Apostila Transportes Modais Prof

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TRANSPORTES MODAS PROFESSORA FABANA CRSTNA DOGLO BUSSADA 1.ntroduo ao estudo da Logstica 1.1 Definio Otermologstica,deacordocomoDicionrioAurlio,vemdofrancs Logistique e tem como uma de suas definies "a parte da arte da guerra que trata doplanejamentoedarealizaode:projetoedesenvolvimento,obteno, armazenamento, transporte, distribuio,reparao,manuteno e evacuao de material para fins operativos ou administrativos". De uma maneira mais objetiva, Baglin et al. (1990) definem a logstica como umafunodaempresaquesepreocupacomagestodofluxofsicodo suprimento de matrias-primas, assim como a distribuio dos produtos finais aos clientes. Resumidamente,podesedizerqueafunodalogsticacolocaro produto certo, no local correto, no momento adequado e ao menor preo possvel, desde as fontes de matria-prima at o consumidor final. Narealidade,oconceitodelogsticavemevoluindo,desdealogstica propriamente dita, passando pela logstica integrada e chegando ao conceito mais recente de Supply Chain Management, ou gesto da cadeia de suprimentos. Resumindo: Logstica um ramo da gesto cujas atividades esto voltadas paraoplanejamentodaarmazenagem,circulao(terra,aremar)edistribuio de produtos. 1.2 Etapas do processo logstico Na anlise de Ballou (1993), a logstica pode ser definida como a integrao da administrao demateriaiscom a distribuio fsica, ou seja, as duas grandes etapas do processo logsticoso osuprimento fsico(administrao demateriais) eadistribuiofsica,podendoessasetapasseremdivididasnasseguintes atividades: Observa-sequeasatividadesinerentessduasgrandesetapasdo processologsticosopraticamenteasmesmas,diferindopelofatodeo suprimentofsicotratarcommatrias-primas,eadistribuiofsicatratarcom produtos acabados. Deumamaneirageral,oescopodalogsticaempresarialpodeser representadoconformeoesquemadaFiguraabaixo.Valeressaltarque,nem todosossistemasprodutivoseseusrespectivosprodutosematriasprimas requerem todas as atividades enumeradas. Com relao essa questo, Baglin et al. (1990) assumem que o processo logsticopossuitrsgrandesetapas,quesoosuprimento,aproduoea distribuiofsica,oqueenglobaumasriedeatividades,dentreasquais destacam-se: Oprojeto, especificaes e mtodos de produo dos produtos; Oprogramao; Oprocessamento de pedidos; Ofabricao; Ogesto de estoques; Ocontrole de qualidade; Omanuteno; Otransporte/expedio. Observa-se que a ltima definio mostra a logstica como uma funo com atuaobemmaisamplaemumsistemaprodutivo,sendoresponsvelpor praticamentetodasasatividadesligadasdiretamenteoperacionalizaoda produo. 1.3 Logstica e os outros setores da empresa Alogstica,sendoumafunoquetratadaotimizaodosfluxosde operaesdossistemasprodutivos,atuainteragindocomoutrossetoresdas empresas, trocando informaes e gerenciando conflitos porventura existentes. SegundoBaglinetal.(1990),afunologsticainteragebasicamentecom quatrosetoresemumaempresa,quesoMarketing,Finanas,Controleda ProduoeGestodeRecursosHumanos,sendoasseguintesasvariveisde interesses comuns da logstica com tais setores: NavisodeBallou(1993),alogstica,estrategicamente,ocupauma posiointermediriaentreproduoemarketing,devendoentosercriadas atividadesdeinterfaceentrealogsticaeessesdoissetores.Assimsendo,na figuraabaixo,estodefinidasasatividadestpicasdossetoresdelogstica, produoemarketing,definindo-setambmquaisasatividadesdeinterface existentes entre tais setores de empresas industriais. Devidosmudanasrecentesintroduzidasnomeioempresarial, pressionadaspelaglobalizao,alogsticatemsidovistacomoutrosolhos.De acordocomFleury(2000),alogsticadeveservistacomouminstrumentode marketing,umaferramentagerencial,capazdeagregarvalorpormeiodos servios prestados, ou seja, deve haver uma interao ainda maior entre a funo logstica e as demais funes empresariais. 1.4 Evoluo da Logstica 1.4.1Efeitos da Globalizao Ofenmenodaglobalizao,quecaracteriza-sebasicamentepelamaior interaoentreospasesemercados,temtrazidoefeitossignificativossobrea economiacomoumtodo, eespecialmente logstica,dentreosquaisdestacam-se: OAumento do nmero de clientes e pontos de vendas; OCrescimento do nmero de fornecedores OAumentodasdistnciasaserempercorridasedacomplexidadeoperacional, envolvendo diferentes legislaes, culturas e modais de transporte; OAumento das incertezas econmicas; OProliferao de produtos; OMenores ciclos de vida; OMaiores exigncias de servios. Devidoaosefeitoscitados,asempresastmprocuradoadaptar-se,euma das aes que semostrammais eficazes para diminuir os gargalos a utilizao de tecnologia da informao nas diversas etapas do processo logstico. 1.4.2Evoluo do pensamento logstico Consoante Figueiredo & Arkader (2001), quando a concorrncia era menor, especialmentenostemposdeeconomiafechadaemnossopas,osciclosde produtos eram mais longos e a incerteza era mais controlvel, fazendo com que a excelncianosnegciosfosseperseguidaatravsdagestoeficientede atividadescomocompras,transportes,armazenagem,fabricao,manuseiode materiaisedistribuio,sendoessasfunesexercidasporespecialistas,cujo desempenho era medido por indicadores como custos de transportes mais baixos, menores estoques e compras ao menor preo. Atualmente,adinamicidadedomercadoeocadavezmaiorgraude exignciadosclientes,tmprovocandoumadiminuiodosciclosdevidados produtos, exigindo respostasmais eficazes da gesto de materiais, da produo e dadistribuiofsica,ouseja,dalogsticacomoumtodo, surgindooconceitode logsticaintegrada,queconsideracomoelementosdeumsistematodasas atividadesdemovimentaoearmazenagemquefacilitamofluxodeprodutos desde o ponto de aquisio da matria-prima at o ponto de consumo final, assim como os fluxos de informaes necessrias gesto. O conceito de Supply Chain Management (SCM) surgiu como uma evoluo doconceitodelogsticaintegrada.DeacordocomFleury(2000),representao esforodeintegraodosdiversosparticipantesdocanaldeadministrao,por meiodaadministraocompartilhadadeprocessos-chavedenegciosque interligamasdiversasunidadesorganizacionaisemembrosdocanal,desdeo consumidorfinalatofornecedorinicialdematrias-primas.Resumidamente, enquanto a logstica integrada representa uma integrao interna das atividades, o SupplyChainManagementrepresentasuaintegraoexterna,poisestendea coordenaodosfluxosdemateriaisedeinformaesaosfornecedoreseao cliente final. Como conseqncia dessa evoluo, observa-se diversas tendncias da logstica no Brasil,sendo que vrias destas jso incorporadas por empresas brasileiras, conforme ser visto no tpico 4. Dentre as diversas tendncias, destacam-se: OCentralizao. ODiminuio da quantidade de centros de distribuio; OUsodeinstalaesintermediriasdequebradecarga,ondesorealizadas operaes de "crossdocking, que consiste num fracionamento de grandes cargas empequenascargas,emdocasdedescargaedespachorespectivamente, operao esta sem necessidade de estocagem; OTransporte intermodal. OTerceirizao uso de operadores logsticos. OEstratgiasconjuntasdecomponentesdacadeiaparamelhoraraeficincia,cujo principalrepresentante o movimento ECRBrasil, que consiste na parceria entre grandes redes de supermercados e seus fornecedores. OUso intensivo de tecnologia da informao. Ousodetecnologiadainformao, emespecial,temfacilitadooprocessode SupplyChainManagement,notadamentequandofacilitaoB2BBusinessto Business, a modalidade de e-business que mais tem sido utilizada no Brasil. Alm defacilitaroSCM,ousodetecnologiadainformaoprimordialemdiversas fases do processo logstico, sendo detalhado a seguir. 1.4.3O uso da tecnologia da informao na logstica Osetordeinformticatemapresentadoumadinamicidadeimpressionante, experimentandomudanasnumavelocidadeespantosa,acompanhadadeuma reduodoscustosassociadosinovaotecnolgica.Essadinamicidadetem permitidoaosdiversossetoresdenegciosseadaptaremsmudanas contextuais de modo relativamente rpido. A logstica no foge a essa regra, tendo incorporado diversas inovaes no que diz respeito tecnologia da informao. A propsito,adisponibilidadedeinformaesprecisaseatempofundamental paraaoperaoeficazdossistemaslogsticos,especialmentedevidoa3razes bsicas (Nazrio, 2000): OOsclientespercebemqueinformaessobrestatusdopedido, disponibilidadedeprodutos,programaodeentregaefaturassoelementos necessrios de servio total ao cliente; OOs executivos percebem que a informao pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos; OA informao aumenta a flexibilidade. Assimsendo,asempresasdelogsticatmutilizadointensivamentea tecnologia da informao, destacando-se as seguintes aplicaes: a.Aplicaes Hardware OMicrocomputadores OPalmtops OCdigosdebarraidentificaodoproduto,contendodestinofinal,preo acordado etc.; ORdio freqncia contato com motoristas; OTranselevadores operao de armazenagem; OSistemas GPS acompanhamento da carga por satlite; OComputadoresdebordocontroledevelocidade,rotas,paradasdoscaminhes etc.; OPickingautomticocoletadoprodutonolocaldearmazenagemedespacho atravs de esteiras. b.Aplicaes Software ORoteirizadores definem as melhores rotas para entrega; OWMS(WarehouseManagementSystem)sistemadegerenciamentode armazns; OGS(GeographycalnformationSystem)sistemadeinformaesgeogrficas (mapas digitalizados etc.); OMRP(ManufacturingResourcePlanning)planejamentodosrecursosda manufatura; OSimuladores; OERP (Enterprise Resource Planning) gesto empresarial integrada; OPreviso de vendas; OED (ElectronicData nterchange) troca eletrnica de dados entrecomponentes da cadeia produtiva. Para ratificar as tendncias citadas, alguns casos de empresas que operam noBrasilseroapresentadosaseguir,enumerando-seasprincipais caractersticas verificadas. 1.4.5 O estgio atual da logstica no Brasil casos de grandes empresas Seguindo a tendncia a nvel mundial, as grandes empresas brasileiras tm buscadoamelhoriadetodososseusprocessos,especialmentedaqueles relacionados logstica, no intuito de alavancar maiores nveis de competitividade nomercadoglobal.Paraummelhorentendimentodasmudanaspelasquaisas empresasvmpassandonoquedizrespeitoaosprocessoslogsticos,so apresentadosaseguir2casosdegrandesempresasatuantesnoBrasil,que dependemfundamentalmentedeumfuncionamentotimodeseussistemas logsticosparaumbomfuncionamentodesuasatividadesbsicas,sendoelasa McDonald's e a Submarino. a.A Logstica na McDonald's A McDonald's pode ser considerada a maior cadeia de lojas tipo "fast-food presente no Brasil, atuando em todas asregies do pas.O processo logstico da McDonald'sbastanteeficiente,econdizentecomasdiversastendnciasda logsticanoBrasilenomundo,conformedetalhadoanteriormente.Asprincipais caractersticas desse processo logstico so as seguintes: OUsodeumoperadorlogstico,aMartinBrower,empresaquetambmfaza logsticaMcDonald'sem50%daslojasdaredenosEstadosUnidos.Esse operadorresponsvelpelaentregadequasetodososinsumos,excetuando-se osrefrigerantes,cujaentregafeitalocalmentepelosrepresentantesdos fabricantes; OCentralizaodoscentrosdedistribuio(CD's),estandolocalizadosemSo Paulo("FoodTown),RiodeJaneiro,CuritibaeRecife,sendoodeSoPauloo estoquecentraldosistema,estandolocalizadoprximoaomaiormercadoeaos principaisfornecedorespoecarne.OsCD'spossuemestruturamnimade administrao e estoques; OUtiliza tcnica de"cross-docking noRio deJaneiro e em Curitiba, principalmente com o fornecedor de hambrguer; OOscaminhespossuempalm-tops,atravsdoqualsofornecidasinformaes sobre as entregas efetuadas e a performance na viagem; OO estoque mdio do sistema no Brasil de apenas 6 dias. b.Logstica na Submarino ASubmarinoconstituiumadasmaioresempresasbrasileirasdecomrcio eletrnico(ecommerce),cujonegciodependecrucialmentedalogstica,tendo atuao em todo o territrio nacional. Para permitir a operacionalizao do seu processo logstico, a empresa fez umaparceriacomogrupontecom,queporsuaveztemocontroleacionrio divididoentredoisgrandesgrupos,ogrupoJPMorganeogrupoMartins,maior atacadistadistribuidordaAmricaLatina,combastantecapilaridadenoterritrio brasileiro. As principais caractersticas do processo logstico da Submarino so: OUso de operador logstico ntecom; OUso intensivo de tecnologia da informao: OMarbo Sat - posicionamento da carga e comunicao com o motorista; OGeo Marbo - rota geogrfica em tempo real; OTrom- planejamento de rotas e cargas; OWS-SGMA gesto de estoques e picking; OSCOF gerenciamento da operao da frota. OPossibilidadedoclienteacompanhar,aqualquermomento,oposicionamentode sua encomenda no territrio (traking); Submarino realiza as operaes de picking e embalagem, sendo o restante do processo operacionalizado pela ntecom. Paraummelhorentendimentodetodoo processologsticodaSubmarino, apresenta-se uma visualizao do mesmo a seguir: 1.4.6 Comentrios finais Observando-seoescopodosprocessoslogsticosmostrados anteriormente,percebe-seumaconvergnciaentreosconceitosdiscutidosea prticanodiaadiadasempresas.Essaumacaractersticamarcanteda logstica, um assunto bastante discutido no meio acadmico, mas ficando longe de discussesapenastericas,sofrendoumagrandeinflunciadasnecessidadese realidades do meio empresarial. Percebe-sequeasempresasemgeraltmdadograndeimportnciaao temalogstica,ratificadapelosespaosconquistadospelosprofissionaisde logstica que, em nvel de gesto, atualmente fazem parte do primeiro escalo das corporaes.ssoacontece,basicamente,devidoaoentendimentodequeum processologsticoeficiente,vemsemostrandocomoumaverdadeira"armana guerraquerepresentaamanutenodenveismnimosdecompetitividade, atravs da percepo dos nveis de servios pelos clientes. Nocenriomacroeconmicobrasileiroatual,emqueocmbiofavorece bastanteasexportaes,emuitasvezesainseronomercadomundialpode garantir a sobrevivncia das empresas, primordial que os gestores das mesmas, sejammicros,pequenas,mdiasougrandesempresas,possuamconhecimentos mnimossobre to importante funo empresarial, de modo a alavancarmelhores desempenhos de seus processos logsticos. 2.Conceitos bsicos ao transporte O estudo do transporte envolve o conhecimento de sua terminologia, que lhe peculiar. 2.1 Terminologia Utilizada em Transportes EmbarcadorouExpedidor-Pessoafsicaoujurdicaquecelebraocontratode transportecomotransportador,nonecessariamenteoproprietrioda mercadoria. Consignatrio- Pessoa fsica ou jurdica legitimamente autorizada parareceber a mercadoria no local contratualmente acordado para a sua entrega. Volumeindivisvel-Volumeunitriocontendomercadorias,indivisvelduranteo processo de transferncia e movimentao, ao longo de seu percurso e em todas as modalidades de transporte utilizadas. Cargafracionria-Volumesdecargasolta,constitudosporsacos,fardos, tambores, barris, engradados, etc. Cargaunitizada-Loteformadopordiversospequenosvolumesdecarga fracionria, acondicionados em um nica unidade de carga. Pallet(ouPalete)-Estradocomentradasparaosgarfosdeempilhadeiras,feito emmadeiraoumateriaissintticos,sobrecuja superfciesepodeagruparefixar asmercadoriascomfitasdepolister,nylonououtrosmeios,constituindouma unidade de carga. Tipos de Pallets: Palletumaunidadesemelhanteaumestradoplano,construdo principalmentedemadeira,podendo,porm,sertambmdealumnio,ao, plstico,fibra,polipropileno,papelo,comdeterminadascaractersticaspara facilitar a unitizao, armazenagem e transporte de pequenos volumes. Ospalletspodemserdescartveis,ouseja,construdosparaseremutilizados em apenas uma viagem (one way), ou para uso constante. A adoo de cada tipo dependedalogsticaescolhida,queenvolveumestudosobrecustoseoseu retorno.Noformato,opalletpodeserquadradoouretangular.Quantosfaces,para acomodaodecargas,podesersimples(maisfrgil),dandocargaa possibilidade de utilizao apenas desta face; ou ter duas faces diferentes, sendo umaparareceberacargaeaoutraapenasdesuporte;ouaindaterduasfaces iguais,ouseja,serumpalletreversvel,podendoserutilizadoparacargaem qualquer uma das duas faces. Opalletdevedispordeasas(aletas),quesosalinciasparaiamento,ou seja, extenso das faces para alm das vigas que o compem, para que possa ser operadoporguindasteseoutrosequipamentos,enosomentepormeiode ganchos especiais de iamento. Dever haver tambm, uma altura livre entre as duas faces, para possibilitar a entrada dos garfos dos equipamentos mecnicos. Preferencialmente,precisaterquatroladosquepermitamaentradados equipamentosparaagilizaonasuamovimentao,oqueficalimitadoquando possui apenas duas entradas. Opallettemdesersuficientementeresistenteeadequadamenteconstrudo, oferecendo segurana para: OSustentar,emrepousoouquandomovimentada,acargaquesobreele depositada;OPermitiramanipulaoeamovimentaodacargaunitizadapormeiode equipamentomecnicoapropriado,tantoemterraquantonosveculos transportadores, e nos embarques e desembarques. Paletizao: Asmedidaseasdemaiscaractersticasfsicasdopalletaserescolhido devemsertaisqueseadaptemsvriasfasesdotransporteeaosdiferentes tiposdeequipamentosmecnicosemoperaonosportosdecargaede descarga,deformaqueamovimentaodacargaunitizadaserealizecom rapidez e segurana. Auniformidadeeasmedidasdosvolumesaserempaletizadossode grande importncia para produzir umacargaunitizada, bem enquadrada emseus quatro lados, e nivelada na sua face superior, para permitir a melhor ocupao do espao do veculo transportador. Aprincpio,qualquercargapaletizvel,desdequeadaptadaaopalleteconomicamente vivel. Aamarraodosvolumesparaconstituirumacargaunitizadargidadeve serfeitaatravsdoempregodecintas,quepodemserdenylon,polipropileno, poliester, metlicas, complementadas, s vezes, por tbuas e sarrafos de madeira efolhasdepapelo,bemcomosacosoufilmesplsticosencolhveis(shrink),ou filmesestirveisdepolietileno(stretch),quesoesticadosecolocadossobrea carga. Os filmes e os sacos tm a finalidade tambm de evitar o furto de volumes. Apaletizaodecargastrazmuitasvantagens,comomelhor aproveitamento dos espaos nos armazns, agilizao na movimentao da carga enasoperaesdeembarqueedesembarque;reduodocustode movimentao; diminuio de roubos; manipulao segura da carga; simplificao docontroledasmercadorias;reduodasestadiasdosveculostransportadores nos pontos ou portos de embarque e desembarque. Padronizao: Comocrescimentointernacionaldaunitizaofoinecessriaa padronizaodasdimensesdopallet,visandoapossibilidadedeutilizaoem todososmodais.Dessaforma,aSOaprovoumedidas,muitoemboraasua utilizaonemsempresejarespeitada,jquesepodevereoperarpalletsde vrios tamanhos. Equipamentos de Movimentao de Pallets Os pallets so movimentados nos armazns por paleteiras e empilhadeiras. Nosembarquesedesembarquesemcaminhesouvagesferroviriosso utilizadasempilhadeiras,enosportossousadosguindastes,tantodonavio quantodoporto,quepossuemganchos,eoutrosequipamentosespecficospara sua movimentao. Pr-lingado-Redeespecialresistente,manufaturadacom fiosdepolister,nylon ousimilar,adequadaparaunitizarmercadoriasensacadas,empacotadasou acondicionadas de outras formas. Continer-Caixadeaoououtromaterialresistente,destinadaaacondicionar mercadoriasparatransportecomseguranainviolabilidadeerapidez,atendendo igualmente a todas as condies previstas pela legislao nacional e Convenes internacionais ratificadas no Brasil. Conceito Container umacaixa,construda em ao, alumnio ou fibra, criada para o transporteunitizadodemercadoriasesuficientementefortepararesistiraouso constante. Constitui um equipamento do veculo transportador, que se caracteriza pela resistnciaefacilidadedetransportedemercadorias,porumoumaismodais. providodeportas,escotilhaseaberturasquepermitemoseuestufamentoe esvaziamento com facilidade, cumprindo os objetivos propostos para sua criao e utilizao. Os containers so identificados com marcas, nmeros, definio de espao e peso que podemcomportar, proprietrio, tamanho, etc. Estascaractersticas de resistnciaeidentificaovisamdaraocontainervantagenssobreosdemais equipamentosparaunitizao,taiscomosegurana,inviolabilidade,rapideze reduodecustosnostransportes.Tambmdotadodedispositivosde seguranaaduaneira,edeveatenderscondiestcnicasdesegurana previstaspelaLegislaoNacionalepelasConvenesnternacionaisqueso ratificadas pelo Brasil. Padronizao Com a universalizao, decorrente do aumento do intercmbio internacional demercadorias,cadavezmaisabrangente,exigiu-seanormalizaodesuas dimenses,caractersticasderesistncia,dispositivosdefixao,equipamentos demovimentaoeempilhamento,marcaoeclassificao.Essanormalizao tornou-seabsolutamentenecessriaparapermitirqueocontainerpudesseser utilizado igualmente em diversos navios, bem como em outros modais, para poder cumprir o princpio para o qual foi criado. ApadronizaodoscontainerscomeouaserpensadapelaSOepela ASA(AmericanStandardAssociation).MuitoemboraaSOsejaopadro utilizado,asmedidasdealturatemvariaeseoscontainersacimade8'(oito ps)sopadresASA.NoBrasil,asnormasSOforamadotadaspelaABNT (AssociaoBrasileiradeNormasTcnicas),queem1971emitiuasprimeiras normasrelativasaocontainer,suaterminologia,classificao,dimenses, especificaes,etc.ONMETRO(nstitutodeMetodologia,Normalizaoe qualidadendustrial)oresponsvelpelasadaptaesdasnormasSO,eemite Certificados de Qualidade de Container. QuantoaoregimeaduaneirodeentradanoBrasil,ocontainerestrangeiro tem um prazo de 180 dias para permanecer no pas, que pode ser prorrogvel e admitidopeloRegimedeAdmissoTemporria.Quandoemtrnsito,comcarga peloterritrionacionalcomdestinoaoutrospases,estsujeitoaomesmo Regime e o prazo de 180 dias para permanecer no pas. Medidas Os containers so padronizados com medidas lidas em ps (') e polegadas (). A nica medida invarivel a sua largura que tem sempre 8' (oito ps). A sua alturapodeserde8';8'6e9'6,sendoaprimeirapadroSSOeasdemais padroASA.Quantoaocomprimento,osmaiscomunseconhecidossoosde 10', 20', 30' , 40' e 45' , embora existam outrasmedidascomo 24', 28', 32'. 35' e 48'. Geralmentenotransportemartimo,oscontainersmaisutilizadosso ode 20' e 40'. O espao til varia com o tipo de container. Aaltura9'6refere-seaocontainerdenominadoHighCubeH/Ce proporcionaconsidervelaumentonoespaovolumtrico.H/Cuma caracterstica dos containers de 40' e 45' , Quanto ao peso, os de 20' e 40' podem comportar no mximo at 30.480 e 34.00quilos,incluindoopesodoprprioequipamento,resultandoem aproximadamente 28.000 e 30.000 quilos de carga til (payload). Os containers so modulares e os de 20' so considerados como 1 mdulo, sendodenominadoTEU(Twentyfeetequivalentunit),eservemdepadropara definiodetamanhodenavioporta-cotainer.Osde40'sodenominadosFEU (fortyfeetequivalentunit),pormnosoutilizadoscomomedidasparanavios. Foot,cujopluralfeet,umamedidanorte-americanaeequivalea30,48cmou 0,3048m. Geral: Emboraparaefeitosprticos,ocontainerpossaserpensadocomouma embalagem que facilita o transporte de mercadorias, para todos os efeitos legais considerado um equipamento do veculo transportador, no se levando em conta, o seu peso ou volume para efeitos de frete, quando este calculado sobre o peso ou volume da mercadoria. Tipos e Finalidades dos Containers: Existemhoje,muitostiposdecontainerscriadosadaptadosparatodosos tiposdecarga,comogranislquidos,granisslidos,refrigerados,petrleo, minrios e animais vivos. DRYBOX:Totalmentefechado,comportasnosfundos,sendoocontainer maisutilizadoeadequadoparaotransportedamaioriadascargasgeraissecas existentes, como alimentos, Roupas, mveis, etc. Pode ser de 20' ou 40'. VENTLATED:semelhanteaodrybox,pormcompequenasaberturasno altodasparedeslaterais,podendotambmt-lasnaparteinferiordasparedes, parapermitiraentradade ar,paratransportedecargasquerequeremventilao como caf e cacau. REEFER: tambm semelhante aodry box, totalmente fechado, com portas nosfundos,apropriadoparaembarquedecargasperecveiscongeladasou refrigeradas,queprecisamTerasuatemperaturacontrolada,comocarnes, sorvetes, frutas e verduras. Podeserintegradocommotorprpriopararefrigerao,cujanica desvantagema perdadeespaoocupadopelomotor.Como tambminsulado,quenotemmotorprprio,tendonaparededafrenteduasaberturas(vlvulas) paraentradaesadadear,quesofornecidosporforaexterna.Ocontainer reefertemparacontroledetemperaturaumacartadeRegistrodeTemperatura (Partlow Chart) e pode atingir at -25 C. BULK CONTANER: similar ao dry box, totalmente fechado, tendo aberturas no teto (escotilhas) para o seu carregamento e uma escotilha na parede do fundo, naparteinferiorparadescarregametno,apropriadoparatransportedegranis slidos como produtos agrcolas. OPENTOP:containersemteto,quefechadocomlonasparatransporte decargasqueapresentamdificuldadesparaembarquepelaportadosfundose necessitamdeumacessoespecial,emboratambmpossuaaportanormalnos fundos. Prprio para mercadorias que excedam a altura do container, cujas cargas no poderiam ser estufadas num container dry box tradicional. HALFHEGHT: container open top, sem teto, porm demeia altura 4' ou 4'3,fechadocomlonasecabeceirabasculante,adequadoparaembarquede minrios,cujacargaextremamentedensaeseembarcadaemumopentop, estenopoderiaserutilizadointegralmentequantoaoaspectodevolume, representando uma ocupao de espao indevido no navio. OPENSDE:comapenastrsparedes,semumaparedelateral,este containerapropriadoparamercadoriasqueapresentamdificuldadespara embarquespelaportadosfundos,ouqueexcedamumpoucoalargurado equipamento ou ainda para agilizao de sua estufagem. FLATRACK:container plataforma, sendo uma combinao dos open top e openside,semasparedeslateraisesemteto,comcabeceirasfixas,ou dobrveis, adequado para cargas pesadas e grandes e que excedam um pouco as suas dimenses. PLATAFORM:container plataforma sem paredes e sem teto, tendo apenas o piso apropriado para cargas de grandes dimenses ou muito pesadas. TANK: container tanque, dentro de uma armao de tamanho padronizado, prprio para transporte de lquidos em geral, perigosos ou no. Outro equipamento de unitizao o Big Bag, ou Container Flexvel, que umcontainerfeitoempolipropileno,comalas,queacondicionapraticamente qualquertipodecarga,sendointeressanteparaprodutosagranelouembalados emsacos,poisosmantmmelhoracomodadoseprotegidoscontramateriais pontiagudos,quepodemfur-losourasg-los.Comportaatduastoneladasde mercadorias.mpermevel,podeserarmazenadoemptiosabertos,empilhado uniformemente e transportado em qualquer modal, sem que este tenha que sofrer adaptaesdenenhumaespcie,emfacedasuaconfiguraoepraticidade. Apresenta-se,portanto,comoumcontainerdefcilmanipulao,tantono ensacamento,armazenamentoemovimentaoquantonosembarquese desembarques. reutilizvel e dobrvel, porisso adequado para retorno vazio, j que no ocupa demasiado espao no navio ou no container. Ocontainer,porserumequipamentodegrandeutilizaonotransporte, querequerumagrandequantidadeemestoqueparaquepossacircularcom mercadoriaspelomundo,semquehajafaltas.Normalmenteasempresasde transporte,principalmenteasmartimas,utilizamosistemadeleasing,sendo alugados por dia, para uma viagem simples, viagem completa, ida e volta, por um curtoprazoouatparaprazosmaioresa1ano.Ovalordoaluguelvariacomo seutipoetamanho,pormsemprenabasedodia.Mesmoparaaluguelde longo prazo, em que o pagamento feito mensalmente, o clculo sempre dirio. O transporte em containers pode ser efetuado nas seguintes modalidades: -HousetoHouse(DoortoDoor)-Aexpressodizrespeitoaoalcancedo transporte.Significaqueamercadoriaserrecebidapelotransportadornoseu local de origem ou onde melhor convier ao interesse do embarcador e liberada no destinofinalondeoconsignatriodesejar.OPortaaPortaamaisperfeita expressodotransportemultimodal,poisotransportemantmacustdiada mercadoria ao longo de todo o seu percurso. 2-PertoPer-AexpressoPortoaPortosignificaqueantesdetransportador principal(maiorpercurso)receberamercadoria,jhouveumtransporteanterior, sexpensasdoembarcadoreque,apsamercadoriaserliberadanodestino acordado,provavelmentehaverumtransporteadicionalantesdeserfinalmente recebida pelo consignatrio. 3- Pier toHouse-O termo Porto na origem identifica que j houve um transporte antes do transportador principal receber a mercadoria e que este, aps recebe-la a entregar no seu destino final. 4- House to Per - Situao inversa anterior. O termo Porto na origem indica que otransportadorprincipalirbuscaramercadorianoseulocaldeorigemeque apsasuaentreganolocalacordado,provavelmentehaverumtransporte adicional antes de ser recebida pelo consignatrio. Contrato de Transporte - Documento que expressa a relao entre o transportador e o usurio. Juntamente com a aplice de seguro e o contrato de compra e venda, todos interrelacionados, regulam os direitose deveres entre as partes envolvidas, definindo quem o dono da mercadoria, quem o transportador, amodalidade e o valor do frete, os locais de origem e de entrega da mercadoria, alm das mtuas e respectivas responsabilidades. Seguro-carga -Aosertransportadaporqualquerdosmodoseformasexistentes, a mercadoria corre riscos, devendo ser assegurada porta-a-porta pelo interessado: embarcador,exportador,destinatrioouimportador.Nostermosdaaplice,este segurogarantiraindenizaoaoseguradoporeventuaisperdaoudanos sofridospelamercadoria.Comosub-rogada,aseguradorapodercobraro prejuzoaoresponsvelpelafaltaouaavaria.Oseguro-cargadizrespeito somentecargaenoaoveculotransportador,ondequerqueesteja,em qualquer dos modos ou formas de transporte. Seguro de Responsabilidade Civil-Quando um transportador aceita receber uma mercadoriaparaefetuarumtransporte,estarsubmetidosobrigaes estabelecidas no contrato e na lei. No caso de deixar de satisfazer alguma destas obrigaes,podersofrersanesoureparospecunirias.Entretanto,o transportadorpode(edeve)contratarsegurocontraalgunsdestesriscos.Em outraspalavrasoseguroderesponsabilidadeciviltransfereparaaseguradoraa responsabilidadedotransportadorporterperdidoouavariadoamercadoria transportada. Seguro-casco-Oseguro-cascocobreapenasoequipamentoqueefetuao transporte.Suaindenizaodizrespeitoaosprejuzosqueestepossasofrer, independentedeestartransportandocarga.parecidocomosegurodo automvel e no guarda nenhuma relao com a carga. 2.2 Formas e Modais de Transporte Formas de transporte Unimodal Quando a unidade de carga transportada diretamente, utilizando um nico veculo, em uma nica modalidade de transporte e com apenas um contrato de transporte. a forma mais simples de transporte. SucessivoQuando,paraalcanarodestino final,a unidadedecarganecessita sertransportadaporumoumaisveculosdamesmamodalidadedetransporte, abrangidos por um ou mais contratos de transporte. Segmentadoquandoseutilizamveculosdiferentes,deumaoumais modalidadesdetransporte,emvriosestgios,sendotodososservios contratados separadamente a diferentes transportadores, que tero a seu cargo a conduodaunidadedecargadopontodeexpedioatodestinofinal. Qualqueratrasopodesignificaraperdadotransportenosdemaismodais, gerandofretemorto(pagarporterreservadoespao,mesmosemrealizaro transporte).Aimputaoderesponsabilidadesporperdasouavariasmuito complexaeasindenizaesporlucroscessantes,flutuaodepreosetc.,so praticamente impossveis. Multimodalquandoaunidadedecargatransportadaemtodoopercurso utilizandoduasoumaismodalidadesdetransporte,abrangidasporumnico contratodetransporte.Aprviacoletaemovimentaodemercadoriaspara unitizao,bemcomoeventuaisoperaesdepoisdesuaentreganolocalde destinoestabelecidonocontratodetransporte,nocaracterizamotransporte multimodal, nem dele fazem parte. 2.3 Modos e Modais de Transporte Rodovirio a carga transportada pelas rodovias em caminhes, carretas, etc. Ferrovirioacargatransportadapelasferrovias,emvagesfechados, plataformas etc. Fluvial/lacustre (Hidrovirio) a carga transportada em embarcaes, atravs de rios, lagos ou lagoas. Martimo a carga transportada em embarcaes, pelos mares e oceanos. Aquavirio abrange em uma s definio os modais martimo e hidrovirio. Areo a carga e transportada em avies, atravs do espao areo. Dutoviriosemprena formadegranisslidos,lquidosougasosos,acarga transportada atravs de dutos. As principais variveis de deciso quanto seleo dos modais de transporte so: ODisponibilidade e freqncia do transporte; OConfiabilidade do tempo de trnsito; OValor do frete; Ondice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade); ONvel de servios prestados. O tempo de trnsito afeta diretamente o prazo de ressuprimento, abrangendo o tempodespendidopeloembarcadornaconsolidaoemanuseios,otempode viagem propriamente dito, os tempos necessrios aos transbordos (caso haja) e o temponecessrioliberaodacargaporocasiodorecebimento.Qualquer atraso imprevisto pode paralisar uma linha de produo caso o estoque de reserva seja muito baixo. Apossibilidadedeavariasaumentanamesmaproporodaquantidadede manuseiosetransbordos.svezes,afragilidadedamercadoriajustificaa utilizao de um modal cujo frete seja sensivelmente mais caro. A sofisticao dos serviospodesinalizar,porexemplo,paraumsistemadeposicionamento geogrfico instantneo via satlite ao longo do percurso. 3.Transporte Rodovirio 3.1 ntroduo Paraosucessodasempresasnecessrioqueosseus(produtosou mercadorias)estejamsempredisposiodomercadoconsumidor.Paratanto, asempresasdevemmanterumaplanejamentonoquedizrespeitoaotransporte deseusprodutos.DeacordocomNazrio(2000),paraqueoprodutoseja competitivo,indispensvelumsistemadetransporteeficiente,poisocustode transporteumaparcelaconsiderveldovalordesteproduto. Nesse sentido, importante ressaltar que o transporte rodovirio apresenta avantagemderetiraramercadorianolocaldeproduoouorigemelevar ato pontodeentrega,nodependendoassimdevriasoperaesenvolvendo carregamento e descarga. Por outro lado, considerado o modal que tem o maior custo operacional,mas quese for planejado, pode agregarvalor ao produto final. "O transporte rodovirio um dos mais simples e eficientes dentro dos seus pares. Suanicaexignciaeexistirrodovias.(Rodrigues,2003,p51). Essaatividadefundamentalparaalogstica,tomandoporbasequeos outrosmodais(areo,martimo, dutovirio eferrovirio) noconseguem porsis atenderemademandatotaldeprodutosaseremtransportados. 3.2.ReferencialTerico Keedi(2003)ressaltaqueotransporterodovirionoseatem,emhiptese alguma,atrajetosfixos,tendoacapacidadedetransitarporqualquer lugar,apresentandoumaflexibilidadeimpar,proporcionandoassimumavantagem competitivaperanteosoutrosmodais. Oobjetivocentraldalogsticaodeatingirumnveldeservioaoclientepelo menorcustototalpossvelbuscandooferecercapacidadeslogsticasalternativas com nfasena flexibilidade,agilidade,e no controle operacional e no compromisso deatingirumnveldedesempenhocomqualidade.BowersoxeCloss(2001), Acrescenta Silva (2004), que o transporte rodovirio apresenta como uma de suas maioresvantagensflexibilidade,poispossvelteracessoadiferentespontos, sem que haja uma infra-estrutura to complexacomo as de outrosmodais, assim comopodetransportardiferentestiposdecarga. 3.3CaractersticasdoTransporteRodovirio TiposdeVeculos ''Otransportedecargaexercidopredominantecomveculosrodoviriosdenominadoscaminhesecarretas,sendoqueambospodemter caractersticasespeciaisetomaremoutrasdenominaes''(Keedi,2003p101). DeacordocomRodrigues(2003),osveculosutilizadosnotransporterodovirio so classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distncia entre eixos. Caminhoplataforma:Transportedecontineresecargasdegrandevolumeou pesounitrio Caminhoba:Suacarroceriapossuiumaestruturasemelhanteados contineres,queprotegemdasintempriestodaacargatransportada. Caminho caamba: Transporte de cargas a granel, este veiculo descarrega suas mercadoriasporgravidade,pelabasculaodacaamba. Caminho aberto: Transporte de mercadorias no perecveis e pequenos volumes. Emcasodechuvasocobertoscomlonasencerados. Caminhorefrigerado:Transportedegnerosperecveis.Semelhanteao caminho ba, possuimecanismos prpriospara a refrigerao emanuteno da temperaturanocompartimentodecarga. Caminhotanque:Suacarroceriaumreservatriodivididoemtanques, destinadoaotransportedederivadosdepetrleoeoutroslquidosagranel. Caminhograneleiroousilo:Possuicarroceriaadequadaparatransportede granis slidos. Descarregam por gravidade, atravs de portinholas que se abrem. Caminhesespeciais:Podemser: Rebaixadosereforados:Paraotransportedecargapesada:(carretaheavy); Possuirguindastesobreacarroceria(munk); Cegonhas,projetadasparaotransportedeautomveis; Semi-reboques:Carrocerias,dediversostiposetamanhos,sempropulso prpria,paraacoplamentoacaminhes-tratoroucavalomecnico,formandoos conjuntosarticulados,conhecidoscomocarretas. ConformeKeedi(2003),suascapacidadesdetransportedependemdesuafora detrao,tamanho,bemcomoquantidadedeeixos.Opesodoveculoemsi denominado de tara enquanto sua capacidade de carga a sua lotao, no ingls payload,sendoquesomadosrepresentamopesobrutototaldoveculo. 3.4AMalhaRodoviriaBrasileira AfirmaRodrigues(2003),amalhafederal,compostapelasrodoviasconhecidas peloprefixoBR,compreende: a)Radiais-ComeamemBraslia,numeradasde1a100. b)Longitudinais-SentidoNorte-Sul,numeradasde101a200. c)TransversaisSentidoLeste-Oeste,numeradasde201a300. d)DiagonaisSentidodiagonal,numeradas301a400. e)DeligaoUnemasanteriores,numeradasde401a500. Aindasegundoavisodesseautor,dentreasrodoviasfederaisconsideradasde integraonacional,destacam-seasseguintes: BR101Cobreolitoralbrasileiro desdeacidade deOsrio(RS),passandopor capitaislitorneascomoRiodeJaneiro(RJ),Vitria(ES),Aracaju(SE),Macei (AL),Recife(PE),eJooPessoa(PB),indoterminaremNatal(RN). BR116ComeaemJaguaro(RS),nafronteiracomUruguaiecorreparalela BR101,umpoucomaisaointerior,passando porPortoAlegre(RS),Curitiba(PR) ,SoPaulo(SP),RiodeJaneiro(RJ),MinasGerais(MG),Bahia(BA). BR153anicaqueatravessaascincomicroregiesdopas,atravsdesua partecentral,iniciandonacidadedeAcegua(RS),nafronteiracomoUruguai, cruzandooterritriodosEstadosdoRioGrandedoSul,SantaCatarina,Paran, OestedeSoPauloedeMinasGerais. 3.5Astransportadoras Para Bowersox eCloss (2001) as transportadoras,como intermediarias, tm uma perspectivaumpoucodiferente. Elatemcomoobjetivoaumentarsuareceitabrutamedianteatransao,ao mesmotempominimizandooscustosnecessriosparaconcluiraoperao.A transportadorasemprecobraataxamaisaltaaceitvelpeloembargadorou destinatrio,eminimizaocustodemodeobra,combustveledesgastedo veiculonecessrioparamovimentaracarga.(BowersoxeCloss,2001pag281) 3.6TransportadorAutnomo Tratando-sedetransportadoresautnomos,aLein.7.290,de19.12.1984,assim definetalatividade:considera-setransportadorrodovirioautnomodebensa pessoafsica,proprietrioouco-proprietriodeumsveculo,semvinculo empregatcio, devidamente cadastrado em rgo disciplinarcompetente, que com seuveculo,contrateserviodetransporteafretedecarga,emcartereventual oucontinuado,comaempresadetransporterodoviriodebens,oudiretamente comousuriodesseservio. 3.7Atividadedesenvolvida Considera-setransportenacionalaqueleemqueopontodeembarqueedestino damercadoriasejasituadoemterritriobrasileiro,segundoodispostonaLei n.6.288,de11.12.1975. Conforme mencionado na Lei n 6.813/75, a explorao do transporte rodovirio de cargasprivativodetransportadoresautnomosbrasileiros,ouequiparadosa estesporleiouconveno,edepessoasjurdicasqueatendamosseguintes requisitos: a)tenhamsedenoBrasil; b)pelomenos4/5(quatroquintos)docapitalspcial,comdireitoa voto,pertencentesabrasileiros; c)direoeadministraoconfiadaexclusivamenteabrasileiros; Acitadaleiaindadispeque,havendoscioestrangeiro,apessoajurdicaser obrigatoriamenteconstitudasobaformadesociedadeannima,sendoqueo capitalsocialserrepresentadoporaesnormativas. 3.8Otransportedecarganocdigocivil O novo Cdigo civil disciplina o transporte de carga, destacando-se que otransportadorpoderexigirqueoremetentelheentregue,devidamente assinado, a relao discriminada dascoisasa serem transportadas.Caso ocorrer informaesinexatasoufalsadescrionodocumento,serotransportador indenizadopeloprejuzoquesofrer. Outroaspectoaserressaltadoestrelacionadocomasobrigaesdo transportador,ouseja,esteconduziracargaaoseudestino,tomandotodasas cautelas necessrias para mant-la em bom estado e entreg-la no prazo ajustado ouprevisto.Aresponsabilidadedotransportadorselimitaaovalorconstantedo conhecimentoecomeanomomentoemqueele,ouseusprepostosrecebema coisaeterminaquandoentregueaodestinatriooudepositadaemjuzo,se aquelenoforencontrado. 3.9rgoRegulador CabeANTT(AgenciaNacionaldeTransportesTerrestres),atribuies especificasepertinentesaotransporterodoviriodecargas,promoverestudose levantamentosrelativosfrotadecaminhes,empresasconstitudase operadoresautnomos,bemcomoorganizaremanterumregistronacionalde transportadoresrodoviriosdecarga(RNTRC). 3.10OFrete Ofretegeralmentenegociadoemformadecotao.Astransportadoras baseadasnadistnciaenocustooperacionalformamseuspreos.Ofrete pode serCFouFOB. AfirmaBowersoxeCloss(2001)queotemoFOBeasigladefreeonbord (cargalivrededespesaabordo),naprticasignificaqueofreteeas responsabilidadesdacargacomoseguroeriscos,sodetitularidadedo compradoroudestinatrio. Ainda segundo este autor j o termo frete CF destino, a titularidade da carga nopassaparaocompradoratqueaentregasejafeita.Oremetente responsvelpelofreteepelatitularidadedacargaatsuaentrega. 3.10.1Conhecimentodefrete Trata-se de um documento contendo diversoscampos para preenchimento, emquesesomencionadasascaractersticasdacargaembarcada,locaisde embarque e desembarque, frete e forma de pagamento, remetente e destinatrio. (KEEDY,2003) SegundoBowersoxeCloss(2001)oconhecimentodefreteomeiode faturamentodosserviosdetransportesprestados.preenchidocomdados constantesdoconhecimentodeembarque.Oconhecimentodefretepodeser pagvelnaorigemounodestino."Essedocumentotemfunodecontratode transporte assimcomorecibodecargaeatmesmoumtitulodecrdito.(Silva, 2004p58). 3.11Ainflunciadoscustossobreovalordotransporte. 3.11.1CustosFixos SotodososgastosqueoTransporteRodoviriotempararealizarsuas operaes, no est relacionado diretamente com a prestao de servio, ou seja, gastoscom(aluguel,manuteno,guaeluz).ParaosautoresLopeseLopes (1995,p.127)custosfixos"gastoqueseoperasempredentrodasmesmas medidas,independentementedovolumedaproduo. Para Bowersox e Closs (2001) so custos que no se alteram a curto prazo e so incorridos ainda que a empresa deixe de operar.Esta categoria de custos no so afetados diretamente pela quantidade de carga movimentada pela transportadora. 3.11.2CustosVariveis Sogastosqueocorrememfunodaprestaodeserviodotransporteda carga,estdiretamenteligadoaotransportedacarga,ouseja,gastoscom (combustvel,manuteno,modeobrae outros).Navisodos autoresLopese Lopes(1995,p.137)oconceitodecustosvariveis"custoqueosciladeacordo comasquantidadesproduzidas. 3.11.3Pontodeequilbrio Representa a quantidade de cargas que a transportadora precisa carregar no ms paragerarumareceitasuficienteparapagartodososcustos.ssosignificao pontoexatodeequilbrio,ouseja,noterlucronemprejuzo.Deacordocom Junior(2000),aanlisedopontodeequilbrioimportanteparaagesto financeira,poispossibilitadeterminaronveldeoperaesmnimoparaa viabilidadedonegcio,almdepropiciaraavaliaodalucratividadedecorrente dovolume. 3.12.Tecnologiadainformao SegundoNazrio(2000),oavanodatecnologiadeinformao(T)nosltimos anosvempermitindoasempresasexecutaroperaesqueanteseram imaginveis.Atualmente,existemvriosexemplosdeempresasqueutilizamT paraobterreduodecustose/ougerarvantagenscompetitivas. Aindasegundoomesmoautor,ainternet,bemcomooutrastecnologiasde informao,tem no apenas gerado necessidades especficas, mas tambm criado novas oportunidades para o planejamento, o controle e a operao das atividades detransporte.Entreessasnecessidadeseoportunidades,poderamoscitara crescentedemandaporentregasmaispulverizadas,osurgimentodeportaisde transporteeopotencialpararastreamentodeveculosemtemporeal. "Aocontrriodamaioriadosoutrosrecursos,avelocidadedainformaoea capacidadedatecnologiadeinformaoestoaumentandoeseucusto, diminuindo.(Bowersox,2001p191). AcrescentaSilva(2003),devidosevoluestecnolgicas,nestaperspectivade comrcioglobal,ainformaotornou-seumapotenteferramentadegerenciae, principalmente, de fidelidade e transparncia nas informaes que fluem dentro de todaestruturalogstica.Manteroclienteinformadosobreasituaodopedido, rastrear as cargas ou contineres, atravs de sistemas modernos de rastreamento tracking e programar de forma eficiente as entregas, so apenas alguns exemplos dopoderdainformao. 3.13Concluso Opresentetrabalhobuscouevidenciarasprincipaiscaractersticasdomodal rodovirioeseusentraves,comoobjetivodeauxiliarleitores,estudantese profissionaisinteressadosnotema. ValeressaltarquenoBrasilafaltadecondiesnasrodoviaseofluxo desorganizado de veculos, contribuem de forma negativa para o desenvolvimento destemodal,toimportanteparaodesenvolvimentodasempresaseaomesmo tempo pouco valorizado pelas entidades governamentais. 4.Transporte Ferrovirio Transporte ferrovirio internacional aquele efetuado por vages, puxados por locomotivas, sobre trilhos e com trajetos devidamente delineados, ou seja, no tmflexibilidadequantoapercursoseestopresosacaminhosnicos,oque podeprovocaratrasosnaentregadasmercadoriasemcasodeobstruoda ferrovia. Liga,normalmente,paseslimtrofes,podendoserrealizadotambmentre pases que no faam fronteiras entre si, mas que apresentemcondies para tal, tantoemrelaodistnciaquantoviabilidadedecustosecondiesdas ferrovias, cujo trnsito realizado atravs de um terceiro ou terceiros pases. Otransporteferrovirionotogilquantoorodovirionoacessos cargas j que as mesmas devem , em geral, ser levadas a ele. OBrasiltemaproximadamente30.000kmde ferrovias(contra150.000km derodovias),oquemuitopoucoparaumpascomasnossasdimenses territoriais. 4. Vantagens Esta modalidade apresenta algumas vantagens, quais sejam : menor custo de transporte, em relao ao rodovirio; emgeral,estlivredecongestionamentos,comoocorrecomosnaviose caminhes, tendo, normalmente, caminho livre para executar as viagens; podeTerterminaisdecargaparticularesdentroouprximosunidades produtoras; propicia o transporte de grandes quantidades de carga comvriosvages, j que um vago pode transportar entre 25 e 100 toneladas. Podemoscitar,porexemplo,otransporterealizadopelasmineradoras,em composies de at 204 vages, comcapacidade para 100 ton cada, utilizando 3 locomotivas para isto, podendo ser incrementado com uma locomotiva no final da composio para ajudar a empurra-lo nas subidas. 4.2 Tipos de veculos e Produtos Transportados Osvagestmcapacidadedecargadiferentesentresi,dependendoda finalidade para a qual foram desenvolvidos. Alm dosvages, as ferrovias tambm podem apresentar diferentescapacidades decarga,dependendodasuaconstruo,limitandocomistoacapacidadedos vages. Oferrovirioummodalapropriadoparatransportedemercadorias agrcolasagranel,comoacar,gros,etc.,assimcomominrios,derivadosde petrleoeprodutossiderrgicos,quesoosprodutosmaistransportados,pois apresentamgrandesvolumesepreosbaixos,necessitandodeumfrete competitivo. adequadoparaviagensdecurtaemdiadistncias,ondeosdemaismodais nosotoconvenientes,emfacedotempoecustos,sendoqusuautilizao nopodeserdescartadaemdistnciasmaislongasparamercadoriasdebaixo custo, justamente em virtude das tarifas mais baixas que este modal oferece. Omodalferroviriotambmcomportaotrfegodecontainers,oqueno Brasiltemapresentadotendnciasdecrescimento.intenodosoperadores das malhas ferrovirias privatizadas que a maioria das cargas que entram e saem doportodeSantossejamtransportadasporviaferroviria,substituindo,emboa parte, o atual transporte rodovirio neste trajeto. 4.3 Conhecimento de Transporte OConhecimentodeTransporteFerroviriodeCargas,denominado Conhecimento-CartadePortenternacional,o documentomaisimportanteno sistema,epossuiamesmafunodoConhecimentoaplicadoaomodal rodovirio. Caberessaltarquequandootransportedeumamercadoriaocorrepormaisde umaferrovia,aquelaqueemitiuaCartadePorteFerroviriopelotrajetototala responsvel,perantetodasaspartesenvolvidas,portodoopercurso,desdea origem at a entrega. 4.4 Fretes O frete no transporte ferrovirio, a exemplo do rodovirio, pode ser dividido em : fretebsico,calculadosobreopesoouvolumedamercadoriaeadistncia percorrida;Taxa ad valorem : calculada sobreo valor FOB da mercadoria; Taxa de expediente : podendo ser cobrada para cobrir despesas com emisso de Conhecimento de embarque. bastantecomumqueofretesejacobradoporvago,ouseja,umfrete global por viagem, podendo ou no ser cobrada a taxa ad valorem. Humfretemnimoparaocasodeembarquedecargaslevesquecompletamo vago sem chegar a um peso adequado. Os fretes tambm podem ser prepaid ou collect..Esteltimonoaceitoparacargasfacilmentedeteriorveiseplantas vivas. Comonorodovirio,estemodaltambmregidopelasnormasdo ConvniosobreTransportenternacional.firmadoentreospasesdoConeSul: Brasil,Argentina,Bolvia,Peru,Paraguai,UruguaieChile.Htambmconvnios bilaterais entre os pases para acerto dos transportes entre eles. Um dos problemas enfrentados por este modal a questo das bitolas das linhas frreas,quenosopadronizadasentreospases,porque cadaumadotouuma bitola especfica, com exceo do Brasil e Bolvia, que adotaram o mesmo padro. Emvirtudedoproblemadasbitolas,normalmenteascargassofrem baldeaonosterminaisferroviriosnasfronteiras,oquepodetrazerproblemas como roubo, avarias, atrasos, etc.. sto representa um entrave ao desenvolvimento do transporte internacional por ferrovias entre os pases sul-americanos. 5.Transporte Fluviolacustre Atrecentemente,aimensariquezadasviasnaturaisformadaspelasbacias hidrogrficaselagosbrasileirosfoisubutilizadaparatransportedecargas,quaseque praticamentedaformacomoaNaturezaadeixou,nosecogitandoeminvestirna regularizaodeleitosderios,nainterligaodebacias,ounatransposiodos obstculosnaturais.Todasasobrasdemelhoriasnavegaosurgiamapenascomo subproduto da construo de usinas hidreltricas.Descobertocomalgumasdcadasdeatraso,comoumaalternativaparao transportedecarganoPas,otransportehidrovirio-lacustrecomeaaganharstatus como fator de integrao nacional. Em pases de grande dimenso territorial como o Brasil, a utilizaao das hidrovias fluviolacustres fator fundamental para o processo de interiorizao e posterior fixao da populao, alargando as fronteiras agrcola e mineral. No que se refere mo-de-obra empregada, para movimenlar 10.000 toneladas de cargasonecessrios556homensparaoperarumafrotade278caminhesde36 toneladasdecapacidadecada,considerandomotoristaeajudante.Umcomboiofluvial comcapacidadepara10miltoneladas,necessitadeapenas12homensemsua tripulao. 7.1.As Vias Navegveis Interiores do BrasiI OBrasil um dospasesmaisricos domundo emrecursos hdricos naturais.As diferentesbaciashidrogrficasquecortamoterritrionacionalsotambmvias navegveisinteriores,queservemparaescoarmercadoriasentreasdiferentesregies produtoras e consumidoras, alm dos portos que fazem o enlace do pas com o transporte martimo internacional. Omapadasbaciashidrogrficasbrasileiras,constanteaofinaldoCaptulo,foi obtidonositedoMinistriodosTransportes,BancodenformaeseMapasde Transportes (http://www.transportes.gov.br). 7.1.1.Hicirovias da Bacia Amaznicaresponsvelpeladrenagemde25%dareadaAmricadoSul,oferecendo excelentescondiesnaturaisnavegao,com18,300kmdeextensoemsua totalidade,desde a fozdupla no entorno da ilha de Maraj at alcanar quitos (Peru) ou Letcia(Colmbia), emuma via fluvial complexa edeporte ocenico,navegveldurante todooanopornaviosocenicos,atravsdosriosAmazonas,Solimes,Negro,Branco, Madeira, Purus e Tapajs. Devidodificuldadedeacessoecarnciaderodovias,osistema Amazonas/Solimes,comseusinmerosafluentesnavegveis,reveste-sedegrande importnciaeconmicaesocial,atendendoquasetotalidadedotransportenaregio, integrando-aaocomrcioexteriorprincipalmentepelosportosdeBelm,sistema SantanaMacap, tacoatiara e Manaus. Destaca-seovertiginosocrescimentodeimportnciadanavegaopelorio Madeira,com1.056kmdeextenso,ligandoPortoVelho(RO)attacoatiara(AM)e integrandoaAmazniamalharodoviriaemPortoVelho,graasconstruodo terminalgraneleiroflutuantedaHermasa(grupoMaggi),quetransbordaparanaviosde longo curso os gros produzidos na Chapada dos Parecis, atravs de grandes comboios fluviais (16 barcaas com duas mil toneladas de soja cada). HojeorioMadeirajconsideradocomoumahdroviaindependente,formando um dos principais eixos do transporte das regies Centro-Oeste e Sudeste para Manaus e movimentando em 2004 cerca de 4,5 milhes de toneladas, sobretudo de gros, adubos e fertilizantes.So ainda dignos de destaque na Bacia Amaznica os terminais porturios fluviais de Caracara (Roraima); Tabatinga, Maus, Barcelos, Coari, tacoatiara, Parintins, bidos, Santarm, Altamira e taituba. Nombitodaintegraointernacionalviafluvial,orioSolimesalcanaLetcia, atravsdorioAguarico(Colmbia)eFranciscodeOreilana,atravsdorioNapo (Equador). 7.1.2.Hidrovias do Nordeste Com cerca de 3.000 km em sua maioria j navegveis, as acias do Nordeste so formadas por rios ainda pouco explorados: Mearim, Pindar, Graja, tapecuru, Pericum, Turiau,Gurupi,ParnabaeBalsas.Desses,oMearim,oPindareotapecuru convergempara oportomartimodetaqui, no Maranho.Nocursodo Parnaba,umrio potencialmentecapazdepromovereescoaraproduodeumaimensaregio,a implantao da barragem de Boa Esperana em meio ao trecho navegvel do rio, levou construo de uma eclusa, ainda por concluir, vencendo um desnvel de 45 metros. 7.1.3.Sistema Hidrovirio Tocantins-AragUaiaOsistemaTocantins/AraguaiaatravessaoBrasil-Central,expandindoafronteira agrcoladocerrado.Estende-senoeixonorte-suldesdesuafoz,norioPar,ato PlanaltoCentral,prximoaBraslia.Essaredefluvialcomextensototalnavegvelde 2.841 km (715 km do rio Tocantins at mperatriz, 1.701 km do rio Araguaia e 425 km do rio das Mortes), tem condies de ser transformada, a curto e a mdio prazos, em uma via detransportecontnua,comamplacapacidadedetrfego,ligadagrandemalha hidroviriaamaznica,aocomplexoporturioexportadordeBelm/ViladoCondeeaos sistemas ferrovirios de Carajs e Norte-Sul. Em1975,aEletronorteiniciouaconstruodeumabarragemnorioTocantins, paraa geraodeenergiaeltricaemTucuru.Se,por umlado,interrompeua precria navegao local, por outro, permitiu a formao de um lago com cerca de 150 km, com o afogamento das corredeiras de taboca. Vriasobrasdeeclusagemencontram-seemdiferentesfasesdeconstruo, todasparalisadasporembargosjudiciaisimpostosporambientalistaseindigenistas. Quando estiverem concludas vencero os desnveis existentes, o que resultar em cerca de1.800quilmetrosdeviasinterioresperenementenavegveis,ligandooPlanalto CentralAmazniaepossibilitandooescoamentodaproduodecereaisdeGoise TocantinspelaAmaznia.OportodeMarabprovavelmenteterasuaimportncia amplificada. NorioAraguaia,ograndeobstculoparaanavegaoestnascorredeirasde Santa sabel, que sero submersas pelo reservatrio formado por uma hidroeltrica a ser implantada, Esto previstas duas eclusas para a transposio dos 60 metros de desnvel a ser criado. Os principais portos fluviais existentes so: NosistemarioAraguaia-riodasMortes: Luiz Alves(GO),gua Boa(MT),So FlixdoAraguaia(MT),ConceiodoAraguaia(PA),SantaTerezinha(MT)eCouto Magalhes (TO). NorioTocantins,principaIeixodahidrovia:Peixe(TO),PedroAfonso(TO), Miracema (TO), Porto Franco (MA), Xambio (TO), Marab (PA) e Tucuru (PA). Nomdioprazo,os700quilmetrosdorioTocantinsentrePeixe(TO)ePorto Franco(MA)podemfacilmentetornar-sepermanentementenavegveis,oferecendo novas alternativas ao precrio transporte rodovirio nessa regio. Com obras de canalizao e mais alguns poucos melhoramentos nos leitos desses rios,grandesdistnciasnavegveis,pormisoladasentresi,estarofinalmente interligadas,permitindohidroviadesempenharumimportantepapelnaeconomiada regio. 7.1.4.Hidrovia da Bacia do Rio So Francisco Apesar decortarumaregiosemi-ridasujeita ao fenmeno dassecas,oVelho Chico"perene,poistemsuasnascentes,assimcomoasdeseusprincipaisafluentes, localizadas em regies de chuvas regulares, oferecendo mais de 1.300 km navegveis no alto curso situado no planalto, entre Pirapora (MG) e Petrolina (PE). O baixo curso do rio, cercade213kmdePauloAfonsoatafoz,ficouprejudicadodepoisdaconstruoda hidreltrica de Xing. AconstruopelaCHESFdaEclusadeSobradinho,vencendoumdesnvelde 32,5metroseoentroncamentorodoferrohidrovirioemPirapora,foramdeenorme importnciaeconmicaparaaregio,propiciandograndesreduesdecustoem produtosessenciaisparaosmercadosinternosdeMinasGerais,Gois,Bahiae Pernambuco (gipsita, carvo, cimento e fosfatos). Principaisportosfluviais:Januria(MG),botirama(BA),Barreiras(BA),Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). 7.1.5.Hidrovias das Bacias do Leste Os riosJequitinhonha(MG-BA),Doce(MG-ES)eParabadoSul(SP-RJ)podem serconsideradoscomoalternativasparafuturosestudosdeviabilidadeeconmica, destinados a avaliar a relao custo-beneficio dos investimentos necessrios em obras de infra-estrutura,deformaapossibilitarquesetornemhidroviaspotencial-mente navegveis, totalizando 1.094 km. 7.1.6.Sistema Hidrogrfico Tiet-Paran Aocontrriodamaioriadosrios,tantooTietquantooParancorremdolitoral para o interior, impedindo a sua conexo com os portos martimos. Por esta razo durante muito tempo a navegao por estes rios foi deixada de lado. Somenteapartirde1978,foraminiciadasasobrasdecanalizaodorioTiet, bemcomoaconstruodeeclusasemJupi,lhaSolteiraePortoPrimavera,norio Paran; Nova Avanhandava, Promisso, bitinga, Bariri, Barra Bonita e Trs rmos, no rio Tiet e Santa Maria da Serra, no rio Piracicaba. Alm do aproveitamento hidreltrico, este conjuntodeobrasvisaaperfeioarumaimportantehidroviaquejvemmovimentando cercade5,0milhesdetoneladasanuaisentreSoPauloe396outrosmunicpios,ao longo dos Estados de So Paulo, Paran, Mato Grosso do Sul e Gois. Em 1991, como incio da operao do canal Pereira Barreto, ligando o Tiet ao alto Paran, a hidrovia alcanou o porto de So Simo, no sul cio Estado de Gois, bem como a Usina Hidreltrica de gua Vermelha em Minas Gerais. Foram tambm incorporadas duas outras vias, o rio Paranaba e o rio Grande. No outroextremo,acargaprovenientedessasregiesjalcanavaomunicpiode Pederneiras(340kmdacapitalpaulista),entroncamentoferroviriodeligaocomo porto de Santos. Massomenteem1999,comaconclusodasobrasdaeclusadeJupi,quea hidroviaalcanouo lagodetaipuemtrechonavegvel contnuo.Nestaprimeira fase,a hidrovia passou a dispor de 2.400 km, para o Sul pelo rio Paran de Piracicaba at Foz do guau, para o Norte atingindo So Simo, no rio Paranaba e gua Vermelha, no Rio Grande. O represamento e a eclusagem de Santa Maria da Serra, no rio Piracicaba, levar a hidrovia at o Terminal de Artemis, a 15 km da cidade de Piracicaba. Principaisportosfluviais:SoSimo(GO),PresidenteEpitcio(SP),Panorama (SP), Pederneiras (SP) e Anhembi (SP), com destaque para a movimentao de soja. Aps a concluso de todas as obras necessrias para interligar esse sistema com orioParaguaieaBaciadoPrata,aTiet-Paran-Paraguaiter7.000kmnavegveis, unindoosquatropasesdoMercosul,comcapacidadeparamovimentarcercade35 milhesdetoneladasanualmente,representandocercade80%daeconomiado Mercosul.Paratanto,seronecessriasobrasdealargamentoeaprofundamentodo calado para permitir o trfego de comboios maiores e mais velozes que os atuais. OmaiorobstculoparaaimplantaodefinitivadachamadaHidroviado MercosuI, ininterruptamente navegvel de So Paulo a Buenos Aires o desnvel de 130 metrosdarepresadetaipu,queaindanodispedeumsistemadeeclusas.Por enquanto, a alternativa disponvel o transbordorodovirio atravs de Ciudad del Leste, no Paraguai. 7.1.7.Bacia do Rio Paraguai mportantssimaparaoMercosui,estahidroviade2.800km,juntamentecomo baixo curso do rio Paran, liga o Oeste brasileiro ao rio da Prata, alimentando o comrcio regionalcomaArgentina,ParaguaieBolvia.EmLadrio,foiconstrudoumterminal ferrohidrovirio para operarcomminrios,sacaria,gadoecargageral,hojeresponsvel pelaexportaodocimentodaregio.PorCceres,sedoescoamentodassafrasde arroz local. Atravs de Corumb, flui mangans, ferro, cimento, soja e gado. Emjunhode1992,Brasil,Argentina,Uruguai,ParaguaieBolviaassinaramo "AcordodeSantaCruzdelaSierrasobreotransporte fluvialnos3.000kmdahidrovia Paran-Paraguai,entreosportosdeCceres(MT)eNuevaPalmira(Uruguai), estabelecendo um marco comum sobre o intercmbio comercial na regio. NaArgentina, destacam-se os portos deSanMartin,SanLorenzo,SanNicolase Rosrio.NaBolvia, destaca-se oportodeQuijarro,NoParaguai, destaca-se oportode Vilia Hayes. Existemhoje vriosinvestimentosao longodorioParaguai.Osprincipaisso os moinhos de trigo instalando-se acima de Santa F, na Argentina, que utilizaro o rio para escoarsuaproduo.Agrandeconcentraodecargasestnessetrecho,entreSanta F e Corumb, na fronteira do Brasil com a Bolvia, onde as condies de navegao so melhores e o canal mais desenvolvido. 7.1.8.Sistema FIuvioIacustre Gacho Apesardeseremapenas1.300kmdeviasnavegveis,osistemaLagoasdos PatoseMirim,juntamentecomosriosTaquarieJacujadquiriurespeitabilidadeno contexto do transporte de cargas gacho, promovendo o escoamento das safras de soja e de trigo e integrando o interior do Estado com o porto de Rio Grande. Emboranaturalmentenavegveis,osriosTaquarieJacusofriamrestriesde caladonosperodosdeestiagem,limitandooseuempregocomercial.Emdecorrncia disso, seus leitos foram regularizados atravs de um sistema de barragens. As eclusas de Fandango, AneldeDomMarco eAmarpolis ampliaram a extenso navegvelpara300 km.Posteriormente,foiconstrudaaeclusadeBomRetiroeimplantadoum entroncamento rodo-ferro-hidrovirio no porto fluvial de Estrela, dotado com um silo para 40.000 toneladas de cereais, possibilitando a sua transferncia em barcaas para o porto de Rio Grande. Estasobraspossibilitaramumareduode473kmnopercursorodovirio.Em Charqueadas, prximofoz do Rio Taquari, estabeleceu-se um terminal para carvo, que jmovimentamaisdeummilhodetoneladasanuais.Outrosportosdedestaque: Cachoeira do Sul e Taquari. Como carga de retorno, dentre outros produtos, a hidrovia transporta basicamente fertilizantes, corretivos e demais insumos para o agrobusiness da regio. Emboranoestejamintegradosfisicamenteaosistema,osriosUruguaiebicu apresentamcerca de1.200kmadicionaisdeviasnavegveisno EstadodoRioGrande do Sul. 7.2.Caractersticas do Transporte FIuviaI Utiliza para o transporte as vias fluviais dispostas pela natureza que, muitas vezes possuemquedasdenvelbruscaseencachoeiradas,ouainda,emrazodeperodos cclicosdecheiaseestiagem,nooferecemcondiesnavegveisdurantetodooano. Dessa maneira, imprescindvel que sejam definidas as rotas prioritrias para cargas, de forma a avaliar a necessidade de serem feitas obras para a retificao e a regularizao dosleitosderios,almdaimplantaodesistemasparaatransposiodosdesnveis existentes, atravs de obras de eclusagem. Estudos desenvolvidos peloGeipot comprovam uma reduo de custos na ordem de35%nocustodotransportefluvialsobreorodovirio.Noentanto,emconseqncia daslimitaesimpostaspelocursodosrios,primordialqueautilizaodashidrovias seja integrada ao transporte multimodal. 7.3.Vantagens e DesvantagensVantagens: OElevadacapacidadedetransporte,atravsderebocadorese empurradores. OFretes mais baratos que nos modais rodovirio e ferrovirio. OCustos variveis bem mais baixos. ODisponibilidade ilimitada. OFaculta o uso da multimodalidade. Desvantagens:OBaixa velocidade. OCapacidade de transporte varivel em funo do nvel das guas. ORotas fixas. ONecessidade de elevados investimentos de regularizao de alguns trechos de rios. OLimitaesdeordem jurdica no Brasil: dos 45.000kmderios navegveis somente 28.000 so utilizados. 6.Transporte Martimo Denomina-seLongoCursoaotransportemartimointernacional,abrangendo tantoosnaviosqueoferecemserviosregulares(liners)quantoosderotasirregulares (9ramps). Cabotagemotermoquedefineotransportemartimoaolongodacosta brasileira,deRioGrande aManaus.Emboraformalmenteincorreto,tambmaceitvel denominarcomoGrandeCabotagemaotrfegomartimoextensivosGuianase Venezuela ou Argentina e Uruguai. H 50 anos, os navios desenvolviam velocidades de cruzeiro mdias de 10 ns; os portos dispunham de equipamentos comcapacidades bastante limitadas e as operaes exigiam enormes equipes de trabalhadores, tanto a bordo como em terra. Atualmente,comimensacapacidadedecarga,osnaviossuperamfacilmente25 nsdevelocidade;operaesquedemandariamcentenasdetrabalhadoresesemanas para serem realizadas, comumente so executadas por bem menos pessoas, com o uso de modernos equipamentos, capazes de gerar produtividades antes insuspeitada. Comoconseqnciadairreversveltendnciaconteinerizao,comuma produtividademdiasuperiora45contineresmovimentadosporhora,praticamente deixou de existir o transporte de carga solta fracionada nos navios, exceto nas rotas para pasescombaixonveldedesenvolvimentoouemnaviosespecializadoscomo,por exemplo, para o transporte de papel, celulose, produtos siderrgicos, etc. Foramimplantadossistemasmultimodaisdetransportescruzandocontinentes, levando as empresas de navegao a mudarem o foco dos seus negcios, do transporte porto-a-porto,paraotransporteporta-a-porta,muitasvezesassociadasaempresas logsticas de atuao global. Aidia hoje predominanteque osnaviosdelongocursoatraquem apenasnos principais portos, chamados de concentradores de cargas ou :-por9s. O abastecimento destesportosouadistribuiodelesparaosmenoresvemsendofeitopeloquese convencionou chamar de 1eeder service, ou seja, transbordo via cabotagem. facilmente observvel que, no Brasil, tal procedimento ainda est por ser implementado. Com a acelerao do comrcio internacional ora verificada, uma rpida anlise nas bandeirasdasfrotasmercantesmodernaspoderdemonstrarque,atualmente,ascinco maiorespotnciasmartimassonaesricasedesenvolvidas,quejuntascontrolam mais de 60% do total da frota mundial. Osegmento deserviosregulareslinersippingcompreende otransporte de carga geral e de contineres, respondendo por cerca de 75% dos fretes internacionais e vem sendo realizado por grandes empresas mundiais. 8.1.TerminoIogia Bsica ao Transporte Martimo ProprietriodeNavio:qualquerempresa,dequalquerramodenegcio,que decida investir na construo e/ou compra do casco de navios. Armador:empresamercantilque,apartirdeumcascodenaviocompradoou alugado, arma o navio, ou seja, coloca a tripulao e todas as demais coisas necessrias para que o navio possa ser operado comercialmente, assim, apresta o navio para viagem. Legalmente, armador a "pessoa naturaI ou jurdica que, em seu nome e sob suaresponsabiIidadeaprestaumnavioparaasuautiIizao".Oregistrodos armadoresdenaviosbrasileirosfar-se-combasenoRegistroGeraldaPropriedade Naval Lei n 2.180, de 06/02/54 Artigo 101. CDIGO COMERCIAL BRASILEIRO - Artigo 484: "Oregistrodepropriedadedenaviosbrasileirossomente ser deferido a: a)brasileiros natos; b)asociedadeconstitudadeacordocomaleibrasileira, comsedenoBrasil,administrada porbrasileiros natose com 60% de seu capital pertencente a brasileiros natos. OperadordeNavio:empresaque,apartirdeumnavioarmado,compradoou alugado, opera o navio nas rotas comerciais, explorando o Transporte Martimo. AgenteMartimo:procuradorqueagecomomandatriomercantildeum Proprietrio, Armador ou Operador, a quem incumbe representar, mediante remunerao varivel segundo anatureza das obrigaes fixadas em contrato, podendo desempenhar grande variedade de servios. AgenteGeraI:representatodososinteressesdoArmador(oudoAfretador)em umaregiooupas,compoderesparanomearedestituirSubagenteseOperadores Porturios em nome do seu representado. AgenteProtetorners'sAgen9representaosinteressespatrimoniaisdo Proprietrio ou, mais comumente, do Armador, provendo os meios para que o navio possa entrar,operaresairemseguranadeumporto,provendosobressalentes,reparos, vveres,combustvelenumerrios,almdeassessoraroCapitoeatendertripulao (translados, mdicos, etc.). AgentedoNavioar9ersAgen9representaosinteressesdacarga,ouseja, doOperadorComercialdoNavio(Armador,OperadorouAfretador)peranteas autoridadesporturiaseOperadorPorturio;divulgadatasdasescalas,administraa economicidadedasoperaescomerciaisedaestadiadonavio,acompanhandoasua execuoequitandoasdespesas;emiteAvisodeProntido/RelatrioOperacional, contrata e recebe fretes, emite Manifesto e B/L's. Agente Angariador: responde pela contratao de publicidade, venda de espao paracarganosporesdonavio,recebefretes,emiteB/L's,monitoraafrotade contineresdoArmador(ouAfretador),noseenvolvendocomasalvaguardado patrimnio ou com as operaes de carga e descarga. DespachanteAduaneiro:pessoafsicanomeadaatravsdoDirioOficialda Unio, responde pelas informaes constantes do Siscomex e pela documentao relativa aoembarque,descargaedesembaraoaduaneirodasmercadorias.Osexportadorese mportadores costumam se valer do Despachante Aduaneiro para: Ocontatar Agentes e Armadores para contratar fretes; Oassessor-los quanto legislao aduaneira dos pases de origem, trnsito e destino das mercadorias; Oacompanharoembarqueeadescargadosnavios,almdasvistorias alfandegrias das mercadorias. Broker intermedirio entre transaes comerciais relativas aos fretes, recebendo comisses sobre os negcios efetivados, muitas das vezes como mandatrio de uma das partes. Slo9sacordosinstitudosparaacessodeespaonosporesdosnaviosdas empresas que operam na mesma linha, com a finalidade de maximizar o uso do navio e reduzir custos. Os B/L's so emitidos por cada um dos operadores que contratou o frete e no pelo Operador do navio. Acordos BiIaterais: convnios celebrados entre governos de dois ou mais pases, visandoeliminaratritos,regularefomentarocomrciomartimomtuo,respeitando reciprocidades.Podemcobrirassistnciaaosnaviosetripulaes,nveisdefretes, procedimentoscambiaiseisenesdetarifasalfandegrias,etc.oprincpiobsico empregado nos blocos econmicos. ServioLinerserviosregularesdetransportemartimo,comdivulgao antecipada das rotas, datas de chegadas e sadas dos portos. ServioTrampnaviosqueoperamsemcompromissoderotaoutrfegoenem programao de escalas, Normalmenteoperam no mercado degranis. O seu Operador indicaaregiioondeonavioseencontraesolicitacargaparaosdestinosdesua preferncia.Freqentementesoregistradosembandeiras deconvenincia, de formaa obter menores custos de mo-de-obra. As bandeiras de convenincia mais utilizadas so: OPanam. OLibria. OBahamas. OHonduras.OChipre. Servios ReguIares Liner SippingServios Tramp ar9ered Sipping OViagensregularescomrotase escalas predeterminadas; OCarga unitizada e de alto valor; OContrato por peso ou volume; OBarreirasentradarepresentadaspor altos investimentos iniciais. OViagensno-regularescomrotase escalas definidas pelo afretador; OCornodities (carga de baixo valor); OAfretamento por viagem ou tempo; OEstruturaconcorrencialcompoucas barreiras novos entrantes. Angariamento de Carga: feito pelo Operador ou seu representante (Agente ou roker),porintermdiodepessoalhabilitado,comconhecimentosobrecaractersticas e tiposdasmercadorias,dosfretespertinentes,dascondiesoperacionaisdosportose navios. Estes devem ser adequados espcie da carga aceita para transporte. Aocontratarotransportemartimo,necessriodefinirquemserresponsvel pelasdespesasdeembarque,descargaeestivagem.Viaderegra,nosembarquesem naviosliners,ofretejcontemplaestasdespesas,cessandoaresponsabilidadedo embarcador ao costado do navio. LinhasDiretas:soaquelasondeacargaembarcaemumnavionoportode origem e dele somente descarregada no porto de destino constante do conhecimento de embarque(B/L).Quandoos fluxosdetrfego naquelarotasomuitoextensos, esta a melhor maneira de se obter fretes mais baratos. Transbordos:significamoaproveitamentodasgrandesrotasdescarregandoem portos intermedirios, de onde a carga ser transferida para outro navio at o seu destino final o continer se presta mais a este servio do que qualquer outro tipo de carga. 8.2.A Cabotagem no BrasiI Duranteumlongotempohouveumapujantenavegaodecabotagemnopas. OsfamososnaviosTA'spromoveramaintegraoSul-Norte,semprelotadosde passageirosecargas.ComaextinodaCompanhiaCosteiradeNavegao,a cabotagemfoisustentadaporumpequenogrupodepersistentesempresriosqueno recebiamosmesmosincentivosefinanciamentosparaaconstruodenavioseno eramautorizadosaadquiriroleocombustvelisentodeimpostoscomoosseus congneresdolongocurso,almdeseremalvodeumaimpiedosaburocracia, diferentemente dos concorrentes rodovirios. Numdadomomento,peloexcessodenaviosdelongocursovaziosnacosta brasileira,algunsoperadoresdelongocursosolicitaramconcessoparaatuarna cabotagem,oque lhes foiconcedido.Entraramagressivamentenarota Santos-Manaus, levando todas as cargas existentes. Os armadores de cabotagem ficaram literalmente a ver navios". A maioria faliu, pouco mais restando que o modal rodovirio como alternativa ao fluxo de carga geral destinado distribuio fsica do mercado interno, s subsistindo na cabotagem os granis, uma vez que o modal rodovirio no atende contento a este mercado. Atravs da Lei n 9.432, de 08/01/97, a ttulo de romper um suposto monoplio, o Brasil tomouuma deciso sem precedentes no mundo: deu ao Poder Executivo o direito desuspenderasdisposiescontidasnoDecreton666,de02/07/69,possibilitando bandeiraestrangeiraatuarnanavegaodecabotagem,semlevaremcontaquea estratgiadeabastecimentodomercadointernopoderficarmercdeinteresses estrangeiros sazonais, em detrimento da armao nacional. Felizmente,apartirde1997,emumclimadeacirradaconcorrncia,algumas empresas de navegao de longo curso hrasileiras se conscientizaram de necessidade de buscarnichosde negciosparaganharcompetitividade,tomandoasi arecuperaoda navegaodecabotagemnopaserestabelecendoatradicionallinhaSantos-Manaus, atravs de navios "Ro-Ro e multipurpose. Assim,considerandoopotencialabrangidopeloabastecimentodomercado interno, os transportes feeder, o Mercosul e os diversos portos existentes, as expectativas daretomadadaCabotagemnopaspodemserresumidaspelogrficodemonstradoa seguir: 8.3.O Longo Curso no BrasiI Na dcada de 50, o ento Ministro da Viao e Obras Pblicas almirante Lcio Meira instituiu o Fundo de Marinha Mercante, estabelecendo a legislao bsica para a futuraconstituiodeumafrotamercantebrasileira,oqueefetivamenteveioaocorrer comacriaodaComissodeMarinhaMercante,depoistransformadaemSunamam. Criou-seoAdicionaldeFretesparaaRenovaodaMarinhaMercante(AFRMM), constitudoporumaalquotaextrasobreosfretesdeimportao.Consagrou-seum princpioonde40%dosfretesgeradospelocomrciobilateralbrasileiroreverteriamem benefciodosnaviosnacionais(40-40-20).Em1967foiimplementadooPlanode Construo Naval, atravs de linhas para o financiamento de navios. Atentoastrsempresasexistenteseramestataiseoperavamemsegmentos distintos: OFronape,pertencentePetrobras,atuandonotransportedepetrleoe derivados. ODocenave,daCia.ValedoRioDoce,atuandonotransportedegranis slidos minerais. Oloyd Brasileiro, vinculado ao Ministrio dos Transportes, atuando na carga geral. Ocontroledo governosobreotransportemartimoeraabsoluto,decidindosobre rotas,escalas,freteseparceriascomempresasestrangeirasparaadivisodotrfego. Foisob essemantoprotetorquesurgiramas empresas privadas,comostatus descio do loyd Brasileiro em cada uma das rotas. A partir da teve incio uma lamentvel seqncia de equvocos: foram priorizados projetos de navios ultrapassados e de consumo excessivo, alm de tersido esquecido o continer,jdeusoregularnotrfegoEUA-Europa,resultandoemumafrotamercante nova,pormobsoleta;paraacoberturadecrditoscomerciaisduvidosos,importou-se naviossemagarantiadosuprimentodepeasdereposio,gerandosucateamentos Theimage cannot be display ed.Your computer may not hav eenough memorytoopen the image,or theimagemayhav ebeen corrupted.Restart y our computer,and then open the fileagain.!f thered x still appears, y ou mayhav etodelete theimage andthen insert it again.precoces. Generalizou-se, ento, a crena que os navios brasileiros eram caros e de alto custo em consumo e manuteno. Porvoltade1983,desconsiderandoqueoprodutodaconstruonavalde maturaolenta(emtornodedoisanosdesdeoprojetoatolanamentonomar),o governo brasileiro suspendeu novos financiamentos construo naval e alterou o critrio dosjurosparaemprstimosjconcedidos.Ogovernofederalpassouautilizaros recursosdoAFRMMparacompletarocaixanicodaUnio,desviando-osdo financiamento da frota mercante. Osarmadoresprivadosaindanopossuamtradioparaacessarlinhasde financiamentointernacionaisnaaquisiodenaviosmaiseficientesebaratos.Muitos delesdeixaramdehonraropagamentodenaviosjemfasedeentrega.Em conseqncia, houve descontinuidade nas encomendas de navios, os estaleiros nacionais ficarampraticamenteparalisados,osetordenavipeasextinguiu-seeinmerosnavios novos foram recebidos pelo BNDES corno garantia de crditos duvidosos, permanecendo fora de trfego, sem operao comercial. Oresultadofoioaceleradoenvelhecimento,reduonafrotaeperdade competitividadedaMarinhaMercantenacional,dandoincioflexibilizaodoprincpio 40-40-20ecorridarumoaoafretamentodenaviosestrangeiros,comgravesreflexos nos sucessivos dficits da balana de pagamentos conta de servios externos. Em 2006 as transaes comerciais brasileiras com o exterior geraram fretes superiores a US$ 10,0 bilhes,pormcercade92%dessasreceitas(US$9,2bilhes)couberamaempresas estrangeiras. 8.4.Os Fretes Martimos Almdamargemdelucrodooperador,acomposiodosfretesmartimosdeve remunerar: OOs custos fixos (capital, juros, depreciao, impostos e seguros). OOscustosvariveisdaoperaodonavio(tripulao,alimentao,gua potvel, combustvel, manuteno e reparos). OOscustosporturiosdiretos(utilizaodosequipamentoseinstalaes porturias terrestres ou martimas, embarque e descarga de cargas). OOs custos porturios indiretos (praticagem, rebocadores e outros). ndependentementedestesfatores,osnveisdefretesparaumideterminada regio so tambm determinados por: OCondies operacionais dos portos de escala. OVolume de cargas disponveis em ambos os sentidos da rota. OConcorrncia no trfego. O nvel dos fretes por tipo de mercadoria tambm leva em conta: OEmbalagem (resistncia e sujeio a roubos e avarias). OVolume ou peso (o de maior participao na capacidade total). Para fins de definio h uma tabela de equivalncia volumtrica para 1 m3, a saber: Frete Martimo1 tonelada mtrica Frete Areo6 toneladas mtricas Frete Ferrovirio4 toneladas mtricas Frete Rodovirio2,5 toneladas mtricas OTipo de movimentao (tempo de operao e despesas). ORestries de estivagem (altura mxima de empilhamento, etc.). OPericulosidade (classe MO). OValor (capacidade de pagamento). Seguem-se algumas definies bsicas de uso universal na tarifao liner terms: OBasicFreig9apenasovalordataxabsica,cobradopelopesoou volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo sempre o de maior valor. ONe9 Freig9 taxa bsica + extras. OGrossFreig9ouAllInfretetotal,englobandoquaisquerpossveis adicionais. OTemporaryFreig9freteinferiortaxabsica,aplicadodeforma temporriavolumesmnimosdealgumasmercadorias,paraestimularo comrcio na rea da Conferncia. Open Freig9 frete negocivel entre as partes. Aplica-se a mercadorias de baixo valor, quando embarcadas em grandes lotes homogneos. OMinim:m Freig9 menor frete bsico aplicvel por embarque. ONo9 9erise Speci1ied aplicvel a mercadorias no constantes da tarifa convencional. Os fretes so sempre mais altos que os tarifados. Caso seja deseuinteresse,oproprietriodacargadevernegociarcomoArmador ou solicitar frete especfico. Oon9ainer Ren9al aluguel dirio cobrado pelo continer durante a viagem, adicional ao frete. Quandoamercadoria,arotaouoportodedestinoapresentamparticularidades, podem ser aplicadas taxas adicionais aos fretes. Alguns exemplos: OB:nkerS:rcarge aplicvel sobre o frete bsico, destinado a cobrir uma parte do custeio do combustvel. OAd'alorem aplicvel a mercadorias de alto valor unitrio (cargas nobres). Pode substituir o frete bsico ou complementar seu valor. OHeavyLi19aplicvelavolumescompesounitriosuperioradez toneladas,exigindocondiesespeciaisparaembarque/desembarque,ou ainda que dificulte a acomodao no navio. OEx9ra Leng9 aplicvel a volumes de comprimento superior a 12 metros. O!ro9r:sion o: ver Dimension compensa a perda de espao gerada por excessos laterais ou na altura das mercadorias. Aplica-se a contineres de teto aberto, plataformas ou dobrveis. Oonges9ionS:rcargeestabelecido quandoumdeterminadoportosofre freqentes congestionamentos, provocando filas de espera para atracar. OMinor!or9Addi9ionalaplicvelquandoacargaembarcadaou descarregada em algum porto secundrio, de difcil acesso, mal aparelhado ou fora da rota. O:rrencyAdj:s9men9Fac9orCAF:utilizadonocasodefretecobrado emmoedanoconversvelinternacionalmenteouquesedesvalorize sistematicarnente em relao ao dlar norte-americano. OAdicionaIdeFreteparaRenovaodaMarinhaMercante-AFRMM: percentualde25%aplicadosobreofretenaimportaodelongocurso, cobradodoconsignatrio,noportobrasileirodedescargaenadatado incio efetivo da descarga. 8.5.Conhecimento de Embarque Bill o1 Lading - B/L) Documentocomercialreferenteaocontratodetransporteentreoproprietrioda cargaeaempresaoperadora,ficandoestaobrigadaaconduziramercadoriaato destinodesignado,medianteopagamentodofreteajustado.odocumentoque estabelece a propriedade da carga a quem est consignado ou endossado. OB/Lpossuitrsfunesdefinidas:provadecontratoparaarealizaodeum transporte, recibo e ttuIo de crdito. Nele esto contidos todos os elementos integrantes de um contrato de transporte: nomes das partes, nome do navio transportador, valor do frete,portosdeembarqueedescarga,qualificaoequantificaodamercadoriae condies do transporte. Ao receber a mercadoria a bordo, o imediato do navio assina um recibo provisrio da mesma, o ate's Receipt, oqual, posteriormente, substitudo pelo B/L, emitido pelo prprio armador, pelo agente de navegao, ou ainda, pelo prprio comandante do navio. E, portanto, um recibo de que a mercadoria foi embarcada. Quando no original, o B/L tambm um ttuIo de crdito perfeitamente negocivel por endosso, no se admitindo a existncia de qualquer outro documento que contrarie os termos nelecontidos.stoporque,paraser eficazemsua funo,oB/L deverevestir-se de toda a credibilidade, assim como o cheque, a duplicata, a promissria, etc. Segundo o artigo 587 do Cdigo Comercial Brasileiro, o B/L tem fora de escritura pblica. OoriginaldoConhecimentodeEmbarquedealgumasempresasnoregistra qualquerdeclaraosobrecpiasouviasqueomesmopoderepresentar.Neleesto impressasasCondiesdoTransportequedefinemdireitoseobrigaesdaspartes envolvidas. Asviasoucpiasno-negociveisnotmvalidadeparaseobterliberaode qualquer carga, a qual s dever ser entregue aos consignatrios mediante a exibio do Conhecimento OriginaI. CaractersticasdoConhecimentodeEmbarque:osB/L'sdevem necessariamente possuir as seguintes caractersticas: OO nome da empresa de navegao, indicando o endereo de sua sede. ONome do embarcador. ONome do consignatrio. OParte a ser notificada. OLocal de emisso. ONome do navio e nmero da viagem. OPorto e data de embarque.OPorto de descarga.OLocal da entrega.OValor do frete e local de seu pagamento. ONmero do Conhecimento de Embarque e nmero de vias originais.OMarcas e nmeros.OQuantidade, tipos dos volumes e suas medidas.ODescrio da mercadoria.ONmero do continer. OPesos bruto e lquido. ONome do agente martimo. ODeclarao do valor da carga OData e assinatura do emitente. Em caso de perda ou extravio do Conhecimento OriginaI, devem ser observadas determinadas normas para que a carga possa ser liberada e conseqentemente, entregue aos consignatrios. Noscasosdeconsignaoordemouaoportador,annciosdevemser publicadosemjornais,nomnimoportrsvezesconsecutivas,dizendo-sedaperda ocorridae,concomitantemente, formularcarta, fax,etc.,aos embarcadores,pedindosua concordncia para a entrega da mercadoria. Decorridos, no mnimo, quatro dias da ltima publicao na imprensa, e se no for apresentado qualquer embargo, a carga poder ser entregueaointeressadohabilitado,medianteaassinaturadeumTermode ResponsabiIidade, assinado por pessoa idnea, de preferncia bancria. OTransportadorformularcomunicao,porescrito,ReceitaFederalda localidade, informando que o Conhecimento OriginaI foi extraviado, e pedindo que seja processada a liberao da carga. Na correspondncia dirigida Receita Federal, deve ser declaradoqueforampagosoFreteeoAdicionalaoFreteparaRenovaodaMarinha Mercante AFRMM. Naconsignaonominal,nohnecessidadedepublicaosobreoextraviodo ConhecimentoOriginaI,bastandoasprovidnciasdescritasjuntoaoEmbarcadore ReceitaFederal.Mas,sehouverqualquerembargo,aliberaospoderserefetuada depois do entendimento entre os interessados, administrativamente ou via judicial. Asdespesasocorridasnaliberaodamercadoriacorremporcontados interessadosnoseurecebimento.OConhecimentodeEmbarquesdeverser entregue datado e assinado ao embarcador, depois que toda a carga tiver sido recebida a bordo, obrigando-se, conseqentemente, o navio a entreg-la ao consignatrio. EmcasodeextraviodoB/L,qualquerinteressadopodeavisaraotransportador parareteramercadoria.Seoavisovierdoconsignatriooudoremetente,aempresa anunciar o fato trs vezes consecutivas, custa do comunicante, pela imprensa do lugar de destino. No havendo reclamao ou penhor do conhecimento durante os dias de anncio emaisosdoisimediatos,amercadoriaserentregueaonotificantedeacordocomas disposieslegaisouregulamentares.Nestecaso,adeterminaodoverdadeiro proprietrio da mercadoria somente poder se dar por sentena judicial. Emcasodeperda,destruio,furtoouroubodeconhecimentodecargano ordem,aentregadarespectivamercadoriasefaraodestinatrioporsegundavia.O conhecimentodecargaextraviadosersubstitudoporCartaDeclaratria,emitidapela Repartio Aduaneira com base em declarao de extravio emitida pelo transportador ou seu representante. ConhecimentoLimpoleanBillo1LadingB/Lemitidosemnenhuma observaoouressalvaquantoaoestadoouquantidadedasmercadoriasporele cobertas.ParaanegociaodacartadecrditoemfavordoExportador,osbancos exigem a apresentao de um B/L limpo.ConhecimentoSujoDir9yBillo1LadingB/L comressalvas quanto aoestado ouquantidadedasmercadorias.Nomomentodenegociarumacartadecrdito,cria embaraos ao Exportador, isentando o Armador de toda responsabilidade por avarias ou extravios antes do embarque.Noraro,sobpressodeEmbarcadores,osArmadoresaceitamumaCartade Garantia,ondeoproprietriodamercadoriaassumetodaaresponsabilidadesobrea integridade da carga consignada. Entretanto, este documento no tem vaIor jurdico ao serconfrontadocomoB/Llimpo.CasooArmadorresolvaaceit-laeoExportadorno honrarocompromisso,oArmadornodispordemeioslegaisparaseressarcirde avariasanterioresaoembarque.Nemmesmojuntoaoseuseguroderesponsabilidade civil (P & I Protectors and Insurance). B/LMartimoConvencionaI!or99o!or9cobreasmercadoriasduranteo transporte martimo entre dois portos, com ou sem transbordo. At o momento a nica modalidade de B/L aceito no Brasil. B/LMuItimodaI:om-inedBillo1Ladingcobretambmospercursos cobertos por outros meios de transporte. Pode ser Door to Door, Pier to Pier, Door to Pier ePiertoDoor.Podecobrirtransportesviamartima,fluvial,lacustre,rodoviria, ferroviria, area, etc. Nos termos da Lei n 9.611/98, o emitente do documento legal e tecnicamenteconsideradocomosendootransportadorecomotal,respondepela integridade da mercadoria durante todo o trajeto. Esse emitente pode ser: OTM (Operador de Transporte Multimodal) ou NVOCC. 8.6.Principais Tipos de Navios NaviosCargueiros:destinadosaotransportedecargaemgeral,sotambm chamadosdenaviosconvencionais.Asmodernastcnicasdeunitizaodecargas,em particularocontiner,tmlevadograndepartedafrotadecargueirosobsolescncia, comasuaconseqentesubstituiopelosporta-contineres,Roll-On/Roll-0ffou multipropsitos.Atualmenteousodosnaviosconvencionaisrestringe-seaosservios regulares apenas de alguns trfegos, por exemplo, Brasil-frica. NaviosPorta-Contineres:naviosespecializadosparaotransportede contineres, cujos pores so dispostos em clulas, com guias verticais para a estivagem de contineres. Possuem alta velocidade de cruzeiro (normalmente de 20' a 25'). Osistemaoperacionalusualmenteempregadooift-On/ift-Off(movimentao vertical), seja por equipamentos de bordo ou por guindastes de prtico de terra altamente especializados,denominados"Portineres,muitosegurosecomexcelentenvelde produtividade.Conseqentemente,atendnciaquenofuturoosporta-contineresde ltimageraoquefreqentamosterminaisbemequipadosnomaisdisponhamde equipamentos prprios a bordo. Outras caractersticas deste sistema: OFluxo regular e rpido de contineres. OTransferncia indireta, realizada dentro do terminal pai-a ferrovia ou rodovia. OTerminais bem aparelhados, com reas afastadas do cais para a consolidao e/ou desconsolidao de contineres. S a partirdo ano 2000algunsterminaisporturiosbrasileirosespecializados em continerescomearamatercondiesderecebereoperarporta-contineresde4 gerao,ouseja,comDWDmximode45.000toneladasecapacidadeparaat4.300 TEU(TwentyEquivalentUnit).Emalgunspasesjsocomunsosnaviosporta-contineresparaat90.000toneladasecapacidadesuperiora10.000 TEU. Navios Rollon/Rollo11 navios direcionados ao transporte de veculos, carretas e trailers. Utilizam o sistema de movimentao horizontal, dispondo de rampas mveis, por ondeacargadesloca-serodandoparaembarqueouparadescarga,comousemfora motrizprpria.nternamente,possuemrampasouelevadoresinterligandoosdiversos nveis de conveses. Este sistema foi planejado para que a transferncia terra-bordo ou vice-versa fosse realizadadeformadireta,permitindograndeflexibilidade,conformedescritonaBblia (Gnesis 6)sobreaArcadeNo(anexo1).Algunsdestes navios dispemde ambos os sistemas ift-on/ift-off e Roll-on/Roll-off. Navios MuItipropsito: navios projetados para oferecer flexibilidade em diversos tiposdeservios,taiscomogranis,neogranise/oucontineres,emfunodas demandas do trfego. Normalmente os seus projetos contemplam tanto o sistemaRo-Ro como o sistema o-o, ou seja, tanto dispem de rampas e elevadores como permitem a movimentao vertical das cargas. NaviosGraneIeiros(graneIseco):naviosdebaixocustooperacionale velocidadereduzida,destinadosapenasaotransportedegranisslidos.Seuspores apresentam formas abauladas e sem divises. Uma vez que os mercados de granis so extremamente volteis, dependendo em grande parte de safras, polticas governamentais e outros fatores, geralmente no possuem linhas regulares, operando na forma de tramp. Podem apresentar as seguintes caractersticas: OGeneral!:rposeGrandeflexibilidadeoperacional,transportandodiversos tiposdecargasagranel.Normalmentesituam-seentre25.000e50.000TPB, com grande variedade de projetos e formas. OHandy Size Mineraleiros extremamente econmicos quanto ao consumo de combustvel. Atendem s restries de navegao dos canais do Panam e de Suez. Esto entre 25.000 e 50.000 TPB. OPanamax So construdos de forma a maximizar a capacidade de transporte, dentrodaslimitaesdebocaecaladoimpostaspeloCanaldoPanam. Possuem entre 50.000 e 75.000 TPB, com boca mxima de 32,5 metros. OapeSizeGraneleirosprojetadosparaamaximizaodoloteaser transportado,nopodendocruzaroscanaisdoPanameSuez,Apresentam deslocamentos superiores a 75.000 TPB. NaviosTanque(graneIIquido):projetadosparatransportargranislquidos, sobretudoderivadosdepetrleo.Possuembombasesistemasdeaquecimentopara carga e descarga. Nadcadade70,ofechamentodocanaldeSuezorientouoaumentodoseu porte, como forma de reduzir o custo operacional decorrente do aumento das distncias. stogerouosVLCC'eryLarger:dearrier,acimade150.000TPBeosULCC &l9ra Large r:de arrier, com mais de 300.000 TPB. Com a reabertura de Suez e as descobertas de petrleo no Golfo do Mxico e no MardoNorte,estesnaviostornaram-seantieconmicos,sendohojeutilizadoscomo tanquesflutuantes,revertendoatendnciaparafrotasmaisgeis,na faixade50.000a 150.000 TPB. Naviosreilnaviodeprojetoespecial,capazdetransportartantominrios comoderivadosdepetrleo.Algunspossuemporesetan