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1 TRATAMENTO COM MICROAGULHAMENTO EM ESTRIAS ATRÓFICAS: GALVANOPUNTURA X DERMAROLER Michele Ribeiro Da Luz 1 , Silvia Patrícia de Oliveira 2. 1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Fisioterapeuta Dermato Funcional. Professor adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: Michele Ribeiro da Luz, [email protected]. RESUMO: As estrias atróficas podem ser definidas como um processo degenerativo cutâneo e benigno sem etiologia definida. As estrias representam um problema muito comum e desagradável na maioria das mulheres. São lesões dérmicas que geralmente sofrem estiramento excessivo e progressivo na pele. A microgalvanopuntura é um método invasivo, porém superficial que causa processo inflamatório agudo de regeneração de tecido colágeno preenchendo a área acometida pela estria, devolvendo a sensibilidade. Microagulhamento tem como finalidade estimular a produção de colágeno por meio de perfurações cutâneas que causa um processo inflamatório. O objetivo deste trabalho foi verificar a ação da microgalvanopuntura e microagulhamento, no tratamento das estrias atróficas. Ao final deste estudo foi possível observar melhora na aparência da pele estriada pós-tratamento, pela diminuição das estrias e de sua coloração. Palavras-chave: Estria atrófica, microgalvanopuntura, microagulhamento.

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TRATAMENTO COM MICROAGULHAMENTO EM ESTRIAS ATRÓFICAS:

GALVANOPUNTURA X DERMAROLER

Michele Ribeiro Da Luz1, Silvia Patrícia de Oliveira

2.

1 Acadêmico do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do

Paraná (Curitiba, PR);

2 Fisioterapeuta Dermato Funcional. Professor adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná.

Endereço para correspondência: Michele Ribeiro da Luz, [email protected].

RESUMO: As estrias atróficas podem ser definidas como um processo degenerativo

cutâneo e benigno sem etiologia definida. As estrias representam um problema muito

comum e desagradável na maioria das mulheres. São lesões dérmicas que geralmente

sofrem estiramento excessivo e progressivo na pele. A microgalvanopuntura é um método

invasivo, porém superficial que causa processo inflamatório agudo de regeneração de tecido

colágeno preenchendo a área acometida pela estria, devolvendo a sensibilidade.

Microagulhamento tem como finalidade estimular a produção de colágeno por meio de

perfurações cutâneas que causa um processo inflamatório. O objetivo deste trabalho foi

verificar a ação da microgalvanopuntura e microagulhamento, no tratamento das estrias

atróficas. Ao final deste estudo foi possível observar melhora na aparência da pele estriada

pós-tratamento, pela diminuição das estrias e de sua coloração.

Palavras-chave: Estria atrófica, microgalvanopuntura, microagulhamento.

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INTRODUÇÃO

Segundo TOSCHI (2004) as estrias atróficas são definidas como um processo

degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por lesões atróficas em trajeto linear.

É considerado um processo de natureza estética, uma vez que não gera

incapacitação física ou alterações da função cutânea. Podendo levar alguns

indivíduos a depressão psíquica e sentimentos de baixa-estima ().

O tratamento mais utilizado para as estrias é a técnica de galvanopuntura. É

uma técnica que utiliza corrente galvânica juntamente com uma agulha no polo

negativo, com objetivo de atenuar a pele com estria. É um método invasivo, porém

superficial em que o processo de regeneração das estrias esta baseada no estímulo

da agulha, associado ao estimulo da corrente que desencadeia como resposta uma

ação inflamatória aguda (GUIRRO E GUIRRO, 2002).

Já o outro tratamento é o dermaroller, de uso estético e dermatológico tem

como ação induzir a produção de colágeno via percutânea, através de microlesões

provocada na pele, gera um processo inflamatório local, aumentando a produção

celular, principalmente de fibroblastos, aumentando o metabolismo celular da derme

e epiderme, aumentando a síntese de colágeno, elastina e outras substâncias

presentes no tecido, restituindo a integridade da pele (KLAYN, 2013).

Essa pesquisa tem como objetivo analisar o efeito da corrente galvânica, e do

microagulhamento e quais os efeitos que ela provoca, e qual é a técnica mais

promissora para o tratamento das estrias atróficas.

Pele

A pele é uma complexa estrutura que tem como função principal o

revestimento do organismo, protegendo assim as estruturas internas do corpo

humano. (COTRAN et al; 1994).

A pele cumpre várias funções como pode ser observada no quadro nº1.

Quadro 1: Funções da pele

FASES FUNÇÃO

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Proteção A queratina e a proteína protege a pele contra o atrito e contra

a perda de água por evaporação. O pigmento melanina protege a pele

contra a ação lesiva dos raios ultravioleta; as células de Langerhans

presentes na epiderme e outras células de defesa presentes na derme

protegem a pele contra a invasão de microorganismos.

Termorregulação A pele apresenta importante função na regulação da

temperatura corpórea através da sua extensa rede vascular, das suas

glândulas sudoríparas e do tecido adiposo presenta nela.

Excreção Além da importante função de termorregulação, as glândulas

sudoríparas eliminam vários produtos tóxicos do metabolismo celular,

como ureia, amônia e acido úrico.

Sensorial Através das células de Merkel e das terminações nervosas

sensitivas presentes na derme, a pele recebe informações do meio

ambiente e as envia para o sistema nervoso central.

Metabólica A vitamina D, é essencial para a fixação do cálcio nos ossos, é

produzida na pele sob ação dos raios solares. O tecido adiposo da

epiderme constituiu uma importante reserva de energia para o corpo

(CEDERJ, 2004: BRAVIM E KIMURA 2007).

Fonte: SODRÉ e AZULAY (2004); (BRAVIM e KIMURA, 2007).

Reparação tecidual.

A regeneração de uma lesão no tecido epitelial acontece logo após a perda

da comunicação entre as células adjacentes, sendo liberadas no local da lesão

substâncias quimiotáticas que irão se direcionar a migração das células originarias

no tecido vascular e conjuntivo (KITCHEN, 2003).

Essa reparação tecidual dependera da idade do paciente, da sua nutrição, da

administração de corticosteroides, diabéticos, ou influência do hormônio de

crescimento (LIMA E PRESSI, 2005).

GUIRRO e GUIRRO, (2004) relata que a fase inflamatória ocorre após uma

lesão, com a finalidade de remover os tecidos desvitalizados, ocorre pela migração

de linfócitos, mediadores químicos, neutrófilos e posteriormente os macrófagos, que

é a célula mais importante nessa fase, que tem função de remover e degradar os

elementos prejudicados. Secretam agentes quimiotáticos que vão atrair para o local

da lesão outras células inflamatórias que vão prejudicar a permeabilidade dos

microvasos e fagocitar as bactérias.

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Na fase proliferativa, é responsável pelo fechamento da lesão e é subdividida

em três subfases: a reepitalização é a primeira fase e nela que os queracinócitos

das beiradas das feridas e dos anexos epiteliais vão se migrar. A segunda fase é a

fibroplasia é aonde vai ocorrer à formação da elastina e colágeno. A terceira fase é a

angiogênese a onde ocorrera à formação de um novo tecido, devido à formação de

novos vasos, pois os mesmo darão suporte necessário (ANDRADE, LIMA,

ALBUQUERQUE, 2010). Em seguida, ocorre uma remodelação das fibras de

colágeno que compõe o tecido cicatricial. Essa fase de remodelação é de longo

prazo, geralmente com três semanas finaliza essa fase apresentando uma cicatriz

firme, resistente e não vascularizada (PRENTICE, 2004).

Estrias.

De acordo com Carneiro e Junqueira (2004); Boneti (2010); Maio (2004), as

estrias são como um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por

lesões atróficas ocorrendo em trajeto linear onde variam de cor, dependendo da sua

fase evolutiva. Na primeira etapa as estrias são denominadas striae rubrae (rubras).

Quando estão instaladas na pele são denominadas de striae albae (Alba) no

momento em que as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas. Estas são

classificadas de acordo com sua coloração, as rosadas apresentam o aspecto

inflamatório, e as atróficas apresentam cicatricial.

Segundo Maia et al (2008), as estrias tem a perda da capacidade da síntese

dos fibroblastos e alteração na estrutura do tecido conjuntivo, do colágeno, da

elastina e das fibras de fibrilas, com redução significativa na estria comparada com a

pele normal.

O autor acima relata que as estrias estão associadas com vários estados da

doença e situações fisiológicas, incluindo a gravidez. Nas gestantes, as estrias

ocorrem em mais de 70% das pacientes e são encontradas nos abdômen, quadril,

glúteos e nos seios.

Para Karime apud Bravim e Kimura (2007), as estrias são classificadas como

lesões, porém histologicamente é diferente das lesões senis ou cicatrizes, pois

nesses os fibroblastos se apresentam de forma estrelada e nas estrias atróficas de

forma que os fibroblastos predominantes são globulares. Então, são alterações

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histológicas totalmente distintas, e não pode ser comparada a nenhuma lesão

dérmica.

Guirro e Guirro, (2002) relata que o surgimento dos sintomas iniciais são

variáveis podendo ser os primeiros sinais clínicos: prurido, dor (em alguns casos),

erupção papilar plana e levemente rosada.

As estrias atróficas geralmente são assintomáticas, mais em alguns sujeitos

podem apresentar leve coceira na região quando esta na fase inflamatória (BONDI,

JEGASOTHY e LAZARUS, 1993). O aspecto da estria atrófica pode variar, sendo

que em muitos casos é uma lesão de depressão, outros se apresentam planas ou

mais elevadas em relação ao nível da pele (HASHIMOTO, 1998).

Teorias correlacionadas à estria.

Teoria Mecânica: acredita-se que a exagerada deposição de gordura no

tecido adiposo, com subsequente dano as fibras elásticas e colágenas da pele

seja o principal mecanismo do aparecimento das estrias. Também são

consideradas como sequelas de períodos de rápido crescimento, onde ocorre a

ruptura ou perda das fibras elásticas dérmicas, como por exemplo, na gestante,

no estirão do crescimento na puberdade causando estrias nos adolescentes,

bem como a deposição de gordura em obesos. (LIMA; PRESSI, 2005).

Teoria endócrina acredita-se que o aparecimento das estrias não esta

relacionada a uma patologia, e sim a algum tipo de medicamento administrado ao

paciente. Os hormônios esteroides estão presentes em todas as formas de

aparecimento das estrias como na obesidade, na adolescência, e na gravidez, onde

o hormônio vai atuar sobre os fibroblastos (GUIRRO e GUIRRO, 2004).

E a teoria infecciosa, processos infecciosos que provocam danos às fibras

elásticas causando as estrias (SILVA, 1999). Notou-se que o surgimento das estrias

em jovens após terem sofrido febre tifoide, reumáticas e outras infecções

hepatopatias crônicas, hepatite crônica, tifo, entre outras doenças (KEDE e

SABATOVICH, 2004).

Corrente galvânica.

O tratamento mais utilizado é a técnica de galvanopuntura. É uma técnica que

se utiliza a corrente galvânica juntamente com uma agulha no polo negativo, com

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objetivo de atenuar o aspecto da pele estriada. Caracteriza-se por um método

invasivo, a agulha atinge apenas a superfície da pele sem aprofundar-se. Com o

eletrodo caneta são realizadas micropunturas subepidérmicas, diagonal à pele, de

forma superficial sobre toda a extensão da estria. Pelo fato do eletrodo possuir

tamanhos diferentes, a corrente se concentra no eletrodo de menor tamanho, que

neste caso é a agulha (GUIRRO E GUIRRO, 2002).

Para White et al (2007) esse processo inflamatório gerado através da

corrente galvânica utilizada nos aparelhos de eletroacupuntura, é ocasionado pelo

estimulo físico da agulha no momento de sua inserção, que é introduzida a nível

subepidérmico. E a partir desse processo inflamatório que ira ocorrer à regeneração

das estrias atróficas obtendo um resultado satisfatório na área afetada.

A aplicação da técnica é feita de forma linear, em que a agulha é inserida na

pele de forma obliqua, com levantamento da pele permanecendo por

aproximadamente 2 segundos, pois aumenta a resposta desejada (BRAVIM, 2007;

VENTURA, 2003; WHITE, 2008).

ARAÚJO; MORENO, 2003; GUIRRO; GUIRRO, 2004 afirma que em poucos

minutos após ocorrer à lesão ocorrera a hiperemia e o edema, que não ocorre

imediatamente após a aplicação, e que são motivadas por substâncias locais

liberadas pela lesão, responsável pela vasodilatação e aumento da permeabilidade

dos vasos. Toda a zona e preenchida por um exsudato inflamatório composto de

leucócitos, proteínas plasmática e fáscias de fibrina. O processo de epitelização

inicia-se simultaneamente, obrigando as células epidérmicas a penetrar pelo interior

das fendas formadas pela agulha, e estimuladas pela formação de fibrina originada

pela hemorragia da microlesão. No inicio, praticamente não sangra, porém com o

passar das sessões, observa-se um sangramento ou rompimento de pequenos

vasos, que são totalmente reabsorvidos.

Os estímulos provocados na derme ocasionam uma elevação na quantidade

de fibroblastos jovens, uma neovascularização e um retorno da sensibilidade

dolorosa, tendo como consequência um processo de reparação tecidual e o

fechamento das estrias, causando uma grande melhora no aspecto da pele, por

meio de um processo de reparação. Este processo inflamatório será absorvido em

um período de tempo variável, ocorrendo na media de 2 a 7 dias, estando a paciente

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apta a realizar uma nova sessão após esse período (KARIME, 2006; BITENCOURT,

2007; WHITE et al, 2008).

Segundo BORGES (2006) deve preconizar a estimulação em uma mesma

estria em um período de sete dias de intervalo entre uma aplicação e outra, e os

resultados com cinco a quinze sessões.

De acordo com Mondo e Rosas (2004) a corrente galvânica causa um

processo inflamatório agudo de regeneração do tecido colágeno preenchendo a área

acometida pela estria, devolvendo a sensibilidade fina. Essa inflamação não

ocasiona nenhum efeito sistêmico e é absorvido pelo organismo no período de uma

semana.

Guirro e Guirro (2004) relata que a intensidade da corrente elétrica e a

capacidade reacional do paciente é quem vão determinar a intensidade e a duração

da reação inflamatória.

A eficácia no tratamento das estrias é grande, desde que controlada as

variáveis, diferindo o número de sessões de acordo com a cor da pele, idade,

tamanho das estrias e entre outros. O resultado pode variar entre indivíduos

diferentes como em qualquer outro tratamento de diversas afecções. Este fato esta

centrado na capacidade reacional de cada individuo, levando-se em conta que deve

ser realizada uma avaliação previa (Guirro e Guirro, 2002).

Contra indicação da galvanopuntura.

Pacientes portadores de diabetes, hemofilia, vitiligo, síndrome de cushing,

tendência a queloides e de algumas medicações como (esteroides e

corticosteroides) (VENTURA 2003).

Lima e Pressi (2005) afirmam que para o uso da corrente elétrica não e

indicado em paciente que apresentam problemas cardíacos, portadores de marca-

passo, neoplasias, gestantes, epiléticos e demais patologias que não seja indicado o

uso da corrente elétrica. E ainda temos que ter como precaução e evitar realizar

tratamento durante a puberdade, por se tratar de um período de grandes alterações

hormonais, que acreditam alguns autores a causa do aparecimento das estrias

(WHITE et al, 2008).

Microagulhamento.

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A técnica foi relatada pela primeira vez por Orentreich e Orentreich (1995),

difundida com o nome de “subcisão" ou agulhamento dérmico, que consiste na

utilização de agulhas com o objetivo de estimular a produção de colágeno no

tratamento de cicatrizes e rugas. Estes estudos foram confirmados por outros

autores, baseando-se no preceito de ruptura e remoção do colágeno subdérmico

danificado seguidas da substituição por novas fibras de colágeno e elastina (LIMA,

et al, 2013).

O aparelho para microagulhamento foi desenvolvido por Desmond Fernandes

(2006), o qual foi registrado com o nome de “Dermaroller" (ALETHEA, 2013).

As microlesões promovidas pelo microagulhamento, além de estimular a

produção de colágeno e elastina, abrem canais aumentando de forma significativa à

permeabilidade dos cosméticos (KONSTANTINOS, 2005).

O procedimento de microagulhamento possui vantagens, tais como a

estimulação de colágeno sem promover um efeito ablativo na pele. A cicatrização

acontece em pouco tempo e a chance de efeitos colaterais é mínima se comparada

a outras técnicas, uma vez que deixa a pele mais densa e resistente (LIMA; LIMA;

TAKANO, 2003).

Pode se dizer que a técnica leva a resultados satisfatórios nas disfunções

estéticas, melhorando a circulação da área tratada, bem como o aspecto geral do

tecido. O numero de sessões varia de acordo com a disfunção e o caso clinico de

cada paciente (PIATTI, 2003).

O tratamento é realizado a partir da perfuração do extrato córneo, sem que

haja danos á epiderme. Esse processo permite a liberação de fatores de

crescimento que irão incentivar a produção de colágeno e elastina na derme papilar

(DODDABALLAPUR, 2009).

Ainda segundo Klayn (2013) este aparelho tem como finalidade induzir a

produção de colágeno via percutânea, ou seja, por meio de microlesões provocadas

na pele, gera-se um processo inflamatório local, aumentando a proliferação celular

(principalmente dos fibroblastos), fazendo com que aumente o metabolismo celular

deste tecido (derme e epiderme), contribuindo para o aumento do colágeno, elastina

e outras substâncias presentes no tecido, restituindo a integridade da pele.

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Ao rolar o equipamento sobre a pele, microcanais são criados e dessa forma

as formulações aplicadas permeiam de forma muito eficaz e rápida (NEGRÃO,

2005).

O trauma provocado pela agulha deve atingir a profundidade na pele de 11 a

3 mm, preservando a epiderme, acompanhadas de edema da área tratada e

hemostasia praticamente imediata. O comprimento da agulha utilizada no

procedimento é proporcional à intensidade das reações do processo de cicatrização.

Uma agulha de 3 mm de comprimento penetra apenas 1,5 a 2 mm,

aproximadamente 50 a 70% de sua extensão. Com uma agulha de 1 mm de

comprimento o dano ficaria limitado a derme superficial, consequentemente a

resposta inflamatória seria bem mais limitada. É um procedimento técnico

dependente, o domínio da técnica bem como a familiarização com o aparelho de

microagulhamento são fatores que influenciam no resultado final (LIMA, et al, 2013).

Podemos perceber os resultados após dois a três meses, uma vez que o

amadurecimento do novo colágeno é um processo lento, observamos uma melhora

de 70% a 80% após duas a quatro sessões. Recomenda-se um intervalo de seis a

oito semanas entre elas. (Marina Negrão, 2013).

Segundo Lima, et al. (2013) as vantagens do microagulhamento são a

produção de colágeno sem remover a camada da epiderme; o tempo de

cicatrização é reduzido, e o risco de efeitos colaterais é pequeno em comparação ao

de outras técnicas; a pele se torna mais resistente e espessa, diferenciando de

técnicas ablativas, em que o tecido cicatricial resultante está mais sujeito ao

fotodano. Apresenta baixo custo comparado ao de procedimentos estéticos que

exigem tecnologias com alto investimento financeiro.

Técnicas de aplicação

A técnica de microagulhamento deve ser aplicada, após a higienização do

local com álcool 70%, de forma lenta ou moderada conforme a sensibilidade do

paciente, utilizando uma força de aplicação suficiente para absorver a total

penetração da agulha na pele (direções: transversal, longitudinal e nas diagonais/ 5x

em cada local) até ser notada uma forte hiperemia da região tratada (KLAYN, 2013).

O aparelho deve ser posicionado entre os dedos indicador e polegar e

controlar a força exercida com o polegar, com pressão moderada, exercendo muita

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força poderão levar a danos em estruturas anatômicas mais profundas e causando

mais dor que o esperado (LIMA, et al, 2013).

A pele deve ser estendida suavemente com a mão livre, o aparelho deve ser

rolado nas direções horizontais, verticais e oblíquas, sempre levantando o aparelho

para mudar o angulo das agulhas, isso impedirá que se criem furos idênticos na

mesma área. O número de movimento depende do tipo de tratamento e da

sensibilidade do paciente (TORQUATO, 2014).

Contra indicação.

Negrão, (2005) salienta a importância de se saber quando a técnica não pode

ser utilizada: presença de câncer de pele; ceratose solar; verrugas; infecção de pele;

pacientes em uso de anticoagulante, pacientes em uso de quimioterapia,

radioterapia ou corticoterapia, o diabetes mellitus não controlada, rosácea na fase

ativa, acne na fase ativa, uso de Isotretinoina oral com pausa menor de seis meses

e pele queimada do sol, é necessário cuidado redobrado com pessoas que

apresentam peles sensíveis, gestantes, o diabetes mellitus controlado,

telangiectasias; herpes simples, rosácea fase crônica e peles muito finas.

MATERIAS E MÉTODOS

Para esse artigo foi realizado uma pesquisa bibliográficas sobre a

microgalvanopuntura e o microagulhamento no tratamento das estrias atróficas

tendo como busca de dados sites bireme, lilacs, além de bibliografias na área de

estética, saúde e medicina estética.

A pesquisa é qualitativa, com quatro voluntários do gênero feminino da faixa

etária de 18 a 23 anos. Foi aplicada uma ficha de avaliação para cada paciente no

qual constou dados como: hábitos de vida usam de medicamentos, protetor solar,

cor da pele, fototipo e suas características se são atróficas (brancas), ou albas

(vermelhas). O Tratamento realizado constituiu em dez sessões com frequência de

uma vez por semana, utilizando protocolo de tratamento de microgalvanopuntura

nas pacientes intituladas 01 e 02, onde inicialmente foi aplicado microdermoabrasão

(peeling de diamante) que realiza uma ação queratolítica, fazendo uma esfoliação na

pele para facilitar a punturação, é a técnica de eletrolifting que se usa agulha de 0,5

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mm, descartadas após o uso em material perfuro cortante, utilizando aparelho

stimuluss face da HTM com garantia de revisão técnica.

E as pacientes 03 e 04 foram utilizadas o protocolo de microagulhamento.

Primeiramente higienizada a pele com emulsão de limpeza, e aplicado o

microagulhamento com o aparelho roller marca Derma Roller System, com registro

da ANVISA, contendo 540 agulhas de 1.0mm. Aplicado na região de glúteo

utilizando a técnica em cruz, após utilizado o filtro solar marca Valmari fator 30.

Foram dez aplicações, sendo a 1° realizada assepsia da pele com álcool 70°,

após utilizado o peeling de diamante em seguida a galvanopuntura com eletrodo

caneta em ângulo de 45° utilizando técnica de punturação mantendo a pele elevada

por 3 segundo na região de glúteo, e as demais sessões somente a higienização da

pele com emulsão de limpeza da marca Valmari, e após realizado a galvanopuntura.

Foi orientado a cada paciente a usar filtro solar, utilizar sabonete neutro na região do

glúteo, e evitar a exposição ao sol.

As voluntárias foram fotografadas inicialmente e posteriormente aos

procedimentos com a câmera digital Kodak, pixpro AZ50, 16MP.

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6 RESULTADO E DISCUSSÃO

Paciente 01

Paciente com fototipo II apresenta estrias atróficas por toda a extensão do

glúteo, sendo elas finas e paralelas umas as outras. Durante o tratamento o paciente

não apresentou complicações adversas como, hiperpigmentação e infecção. Após

as dez sessões, houve melhora na aparência da pele e notável uma melhora nas

estrias atróficas, conforme pode ser observado nas figuras 01.

Figura 01: Aparência do glúteo esquerdo e direito da paciente 01 antes e após

o tratamento.

Após a 1° sessão

Após a 10° sessão

Após a 1° sessão

Após a 10° sessão

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Paciente 02

Paciente com fototipo II apresenta estrias atróficas por toda a extensão do

glúteo, sendo elas finas e paralelas umas as outras. Durante o tratamento o paciente

não apresentou complicações adversas como, hiperpigmentação e infecção. Foram

realizadas cinco sessões, pois a paciente interrompeu o tratamento, houve uma

pequena melhora, mais não significativa na aparência e na espessura das estrias

atróficas, conforme pode ser observado nas figuras 02.

Figura 02: Aparência do glúteo esquerdo da paciente 02 antes e após o

tratamento.

Após a 1° sessão

Após a 5° sessão

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Paciente 03

Paciente com fototipo III apresenta estrias atróficas por toda a extensão do

glúteo, sendo elas grossas e paralelas. Durante o tratamento o paciente não

apresentou complicações adversas como, hiperpigmentação e infecção. Após as

dez sessões, houve melhora na aparência da pele e notável uma melhora nas

estrias atróficas, porém necessita de mais sessões para obter um resultado

satisfatório, conforme pode ser observado nas figuras 03.

Figura 03: Aparência do glúteo esquerdo e direito da paciente 03 antes e após

o tratamento.

Após a 1° sessão

Após 10° sessão

Após a 1° sessão

Após a 10° sessão

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Paciente 04

Paciente com fototipo II apresenta estrias atróficas por toda a extensão do

glúteo, sendo elas finas e paralelas umas as outras. Durante o tratamento o paciente

não apresentou complicações adversas como, hiperpigmentação e infecção. Após

as dez sessões, houve melhora na aparência da pele e notável melhora nas estrias

atróficas, conforme pode ser observado nas figuras 04.

Figura 04: Aparência do glúteo esquerdo e direito da paciente 04 antes e após

o tratamento.

Após a 1° sessão

Após a 10° sessão

Após a 1° sessão

Após a 10° sessão

Através do estudo de caso, foi observado e documentado o aspecto dos glúteos

ocasionado pelas estrias que foram tratadas por dez semanas com o tratamento

microagulhamento e microgalvanopuntura.

É de comum concordância entre os autores que a microcorrente

galvânica é um método efetivo e que possui aplicabilidade clínica, ocasionando

a regeneração da pele através dos efeitos intrínsecos da corrente contínua e

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dos processos envolvidos na inflamação aguda, causados pelo estímulo físico

da agulha (WHITE et al., 2008).

Ao analisar a frequência das sessões Araújo e Moreno, (2003), sugere

que não se deve realizar uma nova sessão até que o quadro inflamatório tenha

terminado por completo, impedindo assim que o processo inflamatório gerado

venha a se tornar crônico, atrapalhando o resultado esperado.

Segundo Lima (2013) a técnica promove vantagens e desvantagens, pois

afirma que os principais pontos positivos são: estímulo na produção de colágeno

sem remover a epiderme; tempo de cicatrização é mais curto, com menos riscos de

efeitos colaterais às técnicas ablativas; baixo custo quando comparado ao de

procedimentos que exigem tecnologias com alto investimento. E os pontos por ele

considerados negativos são: procedimento técnico que exige treinamento; tempo de

recuperação caso seja indicada injúria moderada a profunda.

Este estudo de caso foi realizado para avaliar os efeitos do tratamento com

microagulhamento, e a microgalvanopuntura no tratamento de estrias atróficas.

Conforme pode ser observado nas figuras acima, o caso que apresentavam

estrias mais grossas, paciente 03 no qual foi utilizado o microagulhamento foram

capazes de reduzir o tamanho delas, mais não foi possível fazer com que

desaparecesse por completo, na paciente que apresentava estrias mais finas como

pode ser observado na figura 04 obteve um resultado satisfatório, com redução

significativa da estria e também uma melhora na aparência da pele. No tratamento

com microgalvanopuntura pode ser observada na figura 01 uma redução significativa

da estria, melhorando a aparência da pele estriada, na paciente 02 não pode ser

observado um resultado significativo da estria, pois interrompeu o tratamento.

Ao longo das semanas notou-se melhora na autoestima dos pacientes.

Durante a aplicação do microagulhamento os pacientes relatavam irritação e

ardência na região dos glúteos. No tratamento com microgalvanopuntura as paciente

relataram dor moderada, desconfortável e uma leve ardência na região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A microgalvanopuntura é uma técnica eficaz no tratamento das estrias

atróficas, ela associa a estimulação da corrente elétrica com o estimulo mecânico de

uma agulha gerando um processo inflamatório agudo no decorrer da estria,

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acelerando a produção de fibroblastos, colágeno e elastina, causando uma

regeneração e uma melhora na textura da pele, chegando até a elimina-las por

completo em alguns casos. Entretanto é necessária uma boa avaliação para que se

tenha uma reestruturação desse tecido estriado, levando-se em conta que a

resposta no tratamento esta diretamente relacionada com as características da pele

estriada e as características do paciente.

O microagulhamento demonstrou-se um tratamento inovador e passível de

ser utilizado para um amplo aspecto de indicações quando o objetivo é o estímulo da

produção de colágeno. Independente do tamanho da agulha, o efeito do

microagulhamento implica no rompimento das fibras de colágeno e induz a

renovação e crescimento de novas fibras abaixo da epiderme.

Com este estudo de caso pode-se evidenciar que o uso da

microgalvanopuntura no tratamento de estrias atróficas possui uma importante

atuação na recuperação do tecido estriado. E o microagulhamento é um método

novo e promissor na área da estética, que também obteve um grande resultado

sobre a pele estriada, sendo assim ambas as técnicas são promissoras na atuação

sobre as estrias atróficas, sendo necessárias que mais estudos sejam realizados

com um maior n° de pacientes para uma resposta mais conclusiva de resultados.

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REFERÊNCIAS.

ANDRADE, AG; LIMA, C.F ALBUQUERQUE, A.K.B. Efeitos do laser terapêutico no

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