33
Tratamento combinado na DPOC estável: Quando e por quê? Dr. Carlos Cezar Fritscher Prof. Titular de Medicina Interna Faculdade de Medicina da PUCRS São Paulo, abril de 2013.

Tratamento combinado na DPOC estável: Quando e por quê?

  • Upload
    minya

  • View
    30

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

São Paulo, abril de 2013. Tratamento combinado na DPOC estável: Quando e por quê?. Dr. Carlos Cezar Fritscher Prof. Titular de Medicina Interna Faculdade de Medicina da PUCRS. O tratamento atual da DPOC objetiva:. Aliviar sintomas Prevenir a progressão da doença - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tratamento combinado na DPOC estável:

Quando e por quê?

Tratamento combinado na DPOC estável:

Quando e por quê?

Dr. Carlos Cezar Fritscher

Prof. Titular de Medicina Interna

Faculdade de Medicina da PUCRS

Dr. Carlos Cezar Fritscher

Prof. Titular de Medicina Interna

Faculdade de Medicina da PUCRS

São Paulo, abril de 2013.

Page 2: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

O tratamento atual da DPOC objetiva:

• Aliviar sintomas

• Prevenir a progressão da doença

• Melhorar a tolerância aos exercícios

• Melhorar qualidade de vida

• Prevenir exacerbações

• Reduzir mortalidade

www.goldcopd.org

Page 3: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

É possível alcançar todos estes objetivos com uma só droga?

Page 4: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

É possível alcançar todos estes objetivos com uma só droga?

Certamente não !!!

Page 5: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

O tratamento da DPOC combina uma série de procedimentos, principalmente:

• Educação: cessação do tabagismo adesão ao tratamento

• Reabilitação pulmonar (atividade física)

• Oxigênio (casos muito graves)

• Fármacos (principalmente inaláveis)

Page 6: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Controle de tabagismo deve sempre fazer parte do manejo da DPOC

Page 7: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tratamento combinado com drogas

Page 8: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tratamento combinado com drogas

A limitação ao fluxo aéreo depende fundamentalmente da contratilidade de vias aéreas e está associada ao sistema nervoso simpático e parassimpático

Drogas broncodilatadoras existem para atingir os 2 sistemas e são respectivamente:

Beta2-agonistas

Anticolinérgicos

Page 9: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tratamento combinado com drogas

Alem da contratilidade das vias aéreas, a inflamação tem papel importante na patogenia da DPOC, conseqüentemente os antiinflamatórios devem ser fortemente considerados, especialmente:

Corticóide inalatório

Inibidores da fosfodiesterase

Page 10: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Salvador Dali

Page 11: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Combinação CI e LABA

Estudo TORCH consolidou a vantagem desta combinação para diferentes desfechos (VEF1, exacerbações e qualidade de vida) quando comparada aos produtos isolados, mas não conseguiu demonstrar redução de mortalidade com 3 anos de acompanhamento.

Por outro lado, ocorreu um aumento no número de pneumonias nos grupos que usaram fluticasona.

Calverley P et al. New Engl J Med 2007;356:775-789.

Page 12: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Combinação CI e LABA

Mais recentemente uma metanálise de vários estudos publicados, envolveu 11.794 pacientes com DPOC. Pacientes que receberam a combinação LABA/CI tiveram uma redução de 24% no número de exacerbações, um pequeno aumento na qualidade de vida e um aumento de 50% no risco de pneumonias comparado com uso de LABA isoladamente. O risco de mortalidade foi semelhante nos 2 grupos.

Nannini LJ, Lasserson TJ, Poole P. Combined corticosteroid and long-acting beta(2)-agonist in one inhaler versus long-acting beta(2) agonists for COPD. Cochrane Database Syst Rev. 2012;9:CD006829.

Page 13: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Combinação CI e LAMA

Poucos estudos foram realizados com objetivo específico de avaliar esta combinação em relação aos seus componentes isoladamente.

Identificamos dois estudos na Korea, onde adicionar CI ao tiotrópio mostrou-se superior ao tiotrópio isoladamente.

1.Um SW et al. J Korean Med Sci 2007; 22:839-45.

2.Choi J et al. Am J Respir Crit Care Med 2007; 175:A130.

Page 14: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Combinação LABA e LAMA

Diferentes estudos tem mostrado vantagens desta combinação quando comparada aos produtos isoladamente

1.Cazzola M et al. The functional impact of adding salmeterol and tiotropium in patients with stable COPD. Respir Med 2004.

2.van Noord JA et al. Effects of tiotropium with and without formoterol on airflow obstruction and resting hyperinflation in patients with COPD. Chest 2006.

3.van Noord JA et al. Comparsion of tiotropium once daily, formoterol twice daily and both combined once daily in patients with COPD. Eur Respir J 2005.

4.Van de Maele B. et al. Cardiovascular Safety of QVA149, a Combination of Indacaterol and NVA237, in COPD Patients. J Chronic Obstr Pulm Disease 2010.

5.Mahler DA et al. Concurrent use of indacaterol plus tiotropium in patients with COPD provides superior bronchodilation compared with tiotropium alone: a randomised double-blind comparison. Thorax 2012

Page 15: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Combinação CI, LABA e LAMA

Page 16: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Thorax 2008; 63: 592–598

Page 17: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

(B) Forced expiratory volume in 1 s (FEV1)

***p,0.001 SFC+TIO vs TIO; {p=0.023 SFC+TIO vs SFC;

{p=0.017 SFC+TIO vs SFC.

Tríplice combinação foi superior quanto a melhora do VEF1

Thorax 2008; 63: 592–598

Page 18: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

(C) inspiratory capacity (IC) on day 1 and day 14 of treatment. SFC, salmeterol/fluticasone propionate combination; TIO, tiotropium bromide.

***p,0.001 SFC+TIO vs TIO and vs SFC; {{p=0.004 SFC+TIO vs TIO and vs SFC.

Triplice combinação foi superior quanto a melhora da capacidade inspiratória

Thorax 2008; 63: 592–598

Page 19: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

(A) Specific airways conductance (sGaw)

***p,0.001 SFC+TIO vs TIO and vs SFC;

{{p=0.002 SFC+TIO vs TIO and vs SFC.

Tríplice combinação foi superior quanto a melhora da condutância específica das vias aéreas

Thorax 2008; 63: 592–598

Page 20: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?
Page 21: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Kaplan–Meier estimou a probabilidade de permanecer livre de exacerbações.

Tríplice combinação foi superior, mas sem significância estatística

The unadjusted hazard ratio was 0.80 (CI, 0.60 to 1.08) for tiotropium plus placebo versus tiotropium plus fluticasone–salmeterol (P 0.15)

Aaron S. Ann of Int Med 2007;146:245-55

Page 22: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tríplice combinação foi superior quanto a melhora da qualidade de vida

Scores on the St. George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ). P 0.01 for tiotropium plus placebo versus tiotropium plus fluticasone–salmeterol at 52 weeks.

Aaron S. Ann of Int Med 2007;146:245-55

Page 23: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tríplice combinação foi superior quanto a melhora no VEF1

P 0.049 for tiotropium plus placebo versus tiotropium plus fluticasone–salmeterol at 52 weeks.

Aaron S. Ann of Int Med 2007;146:245-55

Page 24: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?
Page 25: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

660 pacientes com DPOC grave (VEF1 ↓ 50% e exacerbações frequentes)

3 meses de acompanhamento

Welte T, Am J Respir and Crit Care Med 2009;180:741-750.

Page 26: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tríplice combinação foi superior quanto ao VEF1

Welte T, Am J Respir and Crit Care Med 2009;180:741-750.

Page 27: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Tríplice combinação foi superior quanto às Exacerbações

Terapia tríplice reduziu exacerbações graves em 62%

Obs: tempo de acompanhamento muito curto (3 meses) para conclusões em relação a exacerbações.

Welte T, Am J Respir and Crit Care Med 2009;180:741-750.

Page 28: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Novas Combinações CI e LABA

Novas combinações CI/LABA estão sendo estudadas como por exemplo furoato de fluticasona/vilanterol para utilização 1 vez ao dia, mas serão lançadas inicialmente para tratamento de asma.

Page 29: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Novas combinações LABA/LAMA

GSK573719 or umeclidinium and vilanterol

Page 30: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

QVA149 (indacaterol maleate / glycopyrronium bromide)

Novas combinações LABA/LAMA

Page 31: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Novas combinações LABA/LAMA

Tiotropium and olodaterol

Page 32: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?

Considerações finais

• Combinações LABA e LAMA serão no futuro usadas em combinação num dispositivo único para maioria dos pacientes que tiverem indicação de terapia broncodilatadora de manutenção.

• Combinações de CI com LABA e/ou LAMA estão indicadas para pacientes com exacerbações freqüentes e/ou VEF1 abaixo de 50%.

• A individualização do tratamento é mandatória.

Page 33: Tratamento combinado na DPOC estável:  Quando e por quê?