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1 TÍTULO: Melhoria contínua continua? Conceitos, Vertentes e Tendências Autoria: Chen Yen-Tsang, João Mário Csillag, Orlando Cattini Junior RESUMO O sucesso das empresas japonesas chamou a atenção dos gestores e acadêmicos no mundo inteiro com sua ideologia Kaizen, que traduzido para nossa linguagem significa melhoramento contínuo (Continuous Improvement – CI). Neste trabalho, foi feita uma revisão teórica utilizando dados das bases ISI Web of Science e Scielo com vistas a analisar tal conceito e as varias correntes sobre o assunto na literatura internacional. Alem disso, foi feita uma comparação com o que se pratica no Brasil em termo de melhoramento contínuo. Os resultados deste trabalho mostram que o conceito do termo “melhoria contínua”, apesar de sutis diferenças entre autores internacionais, traz uma concordância de que se trata de um processo, incremental e contínuo, de baixo impacto individualmente, porém significativo quando acumulado. As atividades devem permear a organização inteira e não restringir-se apenas aos movimentos da qualidade Os estudos que tratam melhoria contínua iniciaram analisando o fenômeno em si sem considerar seu impacto na empresa na forma empírica quantitativa, em seguida foram acrescentados parâmetros que consideram o planejamento, organização, a estrutura, e aspectos culturais e humanos em relação à ideologia e implementação de melhoria contínua. Finalmente, foram incluídos aspectos estratégicos sob enfoque de Visão Baseada em Recursos (Resource Based View - RBV) Atualmente estão sendo conduzidas pesquisas empíricas quantitativas com resultados promissores na área. A revisão dos artigos internacionais consultados sobre o tema, espontaneamente, se classificaram conforme sugestão de Jha et al (1996): (a) Melhoria contínua e as condições competitivas e estratégias de negócio; (b) Melhoria contínua e as estratégias funcionais; (c) Melhoria contínua e as novas tecnologias; (d) Melhoria contínua e recursos humanos; (e) Implementação da melhoria contínua. É conclusão do trabalho, para grande maioria dos estudos no Brasil, a melhoria contínua é percebida como um fim e não como um processo permanente, abrangendo toda a empresa. Também ficou claro que não há nenhuma preferência por uma das várias vertentes estudadas no exterior. O estágio em que se encontra a pesquisa sobre o assunto no Brasil está ainda na fase inicial, analisando apenas estudos de casos, sem preocupação no resultado global da empresa. Não foram encontrados estudos quantitativos em nenhum dos 16 artigos pesquisados publicados no Brasil.

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TÍTULO: Melhoria contínua continua? Conceitos, Vertentes e Tendências

Autoria: Chen Yen-Tsang, João Mário Csillag, Orlando Cattini Junior RESUMO

O sucesso das empresas japonesas chamou a atenção dos gestores e acadêmicos no mundo inteiro com sua ideologia Kaizen, que traduzido para nossa linguagem significa melhoramento contínuo (Continuous Improvement – CI). Neste trabalho, foi feita uma revisão teórica utilizando dados das bases ISI Web of Science e Scielo com vistas a analisar tal conceito e as varias correntes sobre o assunto na literatura internacional. Alem disso, foi feita uma comparação com o que se pratica no Brasil em termo de melhoramento contínuo.

Os resultados deste trabalho mostram que o conceito do termo “melhoria contínua”, apesar de sutis diferenças entre autores internacionais, traz uma concordância de que se trata de um processo, incremental e contínuo, de baixo impacto individualmente, porém significativo quando acumulado. As atividades devem permear a organização inteira e não restringir-se apenas aos movimentos da qualidade

Os estudos que tratam melhoria contínua iniciaram analisando o fenômeno em si sem considerar seu impacto na empresa na forma empírica quantitativa, em seguida foram acrescentados parâmetros que consideram o planejamento, organização, a estrutura, e aspectos culturais e humanos em relação à ideologia e implementação de melhoria contínua. Finalmente, foram incluídos aspectos estratégicos sob enfoque de Visão Baseada em Recursos (Resource Based View - RBV)

Atualmente estão sendo conduzidas pesquisas empíricas quantitativas com resultados promissores na área. A revisão dos artigos internacionais consultados sobre o tema, espontaneamente, se classificaram conforme sugestão de Jha et al (1996): (a) Melhoria contínua e as condições competitivas e estratégias de negócio; (b) Melhoria contínua e as estratégias funcionais; (c) Melhoria contínua e as novas tecnologias; (d) Melhoria contínua e recursos humanos; (e) Implementação da melhoria contínua.

É conclusão do trabalho, para grande maioria dos estudos no Brasil, a melhoria contínua é percebida como um fim e não como um processo permanente, abrangendo toda a empresa. Também ficou claro que não há nenhuma preferência por uma das várias vertentes estudadas no exterior. O estágio em que se encontra a pesquisa sobre o assunto no Brasil está ainda na fase inicial, analisando apenas estudos de casos, sem preocupação no resultado global da empresa. Não foram encontrados estudos quantitativos em nenhum dos 16 artigos pesquisados publicados no Brasil.

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INTRODUÇÃO

A melhoria contínua é apontada por diversos estudos como uma peça chave para manter a competitividade de uma empresa em um cenário dinâmico (Imai, 1997; Prado, 1997; Tanner & Roncarti, 1994). Assim como argumentado por Imai (1988), somente a inovação disruptiva não é suficiente para manter uma empresa competitiva ao longo do tempo, já que entre as sucessivas inovações disruptivas são necessárias as atividades de melhorias contínuas para combater a tendência natural da degradação do sistema.

Na área da melhoria contínua as empresas japonesas despontaram no cenário mundial com a sua ideologia Kaizen e chamaram a atenção pelas suas metodologias da qualidade e produção como Total Quality Management e Lean Manufacturing. Essas técnicas passaram a ser exaustivamente estudadas e disseminadas no mundo, porém nem todas as empresas que as implementaram obtiveram resultados como as concorrentes orientais (Pay, 2008; Powell, 1995). O sucesso das empresas japonesas nas suas gestões de melhoria contínua é atribuído aos fatores culturais da população que não estão impregnadas no ocidente, porém isso é contestado por Schroeder e Robinson (1991).

Tendo vista a relevância do tema para gestores de empresa assim como para os acadêmicos, este trabalho tem como objetivo estudar os conceitos da melhoria contínua, suas vertentes na pesquisa global e identificar as suas tendências. Paralelamente, verificar qual o status da pesquisa no Brasil em relação ao assunto abordado.

Para estruturar este trabalho, o artigo está organizado em cinco partes, além desta introdução, a saber: histórico da melhoria contínua, conceitos e vertentes, pesquisa no Brasil, discussão e identificação de tendências e, seguidas das considerações finais

HISTÓRICO DA MELHORIA CONTÍNUA

Ao estudar os casos de sucesso e a competitividade das empresas japonesas, muito tem sido atribuído ao fator cultural que não está presente nas empresas ocidentais (Schroeder & Robinson, 1991). Tal como afirmado por Ishikawa (1986), o sistema de educação, as escritas e a disciplina foram alguns dos ingredientes fundamentais para a reestruturação e elevação da competitividade das empresas japonesas. Outro fator que se destaca é a ideologia Kaizen que de ser definida como um sistema de idéias e conjuntos de princípios mais ou menos estruturados sistemicamente, compreendendo crenças, atitudes e visões dentro de uma organização (Savolainen, 1999).

O ideograma Kaizen envolve duas letras Kai (改) que significa mudança e Zen (善) melhoria. A junção destas duas letras significa mudar para melhor e incorpora no seu significado a elevação de status quo em relação ao estado anterior e uma conotação de dinamismo. Essa palavra traduzida para a língua ocidental equivale à Melhoria Contínua (Continuous Improvement – CI) (Singh & Singh, 2009). O emprego da palavra Kaizen na grande parte da literatura como representação das atividades de melhoria contínua leva-nos a acreditar que essa ideologia é originária da cultura oriental.

Essa crença a respeito do surgimento dos conceitos da melhoria contínua no oriente é contestada por Schroeder e Robinson (1991), quem defendem a origem do seu conceito

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nos Estados Unidos muito antes da sua introdução no Japão durante as atividades de reestruturação do país pós Segunda Guerra Mundial.

Segundo Schroeder e Robinson (1991), a história do surgimento da melhoria contínua data da Revolução Industrial quando Frederick Taylor e Frank Gilbreth advogaram o uso de método científico para chegar à melhor forma de produção (one best way). Os métodos científicos da administração exigem treinamento, sistematização, padronização, controle e determinação de uma metodologia para aumentar a eficiência e eficácia. Neste método há uma separação entre a mão de obra “pensante” e mão de obra “executora”. Ainda segundo esses autores, esta separação entre “pensar” e “fazer” era considerado, por Henry Gantt, um aluno do Taylor, como uma desvantagem da administração científica que pode ser superada pela re-introdução dos trabalhadores nos processos de melhoria e para isso, é necessário deixar a cargo dos executantes das tarefas que sugerissem as melhores formas de realizar a atividade, pagando, assim, uma recompensa para as melhorias introduzidas por este.

Schroeder e Robinson (1991) também escreveram que o sistema de sugestões que conhecemos hoje não é tão recente, os primeiros datam do século XIX conforme demonstra a Tabela 1.

Tabela 1 – Primeiras Empresas a possuírem sistema de sugestão (fonte Schroeder e Robinson (1991))

Empresas Introdução de sistema de sugestão Origem Denny of Dumbarton 1871 Escócia National Cash Register 1894 Estados Unidos Lincoln Electric Company 1946 Estados Unidos

Para reestruturar a indústria japonesa empregando relativamente pouco investimento e de forma eficiente, os japoneses foram treinados pelos acadêmicos americanos nas suas próprias empresas e sob a influência dos gurus da qualidade como Deming e Juran a melhoria contínua é incorporado no movimento da qualidade e sua ideologia assume o nome Kaizen (Imai, 1988). O sucesso deste modelo no Japão foi propulsionado pelo choque de petróleo na década de 70, enquanto que, os Estados Unidos tendo sido impulsionados após Segunda Guerra mundial como principal potencia mundial obteve sucessivos resultados positivos, assistiram ao desaparecimento da melhoria contínua na grande maioria de suas indústrias. E o seu ressurgimento se deve à invasão dos produtos japoneses e da competitividade das empresas japonesas no final da década de 70 e início da década de 80 (Jha, et al., 1996; Skinner, 1974)

Segundo Jha et al (1996), a retomada do interesse dos Estados Unidos no assunto de melhoria contínua voltou no início da década de 80, trazendo neste período um aumento do volume de reportagens e estudos sobre este tema melhoria contínua (CI).

CONCEITOS E VERTENTES

Conceitos

Numa primeira definição de melhoria contínua, intuitivamente pensa-se nos fins que essas atividades trazem além de estarem associadas com os conceitos da qualidade (Jha, et al., 1996), tais como Total Quality Management (TQM), Total Quality Control (TQC), Lean Manufacturing. Outra definição, Segundo Jah et al (1996) advoga o

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conceito da melhoria contínua como mais abrangente, tanto que, segundo eles, a CI é uma coleção de atividades que constituem um processo visando atingir melhoria. Essa definição é sustentada por pesquisas anteriores, tal como conduzido por Gilmore (1990), segundo o qual onde a melhoria contínua é definida como integração das filosofias organizacionais, técnicas e estruturais para atingir melhoria de desempenho sustentável em todas as suas atividades, de forma ininterrupta.

As duas definições acima abordam o conceito de melhoria contínua sob aspecto de processo, porém não transmitem a percepção de “como” é realizada a melhoria contínua. Para esta pesquisa foram consultados outros artigos trazendo uma nova definição para CI (Bessant et al (1994)) e segundo a qual, a melhoria contínua é um processo que abrange a companhia e focada na inovação incremental. Para complementar a definição, esses autores definem a inovação incremental como passos pequenos de alta freqüência e curto ciclo de mudança que isoladamente tem pouco impacto, porém na forma cumulativa contribuem significativamente para o desempenho. Este conceito proposto por Bessant et al (1994), foi citado em diversas ocasiões nos estudos posteriores tais como Savolaine (1999), Bessant e Fransis (1999), Bessant et al (2001), Bhuiyan e Baghel (2005), Wu e Chen (2006), Dabhilkar et al (2007), Peng et al (2008), Anand et al (2009). O emprego deste conceito, proposto inicialmente em 94, demonstrou ao longo do tempo a validade e a aceitação deste para embasamento dos estudos acadêmicos.

Ainda tratando da definição de melhoria contínua, segundo Jorgensen et al (2006), a melhoria contínua pode ser definida como processo planejado, organizado e sistêmico de caráter contínuo, incremental e de abrangência da companhia visando melhorar o desempenho da firma. Percebe-se que esta definição, em relação às definições anteriores, mantém as idéias de processo, incremental e desempenho com o conceito de planejamento e organização. Diferentemente de Bessant et al (1994), para Jorgensen et al (2006) a CI é uma forma de inovação incremental, enquanto que os anteriores encaram inovação incremental como sendo o meio para atingir a CI.

Analisando as definições, percebe-se que não há uma que pode ser considerada unanime para referências acadêmicas, já que dependendo da visão dos autores, a definição envolve mais ou menos conceitos que podem ser considerados imprescindíveis em suas respectivas ótica. Essas percepções a respeito da melhoria contínua pelos diversos autores podem ser representadas na Tabela 2

Tabela 2 - Definição da Melhoria Contínua e os Conceitos envolvidos (fonte: os autores)

Autores Conceitos Envolvidos Gilmore (1990) Processo; Abrangência organizacional, Técnicas, Contínua,

Desempenho Bessant et al (1994) Processo; Abrangência organizacional; Inovação Incremental;

Contínua; Desempenho; Freqüente; Cumulativa. Jah et al (1996) Processo; Desempenho; Sistêmico Jorgensen et al (2006) Processo; Planejamento; Organizado; Contínuo; Abrangência

organizacional; Desempenho; Incremental.

Vertentes

O tema melhoria contínua como mencionado por Jah et al (1996) recebeu mais interesse a partir da década de 80. Segundo esses autores, o volume de publicações relacionado a este tema tem crescido exponencialmente partindo de uma publicação em 1982, 306

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publicações em 1993 e 166 em 1994. Neste trabalho foi efetuada uma pesquisa utilizando a base de dados “Web of Science” e com as palavras chave “Continuous Improvement” e “Operation and management Science” e filtrado apenas os artigos constatou-se um comportamento similar ao descrito por Jah et al (1996) entre os períodos de 1989 a 1997 e posteriormente uma estabilização das publicações relacionadas ao tema CI. Este comportamento está ilustrado na

Figura 1

Figura 1 - Artigos publicados relacionado ao tema melhoria contínuos (Continuous Improvmente - CI)

O grande salto no numero de publicações em 1997 se deve à edição especial sobre o tema da revista International Journal Of Technology Management

A pesquisa sobre o tema melhoria contínua na área de operações, segundo levantamento de Jah et al (1996), até 1996 ainda estava muito relacionada à qualidade. Enquanto isso na grande área sobre estudos organizacionais o tema melhoria contínua assume a nomenclatura de “Exploitative Innovation” e o estudo é conduzido visando como uma empresa pode tornar-se ambidestra, isto é, conseguir criar inovações disruptivas e ao mesmo tempo manter a inovação incremental (Benner & Tushman, 2003; Jansen, Van den Bosch, & Volberda, 2006; March, 1991). Outros estudos abordam o tema com nome aprendizagem organizacional (Choi, 1995; Li & Rajagopalan, 1998; Locke & Jain, 1995; Ni & Sun, 2009). Ao comparar outras áreas de estudo, Jah et al (1996) detectaram a necessidade de aumentar o leque de pesquisa do tema melhoria contínua, e para isso sugeriram as cinco seguintes vertentes de pesquisa conforme demonstrado na Tabela 3:

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Tabela 3 - Vertente de Pesquisa do tema melhoria contínua e os autores relacionados (Fonte das vertentes: Jah et al (1996), Fonte das pesquisas realizadas: os autores)

Vertentes Perspectiva da Pesquisa Pesquisa realizada

1

Melhoria contínua, condições

competitivas e estratégia de negócio

Capacidades competitivas, Recursos, Dynamic Capabilities, Relação entre melhoria contínua e

inovação disruptivas

Bessant e Francis (1999), Cole (2002), Peng et al (2008), Ncube (2008), Anand et al (2009),

2 Melhoria contínua e estratégias funcionais

Medidas de Desempenho e Melhoria contínua

Bond (1999), Carpinetti e Martins (2001), Lin (2009),

3 Melhoria contínua e novas tecnologias

Adoção ou emprego de tecnologias e melhoria contínua

Hopp (1998), Maropoulos (2003),

4 Melhoria contínua e recursos humanos

Cultura, Aprendizagem organizacional e Melhoria contínua

Zangwill (1998), Ahmed et al (1999), Jorgensen et al (2007), Bruckner (2009)

5 Implementação de melhoria continua

Fatores necessárias para implementação de sucesso da

melhoria contínua, habilidades, e seqüência de maturidade

Bessant et al (2001), Caffyn (1999), Rijnders e Boer (2004), Jager et al (2004), Jorgensen et al (2006), Wu e Chen (2006), Dabhilkar et al (2007),

PESQUISAS NO BRASIL

Metodologia

Para pesquisar as vertentes dos estudos brasileiros relacionadas ao tema melhoria contínua, este trabalhou utilizou a base de dados Scielo (Scientific Electronic Libriary Online) e adotou a palavra chave “melhoria contínua” para a pesquisa. Para acessar a base de dado Scielo empregou o site HTTP://www.scielo.org e HTTP://www.scielo.br. Em ambos os casos não foi imposta nenhuma restrição no período de publicação.

Os artigos resultantes da pesquisa foram lidos um a um para verificar como os autores brasileiros abordaram o tema melhoria contínua e, posteriormente, e quais foram relacionados a este assunto. Uma vez localizados os artigos citados, puderam ser re-analisados e separado por vertente. A metodologia pode ser ilustrada na Figura 2:

Identificação dos artigos relacionados  ao tema “melhoria contínua” na base de dados SCIELO

1

Leitura dos artigos encontrados e identificar como é abordado o tema “melhoria contínua”

2

Compor a base de dados dos autores relacionados 

à melhoria contínua citados nos artigos 

brasileiros

3

Analisar os artigos brasileiros conforme a vertente identificada na 

pesquisa global

4

Apresentar os resultados da análise da abordagem e discussões propostas na 

área de Gestão de Operações

5

Figura 2 - Metodologia para estudar as pesquisas sobre o tema “melhoria contínua” no Brasil

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Resultado

O resultado da busca na base de dados SCIELO disponível no HTTP://www.scielo.org retornou um total de 35 artigos entre os períodos de 1993 a 2009. Desses 35 artigos, foram removidos aqueles que não estavam relacionados à área “Operation and management Science”. Com isso resultaram em 15 artigos. Analogamente ao procedimento anterior, acessou-se a base de dados SCIELO disponível no HTTP://www.scielo.br e a procura retornou um total de nove artigos; como alguns aparecerem em ambas as buscas, a amostra a ser considerada totaliza 16 artigos, representada na Tabela 4

Tabela 4 - Amostra de artigos da base de dado Scielo (Fonte: os autores)

Autores Revista Área www.scielo.org

www.scielo.br

1 Lemos e Nascimento (1999)

Rev. adm. contemp.

Ciências Sociais Aplicada X

2 Attadia e Martins (2003) Produção Engenharia X X

3 Mesquita e Alliprandini (2003)

Gestão & Produção Engenharia X X

4 Salomi et al (2005) Gestão & Produção Engenharia X

5 Gonzalez e Martins (2007) Produção Engenharia X X

6 Obadia et al (2007) Gestão & Produção Engenharia X

7 Silva Filho et al (2007) Produção Engenharia X X

8 Amaral et al (2008) Ciência da Informação

Ciências Sociais Aplicada X

9 Santos e Amato Neto (2008) Produção Engenharia X

10 Mergulhão e Martins (2008) Produção Engenharia X

11 Bufoni et al (2009) Rev. Adm. Contemp.

Ciências Sociais Aplicada X

12 Galdámez et al (2009)

Gestão & Produção Engenharia X X

13 Godinho Filho e Uzsoy (2009) Produção Engenharia X X

14 Gonzalez et al (2009) Ciência da Informação

Ciências Sociais Aplicada X

15 Satolo et al (2009) Produção Engenharia X X

16 Silveira (2009) Rev. Adm. Contemp.

Ciências Sociais Aplicada X X

Dentro desta amostra de artigos, existe uma parcela, que apesar de conter as palavras “melhoria contínua” no seu resumo, apenas tratam a melhoria contínua como sendo resultado de um processo, projeto ou atividade ou simplesmente não tratam da melhoria contínua. Tendo em vista esta parcela de artigos, pode-se classificar a amostra conforme a percepção que os autores brasileiros têm sobre o tema e a sua abordagem mostrada na Tabela 5

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Tabela 5 - Classificação dos artigos da amostra (Fonte: os autores)

Autores Percepção da

Melhoria Contínua

Foco do artigo Adoção de Conceito

da Melhoria Contínua?

1 Lemos e Nascimento (1999) Fim Programa de

Produção mais limpa Não

2 Attadia e Martins (2003) Processo Medição de

desempenho Sim

3 Mesquita e Alliprandini (2003) Processo Competências

essenciais Sim

4 Salomi et al (2005) Fim Serviço e Medição de desempenho Não

5 Gonzalez e Martins (2007) Processo Estratégia Funcional

(ISO9001:2000) Sim

6 Obadia et al (2007) Fim Mudança Organizacional Não

7 Silva Filho et al (2007) Fim Programa Produção

mais limpa Sim

8 Amaral et al (2008) Fim Competências e

Inteligência Competitiva

Não

9 Santos e Amato Neto (2008) Fim Gestão de

Conhecimento Não

10 Mergulhão e Martins (2008) Fim Programa seis sigma Não

11 Bufoni et al (2009) Fim Processos de certificação

socioambiental Não

12 Galdámez et al (2009) Fim Medição de

Desempenho Não

13 Godinho Filho e Uzsoy (2009) Processo Estoque

Intermediário Sim

14 Gonzalez et al (2009) Fim Gestão de Conhecimento Não

15 Satolo et al (2009) Fim Programa seis sigma Não

16 Silveira (2009) Processo Maturidade da

empresa e Recursos Humanos

Sim

Uma análise mostra na Tabela 6, quais autores internacionais dos respectivos artigos mais citados em periódicos brasileiros e número de vezes que isto acontece.

Tabela 6 - Artigos mais citados sobre melhoria contínua por artigos brasileiros (fonte: os autores)

Autores Título No. de vezes citados

Bessant et al (1994) Rediscovering continuous improvement 3

Bessant et al (2001) An evolucionary model of continous improvement behaviour 3

Caffyn (1999) Development Of A Continuous Improvement Self-Assessment Tool 2

Savolainen (1999) Cycles of continuous improvement: Realizing competitive advantages through quality

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DISCUSSÃO E IDENTIFICAÇÃO DE TENDÊNCIAS

Como decorrência desta pesquisa foi identificada as seguintes tendências de tratamento do tema, conforme demonstrado pela análise Tabela 5 e Tabela 6:

A melhoria contínua é percebida como o fim ou resultado de algum outro processo e não um processo permanente, abrangendo toda a empresa: A grande maioria dos artigos percebe a melhoria contínua como resultado de um projeto especial e não como um esforço contínuo e necessário, conforme o conceito original sugere. Isso demonstra que o tema melhoria contínua, sob a perspectiva discutida previamente, ainda está em seu estágio inicial nos estudos brasileiros.

Não há, no Brasil, indicação de preferência por nenhuma das cinco correntes mencionadas previamente: Apesar de muitos daqueles que pesquisam o processo de melhoria contínua adotarem o conceito sugerido por Bessant et al (1994), no qual a melhoria contínua é um processo de abrangência organizacional impulsionada por inovações incrementais, percebe-se que, no Brasil, não há identificação clara por uma dessas vertentes.

A vertente que estuda implementação de melhoria contínua de sucesso caminha para estudos empíricos mais quantitativos: Em relação às tendências de pesquisa internacional, a vertente que estuda implementação de melhoria contínua de sucesso caminha para estudos empíricos quantitativos, testando o modelo proposto por Bessant et al (2001), pois como sugerido por Jorgensen et al (2006), há falta de comprovações empíricas para o modelo assim também como faltam de estudos empíricos quantitativos relacionandos a melhoria contínua ao desempenho da firma. Essa sugestão do Jorgensen et al (2006) constitui crítica à visão linear adotada por Bessant et al (2001). Assim, alguns estudos têm sido publicados em função dessa sugestão, tais como Wu e Chen (2006), Dabhilkar e Bengtsson (2007), Dabhilkar et al (2007).

Não se detectou preocupação em validar o modelo proposto levando em conta o cenário brasileiro: Nas pesquisas brasileiras, os estudos tratando da implementação ou dos conceitos de evolução das competências e habilidades relacionadas à melhoria contínua adotaram técnicas de estudo de caso e os modelos propostos por Bessant et al (2001). No entanto, a verificação da adequação e a validação deste modelo, levando em conta as condições e contornos específicos do cenário brasileiro, parece não ser assunto muito tratado (Attadia & Martins, 2003; Gonzalez & Martins, 2007; Mesquita & Alliprandini, 2003; Silveira, 2009).

Nos artigos brasileiros ainda não há nenhuma pesquisa que enxergue a melhoria contínua como condições competitivas e estratégicas do negócio: Outra vertente que merece um destaque para a discussão é o envolvimento da melhoria contínua com as condições competitivas e estratégias de negócio. Nesta corrente as pesquisas focalizam a melhoria contínua sob óticas operacionais de competência e prioridades competitivas (Peng, et al., 2008), abordando o tema além daquela visão tradicional de melhoria contínua e qualidade. É importante ressaltar que, nos artigos brasileiros, ainda não há nenhuma pesquisa que esteja voltada para esta perspectiva. Como sugestão de ponto de partida de pesquisa futura e original, trabalhos do Anand et al (2009) e Chapman e Corso (2005) e Peng et al (2008) podem ser interessantes.

No Brasil, a melhoria contínua e estratégia funcional está relacionada com a implementação de práticas bastante discutidas ou obtenção de certificações: Programas

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e ideologias da qualidade, relacionando a melhoria contínua com as estratégias funcionais, tem sido o fundamento dos estudos (Bhuiyan & Baghel, 2005; Jha, et al., 1996). Com o aumento da abrangência do conceito de melhoria contínua (gestão, grupo, individual) (Bhuiyan & Baghel, 2005) é possível ampliar o foco de pesquisa, relacionando-a a outras filosofias ou ideologias de melhoria contínua tais como Teoria das Restrições e Análise do Valor. No Brasil, os trabalhos focam as práticas ou certificações como um meio para atingir a melhoria contínua e abordam essas práticas sob ótica de grupo (Gonzalez & Martins, 2007; Satolo, et al., 2009)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há uma concordância, quanto à definição do termo “melhoria contínua”, apesar de haver sutis discrepâncias segundo diferentes autores internacionais, de que se trata de um processo, incremental e contínuo, de baixo impacto individual, porém significativo quando acumulado. As atividades devem permear a organização inteira e não restringir-se apenas aos movimentos da qualidade.

Os estudos internacionais em relação ao tema melhoria contínua na comunidade acadêmica têm recebido um aumento relativo de atenção, e isso pode ser visto pelas publicações sobre o tema que foram aumentando ao longo dos anos (Figura 1). Este interesse também vem acompanhado da ampliação do escopo do tema tem. Como constatado por Jha et al (1996) as literaturas até então tem focado melhoria contínua com os movimentos de qualidade, e eles advogaram a necessidade de introduzir outras lentes nos estudos sobre o tema e com isso sugerindo as cinco vertentes para pesquisas na área.

A revisão dos artigos consultados sobre o tema, espontaneamente, se classificaram conforme sugestão de Jha et al (1996).

Um cuidadoso estudo comparativo entre 16 artigos brasileiros sobre melhoria contínua mostra que a abordagem de melhoria contínua encontra-se nos estágios iniciais, em que são estudadas situações pontuais, não sistêmicas apenas qualitativas em geral consistindo estudo de caso e no máximo de dois casos. Nenhum dos artigos trouxe uma abordagem teórica em mostrando a situação conceitual constituindo isto uma contribuição inovadora da presente pesquisa.

Nenhum trabalho feito em nosso país sobre o tema traz uma análise crítica de qualquer dos modelos e nem sequer propôs uma nova vertente, constituindo assim temas para futuras pesquisas.

Caso os estudos brasileiros, até o presente momento, se enquadrassem numa das cinco correntes discutidas, poderiam trazer maior esclarecimento para a compreensão da realidade, encetando, assim, outras oportunidades de pesquisas futuras como: (a) estudo empírico quantitativo sobre o modelo proposto por Bessant et al (2001), bem como sua linearidade e particularidade do País; (b) Rotinas organizacionais, melhoria contínua e relação com inovação disruptiva (Peng, et al., 2008); (c) Melhoria contínua sob ótica da Resource Based View (Anand, et al., 2009); (d) melhoria contínua sob ótica da supply-chain e colaboração (Chapman & Corso, 2005); (e) Abordagem mais ampla para as estratégias funcionais, relacionado-as com a melhoria contínua (Bhuiyan & Baghel, 2005).

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Constitui limitação do presente trabalho a base de dado utilizada que possui apenar artigos publicados na Tabela 4 e não abrangendo, portanto outros trabalhos que não foram transformados em artigos em periódicos.

Finalmente, este trabalho abordou a discussão sobre a origem da ideologia da melhoria contínua no Brasil e o seu histórico e contribui no Brasil para orientar aqueles que gostariam de avançar pesquisas sobre o tema tão importante para o nosso País

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