N).

    Exemplo: Com a resolução Bar definida em 1.1.4 e.a aplicação á de Alexander-

    Whitney dada em 1.3.1, dado u E HomG(Bp, M) e v E Homa(Bri , N) :

    (u ••• I gp+q) = (-1)Pqu(g1 I ••• I gp) ® gi-gpu(gp+i I ••• I gp+q).

    Daremos a seguir algumas propriedades do produto cup.

    Propriedade l(Naturalidade com respeito aos homomorfismos de grupos)[10, pag

    112]: Dado a : H —> G, um homomorfismo de grupo, temos que:

    a*(u v) = cx*u a*1) para qualquer ri E H*(G, M) e v E H*(G, N).

    Consideremos a aplicação evaluação:

    H arnG(P M) O HomG(P,N) M ®G N dado por u (x n)

    u(x)®n. Denotamos por (u, z) a imagem de uOz sob esta aplicação. Obviamente

    a aplicação evaluação e um aplicação de cadeia, isto é, (45u, z)+(-1)degu (u, az) =

    0, assim existe um pairing induzido:

    HP(G. M) O Hp(G. N) M OG N também denotada por (_, _), que

    independe da escolha da resolução.

    Propriedade 2[10, pag. 113]: Para qualquer u E HP(G, M1), v E Hq(G, M2) e z E

    HP+q(G, M3), temos:

    30

    (u •-• v, z) = (u,v z).

  • A propriedade 3 abaixo, relaciona o produto cup com a sequência espectral

    de Leray-Hochschild-Serre e encontra-se demonstrada em [3, §1, proposição 1.6].

    Propriedade 3: Seja M um ZG-módulo. O produto cup de cadeias induz um

    produto cup nas sequências espectrais, ou seja, quando r = 2,3,... teremos E0

    Er.4 F. 4-34-14 e nos subgrupos bigraduados DP.q = FP/FP+11-11'"(G,M), ou

    seja, Dm® Ds,t _,Dp+s,q+t

    1.6 - O GRAU DE UM HOMOMORFISMO

    Nesta secção A e B serão considerados grupos abelianos.

    Temos que Hom(A,B) di pois sempre O E Hom,(A,B). Para Aut(A),

    sabemos um pouco mais. Todo inteiro N induz um endomorfismo N : A —> A,

    tal que N(a) = a+ +a . N termos

    *Observações:

    1. Podemos ter Ni N2 como inteiros e Ni = N2 como endomorfismos. Por

    exemplo:

    3 : Z5 —> Z5 e

    2. Se Ni e 1V2 induzem o mesmo endomorfismo, então Ni. — N2 = O como

    endomorfismo.

    1.6.1 - Definições

    O menor inteiro positivo que induz o endomorfismo nulo é chamado o ex-

    poente de A que será denotado por expA (expZ„ = u). Se não existe inteiro

    31

  • positivo que anula A, então expA = O (expZ -= O), neste caso cada inteiro induz

    um homomorfismo distinto dos outros.

    *Observações:

    1. Se A não tem torção, então expA = O.

    2. Se A tem um elemento de ordem infinita, então expA = O.

    3. expA \(N1 — N2). De fato: se (N1 — N2 )(x) =-• O e (N1 — N2 ) é o menor inteiro

    onde isto ocorre, então (./V1 — /V2) = (expA)q + r rx = O, com r < expA

    r = O.

    4. Se h: A —* 13 é um homomorfismo e N E Z, temos N c.h = h c. N.

    Notação: N 0h = N h.

    O menor inteiro positivo N, tal que Nh = O é chamado o expoente de h,

    e denotado por exph. Se não existir tal N, exph = O.

    5. Se N h = O exph \ N. De fato: a demonstração é idêntica à demonstração

    da observação 3. acima.

    6. exph \ (expA.expB). De fato: Basta mostrar que mh = O com m = (expA,expB).

    Mas sem = (expA,expB), existem p,q E Z tal quem = p(expA) + q(expB). Segue

    que:

    mh(a) = (p(expA) + q(expB))h(a) -= p(expA)h(a) + q e)( =0

    ph((expA)a)-= O, Va E A. Assim mh = O.

    7. exph = 1 h = O(Obvio).

    32

    Dado h : 13 um homomorfismo, seja r : B A um homomorfismo

  • 33

    tal que h 07- = N, onde N : B 13 é o endomorfismo induzido pelo N E Z.

    Chamamos 7- um transfer para heN é associado a T. Analogamente, se To h

    = N, então 7- é um cotransfer de heN é associado ao cotransfer.

    *Observações:

    8. Se expB O, podemos ter mais de um inteiro associado ao transfer T. E se

    expA O, podemos ter mais de um inteiro associado ao cotransfer T (óbvio).

    9. 7- = O : B —> A é transfer e cotransfer de h: A —> 13 com O como associado.

    Assim o conjunto dos transfers, cotransfers e associados são sempre não vazios.

    O grau e o cograu de h, que serão denotados, respectivamente por degh

    e cdgh, é o menor inteiro positivo associado com uni transfer e uni cotransfer,

    respectivamente. Se tal inteiro positivo não existe para nenhum dos dois, então

    degh = O e cdgh = O.

    Sejam EAi e EBi somas diretas de grupos abelianos. Dizemos que uni

    homomorfismo h: Efis, EB., é graduado se h = >h é tal que hi :

    Bi são homomorfismos.

    1.6.2 - Resultados e exemplos

    Proposição 1: Se N é um inteiro associado com uni (co)transfer, então

    (co)grau divide N.

    Demonstração: Sejam N1 , ./V2 associados aos transfers r1, T2, respectivamente.

    Então a combinação linear aNI + bN2, onde a,b E Z é uni inteiro associado ao

    transfer ari + 137-2. De fato: ho(an. + 137-2) = hcan. + hobT2 = ahori + blier2 =

  • aNi 4- bN2.

    Portanto o conjunto dos associados é um ideal de Z e assim principal com

    gerador degh. Logo o resultado fica demonstrado para transfer. Para cotransfer

    a demonstração e análoga..

    *Observação:

    1. degh \ expB e cdgh \ expA. Segue imediatamente da proposição 1.

    Exemplo de cálculo de degh e cdgh

    Seja h: Z3 —› Z6, tal que h0.-) = 2. Assim r: 7,6 —› Z3.

    Pode ha = 1? Ou seja, pode hor (1) = 1 ? Como h não atinge 1, isto é

    impossível.

    Pode ha = 2? Ou seja, pode ha = 2? Tomamos r(I) = 1 h0r (T) =

    h(T) = Portanto degh = 2.

    Pode roh = 1? Ou seja, pode roh(t) = ? Tomamos 7 == r0h(1) =

    r(2) = r(11 r(1) = 2 + 2- = T. Portanto cdgh = 1.

    *Observações:

    2. Grau e cograu caracterizam isomorfismos da seguinte forma:

    degh = cdgh = 1 •;=> h é um isomorfismo.

    De fato: degh = 1 3n tal que h °ri = IdB .•. h é sobrejetora.

    cdgh = 1 372 tal que r2.11 = IdA h é injetora. E assim h é

    uni isomorfismo.

    óbvio.

    34

  • 3. degh 0 1 e cdgh 0 1 não caracterizam sobrejetividade e injetividade.

    De fato: (a) Tomamos h : Z Zy, o homomorfismo quociente. Seja 7 E

    Hom(Z„,Z). Assim 7(0) = O = 7(it) = 7(n.1) = 7(1) 7(1) = n r(1).

    Logo 7(i) = O .•. Hom(Z„,Z) = O e degh = O 0 1. •

    (b) Tomamos h: Z Z tal que h(1) = n. Assim 7.11(1) = 7(n) 0 1

    cdgh 0 1.

    Proposição 2 : degh2 \ deg(h2 .14) (deghi)(degh2)

    Demonstração: Sejam h1 : B; h2 : B C; h2. h1 : C = h3

    Sejam r1 : B A; 72 : C —* 13 e 73 : C A os transfers associados com os

    homomorfismos h1, h2 e h3, respectivamente. Temos que:

    h20(h1.73) = h3073 = degh3.

    Assim 111.73 : C 13 é um tra.nsfer para h2 com degh3 como associado. Logo

    degh2 \ degh3 = deg(h2oh1) pela proposição 1. Temos ainda que:

    h3. (71.72) = h20(111.71)072 = h20deghi.72 = (degh1)(degh2).

    Portanto 71.72 é um tranfer para h3 com (deghi)(degh2) como associado.

    Logo pela proposição 1, deg(h2.110 = degh3 \ (deghi)(degh2).e

    Proposição 3: cdghl \ cdg(h2 °h1) \ (cdgh1)(cdgh2)

    Demonstração: Análoga à demonstração da proposição 2..

    Proposição 4: Seja h: EA, ium homomorfismo graduado. Então degh

    = mmc (degh} e cdgh = mmc {cdgh}.

    35

  • 36

    Demonstração: Seja T : Ai um transfer que realiza o degh, ou seja,

    = degh.

    Definimos r: Ai como a composta:

    Bi EBi 7-14 A.

    Afirmamos que E Tz é um transfer que realiza degh.

    De fato: r(b) = r(b) + x, onde bi E Bi e x E EA1. Mi

    (degh)(bi) = h or(bi) = her(i(bi) +x)) = hiri(bi ) + h(x), onde h(x) está E Ai

    em EBi, pois h é graduado. Logo (degh)(bi) = hiri(k) e h(x) =- O.

    Assim (h0E Ti)(bi, b2, •••) =

    = degh (bi Ar.).

    mmc{deg hi} Seja Ki = deghi Seja

    hion = (deghi).Ki e

    Logo degh \ mmc {degh}.

    {degh} \ degh. e

    *Observação:

    (h o (bi ), h o T2 (b2),..:) = ((degh)bi , (degh)b2,...)

    o transfer que realiza MILIC {deghi}. Assim:

    portanto h0> = mmc {deghi}.

    Mas como hien = degh, Vi, temos que mmc

    4. Para aplicações não graduadas, o resultado não é verdadeiro. Se A e B são

    F.G., então A FeTeB F' e T', onde F, são grupos abelia.nos livres e T,

    T" subgrupos de torção. Um homomorfismo h : A B não respeita a estrutura

    de soma direta. Exemplo:

    Seja A = Z e 4. Denotemos por a o gerador de Z e por a o gerador de Zg .

    Seja h: A — A definido por h(a) = 2a + a e h(a) = 4a.

    Afirmamos que degh = 8.

  • De fato: A 4 A -14 A. Se (hor)(a -I- a) = 8(a + a) = 8a+ 8a = 4(2a -I- a) + 4a

    = 4h(a) + h(a) -= h(4a + a).

    Assim se tomarmos r(a + a) = 4a + a, temos 8 associado a T e portanto

    degh \ 8. Assim degh = 1,2,4 ou 8.

    Se degh = 4 (11.-/-)(a + a) = h(ma+ na) = m(2a + a) + n(4a) =

    2m = 4 m = 2 2ma + (m + 4n)a = 4(a + a) não é inteiro

    m + 4n = 4 (absurdo).

    Idem para 2 e 1. Logo degh = 8.

    Por outro lado hT = h 3 : 74 -+ 74 é dado por hT(a) = 4a.

    74 -11 74 112; 74 onde (hTor)(a) = hT(ma) = 4ma.

    Tomando m = 1, temos degh T = 4.

    Seja hp, a composta:

    ZctZ4 ZG4 Ltr Z. hF(a) -= 2a (hFor)(a) hp(ma) = m2a.

    Tomando m = 1, teremos deghF -= 2.

    Assim degh = 8 4 = rnmc{deghT,degh}.

    1.7 - O ÍNDICE DE UMA EXTENSÃO DE GRUPOS

    Enunciaremos agora a versão para Grupos de Dualidade do Teorema B dado

    no capítulo O.

    Teorema g: Seja N G -I+ Q uma extensão de grupos, com N um PDn-

    grupo, Q um PD-grupo, ambos orientáveis. Suponhamos que Q atue trivial-

    37

  • mente em 11(N). Então o índice de G é o produto dos índices de N e Q, isto

    é:

    u(G) =

    Como foi dito no capítulo O, daremos a seguir um exemplo que mostra a

    necessidade de Q atuar trivialmente em H*(/V).

    Os artigos [2] e [21] de M.F.Atiyah e K.Kodaira, respectivamente, exibem

    exemplos que trabalhados de forma conveniente, mostram a necessidade de Q

    atuar trivialmente na cohomologia de /V, para que o Teorema H seja verificado.

    Na verdade, nestes artigos se constroi urna fibração cujo espaço total são

    4-variedades M.,„, que possuem índice diferente de zero; como a base S e a

    fibra F obviamente possuem dimensão dois, o produto dos índices da base e da

    fibra é nulo e assim após adaptações para grupos dualidades obtemos o exemplo

    desejado.

    Como: o-(G x G) =

    o-(N x = o-(N)o-(N)

    u(Q x Q) = u(Q)u(Q)

    temos exemplos para dimensões com base e fibra divisível por 4.

    Lema 1: Se M2 é compacta distinta de 32 e de RP2, então M2 `="' K(71-1 (M), 1).

    Demonstração: Se M Ø S2, RP(2), então 7/1.7/ é uma variedade bidimensional, não

    compacta e 112(M) = O. Como ri (M) = O, por Hurewicz, temos que o primeiro

    ir e o primeiro Hi distintos de zero são isomorfos.

    38

  • 39

    Como 7r2(M) = O =- = O, para i 2, pois dimM-- = 2 e M é não

    compacta; assim sendo ir(M) = O, para i > O.

    Assim --AÏ é contrátil e M = K(74(M), 1), por definição."

    A base S da fibração dos artigos citados é um ‘recobrimento não ramificado

    de m2 -folhas (m > 2) sobre uma superfície orientável compacta, desta forma S

    é uma variedade compacta diferente de S2 e de RP2. A fibra F dessas fibrações é

    uma superfície de Riemann compacta que é um recobrimento cíclico ramificado

    em dois pontos com m folhas e assim, também não é S2 nem RP2. Logo pelo

    lema 1, temos que S e F são K(74 (S), 1) e K(74(F),1)., respectivamente.

    Aplicando a sequência longa de homotopia da fibração F —)+S obte-

    mos:

    • • --*71- (F) --L* un(IVIn,m) 11' 71- (S) 4±Y 7r_1(F) • • • ±Y 7r0(M) 71-0(S).

    Pelas observações acima 71-i(F) = 71- (S) = O, se i > 1. Logo M,,,,„„ é asférica e

    assim pelo teorema 3 de 1.4.1, teremos que 74 (M,„,,,,) é um PE0-Grupo sobre Z.

    Pelo teorema 1 de 1.1.5 obtemos o exemplo desejado.

    * Observaçoio: Para uma demonstração detalhada do teorema B, dado no capitulo

    O ver [23].

  • CAPÍTULO II

    UMA FÓRMULA PARA EXTENSÃO DE GRUPOS

    Em [18], Gottlieb demonstrou que para uma variedade fibrada F >LE 12» B

    a seguinte fórmula é verificada:

    i.([F]) = (p.(73]) [E], onde [E] E 11,-1-. (E) ,[F] E Hn (F) são classes

    fundamentais e [n a classe fundamental dual em Hm(B).

    Neste capítulo demonstraremos uma fórmula análoga para extensão de gru-

    pos, dada no teorema abaixo, que denominaremos Teorema principal.

    7r Teorema principal: Seja N )—> Q uma extensão de grupos. Suponhamos

    que N seja um PD"-Grupo e Q um PDm-Grupo ambos orientáveis, então:

    (eN ) = ea 7r*"Eiá, onde ea E H„+„, (G) , eN E H„ (N) e E Hm(Q) são

    classes fundamentais.

    Observações:

    1. A fórmula faz sentido quando tomamos z(é74) E Hm(G), isto é, com coefi-

    cientes em Z.

    De fato: i : N G, induz is : H, (N) — H(0) ,ou seja, (eN ) E H„ (G). Por

    outro lado, ea _ : HÁ(G) 11„±„,_k (0), assim, se k = m

    40

  • 2. Uma classe fundamental Qi E H".(Q) para um PDm-Grupo Q é definida como

    segue:

    Seja eQ uma classe fundamental em H, (Q) (lembrar que estamos num PD7n-

    Grupo, assim o módulo dualizante CQ é E, e como é orientável, a Q-ação é trivial).

    Temos que eg •-• : Hm(Q) Ho(Q) EQ-as E é um isomorfismo, assim

    tomamos como sendo o elemento de Hm (Q) tal que eQ, •-• = 1, ou seja,

    6-4= (64 ^ -)-1(1)-

    A idéia da demonstração é considerar primeiramente a aplicação:

    ce.x. : H„,(Q;11m(Q; ZQ)) H,(Q;11„(N;Hni(Q; EQ)0 1-1"(N; ZN))) construída

    em [6] no teorema 2.7.1 (reproduziremos esta demonstração no teorema 1 de 11.2,

    já que é nela que baseamos a demonstração do Teorema principal). Neste teo-

    rema, mostra-se que cg.x.(eQ) =- e é uma classe fundamental em H,„(Q;H„ (N; C))

    onde C 6 o módulo dualizante de G .

    Assim podemos fazer e •-• _ :117n(Q) — 11o(Q H„(N;117n(Q; EQ)0 Iin(N; ZN))).

    Na secção 11.1 mostra-se que o produto cap (a menos de sinal) é compatível

    com a sequência espectral de Lyndon-Hochschild-Serre, que fornece um isomor-

    fismo e : H,„(Q;H,(N; C)) 4 Hifi+n (G; C) e assim teremos, no nosso caso, que

    C (e) é uma classe fundamental em

    Utilizaremos esta classe e(e) a nível de cadeia, para demonstrar o

    Teorema Principal que será feito em 11.3.

    41

  • Através deste teorema, demonstraremos resultados envolvendo grau e cograu

    de aplicações e número de uma extensão, que serão definidos no capítulo III.

    11.1 - AS SEQUÊNCIAS ESPECTRAIS DE LHS E A COMPATIBILI-

    DADE COM O PRODUTO CAP

    Este parágrafo foi extraído de [4, §1,3].

    As sequências espectrais de Lyndon-Hochschild-Serre (LHS), são sequências

    espectrais dos complexos bigraduados:

    1. K7',(2 (A) = Hamc (Q) Bq (G), A) 1 .1- H arn,Q(Bp(Q), H ornN(Bg(G), A)) com

    as diferenciações parciais:

    (67)(b' o b") = (-1)1'1'7+1 f (dl"o b"), f E Km; b' E 4+1 e b" E Bq .

    (6" f)(61 ® b") = (-1)q+1 f (br db"), f E IO" ; b' E Bp e b" E Bg±i.

    2. K,(A) = A 0 G (Bs(G) 0 Br(Q)) raj' ( A ON B s(G)) e1/42 Br(Q), com as diferen-

    ciações parciais:

    6(a Ø b' o b") = a 0db' o bi

    (ci ® b") = (-1)s a O b' 0db"

    K* e IC. são funtores da categoria dos G-módulos na categoria dos bicom-

    plexos. Para dois G-módulos A e C definimos um produto cap no bicomplexo:

    : K,(C)0 KNI(A) IC,_,7,_p(C O A) como segue:

    Para os elementos e = e (xo,...,x,) O (yo, ) E Ks„.(C) e f E Km(A)

    seja

    42

    a E A, b' E B., e b" E Br .

    e f = (-1)"(c f ((Yo, Yp) (I01 •••,Xq))) (Xq, X8 ) ® (Yp, yr)

  • Vemos facilmente que as seguintes fórmulas são válidas:

    D"(e •-• f) = (-1)P".5 e •-• f + e b"f

    d(e f) = (-1)P"3" e f + e f

    ",-," induz nos complexos totais Tot Ice e Tot K. o produto:

    _ _ : (Tot K.(C)) (Tot K"(A))k (Tot K.(C A)),„k

    e de (*) segue que para as diferenciais totais b + b" e D = + D" :

    D(e f) = Fine f + e rSf.

    Isto também induz um produto nas homologias dos complexos totais.

    A homologia do complexo total é porém isomorfa a homologia de G. Estes

    isomorfismos são induzidos pelas seguintes tranformações de cadeias:

    e: HomG(B(G), A) K°,"(A) Tot K(A)

    77: Tot K.(C) K„,o(C) C ®G B(G). Aqui n'

    (eif )(ti 0 b") = f (b"), onde f E H orno (B(G), A), b' E B0(G) e b" E B(G)

    771 (c (b' ® b")) = c Ob' , onde c E C, b' E 8(G) e b" E Bo(G).

    Agora é fácil mostrar que:

    Lema 1: O produto cap definido sobre os bicomplexos K' e K. coincide com o

    produto cap usual na homologia de G, isto é, o seguinte diagrama é comutativo:

    H(TotK.(C)) H om(I-Ik (TotIC (A)), k (TOtK s (C o A))

    Hont(e.• ris )1

    H„ (G; C) Hcfm,(Hk(G; A), H,,k(G; C o A))

    43

  • As duas sequências espectrais produzidas pelos complexos bigraduados Kl' e

    K. convergem para a homologia do complexo total.

    Er+, 1-1,.+,(TotK.) e EP+q HP+g(Tot K")

    As fórmulas dadas em (*) induzem um produto tap nas sequências espectrais,

    isto é, quando = 2,3,..., teremos:

    _ _ : E45(C) El:M(11) —> ® A)

    Por outro lado é conhecido o termo to = 2:

    E48 (C) -Ln H,.(Q;113(N; C)) e its : Er (A) HP(Q;Hq(N; A))

    E através da homologia de Q e N também temos um produto cap abaixo

    induzido de maneira óbvia:

    _ _ : H,.(Q;11,9 (N; C))® HP(Q;Hq(N; A)) 1-1,— p(Q;H8 _ q(N; C 8 A))

    Segue das definições acima uma demonstração trivial do:

    Lema 2: O diagrama abaixo comuta a menos do sinal (-1)":

    B +3(C) ® Er (A)

    ft* ®

    g_p,s _q(C A)

    tc„1

    H,.(Q; H„(N; C)) HP(Q; Hq(N; A)) =4 11,-1,(Q; 118 (N; C A))

    isto é, para todo e E E+5(C) e f E Er(A) temos o seguinte:

    K.(e f) = (-1)"K.(e) (f).

    11.2 - UM TEOREMA BÁSICO

    Neste parágrafo demonstraremos o seguinte Teorema:

    44

  • Teorerna 1 : Seja N >-* G -t+ Q uma sequência exata curta de grupos. Se N é de

    tipo (FP-n) e Q é de tipo (FP-m) sobre um anel K, então O é de tipo (FP-(n+m))

    sobre K, resultando que cdKC= cdKN + CdKQ.

    Antes de demonstrar este Teorema, precisamos de alguns conceitos e resul-

    tados. Em primeiro lugar precisamos de um KG-isomorfismo

    H(G; B) -* Horno(C, B) onde B e C são KG-módulos à direita.

    Vamos então construí-lo:

    Dado um KG-módulo M, seu dual M é um KG-módulo à direita, definido

    como = HomG(M,KC) com a KG-estrutura à direita induzida pela multi-

    plicação à direita no anel de grupo 1(0. Seja P —t'K uma KG-resolução projetiva

    trivial do KG-módulo 1< e definimos:

    (1) hk (G,B) = Hk (HoTnG (P,B)), V KG-módulo à direita B. É fácil

    mostrar que esta definição independe da resolução P.

    Para qualquer KG-módulo à esquerda M, temos um homomorflsmo natural

    xP : 8 OG M - Ho7n0(M',B) definido como:

    'I'(b 0 m) (f = b f(rn)E B (que é KG-módulo à direita), onde m E M,

    E MC

    f E M e b E B.

    Como IP é um homomorfismo natural ele induz um homomorfismo de com-

    plexos:

    (2) IP # : B ®c P -. Homc(P, B) e assim dos seus grupos de homologia:

    (3) 'I':H(C;B)—.hk(G;B), VkEK.

    Observações:

    45

  • 3. Se M é um módulo projetivo FG, então (2) é um isomorfismo [21, V, proposição

    4.2]. Segue que (3) é um isomorfismo se K admite uma KG-resolução que seja

    FG em cada dimensão ( isto se aplica ao nosso caso, onde todos os grupos são

    dualidades).

    4. Para grupos de dimensão cohornológica finita n, temos que:

    li n(Hom,G(P*,B)) Hom,G(1-In(Ps), B), ou seja, de (1)

    h(0; B) HcrinG (1-1" (G;KG), B).

    Assim. para grupos dualidades segue de (3), que:

    W.: Hk (G; B) H orriG (Hn (G;KG), B) é um isomorfismo.

    Notação: Quando queremos enfatizar o módulo coeficiente, como por exemplo

    no caso acima, escreveremos para Ws.

    5. Seja G é um subgrupo normal num grupo G, A um KG-módulo à esquerda

    e P —»K uma KG-resolução projetiva. A ação de um elemento x e G numa

    coc,adeia f E H orriG (P , A) e numa cadeia b0pEB ØG P é dada por:

    {

    (x. f )(q) = xf (x-Iq), para todo q e P

    (h :)p).x = bx 0 Cip

    Uma G-ação em PI' 0 A e em H orriG(1" , B) é construida do seguinte modo:

    Primeiro consideramos KG como um KG-módulo à esquerda por conjugação,

    usamos (*) para definir uma G-estrutura à esquerda em PI e então convertemos

    isto numa G-estrutura à direita por:

    46

    (*)

    fx = x-' f. f e P*, x e G

  • { x.(10a)=fx-1 0xa, f EF" ,x EA

    (F.x)(f) = F(f x-1 )x, F E Ham,G(1:", B), f E P'

    (observemos que para elemento x E G em particular, esta ação à direita em P"

    coincide com a ação à direita induzida pela multiplicação à direita em KG).

    Segundo, usamos a ação diagonal em _OG e H atrtc(_,_) isto é, para qualquer

    x E G colocamos:

    47

    Lema 1: Se G é um subgrupo normal num grupo GeAeB são KG-módulos,

    então kl', é um KG-homomorfismo.

    Demonstração: Seja p E P, xEUebE B. Então temos para todo f E P"

    = k (bx 0 x-1 p)(f) = bx f (x-lp) = bx f (x-1 p)x-1 x

    b(x f)(p)x = b(f x-1 )(p)x = W((b p))(f x-1)x = (6 p).xl(f)

    Em [11, IV, §6] obtem-se um homomorfismo a como segue:

    Sejam T um funtor de duas variáveis, A e C complexos. Consideremos os

    seguintes diagramas:

    Z (A) —) H(A) Z(C) —) H(C)

    1

    A —) Zt(A)

    C —) Zt(C)

    Aqui, Z(A) = ker d e r(A) = coker d, onde d:A,Aeo homomorfismo

    diferenciação. Idem para Z(C) e Z'(C). Estes dois diagramas induzem um

    diagrama comutativo:

  • 48

    T(Z(A), Z'(C)) T(H(A),H(C))

    Ir (1)

    H(T(A, C) T(Z' (A), Z(C))

    Lema 2: Se T é exato à direita, existe um único homomorfismo : T(H(A),H(C))

    H(T(A, C))

    Dernostração do Teorema 1:

    Ela se baseia essencialmente nos argumentos de [5, teorema 3.5], mas aqui

    olharemos mais cuidadosamente para uma classe fundamental de G.

    Utilizaremos a seguinte notação:

    CN = (N ,KN); CQ =Irn (Q ;KM; C = Hm±n(G,KG).

    Por argumentos de sequência espectral (dados em [5], na demonstração do

    teorema 3.5), obtemos um KG-isomorfismo C 1.:=j- CQ OK (com ação diagonal

    do lado direito) e assim, naturalmente cdKG < n + rn.

    Pelo Lema 1 e observação 4 acima, temos os KG-isomorfismos:

    : Hn(N; CN ) r=.1 HornN(CN , CN ).

    : Hn(Q; CQ) Hon2Q(CQ , CQ).

    Tomamos eN = (W)-1(1d0w ) e eQ = (i11,9? )-1(1cl0Q)

    Consideremos a aplicação composta:

    C Q0 KH(N;C111) Eln(N ;CQOK C N) (N Cl onde C Q

    x e dado por x(f) = f Ø eN, f E CQ e a sendo a aplicação funtorial descrita

  • no lema 2, tomando-se o complexo A .= HornQ(PQ ;RQ) e o complexo C =-

    PN ON HOMN(PN,KN) e como funtor T o produto tensorial sobre K.

    A ação de G em eN é trivial (usamos a ação diagonal em HomN(CN , CN )),

    logo x é um KG-isomorfismo. Temos também que a é um KG-homomorfismo,

    deste modo obtemos uma aplicação induzida:

    a.x. : H,„(Q;CQ ) 11,,(Q;Hn(N; C)).

    Afirmamos que o produto cap com e = asx.(eQ ) fornece um isomorfismo:

    e e-, _ : Hyn(Q;Hn(N; A)) H0(Q;H0(N;•C OK A)) para todo KG-

    módulo A à esquerda.

    De fato: Segue do diagrama comutativo abaixo:

    * Notação:

    Para facilitar a construção do diagrama utilizaremos a seguinte notação:

    (i) Hn(N; M) = C trf e (ii) Hyn(Q; M) =

    Hm(Q; CQ)0 NeClicH

    IX a e Id

    Ho(Q; Cq OK Cfn

    lim(Q;Cq0KHn N;CN))0K Ccg,Z 140(Q; Cq OKHn(N; CN) OK Cf) 7-; Ho(Q;Cq0KHo(N;CNOK A))

    49

    I a. e Id

    Fl.n (Q;Hn(N C))® K C cQ N HO(Q;Hn(N,C)0N C) - HO (C2 Ho (N, CN ØK A))

    Novamente usando argumentos de sequência espectral, temos:

    e: H,„(Q;11„(N; C)) H„,+„(G; C)

    : En(Q;Hn(N; A)) -=} Hyn±n(G; A)

  • O produto cap é compatível (a menos de sinal) com a sequência espectral

    de LHS (Mn, e assim também é compatível com e e n. Segue que:

    (e(e) r _): Hm+n(G; A) —> Ho(G; C OR A) é um isomorfismo..

    11.3 - A DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA PRINCIPAL

    Vamos analisar e = cx,,x,,(eQ ) a nível de cadeias.

    Em [3, lema 1.3], mostra-se que se X—» Z é uma ZG-resolução livre de Z

    e Y—» Z é uma ZQ-resolução livre de Z, então P = Tot(YOX) é uma ZG-

    resolução livre de Z, via o operador diagonal : G —> Q x O, talque a,(g) =

    (7rg, g).

    Podemos ver X como uma ZN-resolução livre de Z, via i . Então:

    se eN CN) eN = X ON CN, onde x E X„ e CN E Clv •

    se eQ EH,„(Q; CQ) eQ = y 0,Q CQ, onde y E Y, e CQ E CQ.

    Temos que:

    = x,,(y OQ cQ) = y ®QcQ ® X ON CAI (aqui está entrando o

    fato de N e Q serem orientáveis, por que aqui estamos considerando fixadas as

    orientações).

    e = c4x.(eQ) = a.)6(Y 0Q eQ) = y 0Q (X N cel 0 eN)

    Com a orientação eQ fixa, definimos:

    j : CN CN O CQ, colocando j (eN ) = CN O CQ, onde CQ é o elemento

    de CQ que define a orientação eQ. Assim temos uma aplicação induzida a nível

    de homologia:

    50

  • 51

    j.: (IV: CN) I-In(N; C), dada por j,,(xl 0 CN) = ré oCO cQ.

    A aplicação i é a composta:

    11„(N; CN ) 11,(N; C) 14 H„(G; C)

    ® cN x' ® cN cQ i(x1 ) ® cN cQ. Portanto:

    i,,(eN ) = (x ON cN) = x cN (8) cQ.

    Vamos agora analisar ec 71-WQ,= e(e) .71-W2

    De acordo com 11.1, o bicomplexo:

    Its,r(C) = (Br (Q) O Ba(G)) Oc C I 13/2 0Q (B5 (G) ON C), fornece

    a sequência espectral . Aqui B„(G) e B„(Q) são resoluções Bar de G e Q respec-

    tivamente. O isomorfismo indicado acima nos fornece e.

    • • «e) = 0Q (X 0 CQ CN)) (y ø x) et (CQ (8) CN), usando a

    ZG-resolução P descrita acima.

    Assim e(e) 7rW, e—Q(y) ox (8) cQ O CN.

    Pela observação 1 CQ CN C Z. Então:

    Pela observação 2 2(y) = 1, e assim concluímos o resultado..

  • CAPÍTULO III

    O GRAU DE UMA APLICAÇÃO E O NÚMERO DE UMA

    EXTENSÃO

    Em [19] Gottlieb definiu o grau e o cograu de uma aplicação f entre espaços

    topológicos. Neste mesmo artigo, define-se o número fibrado ou o número da

    fibra de uma fibração F E 2.» B. Aproveitamos a idéia aqui, para definirmos

    o grau de uma aplicação entre grupos e o número de uma extensão.

    Utilizando estas definições, demonstramos vários resultados; para a demons-

    tração de alguns deles utilizamos o teorema principal apresentado no capítulo II.

    111.1 - O GRAU DE UMA APLICAÇÃO

    Em 1.6.1 definimos o grau de um homomorfismo entre grupos abelianos.

    Aqui definiremos o grau de um homomorfismo entre grupos quaisquer.

    Definição:

    Consideremos um homomorfismo f :G' --9 G, onde G' e G são grupos quais-

    quer. O grau de f denotado como degf = deg , onde f: H.(d) --9

    52

  • O cograu de f denotado como cdgf = cdgf", onde 7 : w (G ) H.(0.

    * Observações:

    1. Se f : H,,(GI;A) —* H.(G;A), onde A é um módulo qualquer, escreveremos

    degAf = degf..

    2. degAeBf = rnn2c{degAbdegBf}.

    { lie(GI; A e B)a.-.) H.,(Gl; A) e H„(Gl; B)

    3. De maneira análoga definimos cdgAf como cdgf*, onde 7 : Hi(G; A)

    11*(GI;A) e mostra-se que cdgAeBf = nanc{cdgAf,cdgBf}.

    4. No caso particular em que A -= Zr, escreveremos degz,,. = deg, e cdgir = cdgr.

    Teorema 1: Seja f —) G uma aplicação de um grupo qualquer G' num PDm-

    grupo orientável G. Então (degf)e gera a imagem de b em 11,„(G), onde e é a

    classe fundamental de G.

    Demonstração: Temos que Imb é um subgrupo de 11.,n(G) que é cíclico infinito

    (Proposição 1. (iii) de 1.4.1) gerado por e.

    Suponhamos que fie gera a imagem de f.. Mostraremos que fi \ degf e

    degf \

    53

    De fato:

    II.(G; A GB) 2_2 11.(G; A) e H„(G; B)

    é um homomorfismo graduado. Assim o resultado segue da proposição 4 de 1.6.2.

    (a) fi \ degf Por definição de grau, existe um transfer T, com f..T = degf

    (degf)e está na imagem de b, pois f.(r(e)) = (degf)e.

  • 54

    (b) degf \ 13 Seja -y E Hm(Gi), tal que f.(7) = fie.

    Definimos r: il,(G) 11.(G') colocando:

    T (_ r• -y)of* oDã1 , onde /V : H(G) --dim-i(G) é a inversa da

    aplicação dualidade de Poincare.

    Se x E H(K) e r(x) = (_ -y). Dã1 (x) .r( Dã1 (x) -y E H(d) E Hm -í(G)

    e Ifin-i(G1)

    (b°7- )(x ) = b(P(Dnx)) ^ 7) = D' (x) r• [ter) = D01(x) =

    = ,(3(Dã l (x) e) = ,(3(x) .• degf \

    * Observação:

    5. Como G é um PD'n-grupo orientável, o isomorfismo Hk(G;A) rad Hm-k (G;A) é

    verdadeiro para todo k e todo ZG-módulo A, assim a mesma demonstração do

    teorema acima, mostra que (degrne é gerador da imagem de f. : H,„(G1 ;Zr )

    H(G;Z,.).

    Teorema 2: Suponhamos que f G seja uma aplicação entre grupos tais

    que G' é um PDm+n-grupo e G é um PDm-grupo. Então deg,1 = cdg,.f.

    Demonstração: Definimos um homomorfismo -7- : 11*(GI;Z,.) H(G;4) colo-

    cando -7-"(x) e-eG = f.(x r 7) onde 7 E H,„(G1;Zr) é tal que f.(7) = (deg,. f)ec

    (o Teorema 1 garante isso). Temos:

    «f* (g)) rec = f.(fig) ,•-• 7) = g ,•-• f.(7) =g •-• (deg, Peo =

    = (deg,. f )(g ec ).

    Assim ro 7 = deg,, f. Logo cdg,. f \ deg,. f.

  • Para mostrar que degrf \ cdgrf, vamos utilizar o TCU no caso em que C: é

    um PlYn±n-grupo.

    Ext(1-r+1(Gl; Zr); Z,.) H,„(Gi; Z,,.) Horn(1-nd; Z,.), Zr)

    [ f° O H.,„(G; Z,.) Hcnn(lin (G; Z,.),Z,)

    Seja -7 : Etn(C.1; 4) -> HIG'; 4) um cotransfer associado ao cdg„f. Assim

    7 E Hatn(1-r(GI ;Zr );4).

    Consideremos 7- Zy.) um elemento tal que a('r) ='?. Então:

    MT) = f#C7) = f* = cdg„ f cdgnf E Imb que é gerada por

    (degnnea pelo Teorema 1. Assim deg„ f \ cdgnf.e

    111.2 - O NÚMERO DE UMA EXTENSÃO

    Seja Ar >i—* G I2» Q uma extensão de grupos e suponhamos que H(N) = O,

    para todo j > 71 e que Hn(N) Z. Assim a imagem de i* : 1-11.(G) —> HNN)

    um subgrupo de Z e assim tem um gerador não-negativo .1).

    Definição:

    = .1)(p) é o número da extensão do grupo N pelo grupo Q.

    * Observação:

    1. Trocando-se o coeficiente Z por 4, obteremos .1),.(p) E Z o número da extensão

    do grupo N pelo grupo Q para coeficientes em 4. O menor inteiro positivo tal

    que (1),.)2 gera Ime C 1-1n(N;Z,.), onde g é a classe fundamental em Hn(N;Z,.)

    no sentido dado na observação 2 no inicio deste capítulo.

    55

  • 56

    Definição:

    Dizemos que a extensão de grupo N G -5* Q é orientável se atua

    trivialmente em Hn(N)

    Teorema 1: (I) a extensão é orientável.

    Demonstração: Suponhamos que a ação não é trivial, então para qualquer a E

    Hn(N), a O, ag E Q, tal que ga = —a.

    Assim (Hn(N))9 = {O}, ou seja H°(Q,H"(N)) = {0}.

    Mas is é dada pela composta:

    H"(G) —» Er —> 114:1(Q, Hn(N)) = {O}, ou seja, a imagem de is

    localiza-se na parte invariante de Hn(N) sob Q, que é nula. Assim (1) = Ode

    Na sequência denotaremos Z por Zo.

    Suponhamos que N G —» Q seja uma extensão orientada. Então a

    sequência espectral de Hochschild-Serre, nos fornece as aplicações:

    (1) p# Hi(G. 4) Ecix7,71,72 fin(N; 4)) 5-.a. ffi-n(Q; 44.

    (2) p# : Hi(Q. Zr) `=" Hi(Q,Hn(N, Zr)) eas EZ7 )1 Hi+n(G' Zr)

    * Observação:

    2. A compatibilidade dos produtos cup e cap com as sequências espectrais de

    Hochschild-Serre, além da naturalidade dos produtos, fornecem os diagramas

    comutativos (a menos de sinal) abaixo:

  • 11*(G)0 11*(G) 42:(2)±4 11*(Q)0 H*(G)/cS, H(Q)0 H*(Q)

    H(G) n# H" (Q)

    diagrama 1

    57

    11*(G)0 H.(G) /d0p# H*(G)® H.(Q) P#0/d,H.(Q)0 H.(Q)

    --- H.(G) PÁ H.(Q)

    diagrama 2

    ou seja, p# e p# satisfazem a menos de sinal as equações:

    (a) P# (p. x y) = x 13#(Y)

    (b) P.,(Y r Pg) = P#Y e.

    Se N e Q são respectivamente PD"-grupo e PDm-grupo orientáveis, temos

    pelo teorema 2 de 1.4.1 que G é um PD"±m-grupo e se a extensão é orientável

    então G é orientável.

    De agora em diante estaremos trabalhando sob estas hipóteses.

    Vamos definir dois homomorfismos p: H(Q) lin±i(G) e pi : H(G)

    H'(Q), de tal modo que os diagramas 3 e 4 abaixo comutem:

    H (Q) H(G) H(G) P! IP-n(Q)

    eQ)-1 ec ec eQ)

    Hm-%(Q) Hin-%(G) Hm+n-,(G) - 73-

    diagrama 3 diagrama 4

  • onde eG e eQ são classes fundamentais de G e Q respectivamente.

    Lema 1: As seguintes igualdades se verificam:

    1. Pi(Y ec2) = 13*(Y)r ec.

    2. pi (y) ec? = P.(Y r ec).

    Demonstração:

    1! 1M(Y r ec2) = [Çr ec) c13* °(_" eQ)-11(Y ec2) = ec ) o P. (Y) =

    =13.(Y) ^ ec.

    2. ri! (Y) ec? = R- •-• ec2) - I -P.- (- ec )1(Y) ec2

    ec2)-1°13.(Y n eG)] ec2 = (P.(Y r ec) ^ ec2)-1 ^ ec? = ^

    Lema 2: Pelo Teorema 1 de 11.2 temos que p#eQ = ec e pela observação 2 (b)

    pltec = eQ,.disso segue que:

    1. p# pr e

    Demonstração:

    1. p#(y) rec? = "P#(eQ)) = 13*(Y r, eG) = /}(Y) r, ec2.

    2. análoga a 1.

    Teorema 2: degnp \ 3t1(p) e cdgnp \ e'n (p) •

    Demonstração: Seja A E Hn(G) tal que is(A) = einër7 E Hn(N), onde ë;57r é a

    classe fundamental em 11"(N), isto é, ë},-/ •-• eN = 1.

    Definimos os homomorfismos:

    (1) r: H(Q) H(G), colocando r(c) =- À r p#(a)

    (2) Y: H(G) Hi(Q), colocando --7(x) = p#(x À)

    58

  • 59

    Mas p# : Hn (G ,1,-) H°(Q, Hn(N;Zr )) é tal que:

    (3) p#(À) =

    Assim:

    p.(T(a)) p#(a)) 1 p(y) a lem_a 2 p# (y) a a = ci)na.

    2. 1.

    7(19*(x)) P# (19*(x) •-• À) = x •-• p#(À) W x •-• gani = Canx.

    Portanto T e 7 são transfers associados a p. e p• respectivamente. Logo

    temos:

    degnp cla„ (p) e cdgnp \ clin(P).ei

    Lema 3: Seja N G 72» Q uma extensão de grupo orientável com N um PD"-

    grupo e Q um PDm-grupo, então p* (ëI)) = (1), onde ë72 é a classe fundamental

    de fr(Q).

    Demonstração: Consideremos o diagrama comutativo abaixo:

    11°(N) Hm(G)

    eN ec )-1

    H(N) Hn(G)

    diagrama 5

    i ! (1) = [G, eN](1) ec)-1(i.(eN))

    = (-^ ec) i ( vN-2) ec) = Ps nhe

    teorema principal

    Lema 4.: Seja PT ,--* G Q uma extensão de grupo orientável com N um PD"-

    grupo e Q um PDm-grupo. Pelo Teorema 1 de 11.4, existe -y E 11,(G, Zr) tal que

  • 60

    p. (7) = degn(p)eQ e a dualidade de Poincaré garante que existe 7 E H*(G, Zr)

    tal que 7 = r eG. Então: eG) = i*(7) •-• eN.

    Demonstração: Consideremos o diagrama comutativo abaixo:

    1.1.(G) Hi-n(M

    1(-r‘ ec)-1 j eN

    Ilm+n-i(G) lim+n-i(N)

    diagrama 6

    ^ ec) = [(-^ enr)oi* o (-^ 6N)-1](7 r` 60) = (-^ eN)(is ry)) = i*(7) ^ 6N.

    Teorema 3: Seja N )L G Q uma extensão de grupo orientável com N um

    PD-grupo e Q um PDm-grupo, então degn(p) = (PT. (p) = cdgn(p).

    Demonstração: Pelo Teorema 2, temos que degnp \'t',. (p). Mostremos que (Pn(p) \ degnp.

    Pelo Teorema 1 de 11.4, existe 7 E H.,(G, 4) talque p,,(7) = degn(p)eQ.

    Seja a classe fundamental de Hm(Q), ou seja eQ =1.

    A dualidade de Poincaré garante que existe 7 E 1.1*(G, Zr) tal que 7 =-

    eG. Então:

    degn p p„ (7)) = (p*(),-y le°1-4 3 (i! (1 ), ey =-- (1, i ! (7)) i!(7) -= (degn p).1

    Agora:

    ,_ degn P = = ¡te-7 ^ lema 4

    60) = itr) ^ eN inteiro tal que is (1) = k \r.

    = «eN = k, onde k é um

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