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TRANSPORTES - MEIOS DE TRANSPORTE - MODAIS

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As pessoas e as mercadorias se locomovem entre a cidade e o campo, entre várias cidades e entre países através dos meios de transporte. A ausência ou deficiência de transporte causa perdas econômicas e dificulta as relações sociais das populações. Sem dúvida, países de pequena extensão geográfica resolvem com mais facilidade o problema da montagem de uma rede de transporte. Para as nações extensas territorialmente, a criação de transportes eficientes é um grande desafio.

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A análise do sistema de transportes de um país é um indicador do nível de seu desenvolvimento. Esse estudo deve atentar não só para o que se transporta mas, principalmente, para como se transporta.

O estudo dos transportes deve responder a algumas questões. Que meio de transporte é o dominante? Como se distribui a circulação de mercadorias pelos diferentes meios de transporte? Qual a evolução que cada um dos tipos de transporte tem apresentado?

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Evolução dos transportes

A história dos transportes se inicia com a própria história da humanidade, pois para sobreviver, o homem sempre teve de transportar objetos e produtos e conseguir se deslocar pela superfície terrestre.

De início, o homem utilizava as vias naturais, como os rios, as áreas de topografia plana e as regiões de formações herbáceas: áreas que apresentavam poucos obstáculos ao deslocamento de pessoas e objetos. A base do transporte era a tração humana. Inicialmente, o homem usava seu próprio corpo como meio de transporte e, a seguir, equipamentos associados ao corpo, como cestas, varas e carroças. Com o passar do tempo, novos recursos foram adotados como meios de transporte. À medida que houve desenvolvimento econômico, o homem passou a construir estradas, ainda que precárias, e a utilizar transporte de tração animal.

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Após a Revolução Industrial, a expansão econômica acelerada de alguns países, graças ao aumento da produção de bens industrializados, gerou a necessidade de um grande consumo de matérias primas. Assim, aumentou a necessidade de transportar mercadorias – em maior quantidade e de forma mais rápida.

O desenvolvimento técnico-científico que acompanhou a Revolução Industrial possibilitou a implantação de novos meios de transporte com maior capacidade – ferrovias, hidrovias e rodovias – e a construção imediata de novas vias de transporte. Assim, a nova tecnologia permitiu que se ultrapassem obstáculos naturais, que até então freavam a circulação de produtos. Isso deu origem a uma nova fase do comércio: o comércio em escala mundial.

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Os transportes em países desenvolvidos e em desenvolvimento

Os meios de transporte de um país refletem seu nível de desenvolvimento econômico e tecnológico.

O transporte é fundamental para a integração econômica, social e cultural de uma comunidade. Com efeito, as pessoas e as mercadorias se locomovem entre a cidade e o campo, entre várias cidades e entre países através dos meios de transporte. A ausência ou deficiência de transporte causa perdas econômicas e dificulta as relações sociais das populações. Sem dúvida, países de pequena extensão geográfica resolvem com mais facilidade o problema da montagem de uma rede de transporte. Para as nações extensas territorialmente, a criação de transportes eficientes é um grande desafio.

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Nos países desenvolvidos, a evolução dos transportes decorreu da expansão econômica. Este é o motivo pelo qual há um alto grau de integração inter-regional e nacional e a eficiência e disponibilidade dos diferentes meios de transporte nesses países.

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Por outro lado, nos países subdesenvolvidos, cuja economia sempre dependeu do mercado externo, as redes de transporte são quase sempre isoladas e convergem para os portos exportadores. Há uma escassez e ineficiência de uma rede de transportes.

Os principais meios de transporte e vias de circulação estão concentrados nas regiões mais desenvolvidas: Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão etc. Nessas áreas, o transporte de bens e de pessoas é bastante intenso. A distribuição e densidade de transportes nessas regiões é significativamente maior que nas regiões subdesenvolvidas, como América do Sul e África.

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Meios de transporte

Existem quatro modalidades de transporte: terrestre (ferroviário, rodoviário e metroviário), aquaviário ou hidroviários (marítimo, fluvial e lacustre), aéreo e dutoviário.

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O transporte terrestre é realizado em ônibus, carros, motocicletas e caminhões que se deslocam em ruas, estradas e rodovias. Outro tipo de transporte terrestre é o ferroviário, realizado em trens que se movimentam sobre trilhos.

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O transporte aquaviário é caracterizado pelo deslocamento em lagos, rios, mares e oceanos. As pessoas e/ou mercadorias são transportadas em canoas, bancos, navios, etc. Essa é uma alternativa muito utilizada para o transporte de cargas entre países de diferentes continentes (transporte marítimo).

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O transporte aéreo é considerado o meio de transporte mais rápido e sofisticado do mundo. Ele é extremamente importante para quem deseja realizar viagens em curto tempo, pois o avião atinge velocidades elevadíssimas se comparado aos outros meios de transporte. Além dos aviões, o transporte aéreo também pode ser feito em helicópteros ou balões.

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A outra modalidade de transporte é o dutoviário, realizado em tubos ou dutos que transportam substâncias gasosas (gasodutos), líquidas (oleodutos) ou sólidas (minerodutos). O Brasil, juntamente com a Bolívia, possui um gasoduto responsável pelo transporte de gás natural da Bolívia (fonte produtora) para alguns estados brasileiros (consumidores).

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Nos países desenvolvidos, o transporte de mercadorias é feito predominantemente por ferrovias e hidrovias. No Brasil e em outros países subdesenvolvidos, predomina o transporte rodoviário. Muitos países desenvolvidos de grande extensão e deficitários em combustíveis fósseis deveriam expandir seus meios de transporte ferroviário e hidroviário, não rodoviário. Isto porque estes tipos de transporte , além de possuírem maior capacidade de carga, são mais econômicos. Por outro lado, o transporte rodoviário, além de transportar menor quantidade de carga, consome muito combustível e é dependente do petróleo. A recente crise de petróleo, que atingiu países desenvolvidos e subdesenvolvidos, é mais um sinal de que o transporte rodoviário não é economicamente eficiente.

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OS TRANSPORTES TERRESTRES

TRANSPORTE FERROVIÁRIO Durante o século XIX, o trem foi o principal meio de

transporte e se expandiu mundialmente até a segunda metade do século XX. Em países de grandes extensões territoriais, como os Estados Unidos e o Canadá, foram construídas ferrovias transcontinentais que cruzavam o território de leste a oeste, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Na ex-União Soviética, foi construída a Transiberiana – a maior ferrovia do mundo, com 9.280 quilômetros, ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do Pacífico. Essas ferrovias tiveram papel preponderante na ocupação territorial e no crescimento econômico e comercial desses países.

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Entre 1940 e 1960, muitas ferrovias foram desativadas. O motivo disso foi a expansão das estradas de rodagem. A partir de 1970, devido à crise do petróleo, o transporte sobre trilhos foi reativado, principalmente em países desenvolvidos. Outros fatores que reativaram o setor foram o desenvolvimento tecnológico com trens modernos e mais velozes, o sistema de metrô e uma expansão populacional que necessitava do transporte de massa.

Em países desenvolvidos, o transporte ferroviário concorre com o aéreo, mesmo em questão de velocidade. Há trens ultravelozes na Europa que chegam a velocidades entre 200 km/h e 500 km/h.

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O transporte ferroviário não possui a mesma flexibilidade que o rodoviário, mas apresenta muitas vantagens. Pode utilizar várias fontes de energia (vapor, diesel, gasolina, eletricidade), tem grande capacidade no transporte de carga e de pessoas, consegue atingir altas velocidades e estimula o desenvolvimento de indústrias de base. Embora o custo da construção de ferrovias exija altos investimentos, é um econômico meio de transporte, pois desloca grandes cargas de passageiros e de mercadorias por grandes distâncias a baixo custo.

Os Estados Unidos possuem a maior rede ferroviária do mundo. É possível atravessar o país de leste a oeste ou de norte a sul por trem.

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VEÍCULOS UTILIZADOS- o trem e o metrô (composição ferroviária urbana somente para passageiros, tendo a vantagem da rapidez).

VANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO- embora o custo da construção de ferrovias exija altos investimentos, é um econômico meio de transporte, pois desloca grandes cargas de passageiros e de mercadorias, por grandes distâncias a baixo custo.

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO

O automóvel tem sido utilizado como meio de transporte desde o início do século XX. Com a Primeira Guerra Mundial, aumentou significativamente a produção e a diversificação dos tipos de veículos: carros de passeio, caminhões, ônibus, tratores, etc.

Inicialmente, o transporte rodoviário complementava o ferroviário. Com o passar do tempo, passou a concorrer com as ferrovias, inclusive resultando na desativação de muitas delas, que se tornaram deficitárias.

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Há vários motivos por que alguns países decidiram utilizar a rede rodoviária, e não a ferroviária, para o transporte de mercadorias: maior flexibilidade e facilidade de acesso a diversos lugares, simplificação das operações de carga e descarga, etc. Sem dúvida, desde o início do século XX, o transporte rodoviário cresceu de forma espetacular.

A desvantagem do transporte rodoviário é o fato de ser mais caro que o ferroviário, pois transporta menor quantidade de carga. Ao longo da história do Brasil, quase todos os governos incentivaram o transporte rodoviário. Isso resultou no aumento dos preços das

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mercadorias, já que os caminhões não podem competir com os trens quanto à quantidade de carga transportada.

Outras desvantagens do transporte rodoviário são a poluição que gera, causando aumento de doenças e prejudicando o meio ambiente, os acidentes de tráfego e a crise do transito urbano.

Em países desenvolvidos, as rodovias são normalmente autopistas, estradas muito bem pavimentadas, contando com socorro mecânico a qualquer hora e telefones pouco distantes, um dos outros.

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VEÍCULOS UTILIZADOS- ônibus, caminhões e carros.

DESVANTAGEM - o transporte rodoviário é mais caro que o ferroviário, pois transportam menor quantidade de carga.

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MEIOS DE TRANSPORTE NO BRASIL

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O Brasil enfrenta uma série de desafios em seus setores de infraestrutura e transporte. As rodovias e ferroviais do país se encontram em estado precário. Os aeroportos brasileiros possuem pequena capacidade para transporte de cargas. Além disso, os terminais portuários são ineficientes e operam com excesso de burocracia. O estado precário do sistema de transportes brasileiro, que se deve à falta de investimentos em infraestrutura nas últimas duas décadas, limita o crescimento e a expansão da economia nacional.

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O sistema de transportes é indispensável para a exportação, o abastecimento da população e o acesso a matérias-primas. Os setores de transportes e infraestrutura viabilizavam todos os outros setores da economia. Um sistema de transportes precário e ineficiente limita a movimentação de pessoas e de produtos.

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Como ilustra o gráfico a seguir, o Brasil fica na posição 114 no ranking mundial de qualidade de infraestrutura, na posição 120 na qualidade de estradas e na posição 131 na qualidade de portos. É, inegavelmente, um ranking lamentável para o país que possui a sétima maior economia do mundo (2014).

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Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura que limitam a competitividade do país. O Brasil tem urgência em recuperar, modernizar e aumentar a capacidade de sua infraestrutura. Isso é fundamental para permitir o crescimento sustentado de sua economia.

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Matriz do Transporte de Cargas

O setor de transportes desempenhou papel fundamental no crescimento econômico e na integração do território brasileiro. Mas essa integração é um fenômeno relativamente recente, pois até a década de 1970, as regiões Norte e Centro-Oeste ficavam bastante isoladas das outras regiões do país.

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A matriz de transportes no Brasil é dominada por rodovias. Isso é prejudicial para a economia brasileira, pois a dependência em rodovias e a falta de investimentos em ferrovias e hidrovias resultam em custos mais elevados de transporte. Para muitas empresas, o que é gasto em transporte representa uma fração significativa de seus custos. O consumo de petróleo e de outros combustíveis utilizados por rodovias encarece os preços dos produtos transportados. Portanto, a dependência nessa forma de transporte eleva o custo de deslocamento da produção nacional.

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*TKU - toneladas transportadas por quilômetro útil

Modal Milhões Tku* Partic.%

Rodoviário 485.625 61,10

Ferroviário 164.809 20,70

Aquaviário 108.000 13,60

Dutoviário 33.300 4,20

Aéreo 3.169 0,40

Total 794.903 100,00

Fonte: Revista CNT no.217 outubro – 2013

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Os custos dos produtos brasileiros aumentam devido à ineficiência e à falta de infraestrutura adequada. Isso torna a cadeia produtiva mais cara e menos competitiva. É fundamental que o Brasil melhore sua infraestrutura e reduza os custos associados à armazenagem, à logística para transporte e ao escoamento da produção. Também existe o preço da burocracia e da corrupção. Um exemplo é a perda de tempo na liberação de cargas nos portos. Isso causa uma redução na exportação de gêneros agrícolas.

Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura.

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Os problemas enfrentados na hora de escoar a safra são o que mais pesam nos custos da produção e o que previne o agronegócio brasileiro de se tornar ainda mais competitivo. O Brasil é um país extenso, as distâncias são vastas e o território nem sempre é interligado. É evidente a desigualdade no desenvolvimento das vias de transporte entre as regiões do Brasil. Os custos de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos finais nos mercados.

Em Estados no interior do Brasil, a situação é ainda mais crítica. Por exemplo, em Sorriso, um município do Mato Grosso que produz um milhão de hectares de soja e

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milho, a produção necessita percorrer mais de 2000 km em rodovias para alcançar o Porto de Paranaguá (PR). O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) estima que o custo desse frete é de US$ 100, enquanto a produção paraense chega ao porto por US$ 20.

A solução para Estados como o Mato Grosso, que se localizam longe da costa brasileira e, consequentemente dos portos, é ampliar a extensão ferroviária e direcionar o escoamento para as estruturas portuárias do norte do Brasil.

Também é necessário corrigir os gargalos institucionais, como as leis defasadas e as leis tributárias.

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Todos esses problemas afetam a competitividade de produtos brasileiros. Um exemplo No Brasil, a matriz de transporte é composta por rodovias (58%) e ferrovias (25%). Nos Estados Unidos, nosso principal concorrente, o modal ferroviário é o principal meio de escoamento. Um comparativo do custo final de um produto exportado para a China pelos dois países revela que o Brasil se encontra em desvantagem competitiva. “Enquanto o produtor americano desembolsa cerca de U$ 98 pelo transporte total da tonelada de soja até a China, o brasileiro paga U$ 180. Dentro das fazendas brasileiras a tonelada de soja custa U$ 234, enquanto em terras americanas, U$ 373.

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Pondo na ponta do lápis, o produto brasileiro chega ao mercado chinês cerca de U$ 40 mais caro. Dados do United States Department of Agriculture (USDA) revelam que nos EUA, a participação do custo do frete no valor final da tonelada do grão é de 26% e no Brasil, 44%.” (Fonte: www.ibralog.org.br)

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Segundo a revista Exame e Paulo Resende, do Centro de Estudos para Infraestrutura e Logística de Belo Horizonte, os problemas de logística no Brasil consomem 12% do PIB. As estradas são o maior motivo de reclamações de empresários.

Aqueles que trabalham com comércio exterior são obrigados a lidar com um nível precário de via de transportes. Isso vale também para portos e aeroportos. O sistema de transportes brasileiro está longe de conseguir atender a extensão de seu imenso território. Há falta de linhas aéreas e contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção e há perdas ocorridas por avarias no transporte.

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Além disso, existe a distorção da matriz de transportes: como explicado acima, há uma sobrecarga do modal rodoviário.

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Considerações Gerais dos tipos de transporte

Vantagens das Ferrovias Vantagens das Rodovias Vantagens das Hidrovias

- Grande capacidade de carga

- Baixo consumo

- Longa vida dos veículos

- Indicadas para longas distâncias

- Versatilidade

- Transporte direto: origem - destino

- Fácil penetração em regiões pioneiras

- Indicado para curtas distâncias

- Baixo custo de transporte

- O Brasil apresenta grandes

possibilidades para hidrovias

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Transporte Ferroviário

Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão, derivados de petróleo, etc. No Brasil, a presença de bitolas diferentes em uma mesma região acaba provocando a elevação do custo do transporte aumentando o tempo de viagem.

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As ferrovias apresentam diversas vantagens: é capaz de transportar grandes cargas para grandes distâncias e consome menos combustível por quantidade de carga transportada. Portanto, polui menos. Mesmo que o custo de implantação seja alto, requer um baixo custo de manutenção e oferece um baixo custo de transporte. Além disso, é mais seguro que o modal rodoviário: ocorrem muito menos acidentes, furtos e roubos.

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Histórico

A estrada de ferro no Brasil desenvolveu-se baseada na cafeicultura. Consequentemente, o traçado é carente em linhas de integração entre as várias regiões. O seu traçado ligava as áreas cafeeiras até o porto de Santos. Em 1854, por iniciativa do Barão de Mauá, foi inaugurada a primeira estrada de ferro do Brasil, com 14 km de extensão, ligando a Baía da Guanabara à raiz da Serra de Petrópolis.

De 1870 a 1920, houve um grande desenvolvimento de ferrovias no país. Esse período foi denominado de Era das Ferrovias, quando a extensão das ferrovias passou de 745 km para 28.535 km.

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As ferrovias influenciaram a colonização de imigrantes europeus no Brasil, pois deram acesso aos cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.

Entre 1920 e 1960, a rede cresceu menos de 10 mil km, principalmente devido à crise da cafeicultura. A partir de 1960, com a eliminação de vários ramais antieconômicos, a malha ferroviária diminuiu de 38.280 km para 29.283 km, em 2011, que respondia por apenas 21% da carga transportada no país.

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Problemas das Ferrovias Brasileiras

A decadência do transporte ferroviário no Brasil decorre de vários fatores: falta de investimentos, administração ineficiente, material rodante obsoleto e, acima de tudo, a concorrência com o ramo rodoviário. As ferrovias não integram as regiões brasileiras, não foram estruturas para atender com eficiência a realidade industrial do país e resultam em morosidade no transporte de pessoas e de mercadorias. O transporte rodoviário é considerado lento e com alto custo de implantação.

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No Brasil, a malha férrea é pequena e atinge pontos isolados do território nacional. A grande maioria dos investimentos é feito pelo setor privado e com interesse próprio. O governo brasileiro deveria investir no modal ferroviário, pois possui um dos menores custos para o transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de competitividade do Brasil.

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A tabela abaixo apresenta dados sobre as principais ferrovias de carga no Brasil.

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Ao observar a tabela, verifica-se que as empresas controladoras são também as principais usuárias desse tipo de transporte.

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O transporte multimodal

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O transporte multimodal

O transporte multimodal é a articulação entre vários modos de transporte, de forma a tornar mais rápidas e eficazes as operações de transbordo. O Transporte Multimodal é aquele em que serão necessários mais de um tipo de veículo para conduzir a mercadoria até ao seu destino final, deste modo serão utilizados desde camiões, navios, aviões ou outro tipo de condução necessário para a entrega (Cos et al., 2000, p. 509). Assim para a mercadoria chegar até ao seu destino final ela necessitará de passar por mais de um tipo de transporte, podendo contratar uma empresa que faça essas mudanças, sem que o importador ou exportador se envolva nessas trocas.

A multimodalidade, apesar de defendida pelos ambientalistas e alguns especialistas de transporte de mercadorias, implica a acumulação de custos pela utilização de interfaces modais, tais como, transbordo, handling entre outros (Dias, 2005, p. 210).

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Requisitos

Para um transporte ser considerado como multimodal, é necessário que (Rodrigues, 2002, p. 103):

Seja realizado, pelo menos, por dois modos de transporte;

Exista um único responsável perante o dono da carga (OTM);

Exista um único contrato de transporte entre o Transportador e o dono da mercadoria;

Exista um conhecimento único (Multimodal Bill of Lading ), válido para todo o percurso;

Sejam utilizadas cargas unitizadas indivisíveis;

Sejam feitas inspecções fiscais apenas na origem e no destino.

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Intermodalidade

A intermodalidade pode ser descrita como a não ocorrência de quebra da carga quando o transporte da mercadoria se faz, no mínimo, por dois modos diferentes de tracção (transporte combinado), desde o momento da carga até à descarga. Por outras palavras, a intermodalidade é um transporte combinado, mas sem ruptura do modo de tracção bem como da carga (Dias, 2005, p. 217).

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Interconectividade

A interconectividade nos transportes engloba não só a multimodalidade, isto é, a utilização no mesmo processo de transportes, com ou sem quebra da carga, de pelo menos dois transportes, mas também a intermodalidade, processo já referido anteriormente (Dias, 2005, p. 216).

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Modo Rodoviário

Vantagens Manuseamento mais simples (cargas menores) Grande competitividade em distâncias curtas/médias Elevado grau de adaptação Baixo investimento para o operador Rápido e eficaz Custos mais baixos de embalagem Grande cobertura geográfica Desvantagens Aumento do preço com a distância Espaço limitado Sujeito às condições atmosféricas Sujeito ao trânsito Sujeito à regulamentação (circulação, horários)

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Melhorias Possíveis

Melhoria nos contentores de modo a adaptarem-se a outros tipos de transporte (interface multimodal)

Melhoria nos sistemas semi-automáticos de cargas e descarga

Aumento no uso de contentores/pallets standard

Implantação de sistemas de localização por coordenas geográficas

Uso de sistemas de comunicação rádio

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Modo ferroviário

Vantagens Ideal para grandes quantidades de carga Baixo custo para grandes distâncias Bom para produtos de baixo valor e alta densidade Pouco afetado pelo tráfico e condições atmosféricas Amigo do ambiente Desvantagens Serviços e horários pouco flexíveis Pouco competitivo para distâncias curtas e cargas pequenas Grande dependência de outros transportes (nomeadamente rodoviário) Pouco flexível pois só para de terminal em terminal Elevados custos de manuseamento

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Melhorias Possíveis

Aumento da velocidade de trajeto e das cargas/descargas

Comboios mais frequentes

Melhoria de equipamento dos terminais

Uso de sistemas de informação que permitam melhorar o controlo das frotas ferroviárias e programação de rotas

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Modo aéreo

Vantagens Bom para situações de "aperto" a larga distância Bom para mercadoria de elevado valor a grandes distâncias Boa fiabilidade e frequência entre cidades Velocidade de transporte Desvantagens Pouco flexível, pois trabalha terminal a terminal Mais lento do que rodoviário para pequenas distâncias Elevado custo para grande parte dos produtos Melhorias Possíveis Melhor adaptação ao multimodal, transportando partes de veículos rodoviários Sistemas informatizados mais sofisticados para a gestão das capacidades de transporte Melhoria de cargas e descargas em terminais

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Modo Aquaviário (dividio em transporte marítimo(mares), lacustre (lacustre)e fluvial(rios))

Vantagens

Competitivo para produtos de muito baixo custo (químicos industriais, ferro, cimento, petróleo, minerais e outros)

Desvantagens

Velocidade reduzida

Muito pouco flexível

Limitados a zonas com orla marítima ou rios navegáveis

Melhorias Possíveis

Associação a sistemas de armazenagem em terminal

Melhor funcionamento sempre que inserido em plataformas multimodais

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Modo Dutoviário

Vantagens Longa vida útil Pouca manutenção Baixa mão-de-obra Rápido Funciona pronto a pronto para líquidos ou gases(gás natural , químicos e outros) Desvantagens Não se adapta a muitos tipos de produtos Investimento inicial elevado Melhorias Possíveis Sistemas de construção por módulos e mais rápidos Sistemas de controlo e observação de avarias

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Organismos nacionais

Envio de mercadorias leves e com poucovolume;

Melhor maneira de fazer entregas urgentes;

Abrange uma maior quantidade de

mercados;

Ajuda a reduzir os custos de transporte de

uma carga;

Segurança no deslocamento dos produtos;

Crescimento das rotas que abrangem mais

lugares diferentes.

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Organismos internacionais

IATA (Internacional Air TransportAssociation):

A Associação de

Transporte Aéreo Internacional é uma associação comercial fundada em Havana, Cuba, em 1945 por um grupo de companhias aéreas. Ela é responsável por representar, ser líder e auxiliar a indústria aérea, ou seja, trabalha lutando pelos interesses dascompanhias, dentre outros aspectos.

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FAA(Administration Federal Aviation):

A Administração Federal da Aviação é uma entidade subordinada ao Departamento de Transportes dos EUA que regula as áreas a aviação civil e militar. É reconhecido

mundialmente.

ACI(Airports Council International): O

Conselho Internacional de Aeroportos é composto pelas principais companhias administradoras dos aeroportos. O Brasil é representado pela INFRAERO.

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ICAO(InternationalCivilAviation Organization):

A Organização da Aviação Civil Internacional é uma agência das Nações Unidas formada por mais de 150 países. Foi criada em 1944, depois da coleta de assinaturas da Convenção de Chicago. Nessa organização são discutidos e fixados direitos e deveres dos seus membros, bem como definidos padrões e práticas que regem a atividade aérea internacional.

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Nomenclatura das rodovias

De acordo com o Plano Nacional de Viação (PNV), a nomenclatura das rodovias federais é definida pela sigla BR seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia e os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à capital federal e aos limites do país (norte, sul, leste e oeste)

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Rodovias radiais

(BR-0xx): São as rodovias que partem da

capital federal em direção aos extremos do país. O primeiro algarismo é o zero e os números restantes podem variar de 10 a 90, segundo a razão numérica 05 e no sentido horário. Por exemplo: a BR-020, a BR-040 e a BR-070.

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Rodovias longitudinais

Rodovia Longitudinal (BR-1xx): São as rodovias que cortam o país na direção norte-sul. O primeiro algarismo é o um e os números restantes variam de 00, noextremo leste do País, a 50, na capital federal, e de 50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver a oeste. Por exemplo: a BR-101, a BR-153 e a BR- 174

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Rodovias Transversais

(BR-2xx): São as rodovias que cortam o país na direção leste oeste. O primeiro algarismo é o dois e os números restantes variam de 00, no extremo norte do país, a 50, na capital federal, e de 50 a 99 no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver ao sul.

Por exemplo: a BR-230, a BR-262 e a BR- 290

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Rodovias diagonais

(BR-3xx): Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação: noroeste-sudeste ou nordeste-sudoeste. O primeiro algarismo em ambos os casos é o três. Os demais números obedecem o seguinte critério: Diagonais orientadas na direção geral NO-SE: A numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo sudoeste. Por exemplo: a BR-304, a BR-324 e a BR-364

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