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Trecho do livro "Conversas com animais"

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PreFácio

Num dos últimos dias de janeiro de 2012, quando, a pro‑pósito de um outro trabalho que estava fazendo, liguei para Marta Sofia Guerreiro, percebi imediatamente que não es‑tava falando com uma pessoa “comum”.

Inicialmente, ligar para uma médium que também se comunica com os animais (como a descreveram) já não é, por si só, uma experiência comum, mas encontrar do outro lado alguém que parece reconhecer ‑me e que, de certa for‑ma, me dá a entender que aguardava o meu telefonema, é arrasador de qualquer ceticismo, por mais convicto que ele queira se mostrar.

Percebi a razão de ela esperar o meu contato no tele‑fonema seguinte, quando Marta me contou que, três dias antes de eu lhe ligar pela primeira vez, se sentara na cama e pedira que lhe enviassem alguém que a pudesse ajudar a levar a cabo uma das tarefas que a vida lhe confiara: di‑vulgar a importante mensagem da missão dos animais por meio de um livro que chegasse a um leque maior de pes‑soas, a quem essa mensagem pudesse tocar e, se possível, transformar a visão.

Perguntei ‑me se seria mesmo eu, de fato, a pessoa de que ela precisava para tornar real tudo aquilo que ela já ha‑via escrito, encaminhando ‑a na direção certa e tornando a sua missão possível. Mas quem era eu para duvidar, se tudo

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se tornou também, rápida e inexplicavelmente, uma certe‑za para mim? E não são essas certezas que o nosso coração nos impõe mais poderosas do que todas as outras que ava‑liamos racionalmente? Por que questionar se, de repente, sentia uma alegria imensa por fazer parte de algo maior do que a minha compreensão?

Pedi à racionalidade que me deixasse viver esta oportu‑nidade sem me encher a cabeça de questões e embarquei na profunda experiência de conhecer Marta e os seus pro‑jetos AMA.

Comecei por conhecer a sua história, que me deixou sem palavras (poderão lê ‑la mais à frente), depois fui perce‑ber quais eram os seus dons e de que forma ela os usava em benefício das pessoas e dos animais e, quando dei por mim, concluía que este “mundo novo” não estava num campo oposto do mundo que eu conhecia. O fato de não conse‑guirmos explicar certos fenômenos não significa necessa‑riamente que eles não tenham explicação. Quanto daquilo que era negado pelos nossos antepassados não se tornou já uma corriqueira realidade no nosso mundo? Acredito que no dia em que atingirmos um outro patamar de evolução que nos permita entender outro tipo de fenômenos, os dons de Marta serão aproveitados sem reservas, mas por en‑quanto ainda percorrem um caminho com algumas críti‑cas e rejeições dos que em nada acreditam. Felizmente, ela também tem o carinho de todos aqueles que entenderam a diferença que a sua mensagem pode trazer para a vida de cada um deles.

Depois de ler o seu livro e ficar ainda com mais certe‑za de que a sua mensagem teria de ser divulgada, Marta me convidou para escrever este prefácio, o que me encheu de uma redobrada responsabilidade. Mas como explicar

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PREFÁCIO

num prefácio que Marta tem, efetivamente, acesso a um outro tipo de comunicação que é vedada à maioria de nós? Como explicar racionalmente que aquilo que Marta diz às pessoas com quem se cruza e consulta é verdadeiramente importante para as suas vidas e faz toda a diferença nos desafios por que todos passamos? Como provar às pessoas que Marta é uma pessoa “especial”, se essa não é uma ex‑periência só comprovável em palavras? Tal experiência será apenas provada quando vivida por cada um daqueles que a tomarem para si. Não cabe, portanto, a mim, comprová‑‑lo. Apenas dizer a vocês, com um sorriso, que em mim fez toda a diferença.

Talvez a abertura do leitor a estes temas até já seja uma certeza, e a mensagem deste livro seja para ele, de imediato, irrefutável. Mas também é possível que a encare com des‑confiança, entendendo, inicialmente, que este livro nada lhe dirá. Naquele que idealizo como mundo perfeito, todos teremos liberdade para viver a fé naquilo em que acredita‑mos, seja isso o que for, sem julgamentos. Teremos liber‑dade para ser como somos e em aceitar o que sentimos. E, nesse mundo, pessoas como Marta serão sempre luzes no nosso caminho. Em momentos de escuridão, se quisermos descobrir a luz, dentro e fora de nós, haverá sempre quem se disponibilize a nos guiar e ajudar neste caminho que é a vida. E esses seres só podem ser merecedores da nossa gratidão.

Por último, falo dos animais. Deveria começar por eles, porque eles estão no centro deste livro, mas acredito que não será difícil, para a maior parte das pessoas que lerem este livro, aceitar que os animais são especiais e fazem tudo por nós. Tendemos até a desconfiar mais das pessoas do que dos animais. Quem tem possibilidade de os ter – sobre‑

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tudo gatos e cães – sabe do que falo. Conhece o seu olhar penetrante. A sua afeição incondicional por nós. A forma como nos defendem, mesmo colocando em risco sua vida. Conhece o companheirismo. A obediência. A ternura. Quantos de nós, que gostamos de animais, não pensamos já como o mundo seria melhor, se fôssemos mais seme‑lhantes aos animais, em tantos aspectos...

Quando criança, tinha por hábito deixar escrita em pa‑pel a história de cada animal que passava pela minha casa. Alguns, apanhava ‑os na rua; outros me eram oferecidos; outros apareciam por acaso. Naquela época, escrevia por curiosidade, para que a memória não me traísse. Mas hoje, à distância, essas folhas de histórias permitem ‑me entender o que aprendi com cada um desses animais. Até, indo um pouco mais longe, olhando o destino de forma mais arroja‑da, por que razão cada um deles apareceu na minha vida. Ganhei esse olhar diferente sobre aquelas histórias depois de conhecer a Marta. E, hoje, pra mim é impossível olhar para cada um dos meus animais da mesma forma. Se eu tivesse conhecido Marta mais cedo, ela teria sido também médica deles, porque os entenderia mais completamente e encara‑ria cada um dos seus problemas em diferentes dimensões da sua vivência e também da vivência dos seus donos.

A medicina vem caminhando nesse sentido, e são mui‑tos os médicos que procuram entender a doença como ma‑nifestação de algo que pode não ser apenas físico, e que por isso mesmo pode reincidir, se não se trabalhar sobre a sua origem emocional. Assim também um veterinário poderá olhar a doença do animal como uma manifestação que ex‑travasa o seu corpo. Manifestação essa que pode ser reflexo do seu estado emocional, ou pode estar, como Marta nos vem dizer, também ligada à saúde física, emocional e espi‑

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PREFÁCIO

ritual dos seus donos. Como ela própria explica, ao longo do livro, todos somos energia, todos estamos ligados, todos somos um. E é quando o integrarmos completamente na nossa vida que nos tornamos seres melhores, mais comple‑tos e sobretudo mais felizes.

Obrigada, Marta, por você ter “chamado” por mim. Obrigada por você ser quem é e pelo trabalho que de‑

senvolve com todos.Obrigada por dar voz a quem não a tem, e por tornar

mais felizes aqueles com quem você cruza!

Sara Rodrigues, escritora.Março de 2014.

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a minHa GranDe cauSa

“Como voz pioneira que é, leve sempre consigo a luz, a co‑ragem, a perseverança e a inspiração! O seu compromisso é total. Lembre ‑se de que as pessoas não são perfeitas, mas o amor é, e que o mais importante na vida requer paciência e dedicação de tempo e energia. A verdade vencerá tudo.”

Recebi estas palavras no dia 12 de dezembro de 2012. Foi um dia especial para mim, mas também para milhões de pessoas, pois assinalou a mudança para uma nova era astrológica, a era de Aquário – uma era de fraternidade uni‑versal com grandes oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual da humanidade.

Aquelas palavras me fizeram perceber que tinha che‑gado o momento de partilhar a minha história e o meu trabalho. Senti que tinha de partilhar as invulgares aptidões com as quais nasci, e que durante anos teimei em negar, mas que acabaram por complementar a minha profissão: a minha capacidade para me comunicar com os animais. Aquelas palavras foram também o impulso mágico para iniciar a escrita deste livro cujos primeiros rabiscos foram feitos na véspera do Natal de 2011. Mas como tudo na vida tem o seu tempo e o seu momento certos, foi necessário percorrer todo um caminho de autoconsciência e respon‑sabilidade para dar voz a quem jamais se manifestará por palavras: os animais, a razão de ser deste livro.

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“Ser grande é abraçar uma grande causa”, como disse William Shakespeare. O grande objetivo deste livro é re‑velar a verdadeira missão e o valor dos animais na Terra e o que eles realmente fazem por nós. Uma missão profun‑damente espiritual e altruísta que levou à criação do meu primeiro projeto pessoal, o AMMAPET1.

Ao longo dos últimos anos me dei conta de que, quan‑do se toma consciência desta ligação que existe entre nós e os animais, é possível melhorarmos enquanto seres huma‑nos e mudar as nossas vidas para melhor. Para isso, basta simplesmente permitir que se “ouçam” os animais.

A grandiosidade das partilhas persiste nas comunica‑ções telepáticas que faço com estes verdadeiros mestres de quatro patas, assim como nas minhas lágrimas e nas dos do‑nos dos animais. Mesmo quando, com o passar do tempo, penso que já poucas delas possam me surpreender.

Este livro demonstra o que desde pequena sei e sinto. Que todos somos um e que a verdadeira compaixão impli‑ca o respeito por qualquer ser vivo.

Sei que cada um de nós tem o seu momento para des‑pertar e entender as mensagens do universo, mas ainda me entristece o desrespeito por seres que não possuem a mesma forma de expressão que nós, e por isso são cataloga‑dos como inferiores. Há seres na Terra, os animais são um exemplo, que têm missões extremamente altruístas, mas que são muitas vezes incompreendidos e até rotulados por aqueles que preferem viver à superfície dos ensinamentos dados por esses seres sem voz humana.

Viver com consciência implica mergulhar na raiz de um ensinamento, perceber que não há um único acaso ou coincidência nesta jornada que é a Vida.

1. O site da associação é o http://www.martasofiaguerreiro.com/AMMAPET/index.html

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A MINHA GRANDE CAUSA

Pois quando abrimos realmente os olhos, a luz entra! E a verdadeira missão dos animais prova isso, pois eles

morrem por nós se for essa a única forma de nos ajudar no nosso processo evolutivo aqui na Terra.

Convém, no entanto, frisar que este é o “serviço” dos animais, logo não devemos alimentar quaisquer sentimen‑tos de culpa perante a entrega dos nossos amigos de quatro patas. Não somos um fardo para eles, antes pelo contrário: ajudar ‑nos é o seu dom instintivo, é a sua missão, é a pren‑da que nos dão diariamente.

Uma entrega tão grande pode parecer ingênua, mas não é: se eles se dão assim, é justamente porque são puros. E somos nós, seres humanos, que muitas vezes perturba‑mos essa sua maravilhosa pureza só porque não entende‑mos como ela pode nos ajudar.

Os ensinamentos dos animais são de tal forma lumino‑sos que os comparo ao Sol: o Sol não procura recompen‑sa, não espera elogios, simplesmente brilha. Não obstante, permanece receptivo a qualquer manifestação de afeto ou apreço, se os olhos de quem o vê se deslumbrarem. Tal como o Sol, também os animais se remetem ao seu eterno silêncio numa missão de amor, cumprindo a sua dádiva in‑condicional, sem cobranças.

Como terapeuta e estudiosa da psique humana, reco‑nheço que qualquer fanatismo é sinônimo de uma disfun‑ção ou dor emocional não resolvida e por isso nunca prio‑rizei os animais em detrimento dos humanos. Para mim, todos somos prioritários, pois todos somos um e cada um tem o seu papel e a sua missão.

A nível racional ou cognitivo, o ser humano é mais evo‑luído, mas a nível emocional, os animais nos ultrapassam , pois são dotados da capacidade de amar incondicionalmente.

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Descobri que a minha missão é dar voz a estes seres que não conseguem se exprimir verbalmente. Mas não foi fácil chegar até aqui. Eu também demorei a encontrar o Sol. Mas hoje me sinto grata e abençoada, pois esta é a minha grande paixão.

Acredito que um dia as pessoas deixarão de abandonar os seus animais e passarão a tratá ‑los com o respeito que merecem, pois é apenas uma questão de tempo até se dar a “abertura” da consciência individual e este conhecimento universal.

Por isso é tão importante para mim divulgar essa men‑sagem, fazer chegar a um número cada vez maior de pes‑soas que os animais têm uma “voz” e uma missão intrinse‑camente ligada a nós e ao nosso caminho nesta vida. Eles podem realmente nos ajudar e o fazem sem esperar nada em troca.

É isso que mostro ao longo deste livro, com uma série de histórias reais que testemunhei ao longo dos anos como médica veterinária, mas também como comunicadora te‑lepática de animais. É possível perceber como eles “falam” conosco, como nos ajudam, como pressentem as nossas necessidades quando, por vezes, nem mesmo nós próprios sabemos que as temos. Vou mostrar ‑lhe as diferenças entre os vários animais e o propósito especial que cada um tem para nós. Mas, mais importante, neste livro partilho com vocês o que anos de experiência profissional e pessoal me ajudaram a concluir: que os animais podem nos curar em todos os níveis.

Como nos disse Gandhi: “Verás que há lugar para to‑dos!” Existe sim, um lugar onde os animais estão bem ao nosso lado rumo ao amor incondicional e à unidade.

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