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TRANSMISSORA ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A. – TAESA
Laudo de avaliação econômico-financeira de ativos em Transmissão de Energia Elétrica na data-base 31/12/2011.
Março de 2012
THOREOS CONSULTORIA
Thoreos Consultoria 2
Glossário .................................................................................................................................................................. 4
1. Notas Importantes ........................................................................................................................................ 6
2. Sumário Executivo ........................................................................................................................................ 8
2.1 Objetivo de Nosso Trabalho ............................................................................................................... 8
2.2 Avaliação dos Ativos ............................................................................................................................. 9
3. Informações sobre a Thoreos ................................................................................................................... 10
3.1 Profissionais Responsáveis ................................................................................................................. 11
3.2 Declaração de Independência ............................................................................................................ 12
3.3 Custos de Execução e Relação Comercial com a TAESA ............................................................ 12
4. Informações sobre os Ativos Avaliados .................................................................................................. 14
5. Informações sobre a TAESA .................................................................................................................... 18
6. Mercado Brasileiro de Linhas de Transmissão ....................................................................................... 22
7. Premissas Utilizadas .................................................................................................................................... 24
7.1 Projetos de investimentos - Reforço na ATE III ........................................................................... 24
7.2 Premissas Utilizadas para confecção deste Laudo .......................................................................... 24
a) Premissas de Receita............................................................................................................................ 24
b) Premissas de Custos ........................................................................................................................ 25
c) Premissas Tributárias .......................................................................................................................... 25
d) Balanços de Partida em 31/12/2011 ............................................................................................ 27
7.3 Premissas Macroeconômicas Utilizadas na Elaboração do Laudo ............................................... 29
7.4 Premissas de Indenização ................................................................................................................... 29
7.5 Documentos Recebidos de Terceiros Utilizados na Elaboração do Laudo e demais fontes ... 29
7.6 Considerações Contábeis .................................................................................................................... 30
8. Valor Apurado pelos Diferentes Critérios ............................................................................................... 31
9. Metodologia ................................................................................................................................................. 32
9.1 Valor Econômico pela Regra do Fluxo de Caixa Descontado ..................................................... 32
9.2 Valor Econômico pelo Critério dos Múltiplos de Mercado .......................................................... 33
10. Resultados ................................................................................................................................................. 35
10.1 Resultados pelo Fluxo de Caixa Descontado .................................................................................. 35
UNISA .......................................................................................................................................................... 35
10.2 Resultados - Múltiplos empresas comparáveis ................................................................................ 38
UNISA .......................................................................................................................................................... 38
10.3 Resultados Múltiplos transações comparáveis................................................................................. 39
UNISA .......................................................................................................................................................... 39
Thoreos Consultoria 3
CONFIDENCIAL E RESTRITO
Belo Horizonte, 29 de Março de 2012. Aos acionistas e administradores da:
TRANSMISSORA ALIANÇA DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.
Praça XV de Novembro, nº 20, grupo 1003
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 20.010-010
Prezados senhores,
Em atendimento à solicitação de V.Sas., apresentamos a seguir o laudo de avaliação econômico-
financeira independente (“Laudo”) da UNISA, holding detentora dos ativos de transmissão de energia
elétrica ATE, ATE II, ATE III e STE, em conformidade com a Instrução CVM 436/06 e os termos da
Lei 6.404/76 na data-base de 31/12/2011.
André Coelho César Mota – Sócio-Diretor da Thoreos Consultoria LTDA
Julio Carepa de Sousa – Associado da Thoreos Consultoria LTDA
Thoreos Consultoria 4
GLOSSÁRIO
Abengoa – refere-se à Abengoa Concessões Brasil Holding S.A. e/ou Abengoa Construção Brasil Ltda
– Subsidiárias brasileiras do grupo espanhol Abengoa.
ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica, responsável pela regulamentação e fiscalização do
setor elétrico brasileiro.
ATE – Sociedade de Propósito Específico detentora da concessão da Linha de Transmissão Assis-
Araraquara, adquirida no Leilão ANEEL 001/2003.
ATE II – Sociedade de Propósito Específico detentora da concessão da Linha de Transmissão Colinas-
Sobradinho, adquirida no Leilão ANEEL 002/2004.
ATE III – Sociedade de Propósito Específico detentora da concessão da Linha de Transmissão
Marabá-Itacaiúnas, adquirida no Leilão ANEEL 001/2005.
Ativos – O conjunto das empresas adquiridas a saber: ATE, ATE II, ATE III e STE.
Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais S.A.
CPST – Contrato de Prestação do Serviço de Transmissão, contrato celebrado ente o ONS e a
concessionária do serviço de transmissão regulando as condições para a prestação do serviço, incluindo
a disponibilidade da linha para o SIN.
CUST – Contrato de Uso do Serviço de Transmissão, contrato celebrado pelo ONS e pelas
concessionárias de transmissão representadas em seu conjunto pelo ONS com os usuários do SIN tais
como geradores, distribuidores e consumidores livres.
EBITDA – Earnings Before Interests Taxes Depreciation and Amortization, denominação em inglês que
significa o lucro antes do pagamento de juros e impostos e antes da dedução da depreciação e da
amortização (LAJIDA).
EPE - Empresa de Pesquisa Energética: prestadora de serviços de pesquisas e estudos que têm por
finalidade subsidiar o planejamento do setor energético, incluindo energia elétrica, petróleo, gás natural,
fontes renováveis, dentre outros.
EV – Enterprise Value, encontrado através da soma do valor de mercado da empresa e de suas dívidas,
subtraindo-se as disponibilidades.
FCFE - método de fluxo de caixa descontado que utiliza o custo de capital próprio para descontar o
fluxo do acionista.
Free Float – Ações que não pertencem aos controladores de uma sociedade anônima aberta e que se
encontram em poder do publico em geral.
Fundo Coliseu – Fundo de Investimentos em Participações, acionista da TAESA que tem como
cotistas investidores institucionais e instituições financeiras.
Thoreos Consultoria 5
Laudo – Laudo de Avaliação contendo as principais conclusões referentes à avaliação econômico-
financeira da UNISA, dententora dos ativos ATE, ATE II, ATE III e STE, para fins de aquisição pela
TAESA.
NTE – Sociedade de Propósito Específico, denominada Nordeste Transmissora de Energia S.A.
detentora da concessão da Linha de Transmissão Xingó – Campina Grande adquirida no Leilão
ANEEL 003/2001.
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico: órgão público responsável pela coordenação e
operação da geração e da transmissão do Sistema Interligado Nacional – SIN.
Project Finance – Modalidade de estruturação financeira de um investimento, normalmente em
infraestrutura, onde o fluxo de caixa gerado pelo projeto é isolado em uma SPE e mitigado através de
seguros, exigência de capital próprio mínimo, garantias e obrigações contratuais, servindo como única
fonte de pagamento dos financiamentos contratados para sua viabilização.
RAP – Receita Anual Permitida, que corresponde ao faturamento anual de uma concessionária de linha
de transmissão e definida segundo as regras do leilão estabelecidas pela ANEEL.
SIN – Sistema Interligado Nacional: é formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Nordeste e parte da região Norte. Apenas 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país
encontra-se fora do SIN, em pequenos sistemas isolados localizados principalmente na região
amazônica.
SPE – Sociedade de Propósito Específico: tipo de sociedade constituída para servir como veículo de
aquisição ou de realização de um investimento específico como, por exemplo, o investimento em uma
linha de transmissão. Este tipo de sociedade é muito utilizado em operações de project finance.
STE – Sociedade de Propósito Específico denominada Sul Transmissora de Energia S.A. detentora da
concessão da Linha de Transmissão Uruguaiana-Santa Rosa, adquirida no Leilão ANEEL 002/2002.
TAESA – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A empresa adquirente dos Ativos.
Thoreos – Thoreos Consultoria Ltda empresa de consultoria responsável pela elaboração do Laudo.
UNISA – União de Transmissoras de Energia Elétrica S.A: holding de propriedade compartilhada entre
TAESA (50%) e Abengoa (50%) detentora das Sociedades de Propósito Específico ATE, ATE II,
ATE III e STE.
Thoreos Consultoria 6
1. NOTAS IMPORTANTES
1. A Thoreos foi contratada pela TAESA para elaborar Laudo em observância ao disposto no
artigo 256 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada (“Lei das Sociedades
por Ações”), acerca do valor dos Ativos.
2. Este Laudo de Avaliação foi elaborado utilizando como critério de avaliação a perspectiva de
rentabilidade dos Ativos, atendendo ao disposto no parágrafo 1º do Artigo 8º da Lei das
Sociedades por Ações.
3. Este Laudo de Avaliação foi preparado para uso da TAESA e seus acionistas, não se
destinando à circulação geral e tampouco pode ser reproduzido ou utilizado com outro
propósito além daquele supracitado sem nossa prévia autorização por escrito. A Thoreos não
assume qualquer responsabilidade ou contingências por danos causados ou por eventual perda
incorrida, por qualquer parte envolvida, como resultado de circulação, publicação, reprodução
ou uso deste documento com outra finalidade diferente da proposta.
4. A data base das informações patrimoniais utilizadas para as avaliações compreendidas neste
Laudo de Avaliação é 31 de dezembro de 2011 (“Data Base”) e está baseado nas informações
abaixo (em conjunto as “Informações”):
(i) análise de informações públicas relevantes, incluindo estudos setoriais, dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), pesquisas, análises e critérios financeiros, econômicos e de mercado;
(ii) análise das demonstrações financeiras de cada um dos Ativos na Data Base;
(iii) relatórios elaborados por outros prestadores de serviços contratados pela TAESA para
levantar informações consideradas essenciais para avaliação dos Ativos, a saber: a)
relatório de due diligence tributaria, feito pela Hirashima & Associados e b) relatório de
detalhamento das dividas, feito pela Veirano Advogados, referentes à data 31/12/2010.
(iv) verificação da consistência das informações e estudos sobre as perspectivas de negócios
da TAESA com os Ativos.
(v) Contrato de compra e venda de ações (Shares Purchase Agreement - “SPA”) firmado entre
TAESA e Abengoa pela aquisição de 50 % da UNISA, detentora dos ativos de
transmissão ATE, ATE II, ATE III e STE.
5. Para a parte das informações que incorporam as previsões ou estimativas de eventos futuros,
assumimos que tais informações refletem as melhores estimativas atualmente disponíveis para o
desempenho futuro dos Ativos.
6. Ressalvamos que as estimativas e projeções que pautaram a elaboração deste Laudo de
Avaliação são intrinsecamente sujeitas a incertezas e diversos eventos ou fatores que estão além
do controle da Thoreos. Assim, não há como garantir que as estimativas e projeções utilizadas
no Laudo de Avaliação sejam efetivamente alcançadas. Os resultados reais futuramente
verificados podem divergir significativamente daqueles sugeridos no Laudo. Dessa forma, a
Thoreos não assume qualquer responsabilidade ou obrigação de indenizações caso os
resultados futuros sejam diferentes das estimativas e projeções apresentadas no Laudo, visto
que não presta qualquer declaração ou garantia em relação a estimativas e projeções presentes
neste documento.
Thoreos Consultoria 7
7. A elaboração deste laudo de avaliação não incluiu a verificação independente dos dados e das
Informações e a Thoreos confia que estas sejam verdadeiras, completas e precisas em todos os
seus aspectos relevantes, razão pela qual não se constitui uma auditoria conforme as normas de
auditoria geralmente aceitas.
8. A Thoreos não presta serviços de auditoria, de contabilidade ou jurídicos e a elaboração do
Laudo pela Thoreos não inclui qualquer serviço ou aconselhamento desta natureza.
9. O presente Laudo não configura recomendação ou indicação da aquisição dos Ativos por parte
da TAESA, estando restrito tão somente à apuração do valor representado por tais ativos.
10. Reservamo-nos o direito, mas não nos obrigamos a, revisar todos os cálculos incluídos ou
referidos neste Laudo de Avaliação, se julgarmos necessário, ademais revisar nossa opinião
quanto ao valor dos Ativos caso tenhamos conhecimento posterior de informações não
disponíveis à ocasião de emissão deste Laudo.
11. A TAESA e seus administradores (i) não interferiram em, limitaram ou dificultaram, de
qualquer forma, nosso acesso e nossa capacidade de obter e utilizar as informações,
documentos ou metodologias necessários para produzir o presente Laudo de Avaliação; (ii) não
determinaram as metodologias utilizadas para a elaboração da análise, ou (iii) restringiram, de
qualquer forma, nossa capacidade de determinar as conclusões apresentadas de forma
independente nesse Laudo de Avaliação.
Thoreos Consultoria 8
2. SUMÁRIO EXECUTIVO
2.1 Objetivo de Nosso Trabalho
O presente trabalho tem por objetivo a avaliação da aquisição por parte da TAESA dos seguintes
ativos de transmissão de energia elétrica junto à Abengoa: 50% de participação na empresa UNISA,
holding constituída para controlar 100% das seguintes SPEs: a) Sul Transmissora de Energia S.A – STE;
b) ATE Transmissora de Energia S.A.; c) ATE II Transmissora de Energia S.A.; e d) ATE III
Transmissora de Energia S.A., conforme divulgação de fato relevante em 16/03/2012.
Os quatro ativos que constituem o objeto deste Laudo possuem um total de mais de 2.100 km de
linhas e aproximadamente R$ 400 milhões de RAP. Esses ativos atualmente pertencem integralmente à
holding UNISA.
KM* RAP*
ATE 370 106,2
ATE II 942 161,7
ATE III(1) 454 75,8
STE(1) 389 58,2
TOTAL 2.155 401,9
* 100% extensão das linhas e RAP (Resolução ANEEL 1.171, ciclo 2011/2012) (1) A RAP apresentada inclui RBL e RBNI.
Atualmente, a UNISA tem seu controle compartilhado entre Abengoa (50% de participação) e TAESA
(50% de participação).
Estrutura da transação
TSN NVT ETEO
UNISA
ATE ATE II ATE III STE
50% 50%
100%
Thoreos Consultoria 9
2.2 Avaliação dos Ativos
Para avaliação dos ativos listados no subitem anterior, o método identificado como o mais apropriado
para a definição do preço justo dos ativos foi o do Fluxo de Caixa Descontado, para o qual foi aplicada
uma taxa de desconto real entre 7,0% e 8,0%. O Fluxo de Caixa Descontado, que nesse caso
representa do Fluxo de Caixa Livre para o Acionista (FCFEE) foi selecionado por representar medida
mais precisa do valor que os ativos podem proporcionar a seus acionistas.
O Fluxo de caixa livre do acionista (FCFE) é o fluxo de caixa existente após o pagamento de despesas
operacionais, das obrigações tributárias, das necessidades de investimento, do principal, de juros e de
quaisquer outros desembolsos de capital necessários à manutenção da taxa de crescimento dos fluxos
de caixa projetados, descontados pelo custo de capital próprio (Ke), que representa o custo de
oportunidade dos recursos empregados no projeto.
A avaliação pelo método de fluxo de caixa descontado ocorreu em função da estabilidade dos fluxos de
caixa operacionais gerados na atividade de transmissão, tendo em vista a linearidade das receitas, custos
e despesas.
Pela avaliação conduzida, encontramos uma faixa de valor entre R$ 916 milhões e R$ 846 milhões.
Adicionalmente, para fins comparativos, analisamos os múltiplos EV / EBITDA 2011 de empresas
comparáveis que operam no mercado brasileiro de energia elétrica de transmissão, geração e integradas
e de transações semelhantes registradas nos últimos anos.
O valor apurado em cada uma das metodologias de avaliação é reportado a seguir:
Valores apurados UNISA, em R$ MM
FCFE EV/EBITDA1 EV / EBITDA2
Máximo 916 1.044 1.628
Mínimo 846 520 865
EV/EBITDA1: Múltiplo EV/EBITDA de empresas comparáveis do setor.
EV/EBITDA 2: Múltiplo EV/EBITDA de transações comparáveis ocorridas no setor.
A negociação dos ativos acabou por se materializar pelos valores abaixo:
UNISA: O preço na data-base acordado pela vendedora e compradora na data-base de
31/12/2011 para aquisição das ações, foi R$ 863.500.000,00 (oitocentos e sessenta e três milhões e
quinhentos mil reais).
Thoreos Consultoria 10
3. INFORMAÇÕES SOBRE A THOREOS
A Thoreos é uma firma de consultoria, especializada em assessorar seus clientes em operações de
finanças corporativas, com vasta experiência no setor elétrico brasileiro. Seus trabalhos desenvolvidos
neste setor incluem:
Assessoria para empresas e/ou consórcios em leilões de geração ou transmissão realizados pela
Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;
Avaliação de novos projetos (greenfield) ou de projetos já iniciados ou completados (brownfield)
para a finalidade de aquisição total ou parcial por novos investidores;
Elaboração de laudos de avaliação;
Assessoria em transações de fusões e aquisições.
Segue breve descrição dos principais serviços realizados pela Thoreos entre 2009 e 2011 no setor
elétrico:
Empresa Ano Descrição Setor
TAESA 2011 Assessoria financeira para aquisição de ativos de energia Energia Elétrica
Furnas 2011 Advisor no Leilão Aneel 006/2011 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
Furnas 2011 Advisor no Leilão A-5 - Geração de energia eólica Energia Elétrica
TAESA 2011 Suporte para aquisição de ativos de energia Energia Elétrica
TAESA 2011 Avaliação financeira de ativos de transmissão de energia Energia Elétrica
TAESA 2011 Suporte no Leilão 004/2011 - Linhas de transmissão. Energia Elétrica
CHESF / Voltalia 2011 Advisor nos Leilões ANEEL 002-003/2011 - Geração de energia (eólica) Energia Elétrica
TAESA 2011Advisor em M&A pela aquisição de R$ 1,1 bilhão em ativos de
transmissão.Energia Elétrica
TAESA 2011Laudo de avaliação de aquisições de R$ 1,1 bilhão em ativos de
transmissão.Energia Elétrica
TBE 2011 Avaliação econômico-financeira de ativo de transmissão de energia elétrica. Energia Elétrica
CHESF / CTEEP 2011 Advisor exclusivo no Leilão ANEEL 001/2011 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
CEMIG / Neoenergia 2011 Avaliação econômico-financeira de projeto de geração de energia elétrica. Energia Elétrica
ATP Energia 2011 Advisor em Análise de investimento (MZ) Energia Elétrica
CEMIG 2011
Treinamento da equipe interna na avaliação de investimentos e avaliação de
um grupo de oportunidades de aquisição nos setores de distribuição,
transmissão e PCHs
Energia Elétrica
Eletronorte 2010/2011Assessoria em captação de financiamento para construção de linha de
transmissãoEnergia Elétrica
Camargo Correa 2010 Modelo financeiro para avaliação de investimentos em UHEs Energia Elétrica
Light 2010 Assessoria na avaliação de ativos de energia Energia Elétrica
TAESA 2010 Advisor no Leilão ANEEL 008/2010 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
TAESA 2010Apoio à equipe interna em metodologia de modelagem e avaliação
econômico-financeiraEnergia Elétrica
TAESA 2010 Advisor no Leilão ANEEL 006/2010 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
Grupo BMG 2010 Assessoria para avaliação de investimentos em ativos de energia Energia Elétrica
Grupo BMG 2010Advisor nos Leilões ANEEL 005-007/2010 - Fontes alternativas e energia
de reserva (Eólica)Energia Elétrica
Eletronorte 2010 Advisor no Leilão ANEEL 001/2010 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
Eletronorte 2009 Advisor no Leilão ANEEL 005/2009 - Linhas de transmissão Energia Elétrica
Furnas 2009 Leilão ANEEL 003/2009 de fontes alternativas (eólicas) Energia Elétrica
Furnas 2009Desenvolvimento de um modelo financeiro para avaliação de projetos em
linhas de transmissãoEnergia Elétrica
Eletrobrás 2009Desenvolvimento de um simulador de investimentos para otimizar a
alocação de projetos em suas subsidiárias de geraçãoEnergia Elétrica
Eletrobrás 2009
Desenvolvimento de um modelo financeiro gerencial para consolidação de
Itaipu na holding considerando suas especificidades regulatórias e
societárias
Energia Elétrica
Eletrobrás 2009
Avaliação da relação existente entre a holding e suas doze subsidiárias de
geração, transmissão e distribuição para definição da estrutura ótima de
capital incluindo a avaliação e recomendação final da Thoreos quanto à
reestruturação de dívidas, reestruturação societária, possibilidade de
aproveitamento de créditos fiscais e seus respectivos impactos na projeção
de resultados
Energia Elétrica
Thoreos Consultoria 11
3.1 Profissionais Responsáveis
André Mota é sócio da Thoreos e especialista em avaliação de empresas, modelagem financeira,
estratégia e gestão de empresas, apoiando empresas e fundos de investimento em processos de
valuation, M&A, planejamento e estruturação de novos negócios. Antes da Thoreos, atuou como
consultor na McKinsey & Company. Possui 10 anos de experiência em consultoria e já atendeu
dezenas de clientes em diversos setores.
André possui graduação em Ciência da Computação pela UFMG e um MBA pelo IBMEC Business
School. Também foi professor da disciplina de Empreendimentos em Alta Tecnologia na UFMG e
frequentemente ministra palestras sobre empreendedorismo, planos de negócio, inovação e estratégia.
Entre seus projetos, podemos destacar sua atuação como sócio-coordenador nos projetos: Aquisição
de R$ 1,1 bilhões em ativos de transmissão pela TAESA; Leilões ANEEL 005/2009, 006/2010,
008/2010, 001/2011, 002/2011, 003/2011, 004/2011, 006/2011 e 007/2011 de geração de energia
eólica e linhas de transmissão; assessoria à Vale para avaliação de investimentos de grande porte em
mineração no exterior, assessoria à Construtora Camargo Corrêa no valuation de investimentos de
grande porte, construção de modelo econômico-financeiro para Holding Camargo Corrêa para gestão
de investimentos / desinvestimentos e financiamentos, assessoria à Cemig para investimento greenfield
em geração de energia, entre vários outros.
Julio Carepa é associado da Thoreos. Anteriormente, trabalhou em projetos de pesquisa tanto na UFMG quanto na FDC (Fundação Dom Cabral), adquirindo experiência em consultoria nas áreas de planejamento, avaliação de impacto e research, atuando em projetos como o do Centro Administrativo de Minas Gerais, além de executar trabalhos para o Ministério das Cidades e Ministério da Saúde, dentre outros.
Julio integrou a equipe da Thoreos após a conclusão de seu mestrado pela UFMG (2009), possui graduação em economia pela UFMG (2007) e é Pós Graduado em Finanças e Controladoria pelo IBMEC (2011), tendo publicações em periódicos no Brasil e no exterior, publicação de capítulo de livro no Brasil e participações em seminários nacionais e internacionais durante sua vida acadêmica.
Desde seu ingresso na Thoreos, Julio atuou em inúmeros projetos de avaliação de investimentos,
valuation, emissão de fairness opinion, captação de financiamento junto a BNDES e BASA, elaboração de
planos de negócios e da elaboração de modelos econômico-financeiros para clientes como Eletrobrás,
Furnas, Eletronorte, Grupo BMG, ATP Energia, dentre outros.
DEMAIS SÓCIOS DA THOREOS
Rodrigo de Barros é sócio da Thoreos e especialista em modelagem financeira. Já realizou dezenas de
projetos de modelagem e análise financeira para algumas das principais empresas do país. Antes da
Thoreos, Rodrigo acumulou experiência como consultor da Secretaria de Finanças de Belo Horizonte e
analista buy side da OPUS Investimentos.
Rodrigo possui mestrado em Ciências Econômicas pela EPGE / Fundação Getúlio Vargas e é
bacharel em Ciências Econômicas pela UFMG. Foi primeiro colocado no exame da ANPEC em Minas
Gerais e também possui a designação CFA (Chartered Financial Analyst).
Entre seus projetos, podemos destacar sua atuação como sócio-coordenador nos projetos: modelo
financeiro para Leilão de tratamento de resíduos sólidos para EBP, Leilão 001/2010 da ANEEL pela
Eletronorte, o Leilão 2010 da ANEEL de energias alternativas e energia de reserva pelo Grupo BMG,
o Leilão 2009 da ANEEL de energia de reserva por Furnas Centrais Elétricas, o modelo financeiro
Thoreos Consultoria 12
para a Camargo Correa para leilão UHE em 2010, o projeto de reestruturação das dívidas das 12
subsidiárias da Eletrobrás, avaliação de investimentos em ativos em energia para o Grupo BMG,
assessoria à Light na aquisição de ativos em energia, entre vários outros.
Paulo Carneiro é sócio da Thoreos. Antes de ingressar na firma, foi diretor do Banco Santander de
2000 a 2008, responsável pela área de corporate & investment banking dedicada aos setores de óleo e gás,
energia elétrica e petroquímica. Seu foco de atuação incluiu operações de liability management, structured
trade finance, emissões de dívida nos mercados interno e externo, ofertas iniciais e secundárias de ações,
project finance e operações de fusões e aquisições. De 1983 a 2000 trabalhou no Banco Bozano Simonsen
como Diretor Estatutário, responsável pela originação e estruturação de operações junto às áreas de
governo e investidores institucionais.
Paulo possui graduação em administração de empresas e pós-graduação em administração financeira
pela Fundação Getulio Vargas, e um MBA pela Ohio University.
Como sócio da Thoreos, participou de projetos como a reestruturação da dívida das subsidiárias da
Eletrobrás, Leilão 2009 ANEEL de linhas de transmissão pela Eletronorte, valuation de investimentos
para Construtora Camargo Correa, avaliação de ativos para Light, entre vários outros. Como Diretor
do Santander, foi responsável pela estruturação de operações financeiras de grande porte para empresas
como Eletrobrás, Cemig, Petrobras, COPEL, Governo do Estado do Ceará, Sabesp, Embraer,
Braskem, Gerdau, Furnas. Entre algumas operações, podemos destacar a Oferta de Ações da CEMIG,
Oferta de Ações da COPEL, assessoria ao Governo do Estado de São Paulo para venda de
participação da Sabesp para investidor estratégico, estruturação de FDICs para a Braskem, assessoria
ao consórcio Madeira Energia que se sagrou vencedor no leilão da Usina Santo Antônio, emissão de
Fairness Opinion para compra de ativos petroquímicos para a Petrobras, assessoria de venda de ativos
para a Petrobras, entre vários outros.
3.2 Declaração de Independência
A Thoreos, bem como seus sócios e funcionários, declara que não possui nenhum interesse direto ou
indireto na UNISA ou na TAESA que possa representar conflito de interesses para a elaboração deste
Laudo.
A Thoreos, bem como seus sócios e funcionários, informa ainda que não possui, ou pretende adquirir
em um futuro previsível, nenhuma participação acionária na UNISA ou na TAESA.
Finalmente, informamos que não tivemos por parte dos controladores e administradores da UNISA e
da TAESA qualquer tipo de limitação ou constrangimento à realização de nossos trabalhos.
3.3 Custos de Execução e Relação Comercial com a TAESA
Os custos da Thoreos para a execução deste trabalho correspondem a R$ 70.000,00 (setenta mil reais)
para a confecção do presente Laudo de Avaliação.
Além da execução deste trabalho, a Thoreos realizou os seguintes projetos para a TAESA nos últimos doze meses:
Thoreos Consultoria 13
O custo de execução destes projetos totalizou R$ 455.500,00 (quatrocentos e cinquenta e cinco mil e
quinhentos reais).
Empresa Ano Descrição
TAESA 2011 Assessoria financeira para aquisição de ativos de energia
TAESA 2011 Suporte para aquisição de ativos de energia
TAESA 2011 Avaliação financeira de ativos de transmissão de energia
TAESA 2011 Suporte no Leilão 004/2011 - Linhas de transmissão.
TAESA 2011Advisor em M&A pela aquisição de R$ 1,1 bilhão em ativos de
transmissão.
TAESA 2011Laudo de avaliação de aquisições de R$ 1,1 bilhão em ativos de
transmissão.
TAESA 2010 Leilão linhas de transmissão ANEEL 006/2010
TAESA 2010 Leilão linhas de transmissão ANEEL 008/2010
TAESA 2010Apoio à equipe interna em metodologia de modelagem e avaliação
econômico-financeira
Thoreos Consultoria 14
4. INFORMAÇÕES SOBRE OS ATIVOS AVALIADOS
A transação analisada corresponde à aquisição de 50% de uma holding detentora de 4 (quatro) SPE que
possuem concessões de linhas de transmissão. No seu conjunto essas linhas correspondem a cerca de
2.200 km de extensão e aproximadamente R$ 400 milhões de RAP.
Estas concessões foram conquistadas através de leilões realizados pela ANEEL, ocorridos entre 2001 e
2005. As características básicas destes empreendimentos são apresentadas abaixo.
Nome Leilão Localização Breve descritivo
STE
Lote B - 002-2002
(LT Uruguaiana -
Maçambará - Santo
Angelo - Santa
Rosa)
RS
Linha de Transmissão 230 kV, circuito simples com origem
na SE Usina Uruguaiana e término na SE Santa Rosa,
composta por LT com extensão aproximada de 130 km,
com origem na SE Usina de Uruguaiana e término na SE
Maçambará; LT com extensão aproximada de 205 km, com
origem na SE Mçambará e término na SE Santo Angelo; LT
segundo circuito, com extensão aproximada de 54 km, com
origem na SE Santo Angelo e término na SE Santa Rosa -
RS.
ATE
Lote A - 001/2003
(LT Londrina -
Assis Araraquara)
PR/SP
Instalações de transmissão em 525 kV e 440 kV, com
origem na SE Londrina e término na SE Araraquara,
composta pela linha de transmissão 525 kV, circuito
simples, com extensão aproximada de 120 km, com origem
na SE Londrina - PR e término na SE Assis-SP, pela linha
de transmissão 525 kV, circuito simples com extensão
aproximada de 250 km, com origem na SE Assis e término
na SE Araraquara, ambas em SP.
ATE IILote A - 002/2004
(LT Colinas -
Sobradinho)
TO/PI/BA
Instalações de transmissão em 500 kV, composta pela linha
de transmissão em 500 kV, com
extensão aproximada de 937 km, com origem na SE
Colinas-TO, e
término na SE de Sobradinho - BA; pelas respectivas
entradas de linha; pela nova SE Ribeiro Gonçalves-PI, com
módulo geral e barramentos; interligação de barras.
ATE III
Lote A - 001/2005
(Interligação Norte -
Sul III Trecho 1)
PA/TO
Linha de transmissão, 500 kV, Marabá - Itacaiúnas, circuitos
1 e 2 (compreendendo três trechos: Marabá - margem direita
do Rio Tocantins, cirucito duplo, com 9 km, Travessia do
Rio Tocantins, circuito duplo, com 6,3 km, circuito duplo,
com 24,5 km), com extensão aproximada de 39,8 km cada
circuito, linha de transmissão, 500 kV, Itacaiúnas - Colinas,
com extensão aproximada de 304 km (300 km em circuito
simples e 4 km em circuito duplo - travessia do Rio
Araguaia), linha de trasmissão, 230 kV, Itacaiúnas, com
modolo geral, entradas de linha, barramentos, interligação
de barras, transformação 500/230 - 13,8 kV - 2 x (3x150)
MVA, reatores de barra, reatores de linha, SE Carajás com
entradas de linha.
Sul Transmissora de
Energia S.A.
Londrina - Assis -
Araraquara (Sul -
Sudeste)
Colinas-Sobradinho
(Nordeste)
Marabá (PA) - Colinas
(TO)
Thoreos Consultoria 15
Abengoa e TAESA detém, cada uma, 50% de participação na holding denominada UNISA,
contemplando os ativos (ATE, ATE II, ATE III e STE). A TAESA pretende adquirir a participação da
Abengoa e assumir o controle exclusivo da UNISA.
Estrutura da transação
TSN NVT ETEO
UNISA
ATE ATE II ATE III STE
100%
100%
Thoreos Consultoria 16
Os ativos possuem as seguintes características:
Fonte: ANEEL
Os investimentos previstos já foram finalizados e todas as concessões estão em operação, exceto os
reforços (RBNIA) previstos e autorizados pela ANEEL para ATEII e ATEIII. Os financiamentos
correspondentes foram obtidos na modalidade project finance e também já foram aprovados e liberados
em sua totalidade conforme demonstrado nos quadros abaixo:
STE
Empréstimos 31/12/2010 Custo Vencimento Pagamento
BNDES - TJLP 56 TJLP + 5% a.a Fev/17 mensal
Unibanco - TJLP 2 TJLP + 1,5% a.a + 2,3% a.a Mar/23 mensal
BNDES - Cesta de Moedas 8 UMBNDES + 5% a.a Fev/17 mensal
ATE
Empréstimos 31/12/2010 Custo Vencimento Pagamento
BNDES - Crédito A + B 142 TJLP + 4% a.a Ago/18 mensal
BNDES - Cesta de Moedas 24 UMBNDES + 4% a.a Set/18 mensal
ATE II
Empréstimos 31/12/2010 Custo Vencimento Pagamento
BNDES - Crédito A 56 UMBNDES + de 3,65% Jan/20 Mensal
BNDES - Crédito B 214 TJLP + 3 a 4,3% a.a Dez/19 Mensal
BID - Crédito A 172 Libor + 2,20% Nov/22 semestral
BID - Crédito B 14 Libor + 1,7% Dez/18 semestral
ATE III
Empréstimos 31/12/2010 Custo Vencimento Pagamento
BID - Crédito A + B 162 Libor + 1,88% a.a. Mai/23 Semestral
BID - Crédito C 164 Libor + 1,5% a.a. Mai/23 Semestral
• Não foi considerado nenhum tipo de realavancagem no projeto.
Sobre a Transação
Em 03 de junho de 2011, a TAESA anunciou a aquisição de 100% da NTE e 50% da UNISA - que
reúne os ativos de transmissão (STE, ATE, ATE II e ATE III) - junto à Abengoa. A transação foi
concluída em 30 de novembro de 2011. Em 16 de março de 2012, foi anunciada a aquisição da
participação remanescente da Abengoa na UNISA, proporcionando à TAESA o controle total da
holding.
STE ATE ATE II ATE III
Extensão Kilometragem: 363 KM 370 KM 937 KM 432,9 KM
Potência 230 Kv 525 e 440 Kv 500 Kv 500 e 230 Kv
Data da Assinatura do Contrato 19/12/2002 18/02/2004 15/03/2005 27/04/2006
Inicio da Operação jul/04 fev/06 nov/06 abr/08
Fim da Concessão 19/12/2032 18/02/2034 15/03/2035 27/04/2036
Deságio RAP Aneel x RAP Bidada 2,89% 36,07% 47,50% 49,70%
RAP Bidada 25.800 64.395 107.571 54.114
Thoreos Consultoria 17
UNISA: O preço na data-base é o preço da aquisição das Ações, conforme mutuamente acordado
entre a Vendedora e a Compradora, na data de assinatura, é de R$ 863.500.000,00 (oitocentos e
sessenta e três milhões e quinhentos mil reais).
Pelos termos acordados entre as partes, quaiquer passivos que porventura se materializem são de
responsabilidade exclusiva da Vendedora. O contrato prevê um conjunto de garantias que protege a
Compradora no que tange a essa questão.
Os dividendos declarados e pagos até a data do fechamento serão abatidos do valor da transação. Os
que permacenerem não pagos (“Proventos Declarados e não pagos”) pertencerão à Compradora.
Assim, o preço da transação foi calculado da seguinte forma:
V = P + AC – (RC + DJCP)
Onde:
V = Preço na data de fechamento
P = Preço na Data-Base, devidamente corrigido pela variação acumulada da Taxa Selic verificada entre
a Data-Base e o Dia Útil imediatamente anterior à Data de Fechamento.
AC = 50% (cinquenta por cento) do valor dos aumentos do capital social das Subsidiárias ocorridos
entre a data-base e a data de fechamento, devidamente corrigido pela variação acumulada da Taxa Selic
verificada entre a data do respectivo aumento de capital e o dia útil imediatamente anterior à data de
fechamento.
RC = 50% (cinquenta por cento) do valor das reduções do capital social ocorridas entre a data-base e a
data do fechamento, devidamente corrigido pela variação acumulada da Taxa Selic verificada entre a
data da respectiva redução de capital e o dia útil imediatamente anterior à data de fechamento.
DJCP = 100% (cem por cento) do valor dos dividendos e/ou juros sobre capital próprio pagos pela
UNISA em favor da Vendedora entre a data-base e e a data do fechamento, devidamente corrigido
pela variação acumulada da Taxa Selic verificada entre a data do respectivo aumento de capital e o dia
útil imediatamente anterior à data de fechamento.
Thoreos Consultoria 18
5. INFORMAÇÕES SOBRE A TAESA
A TAESA atua no setor elétrico brasileiro, no segmento de linhas de transmissão, operando
aproximadamente 6.250 km de linhas. Entre os seus principais acionistas destacam-se a Cemig com
56,7% do seu capital total e a Fundo Coliseu com 38,6%; existindo ainda um free float de
aproximadamente 4,7%.
Distribuição do Controle da TAESA (em %)
Fonte: Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (disponível em:
http://ri.taesa.com.br/taesa2011/web/arquivos/Taesa_DF_2011_port.pdf)
A TAESA detém 13 (treze) concessões outorgadas pelo prazo de 30 (trinta) anos pelo Poder
Concedente, representado pela agencia nacional de energia elétrica (“ANEEL”), 6 (seis) no âmbito da
holding e 4 (quatro) controladas, ETAU (53%), Brasnorte (39%), NTE (100%) e UNISA (50%). A
UNISA detém participação de 100% em quatro concessões, STE, ATE, ATE II e ATE III.
Atualmente a TAESA opera um total de 6.250 Km de linhas de transmissão, e um total de 47 (quarenta
e sete) subestações e 1 (um) centro de controle.
Thoreos Consultoria 19
Distribuição geográfica das linhas de transmissão controladas pela TAESA
Fonte: Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (disponível em:
http://ri.taesa.com.br/taesa2011/web/arquivos/Taesa_DF_2011_port.pdf)
As concessões operam em um mercado regulado, sendo sua receita obtida através do recebimento da
RAP que é determinada em função da disponibilidade da linha de transmissão para o Sistema
Interligado Nacional – SIN e independe do volume de energia transportada em cada linha.
O ONS apura mensalmente os valores do custo da rede básica de transmissão e os rateia entre todos os
utilizadores do SIN, incluindo empresas geradoras, distribuidoras e consumidores livres. As regras para
o rateio destes custos são definidas no Contrato de Prestação de Serviço de Transmissão (CPST) e no
Contrato de Uso de Serviço de Transmissão (CUST) que também determina as garantias a serem
prestadas para o pagamento da RAP por parte destes utilizadores.
Por estas características, as concessionárias de linhas de transmissão – entre elas a TAESA – tendem a
apresentar receita e geração de caixa bastante estáveis como demonstrados na tabela seguinte.
Thoreos Consultoria 20
RAP anual dos ativos de transmissão atualmente controlados pela TAESA (em R$ mil)
Fonte: Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (disponível em:
http://ri.taesa.com.br/taesa2011/web/arquivos/Taesa_DF_2011_port.pdf)
A TAESA apresenta um fluxo de caixa operacional estável de trajetória ascendente, conforme dados
disponíveis no gráfico abaixo.
Evolução do EBITDA – não ajustado pelo IFRS (em R$ mil)
Fonte: Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (disponível em: http://ri.taesa.com.br/taesa2011/web/arquivos/Taesa_DF_2011_port.pdf)
A estabilidade das receitas pode ser afetada pela parcela variável (PV), parcela que é deduzida da RAP
como consequência da indisponibilidade das linhas por questões operacionais. Todavia, a TAESA tem
conseguido níveis elevados de disponibilidade conforme demonstrado no gráfico a seguir.
Thoreos Consultoria 21
Disponibilidade das linhas de transmissão da TAESA (em %)
Fonte: Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (disponível em:
http://ri.taesa.com.br/taesa2011/web/arquivos/Taesa_DF_2011_port.pdf)
Thoreos Consultoria 22
6. MERCADO BRASILEIRO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
O mercado brasileiro de linhas de transmissão está diretamente relacionado à dimensão do SIN, que
responde por aproximadamente 98% de todo o mercado brasileiro de energia elétrica. Apenas os
estados do Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e parte do Pará ainda não estão integrados a
este sistema.
A expansão do SIN é resultante de um planejamento decenal para todo o setor elétrico, realizado pela
EPE. A partir deste planejamento, novos investimentos para aumentar a capacidade de geração e
transmissão do país são programados.
Pelo modelo concebido, estes novos investimentos são licitados através de leilões promovidos pela
ANEEL onde o vencedor é aquele que aceitar a menor tarifa como contrapartida ao investimento a ser
realizado. Este sistema é conhecido como sistema de modicidade tarifária, pois busca repassar para a
tarifa o resultado do processo competitivo do leilão.
Desta forma, o crescimento de uma empresa participante do mercado brasileiro de linhas de
transmissão pode ocorrer de duas formas: ( i ) através da conquista de novas concessões pela
participação em novos leilões promovidos pela ANEEL ou ( ii ) através da compra de empresas
concorrentes detentoras de concessões já existentes.
Outra característica deste mercado é a forte presença estatal representada, até o ano de 2010, pela
participação de cerca de 32% do sistema Eletrobrás, acrescidos em 2011 pela extensão de 2.123 Km
em linhas de transmissão, além de participações relevantes de outras empresas controladas por
governos estaduais como Copel, CEEE e a CEMIG.
Particularmente no que tange aos oito últimos leilões de transmissão realizados até o ano de 2011, as
empresas públicas (dentre as quais se destacam as do sistema Eletrobrás) têm obtido um elevado
percentual de sucesso isoladamente (ESTATAIS) ou em consórcio (CONSÓRCIOS C/ ESTATAIS),
aumentando a concentração estatal neste segmento, conforme informações abaixo.
Participação média acumulada em Leilões ANEEL por tipo de empresa – Km de linhas vencidos (2009-2011)
Fonte: Resultado das Licitações de Linha de Transmissão (disponível em: www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/SCT_RESULTADO_LEIL%C3%83O_INTERNET_05mar2012.pdf)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
n°001/09 n°005/09 n°001/10 n°006/10 n°008/10 nº001/11 nº004/11 nº006/11
7%
14%
79%
PRIVADASESTATAISCONSORCIO C/ ESTATAIS
Evolução da participação das empresas de transmissão ao longo dos últimos oito
leilões (2009-2011)
Participação das empresas privadas,
estatais e consórcios com estatais nos
leilões ocorridos em 2011.
Thoreos Consultoria 23
A participação privada atual compreende cerca de 40 concessionárias de tamanhos diversos.
A TAESA figura como uma das principais empresas de transmissão privadas do mercado brasileiro em
sua área de atuação (de 230 a 500 Kv), sendo detentora de aproximadamente 6.250 km em linhas de
transmissão.
É, portanto, estratégico para a TAESA, buscar oportunidades de compra de concorrentes, caso queira
aumentar ou mesmo manter sua participação de mercado. Neste contexto, estão inseridas as aquisições
dos ativos junto à Abengoa.
Thoreos Consultoria 24
7. PREMISSAS UTILIZADAS
Não adotamos nenhuma premissa agressiva ou perspectiva não confirmada (por exemplo, dentre a
prática do setor, adotamos critério de menor valor para indenização; consideramos apenas créditos
tributários tidos pela due diligence como muito prováveis, apesar de existir um volume grande de créditos
possíveis; não consideramos sinergias operacionais com a TAESA que possibilitem redução de custos).
7.1 Projetos de investimentos - Reforço na ATE III
Foi considerado na avaliação o reforço na empresa ATE III, conforme Resolução Autorizativa
ANEEL Nº 2.563 de 5 de outubro de 2010, que consiste da Instalação do 3º banco de
autotransformadores monofásicos 500/230-13,8 kV - 3 x 150 MVA da SE Itacaiúnas.
• RAP: R$ 5.378.435,99 - Prazo de Implantação: 20 meses (conforme Resolução Autorizativa
Nº 2.563);
• Investimento: R$ 39 MM, dos quais R$36 MM são referentes ao contrato assinado entre a ATE
III e a Abengoa (valores arredondados).
• Nova dívida, no montante de 50% do investimento total, através de uma nova tranche do BID
(Libor + 2,25% aa)
7.2 Premissas Utilizadas para confecção deste Laudo
As características básicas do empreendimento estão reportadas na seção 4. Informações Sobre o Ativo.
As demais premissas são reportadas a seguir:
a) Premissas de Receita
STE* ATE I* ATE II* ATE III**
RAP ciclo inicial R$ mil / ano 56.793 106.207 161.668 74.182
Indexador RAP - IGPM IGPM IGPM IPCA
Data redução da RAP mês/ano jul/2019 dez/2020 jan/2022 abr/2023
% redução da RAP % redução 50% 50% 50% 50%
RBNI (reforço) STE ATE II** ATE III** ATE III**
RBNI 1 Ciclo inicial R$ mil / ano 1.435 2.413 1.637 5.378
Indexador RBNI - IGPM IPCA IPCA IPCA
Data inicio da RBNI mês/ano Em
operação ago/2013
Em operação
jul/2012
* RGR está incluído na RAP. ** RGR está incluído na RAP. RAP líquida de PIS/COFINS.
• Indisponibilidade PV: de 0.5% a 1% conforme média histórica do setor no período de 2002 a
2009. Fonte: Portal ABDIB.
• Não há revisão tarifária periódica sobre a RAP dos ativos (STE, ATE I, ATE II e ATE III),
porém, há redução de 50% da RAP após 15 anos de operações.
• Há revisão tarifária periódica sobre as RAP das RBNI de STE, ATEII e ATE III:
Thoreos Consultoria 25
b) Premissas de Custos
i. O&M e Despesas Administrativas
Utilizamos os valores de O&M e Despesas Administrativas orçados pela UNISA para 2012, corrigidos
anualmente pelo IPCA a partir de 2013.
Valores Orçados para 2012 - R$ MM
UNISA
O&M 45,2
Valores de Orçados para 2012 - R$ MM
UNISA
ADM* 11,5
* Já estão inclusas as despesas do overhead da holding UNISA
ii. Encargos
Encargos
Taxa ANEEL 0,5% % RAP Bruta + Encargos Conexão
P&D 1,0% % receita líquida
RGR * 2,5% % receita bruta
* incide até 2035
iii. CAPEX Manutenção
Os valores de CAPEX de manutenção foram estimados com base em práticas de mercado, de 1%
sobre o valor da receita bruta atual. Ressaltamos que o CAPEX de manutenção não é afetado pela
redução da RAP, ou seja, quando houver redução da RAP o CAPEX representará valor superior a 1%
da receita à ocasião.
c) Premissas Tributárias
i. Impostos a compensar
Os valores realizáveis de impostos a compensar foram estimados de acordo com relatório
de Due Diligence produzido pela Hirashima & Associados para dezembro de 2010,
considerando os créditos utilizados ao longo de 2011.
ii. Otimização Fiscal
As projeções foram efetuadas utilizando-se sempre o regime tributário (Lucro Real ou
Lucro Presumido) mais favorável, ou seja, sempre que possível o Regime de Lucro
Presumido foi adotado. Para adoção do lucro presumido, assumimos premissa de correção
do limite de Lucro Presumido a cada 11 anos pelo IPCA.
Thoreos Consultoria 26
iii. Regime tributário
STE ATE I ATE II ATE III
PIS / COFINS - lucro real 3,65% 3,65% 9,25% 9,25%
PIS / COFINS - lucro presumido 3,65% 3,65% 3,65% 3,65%
IR - alíquota do lucro real e presumido 25,00% 25,00% 25,00% 25,00%
CS - alíquota do lucro real e presumido 9,00% 9,00% 9,00% 9,00%
Fim do benefício Fiscal (*) jan/2031 jan/2014 jan/2017 jan/2019
(*) Redução de 75% do IR (Fonte: Medida Provisória 2.199-14/2001. Disponível em:
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/mpv%202.199-14-2001?OpenDocument).
iv. Taxa de depreciação
STE ATE I ATE II ATE III
CAPEX de manutenção 2,92% 2,92% 2,92% 2,92%
Imobilizado existente 3,33% 3,33% 3,33% 3,33%
Intangível 20,00% n.a n.a n.a
Thoreos Consultoria 27
d) Balanços de Partida em 31/12/2011
Os Balanços de partida utilizados como base para as projeções pelo método de fluxo de caixa
descontado foram os balanços regulatórios das SPEs STE, ATE, ATEII, ATE III na data base
de 31/12/2011, devidamente conciliados com o balanço auditado em IFRS da UNISA,
fornecidos pela administração da TAESA.
Apresentamos abaixo os saldos em 31/12/2011 dos balanços em IFRS:
Valores em R$ MM, 31/12/2011
Valores em R$ MM, 31/12/2011
UNISA
Ativo Total 2.796.687 Passivo Total 2.796.687
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa R$ 404.920 Fornecedores R$ 10.656
Ativo financeiro da concessão R$ 369.058 Empréstimos e Financiamentos R$ 109.075
Ativo financeiro da concessão R$ 67.354 Tributos a pagar R$ 12.911
Prêmios de opção de compra R$ 3.853 Provisões para pagamento de serviços e bens R$ 24.802
Partes relacionadas R$ 5.416 Diferencial de swap a pagar R$ 1.264
Outros créditos R$ 5.547 Partes relacionadas R$ 87.683
Outros passivos R$ 11.722
Não circulante Não circulante
Ativo financeiro da concessão R$ 1.803.427 Fornecedores R$ 1.663
Tributos a recuperar R$ 21.158 Empréstimos e financiamentos R$ 907.656
Tributos diferidos R$ 26.434 Tributos diferidos R$ 38.431
Depósitos e cauções vinculados R$ 84.771 Provisão para contingências R$ 881
Depósitos judiciais R$ 4.731
Imobilizado R$ 18 Patrimônio Líquido
Investimentos R$ 0 Capital Social R$ 1.585.627
Reservas de lucros R$ 4.316
STE
Ativo Total 221.610.133 Passivo Total 221.610.133
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) R$ 11.973.546 Fornecedores R$ 412.161
Concessionárias e permissionárias R$ 6.720.279 Partes relacionadas (Nota 11) R$ 5.332.009
Impostos e contribuições a compensar R$ 166.256 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 14.288.724
Partes relacionadas (Nota 11) R$ 914 Impostos e contribuições a recolher R$ 1.488.527
Demais contas a receber R$ 2.578.545 Impostos e contribuições a Diferido R$ 0
Provisões de encargos setoriais R$ 2.716.665
Outras obrigações R$ 1.302.266
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo R$ 0 Fornecedores R$ 0
Tributos diferidos (Nota 15) R$ 0 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 53.625.115
Impostos e contribuições a compensar R$ 6.053.047 Tributos diferidos (Nota 15) R$ 6.966.743
Depósitos e cauções vinculados (Nota 7) R$ 8.303.986 Provisões (Nota 14) R$ 0
Ativo Imobilizado R$ 185.813.560
Depósitos judiciais (Nota 10) R$ 0
Patrimônio Líquido
Capital social R$ 72.801.000
Reservas de lucros R$ 62.676.922
Prejuízos acumulados R$ 0
Thoreos Consultoria 28
Valores em R$ MM, 31/12/2011
Valores em R$ MM, 31/12/2011
ATE I
Ativo Total 516.717.200 Passivo Total 516.717.200
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) R$ 14.249.434 Fornecedores R$ 3.818.649
Concessionárias e permissionárias R$ 12.527.298 Partes relacionadas (Nota 11) R$ 10.147.476
Impostos e contribuições a compensar R$ 736.301 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 24.832.998
Partes relacionadas (Nota 11) R$ 772.900 Impostos e contribuições a recolher R$ 1.815.301
Demais contas a receber R$ 1.374.051 Impostos e contribuições a Diferido R$ 0
Provisões de encargos setoriais R$ 2.986.660
Outras obrigações R$ 1.201.313
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo R$ 0 Fornecedores R$
Tributos diferidos (Nota 15) R$ 0 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 141.094.112
Impostos e contribuições a compensar R$ 0 Tributos diferidos (Nota 15) R$ 405.114
Depósitos e cauções vinculados (Nota 7) R$ 14.082.052 Adiantamento para futuro aumento de capital R$ 0
Ativo financeiro da concessão (Nota 8) R$ 471.244.920 Provisões (Nota 14) R$ 0
Depósitos judiciais (Nota 10) R$ 1.730.245
Patrimônio Líquido
Capital social R$ 273.323.106
Reservas de lucros R$ 57.092.472
Prejuízos acumulados R$ 0
ATE II
Ativo Total 1.291.795.680 Passivo Total 1.291.795.680
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) R$ 285.976.917 Fornecedores R$ 27.436.045
Concessionárias e permissionárias R$ 21.657.128 Partes relacionadas (Nota 11) R$ 42.067.547
Impostos e contribuições a compensar R$ 29.123.977 Diferencial de swap a pagar (Nota 10) R$ 825.751
Partes relacionadas (Nota 11) R$ 1.004.820 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 45.043.937
Demais contas a receber R$ 1.194.969 Impostos e contribuições a recolher R$ 14.365.733
Impostos e contribuições a Diferido R$ 46.214.114
Provisões de encargos setoriais R$ 3.654.186
Outras obrigações R$ 3.123.003
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo R$ 0 Fornecedores R$ 0
Tributos diferidos (Nota 15) R$ 14.967.560 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 411.312.728
Impostos e contribuições a compensar R$ 43.287.411 Tributos diferidos (Nota 15) R$ 0
Depósitos e cauções vinculados (Nota 7) R$ 43.329.542 Adiantamento para futuro aumento de capital R$ 0
Ativo imobilizado R$ 849.589.908 Provisões (Nota 14) R$ 0
Depósitos judiciais (Nota 10) R$ 1.663.449
Patrimônio Líquido
Capital social R$ 561.643.242
Reservas de lucros R$ 136.109.394
Prejuízos acumulados R$ 0
Thoreos Consultoria 29
Valores em R$ MM, 31/12/2011
7.3 Premissas Macroeconômicas Utilizadas na Elaboração do Laudo
Fonte: LCA Consultores (projeção de 03/03/2012).
7.4 Premissas de Indenização
Ao final da concessão o imobilizado líquido será revertido ao concessionário. Os passivos serão
liquidados e os ativos financeiros líquidos (saldo de caixa e investimentos de tesouraria) serão
liquidados, se necessário, e distribuídos aos acionistas.
7.5 Documentos Recebidos de Terceiros Utilizados na Elaboração do Laudo e
demais fontes
• Balanço societário consolidado auditado na data base de 31/12/2011 da UNISA.
ATE III
Ativo Total 807.099.580 Passivo Total 807.099.580
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) R$ 92.156.202 Fornecedores R$ 11.962.326
Concessionárias e permissionárias R$ 9.491.566 Partes relacionadas (Nota 11) R$ 23.883.767
Impostos e contribuições a compensar R$ 44.058.721 Diferencial de swap a pagar (Nota 10) R$ 438.116
Partes relacionadas (Nota 11) R$ 3.642.773 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 24.908.608
Demais contas a receber R$ 4.253.154 Impostos e contribuições a recolher R$ 1.891.896
Impostos e contribuições a Diferido R$ 0
Provisões de encargos setoriais R$ 2.376.734
Outras obrigações R$ 19.930.696
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo R$ 0 Fornecedores R$ 0
Tributos diferidos (Nota 15) R$ 0 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) R$ 301.623.807
Impostos e contribuições a compensar R$ 0 Tributos diferidos (Nota 15) R$ 4.438.890
Depósitos e cauções vinculados (Nota 7) R$ 19.055.306 Adiantamento para futuro aumento de capital R$ 0
Ativo imobilizado R$ 633.103.982 Provisões (Nota 14) R$ 0
Depósitos judiciais (Nota 10) R$ 1.337.875
Patrimônio Líquido
Capital social R$ 379.500.000
Reservas de lucros R$ 36.144.740
Prejuízos acumulados R$ 0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020+
Inflação
IPCA 4,85% 5,19% 4,75% 4,40% 4,34% 4,13% 4,03% 3,78% 3,68% % a.a.
IGPM 4,22% 4,94% 5,25% 4,71% 4,32% 4,28% 4,13% 3,85% 3,49% % a.a.
Taxas de Juros
TJLP 6,00% 6,00% 5,75% 5,50% 5,50% 5,00% 5,00% 5,00% 5,00% % a.a.
Libor 0,67% 0,65% 1,64% 4,19% 4,65% 4,65% 4,65% 4,65% 4,65% % a.a.
CDI 9,71% 9,50% 9,00% 8,25% 7,75% 7,50% 7,25% 7,00% 6,75% % a.a.
Juros UMBNDES 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% 4,20% % a.a.
Dólar Projetado
Dólar - Final de Período R$ 1,65 R$ 1,75 R$ 1,78 R$ 1,77 R$ 1,70 R$ 1,72 R$ 1,78 R$ 1,85 R$ 1,89 % a.a.
Dólar - Meio de Período R$ 1,67 R$ 1,72 R$ 1,76 R$ 1,77 R$ 1,73 R$ 1,70 R$ 1,75 R$ 1,82 R$ 1,88 % a.a.
Thoreos Consultoria 30
• Balanços regulatórios na data base de 31/12/2011 das SPEs STE, ATE, ATEII, ATE III,
devidamente conciliados com balanço societário auditado.
• Relatório de due dilligence tributária – Hirashima & Associados
• Relatório de detalhamento das dívidas – Veirano Advogados
• Resoluções ANEEL
• Orçamento para o ano de 2012 da UNISA.
• Contrato de compra e venda de ações firmado entre TAESA e Abengoa pela aquisição da
totalidade de 50 % da UNISA
7.6 Considerações Contábeis
Métodos de projeção - Contabilidade Regulatória e IFRS
Efetuamos as projeções financeiras no modelo financeiro, tanto na contabilidade regulatória, quanto na
contabilidade, em IFRS. O método regulatório, em versão completa, foi utilizado para refletir com
presteza as entradas e saídas de caixa operacionais da empresa, tais como recebimentos e pagamentos,
das receitas, custos, tributos, investimentos e todas as movimentações necessárias a real movimentação
de caixa das operações de transmissão.
A contabilização em IFRS limitou-se a projeção dos lucros auferidos a cada período para apuração dos
dividendos a serem distribuídos.
Impacto do IFRS na análise de investimento
A adoção do ICPC 01 nas empresas transmissoras de energia gerou os seguintes impactos:
• Registro de ativo financeiro correspondente a receita de construção, contabilizado pelo valor
justo das contraprestações relativas aos serviços prestados de construção;
• Maior parte da receita é registrada durante o período da construção;
• Registro de receita financeira relevante durante o período da concessão, oriunda de atualização
por taxa de juros efetiva do ativo financeiro;
• Registro dos custos de construção como despesa quando da sua ocorrência;
• Ausência de ativo Imobilizado;
• Registro de custos e receitas de O&M pelo regime de competência: receitas e custos registrados
quando forem auferidos e incorridos.
Apesar das mudanças listadas acima, o órgão regulador e a autoridade fiscal brasileira não se
pronunciaram quanto a possíveis alterações na forma de faturamento e tributação da operação de
concessão de transmissão, e desta forma, o fluxo operacional das empresas do setor não apresentou
alterações.
Apesar da ausência de alteração no fluxo econômico das empresas transmissoras, verificou-se a
possibilidade de adiantar a distribuição de dividendos pela contabilização nos moldes do ICPC01.
Empresas de transmissão apresentam grande capacidade de geração de caixa e anteriormente possuíam
problemas na liberação de caixa retido, o que passou a ser solucionado após a adoção da nova regra.
8. VALOR APURADO PELOS DIFERENTES CRITÉRIOS
Sumário dos Valores Apurados
A metodologia escolhida para avaliação da UNISA foi pelo FCFE, método de fluxo de caixa
descontado que utiliza o custo de capital próprio para descontar o fluxo do acionista. Adicionalmente,
para fins comparativos, analisamos os múltiplos de EV/EBITDA de empresas comparáveis e o mesmo
múltiplo para transações semelhantes ocorridas ao longo dos últimos anos.
O valor da transação, determinado pela metodologia do Fluxo de Caixa Descontado do Acionista
(FCFE), é representado pelo intervalo entre R$ 845,9 milhões e R$ 916,4 milhões para a UNISA.
Resumo da Avaliação UNISA – Em R$ MM
$500 $900$700 $1.100 $1.300 $1.500 $1.700
DCF - FCFE
Empresas comparáveis bolsa
5,1 x 8,6 x
Valor da transação: R$ 863,5 MM
Transações comparáveis
7,4x 12,4 x
Thoreos Consultoria 32
9. METODOLOGIA
9.1 Valor Econômico pela Regra do Fluxo de Caixa Descontado
O conceito do Fluxo de Caixa Descontado considera o valor de um ativo (ou empresa) como sendo o
valor presente de todos os seus fluxos de caixa médio futuros descontados pelo custo médio
ponderado de capital (WACC). A incidência de uma taxa de desconto permite a consideração do valor
do dinheiro no tempo tendo em vista que, quanto mais distante for o fluxo, maior o número de
períodos sobre os quais incidirá o desconto.
O Fluxo de caixa livre do acionista (FCFE) é o fluxo de caixa existente após o pagamento de despesas
operacionais, das obrigações tributárias, das necessidades de investimento, do principal, de juros e de
quaisquer outros desembolsos de capital necessários à manutenção da taxa de crescimento dos fluxos
de caixa projetados. Para fins de valoração, esses fluxos são descontados pelo custo de capital do
acionista, também chamado custo de capital próprio (Ke), que representa o custo de oportunidade dos
recursos empregados no ativo.
Custo de Capital próprio
Utilizamos o método CAPM (Capital Asset Pricing Model) para calcular o custo de capital próprio. O
CAPM é amplamente adotado e bem aceito pela comunidade financeira mundial. Consideramos que o
custo de capital próprio situou-se entre o intervalo de 7,0 e 8,0%.
Explicamos abaixo os principais componentes do custo do capital utilizados:
Custo de Capital Próprio - CAPM
bL = bU 1 + (1-t) D
ERelação Dívida/Equity, usando estimativas do
Fair Market Value de cada.
Alíquota marginal de imposto de renda (t)Beta desalavancado: mede o risco
sistêmico do negócio sem dívida
( )
Ke = RF + bL RM + PRA
Custo de Capital do Acionista; representa o retorno necessário para
remunerar adequadamente o acionista em função do risco assumido
Taxa livre de risco americana: representa o retorno obtido com
papeis livre de risco nos Estados Unidos, em dólares (USD)
Beta alavancado da empresa; mede o risco sistêmico do negócio.
O Beta alavancado já incorpora o risco do endividamento da
empresa (mas não o risco de solvência).
Prêmio de risco de mercado
Prêmio de risco adicional; mede o risco
específico da empresa não capturado pelo beta
Thoreos Consultoria 33
As premissas utilizadas para o cálculo do custo de capital são explicitadas a seguir:
RF1: Consideramos como taxa livre de risco, o yield de 3,18% refente aos títulos de longo prazo
do Tesouro Americano (US Treasury 30 anos, média das taxas: 5 a 16 de março/2012).
RF2: Para que a taxa livre de risco reflita adequadamente o contexto brasileiro, foi incorporado o
risco Brasil de 1,73% (EMBI+Brasil, média 5 a 16 de março/2012).
βL: Consideramos o Beta desalavancado de 0,36, reportado como beta desalavancado médio
das empresas do setor de energia. Incorporamos a os parâmetros dos ativos avaliados para
alavancar o beta para cálculo do Ke.
Fonte: Damondaran Online - http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/.
RM: Para estimar o prêmio de risco, consideramos a média do mercado americano, de 7,03%
(Implied Equity Risk Premium, média jan-fev-mar/2012).
Fonte: Damondaran Online - http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/.
PRA: Consideramos um risco de liquidez adicional de 1,1% calculado a partir de descontos de
transações incluindo ativos não listados em bolsas de valores e pelo risco de assimetria de
informações em fusões & aquisições.
Vale ressaltar que para cálculo do Ke real, descontamos a expectativa de inflação americana.
Portanto,
Ke Real = 1+[ 3,18% + 1,73% + 1% + 0,52 (7,03%)] / (1 + 2,2%) Ke Real= 7,3%
9.2 Valor Econômico pelo Critério dos Múltiplos de Mercado
Valoração por múltiplos é um método de precificação de um ativo por
comparação com indicadores financeiros de empresas similares. Em nossa análise utilizamos os
indicadores EV/EBITDA (Enterprise Value / EBITDA) para o ano de 2011, de acordo com as
demonstrações financeiras mais recentes disponíveis em Mar/2012.
Utilizamos como ativos comparáveis empresas de energia elétrica de transmissão, de geração e
integradas, todas operando no mercado brasileiro. As empresas puras de transmissão de energia elétrica
no Brasil são diretamente comparáveis, porém a amostra é pequena (apenas CTEEP e TAESA são
listadas em bolsa), além de que o ativo TAESA tem baixa liquidez sem volume expressivo de
negociação. Ampliamos a base para incluir também o negócio de geração por entender que este tem
algumas características próximas ao negócio de transmissão do Brasil: ambos os setores operam sob
regime de concessão, a receita é estabelecida em leilões de concessão e tem característica fixa, o
regulador é o mesmo (ANEEL), apesar de possuírem marcos regulatórios distintos, operam com
margens EBITDA elevadas, os principais ativos têm baixa liquidez, são negócios intensivos em capital
e ambos enfrentam questões ambientais significativas (apesar deste fator ser mais elevado na geração,
dependendo da fonte).
Desta forma, entendemos que empresas de geração e integradas de energia elétrica no Brasil são, dentre
as poucas alternativas disponíveis, os ativos que possam oferecer algum tipo de referências para análise
Thoreos Consultoria 34
de múltiplos. São inclusive preferíveis para tais fins à empresas de transmissão de outros países, que
operam sob regulação diferente e enfrentam riscos muito distintos das brasileiras.
Entretanto, é importante ressaltar as limitações intrínsecas de análises por múltiplos, mesmo quando
comparamos com ativos com características similares. A análise por múltiplos deve ser mais vista como
uma complementação da valoração do Fluxo de Caixa Descontado.
Dentre as limitações podemos citar de forma não exaustiva:
a) Concessões diferentes podem operar sob regimes regulatórios diferentes. Entre as quatro
concessões avaliadas, podemos identificar diferenças na continuidade integral da RAP e na
revisão tarifária. Por exemplo, concessões antigas preveem uma queda arbitrária da RAP em
50% no meio da concessão. Já concessões novas não têm esta queda, mas requerem uma
revisão tarifária a cada 5 (cinco) anos.
b) Cada empresa pode possuir um conjunto de concessões com prazos distintos para o fim de
cada concessão.
c) Algumas empresas são vistas com perspectivas distintas de crescimento (via aquisições ou
via leilões). Este crescimento pode estar incluso nos respectivos múltiplos EBITDA. Em
nossa avaliação consideramos apenas os ativos em condições atuais, sem valorar nenhum
investimento futuro em novas concessões.
d) Baixa liquidez na bolsa de algumas empresas de referência. Usamos apenas empresas com
um patamar mínimo de transações na bolsa que sustente um valor válido de mercado.
Mesmo assim, a baixa liquidez pode deslocar o valor de transação em relação ao valor
efetivo de mercado.
Thoreos Consultoria 35
10. RESULTADOS
Reportamos a seguir os resultados da UNISA pelo método do Fluxo de Caixa descontado,
considerando as premissas explicitadas no item 7.
10.1 Resultados pelo Fluxo de Caixa Descontado
UNISA
O valor apurado para a UNISA encontra-se no intervalo entre:
R$ MM
Máximo 916
Mínimo 846
Os resultados financeiros são reportados a seguir:
Margem EBITDA (UNISA) - Valores Nominais em R$ MM
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
75% 76% 79% 80% 80% 80% 80% 79% 79% 77% 73% 71% 70%
Receita líquida
311,4 335,0 364,8 386,9 405,5 422,6 440,3 436,7 431,4380,1
285,8252,3 245,9EBITDA
Margem EBITDA (%)
373,5 394,7 415,3 436,0 456,4 475,9 495,6 496,7 490,8441,6
348,8317,0 313,3
Thoreos Consultoria 36
Demonstração de Resultados UNISA, em Valores Nominais - R$ MM (de 2012 a 2024)
Demonstração de Resultados UNISA, em Valores Nominais - R$ MM (de 2025 a 2036)
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Receita Bruta 416.158 439.934 462.929 485.955 508.689 530.424 552.315 554.379 548.754 496.633 390.403 353.848 349.371(-) Impostos e Deduções sobre Receita -42.642 -45.205 -47.604 -49.966 -52.297 -54.518 -56.754 -57.633 -57.960 -55.021 -41.615 -36.843 -36.041
(=) Receita Líquida 373.516 394.729 415.325 435.989 456.392 475.906 495.561 496.746 490.794 441.612 348.788 317.005 313.329Síntese de Resultados -45.245 -47.439 -49.902 -52.272 -54.571 -56.938 -59.292 -61.682 -64.014 -66.372 -68.816 -71.350 -73.978 0 -3.274 -8.917 -4.244 -762 -462 -664 -496 -3.175 -536 -775 -583 -248 -615 Ano referência 0 4.919 12.396 13.031 13.635 14.224 14.828 15.437 16.029 16.596 17.183 17.792 18.421
(=) Lucro Bruto 324.996 343.292 373.575 395.986 414.993 432.527 450.601 447.326 442.272 391.061 296.572 263.198 257.157DRE -11.517 -12.075 -12.702 -13.305 -13.890 -14.493 -15.092 -15.700 -16.294 -16.894 -17.516 -18.161 -18.830 0 0 6.009 6.310 6.634 6.941 7.241 7.548 7.858 8.160 8.449 8.747 9.057 9.377(-) Impostos e Deduções sobre Receita -2.102 -2.222 -2.338 -2.454 -2.569 -2.679 -2.789 -2.800 -2.771 -2.508 -1.972 -1.787 -1.764 (=) Receita Líquida -84.375 -85.230 -85.668 -85.847 -85.676 -85.834 -85.998 -86.165 -86.328 -86.555 -86.798 -87.013 -87.218
(=) Lucro Operacional 227.003 249.774 279.177 301.014 319.798 336.763 354.270 350.519 345.039 293.552 199.034 165.294 158.722(-) Despesas/Receitas Financeiras 32.770 -49.558 -42.366 -34.581 -19.539 -16.195 -19.858 -15.165 -7.372 -1.010 5.345 9.852 11.943
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) 259.772 200.216 236.811 266.433 300.259 320.568 334.412 335.355 337.667 292.542 204.379 175.146 170.665(-) IR / CS -88.323 -68.073 -80.516 -90.587 -102.088 -108.993 -113.700 -114.021 -114.807 -92.253 -61.955 -51.683 -49.814
(=) Lucro Líquido 171.450 132.142 156.295 175.846 198.171 211.575 220.712 221.334 222.860 200.289 142.424 123.464 120.851
2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036
Receita Bruta 357.021 369.649 382.723 401.513 415.722 430.435 445.668 461.441 412.688 324.589 165.280 37.208(-) Impostos e Deduções sobre Receita -32.608 -33.758 -34.949 -41.435 -42.905 -44.427 -46.003 -47.636 -44.771 -39.173 -20.501 -2.604
(=) Receita Líquida 324.414 335.891 347.774 360.078 372.817 386.008 399.665 413.806 367.917 285.416 144.780 34.604(-) Despesas/Receitas Financeiras -76.702 -79.527 -82.456 -85.493 -88.641 -91.906 -95.291 -98.800 -90.687 -76.011 -38.428 -9.059 (=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) -892 -659 -284 -724 -1.026 -756 -326 -810 -1.181 -900 0 0(-) IR / CS 19.073 19.749 20.448 21.171 21.921 22.697 23.500 24.332 22.318 18.710 9.531 2.265
(=) Lucro Bruto 265.893 275.453 285.481 295.032 305.071 316.042 327.549 338.528 298.368 227.214 115.883 27.8090 -19.523 -20.242 -20.988 -21.761 -22.562 -23.393 -24.255 -25.148 -20.567 -15.539 -8.603 -2.246 EBITDA 9.709 10.053 10.409 10.777 11.158 11.553 11.962 12.385 10.129 7.663 4.275 1.123(+) Receita Bruta -1.803 -1.867 -1.933 -2.028 -2.100 -2.174 -2.251 -2.331 -2.084 -1.639 -835 -188 (-) Impostos e Deduções sobre Receita -87.425 -87.647 -87.882 -88.128 -88.384 -88.638 -88.895 -89.161 -81.804 -67.851 -35.616 -13.220
(=) Lucro Operacional 166.851 175.750 185.087 193.892 203.183 213.390 224.110 234.274 204.041 149.847 75.104 13.278(-) Despesas/Receitas Financeiras 13.569 15.284 17.466 21.113 25.753 31.135 37.431 45.463 53.277 52.530 27.579 10.247
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) 180.420 191.034 202.552 215.005 228.936 244.526 261.541 279.737 257.318 202.377 102.683 23.525(-) IR / CS -45.438 -47.973 -50.904 -63.389 -67.718 -72.597 -77.946 -83.682 -87.488 -68.808 -34.912 -4.630
(=) Lucro Líquido 134.982 143.061 151.649 151.616 161.218 171.929 183.595 196.055 169.830 133.569 67.771 18.895
Thoreos Consultoria 37
Fluxo de Caixa UNISA, em Valores Nominais - R$ MM (de 2012 a 2024)
Fluxo de Caixa UNISA, em Valores Nominais - R$ MM (de 2025 a 2036)
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
(+) EBITDA 311.378 335.004 364.845 386.861 405.475 422.597 440.268 436.684 431.367 380.107 285.832 252.307 245.940(-) IR / CS desalavancado -54.861 -59.215 -66.133 -71.251 -75.668 -102.941 -108.232 -119.177 -117.313 -92.597 -60.138 -48.333 -45.754 (+/-) Créditos / Passivos f iscais desalav. - desp. / deprec. 31.685 22.626 11.303 11.313 2.182 7.337 1.757 1.239 -335 -4.954 -10.809 -5.549 801(-) Variação do capital de giro -77.184 -5.431 -3.375 -3.567 -2.372 -2.200 -2.392 2.379 494 4.226 11.949 6.004 -1.194
(=) Fluxo de caixa das operações 211.019 292.984 306.640 323.355 329.617 324.792 331.401 321.126 314.213 286.783 226.834 204.429 199.792(-) Créditos f iscais desalavancados - investimentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0(+/-) Redução / (aumento) do imoblizado bruto -46.507 -14.705 -14.767 -5.018 -5.252 -5.477 -5.703 -5.731 -5.488 -9.169 -7.808 -7.077 -6.987
(=) Fluxo de caixa dos investimentos -46.507 -14.705 -14.767 -5.018 -5.252 -5.477 -5.703 -5.731 -5.488 -9.169 -7.808 -7.077 -6.987 (+) Receita f inanceira líquida dos impactos f iscais 27.407 10.884 9.389 7.414 6.159 5.175 3.882 2.868 3.130 4.830 6.283 6.852 8.028(-) Despesa financeira líquida dos impactos f iscais 15.565 -57.440 -49.357 -39.337 -23.874 -20.163 -24.306 -19.332 -12.438 -8.474 -5.110 -1.088 0(+) Variação dos empréstimos -125.893 -96.061 -102.320 -110.510 -120.248 -104.083 -89.721 -81.287 -26.625 -37.559 -36.956 -697 0
(=) Fluxo de caixa financeiro c/ terceiros -82.921 -142.617 -142.289 -142.434 -137.962 -119.071 -110.145 -97.752 -35.933 -41.203 -35.783 5.067 8.028
(=) Fluxo de caixa do exercício 81.591 135.661 149.584 175.904 186.402 200.244 215.553 217.643 272.792 236.412 183.243 202.419 200.833
(+) Variação do capital social 0 950 1.102 491 5.252 3.176 2.242 9.045 4.462 0 0 0 0(-) Dividendos pagos -332.238 -145.246 -173.795 -195.181 -203.458 -222.967 -235.863 -236.646 -242.456 -194.493 -168.683 -169.649 -173.963
(=) Fluxo de caixa c/ os acionistas -332.238 -144.297 -172.693 -194.690 -198.206 -219.791 -233.621 -227.601 -237.994 -194.493 -168.683 -169.649 -173.963
2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036
(+) EBITDA 254.275 263.396 272.969 282.020 291.567 302.028 313.005 323.435 285.845 217.698 110.720 26.498(-) IR / CS desalavancado -40.824 -42.776 -44.965 -56.211 -58.962 -62.011 -65.220 -68.225 -69.374 -50.948 -25.536 -1.146 (+/-) Créditos / Passivos f iscais desalav. - desp. / deprec. -2.290 686 753 4.468 961 1.046 1.095 1.055 -11 -6.506 -12.071 -7.320 (-) Variação do capital de giro -693 -1.241 -1.338 -1.899 -1.396 -1.541 -1.560 -1.537 7.394 10.576 17.578 10.976
(=) Fluxo de caixa das operações 210.467 220.065 227.419 228.379 232.170 239.522 247.320 254.728 223.855 170.821 90.692 29.008(-) Créditos f iscais desalavancados - investimentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0(+/-) Redução / (aumento) do imoblizado bruto -7.140 -7.893 -8.172 -8.566 -8.869 -8.609 -8.913 -9.229 -8.254 -6.089 -3.527 -446
(=) Fluxo de caixa dos investimentos -7.140 -7.893 -8.172 -8.566 -8.869 -8.609 -8.913 -9.229 -8.254 -6.089 -3.527 -446 (+) Receita f inanceira líquida dos impactos f iscais 9.077 10.250 11.728 14.308 17.415 21.040 25.275 30.796 35.819 34.282 15.431 5.112(-) Despesa financeira líquida dos impactos f iscais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0(+) Variação dos empréstimos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) Fluxo de caixa financeiro c/ terceiros 9.077 10.250 11.728 14.308 17.415 21.040 25.275 30.796 35.819 34.282 15.431 5.1120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(=) Fluxo de caixa do exercício 212.404 222.422 230.974 234.121 240.716 251.953 263.682 276.295 251.419 199.013 102.596 33.6730 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
(+) Variação do capital social 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0(-) Dividendos pagos -190.135 -192.102 -188.002 -165.307 -163.560 -161.354 -158.688 -122.779 -99.971 -74.397 -37.298 -12.240
(=) Fluxo de caixa c/ os acionistas -190.135 -192.102 -188.002 -165.307 -163.560 -161.354 -158.688 -122.779 -99.971 -74.397 -37.298 -12.240
Thoreos Consultoria 38
10.2 Resultados - Múltiplos empresas comparáveis
Reportamos a seguir o intervalo dos valores dos pelo método dos múltiplos de empresas comparáveis.
UNISA
Intervalo de valor por Múltiplos - Valores em R$ MM
EV/EBITDA
Máximo 1.044
Média 752
Mínimo 520
Apresentamos abaixo uma relação das empresas listadas na Bovespa para as quais efetuamos a análise
de EV sobre EBITDA e os resultados apurados nesta análise:
- Companhia de Transmissão de Energia Paulista - CTEEP (BOVESPA: TRLP4)1
- AES Tiete S.A. (BOVESPA: GTI4)2
- Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (BOVESPA: ELET6)2
- Cia Energética de Minas Gerais (BOVESPA: CMIG4)2
- Companhia Paraense de Energia (BOVESPA: CPLE6)1
Os dados para cálculo dos resultados apresentados abaixo, foram obtidos através da utilização do
software Economática utilizando dados disponíveis em março/2012:
EV/EBITDA Máximo 8,57
Média 6,66
Mínimo 5,14
Para as empresas CTEEP e AES Tiete, os dados utilizados são referentes 31/12/2011, para as demais
a data base é 30/09/2011.
Analisamos também os múltiplos de empresas internacionais, apenas para fins de comparação. Vale
ressaltar como limitação para análise dessas empresas o ambiente regulatório, no qual é diferente se
comparado ao Brasil.
Apresentamos abaixo a relação de empresas avaliadas:
Transmissão e Distribuição – USA:
- Consol. Edison
- Northeast Utilities
- NSTAR
- OGE Energy
- Pepco Holding
Transmissão Europa
- Elia System Operator S.A. (ENXTBR:ELI)
- Enagas SA (CATS:ENG)
- Fluxys SA (ENXT:FLUX)
Thoreos Consultoria 39
- REN – Redes Energéticas Nacionais, SGPS, S.A. (ENXTL:RENE)
- Scottish & Southem Energy PLC (LSE:SSE)
- Transmissione e Elettricita Rete Nazionale SpA (CM:TRN)
Os dados para cálculo dos resultados apresentados abaixo, foram obtidos no site Damodaran Online
(www.stern.nyu.edu/~adamodar/):
EV/EBITDA Máximo 10,95
Média 8,63
Mínimo 5,17
10.3 Resultados Múltiplos transações comparáveis
Reportamos a seguir o intervalo dos valores dos pelo método dos múltiplos de transações comparáveis.
UNISA
Intervalo de valor por Múltiplos - Valores em R$ MM
EV/EBITDA
Máximo 1.628
Média 1.099
Mínimo 865
Adicionalmente, analisamos os múltiplos de transações comparáveis, os quais foram calculados com
base em informações de mercado. Esta metodologia é muito próxima à metodologia da valoração pelos
múltiplos de mercado, portanto ela serve como parâmetro de comparabilidade para fins de valoração.
Ano Alvo Comprador Valor da transação Percentual adquirido EV / EBITDA
2011 Ativos da Abengoa TAESA R$1.099 MM 100% NTE; 50% STE,
ATE I, II e III 7,4
2010 Plena StateGrid R$1.800 MM 100% 12,4
2010 Plena Elecnor n.d 100% n.d
2009 Terna Participações SA CEMIG R$2.330 MM 66% 8,6
2008
Brooksfield Infastructure;
participação minoritária em 5
linhas de transmissão
CEMIG R$623 MM n.d. 8,0
2008Sistema de Transmissão
Catarinense SA EATE (TBE) R$153 MM 80% 9,6
2008
Lumitrans Companhia
Transmissora de Energia
Elétrica
EATE (TBE) R$70 MM 80% 7,6
8,9
12,4
7,4
Média
Máximo
Mínimo