Transmissão térmica_Conforto térmico

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  • 8/8/2019 Transmisso trmica_Conforto trmico

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    Instituto Superior de Engenharia deCoimbra

    Rui Ferreira 1

    Departamento de Engenharia Civil

    Transmisso trmica

    2

    Transmisso trmica

    Sempre que se estabelece uma diferena de temperatura, d-se umatransferncia de energia sob a forma de calor, no sentido datemperatura mais elevada para a mais baixa

    Correntemente, admitem-se trs processos distintos de transmissode calor, que podem ocorrer em simultneo

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    Transmisso trmicaCondu o o calor transmite-se por contacto entre as molculas deum corpo, ou de vrios corpos contguos. No h deslocamento dematria

    Convec o passagem de calor de uma zona para outra de umfludo, atravs de movimentos relativos das partculas que o formam.Quando este fludo encontra um slido h troca de calor entre o fludoe o slido

    Radia o liberta o de energia calorfica sob a forma de ondaselectromagnticas, semelhantes luz. Quanto mais quente estiver umcorpo, mais energia liberta

    4

    Transmisso trmica

    Fluxo de calor, [W]

    Quantidade de calor que passa atravs de uma determinadasuperfcie por unidade de tempo

    Condutibilidade t rmica de um material, [W/m. C]

    Fluxo de calor que percorre 1m2 de uma parede com 1m deespessura desse material, desde que a diferena detemperaturas, entre as duas faces dessa parede, seja de 1 C

    Esta propriedade caracterstica de qualquer material depende dopeso especfico, da porosidade, da humidade, da temperatura,etc

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    Transmisso trmicaResistncia t rmica de um elemento, R G

    Para elementos compostos por uma ou mais camadas demateriais homogneos:

    [m2.C/W]

    e espessura do material [m]

    - condutibilidade trmica [W/m. C]1/hi- resistncia trmica superficial interior [m2.C/W]1/he - resistncia trmica superficial exterior [m 2.C/W]

    e

    n

    1i i

    i

    iG h

    1e

    h1

    R

    6

    Transmisso trmica

    Resistncia t rmica superficial, 1/h [m 2.C/W]Resistncia devida a uma fina camada de ar em repouso, juntos superfcies, em que a transmisso de calor efectuada porconveco e radiao

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    Transmisso trmicaCondutncia global ou coeficiente de transmisso t rmica,UG

    Para elementos compostos por uma ou mais camadas demateriais homogneos:

    [W/m2.C]

    RG Resistncia do elemento [m2.C/W]

    GG R

    1U

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    Transmisso trmica

    Condutncia global ou coeficiente de transmisso t rmica,UG

    Para elementos ou materiais heterogneos:

    [W/m2.C]

    Si [m2] a rea de elemento i com condutnciaUi [W/m2.C]

    n

    1ii

    i

    n

    1ii

    G

    S

    S.UU

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    Transmisso trmicaFluxo de calor e diagrama de temperaturas

    [W/m2]

    Sabendo que o fluxo de calor o mesmo ao longo de todas ascamadas atravessadas, ento:

    [C]

    eiG ttU

    1i,ii1i1ii1i,i

    R.ttttR

    1

    Departamento de Engenharia Civil

    Condensao e permeabilidadeao vapor de gua

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    Permeabilidade ao vaporO ar tem capacidade de armazenargua sob a forma de vapor

    A quantidade de vapor de gua contida no ar, designa-se porhumidade absoluta do ar e exprime-se em g/ kgde ar seco

    A quantidade de vapor de gua no pode exceder umdeterminado valor que se designa porponto de satura o edepende da temperatura e presso atmosfrica

    12

    Permeabilidade ao vapor

    Hmidade relativa, H.R.

    [%]

    mv Massa de vapor de gua contida no ar [kg/m 3]

    mvs Massa de vapor de gua de satura o [kg/m 3]

    100

    m

    m.R.H

    vs

    v

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    Permeabilidade ao vaporDiagrama psicrom trico

    Relao entre atemperatura, humidaderelativa, presso parcialde vapor e humidadeabsoluta do ar

    O ar com t = 20C eH.R.= 80% tem a mesmapresso parcial de vapore hmidade absoluta,que o ar com t = 15C eH.R. = 100%

    14

    Permeabilidade ao vapor

    Ponto de orvalho

    Ponto a partir do qual acondensa o comea

    Exemplo

    Condi es ambientaist=20C e H.R.=50% =>Habsoluta=7g/kgar seco

    Supondo que atemperatura desce parat=9 C => H.R. = 100% =>PONTO DESATURA O

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    Permeabilidade ao vaporFluxo de vapor, V [kg/m 2.s]

    Quantidade de vapor que passa atravs de uma determinadasuperfcie por unidade de tempo

    Coeficiente de permeabilidade ao vapor, [kg/ m.s.Pa ]

    Caracterstica do material usado e depende do peso especfico,

    da porosidade, da humidade, da temperatura, etc

    16

    Permeabilidade ao vapor

    Resistncia difuso do vapor

    Para elementos compostos por uma ou mais camadas demateriais homogneos:

    [m2.h.Pa/kg]

    e Espessura do material [m]- Coeficiente de permeabilidade ao vapor [kg/ m.s.Pa ]

    n

    1i i

    iV

    eR

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    Permeabilidade ao vaporPermencia

    Para elementos compostos por uma ou mais camadas demateriais homogneos:

    [kg/m 2.s.Pa]

    RV Resistncia difuso do vapor do elemento[m2

    .s.Pa/kg]

    VV R

    1P

    18

    Permeabilidade ao vapor

    Permencia

    Para elementos ou materiais heterogneos:

    [kg/m 2.s.Pa]

    Si [m2] a rea de elemento i com permencia Pi [kg/m 2.s.Pa]

    n

    1ii

    i

    n

    1iiV

    V

    S

    S.PP

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    Permeabilidade ao vaporFluxo de vapor e diagrama de presses

    [kg/m 2.s]

    Sabendo que o fluxo de vapor o mesmo ao longo de todas ascamadas atravessadas, ento:

    [Pa]

    eiVV ppP

    1i,iVVi1i1ii1i,iV

    V R.ppppR1

    20

    Exemplo

    Documento doMicrosoft Word

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    Departamento de Engenharia Civil

    Conforto trmico

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    Comportamento Trmico de Edifcios

    Nota histrica

    O Homem sempre soube tirar partido das condiesclimticas e naturais para obter melhores condies de

    conforto

    Mas a evoluo scio-econmica conduziu ao aparecimentode novos processos construtivos (no tradicionais)

    Por outro lado, as exigncias de conforto aumentaram e spuderam ser verificadas pelo aumento do consumo deenergia convencional

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    Rui Ferreira 12

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    Comportamento Trmico de EdifciosNacional

    O estudo e avaliao do comportamento trmico de edif cios temvindo a tomar importncia

    InternacionalO estudo e avaliao do comportamento trmico de edif cios j se realizam muito tempo

    24

    Conforto trmico em edifcios

    O conforto termo higromtrico em edifcios depende defactores subjectivos, obtidos atravs de sensa es humanasque diferem de pessoa para pessoaConsidera-se que um indivduo est colocado em condiesde conforto termo higromtrico quando no experimentaqualquer desagrado ou irritao de modo a distrai-lo das suasactividades de momentoA condio bsica para que tal se verifique a de que osistema termo regulador do organismo se encontre emequil brio com o ambiente envolvente, obtendo se ento umestado de neutralidade trmica.

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    Conforto trmico em edifciosParmetros condicionadores do estado de equilbrio dosistema termo regulador o organismo:

    temperatura do ar;temperatura radiante mdia;velocidade do ar e humidade relativa do ar;nvel de actividade;tipo de vesturio

    As condies fisiolgicas no so suficientes paracaracterizarem a sensao trmica provocada pelo ambienteso tambm importantes os factores de natureza psicolgica esociol gica, tais como: sexo, idade, estratoscio-cultural,adaptao ecolgica s regies, etc.

    26

    Conforto trmico em edifcios

    Utilizando uma escala de sete termos de 3 a +3,representando o zero a neutralidade trmica ondice PMV(Predict Mean Vote) permite calcular, a partir das condiesambientais, da actividade e do tipo de vesturio, o valor mdioesperado do voto dos indivduos.

    Sensa o t rmica PMVFrio -3Fresco -2Relativamente fresco -1ptimo ou neutral 0Relativamente tpido 1Tpido 2Quente 3

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    Conforto trmico em edifciosCom base numa anlise estatstica dos resultados daobservao correlacionou-se o PMV com a percentagemprevis vel de pessoas insatisfeitas PPD (PredictedPercentage of Dissatisfied )

    25

    10 10

    25

    78 78

    5

    1

    10

    100

    -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5

    PMV

    P P D [ %

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    Conforto trmico em edifcios

    A norma ISO 7730 recomenda para espaos onde se verifiqueocupa o humana, que o valor de PPD seja inferior a 10 %, oque equivale a admitir valores de PMV compreendidos entre0,5 e +0,5

    Os valores da temperatura do ar foram fixados admitindo quea velocidade do ar baixa (

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    Conforto trmico em edifciosISO 7730 - No Inverno, para actividades leves e sedentrias,considerando um vesturio correspondente a 1 Clo (vesturio usual):

    A temperatura deve situar -se entre 20 e 24 C;A diferen a de temperaturas na vertical entre 1,1 e 0,1m acima dopavimento deve ser inferior a 3 C;A temperatura superficial do pavimento deve situar -se entre os 19 e os26 C, com os sistemas de aquecimento dos pavimentos dimensionadospara os 29 C;A assimetria da temperatura radiante de janelas ou de outras superf cies

    verticais frias devem ser inferiores a 10 C em rela o a um plano vertical0,6m acima do pavimento;A assimetria da temperatura radiante proveniente de um tecto aquecidodeve ser inferior a 5 C, em rela o a um plano horizontal 0,6m abaixo dotecto;A humidade relativa do ar deve estar compreendida entre 30 e 70 %.

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    Conforto trmico em edifcios

    ISO 7730 - No Vero para actividades leves e sedentrias,considerando um vesturio correspondente a 0,5Clo(vesturio usual):

    A temperatura deve situar-se entre 23 e 25 C;A diferena de temperaturas na vertical entre 1,1 e 0,1m acimado pavimento deve ser inferior a 3C;A humidade relativa do ar deve estar compreendida entre 30 e70%.

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    Conforto trmico em edifciosClo a unidade de resistncia trmica do vesturio,1clo=0.155m2K/W

    1.5 (clo)Fato completo1.0 (clo)Inverno, interior0.7 (clo)Trabalho0.5 (clo)Leve de Vero0.3 (clo)Tropical0.1 (clo)Cales0 (clo)Nu

    Resistnciatrmica

    Vestu rio

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    Conforto trmico em edifcios

    Objectivo do regulamento- INVERNO

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    Conforto trmico em edifcios

    Objectivo do regulamento- VERO

    Departamento de Engenharia Civil

    Balano energtico

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    Balanos energticos

    Espa o como elemento central

    Espa o delimitado por fronteira atravs do qual contacta com

    o exterior

    As trocas de calor e os fluxos de ar do-se atravs das

    fronteiras

    As fronteiras so elemento fundamental na trmica de

    edifcios

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    Balano energtico

    Balano energtico INVERNO

    Necessidades nominais de aquecimento

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    Balano energtico

    Balano energtico INVERNO sem gasto excessivo de

    energia

    Aumentando o isolamento trmico da fronteira reduz as

    perdas

    Dispondo envidraados estrategicamente (orientados a sul) -

    aumenta os ganhos solaresControlando as trocas de ar com o exterior reduz as perdas

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    Balano energtico

    Balano energtico VERO

    Necessidades nominais de arrefecimento

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    Balano energtico

    Balano energtico VERO sem gasto excessivo de

    energia

    Tirando partido do isolamento trmico previsto para o inverno

    diminui os ganhos

    Reduzindo a incidncia de radiao solar ( dispositivos de

    sombreamento e cores claras) diminui os ganhosControlando as trocas de ar com o exterior diminui os ganhos

    40

    Balano energtico

    Inrcia t rmica

    Propriedade do espao que torna possvel armazenar o calor,

    gerindo-o em fun o da temperatura do ar

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    Balano energtico

    Balano energtico

    INVERNO sem gasto

    excessivo de energia

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    Comportamento da envolvente

    Envolvente

    Somatrio das componentes fronteira entre o espao e o meio

    ambiente que o circunda

    Coberturas

    Fachadas

    Envidra ados

    Empenas

    Pavimentos

    Elementos estruturais envolvidos nestes elementos

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    Comportamento da envolvente

    Envolvente intervm a dois nveis:

    Em termos geomtricos para o mesmo volume a forma

    conduz a superfcies diferentes

    Factor de forma = superf cie / volume

    Em termos de transferncia de calor mais ou menos

    resistente ao fluxo de calor

    44

    Comportamento da envolvente

    Elementos opacos

    Coberturas, pavimentos e os panos de fachada

    Contribuem para os ganhos/perdas trmicas em fun o do seu

    grau de isolamento trmico

    Contribuem para a inrcia t rmica conforme a sua massa e

    localizao do isolamento t rmico

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    Comportamento da envolvente

    Elementos opacos

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    Comportamento da envolvente

    Elementos translcidos

    Envidraados

    Visibilidade e contacto com o exterior

    Iluminao natural

    Ganhos solares

    Perdas trmicas

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    Comportamento da envolvente

    Elementos translcidos

    A rea de envidraados deve ser definida tendo em conta:

    Iluminao natural

    Ganhos solares teis (Inverno) -SUL

    Perdas trmicas (Inverno) NORTE

    Ganhos solares nefastos (Vero) SUL

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