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Apresentação sobre a transmissão de calor em fechamentos opacos e a inércia térmica - Prof. A. D. Granja e Profª L. C. Labaki - FEC-UNICAMP
TRANSMISSÃO DE CALOR
EM FECHAMENTOS
OPACOS E A
INÉRCIA TÉRMICA
Ariovaldo Denis Granja
Lucila Chebel Labaki
Regime Permanente
R (m² °C/W) => resistência à passagem da onda térmica
U (W/m² °C) => medida do fluxo de calor dada uma Dt
R é obtida através do método da caixa quente protegida.
Temperaturas constantes. Valor de R obtido é válido na
suposição de regime permanente ou estacionário.
Adequado para estudos preliminares e não muito rigorosos
do comportamento térmico de fechamentos opacos. Além de
não considerar as variações dos elementos climáticos, não
leva em consideração a capacidade de armazenamento de
calor pelo fechamento considerado.
Regime Periódico
Considera variação periódica dos elementos
climáticos
Pode haver inversão do fluxo térmico (altas
amplitudes)
ts,e ts,its,e ts,i
ts,e>ts,i ts,e<ts,i
Então o conhecimento sobre o desempenho térmico da parede é
superior quando analisado em condições periódicas, principalmente
em locais com alta amplitude de temperatura diária
Superfície Externa
absorção radiação solar (a)
trocas por radiação (e)
trocas por convecção
(térmica e forçada)
tse
tsi
te
ti
Parte da energia será
dissipada por convecção e
radiação
Densidade de fluxo de
calor da superfície interna
para o interior do cômodo
Parte da energia aquecerá a
placa e o saldo será
transmitido à superfície interna
Interior da Placa
Atraso
Amortecimento
INÉRCIA TÉRMICA
Como parte da energia térmica
originada da superfície externa será
consumida para aquecimento do
fechamento em questão, levando um
certo tempo, essa energia alcançará
a superfície interna com um certo
atraso.
Além disso, como parte da energia
térmica foi consumida para
aquecimento do fechamento, a sua
amplitude será amortecida no
momento em que ela atinge a
superfície interna.
h
R
h
Itt
ee
esa
e
a
Superfícies
verticais=0
Temperatura sol-ar
tsa
ti
te
ti
Mackey e Wright, 1943
1nnnn,sam,sasa costtt
Componente oscilante
Horizontais: n=2
Verticais: n=8Fourier
Convergência da tsa
0
20
40
60
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Tsolar
°C
tsa 1° harmônico 2° harmônico
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a=0,4 r=63W/m² e=0,9
Dia típico de verão, superfície horizontal
Propriedades termofísicas
ca
sm2
ca
sm2
Difusividade Térmica (ou “condutividade de temperatura”):
medida da velocidade de propagação do calor através do
material (dimensão: área/tempo).
Condições
de verão
A difusividade não se relaciona linearmente com a densidade:
Ex.: difusividade Concreto (2.200Kg/m³, = 1,74 W/m °C) é
apenas 2X a difusividade de Concreto celular (500Kg/m³, =
0,2 W/m °C)
A difusividade depende da condutividade térmica e do produto
(densidade X calor específico)
c (kJ/kg/ °C)
0,38 (cobre) a
2,30
(aglomerados
de madeira)
Maioria: por
volta de 1
Seleção de materiaisMaterial c ad
d=10cm Kg/m³ W/m °C KJ/Kg °C cm²/h - h
Aço 7.800 55,000 0,46 552 0,72 2,9
Granito 2.600 3,000 0,84 49 0,83 2,5
Lã vidro 50 0,045 0,70 46 1,00 0,4
Concreto 2.200 1,740 1,00 28 0,79 2,9
Poliestireno expandido 33 0,035 1,42 27 0,99 0,7
Lã rocha 100 0,045 0,75 22 0,98 0,9
Argamassa comum 1.950 1,150 1,00 21 0,80 2,9
Placa de fibrocimento 2.000 0,950 0,84 20 0,83 2,7
Vidro comum 2.700 1,100 0,84 17 0,76 3,3
Placa gesso 875 0,350 0,84 17 0,91 2,0
Concreto celular 500 0,200 1,00 14 0,92 1,9
Terra Argilosa 1.700 0,520 0,84 13 0,82 3,0
Madeira maciça 900 0,290 1,34 9 0,80 3,5
Aglomerado leve madeira 225 0,058 2,30 4 0,74 4,5
Aglomerado denso madeira 925 0,200 2,30 3 0,56 6,5
Dados termofísicos: ABNT, 1998hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a = 0,7 r=63W/m² e=0,9
Inércia Térmica
-50
0
50
100
150
200
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Tsolar
qi (W
/m²)
com armazenamento sem armazenamento
Dia típico de Verão, superfície horizontal
Placa horizontal de concreto
d = 15 cm e a = 0,96 (preto)
= 2200 Kg/m³ c = 1KJ/Kg °C = 1,74 W/m °C
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C r=63W/m² e=0,9
= 4,3h
= 0,67
I Atraso dimensionável (uso cômodo)
II Picos (dimensionamento equipamento)
III Carga térmica 24h: consumo energia
qi24h = 1.240 Wh/m²
Espessura X Inércia Térmica
d = 15cm
24 h = 883 Wh/m²
máx = 94 W/m²
= 4,3h
= 0,67
d = 5cm
24 h = 1100 Wh/m²
máx = 165 W/m²
= 1,3h
= 0,94
ti = 26 °C
Placas de Concreto
Concreto: =2243 Kg/m³ c=1KJ/Kg °C =1,73W/m °C
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a = 0,7 r=63W/m² e=0,9
Cor (a) X Inércia Térmica
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Tsolar
qi (w
/m²)
branco neve verde piscina vermelho cardinal preto
20
25
30
35
40
45
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Tsolar
ts,i (
°C)
branco neve verde piscina vermelho cardinal preto
127 W/m²
39 W/m²
46 °C
32 °C
C
= 2200 Kg/m³
c = 1 KJ/Kg °C
= 1,75 W/m °C
d = 15 cm
h i=
6,3W
/m²
°C h
e=21
,9W
/m²
°C t
i=26
°C
r=63
W/m
² e=
0,9
Branco neve
a = 0,26
Verde piscina
a = 0,55
Vermelho cardinal
a = 0,69
Preto
a = 0,96
de ALMEIDA SILVA CASTRO et alii, 2001
-50
0
50
100
150
200
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Tsolar
qi (W
/m²)
branca 5cm cinza 5cm branca 20cm cinza 20cm
Cor X Variação da espessura
105 W/m²
48 W/m²
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C r=63W/m² e=0,9
Concreto: =2243 Kg/m³ c=1KJ/Kg °C =1,73W/m °C
Atenuação maior na espessura menor
Espessura de Isolante (IC)
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Tsolar
qi (W
/m²)
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
tsa
(°C
)
I=0,25L I=0,5L I=0,75L tsa
-20
0
20
40
60
0,25 0,5 0,75
l/L
qi
(W/m
²)
L 5cm_qimáx L 5cm_qimín
L = 5cm
Nivelamento aprox. l=0,6L
Mais isolante => menor atraso
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a=0,7 r=63W/m² e=0,9
C
= 2200 Kg/m³
c = 1 KJ/Kg °C
= 1,75 W/m °C
I
= 35 Kg/m³
c = 1,67 KJ/Kg °C
= 0,03 W/m °C
0,6
Espessuras CAC
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Tsolar
qi (W
/m²)
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
tsa
(°C
)
a/L=>0 a/L=0,25 a/L=0,5 a/L=0,75 e a/L=>1 tsa
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a=0,7 r=63W/m² e=0,9
Dados
Termofísicos:
Exemplo 8
Maior atenuação: a/L => 0
e
Aumento do atraso
-50,0
-30,0
-10,0
10,0
30,0
50,0
70,0
90,0
110,0
130,0
150,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
-50,0
-30,0
-10,0
10,0
30,0
50,0
70,0
90,0
110,0
130,0
150,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Concreto X Concreto celular
Concreto (d = 20 cm)
Concreto Celular (d = 2,3 cm)
72 W/m²
128 W/m²
qi24h = 803,5 Wh/m²
qi24h = 803,5 Wh/m²
qi(W
/m²)
qi(W
/m²)
= 2200 Kg/m3
c = 1KJ/Kg °C
= 1,74 W/m °C
d/ = 0,115 m² °C/W
U = 3,13 W/m² °C
= 5,2 h
= 0,56
= 500 Kg/m3
c = 1KJ/Kg °C
= 0,20 W/m °C
d/ = 0,115 m² °C/W
U = 3,13 W/m² °C
= 0,2 h
= 1,00
hi=6,3W/m² °C he=21,9W/m² °C ti=26°C a=0,7 r=63W/m² e=0,9
Idên
ticos
em
reg
ime
perm
anen
te
Inferências
• Inércia térmica proporciona eficiência energética em fechamentos opacos de edificações locais
• Primariamente: amortecimento dos picos de carga térmica e atraso da onda de calor
• Dependem de localização, características construtivas e regime de operação da edificação
• Flutuação da temperatura externa em relação à temperatura interna: potencialização do efeito da inércia térmica (inversão de fluxo)
Referências Citadas
ABNT – Associação brasileira de normas técnicas. Projeto de norma 02: 135.07.002. Desempenho térmico de edificações. Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações, 1998.
CHVATAL, K. M. S. A prática do projeto arquitetônico em Campinas, SP e diretrizes para o projeto de edificações adequadas ao clima. Campinas, 1998. 173p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, 1998.
de ALMEIDA SILVA CASTRO, A. P., LABAKI, L. C., CARAM DE ASSIS, R., BASSO, A. Medidas de refletância de cores de tintas através de análise espectral. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2001, São Pedro, SP. Anais... , p. 285-286.
SATTLER, M. A. Dias típicos para o projeto térmico de edificações para Porto Alegre. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 1°, 1990, Gramado. Anais... Porto Alegre, 1991, p.127-132.