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Tratamento e Reúso de Efluentes Industriais
Ann H. MounteerDepartamento de Engenharia CivilUniversidade Federal de Viçosa
1
Retirada de água pela indústria
Fonte: ANA, 20172
Consumo de água na indústria (m3/s)
1,49
28,58
49,65
12,05
13,14Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
3Fonte: ANA, 2017
• Consumo industrial 15% da água captada no Brasil
Consumo por tipologia industrial
4Fonte: ANA, 2017
55,9
33,8
25,5
2 2,47,4
Q consumida, %
Alimentos Bebidas
Celulose e papel Petróleo e biocombustíveis
Produtos químicos Metalurgia
Outros
Vazões (Q) industrias
40,5
5,413,4
16,1
2,9
5,4
16,3
Q retirada, %
5
Vazões de retirada x consumo
Tipologia Q retirada, m3/s Q consumo, m3/s
Açucar 54,55 54,55
Biocombustíveis 25,71 25,71
Celulose e papel 19,81 2,51
Abate e produtos de carne 13,48 1,68
Siderurgia 7,73 2,00
6Fonte: ANA, 2017
Água industrial
Principais Usos Requisitos Exemplos
Uso geral Água potávelRefeitórioBanheiros
Incorporada ao produto
Isenta de organismos e substâncias prejudiciais à saúde;Esteticamente agradável
BebidasFarmacêutica
Entra em contato com o produto (reações de transformação, lavagem, transporte)
Variável com o produtoTêxtilCeluloseMetalurgia
Não entra em contato com o produto
Baixa dureza; Baixa agressividade
Resfriamento Alimentação de caldeiras 7
• Requisitos de qualidade dependem do uso previsto e determinam possibilidades de reúso
Controle preventivo da poluição (P + L)
• Rever condições operacionais - housekeeping
• Alterar tecnologias de processo
• Reciclar/Recuperar/Reutilizar – “efluente zero”
• Substituir matérias primas e insumos
• Reformular produtos
• Pré-tratamento
8
consumo água, vazão efluentes
cargas poluidoras
Qualidade de efluentes industriais
Tipologia Poluentes
Açúcar pH, temperatura, DBO, SST,
Celulose e papel pH, DBO, DQO, cor, AOX, dioxinas, SST
Processamento de frutas, vegetais, grãos
pH, DBO, O&G, SST
Processamento de carne DBO, O&G, SST, patógenos, Ntotal
Refino de petróleopH, DBO, DQO, O&G, fenóis, SST, Cr, NH3, sulfetos
Siderurgia pH, O&G, fenóis, TCE, TCDF, CN-, metais, SST
TêxtilpH, DBO, DQO, O&G, fenóis, cor, metais, sulfeto, SST 9
Tratamento e reúso de efluentes
10
Fonte geradora
Tratamento visando atendimento aos padrões legais
Tratamento visando reúso
Atendimento aos diversos padrões
de reúso
Processo produtivo ou utilidades específicas
onsite ou offsite
Tratamento completo
Corpo receptor
Pré-tratamento
Rede pública(NBR 9800)
ETE municipal
Padrões de lançamento efluentes industriaisDN Copam/CERH 01/2008
Parâmetro Valor
pH 6-9
Temperatura 40C; 3C
DBO5,20 60 mg/L ou 85% remoção
DQO 180 mg/L ou 75% remoção
O & G 20 mg/L (mineral); 50 mg/L (animal/vegetal)
Surfactantes 2mg/L LAS
SST 100 mg/L
Toxicidadesem efeito agudo (classe 3)
sem efeito crônico (classes 1 e 2)
11
Níveis de tratamento
12
Trat. Preliminar
Trat. Primário
Trat. Secundário
Trat. Terciário
ReúsoDescarte
Efluente
NeutralizaçãoResfriamentoEqualização
SSTO&G
CorDQOMetaisNutrientesPatógenosSDTSST
DBO(Nutrientes)
13
Processos físico-químicos
Processo Co
r
DQ
O
Met
ais
Nu
trie
nte
s
Pat
óge
no
s
O&
G
SDT
SST
Coagulação/Floculação/Filtração ou Flotação
✓ ✓ ✓
Precipitação ✓ ✓ ✓ ✓
Membranas ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Troca iônica ✓ ✓ ✓ ✓
Adsorção ✓ (✓) (✓)
Oxidação avançada ✓ ✓ ✓
Processos biológicos
• Lodos ativados
• Lagoas de estabilização
• Reatores UASB
• Digestores anaeróbios
• Desafios• DBO/DQO desfavorável
• DQO “dura” (recalcitrante)
• Relação DBO/N/P desfavorável
• Condutividade elétrica elevada
• Substâncias inibidoras, tóxicas
14
Remoção de DBO, DQO, (nutrientes)
Estudos piloto/ensaios de tratabilidade
• Efluentes de mesma tipologia industrial têm características distintas
• Ensaios prévios são necessários para dimensionamento de unidades de ETEs industriais• Coagulação / Floculação
• Flotação a ar dissolvido
• Tratabilidade com O3
• Tratabilidade por POAs
• Sedimentação
• Desidratação de lodo
• Silt density index (potencial de incrustação de membranas)
• Taxa de consumo de O2 (SOUR)
• Atividade metanogênica específica (AME)
• Tratabilidade pelo processo de lodo ativado
• Testes de toxicidade
15
Estudo da viabilidade do reúso de água em uma indústria automobilística
efluentes setor de pintura, 930 m3/mês
Neutralização Floc.
Decantadores
Filtro prensa
ETEmunicipal
Pós-tratamento por troca iônica p/ reúso
na fábrica
X
Aterro industrial
Estudo da viabilidade do reúso de água em uma indústria automobilística – troca iônica
Parâmetro Unidade Entrada Saída Remoção, %
Condutividade μS/cm 14900 100,7 99,4
Dureza mg CaCO3/l 128 ND 100
Alcalinidade mg CaCO3/l 50,0 30,0 40,0
Cloretos mg/l 2.768 3,5 99,8
Turbidez UNT 2,0 ND 100
DQO mg O2/l 238 42 90,1
Níquel mg/l 0,23 0,03 87,0
Zinco mg/l 0,01 0,02 -
Manganês mg/l 0,19 0,05 79,0
Osmose inversa Reúso
Santos, 2007
Remoção de toxicidade de efluente de fábrica de celulose kraft branqueada – O3
Parâmetro Primário SecundárioRemoção,
%
DQO, mg/L 960 265 72
DBO, mg/L 480 45 91
Dafnídeo, UTc na 2,3 -
Alga, UTc na 3,4 -
Eq. E2, µg/L na 7,6 -
18
na = não analisadoND = não detectado
Pós-O3
Remoção, %
180 81
47 90
1,1 52
ND 100
ND 100
X
X
X
X ✓
✓
✓
Lopes et al., 2013
Remoção de cor de efluente têxtil – oxidação avançada com UV/TiO2 modificado
19Arcanjo et al., 2018
Remoção de toxicidade efluente de fábricas de produtos capilares – separação por membranas
20
0
5000
10000
15000
20000
25000
A B
CO
D, m
g/L
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
A B
UTa
A B A B A B
UF hollow fiber UF tubular NF
Total Soluble
05
101520
A B A B A B
UF hollow fiber UF tubular NFMelo et al., 2018