138
UNIVERSIDADE DE SAO PAULO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS cor\TRrBUrçAo A DA REGIÃO ANÁLISE SISMOTECTÔNICA SUDESTE DO BRASIL Coriolano de Marins e Dias Neto Orientador; Prof. Dr, Georg Robert Sadowski DISSERTAÇAO DE MESTRADO | ...r.. ., Area de Concentraçâor Geologia Geral e de Aplicaçäo São Paulo 1986 ii :i ii ¡ì ì ,.1 l:l 'ti !o'.J

TRrBUrçAo - USP · 2013. 6. 12. · Variações horizontais dos esforços de carga pressão dos p oros Pg. 43 53 23-)Á _ z5-26-Estágios de evolução da margen continental Arcabouço

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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

cor\TRrBUrçAo ADA REGIÃO

ANÁLISE SISMOTECTÔNICASUDESTE DO BRASIL

Coriolano de Marins e Dias Neto

Orientador; Prof. Dr, Georg Robert Sadowski

DISSERTAÇAO DE MESTRADO| ...r..

.,

Area de Concentraçâor Geologia Geral e de Aplicaçäo

São Paulo

1986

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DEDALUS-Acervo-lGC

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À. tnós e ao pequeno Diego

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RËSUMO

ABSTRACT

AGRADE C I MENTOS

1. APRESENTAÇÃO

i..1. 0bjetivo

fND] CE

2. LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO ESTUDADA

3. METODOLOG]A

3.1 Dados Ins trumentais3,2. Tratamento e Arálise dos Dados Macrossrsn¡rcos

3.2.I. Escalas de Intensidade3.2.2, Intensidades e Isossi.stas3.2.3. Relações da ,Ã.rea com lulagnitude

3,3. Relações de Energia l,iberada com Magnitude3, 4. Corre lação Sismotectônica

4. SISMICIDADTJ INTRAPLACA

l

í) )'l"Ll

-1-

4, 1. In trodução4.2. Leste e Centro

4.2 ,I. Norde s ter'adâ

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I1

4.2.2. Leste e Sudeste dos Estados Unidos4.2"3. Zona Sísmica Nerv lvladri.

4, 3. Canadá e Groenlândia4.4. Norte e 0este da Europa4. 5, fndia Peninsular4,6 , Aus trá 1i a

4.7. .{frica4 ,7 .I. Noroeste da Ãfrica4.7.2. Golfo da Guín6

4.7 .3, Sudoeste da Ãfrica4 , 8. Comentãrios

da América do Nortedos Estados Unidos-Sudest-c do Ca-

4

4

5

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5. SISMICIDADE DO BRASIL

5 . 1. Int rodução5.2. Region ali zaçáo Sísmica

5.2.L. Região de Mat,o Grosso5.2.2. Região Central do Brasi5,2.3. Região Anazôni ca5.2.4. Região Nordes te

5. 3. Conen tários

6. SISMICIDADE DA REGIÃ,o SUDESTE

6. l. In trodução6.2. Dados S Ísmi cos

6. 3. Principais S i smos

6.4. Energia Liberada por Sisnos6,5. Sis¡nicidade Induzida

-1f-

Pg.

37

37

5/?o

39

40

41

42

46

46

41

50

59

60

61

6¿

Re se rva tó66

6,5.I. Extração de F1úídos do Sub*sdtro

6.5,2. Reservatórios Arti fi ciai s

6,5.3. Mecanis¡no dos Sisnos Induzidos porrios

7. EVOLUçÃO TECTÔNrCA MESo-CENoZÓICA DA REGIÃO SUDESTE DO

BRAS I L

7, 1. Configuração Regional Pr6-Mesozóica7.2 . Quadro Tectônico Meso-Cenoz6ico

7.2.L. Bacia de Santos7.2.2. Depressão Tectônica do Paraíba do Sul

7 .2.2.1. Bacia de Taubaté7 .Z.Z.Z. Bacia de Resende

7.2.2.3. Bacia de Volta Redonda

7.2.3. Bacia de São Paulo7.2.4. Depressão da Guanabara7.2"5. Bacia de Curitiba7.2.6. Descontinuidades Consideradas na Ãrea Elnersa

7.3. Principais Traços da Evolução TectônÍca Meso-Cenoz6ica

ó9

69

71.

73

75

77

79

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80

82

82

83

86

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L CONSIDERAÇÕES SISMOTËCTÕNICAS E CONCTUSÕES

B IBLIOGRAFI A9.

Anexo I - ËscaLa de I¡rtensidade Mercalli Modificada

Anexo trI - Listagen dos Ëventos Sísmicos Ocorriclos na Re-gi.ão Sudeste do Brasit (1767-I983)

Mapa 1 - Sismotectônico cla Região Sucleste

Mapa 2 - Epicentros con Da<los Macrossís¡nicos e Instru_mentai-s (1861-1983) en Base Cravimétrica "Bou_gue r"

Mapa 3 - Mínima Energi-a Liberacla por Sismos em Ãreas de30' x 30'

-111-

Pg.

91

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Figura I

Figura Z

- Localização da Região Estudada

- Configuração esquenática do desenvolvimento dasrnar gens con tinen tai s

Figura 3 -

Figura 4 -

fNDiCE DAS FIGURAS

Principais terrenotos hist6ricos do leste da A_mérica do Norte

Figura 5 - Sisnicidadedos lls tados

Fígura 6 - Te rremotos_197s)

Epicentros dete da A¡nérica

Figura 7

Figura 8

Figura 9

terrenotos (1970-1977) nodo Norte

- Terremotos no norte e oeste da luropa (190f_1g5S)

- Soluções de rnecanisrno focal clos principais terre_motos da fndia peninsular

- Terremotos na Austrá1ia (Ig97_1972) e no leste do0ceano fnttico (191;0-1966)

histórica (17S4-1970)Unidos

' 1V-

Pg.

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15

16

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27

22

23

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33

38a

4,I.

na Groenlândia e proxinidades (1904_

Figura 10 -

Figura 11 -

Te rreno tos197s)

nordes

sudes te

Fi gura

Figura

no

Feições es tru turais , eprcentros no Golfo da Guinê

LZ

na nargen at1ântica cla Ãfrica (1900

l3

Mapa Sismotectônico

Isossistas do Si sno

do Brasi_l

de uodaj ás (AM)

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Figura 14 -

Figura 15

Figura 16

Figura 17

Figura 18

Figura 19

Figura Z0

Figura 21

Fígura ZZ

Isossistas do Sismo de pacajus (CEJ

Sis¡nò de São pedro e São paulo (RJ)

Sisno de Mogi Guaçu (Sp)

Sisno de Tubarão (SC)

Sisno de Canan6ia ( Sp)

Sisno de Cunha ( Sp)

Sisrno de Canpos (RJ)

Atividade sÍsmica con as variações do níve1 dorese¡vatório de Capivari-Cachoeíra

Fi gura

Fi gura

Fi gura

Fi gura

Variações horizontais dos esforços de cargapressão dos p oros

Pg.

43

53

23-

)Á _

z5-

26-

Estágios de evolução da margen continental

Arcabouço tectõnico esquemãtico do suciestebrasileiro

54

Perfí1 geológico e s quemát ì. co

Controle estrutural das planícies costel r¿r-s

paul i s tas

s7

58

59

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67

71

76

76

90

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Tabela 1 - Relação dos valores de intensidade e¡n diferen-tes escalas

'l'abela 2 - Principais sísmos da Região Sudes te

Tabela 3 - Ativj.dade sísnica induzida por reseïvatórios naárea de e s tudo

IND]CE DAS TABËLAS

-v1-

Pg,

5l

ó5

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A avaliação da atividade sísnica conhecida e a

proposição de possÍveis associações desta com estruturas potencialnente favoráveis à Iiberação de esforços na região sudeste brasileira se constitue no principal objetivo deste trabalho.

Com urn enfoque convetgente são fornecidas infornações a respeito da atividade sÍsnica intraplaca a níveI g1oba1 ,

juntanente com tentativas de interpretação sismotectônica de di-versos autores, conenta-se a sisnicidade do Brasil e, corn deta-the, a da região objeto deste estudo.

RESUMO

Apesar da quantidade de dados sísrnícos ser a maissignificativa em ternos da atividade sísrnica brasileira, acredi-ta-se que muitos eventos ocorridos na região sudeste podern tersido perdidos por falta de registro escrito ou instrunental . En

parte esta relativa concentração de sisnos pode refletir o pa-drão de ocupação populacional, assj.n como a possibilidade de re-gistro instrumental mais eficiente, na últina dócada, que nas outras regiões brasileiras.

-vr1-

A clis.tribuição dos eventos conhecidos parece in.licar a ocorrência preferencial de atividade sÍsrnica nas áreas afetadas pelo Ciclo Brasiliano e na nargem continental correlata,onde se desenvolve a Bacia de Santos, do que na cobertura fanero-z6ica da Bacia do Paraná,

Co¡n base nos nodelos propostos e infornações dis-poníveis discute-se a evolução tectônica meso-cenozóica da re-gião de interesse, procurando-se identificar as estruturas favo-ráveis ã líberação de esforços, corn as quais os eventos sísnicospudessem es tar associados.

Considera-se a possibilidade dos sismos estarenrelacionados aos produtos tafrogênicos da Reativação Wealdenian4

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-vl11_

os quaís fora¡n fortenente condicionados pelo ,,trend,, estruturalregional do final do Ciclo Brasiliano. Defende_se tanbé¡n a pro_váve1 existência de grandes descontinuidades seccionando este"trend", as quais teriam desempenhad.o urn papel de destaque noâ¡nbito da evolução rneso-cenozõica, e que atualnente pode.rianser responsáveis pela ocorrência de sis¡nos en suas proximidades,

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This work is an atternptbetween known seismicity and theSoutheast Brazi l.

Infornations about theactivity are comented in the light ofinterpretations.

The distribution of knowl.r se j.smic events suggeststhat seisnic activity occurs nainly hrj.thin areas affected by the"Brasiliano Cyc1e" and along the continental margin.

ABSTR.4,CT

Based on availabletectonic evolution of the studiedtempt is made to identify geologiccent sei smi c events.

to delineate the relatíongeological structure of

The results of this lesearch seen to indicate seismotectonic relationships ù¡ith known structural elements of ,;_=plate environments, such as lines of inherited weakness fornerlyactivated during continental break_up and alignnent of ¡nore ïe_cent alkaline intrusives.

globaI intraplate seis¡nicsone current seisrnotectonic

- lX-

models the Mesozoic _ Cenozoicatea is discussed and an at-structures responsible for re_

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0s ma:_ sdos a todos que, diretareali zação do presente

Ao professor Doutor Georg Robert Sadowski do De_partanento de Geologia Geral do Instituto de Geociências da Uni_versidade de São paulo pela valiosa orientação.

AGRADE CIMENTOS

Ao professoï Doutor Jesus Be¡'rocal e ao professorDoutor Marcelo Assumpção, ambos do Grupo de Sisnologia do Depar_tanento de Geofísica do Instituto Astronôrnico e GeofÍsico da unrversidade de São paulo pelo profundo apoio e incansãve1 estímu]1o no desenvolvinento deste trabalho.

sínceros agradecirnentos são aqui externa_ou indiretanente, contribuiran para a

trabalho.

Ao professor Marcos Egydio da Si1va, ao professorIvo Karnaln e ao Geólogo paulo Cesar Boggiani, colegas e anigos,pelo grande inçentivo e valiosas sugestões.

Aos amigos Renato Ortega e Heitor França pelo va_lioso apoio e cooperação no decorrer deste trabalho.

Ao pessoal técnico adninis trativo do Instituto deGeociôncias da universidade de são pau10 quero expressar os naisprofundos agradecirnentos , ea especial:

À Sra. Claudete Salinas pelo cuidadoso trabalhode datitografia;

À Srta. Itacy Kroehne e ao Sr. paulo Cesar Olivei_ra pela elaboração dos napas e figuras;

Ao Sr. Jaime Alves da Silva e a sua equipe do se_tor gráfico pela inpressão do texto.

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-x1-

Ao prof.Dr. Thornas R. Fairchild, peta cuidadosarevisão do "abs tïact" .

Ä Fundação de A.rnparo à pesquisa do Estado de SãoPaul0 (FApESp-processo 08-Geo10gia -78/0545) pela bolsa forneci-da no período de julho de 197g ã dezenbro de 1980.

De forna nuito especial querono Diego" meu filho, e a minha esposa Mariaincentivo e cornpreens ão,

agradecer ao pequeInés pelo constante

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APRESENTAÇ¡.0

A constatação de eveutos sÍsmicos na regíão su<leste brasileíra notivaram a elaboração do presente trabalho.

A possibilidade de particípação do autor no grupode pesquisadores ligados ao Departanento de Geofísica do Instituto Astronônico e GeofÍsico da lJniversidade de São paulo que, soba coordenação do prof. Dr. Jesus Berrocal, efetuou a compilaçãoe aná1ise dos eventos sísnicos ocorrj_clos no Ilrasil ató 19g1, fa_voreceu urna rnaior intimidade coÌn os dados referentes ã regíão sudeste brasileira, apresentados neste trabalho, assirn como forne_ceu a visualízação do atual níve1 cle conheci¡nento c1a atividades Ís¡ni c a no Brasil.

Através de un enfoque convergente, comenta_se aatividade sísmj.ca intraplaca a nível 91oba1 , a sisniciclacle doBrasí1 e, con detalhe, da região sudeste brasilej.ra. São apresentadas as principaís áreas de ocorrência de sisnos intraplaca nonrundo, assim como as tentativas de interpretação sisnotectônicade diversos autores.

Discute_se a evolução tectõnica neso_cenozóica daárea de interesse corn base nas infornações disponíveis e nos mo-delos propostos, ponderando-se a lespeito da necessidade de de-terninados estudos serem aprofundados, con o íntuito de se ava.liar a presença de prováveis descontinuidades que teriam ,l*r*rp"lnhado un papel de destaque no âmbito desta evolução.

-1-

A

micos conhecidoss i¡n co¡no ernb as oute trabalho,

1.1. 0bjetivo

união deste quadro tectônico com os eventos sísforneceu as possibilidades interpretativur, ur]as considerações sisrnotectônicas expostas nes_

O principal objetivo deste trabalho se corìstÍtue

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-2-

ne avaliação da atividade sísnica da região sudeste brasileirae' co¡n base nas deterninações epicentrais dos eventos sísnícosconfiáveis, propor possíveis associações destes com estrutrrraspotencialnente favoráveis ä liberação de esforços.

Considerações a respei tode evolução tectônica ¡neso-cenozóica desde infornações mais recentes relativas aploposições das es truturas possivelnìentemos analisados -

para que tais associaçõesvou-se en conta o níve1 de credibilidadecono as inprecisões nas deterrninações <ios

dos rno de los propostosta região, acl.esci closes tes , Ìl.oJateara asresponsãvcis pelos sis

fossern consideradas l.e-de cada eveltto , irs s imepicentros.

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7.. LOcArrzAÇÂ.0 DA REGrÃo ESTUDADA

pelos paralelosgura 1).

giões sudes te e

Tea da prime irasentpre ã região

A região de

20çS e 29çS

A definição desta foi, ernda pela distribuì,ção clos eventos sÍsrnicosnú¡nero significativo, levando-se en contanhecida do Brasil.

A rigor esta região compreende parLe clas re_sul do Brasil, entretanto por ocupar uma ma.ior ãe tanbém por facj-1ídade de citação, refere_ sees tudada co¡no sudeste.

interesse deste estudo 6 deli¡nitadae pelos rneridianos jScW e 5gpe (Figu

-3-

)

+ (-r

grande pat.te, norte a-, os quais ocorreram em

a atividade s ísmi ca co

+

Figura I

roo

Localização da Região Es tudada

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3, METODOLOGIA

Os dados sísnicos referentes a região sudestebrasileira foram estudados, ern maior detalhe, por Assunpção etaL, (1980) no particular, e por Berrocal et a1. (19g4) no contexto da sisrnícidade brasileira. cada evento foi cuidadosamente analisado por cstes autores e, senpre que possível, associad", -;;

dados instrumentais aos efeitos rnacrossísrnicos respectivos, con_seguindo-se com isso naior confiabilidade nas localizações epicen t rai s

3.1. Dados Instrumentais

corn a investigação nos boletins sísmicos internacionais Berrocal et a1 . (19g4) loca lizaram os poucos eventos sÍsnicos registrados pela rede sisrnográfica internacionar no s.udes_te brasileiro.

As estações sisrnográficas brasiLeiras ïegistra _tarn, nos últinos anos, vários sis¡nos na região sudeste, cujosepicentros e nragnítudes tem sido deterninados no Instituto As_tronônico e Geofísico da USp e na Estação Sismológica de Brasí1ia.

Quando o registro do evento sísnico foi efetuadopor estações distantes, corn distância epicentral igual ou supe_rior a 20e (-2200 kn), Berrocal et a1 . (19g4) utílizararn, paraefeito do cá1culo da magnitude sísmica, a escala rn6 de Gutenberge Richter (19S6). Entretanto , pata distâncias epicåntrais menores que 2000 kn, ern regiões intraplacas, o uso desta escala for_nece valores anormalmente altos. Assunpção (19S3) desenvolveu aescala nR corn o intuito de possibili,tar o cálculo da magnitudeInb para sismos regionais, com distância epicentral entre 200 e1500 kn, e oon hipocentxo na cÍosta, registrados por estaçõessismográficas brasileiras. Esta escaLa se aptica a eventos rnod.e_rados, com magnitudes entre 2 e S n6 e fornece valores compatí_

-4-

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veis ãqueles detes. Berrocal etnos enquadrávei s

à região sudes te

- 5-

mO calculados por estações sisnográficas distan_a1. (1984) utilizara¡n esta escala pafa os sis_nestas características, sendo que os referentessão relacionados neste trabalho.

3.2, Tratanento e AnáIise de Dados Macrossísnicos

Quando da ausência, no caso de sisrnos históricos,ou nes¡no da precariedade de dados ínstrunentais, as características dos eventos poden ser recuperadas, corn razoável grau de corr]fiabilidade, através da análise dos dados macrossÍsnicos.

com as infornações dos efeitos diretos do tremoren construções, objetos, topografia, ou nesno na população, 6possíve1 se delimitar, aLám da área afetada (A¡), as l.inhas (isossistas) que separam áreas de intensidades distintas (Richter,195 8; Bath, 19 73) .

A intensidade, que não é un parânetro focal , con_siste na avaliação pontuar dos efeítos em superficie. Esta 6¡naior na região epicentral., nornalrnente nas proxinidades do centro da área afetada, e a partir daÍ decresce e¡n todas as dire_ções. O conhecirnento sobre as condições geolõgícas e das cons_truções, alén da filtragen de exageros nas inforrnações, e- essen_cial ao diagnóstico das intensidades locais.

A fin de se deterrninar quais intensidades prevaleceraJn nos diversos l0cais afetados pol un terrenot,o, e- normalrnente necessária a ida à região em busca de informações que O";;;;;liten as avaliações

corno regra gerar as intensídades são expressas naforna de escalas, sendo geralnente, hoje e¡n dia, divididas en lZgraus.

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segundo Richter (19s8) as escalas de intensidadedestínadas à aplicação gerar, desenvolvidas gradualnente de for_ma individual , quando comparadas, levarn a padrões conuns.

A escala Rossi_Forel elaborada en 1gg3, e conu_nente abreviada R,F ., e composta por 10 graus, cujo rnais alto(grau X) abriga, segundo Richter (195g), um enoïne inrervalo deintensidades, o que dificulta na avaliação dos sismos nais for_tes (Bath,l97S). A1ém disso, como é colocado por Richter (1958),as descrições dos efeitos em construções e objetos são especifi_canente européias.

Elaborada en I902,a escala Mercalli, ínicialmen_te tanbém com 10 graus, e poï sugestão c1e Cancani, expressa enl2 graus, tentativamente en teïnos de aceleração, foi subnetícraa várias alterações através dos ternpos, como quando foi revisa_da por Wood e Neunann,nos Estados Unidos en 1931 ,sendo então chamada escala Mercalli Modificada, ou simplesmente ,,escala MM,,,quede forma sintética é apresentada no anexo I. Esta escala foi adotada nas análises de intensidades efetuadas por Betrocal et aI .(1984) e utilizadas neste trabalho,

A últina rnodifìcação da escala MM ocorreu em1964 (3ath,1973) e 6 chamada escala MSK, Ìr,onenageando os sisrnó1ogos lvledvedev, sponheuer e ri.irník. A relação entre os var,ores deintensidade nas diferentes escalas está expïessa na tabela 1"

3.2.L Escalas de lntens idade

-6-

Condições locais, muitas vezes, forçarnção de escaras especiais de intensidade, cono ocorreudo do terrenoto turco de 1939, onde as construções sãonente, encravadas na terra, requerendo então critériospara a caracterização das intensid.acles alí ocorricras1es8).

a el abo rano estu, no rmal -especiais(Richter,

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III

IIIIVv

VIVII

VIIIIX

X

XIX]I

Tabela 1- Relação dos1as.

MSK 19ó4 ESCALA JAPONESA1950

0

Iz

2.33

4

4,55

6

6

7

7

ROSS I -FOREL787 4

II]

IIIIV

V- VIVIÏ

VIIIIX

X

x

X

X

0s ualores de intensidade MSK 1964 concorclam con aque_les da escala Mercalli_Cancani_Sieberg (1917), con aescala Mercalli Modificada (1931) e com a escala Soviétíca (1952), segundo Bath (1973).

3.2,2 . Intensidacles e Isossist¿rs

-7-

A atribuição de intensidaCes a efeitos cle slsnosdeve ser criteriosanente em função de observaçòes conbinadas, oLtse j a. dados intìiviclr lars parâ u¡n nesno ponto deven ser conrparacLosno intuito de elirninar possÍveì.s exageros, ou mesno :f atos rnuj.toparticulares. Avariações em uma única estrutura, ou o cleslertaïde apenas uma pessoa deve representar circunstâncias estritamen,te locais ou pessoais, não se prestanclo à caracterização de índices de intensidacle

Na utilização das escalas de intensiclade deve_seconside¡ar que efeitos de onclas de períoclo_longo e periodo_ cr_rr.tosão analisados conjuntamente. Um especi.al grupo de cfeitos c1e pe_

valores de intens idade em di ferents5 esc4

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- 8-

r'Íodo-10ngo são aqueles descritos no Índice I da escala MM conotontura ou náuseas, conportanento anornal de animais e pássaros,perturbações en 1íquidos, oscilações leves en portas, etc. Tan_bé¡n efeitos de pêndulo e grandes escorreganentos de terra, se_gundo Richter (19sg), são tÍpicos de períoclo-1ongo. os efeitosde período-curto, c¡ue são a ¡naioria, podem, grosseirarnente, serTetracionados con aceleração segundo o mesno autor.

Caracterizadas, com segurança, as intensiciacles,são então traçadas as linhas, que sepaïan áreas de rnesma intensidade, denominadas isossistas as quais, quanclo apoiaclas em da_clos consistentes, raranente são circulares, normalnente se apre_sentando na forma e1íptica con naior elongação na direção doprincipal "t¡end" estrutural, Isto pode sugerir, segunclo RÌchter(1958), que as onclas são transniti,Jas com rìenor perda de eneï_gia ao longo das estruturas.

0s mapas de isossistas, apesar dc normarrnente conterem inprecisões en função c1a distribuição da população, ," .;;;tituen valiosos instrunentos nos estud.os de ri.sco sísrnico, "";r;elaboração de aná1ises sismotectônicas. Cabe ressaltar

que o epicentro de urn sismo cleterminado con clac-ros nacro.ssÍsnicosconsistentes, na naioria clas vezes., apresenta precisã.o supeli_or do que aquele localizaclo por estações sismográficas cl:istan*tes (Berrocal et a1., 1.9g4) .

3,2.3. Relações da Ärea corn Magnitr"rcle

Enquanto as intensidades são estimaclas a partirde efeitos dj-retos, e variam pontualntente, a magnittr<le é calculqda através de registros instrunentais, e representa rlm äníco vaIor para cada sisno.

Quando de eventos históricos, não regi s t rados ins_trunentalnente, e portanto sem cleterninação ctireta c1a nagnitucle,relações empírì cas clesenvolvid.as por Street e Tut.cotte O.g77) e

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Nuttli et a1. (1979.) païa as regiões centralUnidos demonstraran una boa correlação entreas nagnitudes para sisnos rasos (profundidade

Assurnpção et al . (19g0) testaram as relações enpÍricas desenvolvidas por Nuttli et a1, (1979) para os sismosbrasileiros, as quais se mostraïan aplicáveis, en prirneiras aproxirnações, no sudeste brasileiro. posteriornente Berrocal et ar.(1984) desenvolveram, a partir de ciados sísnicos brasileíros, asrelações empÍricas relacionando área afepecì.ricanenre para o Brasil, que são .",::i:":.TltT'llllrïr; ll"tadas neste trabalho:

-9-

e les te dos Estadosas áreas afetadas e

focal até 30 kn).

onde:

m,D

tb

n.b

.̂'I I

"tv

= 1,63 + 0,60 tog AII

2,29 + 0,55 1og ArU

nagnitude do sisno (conr ondas p-1ongit,),

3.3. Relações de Ënergia Liberacla corL Magnitude

Na quantificação da energia liberada por cadasismo conhecido da regiâo de interesse cles te estudo,foram ut,lizadas as relações fornecidas a seguir, as quais rnais se arlaptarnao intervalo de nagnitudes dos eventos tratados:

= ãrea total de percepção do sismo, deli-¡nitada pela isossista de intensidade II MM.

= ârea de percepção clo sisno do1imitaclapela isossista de intensidade IV MM.

log I = II,72 + (1,68 + 0,04)M (_z,I : M < 4,ó)

(Duda, J 96 5J

log E = 11,8 + 1,5 ¡4 (4,7 : tvt < 7,9)(Gutenberg e Richter, I9S6)

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onde: E

M

neste estudo estarem expressas ern rn6, houve a necessidade

energia l ib e rada

nagni tucle M, do

transfornação destas para Ms, através da utilização das rel.a_ções desenvolvidas para a região (intraplaca) nordeste da América do Norte por Street e Turco.tte (1977). Estes autores utilizaram as nagnitudes rn' de Nuttli (1973) calcul-adas a parti.r das ondas superficiai.s LU de alto móclulo pala sisrnos regionais. Estasre-taçoes, fornecj.das abaixo, forarn testadas por Assunpção et a1.(19831 , se confi gurando como as mais concord.antes com os varoresde mO e Ms dos sisnos brasileiros:

Em vista das magnitudes dos sisnos envolvidos

, em ergs, pelo sismo,

s i srno (con ondas superficiais)

Na representação em napa destasse pela utilização. da nalha de neio grau rle ladoção às inpreci-sões nas locações epicentraís, conoiten 6.4,

3. 4. Correl.ação Sismotectõnica

mb = Ms + 1,2

-10-

*b = 0,ó1 Ms + 2,33

Os dados sÍsmicos confiáveis foram 1ançac1os so_bre base geológica regional,onde se configurou o patanar das possibilidades interpretativas. Na locação dos epicentros levou_ seern consideração as inprecisões en suas posições, nornalmente claorden de dezenas cle quilômctros, inerentes cla netodologi.a de re_cuperação de dados macrossísrnicos e tarnbérn da rede sisrnográficaatual' Apesar da relativa precarieclatle dos dacros sïsmicos pïocu-rou-se, senpre que possíve1, associá_Ios a feições geol69icasque pudessem representar descontinuidades significativas ou zo_nas de fraqueza crustal. Informações gravimétricas, sempre quedisponíveis, forarn associad.as a este conjunto de dados no intui-to de se caracterizar taj-s descontinuídad.es que pudessem estarrelacionadas con as 1íberações rìe energia constatad.as

"

de

[1,B5mO<4,4)

(4"4 . n^ < 6,8)

energras optou-em considera

comentado no

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4, SISMICIDADE INTRAPLACA

4. 1. Introdução

que a

de ser

A existência de sismicidadeid6ia das placas se deformaren sonente

coÍre t a,u¡na boa hipótese para nuitos casos, não 6 inteirament.e

En virtude da sismicidade no interior das placassignificar pouco no total da atividade sísrnica a níve1 global,a qual se

pequeno o

tas. Entretanto, nuitas vezes, esta atividade intraplaca é ca-racterizada por foftes e clesastrosos terTenotos, co¡n na.gr-rituclesde até 7-7 ,5 (Sykes , 19 78) . *

concentra preferencialnìente nos limites das placas, éconhecimento sobre o regine tectônico no interior cles

Sykes (1978) defende a rese de que nuitosterremotos e outros tipos de tectonisno intraplacas podernanalisados segundo a dinânica da tectônica de placas,

Ern nuitas ãreas continentais a atividade sís-mica parece se concentTar, preferencialnente, nos "fj-nais,,* cle

-11-

intraplaca indi canas bordas, apesar

*Vários autores ten utilizâdo a expressão "ends of fracture zone"para designar os locais onde, quando prolongadas (clireções transforrnantes) as zonas dc fraturás/LJ ncãnentoð oceânicos rrcarrçamas nargens continentâis. Entïetanto estes mesmos autores de fendem ser estes Iocais zonas dc fraqueza qrre. quanclo da frecmerrtãção contincntx I ^ sc riam reativaclas c .on,Li.iun" rirm as-ioias ¿ãfraturas/1íneanentos nos oceanos nascentes. sendo assirn, a utilizaçào -do.terno finais (ends) parece não scr o nais apiopriatlõpara designar os loca is possivc lmen re responsáve i s pe1ã g'onnçàode tais estTuturas transversais , cheganclo' a f avoreci¡r, 'rnrri tasvezes ! interpretações errôneas, como a sensação cle que estas estruturas te.iarn se orìginacro em algun ponto ãa ritosfera oceânLca e evoluiriam ern direcão aos coniinentes. conscqucntemente o[tou-se pela utilização do Lelmo f in.a.i s, entret¿'rto con esta ïessalva e entre aspas.

*Va1o¡es de magnitude sem especifica.ção cio tipo seguem a fonte,edevem, na rnaio¡ia clos casos , se trataT cle lr{r.

dos

ser

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zonas de rraturas/Tineanentos oceânicos, cujos posícionarnentospodern ter sido controlados por antigas zonas de f .r a.que z a conti_nentais que foran Teativadas durante a fragmentação continental,e que parecem moderadanente ativas atualnente, a julgar pela 1o_carizaçáo dos grandes terremotos intraplacas. Estas zonas de fraqueza representarianr, no e'tender de Sykes (1979), feições tectônicas naiores, como a região de contato entre faixas de dobramentos jovens e regiões cratônicas, geossuturas, arqueamentos, alaucógenos, grandes zonas d.e falhas, "rífts', continentais, e outras' 0 posicíonamento destas, com relação ãs rnargens contineltais, pode ser de forma perpenclicul¿lr ou ob1íqua, possivelnentetendo al.gurna relação con a gênese de certas zonas d.e fraturas/1ineamentos oceânicos, oLl mesno para1e1a, segundo saclowskí (1g7ó).

A figura Z sintetiza, esquernaticamente , muitosdos principais pontos defendidos por esse autor sobre o d.esenvolvinento das rnargens continentais, o posicionanento das rochas a1calinas, a reativação de f al.has p16-existentes, a ocorrência cleterremotos ' e as localizações de bacias sedimentares costeiras,

Considerando-se os mesnos parâmetros focais, ossisrnos intraplaca notnalmente se caracterizan por apresent¿ìremáreas afetaclas dezenas d.e vezes naiores que aqueles que ocorremern áreas ativas, ou seja, em borclas de placas.

Constatou_se a tendência clos sisnos intraplacase concentraren no interj.or da .titosfera continental, com a predoninância cle estarem associados pri'cipalmente às faixas de cro-brarnentos mais jovens, do que aos antigos crátons.

Vãrios autores tem concentrado esforços no in_tuito de esclarecer a atividade sísrnica intraplaca en várlas regiões de praticanente tod.os os contínentes. äntre estes se realça o trabalho de Sykes (1978) clue elaborou uma síntese sobre osconhecimentos de sisniciclacle intraplaca a nível g1oba1.

As prìncipais provincias sísmicas intraplacado leste e centro da Anérica do Norte, clo norte do Canadá e da

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Folho tronsformo n te op0rtir do finoldeGeossu luro No vo

Oceono IS¡smicidode

,' Dif uso

- 13-

Figura 2 - configuração esc¡uenãtica do cresenvolvimento clas mar_gens contincntajs por fragmentação -onfil*"täi"" ex_pansão do functo ocèànico. "As toèatii;ç¿;;-ä;;^ 'ronn.

(le fraturas nos novos oceanos são coniroloaài po. zonas de fraqueza prd_e-x¡stentes cm crnturoes cìc clobramentos do final do pró_Carnbri ano ou clo paleozài.o. ¡Stas ¿onrs de fraqucza rLs quai.s estão aeõrã-ãr:-ã.,tr:das qucse perpcnjicur",.... u,i p;;";;ì;; äS",iä.iåå!'. r"ram t cat i.varìas (lr-lrantc a Iragmcntaçíìo con li Cntal esão ativas atualmente, a jtrlIar pe]a localizacão dosrerremotos.. Kimbe rti tos säo in¡eiaàos -;;-;;;i;;ã", ,"nas de fa lhas-nos rnt iAos critòns .luran Lc',, -"äüðitr,

ra do oceano R fsykcs . 1.97g).

E= S ismo o_ Rochos olcolinos:d¡qu es one tores

anomo l¡os mogne,l icosDeslocomento dos

K= K im Þertit o

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Groenlândía, do norte e oeste da Europa, da fndia peninsular, daAustrália e da Ãfrica são sínteticanente tratadas a seguir, A

sismicidade do Brasil será tratada em rnaior detalhe no capítu-1o se guinte .

4,2. Leste e Centro da An6rica do Norte

0 leste e centro da Anérica do Norte tem experi_nentado, historicanente, muitos terremotos grandes e desastrosos.Na figura 3 estão pl0tados sonente os sisnos que apresentaram íntensidades máximas VII ou naiores, e áreas afetadas superiores ã450.000 kn2.

Con base na distribuicão dos sismos históricos einstrunentais caracterizaram-se regiões sÍsmicas preferen-ciais ao longo da faixa de dobrarnentos Apalachiana e nas zonascle orientação noroeste de Boston-ottawa, carolina clo Sul-Georgi4e virginia central , além da årea de New Madri no norte do emba-iamento do Mississipi,

4,2.7, Nordeste dos Estados Unidos-Sudes te do Canadá

Una região de alta atividade sísmica que se es_tende do norte do Estado crc New york para noroeste, entrando noCanadâ, está bem definida por epícentros recentes (figura 4) eé concordante con a zona sísnica Boston-0ttawa definida por sbare Sykes (I973). Estes autores, assim cono Sykes (1978), propõcmque esta zona esteja relacionada corn a cadeia de montanhas oceâ,nica de New England, a qual parece caîacterLzar a naior cl.escontinuidade no paclrão de anornalias nagnóticas do l.le sozóico noAtlântico Oeste, e se d.esenvolve por cerca d.e 1500 km a leste dacosta de New England, com largura c1e cerca de 100 km. Nesta zonasÍsmica ocorreranì sei.s dos maiores teïremotos históricos apÌesentados na figura 3.

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,/\á'.4r-À M,ô.2ô rs35rñlrir

,"o"/ ( 0V ã"îu <v

Iri gura 3 'fc rrcrrotos ,h istõricos com árc.r s ¡ fct:Ltl;ls n¡iorcs que-l:0,000 l<ml c itrtensicla.cÌcs \¡Il , ou superiores,parà o leste 'c1a

Anérica tk: Nortc. As zonas cle f ratu rås f oranl c_\t rapo I a.cLasatd as proxìnicÌrLcLcs ci¿r cr¡sta en r:oncoi..fãn.i.a com os naiore s deslocamentos no padrãro tle anom¿r1i¿r, rnog"ófièã, Jãl"fesozóLco no Attãnt:ico Norto (Sykes, tgig - ü"¿iii.ã¿ðj

A região cle baixa ¡rt iviclacle sísmica cLe Vernìont eoeste de New Llampstrìre , il.rclica, seet.nclo Syke s (lg7g) , qL.lc esra zona sísmi ca se cìivicre cm cl.¿rs provínc.ias crìstilìtiìs cle aLta ativi.crade. Em ambas preclonina¡n es f orços compressivos horizonta:ì.s, entre_tanto, na província sLlcleste ('stes estão cri recionacros segrnclo Nrv-SIl , e na província noroeste os esforços se orìentam 'a ct:ireção \Lr-SlV, segr-rnclo Zoback e Zob a c-k (1980').

Várias so luçõe s clc ntccallisno foca1. obtiLiâs porYang e Àggarwalì (r917) no noïte clo Estaclo de New york e s..l cle

Que bec, se rnostraran cr.oncorcrantes crìtro si. e incr ìcan faLhamen-tos Jc cmprrr'r'ào sesirn(lo ¡'llrnos \\N/ssl:. corsisl,.rìrcs r.on íì oriontação clo "trt: nd" sísm:i co rerqi ona 1..

l5-

I-EGENDA

arec al e todo¡ 450 - t500a 5oo, 2 600A r 2600 x lO3

lìochas ígneas e fetç:ões cì ìsrupt:ivas nais novas qLlea al¡e rtura clo Atrântico Norte, a.Ì óm cre ¿rnonarins gravimét rì.cas po

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Figura 4

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-16-

o ll o'l,,s

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Eplcentros de terremotos de lg70 a lg77 no nordeste c1aArnerica do Norte. NÕtar o alinhanenià nordeste dos e_ventos no norte de New Jersey " ,ri -ã"^'ñ"w yoïk relativo ao sistema de falhas namapg. ,qil".ir;o, rcpresenrameventos não identificaclos (Sik"r','-iõ8ôi:

sltivas, se concenttam no interior ou nassrsnÌca, sugerindo, segundo Sykes (1g 7g) ,mo na tegiào. A prováveI configuração dede aproximadamente 2000 km de cornprimentoe conslderado pelo mesmo autor.

Go

,\.. NJ

75

o

MAGNITUDEólo2o3Oq

I(

Uma das nais notáveis associações de sismos :lntra_placa com antigas zonas d.e falhas ocorre na região sul de NewYorli e norte de New Js¡5sy, segund.o Sykes (19g0). Os ¡tecanisnlosdestes sismos fo¡am caracterizados por Aggarwall e Sykes (197g)co

æ----rO 50 lO0 ZOOkm

70.

proxini clade s desta zonaum cont in uo tcù ton i.:ì-

um lineamenl o tectôtìi.ùoe 100-200 km de largura

J40"65.

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no falhaÍìentos inversos di'ecionados p re fe re n c i a 1ne n t e para Nir.Através da deternini.Lção rros hipoccntros destes sisnos se carac-terizou o posì.cionanìento espacial clos planos de falhas até ìÌnìaprofundidade de 10 km, Estes clados estãro coerentes com o siste-ma cle falhas Ramapo qtre, segunclo Iìatclif fe (f 971) , foi ¿trivono final do P16-canb.iano, .o pa le ozór.co e no 'r'riássico-Jurássi-co, quando predorninaram fa1ìranentos n.o¡nais, clurante a fragnen-taçao continc.ntal.. 0s erros considerados na Locação doscentros destes sisnos si.ro rn.-'nores que l-2 krn.

4.¿,2, l,este e Sucleste dos Estaclos tjni.clos

Con base em clados histórj.cos Bollinger (1973) re_conheceu ativrdacìe sísmica preferencial ¿io longo da faixa dedobramentos Apalachízma, e doìs oLrtros "trends" sísmi-cos com orien-tações predoni nant€'mente noroeste, na carolina clo snl - ceorgiae em Virginia Centr.at (figura 5).

,oro f ,'r*,.0DOS

A PA LACH

epr-

Figura 5 - Sismicidade hístóri ca (1754-1.970) para o sud.este d.osEstados Uniclos. Ju e Ilo são rochas- alcalinas cì.o Ju_rássico e Eoceno respe cti.vamente (Sykes, fggOj,

zot¡¡ s r's ¡¡tcnVIRGINIA ,CENTRAL

o EM

CHARLESTON

LEGENDA

ZONA SISI\4ICA CA-RO L INA DO SrcEORGIA

Senlrdo

ao,o

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A zona sísnica Carolina do SuI - Georgia se <lesen-volve a parti-r do "final" da zona de fraturas Blake, onde as anomalias nagn6ticas sofreran un deslocamento sinestral de cerca de100 krn, segundo Pitnan e Talwani (1972).

InteTessante notaï que, enqLìânto o "trend" sísnicose orienta para NW, as principaj-s estruturas disruptivas na Carolina do Sul acompan¡¿¡ 6 i'trend" l,lE ¡Syke s , l9 g0 ) .

Nischenko e Si'kes (1979) sugerem que a atividadesísníca do centro e noroeste cla Carolina do Sul po<leria não sercontínua até a 'area de Charleston onde ocoïTeran centenas cle eventos. A solução de mecanj,sno focal , obtida por Tarr (I977), .1o

sisno de 1974 em Charleston, retratou um falhamento de enrpurrãocom a direção N43çW, coerente con esta zona sís¡nica,

Ao que tudo indica não ocor:rern rochas ígneas jo-vens associadas a esta zona sísmica como acontece na Boston-Ottawa.

A zona sísrnica da Virgini.a central tanbém estálocalizada, segundo Sykes (1978), no prolonganento de uma zonade fraturas (Z.F,Norfolk), na qual ter j-a ocorrido um d.eslocamen-to nas anomalias nagnétì.cas de cerca de 50 km. Nas plo,<initlatlesdesta zona sísnica, cle orientação NW, ocoï.rem j.ntrusivas do Eoceno (Eo na figura 5), que são as rochas ígneas nais jovens do leste dos Estados tlniclos, Iìxata.tnente a leste destas intrusivas es-tão presentes rochas alcalinas do Jurássico (Ju na figura S). Elta área, além da presença c1e várias fontes terma:is, se caractc rj.za como urn dos três locais dos ApaLaches onde são encontraclos clj.

ques de diabásio clo Triássi.co-.Iurássico.

Ern função destes daclos, Sykes (1978) sugere que ¿r

zona de f¡aturas Norfolk pocleria estar relacionada com Llma zonade fraqueza de orientacão IVNW-NW, que tería sído reativada quan-do do desenvolvi.nìento do At1ântico Oeste, e atualmente seria responsáve1 pela atividade sísnica presente.

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Una das principais provÍncias sísrnicas do cenrroe leste da An6rica cio Norte es'á localizada próxima a confluên-cia dos rios Ohio e Mississipi na região sudeste de Missouri,conabrangência de partes de Arkansas, Illinois, Kentucky e Tennessee. Ali ocorreram os grandes terrenotos de 1g1I e 1g12 (figura3), e segunclo registros históricos e instrumentais esta região

4.2.3. Zona sísmica New Maclri

tem exibido atívidade contínua representando, segundo(1979), cerca de um terço dos eventos do centro cjos Estados Uni_dos. A zona sÍsnica New Madri, de Fletcher et al. (197g), estásituada no final norte c1o embaia¡nento do Mississipi e parece es_tar associada corn o sistenra de faihas New rrlaciri de orientação entre nordeste e NNE, e tanbém com falhas de clireção noroeste. A_través cla solução de ¡necanisrno focal c1e vários sisnos ocorrídosno interior do ernbaiamento ficararn caracte'riza<10s rnovinentos detranscorrência dextral segunclo os planos N40eE 70eNW, preferen_cialrnente.

As profundidades focaisseguidas por Nuttli (1979), fornecerannalnente.

-to_

Assirn comoneas alcalinas do final doao longo do enlbaiarnento do

4.3. Canaðã e Groenlânc1ia

Segundo Sykes (197g) en várias áre¿rs marginai.sdo Escudo Canadense ocorre ativiclade sÍsmica moderacla, enquan_to que en seu interior esta atividade é extremanente baixa.

Nuttli

A margem continental Ãrtica cno norte e noroeste do Canadá respec:tivanente,e o Mar Labrador são as regiões que apresentana qual vern senclo registrada, desde a instalação

em New England e Virgínia, rochas íg_Ìvlesozóico são norrnalnìente en con t ra dasMississipi (Sykes , 1978).

dos sísmos recentes, conínclices de 5 a 20 krn, nor

o Va 1e l'lackenzie,a .úa1a de iJaf ftnativi clade s ísni c4de estações sismo

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gráficas, no início de 1960, no norte <io Canadá.

Uma das regiões de maior atividade sís¡níca da A¡n6rica do Norte está localizada a nordeste da llha de Baffin naBaia do Baffin (figura 6). Esta baia e o l,lar Labrador foram for-mados con a separação entre a Groenlânclia e a Âm6rica do Nort.e,aaproxinadamente 60 m,a..

Apesar do interior da Groenlândia, fornado porrochas do P16-Canbriano, ser praticanente assísnico, rnuitos ter-remotos tem sido detectados em estruturas Caledonianas nas mar-gens nordeste e 1este, Sykes (1978) acredita clue estas estruturas da margen leste da Groenlândia, a norte do paralelo 70eN, provavelnìente terian sido reativadas no cenozóico con a abertura daparte norte do Atlântico Norte, e a julgar pela sismj.cidade a-tua1. continuariarn ativas.

A atividade sísnica do nordeste da Croenlândia,uma das rnaiores alí existentes, parece estar relacionada ou cona reativação de estruturas Caledonianas ou com o "final" ð.a zonade fraturas de Spit sbe rgen.

Scoresby Sund, no leste da Groenlândia, e nas pïoxinídades da estação sisnográfica SCO (figura 6), caracterj-za aprincipal nargen transversal da faixa cle clobramentos calecÌonianos (Sykes , 19 78) ,

4.4. Norte e Oeste da Europa

-20-

Corn base em nediclas de esforços ',in situ" na re_gião a norte dos A1pes, os quais clescrescem s i s te mat i c amen te nosentido su1-norte, Sykes (1978) consiclera a provável relação itaatividade sísrnica, a sul c1o paralelo 50çN (figura 7),preferencialnente con a borda das placas Euroasiática e Africana, clo clue comeventos intraplaca "

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Figura 6

-27-

Terrernotos na Groenlândia e proxinlclades, de 1904 a1975, Notar a concentração de epicentros nas faixasde dobranentos paleozóicos ao Iòngo da costa norte enordeste, Setas divergentes signiiicam o eixo clo me-nor esforço compressivo inferido de solução de nìecanisno focal (Sykes, 1978)

Esf o-r'cos cornpressivos horizontais foram cletectados através da t6cnica de a1ívio cle tensões na Noruega, Suécia,Spitsbergen, Irlanda, Islãndia e portugal. Estes esforços collr-pressì.vos máxirnos en por:tugal, e no sul da Noruega estão Õrientados para oeste, enquanto que no norte da Irlanda, Spitsbergen e

norte da Fenoscândia estes se clìrecionam entre N e NNW.

Estuclos efetuados por King (19g0) e Assr-rnpção(1981) concordam com a dedução de Anderson (1951-in Sykes 1978)do esforço cornpressivo ¡náximo, na Inglaterra, estar atualmente

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-22 -

orientadoentleNeNNW.

Terremotos no norte e oeste da Europa cle 1g0l(Sykes , 19 78) .

A clistribuiçãocândia (figura 7) inclì.ca altate e sul da Noruega.

Da mesna forrna qr:e no leste da Groenlândia, a atividade sísmica na costa oeste da Noruega coincícre conL f¿rixas dedobrarnentos caledonianos, e se concentTam entre os paralelos 6lçe 63çN, nas proximidades do "fina1" da zona de fraturas Jan lvla_yen. Ern Spítsbergen e na lnglateïra a at ividade sísmj.ca ram_bérn se 1oca1iza, preferencialmente,en clobramentos calecloní¿rnos.

SISMICIDADE DO OESÎE ENORTE OA EU RO PA

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dos terrenotos históricos na F-enos

atividade sisnic¿r nas cost¿ls oes

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Várias evidências geológicas, cono o posicíona-nento espacial c1e feições vulcânicas ou de corpos ígneos,no oes-te da Europa, concordam com as direções c1e esforços compressívosmãximos detectados atrav6s de soluções de rnecanismo focal ou de

medições "in situ", segundo Sykes (1978).

4, 5. fndia Peninsular

Altos esforços compressivos na placa Indianapodem estar associados com a zona de colisão continental entreesta placa e a Euroasiáti.ca (Sykes,1978) ,

Soluções de necanismo focal para vários terre-motos que ocorreram na fndía peninsular caracterizaram falhamentos transcorrentes ou de enpurrão (figura 8),cujos eixos de máxino esforço conpressivo estão orientados predominantenente paranordeste (Sykes e Sbar, L974; Chanclra , 7977).

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Fisura I - Solucões de mecanisrno focal dos princinais terrcnotos" cla fñdia peninsular com o ano de'ocorrência e magnitude. Quadrairtcs cheios signif icam complessão (Ora¡dra."197lI.

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Segundo Chandra (I977), que elaborou detalhado es

tudo da sisnj-cidade histórica e atual da fndia peninsular, a va-ríação da ori.entação, no quadrante NE, dos planos rLodais defini-dos pelas soluções cle mecanisrno focal dos terremotos estudados(figura 8), poderia estar associa<1a com o posicionamento das zo

nas de fraqueza, que segundo o nesno carnpo de esforços, deter¡ninaria os falharnentos, e ao longo dos quais preferencialnente o-correriam si srnos, O rnesmo autor acredita que o caráter sirÌestraldos novimentos nos planos nodais poderia estar rel"acionado com a

geometl'ía e cinemática da colisão do continente Inclíano con a Eu

rás.i. a.

0 posicj onamento tanto dos seis terremotos, in-cluindo o induzido em Koyna, corn ni:Lgnitudes naiores que 5 ,2 e

dos vários sísnos com intens:i.dac1es naiores que VI , e tarnb6m dos

eventos rlenores nas proxirnidades das li.nhas de costa da fndiapeninsular, sugere estar a atividade sísmica controlada por fa-tharnentos ou antigas zonas cle falhas direcionadas para nordeste(Chanclra , 7977).

4.6. Austrá1ia

Apesar da atividade sísnica na Austrá1ia ser bai-xa enr comparação corn a maioria das bordas de placas, nuitos sismos d.e rnagnitudes naìores que 6, teln ocorrido, neste sécu1o, em

seu interior ou prõximos (fìykes, 1978). A Austrália é consíde-rada por Sykes (1980) como a principal área de sismicidade intraplacas no mundo. Segundo Doyle et al, (19ó8) todo sismo bem re-gistrado, na Austrá1ia, tem ocorrido no interior da crosta, sen-do que a maioria na parte superior clesta,

Corno as margens 1este, oeste e sul da Austrá1iase desenvolveran por separação continental durante o Mesozóico e

Cenozóico, Sykes (1978) levanta a possibilidade dos terremotos e

do rnagnatisrno cenozõico terem alguma relação com estes episódiosde fragmentação cont inen tal.

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A cadeia oceânica Meso-Indiana, a su1 da Austrá1ia e Tasrnânía, é segmenta<la por una série de grandes zonas defraturas entre os ¡neridianos 138eE e 160e8 (figura 9). Altos ín-dices de atividade sísmica ocorrem ao longo destas zonas de fra-turas entre os segnentos da cadeia, onde se dá o crescimento doassoalho oceânico, o nesrno não ocorrendo nas extensões para nor-te e para sul destas estruturas. Interessante notar que o segrnento da cadeia erìtre L27ç e 138çE (Zona C - figura 9), onde nàoocorretn epicentTos, pode estar associ.ado ao irrtervalo de l26e a

135e E da costa sul da A.ustrália, com similar ausôncía de ativi-dacle sísnica. Sykes (1978) conclue que, por não ocorreïem nuitaszonas de fraqueza pré-existentes neste intervalo da margem con-tinental, grandes falhas transfornantes não se desenvolveram. Asregiões de naior atividade sísmica d.o sucloeste da ÂustTál j.a es-tão situadas exatanente a norte das zonas (A e B - figura 9) dealta sisrnicidade da cadeia oceânica Meso-Indiana, onde rnuitas zonas de fraturas tem sj-do rnapeadas. Sykes (197g) acredita que a

presença do falhamento Darling e outras zonas de fraqueza poclemter causado a geração de um mais cornplexo padrão de falhas transfornantes no oceano adj acente do que no segmento C.

Através de soluções de rnecanismo clos eventos sís_micos na AustTá1ia, ficou caraci"erizad,a a predoninância de es_forços cornpressivos horizontais envorvendo, princlpalnente falhanentos de empurrão, Sykes (1978) sugere que estes esforcos pocleríaTn estar associados à mourrnentação cla placa Indo - Australianapara norte,

Sykes (1978) distingue tr.ôs principai.s regiões tteatividade sísmica na Austrá1ia: 1- ao longo cla costa leste, in-cluindo a Tasnânia e o Estrei.to de Ilass; 2- borcle.j ando os blocosde Pilbara e Yilgarn a oeste do escurlo Australiano; 3- na zonaque se estende de Adelaicle ao longo do neridiano 13gç E, até o

centro da Austrá1ia (figr.rra 9).

Na região leste cla Austrália, a zona de alta ati_vidade sísnica, con 350 krn cle larg,râ, se inrerrompe abruptarnen-te, con exceção d.os sismos próxinos a 40e S e lSSe E, nas proxr-

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Terlemotos na Ar.rstrá1ia de 1897 a 1972 (círculos cheì.os)e no l.este do Oce¡rno fndÍco de 1950 a 19óó (círculosvazacios). Zonas de f rat r-rras (traços contínuos) segnen-tan (A,B e C) a caclei.a neso-Incli¿Lna e parecen ter se<lesenvolvido a partir clas principais feições tectôni-cas da nargem continentai. do su1 da ÂLrstrá1ia, Flechasconvergentes significam esforÇos náximos conrpressivosde soluçocs de mecanismo focal bern cleterminaclas. K. B.ó Bloco Ni.nberl.ey; A.lì. Ìlloco Arunta; À{.8. J31oco Mus-grave; P.B. Bl.oco Pi. lbara; C.ll . ßloco Caw.l er; A.G. Iraixa de Dobramentos Adelai.de : F.l:ì. Ììalhantento Fr¡sier l'l'.L. Lineantento 'l'orrens c N.B. Ilacì.a Ngalia, 0s blocoscratônicos sofreran dc..1'ormi,tçõe s prini:Ìpaìs antes cle1b. anos. K sãro l<imbe rlitos, provavelmente clo Quater-nário (Sykes, 19tj0).

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27-

mídades do talude continental. Isto contrasta con a região oes-te, onde a atividade sísnica se estende para fora da costa, o-correndo no interior da regíão de complexos olatôs e bacias,assernelhando-se a margeÌì su1 da California (Larson, 1977).

A alta atividade sís¡nica no Estreito de Basscoincide parcialnente com una proeninente anonalia de conoutividade el6trica e con várias falhas apresentadas no mapa tectôni-co da Austrá1ia e da Nova Guiné (Geological Society of Ä.ustra-lia, 1971 - in Sykes, 1978). A sismicidade da parte leste do

Estreito de Bass ocorre nas proxinidades do "fina1" de una das

maiores zonas de fraturas do l"far de Tasman.

Soerguínento generalizado, durante o Mesozóicoe Cenozóico, tem ocorrido na área afetada por terremotos do 1es

te da Austrá1ia. A presença cie vários kinberlitos na região su-deste e na Tasnânia, assim como nas proxinidades de Adelaicle,con idades do Permiano ao Cenozõico, áreas estas com åtividadesísrnica, pocle ser indícativa de falhanentos profundos cortandoa litosfera por inteiro (Sykes, 1978). Segundo o mesno autor parece que, assim cono ocorre no leste da funérica do Norte, o canpo de esforços no leste da Austrálj.a ten se nodifi.cado com o

te mpo .

Os dois terços oestevários núc1eos cratônicos s ep aradospresenta jovens zonas de deforrnaçãotrá1ia, 1971 - in Sykes, 1978).

O "trend" sísmíco concordante com o falhanentoDarling, na região sucloeste parece acompanhar urn proenìinentecinturão de anomalías gravime!tricas associado a esta feição disruptiva (Australian Depaïtanent of Natural Resources , 1977 - i.n

Sykes, 1978). Soluções de rnecanismo focal para dois terremotosque ocorreram exatanente a leste do falharnento Darling (figura9) retratararn falhanentos de empurrão. 0 terrenoto de Meckerlng,localizado na borda oeste do bloco Yilgarn, dentro deste, com

nagnitude 7, em 1968, gerou u¡na anornal escarpa de falhamento

da Austrália consistem de

peLa bacia Amadeus que re-( Geological Society of Aus-

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de empurrão com a direção norte,

Uma das principais provÍncias sísnicas da Austrá-lj-a está associada à depressão de Fitzroy, na bacia tje Canning(figura 9) , onde os fa1hamentos se direcionan para NW. Esta orientação está concordante con o linite norte do platô Exnouth, poronde 6 inferida una zona de fraturas. A su1 deste platô se sit.uauna das rnaiores zonas de fraturas do oeste da Austrália. Interes-sante notaï que ambos os linites do referido platô quando continuados para o continente coincidenl con as nargens do bloco pilbara,em cujas bordas e interior váríos epicentros est,ão plotados.

Aconpanhando um proeninente cinturão de anornaliasgravirn6tricas entre os blocos cratônicos lvlusgîave e yilgarn acon-tece outra zona de atividade sísmica, a qual parece seguir partedo falharnento Frasier na região sudeste do bloco yilgarn,

Situada exatamente na continuidade de uma das maiores zonas de fraturas, entre os mer j.dianos l40e e 145e E, do oceano fndico, a zona sÍsrnica de Adelaide, concordante con o rneridiano 138e E (figura 9) , parece acompanhar o contato entre o blococratônico de Gawler e as faixas de dobranentos do paleozóico, a

1este.

-28-

A presença c1e kinberlitos e carbonatitos na regiãode Adelaide indica que esta antiga zona de fraqueza, que pareceter sido reativada no Terciário, provavelmente corte por intei-ro a litosfera.

Os movinentos tectônicos que ocorreram no Terciá-rio, na região c1e Adelaide, parecem ter continuado durante o Qua-ternário, e segundo Sykes (1978) estão registrados na fisj-ografia,no padrão de falhamentos, e justíficam a ocor¡ência atual de ter-remotos,

As zonas de atividade sisrnica da Austrália, quenornalmente contornan antigos blocos cratônicos, rnuitas vezes sãopïaticanente coincidentes con proerninentes a.nonalias gravimétri-

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cas que seguem antigos cinturões cle dobranentos. Em vista disto,a detecção de zonas de fraqueza do pré-Cambriano e paleozóico,através cle levantamentos gravimétricos auxiliariam em muito o es-tudo de risco sísmico, vísto que os terrenotos intraplaca pargcen estar ocorrendo ao longo destas zonas em resposta ao regimede esforços atua1,

4 ,7 . Af.rica

Krenkel (1923) estudou a sismicidade hìstóríca docontinente africano e delimitou regiões cle nesma freqüência a-nual de terremotos. 0s maiores níveis de ativídade sísmica estãoclaramente associados ao sisterna de "rj-fts" do leste africano,enquanto no oeste da Ãfríca,nas regiões prõximas äs Ilhas Caná-rias e llhas de Cabo Verde, na linha de Carneroon e no Golfo daGuiné, assim como no sudoeste do continente,nas proxinidades daprovíncia alcalina de Damaraland e do "graben" de Onatako, a atividade 6 mode rada.

Estudos da sismicidade do leste da .4frica (Roth6,1954; Sykes e Landisnan, 1964; Sykes, 1970; Fairhead e Girdler,1971) ten correlacionado "trencls" sísmicos com os "rifts" do lesteafricano e estabelecido suas conecções com o sistena de "rift,' nundial através do },far Verme tho e do Golfo de Eden (Maasha, 1975).

E¡nbora o caráter difuso e rnulti-ra¡nificado da sismicidade do sisterna de "rifts"e do sul da Ãfrica contrastem conas feições de borda de placa, cuja atividade sísmica se concen-tra en únicas e estreitas faixas, Sykes (1978) sugere que estascaracterÍsticas poderian ser típicas de fases íniciais de frag-mentação continental, Em vista destas considerações são tratadasaqui as vãrias regiões sísmicas do continente africano, com ex-ceção do sisterna cle "rifts" do leste da Ãfrica.

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Historicanente o noroeste da Ãfrica, incluindo- se

as ilhas de Cabo Verde e Canárias, apresenta níveis ¡noderados de

atividade sísmica.

4.7 .7. Noroeste da Ãfrica

lvluitos dos teTrenotos ocorriilos en território mar-roquino, cono o de 1960 ern Agadir, corn nagnitude 5,9 e alto podelclestrutivo, se localizâm nas proxirnidades da zona de falhas Atlasdo Su1 (figura 10), Apesar da relação desta zona de falhas co¡n

o tectonisno das Ilhas Canãrias, ou con a zana de fraturas oceânica entre 29ç e 30e N, não ser ainda conhecida en detalhe, ìestasfeições parecen definir una das principais descontinuidades no

desenvolvinento rnesozóico do Leste do Atlântico (Sykes, 1978).

A parte oeste da zona de falhas Atlas do Sul , onde

ocorïe a maior concentração de epicentros na figura L0, sofreugrande transcorrência dextral durante o final do Paleozó j.co (Rod,

7962) , e foi reativada durante a abertura do At1ântico Norte (Mat

tauer et al., L972; Le Pichon et a1,,7977- in Sykes, 1978). Atra-v6s de n6todos geofísicos esta feição pode ser seguida at6 as

I lhas Canárias,

Nota-se claranente que a atividade sísnica ao longo da zona de falhas Atlas do Sul acornpanha, preferencíal.mente, a

zona de fraqueza do final do Paleozóico. Este "trend" sísnico ao

alcançar a região central do Marrocos sofre una inflexão para NE,

passando a aconpanhar as nontanhas do Atlas M6di.o atd atingir, no

norte de Marrocos, a zorra de deforrnação cenozój.ca na área de Rìf(Sykes , 19 78) .

Apesar de sisnos intraplaca em litosfera oceânicaseren relativanente raros, em 1938 e 1941 ocorreran, a noroestedas Ilhas de Cabo Verde, dois terrernotos cor¡r magnitudes naioresque 6.

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- 31-

Figura 10 - Terre¡notos ao longo Ca nargem atlãntica do continenteafricano entre 1900 e 1975. Rochas ígneas con idadespróxinas ou nais novas.que_a fragmentação corìtinentalsão apresentaclas, As clireções transfornantes, traçatlas at6 as proxinidadcs da costa, se relacionam como polo de rotação do intervalo de 130 - 81 m.a. parao nìovrmento cìa"África com a América do Su1 , ou de^ 180- 81 m.a, da Ãfrica com a Anérica do Norte. Os aparentes deslocanentos do eixo da Cadeia Meso-Atlantica estão indicaclas em quilômetros e caracterizados comõdextrais (Il) ou sinestrais (E) (Sykes, 1978 - modífí-cado).

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Local do encontro das principais zonas de fratu-ras equatoriais con a Jnargem atlântica do continente africano, o

Golfo da Guiné, ass j-m como a região norte-nordeste do Brasil, representa uln dos mais propícios pontos ã procura de feições tectônicas e terremotos próximos aos "fitìais" destas zonas de fratu-ras (Sykes , 19 78) .

Muitas destas lal.gas zonas de fratuïas equato-

4 .7 .2. Golfo da Guiné

riais foram mapeadas por Gorini e Bryan (197ó),os quaisbém estudaram as áreas onde ocorre o encontro ciestas feições corna nargenì continental" Iistes autores, en concordância. corn Francheteu e Le Pichon (I972) , concluern que estas zonas de fraturas segnentan as margens continentais, de ta1 forna que bacias sedimentares costei-ras se desenvolvem independentenente em annbos os 1a-dos destas estruturas,

A região de Acc¡a testemunhou grandes terremotosen 1636, 1862, 1906 e 1939, alén de 12 sismos menores entre lBSge 1935 (Junner,1941 - in Sykes,1978), As isossistas dos terremo-tos de 1906 e 1939, este corn magnitucle 6,5 e intensidade náximaIX MM, tendo ocasionado várias norres (figura l-1),próximos aAccra indican que estes sisnos ocorreram ou ao 1ongo, ou nas proximidacles da íngreme borda da plataforma continental com orrentação NE, a qual poderia repÌ.esentar uma extensão da zona de fraturas de Romanche, segundo Sykes (1978). A margern falhada NW daBacia d.e Dahoney, exatamente concorclante conì esta orientação, auxilia esta interpretação. Sykes (1980) ressalta ainda a proxini-dade de Accra con a margem tectônica leste do cráton do Oeste A-fricano ( f i" gura 10).

0 sismo de 194S, ile magnitude ó, teve intensida_de máxinra de VII, e área nacrossísrnica de 200.000 kn2, enquantoo de 1974, corn nagnitude 6,2, apresentou planos nodais, atravéscle solução de rnecanisrno foca1, envolvendo predoni.nantemente fâlhamentos de ernpurrão, direcionados para NW (Sykes, 197g). A solu-

- 32-

t am-

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Figura 11 - Feições estruturais no Go1ío da Guíné, provavelrnente relacionadas com a zona de fratutas Romanèhe. Notar a coñcordância da margem Ntt' da Bacia Ðahoney com o alinharneñto do talude continentaf. Isossìstas dos sisnos de I906e 1939 são apresentadas, e o epicentro do segundo, localizado^pelo ISS, denarcado com um círculo cruzado (Syrkes, 19 78 - modificado).

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ção de mecanísrno focal para o terremoto de 1971 (fígura t0)tua o esfoïço conpressivo máximo, de orientação NW, próxinohorizontal (Sykos e Sbar, 1974).

4 .7 ,3. Sudoeste da ^Ãf rica

Apesar de não indicar atividade sísnica em Arrgo_1a, Krenkel (r923) delinita claranìente regiões de atividade rnoderada no sudoeste e su1 do continerìte africano.

Nas regiões próximas ã rnargern continental, segun-clo Sykes (1978) , tanto em Angola coÍno no sud.oeste da .Ãf rica, unapossíve1 relação entre sisrnicidade, rochas igneas jovens e zonasde fraturas oceânicas pode ser considerada. No interior da pro-víncia alcalina de Angola, em 1914, ocoïTeu um teïTemoto d.e nag-nitude 6,próximo ao "final', de uma grande zona d.e fraturas, e doprincipal deslocamento da rnargem continental de Angola (Franche-teau e Le Pichon, 1972).

MuitÕs dos terremotos históricos, estudados prin_cipalrnente segundo suas áreas afetadas, ocorridos no sudoeste daÃfríca,parecem estar associados corn o "g;raben" de Onatako, com aprovíncia alcalina de Darna¡aland (fígura 10), e com a faixa dedobrarnentos Damara (sykes, 1978), A direção transfornante ïelativa a zona de fraturas que ocorre próxina aos SOe S da Cadeia [Je-so-At1ântica poderia estar associada tan.to corn a província alca-lina de Danaraland, c otì' o "graben" de Onatako, e com a ativiclaclesísmica 1oca1.

4. 8. Conent ári os

-34-

sl.-a

Ao que tudo indica, a sisni.cidade das áreas ac¡uítratadas não parece ocorrer ao acaso, mas siln com tendência a seconcentrar, preferencialrnente, ao longo de zonas de flaquezapró-existentes, localizadas nos "finais" das principais zonasde fraturas oceânicas, ou ao longo de farharnentos de antigos cin

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turões de dobramentos, en ambos os casos, dentro da espessa 1j,tosfera continental, Em contraste, sismos intraplaca raramente ocorrern na litosfera oceânica adjacente, ou tìo interior de antigosblocos ctatônicos continentais.

Estas zonas de fraqueza pré-existentes normalmen-te se posicionan paralelas ou perpendiculares ãs atuais rnargenscontinentais, e foram reativadas durante os estágios de fragmentação continental, Algunas destas zonas cle fraqueza continentaisparecen controrar a localização das zonas de fraturas desenvolvi-das nos novos oceanos, cujo espaçanento entre elas, em conjuntocon a divisão natural en blocos da margen continental, parece re-fletir os padrões atuais de atividade sísnica.

Em nuitos locais nagmatisno al.calino e terre lotosse estendem por muì-tas centenas de quilônetros dentro clos conti-nentes a partir dos "finais" das zonas de fraturas/lineamentos o-ceânicos, sem necessariamente apresentarern a meslna orientação,

0s movimentos recentes de soerguinento de regiõescontinentaís intraplaca, que em alguns casos podem estar relacio-nados corn a remoção do capeamento de gelo da glaciação pleistocênica' são associaclos, em alguns trabalhos, coÍì a atividade sísnica decertas áreas. EntTetanto, parece pouco prováve1 que estes movimentos sejan ulna das principais causas dos altos esforços compressj.vos horizontais, relativamente nornais no interior das placas.

Considerando-se que a -razâo de movinentação de placas que contenham grandes áreas cratônicas 6 nuito rnenor que aquelas forrnadas por litosfera oceânica ou mesno por cinturões de do-brarnentos jovens, supõe-se que a princípal origen do canpo de es_forços no interior das placas, principalnente continentais, podeser reflexo do arraste exe¡cido na base da litosfera de profun-das áreas cratônicas (sykes, 1978). Esta resistência ao movirnen-to pode resultar ern esforços cornpressivos horizontais nestas â-reas.

Urn dos fatores que poderia concentrar esforços nas

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proximidades das nargens continentais á a brusca rnodifícação daespessura da litosfera nesta região. Zonas de fraqueza, princi-palrnente ern faixas de dobra¡lentos, que forarn reativadas durantea fragmentação continental seriam locais favoráveis à liberaçãodes te s esforços,

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5, SISMICIDADE DO BRASIL

5. 1. Introdução

0cupando grande parte da plataforma Sulamericana,consíderada tectr:nicanente estáve1, o Brasil era, até pouco tem-po atrás, tido como praticanente assísnico em função da não ocor-rôncia de terrenotos destrutivos.

Em neados do século passado, Capanena (lgS9) es-creveu o primeiro trabalho brasileiro sobre sismicidade, tentandocaracte'izar a ocorrência de abalos sísniios no país. outros tra-bal.hos se seguirarn (Senna, 1906; Gana, 1910; Silveira, 1906,1920;Branner, 1972, 1915, 1920; Sampaio, 1919; Moraes e Malanphy ,Ig37,Sternberg, 1953; e outros) listando eventos, descrevendo efeitos,e vezes, até esboçando tentativas de interpretações tectônicas.

Ultinamente, significativas listagens de sisnosocorridos no Brasil, con descrições de efeitos e tentativas decatacterízação de intensidades náxinas, foram elaboradas por Sa-dowski et a1. (1978), Harberlehner (197g), e Berrocal et at.(1979, 1981 e 1984). Estes autoÌes e Hasui e ponçano (1978a) esboçaram correlações da sismicidade con as principais feições tectô-ni cas do Brasil.

5. 2. Region alizaçào Sísnica

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Considerando-se que a grande maioria dos sismosque figuram nos mapas dos t¡abalhos de compilações foi recuperadaatravés de infornações bibliográficas, jornal-ísticas, ou nesnopessoais, percebe-se claranente que o conhecinento da sisnicidadeno Brasil está forternente vinculado à distribuíção populacionalApesa' disso é possível se detectar níveis distintos de atividadesÍsnica, levando-se en conta o núnero de eventos e suas intensídades nas diferentes regiões.

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Em função das naiores intensidades e freqtlência,Sadowski et al. (1978) caracterizaram as províncias sísrnicas do

Nordeste e do Sudeste, as quais apresentam-se cortadas por gran-des falhanentos transcorrentes carnbro-ordovicianos, cuja reativação, segundo os autores, 6 altamente prováve1. Haberlehner(1978)Íeconhece várias províncias que e1e denonina de sisnotectônicasna tentativa de correlacionar os eventos con as principais es-tïuturas das regiões onde estes ocorreta¡n.

Berrocal et a1. (1984) efetuaram ulna extensa 1istagem dos sisrnos ocorridos no Brasil entre 1560 e 1981 co¡n seLrs

respectivos dados rnacrossísrnicos. Cada evento foi cuidadosamenteanalisado pelos autores, e) sempre que possíve1, suas características, cono ãrea afetada, distribuição das intensídades, traçadode ísossistas, intensidade náxi¡na, locação epicentral com nar-gen de erro e nagnitude, deterrninadas. Constan tambén deste tra-balho dados instrunentais de estações sisnográficas internacionais a partir de 1919, com sisnos de magnitude geralnente naio-res que 5,5 tn6, ou rnaíores que 4,5 Ih desde 1965, e tamb$m de estaçõessisnográficas locais, que apesar de fornecerern dados principal-mente a partir de 196ó, incluern sismos de magnitude 3 ou neno-res, conforrne a região.

0s epicentros confiáveis, conseguidos a partirde dados instrurnentais e ¡nacrossÍsnicos! são apresentados nafigura 12.

Con base na distribuição dos epicentros e nascaracteïísticas dos sisnos, Berrocal et a1. (f981) caracteri.zaram as principais regiões sísrnicas do Brasil. Berrocal et a1.(1984), tentativamente, associararn estas províncias sÍsnicas ãsprincipais unidades geotectônicas, se esboçando una prelininarregionalização sisnrotectônica do território nacional. A seguirsão sinteticamente descritas as principais atividades sÍsnicasnas várias regiões brasileiras, corn exceção da Região Sudesteque, por significar a â-rea de interesse deste estudo, será tratada em detalhe no capítulo seguinte.

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Vários sisrnos forarn registrados no su1 do Ëstadode Mato Grosso e na região ocidental do Estado de Mato Grosso do

Su1 (figura 12). Destaca-se o evento de 13.02"\964, ocorrido na

região noroeste do Istado de Mato Grosso do Sul , o quat .apresen-tou nagnitude nO = 5,4 e intensidade ¡náxima in:Êerida de VII MM.

Mendiguren e Richter (1978), através da solução do mecanisno fo-ca1 deste sisrno, caracte'rizaram esforços cornpressivos horizontaisorientados segundo NNE-SSW, e predoninânci.a de falhalnento de em-

purrão, 0s denais sismos, localizados próximos a este evento, a-presentaram intensidades e magnitudes inferiores ãs citadas. A

naioria destes eventos parecen se concentrar no segmento sul da

faixa de dobranentos Paraguai-Araguaia, desenvo1vicla durante o Ci

c1o B¡asiliairo.

No centro-oeste do Estado de Mato Grosso, ern p1e

no interior do cráton Anazõnico, ocorreu, en 31.01,1955, o sisnode naior nagnitude que se ten notícia no Brasil, con nb = 6,6. Es

tudado por Mendiguïen e Richter (1978), este evento forneceu, a-través da solução do necanisrno focal , a caracterì.zação de csfor-ços conpressivos horizontais direcionados NW-SE.

5.2,2, Região Centra 1 do Brasil

5. 2. 1. Região de tr'lato Grosso

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Localizado no sudeste clo Pará, nas proxinicladesda região de contato entre o cráton Anazônico e a fai.xa c1e dobr¿r

nentos Paraguai-Araguaia, o sisno de 12.11.80, con utagnitucle ,nb=

4,7 e intensidade máxima V-VI MM, retratoLr, segundo Âssunpção eta1. (1985), esforços tracionais orientados aproximadamente NNE-

SSW, con predorninância de falhanentos normais. A ati.vidade sÍsnÉca no Estado de Goiás (figura l2), retratada principalmente pordados instrurnentais, é caracterizada, principalnente, por eventosde rnagnitudes e íntensidades rnoderadas, con tb . 4 e I < VIIM, se-gundo Berrocal et al- (1984). Estes eventos parecem ocorrer, pre-ferencialrnente, na faixa de dobrarnentos P araguai -Araguai a , ou en

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reg j.ões regeneradas durante o Ciclo Brasiliano.

5.2.3. Re gi ão Arn¿zônica

Em função do tipo de ocupação regional, que nao

permite a recuperação da atividade histórica, e clos poucos cven

tos instrumentais, é pequeno o conheci.rnento sobre a atividadesísrníca nesta ïegião. Entretanto, ao que tudo indica, esta atividade parece se concentrar preferenci.alrnente nas coberturas fane-rozóicas do cráton Anazônico, senclo rnais signifÍcativa nâ partecentral da Bacl.a Amazõnica, nas proxì.nj,dades de Be1ém do Pará-ILha de Marajó, na clivisa Roraina-Guiana, no norte do Territórioclo Anapá e no oeste do Estado do Acre (:f ìgura lZ). Ilalrerlehner(197S) e Hasui (1979) sugerem a relação dos sisnos do leste de

Roraíma con o "graben" de Takutu. o evento de I2.01.1970, próxirno

a Be16n, apïesentou nagnitude tb= 4,5 e intensíclade náxina VI -VII MM, enquanto o sisno de 02.08.1977, na Ilha de Marajó, con

mb= 4,8, foi estudado por .Assumpção et a1. (1985) os quais infe-riram urn prováve 1 falhanentÕ transcorrente com esforços compres-

sivos náxinos orientados NE-SW. IJos sisnos ocorridos no norte do

Arnapá destaca-se o de 17.09.1949, ern 0ìapoque, con *b= 5,0 e

intensidade IV MM. Na região c1e Manaus vários eventos são conhe-

cidos, se destacândo o de 05.08.83, ern Codajãs (AM), estudadopor Assunpção et a1. (1983), tendo apresentado intensidade náxina VII MM e mO= 5,5 (f igur.r 13). Os autores caracterizaram, a-través da solução do rnecanisno focal deste sismo, es:[or'ços com-

pressivos horizontais direcionados NNE-SSW com falhan¡ento inverso. A profundidade foca1, determinada por estes, foi de 23 kn.

O extreno oeste do Ëstado do Amazon¿s e o llstaclo

do Acre estão sujeitos a dois tipos de atívidacle sisnica distintas. Sisnos profundos, con hipocentros a nais de 300 kn de pro-fundidade e grandcs magnitudes (tb'6J , quc rarlmcnte são sent i-

-40-

dos en superfície com {ntensj,dades > Vlvll'f , re.l.acionados

Berrocal et al. (1984) ao processo de subd.ucção da placa de

Nazca por sob a placa Sulamericana, não se tratando, evldentemente de atividade sísrnica intraplaca. Estes dados não constan

poï

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Figura 13 Isossistas do sisrno de Copajás (pl), cuja área afetada foi estirnada em 5 x l0rkml. As intensidades MM e3tão expressas en algarisnos arábicos, os quais, quañdo duplos, r'etratam dúvidas entre um ou outro índi:ce (Assurnpção et a1.,1983). As setas convergentes indicarn o posicionarnento do principal esforço compres-sivo horizontal definido por Assumpção et al- (1985).

do rnapa de epicentros. Atividade tipicanente intraplaca tanbém

ocorre nesta região, onde foram registrados vários eventos connagnitudes entre 4,5 e 5 m6.

5.2,4, Região Nordeste

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Sadowski et al. (1978), corn base no núrnero de

eventos e intensidades,caracterizaran nesta regj,ão a ProvínciaSís¡nica do Nordeste. Postqriornente Berrocal et a1. (1981), no

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contexto da sismicidade brasileira, e Ferreira e Assunpção (1983),no particular da região, efetuaran detalhados estudos dos sismosocorridos no Nordeste. 0 norte do Ceará e o nordeste do Rio Grandedo Norte se configuraran cono as prj,ncipais áreas de atividade sÍsnica do Nordeste, onde vários eventos apresentararn rnagnítudes superíores a 4 mO e intensidacles máxinas at6 vII MM (f i.gura 12). Destaca-se cono o sismo de maior rnagnítude do nordeste, o ocorrido enPacajus (CE), en 20.7I .1980, com rb= 5,2 e intensidades rnáximasVII MM (figura 14). Ä, solução do mecanisrno focal deste evento for-neceu a caracteTização de falhamento transcorrente com esforçosc.ompressivos direcionados WNW-ESE (Assumpção et a1.,1985). A pro-fundidade focal de 5 kn foi deterninacla tambén poï estes alltores,os quais sugeren predominar, no nordeste brasi.leiro, esforços co]!pressivos orientados próxi.nos a E-W. A principal ativiclacle sís-mica desta região parece se concentrar preferencialrnenteproximidades dos limites norte e nordeste da falxa de dobrarnentosNordeste, desenvolvída durante o Ci.c1o Brasiliano, con as coberturas sedimentares pós-Triássicas da Bacia Potiguar.

A ocorrência de sisrnos no extreno noroeste da ba-cia sedírnentar de Jatobá, em Caruaru (PE) e en Recife (PE), todoscoincidentes, ou próxirnos, ao Lineamento de Perna¡nbuco sugere a

necessidade de estudos mais cletalhados desta estrutura, a qual po-deria esta.r relacionada con estes eventos.

A Bacia do Recôncavo, f orrnacla durante a fragmenta

ção continental , con seus sedinentos p6s-Triássicos, foi palco de

significatíva atividade sísmíca, principalmente entre os anôs de

1911 e 1919. Foram reconhecidas íntensidades até VII MM, entretan-to, provavelmente ern função de profunclidades focais pequenas, raranente as rnagnitudes foram superiores a 4 rn, (Berrocal et al',1984).

5. 3, Comentários

Em função da rnetodologia de recuperação de dados

históricos, díretamente vinculada con o padrão de ocupação popula-cionaL assocíado ao registro das inforrnações, deve-se considerar

nas

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-43-

Isossistas do sisrno de Pacajus (CE) com ârea afetadade 1x106 kmZ. As intensidadós estão expressas em aIgarismos arábicos, e as interrogações ietrata¡n dúvi=das na caracterização destas (Ferreíra e Assunp.ção,1983). As setas convergentes representam a orienta-ção do principal esforço compressivo horizontal definido por Assurnpção et a1. (1985)

que o atual nível de conheci¡nento da sismicidade no BrasiL sejaprofundanente heterogêneo, al-én de representar un mínino de atividade sís¡nica para a maj.ol parte do Território Nacional, Prova-ve1mente a única regíão onde o conjunto de dados nais se aproxine da reaL atividade sísnica seja a faixa próxima a costa atlân-tica, onde a ocupação ocorreu efetivamente.

Deve-se salientar que esta situação, referenteaos eventos analisados atrav6s dos dados nacrossísrnicos, pro-vavelnente tanbén ocorra con relação aos dados instTunentais, en

função do pequeno número de estações sisrnográficas no Brasil, e

da distribuição inadequada das nesnas, segundo Ferreira e Assump

ção (1s83).

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Apesar da grande naioría das deterninações hipo-centrais ser imprecisa, lìerrocal et â1. (1984) acreditan que oseventos sísrnicos brasileiros ocorran no interior da crosta, ca-racterística esta dos sisrnos intraplaca, Segunclo os autores, os

dados nacrossÍsnicos corroboran coÍì esta idéia, indicando, nuitas vezes, focos rasos (da ordern de poucos c1ui1ôrnetros) . Eventoscorn intensidades elevadas e pequenas magnitucles, cono os do Re-côncavo Baiano, são tÍpicos deste caso.

Aparentemente as principais nanifestações sísrni.casse associam, preferencialmente, con as faixas de dobranentos de-senvolvÌdas durante o Ciclo Brasiliano, ou nesmo com regiões quesofreran regeneração ncste período, segundo Berrocal et al.(1984). A julgar pela concentração de epicentros ern regiões pró-xinas ã costa, en alguns casos associados ã P¡ovíncia Costeirade Almeida et al. (1981), é possível se imaginar a relação des-tes con estruturas geradas ou reatj-vadas durante a fragrnentaçãocontinental. A1iás, teoricarnente, os produtos tafrogênicos da

Reativação Wealdeniana (Alrneida, 7967 ) a c1ua1 teve abrangônciaplataforrnal, porén con preferência ãs forrnações rnais jovens (A!rneida, 1969), serian locais potencialnente favo¡áveis à libera-ção dos atuais esforços tectônicos.

Sykes (1978) procura associar os eventos sísmi-cos próximos às margens continentais, brasileira inclusive, conzonas de flaqueza que teri¿n sido reativa.das durante a fragmentação continental., possibilitando, en vários casos, a intrusão dccorpos alcalinos, e favorecendo a forrnação de estruturas trans-versais nos oceanos nascentes. E realçada, tanb6n por este all-tor, a tendência dos sj-snos intraplaca se concelltt:arem no intcrior da crosta continental , senclo rel¿ltivamcnte raros os even*tos en crosta oceânica. Com relação ao conjunto de clados sísrn!cos brasj-leiro,tais associações con zonas de fraqueza crustaìs,apesar de se configurarem valiosa hipótcse a ser investigacla,não forarn ainda caracterizadas com segurança. Dois fortes ,incií-cíos deste tipo de associação ocorren nas regiões Sudeste e Nor-deste através do Lineamento sismo-tectônico de Cabo Frio (Sadows

ki e Dias Neto, 1981) e do Lineamento de Pernanbuco segundo Ber

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rocal et a1. (1984) Tespectivamente. A respeito da tendência de

concentração dos eventos en crosta continental , ao que tudo indi-ca, se aplica perfeitarnente ã atividade sÍsnica brasileira, sendoque un dos únicos sisrnos ptovavelnente en crosta oceânica ocorïeuem 28.02.1955, con magnitude nO = 6,3 (Berrocal et a1.,1984), co-incidente con o Lineanento Vitória-Trinclade. Através da soluçãodo necanisno focal deste evento Mendlg¡r"n e Richter (1978) caracterìzaran esforços conpressivos horizontaÌs orientados ENE-WSW,

corn predominância de Ia]harncnto de cmpurrão. Estes autores sugeriram a predoninânci.a de esforços conpressivos horizontais direc j.o-nados NW-SË para a Am6rica clo Su1 , relacionados con o movimen-to da placa sulanericana. Entretanto Assurnpção et a1. (I985), apesar de consideraren que nas proxirniclades da costa at1ântica o regi-ne de esforços cotnprcss ivos podcri.a se direcionar próximo a E-W ,

se modificando para Llm posìcionarncnto ao redor de N-S nais paraoeste brasileiro, afirrnam, realistìcarnente, não ser possíve1, cono atual níve1 de couhecinento (10 soluçoes de rnecanismo focal),una catactetizaçâo segura da configuração atual dos esforços noBrasil. Todavia, ao que tudo indica, é rnuj.to prováve1 que predo-minen, na Plataforrna Sulanericana, esforços cornpressivos hori-zontais, concordando com a colocação de Sykes (1978) a respeitodo regirne de esforços no interior das placas. A presença de unaúnica solução focal onde predominanr esforços traciona.is pareceindicar, segundo Assunpção et al. (1985), que esforços locais po-deriarn predominar, en certas áreas, sobre o regime regíona1.

Diante do atual quaclro da sismiciclade br¿rsi1c i.r¿L,

com poucos dados disponíveis, algurnas soluçòes cic niecani.snlo fo-cal e locações epicentrais imprecisas, oncle são normais nargensde erro da ordern de dezenas de quilôrnetros, clualquer tentativa cle

interpretação sisnotectônj.ca deve deixar transparecer tal situa-ção, e se apoiar em fe1.ções estrutuïaís rnaiores.

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6. SISMICIDADE DA REGIÃO SUDESTE

6 . 1. Introdução

Por representar o maior núnero de sismos, a regí_ão sudeste se destaca no contexto cla sisrnicidade brasileira. rrngrande parte, esta situação deve refletir o fator histórico daocupação e concentração populacional, visto que muitos dos dadossísnicos foran recuperaclos atrâv6s de informações relacionaclas em

antígas publicações. Deve-se consicrerar tarnbén o fato de váriasestações si.smográficas terem sido instalaclas na região, na ú1tirna década, princifralnente monitoranclo reservatórios arti.ficrais,possibilitando o registl.o de evcntos sÍsnicos, incluzidos ou não,de forna rnais eficiente que nas outïas regiões brasileiras.

Acredita-se, entretanto, que muìtos dados sÍsni_cos, históricos ou até mesno îecentes, possarì ter siclo perdidospor falta de registro na forna escrita ou instïunental. En vistadisto deve-se considerar como nínina a atividade sís¡rica conheci-da.

Ern função daintensidades, Sadowski et a1.da Província Sísnica Sudeste,Santo, do Rio de Janeiro, c1c

-46-

Vários trabalhos tem sido elaborados conr o objr:tivo de melhor conhece¡ a atividade sísnica da região sudeste espe-cificarnente (Assunpção et a1. , 1979, :1.980; Bassiní et a1. , 1984) ,

ou nesrno desta inserida no quadro da sisniciclade brasil.eira (Iìcr.-rocal et a1. , 1984) . Cada evento, corn daclos rnacrossísmi.cos , foisubmetido a uma detalhada análisc no intuito de se deterrninar,com a precisão possíveI, a ârea a:lletada peto sismo e suas intensidades, o traçado das isossistas, o epícentro e a magnitude. Nocaso de registros instrunentais anteriores a .A.ssurnpção (1983),sempre que possíve1, os sísnogranas foraÍì reexaminaclos e as magnitu_des revistas. com isso se ten definido parânetros epicentrais con

concentração de eventos e de suas( 19 7 8) sugeriram a caracterizaçãoenvolvendo os estados do EspÍrito

São Paulo e o sul de Minas Gerais,

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si stentes , passíveis de utilização criteriosa ern prirneiras ínter-pretações sismotectônicas regionais.

ó. 2. Dados Sísmicos

0s dados sísmicos, relacionados no Anexo Z, quesão utilizados neste trabalho forâm extraídos c1e Berrocal et al.(1984) no intervalo de 15ó0 a 1981, e do Botetin Sísnico Brasilej.ro (1983, 1984) para os anos de t982 e 1983.

Na extensa conpilação de Ber¡oca1 et a1. (19g4) oseventos são classificados segundo categorias (A,B,C,D,E,F, e R ),que retr¿ì.tam o grau cle conf iabiliclade de cada sisrno, com base novolume e na credibilidade dos dados macrossísrnicos, Os dados ins-trumentais são designados como categoïia I. No presente tïaba1ho,os dados duvidosos (D,F e R), assirn como os efeitos cle sisrnos an-dinos (E) não são tratados. A atribuíção das categorias A, B e C,dos autores cìtados, aqui adotadas, seguetn o seguinte critério:

A, sisno com clados nacrossísrnicos que perrnitem construir mapa

isosslstas e determinar o ep j.centro con boa precisão,

B, sisno corn dados macrossismicos que permitem deterrninarafetada, avaliar intensidades observadas. e deterninarcentro corn acei táve 1 precisão,

C. sismo com infornações certas sobre sua ocorrência, algumas ve-zes permitindo avaliar intensiclades observaclas, porém não pos-slbilitando determinar a ãrea afetada nem o cpiceìrtro con pre-cisão.

En virtude do evento cle 1560, supostamente ocorri-do en São Vícente (SP), ter sido consíderaclo por. BeïTocal et al,(1984), corn base nas descrições existente .s, cono cluvidoso (D), a

listagen de sisrnos, apresentada no Anexo Z, ten início con o tre-mor de 7767. Dos eventos a1i relacionados, cerca de 41% represcn-tan relatos de sismos, classificados na categoria C, os quais possibilitan, no rnáxirno, a avaliação da intensiclacle MM locâ1 e foram

de

áre a

epi -a

o

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-48-

tratados de forrna diferenciada dos dernais, Estes dados estão re-presentados no napa (1) sisnotectõnico cono círculos brancos a-conpanhados do índice de intensidacle MM, senpre que foi possi-vc1 sua caracterização,

0s sisnos j.ncluziclos cl assif icaclos cono C, que sàocerca de 16"ø da reJ"ação dc eventos, foram j.ndividualizados den-tro desta categoria por se entender que o caráter da ati.vidadesísmica en enxane, na qual estão inseliclos, possa-1hes confe¡iruma confiabilidade di.stinta. Estes daclos estão representados nomapa (1) sisnotectônico por círculos brancos no i.nte¡ior de qua-clrados, acornpanhados cla intensi.clacle rnáxima observada e do núrnerodc eventos rc latados.

Os dados nais confiáveÍs, que permj.tirarn a locação epicentral e o cálculo de magnitude, ïepresentaÌn cerca de43i dos eventos relccionados no Ancxo L São integrantes bas.ica-mente das categorias I, A e B. Os epicentros destes se acharn re-presentados no napa (I) sisrnotectôni.co, segundo intervalos demagnìtudes, por círculos negros con tamanhos diferenciados. No

napa (2) de epicentros somente estes clados estão plotados, se-guindo-se a nesna sirnbologia, com as respectivas margens de erroconsideradas nas locações epicentrais. Bpi.centros sem estimati-va de erro ou com irnprecisões superiores a 100 kn estão representados no napa 2 com círculos parcialmente negros, na clinensàorespectiva ãs suas magnitud, s.

Entre os 60 eventos que possibilÍtaram o cálcu-1o de rnagnitude, pouco rnais da metade está inserida no j.nterva-1o de 3,7-4,4 rn', incluinc1o os extremos. Apenas 5 sisnos apïesen_taran magnitr-rdes superiorcs a 4 ,4 mU , scnclo clue 2 ( 1922 e 1939 )estão acima de 5 n6 e o princi.pal forneceu 5,5 ng.

Estas magnitudes estão expressas no Anexo 2 segundo as categorias 0,1,,2,3 e 4, referentes aos diferentes tipos cle

deterninação utilizados (Berrocal et a1.., 1984). A categoria 0representa nagnitudes mO calculadas segundo Gutenberg e Richter(1956) , através de registros de estações sisrnográficas internaci

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*49-

onais. A categoria I expressa o cã1cu1o de nt¡ (Assunpção, 19g3)conentado no capítulo 3 deste trabalho. A categoria Z é a nédiaentre mb telessÍsrnico (0) e rnO (1). A categori.a 3 indica que a

nagnitude m6 foi estinada através da ãrea afetada, corno conenta-do no capÍtulo 3. E, finalmente a categoria 4 apresenta nagnitu-des que teriam siclo deterrninadas cle forma diversa às citadas e

que, sempre que possíve1, forarn corrigidas por Berrocal et a1.(1984), ou mesno magnitudes cujas fontes não especÍfican seu ti-po, tratadas então como inferidas.

Iln cerca de 10% dos eventos foi possível a asso-cìação dos dados maclossísmi.cos com registros Ínstrunentais pos-sibilitando definições de magni.tucles e/ou epicentïos mais confiáveis.

Através da aná1ise de centenas de pequenos even-tos, com *b. 3,5 e nO< 2,5, em Carmo Cajuru e Paraibuna respectivamente, foram definidos os eixos dos principais esforços con-pressivos horizontais atuantes nestas áreas, que são comelÌtadosno iten de Sismicidacle Incluzida. .{ ori.entação destes eixos se a-charn representados no lnapa 1 por setas convergentes.

A cidade cle Bo¡n Sucesso (MG) ten sido palco deuna atividacle sísnica restrita a deter:minadas 6pocas, do tipo enxame e de caráter loca1. Estas nanifestações foran estucladas porSilveira (1906, 1920 e 1924), Branner (1920) e Moraes e Malanphy(1937) , segundo Berrocal et a[. (19S4).

0correra¡n eventos sísnicos nos períodos de 1901-1902, 1919-1920, em 1954 e no fi.na1 de 1.935. Existen relatos cle

possíveis ativiclades ao ledor de 1840 e tanbórn en 1906. O pr.incipa1 ciclo de atividade sísnica, tanto em cluantirlade como en j.n-tensidade dos eventos, se deu em 1919-1920, quanclo foj. sent:i do o

mais significativo sì"sno, ern 31.01.1920, com intensidade VI MM.

-4, prováve1 origern tectônica destes sismos é sugerida por Branner (1920) e adotada por Moraes e Malamphy (1937)

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Segundo Berrocal etda energia liberada, constatada a

VI MM en áreas afetadas restritas,ais, Estes autores concordam com a

As nagnitucles dos sisnos de Vargrnha e Mendanha,ocorrídos em 1982, são colocadas com certa dúvida por Bassini eta1. (1984) , os quais efetuaram os cá1cu1os destas com base nasãreas afetadas, por acreclitarem qLre estes eventos deverian tersido regìstrados por estações sisnrogrãficas regionais, caso es-tes valoïes se confirmassem. Estes autores aventan, corno uma daspossibilidades para ta1 situação, que a relação da ãtea afeta-da con rnagnitude possa fornecer valores elevados no caso de sis-nos com profuncLíclacle focal muito superfici.al. Se apoiarn no fatoda nagnitude nacrossÍsmica do evento de Caconde, ocorriclo tambénen 1982, ter se situado pouco mais de urna unidade acirna da ins-trumental, Er¡ vista desta suposição estar baseada en sonente unevento, deve-se aguardar novos dados con estas características,ecaso se confirme, efetuar um reexame nas magnitudes de várioseventos apresentados por Berrocal et a1. (1984), aqui adotados.

6, 3, Princi.piLis Sismos

-50-

a1, (1984) a rápida atenuaçãopartir de intensidades de at6indica focos bem sr.rperf íci-origem tectônica dos eventos,

0s principaìs sisnos da região sudeste, estudadospor Assumpção et al. (1979 e 1980) e por Berrocat et at. (1984),estão relacionados na Tabe l.a 2. Utíl.izou-se dados macrossísmi.cosna aná1ise destes eventos, sendo que a1.guns, assinalados na Ta-bel.a 2 colÌì asterisco, também foram registrados instru¡ìentalnetì-te. ,As áreas afetadas (isossista II) se situaram sempre acina de))20.000 km". atingindo I . I00.00U knr' para o m¿.ior, enquanto asnagnj.tudes se distribuiram no intervalo 4,1-S,5 rnb e as intensi-dades máximas alcançaran o ínclice V MM or-r malores,

De :forlltr sLtsL i.nt;L L.stcs sisn)os são clcscr-itos a scguir:

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Ne no Anexo 2

8

15

34

49

54

55

iT

83

TÀBELA 2 - PRINCIPAIS SISIIOS DA REGIÃO SUDESTE

Data Hora l¡cal Epicentro Erro LocaÌidadeH Nlin Seg Lat(S) t,ong(ttl) [Krn) (Estado)

3L07.1861 0l 22.60 45-20 50 Lorena (SP)

09.05.1886 15 15 22-66 43.69 20 São Pedro-São Paulo (RJ)

05.05.191.7 04 50 21.60 41.50 50 Canpos (RJ)

27.01.1922 03 50 40 22.),7 47-04 40 Mogi Guaçu (SP)*

28.06.1939 08 32 22 29.00 49.00 90 Tuba¡ão (SC)"

18.07. 1946 04 15 25.tO 47.70 30 Cananéia (SP)

22-03-1967 21 12 15 23.30 4s.00 20 Cunha (SP)"

24.10.1972 IZ 36 36 2I.72 40.53 30 Campos (RJ) *

* Dados con registro instrumental

IM.I

l.fax.

v

VI

VI

IV-I¡

VI_VI I

fuea Afetada

10 -kn'

s2

70

250

110 0

60

30

M,D

4,4

4,3

4,5

5,1

5,5

4,6

4.r

v 210 4,8

(Berrocal et al- , 1984)

I

HI

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Lorena - 3L.07.1861 - Estudado poï Assunpção et al. (1980) esteevento foi sentido em várias cidades dos estados de São

Pau1o, Rio de Janeiro e Minas Gerais, aprt:sentando una

ârea af.etada de 52.000 km2, "As pessoas fora¡n acordadasbruscarnente, vários objetos sobre as nesas e telhas dos

telhados se precipitaran, e os nóveis se movirnentaran "caracterizando intensidade náxirna V MM' En virtude da

pequena quantídade de infornações, que não possibilitouurna rnelhor visual.ização da distribuição das intensidades, os autores estimaran un erro de 50 kn na locaçãoepicentral. A nagnitude foi calculada, com base na áreaafetada, em 4,4 m5 por Betrocal et 41. (1984).

São Pedro-São Paulo - 09.05.1886 - Este evento é um dos que ne-thor se acharn retratados atTavés de inforrnações jorna-1Ísticas e bibliográficas da época, possibilitanclo a

definição, de forna bastante confiáve1, da área af.eta-da corn 23,000 krnZ e tanbém da área de intensiclades i-guais ou maíores a IVMM (Figura 15). As localrdades afetadas são principalnente do Estado do Rio de Janeiro,com algunas de Minas Gerais e São Paulo. Com base em re

latos de "garrafas e outTos objetos que cairam de prateleiras, portas se abrindo e fechando corn grande pânico,e rachaduras ern algunas casas", Assurnpção et a1' (f980)estiÌnararn a intensiclade náxina em VMM, podendo ter a1-

cançado VI , caso as descríções cie rachaduras não tenham

sido exageradas, A nagnitude, calculada corn a área afe-tada por Berrocal et aI. (1984),foi de 4,3 n6'

Canpos - 05,05.1.917 - As inforrnações sobre este sj.smo perrnitirarna caracteri zaçáo da área afetada com 70'000 k*2 " u o,ro-

1iação de intensidades e¡n apenas três trocais. A cidadede Canpos (RJ) aparenternente foi a nais afetada, "coll a

população sendo acordada en sobressalto e saindo às

ruzrs, objetos destTuídos em guarda-1ouças e a1-gunas c¿l

sas destelhadas", Assumpção et at. (1980J es cirnaram a

intensidade náxina em VMM com base nestas in:[ormações 'Es1:es autores consideran um e¡ro de ap roximadanente

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50 kn na posição clo epicentro em virtude da precariecladedos daclos. llerrocal et a1. (1984) calcularan a magni-tude, com a ãrea afetada, de 4,5 nO.

+ EPrc€Mrno x¿cnoggs¡rcolO rltrxsro¡os = NÈ¡

O rllt¡sloø¡e r ¡¡g¡

O r¡rotstoÂDE :E ¡#¡O sÉ¡r¡ooÄ rÃb s€rflæ

Æ -Ô\*../'

,/ ^d. ^ .)\o/1--;-*z%;eö"'\o

Figura 15

o

Sismo de São Pedro e São Paul.o (RJ) 09.05.1886. O trace j aclo grosso (isossista III clelinita a ãrea afeta-da,enquanto o f ino representa a isossista IV (Berrocal et al., 1984] .

L o€ÉLrx .,ûr¡er

O *..2

Mogi. Guaçu - 27 "01".1922 - Detalhadaûìente es.[udado por /\ssu¡rpçãoet a1. (1979) este evcnto representa un dos nais inrpor-t¿ntes ocorridos na região sudeste. Através de lnforna-ções sobre rnai.s de 150 cidacles foi possíve1 a cle-..iinita..

ção, com certa segurança, cla área afetada com 250.000)

km" , c da área com íntL'ns id¿des iguais ou m¿iores (lLre

IVMM (Figura 1.6). Com a descrição da "população sendo

despertada em pânico e sainclo ãs ruas, c1e rnuitas cons-truções sendo danificaclas por rachaduras e vezes até ruí¡clo, de janelas e portas se novendo, cle latas e garrzrfas

"ry^i 9/"

-,/ ^ Á

7 ÂoÞc¡m

A

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caindo de prateleirâs, de queda de telhas de alguns prédios, de várj-os relógios que pararan, de móveis que foran atirados ao solo e de J.ouças partidas", foi possí-vel a caracterização da intensidade máxina VIMM. Esteevento foì. registrado pela Ëstação Sisnográfica do Riode Janeiro (RDJ),o que auxiliou na determinação do epicentro, cuja incerteza considerada pelos autores citados é de cerca de 40 km, ,A,travós cla médj.a cla magnítu-de rnacrossísmica e instrumental Assunpção et a1, (1979)obtiveram 5 ,1 n6.

II

"<^---

Ì EqcEFFo uæmsqirMf,rt^,E^s,o.¡É = .,Or¡rE¡rso¡x r ¡"a Nr€Ns,oÂÈÉ rc Mra rxrEñslo4D€ rr ù)f

Figura 16 Sisno de Mogi-Guaçu (SP) 21.0I.1922. Represenrada a

isossista lI (área afetada) por trace j aclo grosso e a

isossista IV por fino, 0s arcos contínuos distam 3g0e 450 km de RDJ (Berrocal et al., 1934).

Tubarão - 28.06.1939 - Tendo atingido urna área cle 1.100.000 kn2este evento se const j-tue no principal sismo ocorríd.ona região de interesse deste estudo (Figura 17). Nos 1ocais mais atingidos são descritas "rachaduras ern pare_des de alguns prédios, latas e vidros se precípitandode prate_le iras, situações de pânico enrre a populaçào e

nóveis se deslocando", caracterizando intens j.dades mãxinas VIMM. Corn o levantanento efetuado pelo IAG_USp (Ber

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-q,<-

rocal et al. , 1984) foi possÍve1 a delinj-tação das isos-sistas IV, V e VI , a1ón da â'rea afetada (isossista II),que forneceu a rnagnitude 5.5 nb, a maior entre os sis-nos utilizados no presente trabalho. Registrado pela re-de sísmográfica internacional este evento forneceu os se

guintes parâmetros instrunentais, segundo os autores ci-tados:

- International Scisrnological Surnmary (ISS)Epicentro: 29,0'S 46,5"WLlora de origen: 1lh 32m 1as (UT)

- Gutenberg e Richter (G-R)

Epicentro: 27,5'S 48,5'WHora de origern: 11h 32rn 27s (UT)

Magnitude (M) : 5,6 (PAS)

Corn o levantaíìento macrossísmico foi possíve1 nelhorarsìgnificativanente o posiciona¡nento do epicentro, como

pode ser observado na figura 17, denonstrando que, efr

rnuitos casos, esta netodologia fornece dados rnais consistentes que aqueles conseguidos por registros instrumen -tais c1e estações distantes. Foi estinada por Berrocal eta1. (1984) una intensidade no epicentro de VIIMM.

Canan6ia - 18,07.7946 - Sentido com maior intensidade em Cananéia

ISP), este evento atingiu una área c1e 6Cr .000 kmZ, que

juntamente con a área de intensiclades iguais ou maioresque IVMM, fo¡neceran a rnagnitude 4,6 m5, segundo Berro-cal et a1. (1984) (Fígura 18). Estudado por Assumpçãcr

et a1, (1980) ficararn caracteri,zadas intensidades de aÍ6IV-VMM com os relatos de "pessoas sendo acordadas e en-trando em pânico e de garrafas caindo de prateleirasr'.

Cunha - 22.03.1967 - Este sismo foi sent j.do na região nordeste do

Estado de São Paulo e sudoeste do Estado do Rio de Ja-neíro, na Serra do Mar, apresentando uma área afetada de

)30.000 km" (Figura 19). Assunpção et a1. (1980) com base

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:í".*

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-56-

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Figura 17 - Sisno de Tubarão (SC) 28.06'1939. Estão representadasas isossístas II, IV, V e VI en tracejado. 0 traçadodas isossistas possibilitou un nelhor posicionarnentodo epicentro recalculado pelo IAG en relação ãs determinações instrumentais telessísnicas (ISS-GR) (Berro-cal et a1., 1984).

^ EPICE {lno NSIÃr'ÆNÎÁL

It r¡¡rEr¡sroaÞ€ E t¡M

a t¡Jr€NsroaoÊ T Mt

. tf¡tENsroaoE E ÍHO SENTI!þ

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Figura 18 - Sismo de Canan6iano (isossista II)no a isossista IV

ern inforrnações de "pânico generalizado da população que

saiu às ruas em correira, rachaduras ern préclios, portasse movj.mentando",.e pelo fato deste evento "ter sido sen-tido corn o carro em rnovinento", avaliam a intensidade náxima em VIMM ou maior. Berrocal et al" (1.984) indicarn a

intensidade máxina cono VIIMM e a rnagnitude instrunental(registrado por Arcc¡uipa-Peru) de 4,1 nb, a qual concorda co¡n a estinada corn a área afetada por Assumpção eta1. (1980J. Nota-se na figura 19 que as isoss j_stas es-tão clararnente alongadas concordantemente con o "trend"estrutural , sugerindo que âs ondas sísmicas poderian sertransnitidas, con rnenor perda de energia, ao longo dasestruturas, segundo Richter ( 19 5 8) .

Canpos - 24.I0,1972 - Este sisno ocorreu nas proxínidades da Ba-cia de Campos e apresentou urna ãrea afetada de 210.000

)kn-, segundo Assunpção et a1. (1980). Estes autores estinararn, corn base en relatos sobre "latas que cairarn deprateleiras, objetos leves deslocados, pessoas alarmadas

-p

-57-

g E Í€rrRo r¡¡a¡osgs¡rrcoO,Nre"s,o¡oe s.c r,va NÌÊf¿s!ÂoE ¡r l¿¡a lYlErr$Âo€ d. E r¡M

(SP) 18.07,1940 - 0 tracejado exrerrepresenta a ârea afetada e o inte¡(Berrocal et a1., 1984)

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Figura 19 - Sisno de Cunha (SP) 22.03.1967 - Estão represenradasas isossistas II e IV en tracejado (Berrocal et a1.,1984). O alongarnento destas concorda com o "trend" es

trutural regional.

saindo ãs ruas", a intensidade máxina ern WfM. As isos-sistas traçadas parecen, assim cono no sisrno de Cunha ,

se alongar concordantemente con o "trend" estrutural da

área (figura Z0). Registrado por estações sisnográficasinternacíonais este evento foi calculado con os seguin-tes parâmetros instrurnentais, segundo Berrocal et a1.(19841 :

-58-

a atÌErÉÐaot E rA¡

r nla@oE i-E H¡O sEMroo

Ep i cent roProfundidade focal - 33 knHora de origen (UT)- 15h36m 35.9S

Magni tude*

Ë lìL

** ISC

A magnitude 4,8 rn6 foi adotada por Berrocal et a1. (f984)

cono nédia dos valores do ISC corn a rnagnitucle nO calcu-

- 21.75eS 40.49eW

ERL

- 5,3- United States Environmental Rese-

arch Laboratories- International Seisnological Centre

ISC "-21,79eS 40.29eW

16 3 kn15h36n 515

4,6

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lada corn dados de estações regionais, estando de acordocon aqtrela conseguida por área afetada, Foi inferida a

intensidade VIMM no epicentro por estes autores.

Figura 20 Sisno de Canpos (RJ) 24.10.1972 - Estáo representadasas isossistas II e IV por tracejado grosso. O epicen-tro nacrossísrnico (IAG) coincide con o instrumental(NEIS) (Berrocal et a1. , 1984J.

6.4. Energia Liberada por Sisnos

Com o objetivo de se visual j.zar a distríbuição da

energia liberada pelos eventos na região de intcresse do presen-te trabalho, optou-se pela uti. lização da nalha de meio graLu dc

lado em função da rnaiorj,a das locações epicentrais conter inpre-cisões ao redor de 30 km, Acredita-se com isso se estar represen-tando a prováve1 área onde o epicentro estaria localizado j'unta-nente con a energia liberada pelo sismo, em grande parte dos ca-SOS.

En situações de inprecisões superiores está repre-sentada parte da área onde haveria a possibilidade de ter se localizado o epicentro. No caso da ocorrência de vários eventos, na

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mesma área de neio grau quadrado, as energias liberaclas por es_tes foran sornadas. convencionou-se utirizar a área a oeste ou anorte quando o posicionanento do epicentro coÍncidiu com meridianos ou paralelos respectivarnente. Relatos de sismos, que possi_bilitaram apenas a apreciação da intensidade MM 1oca1, estão re-presentados no mapa (3) de energias con a textura de pontos rnaisdistanciados, onde não foi possÍve1 o cálculo da liberação deene rgi a.

Na quantificação da energia liberada por cada sisrno foram utilizadas as relações de Duda (19ó5) e Gutenberg eRichter (1956), que naís se adaptan ao intervalo d.e nag'ituclcsdos eventos da região sudeste. Ern vísta clestas relações conside-rarem nagnitudes M na avaliação das energias, uti l.izou_se as e_quações que relacionan rnb com M de Stïeet e Turcotte (1977). Ës_tas relações são fornecidas no capítulo 3.

Assin como se deve considerar a ativiclade sísni-caconhecida da região sudeste cono a nínima ocorrida, as energiasliberadas pelos eventos conhecidos logicarnente aoonpanhan estasituação.

No rnapa (3) de nínimas energias liberadas, caut.e_losarnente optou-se pela apresentação destas energias em orden degrandeza em função das possÍveis imprecísões, inerentes dos rnétodos utilízados, pelas quais se passou ató se alcançar o índiccexato de energía liberada.

Deve-se frízar, que somada toda energia .liberaclapor sismos conhecidos da região sudeste, este total equivale asonente un evento de nagnitude 5,6 mr, enquanto o principal- evento ocorrido apresentou S,S n6.

6. 5. Sismicidade Induz i da

lJn função do grande núnero, e das dirnensões cres_centes dos projetos e atividades sócio-econôrnicas, constatou-se,

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nas últirnas d6cadas, a possibilídade, em vários casos, destas o-bras ocasionarem liberação de energia nas carnadas mais superfici-ais da crosta terrestre, chegando a produzir fenômenos sísmicosde rnagnitudes consideráveis, e por vezes at6 desastrosos.

Segundo Browitt (1975) as seguintes atividades hu-manas podem estimular eventos sísrnì.cos:

injeção de fluídos sob pressão no sub-solo

- abertura de cavi dade s

ne raç ão

- aIívio de carga conseclüente de lavra a céu aber-to

Na ãrea de interesse deste estudo, foram constata-das atividades sís¡nicas relacionadas corn os dois últinos casos,citaclos acirna, os quais são descritos sinteticanente a seguir:

extração de fluídos do sub-solo

en chirnent o de reservatórios artificiais.

6.5.1, Extração de fluidos do sub-solo (poços artesianos )

Principalrnente durante o ano de 1959, vários sís-mos forarn sentidos ern Fernando Prestes (SP) , inediatamente após o

início do bombeamento do poço, com 102 ¡n dc profundidade, perfurado nesta localidade. Almeida ( 19 5 9 , 19 6 0 , 19 6 1) , Almeida e Pichler(1959), e Maffei e Pichler [1959) relatam esta at:j"vidade sÍsmÍca,cujos rnaiores eventos alcançaran intensidades lV-V MM e vár j"os de

1es se nanifestaram na forrna de ruídos (Berrocal et a1., 1984).

en profundidade , para mi

Estudos sismológicos e geotórnlicos (Berrocal e Ham

za, I977, 1978 e 1979; Berrocal et al., 1978; e Fligashì., 1978)

constataram a relação da atividade sÍsrnica ern Nuporanga (SP) , nos

anos de 1977 e 1,978 principalmente, con a abertura de poços aïte-

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sianos. Foram sentidas intensidades até IV MM, en rneio a cente-nas de ruídos (Berrocal et a1., 1984), Estes autores propõern, co-no causa desta atividade sísmica, pequenos desnoronarnentos ou es-corregamentos em pro fun didade '

0s principais eventos induzidos por poços artesia-nos se acham relacionados no Anexo 2.

Com o enchirnento do Lago Mead, Reservatõrio Hoover,nos Estados Unidos, ern meados da década de 30 (Carder, 1945), e

principalnente nos anos ó0, coln a ocorrência de terremotos índuzidos pelos reservatórj-os de Hsinfengkiang (China, L962; M=ó'1), Ka

riba (Rodésía, 1963; M=5,8), Krernasta (Grécia, 1966; M=6,3) e

Koyna (fndia, 1967; M=6,5J segundo Sympson (19i6), reconheceu- se

que o enchinento de reservatórios, atrav6s da modificação do regine sísrnico Iocal , pode causar terrenotos'

Provavelmente as primeiras citações sobre sisrnos

induzidos no Brasil são de Vargas e Hsu (1971) e Marques Filho eta1. (1971), anbas sobre os tremores e estrondos observados na Usi

na Hidrelétrica Parigot de Souza, conhecida corno Capivari-Cachoeira, e localizada a nordeste de Curitiba (PR). Quando da escava-

ção dos túneis que ligarian este reservatório à central subterrânea, alojada ern caveïnas abertas no interior do naciço rochoso,fenônenos de descornpressão violenta, com forte despreen<linento cie

placas de rocha intacta (não obedecendo fraturas pré-exístentes) ,

se rnanifestaram, indicando níveis de tensões no maciço, maioresque os esperados en função da pressão geostátì-ca envolvida, segLrll

do Marques Filho (1981). A atívidade sísrnica se iniciou en I97I,na fase final da formação do 1ago, e se rnanifestou tanto neste co

no na usina distante 14 kn. Os eventos, vários deles corn intensi-dade VI MM, ocorreram pri,ncipal-rnente en 19 71 e 1972, entTetanto a

atividade sÍsnica, de forna pulsante e decrescente, se prolon-gou até 1979, como pode ser observado na figura 21, onde esta se

acha relacionada com as variações do níve1 do reservató¡io'

6 ,5 .2. Reservatórios artificiais

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Figura 2l- - Dístribuição nensal da atividade sísmíca con as varia

ções do níve1 do reservatório de Capivari - Cachoeira(Marques Fi1ho, 19 81) .

,J|JLl70,JAr¡/?r JAN/f2 JAN/la ¿AN/1a JAH/fá

No reservatório Paraibuna-Paraitinga (SP) a atívidade sísrnica coneçou no final de 1976, meses após o início da formação do Lago, e se estendeu até o final de 1977, sendo que em

fevereiro deste ano ocorreu o naior número de eventos, segundo Ber

rocal- et a1. (1984). Apõs este ieríodo a ati-vidade sísnica' con

pulsos isolados, teria decrescido, segundo Mendiguren (1979). Vá-

rios destes eventos f orarn sentidos pela popuLação de Paraibuna,

com certa inquietação, sendo que o principal deles apÌesentou mag

nitude 3,4 ML e intensidade máxima IV MM. Mendiguren (1980) carac

terizou, através das soluções de rnecanisrno focal- de centenas de

pequenos eventos, com mb < 2,5 , a predoninância de esforços colpressivos horizontais orientados NE-SW, envolvendo falhanentos de

enpurrão e transcorrentes, Apesar desta atividade sísmica ocorl'erno interior, ou nas proximídades, da Falha cle Cubatão ' Mendiguren

(1979) afírna, corn base nas soluções de rnecanisrno focal , que os

sisnos ocorreram ao longo de planos N-S ou E-W.

Vários eventos forarn sentidos nas proxinídades dos

reservatórios de Porto Colônbia e Volta Grande (MG/SP) ' no ex

tïeno noroeste da área de estudo, no final de 1973 e inÍcio de

1974. A localidade mais afetada por estes sisnos foi Conceição

clas Alagoas, urn dos quais, con 4,2 n5 e íntensidade VI-VII MM, cau

sou "fendas no solo, rachaduras ern paredes e a destruição par-

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r^t¿/t, JA tts raflll! JAN/ao

?

Iã-

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cial de nodestas construções" ,segundo Berrocal et a1. (1984) . Es

tes autores colocam corno rnuito prováve1 a indução desta atividade sísmica por estes reservatórios, que foram concluídos entre'J.972 e 1973.

Cerca de 16 anos após o represanento do reservatõrio de Car¡no do Cajuru, loca1ízado a sudoeste de Belo Horizonte(MG), vários trernores passaram a seï sentidos, no final de 1970,pela popuLação 1oca1. A atividade sísnica foi nais significativadurante os anos de 1971 e L972, sendo que o principal evento!de 3,7 m5, apresentou intensidade náxina VI MM. Mendiguren (1979 )indica urna lenta percolação de água, e conseqtlente pressão deporos, como a prováve1 origem da atividade sÍsnica. Mendiguren e

Richter (1978) analisaran centenas de pequenos eventos, con rnag-nitudes menores que 3,5 rn' e profundidades ao redor de l" km, cu-jos mecanisrnos focais forneceram esforços cornpressivos horizon-tais direcionados NW-SE, e associados com falhamentos inversosde direção aproxinadarnente Nl-5çE (Mendiguren, 1979),

Dulemba (1975) atribui ao sisno de l-5.1. 1.1966, de

intensidade IV-V MM, relação com o ïêservatório de Furnas (MG)

Entretanto Berrocal et aL, (1984), apesar de considerar est,a possibil-idade, afirma não seren os dados atuais conclusivos na ca-racterização de sisnicidade induzida por este reservatório.

Dados sobre os reservatórios, da área de interesse deste estudo, que apresentararn atividade sísnica induzida, sãofornecidos na Tabela 3.

0s principais sisrnos induzidos por reservatóriosse acham relacionados no Anexo 2,

No na-pa ( 1)

se a ch a¡n representados pordo. Dados com magnitude ou

ciados através de círcu1o s

sisrnotectônico, os eventos induz i do s

un círcu1o no interior de un quadra-sonente com intensidade são diferen-negros ou brancos re spe c t ivarnen te .

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Re se rvat óri o

Furnas

Capivari-Cachoe ira

Porto Colombia e

VoIta Grande

Paraibuna /Parai t inga

Car¡no do Caj urú

TABELA 3 ATIVI DADE SfS¡fICA INDUZIDA POR

AlturaBarrage͡

';.21 rs

61 n

61 n56 n

I8/10 4 Ír

23n

Volume

x 106 m5

2r.000

180

t.4602-300

4-l40

190

A¡o de

RepresaÌEnto

1965

I9 70

1973

19 76

r954

RESERV:\ÎÓRIOS I.i.\ .{RÈA DE ÊSTUDO

Dados do Sisno MaiorData .b I (1"ßf)

t5-tl.-1966

21.05.1971

24-02-t974

16 - lt- 1977

23 - Ot -197 2

_ IV_V

- VI

4 .5 VI -VI I

J,3 IV

3,7 VI

(Be¡¡oca1 et

Ob se rvaçõe s

Danos nateriais

Danos nateliais

Danos materíais

Danos materiais

âl-, 1984)

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6.5.3. Mecanisrno dos sisrnos induzidos por reservatórios

A rnaneira cono os efeítos causados pelo enchimentode reservatórios se relacionam corn o regine de esforços pré-existentes, e com as características geológicas e hidro - geolõgicasda á.rea, define a ocorr6nci.a ou não c1e atividade sÍsnica induzi-da.

0s esfor'ços verticais, gerados pela sobrecarga da

massa de água do reservatõrio são pequenos comparados con os es-forços tectônicos regionais, e não causam energía suficiente pa-ra provocar sismos de magnitude apreciáve1, Desta forna o efe j.-to da sobrecalga, e o aumento da pressão dos poros, que diminuia resistência efetiva ao cisalhamento da rocha, atuariam princi-palnente cono "dísparadores" na liberação de esforços pré- exis-tentes na área do reservatório (Berrocal e Antezana, 1981),

Nos estudos sobre sisrnicidade relacionada con injeções de f1.uídos a altas pressões, segundo Simpson (197ó), ficouclaramente estabelecido que modíficações na pressão dos porospode ser signif icant.e na geração de sisrnicidade induzida.

Tanto o enchinento de reservatórios, cono varia-ções en seus níveis d'água, causan modificações nas pïessões dosporos en profundidade, entretanto, não j.nstantaneamente, mas de

forma retardada em função cla capacidade de arrnazenanento da porosidade n6dia (GupLa e Rastogi, 1976). Segundo estes âutores, envários casos, a atividade sísnica ten sido observada acornpânhan-do, con certo atraso, as fases de níveis mais altos dos reserva-tórios.

A rápida dininuição dos esforços de sobrecarga, a

¡nedida que se afasta do reservat6rio, 6 a principal diferença entre nodelos de reservat6ri.os infinitos e reservatórios reais (Figùta 22). No caso da pressão dos poros ser transrnitida eficientenente, o dec¡éscimo con a distância será menor que para a sobre-carga, ern situações reais, A direita dos pontos M a pressão dosporos excede o esforço de carga, hervendo a aproximação do 1ímit.e

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Reservotdrio rnfinito

QNI:lozo().É.

PU)lrl

Figura 22

Reservolório finito

DISTA N CIA HORIZONTAL

Representação esquemática de var.iações horizontais clos

esforços cle carga (1,) e prcssão dos poros (P) para re-servatóri.os inf j.n:i. tos e fini los. A pressão dos porosé apresentada elr f r.rnçào do tcmpo. e Mn 6 o ponto onde

a prossão cios poros o ¿Ì carga são iguais no tempo tn(Sì mpson, 197óJ.

de res j-stôncia cla rocha. A esquerda destes o inverso acontece. A

migração do porto M ern cl ì. r'eçho ao resorvatóri.o, com o tenpo, signif ica que pontos su jertos ¿,r f raturanc¡nto trì lìran o mesmo caminho,poclendo acarretar rìa aproximirc;ão d¿r at ivrdacle sísmíca íncluzida clo reservatório.

Conseqtlentemente rápiclas variações no volume do re-servatório poden causar importantes moc[i:f icações na clistribuíçãode esforços internos em função, pri.ncipalmcnte, do efeito da car-ga. A dimì.nuição cio volume do rescrvatórÌo na tentativa de di-llj-nuir a atividade sísnic¿r pode acerrrct¿rr cxatanente o contrário,ou se j a, a ocorrôncia cle naior sisnici d¡rder.

DISTANCIA DO EIXO DE CARGA

A1ém do efei.to cle sobrecarga e o aumento da pressãodos poros, a argilízação cìos mrteriûi.s em planos de fraqueza estru

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trrral, dininuindo a

rochas silicáticasrnaterial, podem serração dos e s forços

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resistência ao cisalhanento, e a corrosão depor hídratação, causando o enfraquecirnento docitados co¡no fatores que favorecen a libe-

pré-existentes.

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7. ËVOLUÇÃO TrìCTONrCA MESO-CËNOZÕICA DA REGrÃO SUDËSTU D0 BRASIL

7. 1. Configuração Regional Pró-Mesozóica

A região compreendida entre a Bacia do Par¿ná e

a plataforma continental do sudeste brasileiro 6 composta de ro-chas metamórficas pré-carnbrianas, cuja maioria pertence ã faixade dobramentos Ribeira (Alnreida et a1. , 1973), evoluída duranteo ciclo Brasiliano, ou à sua infra-esttutura.

No norte das áreas de estudo rochas representan-tes desta infra-estlutuaa, pertencentes ao ciclo Transanazônico,formam a faixa de dobramentos Paraiba do Sul (Alrneida et al",1973). Ali o metarnorfisno varia de facíes anfibolito a granulito, enquanto no Rj.beira este se encontfa entre facies xisto-ver-de e anfibolito (Almeida, 1976).

0 linite entre as rochas que foran geradas ou re-trabalhadas no Brasiliano, com aquelas não afetadas por este ci-c1o, constituintes da parte sul do Cráton do São Francisco, foiproposto por Alneida (I967, 1977 e 1981). Esta delirnitação se a-cha representada no rnapa (1) sisnotectônico.

Haralyi et a1. (1984) fornecen o linite graviné-trico do Cráton do São Francisco. Entïetanto, ao que tudo indi-ca, a1érn da configuração das isogá1.icas foi utilizada tarnbém a

estrutura disruptiva que limita a noroeste o Grupo São Joãode1 Rei (Ebert, 1957, in Alneida et a1., 1973)" Com isso o linite gravin6trico sugerido corta um alto gravirn6trico, onde não seacha evidenciað,a a reférida estrutura. No p¡eserìtö trabalho op-tou-se pela utilização do linite proposto por estes autores, to-davia se aconpanhando a disposição das isogá1i.cas tanbém no se-tor sudeste deste, justificando-se desta forma o carâ.ter gravimétrico do limite cratônico apresentado no napa (Z) de epicentros.Con este procedinento depara-se com o fato de parte do Grupo SãoJoão del Rei, atribuido ao Proterozóico Superior por Ebert (1957)

e poî Almeida et al. (1973), se encontrar na borda interior do

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Crãton do São Francisco, Infornações geofísicas nais detalhadas,assin como dados geocronológicos (inexistentes no Grupo São Joãodel Rei), poderian auxi liar de forna significativa na resoluçãodeste prob lena.

Recentes estudos geocrono_tógicos na porção meri-di"onal clo Cráton do São Francisco, efetuados por Teixeira (19gS),fornecen subsíclios para una rnelhor caracterização do linite cra-tônico, Na área investigada por esse autoï os dados sugerem queeste linite deveria se 1ocalízar ¡nais a su1 do que os anterior-mente pro pos tos.

No sul da área de interesse" onde Hasui et al.(1975) propuseran a exístência do rnaciço rnediano de JoinviIe, foran caracterizados por Kaul e Teixeira (1982) os conplexos Ita-tins, Serra Negra e Luis A1ves, designados pelos autores de seg-nentos cratônicos, formados no Arqueano e no proterozóico Infe-rior. Segundo estes autores pelo menos o Luiz Alves foi estabilizado tectonicanente no final do ci.clo Transamazônico. Estes con-plexos se acham separados por rochas da infra-estrutura da FaixaRibeira, que foran retÌabalhadas e rejuvenescidas no ciclo Brasi1i" ano .

0 conplexo Luis Alves se acha representado no ma-pa (1) sisrnotectônico segund.o os linites propostos por Kaul eTeixeira (1982), Kaul (1980) e por Haralyi er a1. (1982).

Con o dobranento da Faixa Ribeira ocorreu intensoprocesso de falhanentos transcorrentes, orientados predoninante-nente ENE, corn grande conponente dextral. Estas falhas infleti-ran estruturas pr6-carnbrianas de "trend" geral NE, segundo Alneida (197ó). Estas estruturas, especialmente as grandes falhas dofinal do Brasiliano, tiveram grande influência na disposição dosmaiores conponentes do sistena de "rifts" da Serra do Mar, assincomo, ao que tudo indica, das bacias tafrogênicas meso - cenozõi-cas do sudes te brasíleiro.

Con o final do ciclo Brasiliano, no Cambro-Ordovi

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-7I-ciano, e a instalação do estágio de es tabili zaçáo da platafornaSul-Anericana (A1neida, 1969), teve inÍcio o acúnulo dos sedinentos na Bacia do Paraná. A evolução desta bacia se deu ern condi-ções ortopl-atafornais , até o início do Mesoz6ico, conpreendendoa fase talassocrática, entre o Siluríano Inferior e o Carbonífe-ro Inferior, e a fase geocrãti.ca do Carbonífero Superior ao Tri-ássico, reconhecídas por Alneida (1969).

7,2. Quadro Tectônico Meso-Cenozõico

Com a inplantação da Reativação Wealdeniana (A1-neida, 1967), que ten sido vinculada corn as etapas ',uplift-rift--drift" de abertura do AtIântico, descritas por Asrnus (1975) nanargern continental brasileira, onde reconhece os estágios pré--"iift", i'rift", proto-oceânico e oceânico (Figura 2S), o soer-guimento do Arco de Ponta Grossa e os derrarnes basálticos na Ba-cia do P a-r anâ representan fenônenos dos nais notáveis,

úl

RECENTE

¡r¡ocnrrncEo

APTIANO

rocnr rÁcEo

ESTAGIOS

ocEAN tco

Fig. 23

EVENTOS

Entre o finaL do Jurássico e o inÍcio do Cretáceo(pré-Aptiano) , na prineira fase desta reativação, o Arco de pon-ta Grossa, cuja origem parece se estender at6 o paleozóico Supe-rior, sofreu intenso soerguimento. Os enxames de diques de diabá

Estágios de evolução cla rnargern continental (AsmusFerrari, 19 78) .

Nros v€PlrcÁts 0 p0sf0s

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É¡cufiENfo cRrrsrÁ1. 3ÀcrÀ9FrFiRrcÁs r¡rliÀcRÂr6¡¡¡cÁsD,rxa¡¡ rÁc¡o co'lTtIEr¡f ÀL

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sio verticais paralelos ao eixo do arco, o qual nergulha para NW,

atesram este fato (Alneida, L976).

Na região das serras do Mar e Mantiqueíra diquesbásicos e internediários do Neocomiano se forrnaran concordantemente com o "trend" regional (l{asui et a1., 1978a; Basei e V1ach,1981). Danasceno (1966) e Alrneida (7976) atribuen a inplantação<lestes díques ao soerguirnento regj.onal a que esteve sujeita estaregíão no final do Jurássico - inÍcio do Cretáceo, A ausência de

sedÍnentos das seqllências do Continente e do Lago na Bacia de Santos, assim como a atividade vulcânica eocretácea, reforçam a

presença do refer j.do soerguimento segundo Asnus e porto(re80).

Nesta nesna época ocorreu intenso magnatisno basá1tico tholeiítico fissural na Bacia do Paraná, a16m d.a instalaçãode vários corpos a1ca1j-nos na regi-ão sudeste brasí1eira. Coinci-dentemente con a primeira fase da Reativação Wealdeniana (Alnei-da, 1969), Asmus (1975) reconhece, no Eocretáceo, a inplantaçãodo estágio "rift va11ey" caracterizado pela fragnentação continenta1 e pela conseqt-lente evolução das bacias tafrogênicas costeirasna margem continental brasilei.ra. A Bacia de Santos, em evidêncíana área de estudo, foi classificada por Asrnus e Porto (1980) como

"rift" do tipo arco vulcânico, segundo denorninação de Milanovsky(7972). As dernais se enquadrarn na classificação de "rifts" do tipo fissural, segundo os mesmos autores.

Durante a segunda fase da Reativação Wealdeniana,no intervalo entre o Senoniano e o Eoceno, ocorreu nova manifestação de magnatisÍìo alcalino tipo cent.ral (Ulbrich e Gomes, 1991),representaclo por várias intrusões expostas na região sudeste, senc1o que as mais jovens se tocalizan no Es tado do Rio de Janeiro"

A ocorrência de lava ankaranÍtica, datada do Eoce-no Superior, intercalada nos sedirnentos da Bacia de Volta Redonda( IliccorLlni et a1., 1983J atesta a contemporaneidade do início dafornação das bacias tafrogênicas continentais do sudeste brasileíro com as últinas nanifestações do magmatismo alcalino (Alneida,1983).

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A Bacia de Santos 6 aberta ern direção ao oceano,onde bordeja o Platô de São Paulo. A su1 a plataforna de Floria-nópolis, de natureza magrnática (traquiandesitos), sepaïa esta bacia da Ilacia de Pelotas, enquanto a norte o A1 to de Cabo Frio,decornposição gnáissÍca e basá1tica, a separa cJa Bacia de Carnpos,segundo Asnus (1981),

De forma diferenciada das bacias dos segnentos leste e norte da nargern continental brasileira, onde predoninam fa-lhas norrnaís, nas bacias de Santos e pelotas as principais estrtrtulas, detectadas em seções de reflexão sísnica, são linhas dech¿r¡re j.ra ou flexuras (Asnus, 1982a). Na Bacia de Santos, segun-do este autor, uma destas estruturas, con idade paleocênica, re-presenta a principal feição da parte ocidental desta bacia,

7.2,L llacia de Santos

A zona nais profunda da bacia ocorte defronte a

linha de costa do Estado de São Paulo, onde o enrbasanento deveestar a cerca de 8000 n abaixo do níve1 do nar, segundo Alneida(1976).

Estudos magnetométricos (Fainstein et al., 1975)indicam que as estruturas pré-canbrianas da borda enersa se es-tendem para o enbasamento da Bacia de Santos, a qual se desenvolveu em crosta continental , Cabe ressaltaï que tanto a linha decosta cono a flexura da margen continental adotarn o "trend" ENE

das grandes falhas carnbro-ordovicianas.

Com espessuras alcançando 3.8 kn, rochas basá1tí-cas con idacles ao redor de I20 m,a", relacionáveis aos extensose espessos derranes basálticos eocretáceos da Bacia do paraná,são encontrados abaixo das canadas de sa1 de idade Alagoana, re-ferentes à Secltlência do Go1fo, segundo Asrnus (1978, 1982a). Não

são encontrados na Bacia de Santos sedi¡nentos relativos ãs se-ql.lências do Conti¡ente e dos Lagos (Asmus e Porto, 198,0) , sendo que

apenas localmente são encontrados conglornerados pouco espessos, com

seixos de basalto al-terado e pelitos avernelhados, entTe as ro-

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chas básicas e os evaporitos (Asrnus, 19g1).

0 atual Limite oeste da ocorrência destes der-rames na Bacia de Santos parece estar relacionado con a linhade charneira presente nesta bacia e referida anteriornente (As-mus, 1982a).

Aci¡na da carnada de evaporitos, cuja fornação sedeu, segundo interpretação de Asmus (1975) e Leyclen et al,(1976), ao alto tectono-nagmático, que constitue o lirnite sulda bacía, possibilitando a fornação da bacia evaporítica do A-t1ântico SuI, ex j.stem mais de 5,ó kn de sedimentos c1ásticos intercalados con carbonatos, representando una coluna do CretáceoSuperior ao Quartenárì_o.

Asmus e Ferrari (1978) observaram a presença decunha de sedimentos continentais (conglomerados areno - argilosos)clásticos grosseiros do Albiano ao Oligoceno, e a colocan conoindicativa da persistência de un alto no enbasanento adj acenteã b ací a.

Con base nas inforrnações de sísnica de refraçãoe reflexão, de nagnetonetria e de gravinetria da nargern conti-nental sudeste brasileira, Ko!úsnìann et a1. (1ggZ) caracteriza-ran os linites entre crosta continental, transicional e oceâni-ca, os quais representarian descontinuidades estruturais profundas. As áreas corn espessuras crustais atenuadas, definidas conotransicionais, se Localizam nos prolongarnentos, par'a oeste, dosl.ínearnentos do Rio de Janeiro e Florianópolis segundo estes au-tores. Entretanto nas regiões defronte ãs bacias de Carnpos e

Santos as direções estruturais concordantes corn aquelas do pré--canbriano etlerso poderiam sugerj-r a presença de crosta conti-nent.al até o bordo externo do platô de São paulo segundo os au-tores ci tado s .

-7 4-

s i tuaç ão

ria, corno

Apesar das dificuldades de ajuste continental,e¡îtpré-deriva, que a aceitação destes Iirnites acarïeta-

realçado por Kowsnann et al (1982), optou-se pela in

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clusão destes no napa (2) de epicentros por representaren descontinuidades de grande porte, no caso de confirmados co¡n a evolu-ção dos conhecimentos.

As rnontanhas atlânticas do sudeste brasileiro, niveladas pela superfÍcíe erosional Japi, alcançan 1200 n de alti-tude, quando não deforrnada. Esta superfície, evoluida provavel-nente no Paleoceno-Eoceno, teria sido soerguida tectonicanentena região das serras do Mar e Mantiqueíra, cujos picos são nive-Iados a 2000-2100 m acina do nÍve1 do rnar, segundo Almeida(1976).Na proposição deste autor un grande ârquea¡Iìento r en cujo eixo te-ria se instalado o "graben" do Paraiba do Sul, seria responsáve1pelo soerguimento da referida superfÍcie.

0 rrrift, do Paraiba do Su1, assirn designado porAlneida (1976 e 1983), 6 alongado na díreção ENE, onde se desen-volve por cerca de 220 km, e possui perto de 25 kn de largura. A

diferença de níveL entre a base dos sedirnentos, que ocorren nova1e, e as elevações adj acentes é de tgOO n (Alrneida, 1976). Se

gundo o nesmo autor um prováve1 sistena de pequenas falhas nor-mais, sendo que algunas já identificadas, seria responsável pelaf o rrnaç ão da depressão alongad4.

Com base en consideráveL volune de infornações ge

o1ógicas e, principalnente geofísicas, da nargern continental brasileira Asmus e Ferrari (1978) propõen urn ¡nodelo de evolução tectõnica para a depressão do Paraiba do Su1 que pernite cl-assificá-1a corno do tipo serni-"graben" (Figuras 24 e ZS), Esta estruturaestaria inserida no sísterna de "rifts" da Serra do Mar, segundodesignação de Alneida (197ó), o qual representaria urna rnanifes-tação cenozóica da estruturação da borda ocidental do "rift" dotipo arco vulcânico reconhecido por Asnus e Porto (1980) na re-gião da atual Bacia de Santos e ârea continental emersa adj acen-te.

7.2.2, Depressão Tectônica do Paraíba do Sul

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Fi gura 2 4 Arcabouço te ctôn i coro (Asnus e Ferrari,

;"'eolit- --.- Fotho nó.cloô¡ilicodo

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A=-

esqrJe1978

nático do sudeste brasileiin Suguio , 1980) .

Figura 25

I

Pefil geológico, esquemático, sem es câ1a, transver-sa1 á ãrea afetada pelo tectonisno cenozóico, res-saltando o caráter escalonado dos falhamentos e obasculanento dos blocos resultantes, Formaram-se,emconseqllênci a, á,reas elevadas, já modeladas pela erosão (Serra do Mar, Serra da Manti.queira e Mäciço Cãrioca); e, entTe estas, depressões em fj.grrra dè se:nigrabens (Graben do Paraíba, Baixada Fluninense)Na plataforna continental, é possíve1 que a faihade Santos (falha no extreno leste da seção), sepa-rando a porção rasa da porção mais profúnda da 6a-cia, tenha resultado, também, do tectonismo cenozóico. K indica sedinentos cretáceos, e T, sedinentoSterciários (Asrnus e Ferrari, 19 78)

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Apesar da não confirmação definítiva de um ou outro nodelo, a proposição de Asnus e Ferrari (1979) parece se a-dequar melhor ao contexto da evolução tectônica da rnargen con-tinental do sudeste brasileiro. Ëste ¡nodelo poderia explicar a¡naior subsidência na borda noroeste da Bacía de Taubaté, assincono o fato dos limites noroeste das bacias tafrogênicas conti-nentais normalmente acornpanharem antígas falhas transcorrentesque teriam sido reativadas como normais no cenozóico. cornurnen tenos limites sudeste destas bacias os sedinentos transgriden so-bre o enb as amento,

0 inÍcio da sedinentação nestas bacias ten sidoatribuido ao 0ligoceno (Alrneida, 1976), entrètanto estudos pa-

lino1ógicos na Bacia de Taubaté (Ferreira e Santos, 19g2) e naBacia de Resende (Lina e Anador, 1983), a1én das lavas ankaranítícas lr¡tercaladas nos sedínentos da Bacia de Volta Redonda (Riccornini et al., 1983), fornecern idades do Eoceno Superior.

No interior da depressão tectônica do paraiba doSu1 se instalou, a oeste do bloco de Cachoeira paulista, a Ba-cia de Taubat6, que se encontra parcialnente repleta de sedinentos, enquanto a leste desenvolveu-se a Bacia de Resende, menosprofunda e preenchida de sedimentos.

7 .2.2.1. Bacia de Taubaté

Delinitado por duas antigas falhas transcoïren-tes (Buquira e Alto da Fartura) que forarn reativadas no Terciá-rio com caráter nornal, e tarnb6n segnentado por diversas falhasnornais sub-paralelas, o bloco tectônico paraÍba do Sul (Hasuie Ponçano, 1978b) a1-o ja a Bacia de Taubaté, que é a nais significativa das bacias tafrogênicas do sudeste brasileiro, A1én destasfalhas antigas outras de caráter norrnal condicionaran o arcabouço da bacia.

0 linite noroeste da bacia é quase que inteira-nente narcado por contatos por falha entre rochas pr6 - canbrj a-

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nas e seditnentares, enquanto no sudeste os sedinentos transgri-den sobre o ernbasanento, sugerindo naior subsidência na bordanoroeste da bacia (Hasui e Ponçano, 1978b).

Cobrindo extensão de aproxinadarnent e 2400 km"bacia te¡n cornprinento de 173 kn e largura de até 20 kn.

A bacía cont6n un pacote de sedirnentos continen*tais de pelo nenos 400 n. A seqllêrrcia inferior denorninada Fornação Trenemb6 6 constituída de naterial pelítico de origern lacustre e representa os depósitos de un grande lago represado pelobloco soerguido de Cachoeira Paulista, quando as elevações nar-ginais apresentavan pequeno realce topográfico, justifícando a

maturidade e caráter pelítico da fornação, Estudos palinológi-cos efetuados por Ferreira e Santos (1982) e Lina et al. (1983)estabelecerarn a idade Eoceno Superior/0ligoceno para estes sedínentos. Ern discordãncia angular se depositou sobre este pacotebasal a Fornação Caçapava (Hasui e Ponçano, 1978b), constituidade areia e argila, parcialnente conglornerática. Lina et a1.(1985) atribuen a idade Oligoceno Superior a esta fornação com

base na aná1ise palinológica dos sedirnentos.

A Bacia de Taubat6 6 conpartinentada en cincosub-bacias separadas por altos no e¡nbasamento cristal,ino, osquais presunivelnente se jarn devido a falhanentos de orientaçãoNNW, segundo sistema de juntas com esta orientação ptesente nasrochas do Complexo Cristalino (Hasui e Ponçano, 1978b).

As carnadas neïgulhan normalrnente para NW, sendoque cifras de 10ç são conr¡ns, o que deve estar vinculado ã sub*sidência basculante dos blocos, mais ativa na borda norte da bacia.

0s movinentos tectônicos ptosseguirarn ap6s a se*dinentação, visto que as últinas ca¡nadas são afetadas por fa-thas norrnais como observa Suguio (f969). Apesar de predoninarernas falhas NNW a NNE, ocorrem tambén as WNI^/, sendo que tais ori-entações coincidern perfeitamente con sisternas de juntas do Com-

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plexo Cristalino (l-lasui e Ponçano, 1978b)

7 .2.Z.2. Bacia de Resende

Ilescrita por Anador (1975) e A¡nador et a1 . (1978)

em seus aspectos lito-estratigráficos e de evolução sedinentar,a Bacia de Resende com 222 knz, e eixo naior de 47 kn na ctireçãoENIì, aplesenta um pacote sedirnentar corn mais de 200 n de espes-sura (Fornação Resende - arenosa conglonerática - capeada pelaFornação Floriano - areno arcosiana e argilo siltosa), o que, se

gundo Hasui et a1. (1978b), atesta sua origern tectônica,

Apesar de já ter sido situada cono un prolonganento da Bacia de Taubaté (Freitas, 1957), separada apenas por so-IeÍra cristalina, FIasui e Ponçano (1978b) constataram sua evolu-ção independente, ern bloco tectônico distinto delinitado a nortepela falha do Alto da Fartura, sendo então resultado de jogo de

falhas, Estudos palinoJ-ógicos, efetuados por Lina e Arnador(1983), fornecera¡n idades do Eoceno Superior ã Formação Resende,

7.2.2.3. Bacia de Volta Redonda

Estudada por Amador e Castro (1976) quanto ã suasedinrentação, apresenta eixo naior segundo ENE, e pacote sedimentar de cerca de 100 m (40 rn de sedimentos arenosos inaturos e ó0

n de sedimentos arenosos e rudáceos - Formação Volta Redonda) .

Sua borda norte é retilínea e coincide con o tra-çado da grande Falha de Rio Bonito (CPRM, 1976; Flasui et a1.,1978b), € o bloco em que foi desenvol-vida é 1i¡nitado a sul, pe-la Falha de Alén ParaÍba (Alrneida et al., 19751 , parecendo que a

bacia deve sua origen a urn basculanento tectônico.

Intercalados nos sedinentos desta forrnação, der-ranes ankararníticos forneceran idades do Eoceno Superior, segun-do Ricconini et a1, (1983).

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l\ Bacia de São Paulo desenvolveu-se graças à rea-tivação tafrogenética vertical das antigas linhas de fraqueza,emconexão com a formação das bacias de Taubaté (Sp) , Resende (RJ)e Curitil¡a (PRJ, além r1a depressão da Guanabara (RJ), da Baciade Santos e da Serra do Mar (Suguio, 1980).

A zona da bacia 6 cortada pelas falhas de Taxaquara, Caucaia, Jaguari, Buquira e Alto da Fartura, desenvolvidas nofinal do ciclo Brasiliano (Canbro-0rdoviciano) de caráter trans-corrente, com f¿ixas cataclásticas, não raro, rnais espessas que

1000 n (l'lasui et al., 1976).

0 corpo principal da bacia ten traçado irregulare amebóide em todo o lado sul, entretanto o seu limite norte é

retilíneo (N60El , coincidindo com a falha transcorrente Taxaqua-ra-Jaguari. Segundo Coutinho (1980) há seguras evidências de canpo indicando deslocamentos verticais e nornais (queda do blocosul) em movinentos pulsantes contemporâneos à sedinentação noo--cenoz6ica. Falhas sinsedimentares con cunhas clásticas associa-das foram descritas en três locais nas aluviões antigas (Suguioet al., 197r),

Com o re.levo do enbasamento tão ou mais acentuadoque o existente nos teTtenos pré-carnbrianos circundantes, afetando com isso a espessura do pacote sedimentar, teconheceu-se em

Guarulhos (Poço n0 705 - DAEE) un acúrnulo de 319 n de sedimen-tos, En parte estas irregularidades do enbasanento se deran envirtude do jogo de blocos de falha (Hasui et al.,1976).

Os sedinontos da Fornação São Paulo, con predorni-nância de argilas, siltes e areias argilosas finas, sendo rarasas ocorrências de areias grossas e cascalhos finos, são classificados por Suguio (1980) como textural e nineralogicanente inatu-ros. Apesar desta fornação ser considerada geralmente cono plio-cênica, não foi possível ainda a deterninação segura de sua ida-de por falta de elenentos datáveis.

7.2.3. Ilacía de São Paulo

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Ao longo dos vales da drenagem atual distribuen--se sedinentos collstituÍdos de areias grossas e níveis de casca-

thrrs com raras intercalações c1e argila orgânica, denoninadas por

Suguio e I'akahashi (1970) de aluviões antigas para cliferenciá--las das aluviões recentes predominantenente sí1tico argilosase, razoavelnente ricas em rnatéria orgânica (Suguio, 1980).

Os secL.imentos que cornpõem as aluviões antigas fo-ran cletalÌradamente estudados por Coinbra et al. (1983), os quais

caracterizaran e clefi.nj.ram a Fornação Itaquaquecetuba. Com espes

sura nãxima conhecida da. orcie¡n de 50 n, esta fornração aprúsentâ

falhamentos notmais afetando todo o pacote de sedimentos, suge-

rindo, segunrlo es Ees alltores, um tectonisno sin e põs-sedinen-

tar. Pelo fato da base destes sedimentos se situar abaixo da so-

leira granÍtica de llarueri cerca de 1"0 n segundo Suguio (1980) '

e perto de 50 n segundo Al"neida et al' (l-984) ' são adniti.dos por

estes autores movimentos verticais diferenciais pelo menos con-

tempor'âneos ä sedimentaçäo desta formação.

A mai.ori.a dos ¿rutores que ten se ocupaclo desta

for:nação a considera cono maís rlova que a fÌornação São !aulo' 41,

meicl¿ et al. (1984) afirmam restaren poucas dúvidas a respeitoclesta consideração. Coj.nbra et aL. (1983) localizan a Fornação I

taquaquecetuba no Pleistoceno Superior corn base en deterninâçõesde radiocarbono não conclusivas, apresentadas por Suguío (f971)

e por Bigarelta (1971) ' Melo (1984) sugere idades mais antigas a

poiado en anâ1ises palinolóeicas e paleomagnéticas, as quais tam

b6m não fornecerarn resultaclos definitivos '

Corn estudos na baci.a e regiões vizinhas Coutinho(1980) obsetvou cllte os basculanentos ocorrerarn ao longo de 1i-nhas préximas a E-W, seJnpre com levantamento dos blocos norte Ì'e

lativamente aos clo sul.

Quanto à possíve1 conexão da Bacia de São Paulo

con a de Taubaté, Hasui et a1. (I976) clenonstraran a inviabilidade corn base na cli.ferença de cota entre os sedimentos rnais eleva-dos <las duas bacias , corn mais c1e 100 m em desníve1, Acrescc'nta

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ainda as al-titudes elevadas na zona de possíve1 conexão, existentes ainda hoj e,

Segundo Alrneida (1976) jã en L944 a região alongada e topograficarnente deprimida na qual se localiza a Bacia da

Guanabara foi interpretada por Ruellan como sendo un "graben" ou

urna depressão tectônica situada entre blocos de falha inclinadospara NNW. Esta estïutura teria cerca de 200 krn se cónsiderás-senos cono linite W a Baia de Sepetiba, e 280 kn se incluÍssernosa Baia de Ilha Grande em conprimento.

A Serra dos Õrgãos, denominação local da Serra do

Mar, cujas altitudes atuais estão ao redor de 2250 n, constitui-ria a borda norte do "rift". Ruellan (f944) interpretou esta serra cono bloco faLhado NNE e inclínado WNW (Alneida, 1976). De

forma aná1oga ao exposto sobre a depressão do ParaÍba do Sul, As

mus e Ferrari (1978) propõen que a estrutura en questão seja clas

sificada corno semi - " graben",

Meis e Amador (1977) identifican duas unidades se

dirnentares distintas nas vizinhanças da Bacia da Guanabara. Carna

das pr6-Macacu do Terciário Médio e a Fornação Macacu de idadePlio-Pleistocênica, ambas com sedirnentos imaturos representam um

pacote sedimentar superior a 70 n de espessura (Hasui et al.,1978b).

7 .2 .4. Depressão da Guanabara

Meis e Anador (1977) apesar de atríbuíren as defor-mações encontradas a aconodações não tectônicas, consideran as

camadas pré-Macacu como resultado de rápido preenchimento de b1ocos tectonicanente rebaixados no Terciário M6dio.

Con 3000 kmz apresenta um pacote seclinentarcerca de 60 n de material argiloso e areno-arcosiano (tlasuial. , 1978b) .

7 -2.5. Bacia de Curitiba

de

et

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Apesar da necessidade de estudos mais detalhadosa fim de ser confirnada urna tectônica quebráve1, no Cenozóico,perceben-se falhas cle caráter indeterrninado, em mapeanento da Co

missão da Carta Geológica do Paraná, que são paralelas a tre-chos retilíneos do li.mite dos sedirnentos. Estas falhas tem orientação N-NNE e H-IiNlr. O limite NW dos sedimentos da Bacia cle Cu-ritíba ó narcado por extensa falha de orientação WSÌ4I-ENE, segundo os mesmos autores citados acima.

7,2,6. Descontinuidades Consideradas na Ãrea Ernersa

Atravõs de levantamentos aeromagnetorn6tricos fo-ram caracteri zados quatro grandes alinharnentos orientados NW-SE,

corn larguras e conprimentos de de zenas e centenas de quilône-tros respec!ivamente, na região centïo oriental da Bacia do pa-

raná. Estas descontinuidades terian regido a evolução clesta ba-ci.a na região do Arco c1e Ponta Grossa do Paleozóico ao Cenoz6i-co e, seriarn detectaclas ern superfície pela alta densidade de diques de diabásio ao longo das estïutuïas citadas (Ferreira,1982). Esse autor sugere que os limites setentrional e meridio-nal deste arco se j arn representados pelos alinharnentos estrutu-rais de Guapiara e do Rio Piqueri respectivamente. Os dois ou-tros, São Je rôn ino - Curiuvá e do Rio Alonso, se locali zam na re-gião central do Arco de Ponta Grossa. Estas feições tectônicasse acham representadas no rìapa (2) de epicentros.

Ferreira (1982) sugere que estes alinhanentos te-rian sido alguns dos principais condutos cle lavas do magrnatisrnobasá1tico tholeiitico fissural, ocorrido no fína1 do Jurássico-início do Cretáceo na Bacia do Paraná, afetando una área supe-rior a 2 nilhões de quí1ônetros quadrados (Arnaral et a1.,1967).

Aos alinharnentos de Guapiara e São Jerônino-Curiuvá é atribuÍ<lo, por Ferreira et a1 . (1981) e por lîerreira(1982), o caráter de condicionantes tectônicos que possibilita-ram a instalação dos corpos alcalinos na região nordeste do pa-raná e sudeste do Estaclo de São Paulo. As intrusões mais anti-

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gas, isócroras ao magmatisnìo basá1tico, ass j.m como as anomaliasmagnéticas de ferïei.ra e Algaïte (1979) e a rnanifestação neocre-tácea dc Cananóia são atrihuidas ao Gtrapiara,

Associadas ao alinhamento São Jerônino - Curiuvá,aindeL segundo Ferreira (1992), se acha o grupo de corpos aIcali-nos alinhados segunclo NW-SE, refetido por Algarte (1972). As o-corrênci ¿rs cle idade neocret¿icea ïepresentam, segundo /\lmeicla(1983), una nova fase tectônica, corn a pîesença de magnatisno a1calino, posterior ao vulcanisno basã1tj-co.

0 al.inhamento estrutural do paranapanema foi suge-rido por Fú1faro (1974) con base enr feições tectônícas e pa1eo-geográficas da tsaci.a clo Paraná, na ocorrênci.a de rochas a1ca1i-nas do Neocomiano em Araçoiaba cla Serra Ilpanena) , piedade e Ta-tui, na presença da tsacia de São Paulo e no línite cle cornpartimentos distintos da costa, com a presença de rochas alcalinas clo Senoniano, na região de São Sebastião. A ocorrência c1a clepressãoperiférica restrita ao compartimento norte do suposto alinhamen-to (Fú1faro , 1.914) , assim como, c1e forna aná1oga cl¿r cÌepressãodo Paraiba do Su1, reforçam a provável presença tÌesta clescontinuidade.

Davino (19 7ó) efetuou investi.gações gravimétricase ilagnetonótricas na regíão c1a serra de Araçoiaba. Ficou caracterizado un alto gravinétrico, com as isógá1icas alongaclas seguncloa direção NE-SW, em cujo centro se ac.ha a referj.da seïra. Estaorientação concorda coìl o "tïend" das estruturas regionais. O ]g.vantamento nagnetornétrico sugere um prolonganento da intrusào alcalina, em sub-superfície, na orientação l{-SW. Ëstes dados potle,riarn sugerir a dupliciclade de condicìonalr tes tectônicos que te-rian favorecido a lmplantação da íntrusão alcalina,

Evidências estTuturais e paleogeográficas da rc-gião de Fartuïa, utili zadas na proposição clo alinhanrento do par?napanena, forarn atribuidas preferencialmente ao alinhamento cieGuapiara por Ferreira et a1. (1981). Entïe tanto este fato rLão

parece comprone ter integralrnente a proposição de 1..úlfaro (1974)

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em face dos out¡os elenentos envolvidos.

Mesmo não sendo possíve1 a caracterízaçáo segurado alinharnento do Paranapanena, existem indícios que sugeren a e

xistência deste, o qual poderia ser avaliado através de estudosgeofísicos específicos .

A disposição dos corpos alcalinos entre Cabo Frio(R.i) e Poços de Cald¿Ls (MG) sugerern a configuração de urn impor-tante alinhanento W-Nl\r/È-SE. A presença das bacias cenozóicasde Resende, Volta Redonda e Itaborai entre as intrusões alc¿1i-nas, assim cono o desenvolvirnento da depressão do Paraiba do Sul ,

p re doninant enen te a sul do presunido alinhatnento, reforçarn a possibilidade da existência destâ descontinuidade. Cabe ressaltar a

inda que este alinhanento representaria o linite norte do comparti.nento onde a crosta possui características de afogarnento, se-gundo Fúlfato (7974) ,

Corn base nas deternj-nações geocronológicas disponíveis, sinte tizaðas em Ulbrich e Gones (1981), o nagmatisno alca-1íno neste linearnento ocorreu do Senoniano ao Eoceno, sendo que

o rnaciço de Cabo Frio, corn 53 n.a,, e as lavas da B¿cia de VoltaRedonda, com 42 n.a., segundo Riccornini et a1. (1983), represen-tan as nais recentes atividacles nagrnáticas do sucles te brasileiro,

0 conhecirnento gravitn6trico ao longo deste supostolinear, da nesrna forna que na região sudeste, 6 heterogêneo e descontínuo, como pode ser observado no napa (2) de epicentros, Ã-reas bem conhecidas gravimetricamente, como o S-SW de Minas Ge-

rais, contrastan com outras onde pratìcanente não existem ínforma

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ções, corno aquela IocaIízada a norte da j unção dos estadosSão Paulo, Rio de Janeíro e Minas Gerais. Esta sítuação não perrnite o aconpanharnento para leste do forte gradiente gravirn6trico 1inear NW-SE, detectado no sudoeste cle Minas Gerais e nordeste de

São Pau1o. Haralyi e Hasui (1982) propõern que esta descontinuida-de continue atr¿lv6s do tambén foïte gradiente gravirnótrico linearNNE, presente no leste do Estado de Minas Gerais.

c1e

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Na região central do Estado do Rj.o de Janeiro aconfiguração das isogá1icas, posicionadas próxlnas a E-w, evídencíarn a forte inflexão sofrida pelo gradiente gravirnétïico costeiro' relativo ao adelgaçanento crustal, padrão este sernerhante aode outras naagens continentais do tipo At1ântico, segundo Hara_lyi e Hasui (1982). A presença desta infLexão, concord.ante com odeslocamento da linha de costa na altura do paralelo 23eS, pocleindicar a presença de una descontinuidade que, juntanente con asfeições magmáticas e sedirnentares citadas, reforçaria a possibi_lidade da existência do suposto alinha¡nento. Na representação esquenática deste, no apa (1) sisrnotectônico, levou_se ern consideração os elenentos acirna expostos. procurou_se atTavés de um traço unir as feições tectônicas tratadas respeitando-se as informações gravínétricas disponíveis. Acïedi.ta-se que coÍr a evoluçãodos conhecimentos seja possível una melhor avaliação da presen_ça' do posicionanento e das dimensões desta prováve1 descontÍnuidade.

7.3' Principais Traços da Evolução 'rectônica Meso-cenozóica

Almeida (I976) atribui a um fenômeno no manto,compossíve1 0rigen termal, ao vasto soerguinento dô¡nico que se irs-tal.u no início do Mesozóico compreencrendo a área da atuar Bacrade santos e a Êaíxa continental enersa adjacente, entre o Rio c.reJaneiro e Florian6polis (Le Bas, 1971; Asnus, 1975; Torquato,J-976; Asnus e Ferrari, 197g; Asrnus, 19gZb; Alrneida, 1983; Asrnus,1984).

0 rornpirnento da crosta sob tensão seria uma faseposterior a un processo iniciado com a forrnação de un enturnesci-mento sub-crusta1, cujos reflexos na superfície se pronunciar:i.arnprineiro co¡no un grande arqueamento, oncle ao longo do e j x<_r seinstalaria posteriornente o sistena de ,,rifts,, (I11íes, IgTA- in Hasui et al. , 1978b).

0 amplo vulcanismo tholeíitj.co fissural eocretá_ceo e as indicações de hornogeneizaçâo isotópica en sedinentos claBacia do Paranã. (Thonaz Fe et a1 ., Ig76), pernitern consid.erar a

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origem ternal deste soerguinento segundo Asnus e porto (19g0). Neste contex.to o estabelecirnento do Arco de ponta Grossa estaria condicionado pelos alinhanentos estruturais de Guapiara e do Rio pi-queri, segundo Ferreira (1982).

Dada a coincidência deste processo con a aberturado Atlântico sul , parece viáve1 rigá-lo ã tafrogênese con a quaro "rift" original se estabeleceu. Regionalmente este processo te-¡ia se evoluido Ììo contexto do ,'¡ift', do tipo arco vulcânico, re_conhecido por Asnus e Porto (1980) na -area da Bacia de Santos.

[Jrn rnar epicontinental, vindo do su1 , instala- seno "rift" durante o Aptiano segundo Alneida (1976), e no Eocretá_ceo forma*se um alto tectono-nagnático, que se consti.tuí no lini-te su1 da Bacia de Santos, dando origen à bacia evaporítica doAt1ântico sul , possibilitando a precipitação de grande volurne deevapori tos (Asnus, 1978) .

Nesta época os novinentos verticais opostos entïea Bacia de Santos e a região continental emeïsa favoreceram a ge_ração da prinitiva Serra do Mar, a qual se posicionava na bordada bacia profunda segundo Hasui et al . (19g2), Este fato foi constatado por Asrnus e Ferrari (197g), os quais reconheceram a presença de cunha c1ástica de sedinentos continentais grosseiros, do Arbiano ao oligoceno, na Bacia de santos, incricativa da persistên-cia de un alto do ernbasamento adj acente à bacia.

Foram reconhecidas, na área de interesse deste estudo, três fases de rnagnatismo alcalino no cretáceo e Ëo-Terciá-rio (u1bri.ch e Gornes, 1981). A rnai.s antiga, isócrona ao nagnatis-no basáltico da Bacia cÌo paraná, se d.esenvolveu no Neocomíano, NoAptiano-Albiano ocorreu uma ativiclade localizada, prlncipalrne'teno sudeste e nordeste dos estados de são paulo e paranã respecti-vanente, segundo os autores citados. A ú1tina fase se desenvolveudo senoniano ao Ëoceno com forte ïepresentatividade no Estado doRio de Janeiro, segundo o alinharnento Cabo Frio-poços de Caldas,

Ðurânte o Senoniano una grande atividade tectôni_

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-88-ca teve lugar na região da Serra do Mar, nesta época já con certaexpressão topogrãfr-ca, a qual passaria a fornecer sedinentos paraa Bacia do paraná, iniciando_se o acúrnulo da Fornação Bauru (A1_meida, 1976) .

A fornação da depressão do paraíba do Su1 teve inÍcio no Ëoceno Superior, com a deformaçâo da superfÍcie "r;;;";;;Japi (Alneida, 1976), que se desenvolveu provavelmente durante

uma relativa calma tectônica no paleoceno_Eoceno e, ta¡nbérn com oconseq,ente início do acúnu10 dos seclimentos nas bacias tafrogêricas de seu interior. A presença de lavas ankaraníticas, com 42n.a., intercaladas nos se<lirnentos da llacia de Volta Redonda (Ric_cornini et al., 19g3) demonstra a contemporaneidade da evoluçãodestas bacias co¡n os episódios finais do nagmatisrno alca1ino.

0 paralelismo das grandes falhas tïanscorrentescarnbro-ordovicianas com a linha de costa, con as estïuturas oci_dentais da Bacia de Santos, assim cono con as bordas das depres_sões do Paraíba clo Sul e da Guanab ara e, ainda com os limites NIlrdas bacias tafrogênicas continentais, parece comprovar que a evo_1ução tectônica meso-cenozóica da região sudeste brasileira foifortenente condicíonada por estas antigas estïutuïas,

A disposição das bacias tafrogênicas cenozóicascontinentais, o posicionanento das rochas alcalinas, entre os pa-ralelos ZZIS e Z4eS, o desenvolvimento da depressão do paraíba dosul entre as bacias te são pauro e Resende e as característícasde costa afogada entre São Sebastião e Angra dos Reis, poden sugerir que outras de s c on t in ui dade s , a1én dos falharnentos carnbro_ordovicianos, estarian condícionando o clesenvolvinento tectônico nesoz6ico nesta região. 0s corpos alcalinos c.lo Senoniano uo Uo"".,o-lllinhados de Cabo Frio a poços de Caldas, con as bacias de llesen_de, Volta Redonda e ItaboraÍ entre eles, o desenvolvinento da de_pressão do paraÍba do Sul predoninantemente a sul deste ali.nha¡nento, da nesna forma que as características de costa afogada, favo]recen a consideração de una descont,inuidade de grande porte quese teria nantido em atividade pe10 rnenos c10 senoniano ao Terciã-rio Superior.

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O bloco delimitado a norte por esta possível des_contínuidade e a sul pe10 alinhanento estrutu¡al do paranapanenacontén a depressão tectônica al0ngada do paraíba do su1 e apresenta características de costa afogada. Este b10co se destaca no contexto da faixa do relevo escarpacl0, incomurn en áreas a.l¡ acentelãs rnargens continentais tipo At1ântico (Asnus, 19g1),que se desenvolve de cabo Frio a Florianópo1is, Estas considerações aliadasao posicionanento deste b10co, defronte ao <lepocentro da Bacia deSantos, entre os quais movj-nentos ver'ticais opostos alcançaramcerca de 11 km, deve evidenciar um comportamento tectônico meso_cenoz6ico diferenciacl. do restante da faixa continental emersa citada.

A implantação da Bacia cle São paulo teïia ocorrÍdono Plioceno, segundo Alneida (I976), ern paralelo à acentuação dasubsidôncia das bacias de Taubaté e Resende e, provavelmente ãformação da Bacia de Curitiba,

Ëste processo de tafrogênese, iniciado no Jurássi_co Superior con a fornação do "rift,, original, se estend.eu até ofinal do 1'erciário ' ou mesmo até o pleistoceno, cono o demonst.ramfalhanentos no¡mais, predominantenente, em sedimentos acreditadosdesta época. o ïesultacro finar deste processo é o conjunto de brocos E-NE escalonados ern direção à Bacia <ie santos e basculados para N-NW. A possibilidade da ocorrência de desc.ntinuidades degrande porte WNW segmentanrìo esta organi zaçá,o é considerada,

Basculamentos tectônicos em depõsitos holocênicos,assirn como o condici onanento dos linites noroeste c10s depós.i tosrecentes continentais, coincidentes com falhamentos normais rìasregíões de Anronina (pR), perui.be, Itanha6m, Cubatão (SIr) e titoral norte de São paulo (Figur.a 26), indicando um possÍrre1 contro_1e tectônico rnoderno (Hasui et a1 ., 197gb), sugerem uma ativida_de tectônica renanescente at6 os dias cle hoje, o que pode ser re_forçado pela sisrnicidade constatað.a na região e conentada no capÍtulo anterior.

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Figura 26 - Planícies costeiras dotural (Fúlfaro et aL. ,

Estado de

L97 4) .

São Paulo mostrando forte contTole estru_

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8. CONSiDERAçOES STSM0TECToNICAS E CONCLUSÕES

Tentativas de correlacionar a sis¡nicidade con asprincipais feições tectônicas do Brasil foïam feitas por Haberlehner (1978), Sadowski et a1. (1978), Hasui e ponçano (197Sa),e especificanente para a Serra do Mar e da Mantiqueira por Ha_sui et a1. (1978c). nntretanto tais correlações, apesar de con_siderarem erenenllos tectônircos teoricamente favoráveis ã liberação de esforços, careceïam de dados sisrnológicos rnais consis-tentes scgundo Àssurnpção et a1. (1990).

Hasui et a1. (f9S2) considerando que a ativida_de sísnica da região sudeste poderia e,staï concentrada em áreasrestritas, entre as quais, no entencler dos autores, não haveriamanifestação sísrnica ' propuseram a configuração de "zonas sisnrogênicas", Corn base nas considerações de Hasui et a1. [19g2),foielaborado o napa de rísco sísnico do sucreste brasileiro por Mioto (1984).

Enttetanto r corno exposto antet,iormente, o atualnível de conhecirnento da atividade sísnica da região sudesre,assim como o do Brasil, deve estar condicionado, em grande par_te, ã ocupação populacional. A1én clisso a Estação Sisrno¡¡ráfj.cado Rio de Janeiro, apesar de ter sido instalada en 190ó e rees_truturada no final da décac1a de S0, sempre funcionou corn ganhomuito baixo, registrando un núrnero rnuito pequeno de sismos bra_sileiros. Somente a partir de 1975 outras estações sisrnográfi_cas foram instaladas na região sudeste, contribuindo cresde en-tão de f orrna significativa na detecção de sisrnos b'asileiros.Deve-se ressaltar ainda que pel0 rnenos 50% dos poucos dados sísrnicos conhecidos, são na verdade relatos de sis¡nos, os cluais per_mitiran, no rnáxino, a caracterizaçào da intensidade MM Local,Quanto aos dados mais confíár'eis, coln quantidade suficiente deinfornações que pernitiu a identificação da área afetad.a e otraçado de isossistas, as irnprecisões na localízação dos epicentros são normalnente da ordem de dezenas de quilômetros.

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Diante do cluadro acima exposto é relativanente arriscado se afirnar que as áreas entre os epicentros conhecidossejam realnente inativas, cono proposto por Hasui et a1 . (19g2),na delimitação das chamadas zonas sisnogênicas. A16n disso ospoucos quilômetros que nornalnente separan estas zonas propostasse dilue¡n nas imprecisões dos dados sís¡nicos e nos erros epicentraiS considerados, Os quais en certos casos extrapolan de unapara outra zona, sugerindo a inadecluação destes linites.

Con a qualidade e quantidade dos dados sísnicosconhecidos na região sudeste acredita-se ser conveniente un en-foque de car'áter regionaJ., ond.e se constata a ocorrência prefe-rencial de atividade sísmica nas áreas afetadas pelo ciclo Brasiliano e na naxgem continental , onde se localiza a Bacia de San_tos, do que na cobertura fanerozóica da Bacia do paraná, Estascorrelações concordam com as si.tuações das diversas áreas que a-presentam ativi.dacle sísrnica i"ntraplaca no mundo, descritas po'Sykes (1978). Este autor propõe que zonas de fraqueza crustaisseriam reativadas durante a fragnentação continental favorecen-do a implantação de rochas alcalinas e senclo atualnente respon_sáveis pela liberação de esforços, principalnente nas proxini_dades de rnargens continentais. Ëstas zonas de fraqueza seriamentendidas como feições tectônicas maiores coÍro o contato entTeregiões cratônicas e faixas de dobramentos, arqueanentos ou fre-xuras c-rustais ou ainda grandes zonas de falhas e geossuturas,

En ternos teóricos acredita-se que os produtos tafrogênicos da Reativação Wealdeniana (A1neida, 1967), quc foi relacionada com as etapas de aber-tura do Atrântico su1 por Asnus(1975), seriam locais favoráveis à riberação clos atuais esforços tectônícos. Esta reatÍvação teve abrangência plataformal , entretanto com preferência ãs fornações mais j ovens (A).rneida,19ó9).

De forma generalizada não tem sido possível a correlação de sisrnos intraplaca con falhas conhecicras. são poucos oscasos cono o do Falhanento Ramapo , T0carizað,o a noroeste da ciclade de New York, onde a relação dos sismos con esta descontinuidade está be¡n estabelecida (Aggarwall e Sykes, 1978) .

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Na região sudeste não foi possÍve1 até o nornento,se determinar a correlação da pouco conhocida atividade sísmicacom estruturas disruptivas detectadas en superfície. para quetal associação se faça con segurança, alé¡n da localização dos e_pícentros, há que se considerar ta¡nb6m o posicionamento dos pla_nos focais. Na região de interesse através das soluções de meca*nismo focal de centenas de pequenos eventos induzidos en paraibuna' Mendiguren (1980) caracterizou esforços compressivos horizontais posicionados NE-SW, envolvendo falhanentos de enpurrão etTanscorrentes. Apesar desta atividade ocorrer no interíor ounas proximidades da Falha de cubatão, Mendiguren (1979) af irrnaque os sisnos ocorreran ao longo de planos N_S or,r E_W.

Diante do atual quadro da atividade sÍsmica daregião sudeste, e das dificuldades de correlação con estrururasreconhecidas ern superfície, a utilização de informações geofísicas , que forneçarn a caracteri zação das descontinuidades crustailde caráter regional , poden auxiliar significativamente nas tentativas de interpretação.

Na região sudeste, estas inforrnações se acha¡n a_inda ern estágio e¡nbrionário, cono ressaltan llaralyi e Hasui(1982) , sendo que os canpos da gravinetria e da nagnetoÍìetriasão os nais desenvolvidas.

O conhecirnento gravin6trico da região sucleste seconfigura ern mosáico muito heterogêneo corn áreas detalhacJame't.einvestigadas, cono o sudoeste-sul de Minas Gerais, e outras ond.eos dados, quando existent,es, possuen um caráter 1ocal.

Neste contexto ficou bem caracte tizado o fortegradiente gravimétrico linear, com orientação NW_SE, na áreanorte-notoeste. da região de interesse ) corno pode ser observadono napa (2) de epicentros' A continuidade para reste desta estrutura não está ben estabelecida ern função da ausência de inforrna-ções gravinótricas. Entretanto. a presença de rochas alcali'asdo senoniano ao Eoceno alinhadas de cabo Frio a poços de caldasjuntanente con bacias tafrogênicas cenozóicas, o desvio da li_

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nlìa de costa na artura do paralelo z3cs aconpanhado da forte in-flexão do gradiente gravin6trico costeiro e a ocorrência do Artode Cabo Frio separando as bacias de Campos e de Santos, sugeïema conecção daquela descontinuidade co¡n estes elenentos constitu-intes do Alinha¡nento cabo Frio-poços de cardas tratado no capítu1o anterior,

Deve-se ressaltaÍ que perto de 50% dos dados sísnicos confiáve j_s, apresentados no napa (2) de epicentros, alénde cerca de 40% dos relatos de sismos, indicados no napa (l) sismotectônico, se posicionan nas proxinidacles ou coincidentes como alinhamento referido. Desta forna considera-se a forte possibilidade de relação entre estes eventos e esta descontinuidade.

Caso se confir¡nem as proposições de Sadowski (1976)e Sykes (1978) a respeito da geração d.e estruturas transversaisoceânicas a partir de zonas de fraqueza cïustais reatívad.as com afragnentação continental , conentadas no capítulo 4 , ao que tudoindica, ter-se-ia no alinhanento Cabo Frio-poços de Caldas a es_trutura prirnária que poderia ter favorecido o desenvolvimentodo linearnento do Rio de Janeiro reconhecido por Kunaret a1. [1977).Na margern continental do sudeste brasileiro, entre o alinhanentocabo Frio-Poços de cardas e o linea¡nento do Rio de Janeiro emcrosta oceânica, Kowsrnann et a1 . (1982) caracterízaram, em seg_mento concordante con ambas as estruturas citadas, a presença clecrosta transicional , referida pelos autores cono continuidacle para oeste do lineanento oceânico em questão,

Ern conjunto a disposição alinhada do forte gradiente gravinétrico 1ínear, <10 magmatisno alcalino meso-ceno z6ico,das bacias tafrogênicas continentais cenozóicas, cro acentuadodesl-ocamento da linha de costa, do A1 to de Cabo Frio, do segnen_to caracterizado por crosta transicional e c1o lineamento clo Riode Janeiro parece se configurar como urna grande descontinuidade,aná1oga, de certa forrna, ãquelas relacionadas por Sykes (197g) àatividade sísnica intraplaca próxima às rnargens continentais, como o alinhamento Boston-ottawa, na costa leste da Anérica do NorLç.

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-o (_

Na região sudeste brasileira acredita_se ser conesta descontinuidade uma das mais prováveis associações de even-tos sísmicos, apesar das inprecisões epicentraís e tamb6n da au_sência de deterninações de planos focais, A possibilidade destarelação foi colocada ta¡nb6m por Sadowski e Dias Neto (19g1), sendo considerada por Berrocal et al. (19g4).

Con a observação do napa (3) constata_se que, a_pesar do maior nümero de sisrnos se l0ca1izar a norte do para1e1024eS, não houve possibilidade de caracter ízaçáo ð,e un segnlentoonde tivesse ocorrido urna naior liberação de energia, cono pre_tendido en princípio. Destâ forna não se pode afir¡nar que ao longo do alinhamento cabo Frio-poços de caldas tenha havido urna maior liberação de energia, apesar do posicionanento de vários eventos nas proxi"nidades desta prováve1 descontinuídade.

Corn relação à distribuição de energia representada no napa (3) , deve-se considerar que se so¡nada toda energía liberada pelos sismos conhecidos da região sudeste, esta reptesen_

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Vários eventos ocorreram coitìciCentes ou próxi_nos aos limites do cráton do São Francisco, considerados nos na_pas (1) e (2) deste trabalho " Entretanto recentes inforrnações geocronol6gicas sugerem que este li¡nite se posicionaria mais aosul que os admitidos atual_nente, pelo nenos na área investígadapor Teixeira (198s). Desta forma qualquer tentativa de correÌa_ção entre os sismos e este linite deve ser antececlicla pela me_thor caracterização deste.

O pequeno nú¡nero de sisrnos conhecidos, aliado àdispersão e imprecisão destes, não favorece outras corrsideraçõessismotectônicas com as possibilidades do alinhanento cabo r,rÌo--Poços de Cal das .

Apesar do sismo de Sorocaba (30_10_1g74) e do i¡n

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preriso relato de são pauro (191g) coincidiren com o âlinhanenroestrutural do paranapanema não 6 possível, com o atual níve1 dosconhecimentos, se considerar uma atividade sísmica ao longo des_ta provável descontinuidade. o nesmo païece ocorreï com os even-tos e relatos de sismos do extrerno sudeste do Estado de São pau_1o e do Estado do paraná, com relação aos alinhanentos estîutu_rais-magnelticos relacionados à estruturação do Arco de ponta gr:ossa por Ferreira (1982). Da nesrna forma 6 muito difícil se defen-der a relação entre o limite su1 do complexo Luis Alves e osdois sismos que ocorreram nas proxinidades cleste,

Vários sisrnos ocorriclos na ãrea erf¡erså, no con_texto do sistema de "rifts" da serra do Mar, assirn colno na nÌar-gem continental , no â¡rb j.to da Bacia de Santos, poderiam se rela_cionar com os produtos tafrogênicos cla Reativação Wealdeniana,osquais foram fortemente condicionados pelo "trencr', estruturar re-gionaJ" do final do ciclo Brasiliano. Assin urna rnelhor caracteri-zação <1as estruturas reatìvadas, ou nesno geradas, no Meso-ceno-z6ico, e tanbé¡n uma rnaior precisão dos dados sÍsmicos forneceri-am elernentos mais confiáveis para una associação nais segura.

0s linites entre crosta oceânica, transicional- econtinental (rnapa 2J propostos por Koh¡smann et at, (19g2), osquais, se confirmados, representariam grandes descontinuidacles elocais teoricanente favoráveis ã liberação de esforços, pratica_nente não apresentaran at:ividade sísmica. Entïetanto cabe ressaltar que somente a partir de 1975, co¡n a instalação tle estaçõessisnográficas na região sucleste, se iniciou, de forna significa_tiva, o registTo instrunental dos eventos,

Uma certa coíncidôncia entre eventos sísrnicos erochas alcalinas ¡neso-cenozóicas (mapa 1) pocle sugerir que as estruturas que favoreceram a ascensão do rnagrna poderiam, ainda ho_je, estarern sendo utilizadas na liberação de esforços.

As considerações sismotectônicas expostas nesteestudo devem ser entendidas corno hipóteses de trabalho que pode_rão nortear futuras ì-nvestigações. Entencre-se que os conhecil'en-

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-97 -tos relativos à âtivldade sísníca do sudeste brasileiro estão eÍiseus prirnórdios assin como as tentativas de associação de eventos com grandes descontinuidades, caracterizadas ou prováveis,seconstitue em uma abordagern mais compatíve1 com o atual nível deconhecimento, onde as possibilidades de relação dos sisnos conestruturas disruptivas reconhecíveis em superfície praticamenteinexistém.

l,evantamentos geofÍsicos regionais e de detalhe,complementando os dac.los existentes, poderâo auxiliar de [ormasignificativa na avaliação e caracterização destas grandes des_continuidades tectônicas profundas, nem sernpre detectáveis ern superfície, Do mesmo modo un núrnero naior cle estações ,irror.;rricas , adequadarnente arranj aclas , deverão fornecer dados mais con_sistentes, possibilitando unla aná1ise sismotectônica mais segu-ra do sudes te brasileiro.

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115 -

ANEXO I - ESCALA DE INTENSIDADE MERCALLI MODIFICADA (sintetizadae reescrita) (Richter,19s8)

não sentido. Efeitos marginais e de período-1ongo de grandes terrernotos.

II - sentido por pessoas en descanso, en andares superiores, oulugares favoráveis.

III - sentido no interior de casas; objetos suspensos oscílan;vibrações aná1ogas à passagen de caninhões Ieves; duração esti¡nada; pode não ser reconheciclo como un t.eïrenoto,

IV - objetos suspensos osci.larn; vibrações análogas à passagemde caminhões pesados; sensação ou balanço cono se una bolapesada se chocasse contra una parede; autonóveis paraclososcilan; janelas, pratos e portas vibram; vidros tinem;1ouças cle barro chocam-se; no máximo do índice IV paredes earnações de madeira rangem.

- sentido fora das casas; direção estinada; pessoas acordam;1íquidos são perturbados; pequenos objetos instáveis sedeslocarn ou tonban; portas oscilam, abrindo e fechando; venezianas e quadros se noven; relógios cie pêndulo param,Tecomcçam ou mutlam a marcha.

- sentido por todos; muitos se apavoram e corren para a rìla;pessoas caminham con dificuldade; janelas, pratos e aïtefatos de cristal (vídro) se quebram; bibelôs, livros, etc.caern das pratelej_ras; quad"os se desprende¡n das paredes;rnobí1ias se novem ou caen; estuque ou parede Dn racharn; pe-quenos sinos badalan (igrejas; escolas); árvores e arbus_tos se sacodem (visÍve1 ou au<líve1)**.

VI

VII - dj-ficuldade das pessoas sepessoas que dirigian carrosveis se quebram; avaria na

nanteren ern pd; notado pelas; objetos suspensos vibrarn; nó-parede D* íncluindo rachadu-

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-11ó-

ras; chaminds fracas se quebram na linha do tel-hado; quedade estuque, tijolos soltos, pedras, telhas e adornos no topo de nuros (tambe-n parapeitos não resistentes e ornamen_tos arquitetônicos)**. Algumas rachaduras em parede C*;on_das ern lagos; água se turva con argila; pequenos escorreganentos e desabarnentos ao longo de bancos de areía e casca_lho; grandes sinos badalam; avaïia em valas de irrigaçãode concreto.

VIII - contTole de carros afetado; avaria ern parede Q*; colapsoparcial; alguma avaria em parecle Bn , na<1a corn parede ¡" ;

queda c1e estuque e reboco de parecies; torção e queda dechamin6s, nonunentos, toïres e reservatórios aéreos (caixad'água); casas p16-fabricadas se nóven se não tiverem fi-xas às fundações; paredes soltas (dívisórias, pain6ís) ca_em; galhos de árvores se quebram; rnudanças no fluxo e tem_peÍatura de fontes e poços; fendas en solos úmidos e emvertentes escarpadas.

IX pânico geral; parede D* destruída; parede C* bastante ava_riada, ãs vezes conpletamente colapsada; parede B* seria_nente avariada (avatia geral em fundações)**; suporte deestruturas, quando não fixadas, deslocam_se das fundações;suporte de estruturas rangen; sérias avarias ern reservató-rios; canos sob o chão se partem; notáveis rachaduras nosolo; em áreas de aLuvião areia e argila são ejetadas emfontes de terrenotos, formando crateras arenosas.

a rnaioria das paredes e suportes de est¡uturas são destruídas con suas fundações; algumas estïuturas e pontes d" n,o]deira ben construídas são destruídas; sérias avarias embarragens, diques e aterr'os; grandes deslízamentos de teï_ra; âgua é j ogada para as nargens ern canais, rios, 1.agos,etc,; areia e argila se deslocam horizontalmente

XI

praias e terras planas; trilhos ligeiranente entortados"

trilhos fortemente entortados; sisterna de encanainentos completamente destruído,

na-s

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'777 -

XII - avaria praticanente total; grandes massas de rocha deslo_cadas; topografia afetada; objetos atirados ao ar,

* - Parede A: Ben feita, acabada e projetada; reforçada especi(alvenaria) almente nas laterais t e amarrada con aço, con_

creto, etc. ; projetada para resistir forças lateraÍ s .

- Parede B: Bem feíta e acabada; reforçada, mas não pÌojeta_(a1"r,enaria) da em detalhes para resistir a forças laterais.

- Parede C: Fabrícação e acabamento simples; nenhuma fraque_(alvenaria) za extrema, como cantos não presos, porén nem

reforçada, nen projetada contra forças horizon _

tais.

- Parede fl: Material fraco, ma1 acabaclo; paclrões baíxos cle(alvenaria) fabricação; ho ri zontalmen te fraca.

** Conentários e adições por C.F. Richter.

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ANEXO IÏ

Abreviaturas util izadas

LISTAGEM DOS EVENTOS SÍSMICOS OCORRIDOS

DESTE D0 BRASIL (176i-1985)

EPI - Ep i cent roEVS - EventosIEI - Intensidade Epicentral InferidaH - Profundidade Focal ern kn

ISS - International Seisrnological Surnnary

ISC - International Seisnological CentreIAG - Instituto Astronô¡nico e GeofÍsico da USP

ESB - Estação Sisrnológica cle Brasí1ia

Categorias de Magnitude (ver item ó.2)

0 - rb telessísmico (Gutenberg e Ric_hter, 1956)

I - rR - estirnativa de nO com estqções regionais (Assuqoção ,198 3)

2 - mêdia de mO com mn

3 - *b estimado pela área afetada

4 - ^b inferido

fontes: Berrocal et a1. (1984) - (1767-1981)

Boletirn SÍsmico Brasileiro (19S3,19S4) - (1982-19831

-118-

NA REGIÃO SU.

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