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PUBLICIDADE WWW.OFICINA.TURBO.PT N.º 32 | JANEIRO 2015 | 2,2€ O SEGREDO PARA ESTAR SEMPRE INFORMADO PUBLICIDADE DPAI/ACAP OBSERVATÓRIO MOSTRA OS DADOS E ESTATÍSTICAS MAIS RELEVANTES DO SETOR INSPEÇÕES EM 2013 FORAM INSPECIONADOS MENOS CARROS E DIMINUIU A TAXA DE REPROVAÇÕES PROTAGONISTA ANTÓNIO CALDEIRA FALA DOS DESAFIOS DO CEPRA PARA ESTE ANO TÉCNICA RENTABILIDADE NO PROCESSO DE ISOLAMENTO NA REPINTURA AUTOMÓVEL

Turbo Oficina 32

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Este mês o destaque de capa vai para uma nova ferramenta de marketing digital cada vez mais usada pelas oficinas em Portugal. Saiba porquê. Destaque ainda para dois trabalhos que ajudam a caracterizar o mercado nacional, com o Observatório da DPAI/ACAP sobre o setor e também o relatório de 2013 das inspeções obrigatórias as veículos divulgado agora pelo IMT. António Caldeira, diretor do CEPRA, é o protagonista deste mês da TURBO OFICINA. Visitámos ainda a fábrica da Bosch, em Braga. Este e muitos outros artigos para ler na primeira edição do ano da sua revista do aftermarket.

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WWW.OFICINA.TURBO.PT

N.º 32 | JANEIRO 2015 | 2,2€

O SEGREDO PARA ESTAR SEMPRE INFORMADO

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DPAI/ACAPOBSERVATÓRIO MOSTRA OS DADOS E ESTATÍSTICAS MAIS RELEVANTES DO SETOR

INSPEÇÕESEM 2013 FORAM INSPECIONADOS MENOS CARROS E DIMINUIU A TAXA DE REPROVAÇÕES

PROTAGONISTAANTÓNIO CALDEIRA FALA DOS DESAFIOS DO CEPRA PARA ESTE ANO

TÉCNICARENTABILIDADE NO PROCESSO DE ISOLAMENTO NA REPINTURA AUTOMÓVEL

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PROPRIEDADE E EDITORATERRA DE LETRAS

COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDANPC508735246

CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS

SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO

AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS

TELEFONES 211 919 875/6/7/8FAX 211 919 874

E-MAIL [email protected]

DIRETORCLÁUDIO DELICADO

[email protected]

REDAÇÃOPAULO HOMEM

[email protected]É BETTENCOURT RODRIGUES

[email protected]ÓNIO AMORIM

[email protected] GOMES

[email protected] MACHADO

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RESPONSÁVEL TÉCNICOMARCO ANTÓNIO

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DIRETORA COMERCIALANABELA MACHADO

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EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIARICARDO SANTOS

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PAGINAÇÃOLÍGIA PINTO

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FOTOGRAFIAJOSÉ BISPO

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SECRETARIADO DE REDAÇÃOSUZY MARTINS

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COLABORADORESFERNANDO CARVALHO

MIGUEL ASCENSÃO

PARCERIASCENTRO ZARAGOZA

CESVIMAPDEKRA4FLEET

TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM

IMPRESSÃOJORGE FERNANDES, LDA

RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 92820-652 CHARNECA DA CAPARICA

DISTRIBUIÇÃOVASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK,

QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM

TEL. 214 337 [email protected]

GESTÃO DE ASSINATURASVASP PREMIUM, TEL. 214 337 036,

FAX 214 326 009, [email protected]

TIRAGEM10 000 EXEMPLARES

REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777

INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS

OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

sumárioN.º 32 | JANEIRO 2015

PROTAGONISTA António Caldeira - CEPRA. P.6

REVISÃO Novidades do mercado. P.12

ESPECIALISTA Valvoline. P.22DPP Portugal. P.26Entrevista Delphi. P.28Entrevista Grupo Serca. P.30Nelson Tripa. P.32GoOutdoor. P.34Solutions4yb. P.36

4RAIO XComercial do Mês - Mercedes Vito. P.44Radiografia Lamborghini Huracán. P.46

5RadarRelatório IPO 2013 . P.48Made in Portugal... Bosch Braga. P.52Observatório ACAP/DPAI. P.56Site DPAI. P.58Convenção Anual ANECRA. P.60

6 REPARAÇÃO Rentabilidade no processo de máscara. P.64Passo a passo na reparação de carroçaria em bancada com sistema de medição. P.68Revisão da bomba de direção hidráulica. P.70Alternadores. P.74Manutenção Peugeot 308 SW. P.76

8PNEUS Pneurama. P.78Feu Vert. P.80

OOPINIÃO Consultório jurídico. P.82

dossier Vouchers P.38É uma nova ferramenta de marketing digital que é usada cada vez mais no mercado oficinal. As redes de oficinas tomaram a dianteira, mas está disponível também para as oficinas mais pequenas. Saiba como funciona, quais as vantagens e os riscos.

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

MONROE SELO CAPA

TIPS4Y RODAPÉ CAPA

MEYLE VERSO DE CAPA

JAPANPARTS PÁG. 5

TRW PÁG. 11

FUCHS PÁG. 13

BLUEPRINT PÁG. 15

SWAG PÁG. 17

LIQUIMOLY PÁG. 19

ALPINE PÁG. 21

TO PNEUS PÁG. 25

AUTO DELTA PÁG. 41

AMBIMOTORS PÁG. 43

SERVIDIESEL PÁG. 47

ACAP PÁG. 57

TO SITE PÁG. 63

CARF PÁG. 67

EMMETC PÁG. 73

CESVIMAP PÁG. 77

CENTRO ZARAGOZA PÁG. 83

EXPOMECÂNICA 84

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s grandes mudanças carregam sempre consigo alguns medos e inseguranças. Todos concordamos que a era da eletrónica veio alterar muito a forma como utilizamos os automóveis e, consequentemente, a forma como é (e será) feita a sua manutenção e reparação. Na Google dizem, por graça, que no futuro uma oficina terá 10 informáticos e 1 mecânico. Passando o exagero, temos que ver mais além e o que esta e outras afirmações do género mostram é que o paradigma mudou e hoje já não basta ser um ótimo mecânico. É preciso ser um bom mecatrónico com conhecimentos cada vez maiores de informática e de eletrónica. A melhor altura para se fazer essa transição é agora. Sabemos que a maioria das oficinas são micro empresas com 2/3 pessoas e a exigência perante essas oficinas é maior, porque todos têm que saber um pouco de tudo. As estruturas maiores

poderão ter os seus especialistas nas diferentes áreas mas nas oficinas mais pequenas isso não é possível. Os grandes centros e academias oferecem já muita formação nesta área, como podem confirmar na grande entrevista a António Caldeira, diretor do CEPRA. Temos ouvido muitos dos maiores fornecedores do setor e todos são unânimes: estão preparados para ajudar as oficinas nesta nova era. Dizem que não será diferente de outras grandes mudanças que aconteceram ao longo dos anos, mas não chega ficar parado à espera. É preciso procurar formação e informação. Até para dar razão às associações internacionais que lutam neste momento para que na era da eletrónica, a muita informação que os carros podem dar às oficinas não se fique pelas concessões oficiais das marcas. De tempos a tempos os construtores tentam alguma blindagem da manutenção dos seus carros e agora é a questão da informação que os carros podem mandar diretamente para as oficinas. Mas, pela livre concorrência, essa informação terá que estar disponível para todas as oficinas, da concessão à mais pequena oficina independente. Não temos razões para duvidar que a Comissão Europeia assim o vai obrigar. A questão é que esse esforço de equiparação só vale a pena se depois as oficinas independentes souberem trabalhar esses dados e dar resposta a todas as exigências eletrónicas. O medo ou o receio é provocado, quase sempre, pelo desconhecimento. Quanto mais assustados os mecânicos estiverem com a era da eletrónica mais formação, informação e ajuda devem procurar. Agora.

EDITORIALA eletrónica não é uma ameaça

O medo ou o receio é provocado, quase sempre, pelo desconhecimento. Quanto mais assustados os mecânicos estiverem com a era da eletrónica mais formação, informação e ajuda devem procurar. Agora.

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Cláudio Delicado DIRETOR [email protected]

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PROTAGONISTA1

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António Caldeira.“Estamos a fazer mais formação com menos dinheiro”

O diretor do CEPRA explica como tem dado a volta aos constrangimentos do orçamento do Estado com aumento de receitas e um equilíbrio da formação para responder às necessidades do mercado automóvel. Novos cursos e certificação de conhecimentos dos profissionais do setor, através do CQEP, são apostas fortes para 2015.

OCEPRA é uma das mais reconhecidas entidades de formação automóvel em Portugal. Isso deve-se a uma estratégia bem delineada, que beneficia de

dinheiro públicos contratualizados com o Estado e o IEFP mas também da atividade privada, onde o CEPRA tem crescido. Um dos segredos do centro protocolar é a sua ligação ao mercado da reparação automóvel, o que permite adequar a sua oferta à procura, com uma taxa de empregabilidade superior a 80%. A certificação de conhecimentos dos profissionais do setor é uma das novidades para 2015. O ano de 2014 terminou, que balanço faz da atividade do CEPRA?O balanço de 2014 é muito positivo. Como temos a componente pública e a privada sofremos os constrangimentos da economia, o que se reflete no nosso orçamento. Iniciámos o ano de 2014 com um corte superior a 300 mil euros, decidido

pelo Governo, o que afeta naturalmente a nossa atividade. Mesmo assim foi possível atingir os objetivos a que nos propusemos inicialmente, mercê da adoção de medidas que permitiram reduzir custos e obter mais receitas que compensaram os cortes. Que ginástica foi necessário fazer para colmatar a redução do orçamento?O tipo de gestão que temos num centro deste tipo é muito afetado por medidas inesperadas e, além do orçamento proveniente do IEFP, vamos ao mercado procurar receitas, o que nos permite também estarmos atualizados. Temos uma componente de prestação de serviços a variadas entidades do setor automóvel, tanto em Portugal como, por exemplo, em Angola. Quantos alunos tiveram em 2014? Chegámos quase aos 5000. A evolução tem sido em crescendo, mas também depende das opções que são feitas ao início. Se optarmos por fazer mais cursos de longa duração temos menos alunos. Temos tido um equilíbrio entre cursos de curta e longa duração, apesar deste ano termos reforçado os cursos

de longa duração. Comparativamente com 3 anos atrás, passamos de 350 mil horas de formação para perto de 500 mil atualmente, associado a um aumento de formandos de 4200 para 5000 alunos. Estamos a fazer mais com menos. Continua a haver lista de espera para frequentar os cursos do CEPRA?Ainda temos, em especial na qualificação inicial. Tentamos corresponder a essa procura, mas em algumas situações não é possível porque exige um orçamento que não temos. Os cursos mais procurados não são, necessariamente, os que têm maior empregabilidade, mas atualmente os mais procurados são mecatrónica, além de formação dos inspetores dos centros de inspeção técnica de veículos ou cursos de peritagem. Depois temos também cursos de pequena duração. Estamos a fazer um esforço para motivar quer as pessoas, quer as famílias (que têm muita influência), a frequentarem mais a nossa oferta de pintura e reparação de carroçarias, porque são áreas em que há muita necessidade no mercado. Mas ainda

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

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há uma ideia errada do que é ser pintor ou reparador de carroçarias. Imaginam que são profissões de segunda linha. E não são. Já faz parte do nosso catálogo nacional de qualificações um curso que junta a reparação de carroçarias e pintura. Os cursos que tínhamos eram de nível 2 e agora são de nível 4. Boa parte das colisões provocam danos entre o para-choques e o radiador e o que as oficinas querem é que haja um profissional que perceba de reparação e pintura de plásticos, de chapa e tenha pequenas noções de mecânica para fazer as ligações necessárias. Este curso é a nossa resposta a essa necessidade, já está disponível e vai começar entre abril e maio.Os carros mudaram muito nos últimos anos. Como é que o CEPRA se foi adaptando aos novos tempos?É um grande desafio. O CEPRA é o referencial ao nível da formação automóvel porque a nossa atitude é ir ao mercado. A exigência passa por termos equipamentos atualizados, instalações atualizadas e formadores atualizados. Apesar de não ser o objetivo principal de uma organização como o CEPRA, estamos sempre em contacto com o mercado. Não nos podemos fechar internamente porque dessa forma não conseguiremos responder aos desafios. Falamos muito nos modelos de automóveis atuais, estamos atualizados para dar essa resposta e somos solicitados por algumas marcas para dar formação, mas não nos podemos esquecer que o parque automóvel português está a envelhecer a cada ano que passa. Quando fazemos um plano de atividades não devemos olhar apenas para os últimos desenvolvimentos da área automóvel, porque essas necessidades são ainda menores do que as necessidades que aparecem no mercado no dia-a-dia. Hoje a idade média do veículo é de 12 anos, com tecnologia de 2002. Não me posso esquecer disso. Numa média por alto, os carros que entram nas oficinas para reparar têm tecnologias de 2008. É para esse target que também temos que funcionar.

VALORIZAÇÃO DA FORMAÇÃOQue nível de formação existe hoje em Portugal?Estamos bem melhor do que estávamos no início dos quadros comunitários. O grosso principal da formação em Portugal é co-financiado. No entanto, é um mercado que, por vezes, tem um exagero de atores, tendo surgido muitos nos últimos anos pela oportunidade

A formação para técnico de inspeção automóvel continua a ter boa empregabilidade?Nos cursos para obtenção de licenças para centros de IPO, a procura é muita da parte dos formandos, porque há uma perspetiva de empregabilidade real nos centros. Até há dois anos tinham sempre emprego, depois começou a haver decréscimo, mas agora com as novas licenças para novos centros vai haver nova necessidade de profissionais. E qual é o índice de empregabilidade geral dos alunos do CEPRA? Medimos a empregabilidade a 2 e a 6 meses e, em 2014, mesmo com a crise, estamos acima dos 80% na qualificação inicial, o que é muito bom. Nos cursos que temos para adultos a empregabilidade é inferior, apesar de alguns serem, por exemplo, rececionistas de oficina e procurarem formação para progredir na empresa.

dos apoios financeiros. Por exemplo, se for a área do lápis e papel facilmente se consegue desenvolver formação. Mas o que nós oferecemos não é apenas formação, é formação profissional, que é diferente. Implica milhares de euros de investimento da nossa parte. Um dos objetivos deste ano foi iniciar um laboratório de mecatrónica de alta tecnologia, num investimento de 300 mil euros. Deverá estar a funcionar durante este ano de 2015. Mas depois, qualquer organização que tenha dois ou três recursos humanos avança para desenvolver formação profissional. Há uma dispersão, aparecem episódios pontuais de formação que rapidamente terminam e causam confusão no mercado. Diminuir esse fenómeno por efeito de comparação é a única coisa que conseguimos fazer. Por exemplo, no início da formação do ar condicionado fizemos uma proposta de curso que foi aprovada, mas que tinha uma carga horária mais elevada do que os mínimos previstos na legislação para tornar a formação mais completa e interessante para estes profissionais. Com o aparecimento das tais organizações a fazerem tudo pelos mínimos, o nosso curso, que era mais vantajoso para o profissional, deixou de ter procura porque tinha demasiadas horas. Tivemos que nos adaptar e fazer um para as horas mínimas e outro mais longo.

O CQEP PERMITE AVALIAR E CERTIFICAR O CONHECIMENTO DE CADA PROFISSIONAL DO SETOR. É UM PASSO GIGANTE

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PERFILAntónio Caldeira tem 55 anos, é casado e tem dois filhos. Formou-se em Engenharia Mecânica no Instituto Superio Técnico e na sua carreira contam-se seis anos de professor do ensino oficinal, três anos com funções de responsabilidade em várias empresas privadas e desde 1990 que é Técnico Superior Consultor do Instituto do Emprego e Formação Profissional. É diretor do CEPRA desde 2008, mas é também presidente do Conselho Fiscal do CASA, representante do CEPRA no Conselho Setorial dos Transportes e Logística e membro Honorário da WorldSkills International.

As empresas do setor têm hoje uma melhor relação com a formação?A nossa relação foi sempre boa com os profissionais, que são diferentes dos responsáveis das empresas. Hoje todos têm noção da relevância da formação. Vir ou não vir depende do estado da economia e também da disponibilidade. O grosso das empresas são micro e é difícil dispensar uma ou duas pessoas para virem a uma formação que até é necessária. Ninguém nega a importância da formação, mas é a primeira parte a ser esquecida. As oficinas multimarca têm já também essa noção da importância da formação?As redes também estão a criar elas próprias planos de formação completos e as oficinas multimarca independentes têm, cada vez mais, a noção da importância da formação, porque também veem que estão a desparecer legalmente uma série de empresas. As pessoas têm a noção que, muitas vezes, é porque não têm capacidade de adquirir máquinas de diagnóstico, software legal ou corresponder às solicitações legais que existem. Ou poderão ter capacidade financeira, mas não terem profissionais que saibam rentabilizar os meios. Temos hoje um setor mais profissional?Temos. Por cada exemplo negativo no setor encontramos sempre muitos mais positivos.

Há um risco elevado dos formandos que chegam através do IEFP desistirem? Incluímos no nosso orçamento uma componente de apoio ao setor e outra de dar ferramentas a público menos favorecido e desempregados. A esse nível funcionamos de uma forma que expurga essas situações. Mesmo nos cursos para desempregados, há uma lista de inscrição e fazemos uma entrevista para atestar a sua motivação. Procuramos que o dinheiro que se gasta a desenvolver este tipo de formação profissional seja bem gasto. É muito raro termos desistências nesses cursos. O que é habitual é abrirmos um curso e os desempregados depois quererem mais. Fazem um acompanhamento desses formandos?Fazemos os inquéritos de empregabilidade mas não é exaustivo porque não temos capacidade. Não é um perfil tão procurado pelas empresas, até porque hoje prefere-se o estágio profissional. É uma medida ativa de emprego mas que é direcionada a públicos até 30 anos e os adultos que saem dessa faixa já não podem integrar essa medida, que para as empresas, é muito apelativa e tem uma grande adesão.

MAIS PROFISSIONALA receção dos clientes mudou muito nos últimos anos. Estamos no bom caminho?Mudou e ainda tem que mudar apesar dos passos que se deram. Mudou sobretudo ao nível dos responsáveis, que encaravam a receção como algo que não era relevante. Mas hoje percebem que é a cara da organização. O cliente não se pode sentir enganado e tem que sentir que a relação é leal e perceber o que está a ser feito. A pessoa que está a atendê-lo tem que responder às suas necessidades. Antigamente ia para rececionista o mecânico cansado. Hoje já não é assim, tem que ser um rececionista com todas as capacidades apoiado por toda a estrutura e por um bom ambiente para o cliente. Em 100 casos, uma má prática galopa muito mais do que 99 boas. A mão-de-obra devia ser mais valorizada em Portugal?Tem que haver um equilíbrio entre o lado da formação profissional e o lado real da economia, o qual não podemos combater. Ter bons recursos humanos, ter os profissionais motivados e com uma justa remuneração são passos fundamentais para o sucesso. Mas a realidade é que as empresas estão no mercado e têm que se nivelar. Quando a tendência é balizar por baixo as empresas vão-se

nivelando por aí. O setor automóvel não tem salários que sejam apelativos se pensarmos na responsabilidade que estes responsáveis têm. Isso leva a uma deterioração mas tem que ser o mercado a definir isso. As empresas têm que arranjar um equilíbrio entre os preços que cobram aos clientes mas também o valor das remunerações aos seus técnicos porque sem bons recursos humanos não sobrevivem muito tempo. A eletrónica, os carros híbridos e elétricos são um desafio. Já têm muita procura deste tipo de formação?Já temos. Nos elétricos, vão ser uma realidade mas é um mercado muito marginal ainda. Há atores que veem como oportunidade e procuram-nos, mas a maioria ainda não sente essa necessidade. Temos formação nessa área e até na desempanagem, além de estarmos a preparar um curso para desencarceramento de pessoas, ao nível de bombeiros e proteção civil que não sabem como agir em caso de acidente. Temos também um curso de sensibilização em elearning sobre elétricos. Quais os desafios atuais do CEPRA?Desenvolver formação profissional em que cada euro que se gaste seja um euro bem gasto. Parece uma resposta vaga mas é o que seguimos. A formação profissional tem que ser, de facto, uma resposta a necessidades diagnosticadas e ajude à resolução de problemas que existem no setor. Prevê um crescimento da procura nos próximos tempos?Estive na apresentação dos programas operacionais Portugal 2020 e pelo que me foi dado a ouvir, vamos ter cerca de 26 mil milhões de euros para os programas operacionais, dos quais grande parte é para formação profissional. O problema não será, como não foi até aqui, falta de dinheiro para as questões da formação profissional. O e-learning é hoje uma plataforma com bons resultados para o CEPRA?Temos e-learning e acreditamos nele, mas é sempre uma modalidade que tem fragilidades. O que nos distingue é a capacidade prática que temos e no e-learning

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não se tira partido dessa nossa grande mais-valia. O e-learning é uma modalidade, adapta-se a situações que não são possíveis de resolver de outra forma, mas é marginal para a nossa atividade.O que pode esperar o mercado do CEPRA para 2015?Corresponder às necessidades de formação das empresas. Esse diagnóstico é também feito pela ARAN e ANECRA, que estão nos nossos órgãos de administração e sabem o que o setor precisa. Temos uma grande capacidade de corresponder a desafios, como a Expomecânica em 2014 e onde vamos estar presentes também em 2015, desenvolver soluções à medida ou estabelecer parcerias como outras entidades. Vamos ter cursos maiores e menos formandos, mas vamos ter cursos novos como o de carroçaria e pintura, mas também de motociclos, ou um Curso de Especialização Tecnológica, que poderá dar equivalência escolar ao 12º ano e créditos para o ensino superior. Temos protocolos com os politécnicos de Setúbal e Faro e os formandos que entrarem nessas instituições têm já ECTS da formação que fizeram no CEPRA. Ao mesmo tempo que alimentamos o setor automóvel, estamos a dar acesso ao ensino superior, com outro nível de formação. A formação que dão às empresas do setor é relevante na atividade do CEPRA?O CEPRA diferencia-se de outros centros protocolares pela capacidade de gerar receitas próprias em termos significativos. A

média anual é de 500 mil euros de receitas da prestação de serviços. As entidades que têm dinheiros públicos são sempre catalogadas como lentas, burocráticas ou desatentas. O CEPRA, para ter 500 mil euros de receitas não pode ser assim. Temos que ser eficazes e corresponder às necessidades com qualidade.

CERTIFICAR PROFISSIONAISQue peso tem o Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) para o CEPRA?O Centro Novas Oportunidades do CEPRA estava no top 5 no país. No caso do CQEP, somos o único centro a nível nacional que está a certificar profissionais e estamos certificados pelo ISO 9001:2008 e a desenvolver a nossa atividade. É algo que queremos divulgar porque é relevante para o setor e para os profissionais porque lhes permite obter algo que comprova que são profissionais. As pessoas têm como profissão mecânicos, pintores ou mecatrónicos mas não têm como provar. Ao frequentar o CQEP têm uma avaliação que é supervisionada por um júri, passa por um processo, faz um exame final e tem um certificado da sua competência profissional. Para as empresas também é bom: se os empresários mandarem cá o seu profissional, ficam com um diagnóstico do que essa pessoa sabe. Nada melhor para quem lidera saber quais as competências que cada funcionário tem. Assim, a empresa pode tirar melhor partido do seu recurso humano e apostar na formação das áreas onde tem mais debilidades. É muito relevante. Os profissionais têm que ter tempo para cá vir, temos horários diversificados, é um processo flexível que demora entre 2 a 3 meses. Somos o único a funcionar, temos objetivos ambiciosos e fazem parte de uma candidatura que fizemos. Temos que ter capacidade de formar cerca de 500 profissionais em 2015.

JÁ FAZ PARTE DA NOSSA OFERTA UM CURSO QUE JUNTA A REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS E PINTURA

É um apaixonado por automóveis?Sou. Lembro-me bem de falarmos muito de ralis na faculdade entre amigos, mas desde pequeno que sempre gostei de automóveis.Visita com regularidade as oficinas?Visito, deveria visitar mais, mas o tempo não chega para tudo. E aqui no CEPRA visita com regularidade as salas de formação?Sempre. Não há turma de qualificação inicial onde não apareça para me apresentar, apresentar a filosofia do centro e para que me conheçam e possam falar comigo sempre que seja necessário.São os alunos que fazem a manutenção do seu carro?Temos um regulamento que permite que os formandos façam trabalho sobre carros reais. Os carros têm que estar totalmente legais, com impostos pagos, autorização dos responsáveis, o formador tem que me dizer que tem interesse para a formação e quando o carro vai para reparação têm que anexar os componentes que são comprados pelo dono do carro, para não haver dúvidas que não há utilização abusiva de material do CEPRA. São situações muito esporádicas e não é algo que se pratique. É uma pessoa de decisão fácil?Sim. Costuma decidir sozinho?Oiço as várias sensibilidades e opiniões e depois decido sozinho. A decisão não é colegial.É viciado no trabalho?Tenho preocupações com os recursos humanos, mas sou muito direcionado para objetivos. Nesse sentido, se para atingir um objetivo é necessário trabalhar fins-de-semana, faço-o. Se isso é ser viciado, sou!Consegue ter uma rotina ou cada dia é diferente do anterior?São todos diferentes. A primeira coisa que faço todos os dias é sempre tratar da papelada. Mas tenho que ser ágil e responder às várias solicitações. E depois tenho que ter tempo de pensar em estratégias para o centro.O que gosta de fazer nos tempos livres?Gosto de cozinhar, fazer petiscos, passear, andar de moto, ir ao cinema e gosto muito de viajar.O que mais aprecia num colaborador seu?Que sinta a organização e seja pró-ativo.

DE CORPO INTEIRO

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2 REVISÃO

Foi há 26 anos que a Blue Print começou por fornecer “peças japonesas para carros japoneses” no Reino Unido, tendo depois chegado a outras mercados incluindo o português.

Blue Print. Com peças para Jaguar, Land Rover e Mini

REVISÃO2

Em 1988 os carros japoneses representavam apenas uma pequena percentagem do total de veículos nas estradas do Reino Unido, mas agora, junto com outros fabricantes de toda a Ásia, este número está acima dos 18%, uma realidade

semelhante a Portugal.A Blue Print começou com o que era um nicho de mercado e fez tudo o que era necessário para garantir ao mercado independente do pós-venda um fácil acesso às suas necessidades, com qualidade equivalente à original e suporte através do sistema de catalogação mais preciso da indústria. Em Julho de 2008 a Blue Print adotou esta filosofia para outro segmento de mercado, os veículos americanos com especificação europeia, como a Cadillac, Chrysler, Dodge, Hummer e JEEP.Agora a Blue Print acaba de anunciar que lançou oficialmente uma gama de peças de substituição para veículos tradicionalmente britânicos, começando com a Jaguar, Land Rover e Mini e que irá ser aumentada para incluir peças para inúmeros outros fabricantes britânicos. As estatísticas iniciais são impressionantes, com mais de 1.000 referências em 90 gamas de produto, e considerando que a Blue Print lança em média 150 novos produtos a cada mês, o crescimento será rápido. Além disso, como em toda a gama Blue Print, cada peça foi fabricada segundo as especificações das marcas e tem 3 Anos de garantia ilimitada contra defeitos de fabrico.Cada peça na gama britânica está incluída no Blue Print LIVE e como habitualmente os utilizadores podem ver as imagens em alta resolução, informações técnicas, dimensões e especificações e novidades da gama de produtos. À semelhança dos veículos asiáticos e americanos, a Blue Print oferece agora peças para veículos britânicos, de fácil acesso e de fácil identificação – por isso, se necessita de peças apropriadas para Jaguar, Land Rover e Mini…” Pense Blue Print!”

EMM. COLAD DESVENDA NOVO BODYGUARD PREMIUM CONFORT

Foi apresentado pela EMM o novo Colad BodyGuard Premium Confort, um fato de pintura hermeticamente

selado e fabricado em material transpirável e com cobertura anti-estática, aumentando a proteção dos utilizadores

ao evitar o contacto com os produtos de pintura. O novo Colad BodyGuard Premium Confort pretende também ser mais cómodo para os utilizadores e a EMM destaca ainda a sua cor cinzenta, que lhe

permite manter uma aparência agradável, e a durabilidade deste equipamento de proteção, que pode ser utilizado por um período de três meses.

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Comline. Nova garantia de três anos ou 60.000 quilómetrosA

Comline anunciou que vai estar disponível este ano uma nova garantia que abrange quase todos os produtos

do seu catálogo e que irá englobar um prazo de três anos após a aquisição ou uma distância percorrida de 60.000 quilómetros. Os responsáveis da empresa britânica referem que esta alteração com benefícios para os clientes espelha a confiança na sua gama de produtos, através da qual a Comline conseguiu alcançar um crescimento sustentado e significativo ao longo dos últimos anos.O foco na qualidade, também reforçado pela extensão da garantia, tem sido um dos principais pilares para os planos comerciais e de comunicação da Comline. Por isso foi já anunciado que a partir de janeiro de 2015 as embalagens dos kits de embraiagem vão passar a ter impresso um novo logotipo que anuncia a garantia de 3 anos ou 60.000 quilómetros, uma adição estética que pode também ser alargada a outros dos artigos comercializados. Esta nova cobertura

NGK. NOVAMENTE ENTRE AS 100 EMPRESAS MAIS INOVADORAS DO MUNDO

Aempresa foi reconhecida pelo elevado número de patentes registadas nos últimos anos. A NGK Spark Plug está

novamente entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo, de acordo com o relatório da Thomson Reuters “Top 100 Global Innovators Report for 2014”, publicado recentemente.Depois de ter ganho também o prémio em 2013, este ano a NGK manteve-se nesta lista exclusiva, que a Thomson Reuters elege

através dos indicadores de poder de uma empresa para inovar. O top 100 inclui todas as empresas com, pelo menos, 100 patentes por ano na sua análise e também o número de

inovações realizadas a partir dessas patentes. Em terceiro lugar, é analisada a forma como cada empresa protege a sua propriedade intelectual. Finalmente, a Thomson Reuters inclui a frequência com que a patente de uma empresa é citada por outras empresas.

estende-se a praticamente todo o portefólio da Comline, ficando de fora produtos com prazo de substituição especificado pelos fabricantes, como é o caso dos filtros.

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14 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

2 REVISÃO

Texa. Assina contrato com Schrader para programação de TPMS

ATexa assinou um acordo de colaboração com a Schrader Internacional

que visa, através da utilização dos instrumentos Texa, a possibilidade de proceder às operações de programação dos sensores TPMS Schrader Aftermarket.Os sensores TPMS Schrader são dos mais utilizados a nível mundial, alcançando em 2014 uma produção de 300 milhões de exemplares. A recente aplicação da legislação sobre os TPMS na Europa vai potenciar a difusão dos semsores desta marca americana.A Texa disponibiliza três soluções que permitem aos profissionais do setor intervir com a máxima eficácia sobre o sistema TPMS, realizando também a programação das válvulas aftermarket e o acerto das centralinas eletrónicas dos veículos.O Axone S TPS é o instrumento mais completo que permite à oficina realizar qualquer operação relacionada com pneus sobre qualquer tipo de configuração técnica escolhida pelo construtor automóvel. O instrumento dialoga com o sistema de válvulas TPMS e também com a tomada

GLASSDRIVE. COM NOVO ESPAÇO NA GUARDA

Na cidade mais alta de Portugal o centro Glassdrive Guarda mudou recentemente de localização e de gerência.

As novas instalações situam-se numa das artérias mais movimentadas da cidade da Guarda, a Rua António Sérgio, tendo como referência a proximidade da Central de Camionagem. A nova gerência é assumida pela equipa já experiente da Glassdrive Covilhã assegurando assim uma continuidade territorial na gestão dos centros Glassdrive.

KENOTEK. NOVO CATÁLOGO JÁ DISPONÍVEL ONLINE

AKenotek é uma marca de produtos de higiene para o setor automóvel da Cid Lines, que acaba de dar a conhecer o

novo catálogo para 2015.Neste catálogo poderá encontrar uma prática visão geral das diversas linhas de produtos, nomeadamente a Nano, Globo, Cargo e Pro, assim como alguns produtos novos tais como o TOP WAX 80, CAR FOAM EXTRA, entre outros. Os produtos da Kenotek servem tanto o setor de automóveis ligeiros como pesados.O novo catálogo está disponível online, podendo ser consultado e descarregado da página da internet da Kenotek em http://www.kenotek.eu/en/E-zone/Downloads/.

TRW. “TECH CORNER” DESTACA TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO ELÉTRICO

Ocentro de informação técnica online da TRW Automotive Aftermarket – “Tech Corner”, cujo acesso é feito através de

www.trwaftermarket.com, está a concentrar-se no seu sistema pioneiro, o Travão Elétrico de Estacionamento (EPB).Lançado oficialmente na Automechanika Frankfurt, em Setembro passado, o “Tech Corner ” é fácil de utilizar, atualizado regularmente e está repleto de guias práticos, pequenos vídeos de demonstração e tutoriais, para apoiar os instaladores durante a reparação e substituição de componentes TRW.O EPB foi inventado pela TRW para melhorar o desempenho dos travões e a conveniência do condutor. Já é utilizado em mais de 30 milhões de automóveis por todo o mundo, incluindo os modelos Renault Scenic, Volkswagen Passat e

OBD do veículo, de forma que, quando necessário, também efetua a reprogramação da centralina que gere os pneus.O TPS Display é um instrumento base para as operações de pneus. É um instrumento autónomo simples de usar, que se caracteriza pela sua grande versatilidade e a grande cobertura de veículos.Por sua vez, o TPS Key é um suporte USB que permite transformar as interfaces Axone 4 e Axone 4 mini em verdadeiros instrumentos para o controlo dos pneus.

Audi A6. Com as estatísticas a sugerirem que o sistema estará instalado em quase um em cada três veículos em 2015, há uma necessidade cada vez maior de fornecer aos instaladores o know-how para reparar e substituir as pinças do EPB, quando os automóveis entrarem nas suas oficinas para assistência.O portal “Tech Corner” permite aos utilizadores acesso gratuito ilimitado e pode ser utilizado em várias plataformas, incluindo computadores, smartphones e tablets.

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2 REVISÃO

Liqui Moly. Continua a apostar no desporto automóvel em 2015

Depois de sete anos no Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC), a Liqui Moly decidiu que era

altura de mudar. Por isso, no próximo ano, a Liqui Moly vai estrear-se no campeonato de desporto motorizado da Série TC3, em colaboração com a Volkswagen, numa competição que passará também por Portugal, a 10 de maio, no Autódromo Internacional do Algarve.“Para nós é um regresso às origens: um campeonato só com pilotos independentes, com as mesmas chances para todas as equipas”, afirmou Peter Baumann, diretor de marketing da Liqui Moly.A Liqui Moly Team Engstler transita desta forma do WTCC para a TC3 International Series, trocando os BMW Série 3 por três

Volkswagen Golf GTi (apenas este carro é admitido nesta competição).No total, este novo campeonato do desporto motorizado é composto por doze corridas distribuídas por três continentes, garantindo, assim, à Liqui Moly uma presença mediática global. Contudo, os eventos principais do campeonato concentram-se na Ásia. “Isto é muito vantajoso para nós, porque o continente asiático apresenta um crescimento particularmente forte no nosso negócio”, disse Baumann. O êxito desportivo da Liqui Moly Team Engstler é obviamente importante, contudo, “estas corridas são ainda mais importantes para nós como instrumento de marketing, pois permitem-nos apresentar a nossa marca, em ação, aos clientes”, afirmou Baumann.

MOTUL. NOVO SPECIFIC PARA MOTORES BLUE HDI

AMotul acaba de disponibilizar no mercado nacional um novo produto de altas prestações 100% sintético “Fuel

Economy”, especialmente desenhado para a última geração de motores Diesel “BlueHDi” com SCR (Redução Catalítica Seletiva) do grupo PSA (Peugeot e Citroën) que requeiram a homologação PSA B71 2312 e cumpram as

normas EURO 4, EURO 5 ou EURO 6. A homologação PSA B71 2312 é aplicada em todos os Peugeot e Citroën equipados com motores diesel “BlueHDi” e SCR (Redução Catalítica Seletiva), o que permite um tratamento do NOx (Oxido

de Nitrogénio) utilizando um aditivo chamado AdBlue ou “Ureia”. Este produto é também indicado para todos os Peugeot e Citroën a gasolina e alguns motores diesel com DPF.

FOI NOTÍCIA QUE... … a AkzoNobel Vehicle Refinishes (VR) lançou 25 novos e melhorados websites da Sikkens para países europeus, incluíndo Portugal.

… os pneus Ventus Prime2 e Vantra LT foram escolhidos como equipamento original para o Mercedes Classe V.

… a TMD Friction desvendou novidades para as marcas Textar, Mintex, Don, Pagid, Cobreq, Cosid e Dynotherm, beneficiando de uma larga experiência no desenvolvimento de equipamentos para travagem.

… a Glassdrive possui um novo centro com nova gerência em Ponte de Lima.

… a Herth+Buss lançou novas óticas LED para veículos off-road. Este novo sistema de iluminação tem dimensões de sete polegadas e fornece um campo visual bastante vasto.

… a SOGILUB – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados e a PRODEQ – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Química formalizaram um acordo de parceria para um projeto cujo objetivo é a caracterização dos óleos lubrificantes novos e usados, ao nível das suas principais propriedades, bem como a atribuição de uma bolsa de investigação que permitirá financiar os estudos para o grau de doutor em Engenharia Química, pela Universidade de Coimbra.

… a Elring foi considerada pela ZF a marca que melhor compreendeu os desafios técnicos para o futuro e desenvolveu soluções que se destacaram nos parâmetros da funcionalidade e viabilidade comercial. Dessa forma a Elring foi a galardoada em 2014 com Prémio de Excelência em Inovação da ZF, graças ao inovador prato para transmissões automáticas.

… a Fedima e Sofrapa tornaram-se parceiros nos Challenge Citroen DS3 R1, competição monomarca que em 2015 vai animar o Campeonato Nacional de Ralis. A Sofrapa será fornecedora oficial de peças Citroën, enquanto a Fedima fornece os pneus. Mais informações em www.challengeds3r1.com.

… a ElParts / HERTH+BUSS tem disponível para conetores e recetores com tamanhos de 1,5 mm e de 2,8 mm as novas tomadas com selo radial.

… a Direct lançou a campanha “2 Carros 2 Ofertas”, que inclui a oferta da cobertura de pneus para clientes que contratem seguro para segundo carro.

… a 3M desenvolveu novos modelos de máscaras 6500 e 6500QL. Estas novas máscaras de proteção oferecem maior estabilidade, funcionalidade e resistência. O mecanismo QL facilita a colocação.

… a rede de oficinas First Stop anunciou a assinatura de um acordo de parceria com a Galp para utilização destes lubrificantes como produtos oficiais nas reparações realizadas nas oficinas da rede.

AKZO NOBEL. ASSINA UM ACORDO GLOBAL DE FORNECIMENTO COM A DAIMLER AG

ADaimler AG assinou um acordo com a AkzoNobel Performance Coatings que torna a empresa um fornecedor

aprovado de repintura de veículos para os concessionários e oficinas autorizadas da Daimler em todo o mundo. O contrato abrange o fornecimento e apoio da marca Sikkens da AkzoNobel à rede de concessionários da empresa, incluindo a Mercedes-Benz e Smart, além dos veículos comerciais. A aprovação foi conseguida após uma extensa análise e testes de produtos Sikkens e de uma investigação exaustiva dos processos industriais e comerciais da AkzoNobel, que confirmam os mais elevados padrões. A Daimler afirma que a parceria com a AkzoNobel vai suportar os planos de crescimento da empresa no negócio mundial das oficinas e pintura.

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2 REVISÃO

B-PARTS. NOVO MERCADO DE PEÇAS RECONDICIONADAS

AB-Parts é uma plataforma online dirigida a profissionais do setor de reparação automóvel e apenas dedicada

à comercialização de peças reutilizáveis.Mais objetivamente, a B-Parts é um mercado online de peças auto recicladas. Um marketplace que liga Centros de Abate e oficinas de automóveis. Uma ferramenta poderosa para vendas, comunicação e matching de peças.A B- Parts opera num modelo B2B, o qual simplifica todo o processo de compra e venda de peças on-line para profissionais.Poderá já fazer o seu registo através do site www.b-parts.com.

Grisélia AfonsoSALES & MARKETING MANAGER VSM PORTUGAL DA SKF

MEMBRO DA COMISSÃO DE FABRICANTES DE PEÇAS DA ACAP

Apesar da crença generalizada de que o fabrico e distribuição de produtos falsificados afeta unicamente algumas partes do mundo, de facto este flagelo ocorre em todos os mercados.

Os produtos falsificados são fabricados eliminando a marca original, normalmente marcas Premium. Para além disto, são colocados em embalagens também falsificadas, mas com uma aparência muito similar, o que dificulta enormemente qualquer um que não seja perito em distingui-las das embalagens originais. Estes produtos falsificados vendem-se posteriormente ao mesmo preço do produto original ou, prática igualmente comum, são objeto de oferta a um preço inferior, banalizando as marcas Premium.O cliente compra e utiliza os produtos convencido da sua autenticidade e, como é natural, a sua deceção é grande quando a vida útil dos produtos é inferior à habitual e esperada, face à falta de qualidade na produção. Embora o problema das falsificações costume estar associado aos produtos de consumo, em particular perfumes, relógios, música e filmes, está-se a estender cada vez mais ao sector industrial. Em aplicações industriais é um factor crítico de funcionamento de maquinaria, podendo mesmo resultar em enormes custos de manutenção e em última instância, acabar num acidente sério, colocando em risco de vida os operadores destas máquinas.A falsificação de produtos é ilegal, afeta o valor das marcas e provoca, inevitavelmente, que o utilizador final perca toda a garantia de rendimento e qualidade dos produtos. Embora os produtos falsificados sejam baratos, a longo prazo, quase sempre resultam ser pouco fiáveis e potencialmente perigosos.Por exemplo, na Alemanha calcula-se que a falsificação custa uns 4.500 milhões de euros por ano e afeta cerca de 70.000 postos de trabalho. Além disso, demonstrou-se que os componentes falsificados foram responsáveis por vários acidentes graves, entre os quais se incluem o de um avião de passageiros

Contrafacção, uma ameaça contra o mercado

PARCERIA

noruegueses, que causou a morte de todas as pessoas a bordo.De acordo com a Motor & Equipment Manufacturers Association (MEMA), a contrafacção de peças na indústria automóvel é um problema global de aproximadamente $12 biliões que resultou em menos 750.000 empregos.Nos Estados Unidos, a contrafacção estima-se em $3 biliões. De acordo com o Department of Commerce, a industria automóvel poderia contratar mais 200.000 trabalhadores se não houvesse contrafacção. Para além disso, a Federal Aviation Authority estima que 2% dos 26 milhões de peças na indústria aeronáutica são contrafeitas.O Institute of Trading Standards (ITS) estima no Reino Unido um crescimento de £300 milhões em 1994 para £3 biliões de peças contrafeitas nos nossos dias. De acordo com o Congresso Global sobre Contrafacção, uma em cada dez peças de reposição auto vendidas em França, é falsa. Os membros da Associação International Anti-Counterfeiting Coalition (IACC) estimam que a contrafação representa 20% a 30% do mercado na Índia, avaliado em aproximadamente $434 milhões. Cerca de 30% de todas as peças de reposição automóvel na Arábia Saudita são contrafeitas. A China é presentemente o mercado líder de origem de fabrico de peças contrafeitas, com uma estimativa de 30-70% do total da indústria automóvel.Todos os fabricantes que compõem esta Comissão Especializada de Fabricantes de Peças têm pessoal dedicado e especialistas que sabem como agir quando detectam produtos contrafeitos, ou recebem informação do mercado duma suspeita de contrafacção, e, ainda mais importante, sabem como definir uma estratégia de acção antes de informar o Cliente que os produtos são contrafeitos. Sabem ainda como assegurar a evidência da contrafacção, por forma a permitir apoiar as acções judiciais contra os fabricantes ou traders de produtos contrafeitos.

OPINIÃO

TENNECO. SUSPENSÃO CVSAE DA TENNECO EQUIPA NOVA ESPACE

ATenneco anunciou que a Renault escolheu a suspensão CVSAe (Continuously Variable Semi-Active

suspension) da Monroe para a nova Espace que fez sua estreia no Paris Motor Show.O Multi-Sense (novo dispositivo que controla e coordena a entrada das tecnologias no novo Espace) gere o chassi 4Control, sistema de controlo do amortecedor eletrónico que comanda os amortecedores CVSAe. Estes melhoraram o conforto e a estabilidade de condução de um veículo, ajustando continuamente os quatro amortecedores em até 100 vezes por segundo, em função das condições da estrada e das situações de condução dinâmica existentes, como curvas apertadas, mudanças de faixa de rodagem, aceleração e travagem. Os amortecedores CVSAe permitem escolher entre modo normal, desportivo ou conforto em qualquer momento, de acordo com as preferências do condutor, para uma viagem mais confortável, mais dinâmica ou mais desportiva.A tecnologia CVSA da Monroe está em produção para 37 modelos de veículos em várias marcas de prestígio global.

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2 REVISÃO2 REVISÃO

Pacec. Disponibiliza Suplex para veículos Mercedes

Aempresa das Caldas da Rainha, PACEC, acaba de alargar a sua oferta para a marca Mercedes-Benz, da qual é

especialista em peças, com a introdução das molas de suspensão Suplex.A Suplex, sediada na Alemanha, é líder europeu no fabrico de molas e sistemas de suspensão, com mais de 5000 referências disponíveis. Destaca-se pelos processos de fabricação mais avançados, pela qualidade irrepreensível das ligas de crómio e vanádio

utilizadas e pela exigente monitorização do produto final, que iguala as características damola original.A linha de produtos compreende molas helicoidais, mini-bloco e em folha, bem como esferas para suspensão hidráulica e suspensões completas.A adição da Suplex ao catálogo de marcas distribuídas pela PACEC é mais um passo de qualidade para servir o mercado Mercedes-Benz.

LYNXPORT. PELÍCULA ADESIVADE PROTEÇÃO MULTIUSOS

A empresa de Fátima Lynxport tem disponível para o mercado oficinal uma nova

película adesiva de proteção designada por Lynx PRO600.Este produto serve essencialmente para a proteção dos veículos contra as condições climatéricas antes da reparação do mesmo. Serve também para isolar janelas partidas e portas em veículos bem como para

A.NASCIMENTO. NOVAS REPRESENTAÇÕES EM PEÇAS E MOTORES

Para além do vasto portfólio de marcas que representa, a A. Nascimento acaba de introduzir novas representadas,

que passam a estar disponíveis no mercado português.Uma das novas representadas é a marca RUN (www.runmotor.net). Trata-se de uma marca de origem espanhola (Avima Motor), que possui uma vasta gama de motores ligeiros reconstruídos.Outra novidade é a REMANED (www.remaned.es), também ela de origem espanhola, que disponibiliza sistema de injeção diesel para veículos ligeiros.A terceira novidade é a marca Craft Bearings. Esta marca da Lituânia, fabrica rolamentos para veículos pesados (camiões e autocarros). Mais informações em www.craft-bearings.lv.

a proteção de tetos solares danificados e portas traseiras.É ainda usado para revestimento de portas, para a proteção do interior de veículos e proteção de tapetes e ainda para proteção

de guarda-lamas enquanto está a ser reparado.O Lynx PRO600 pode ser usado tanto em veículos ligeiros como pesados.Mais informações em www.lynxport.com.

SPIES HECKER. 20 ANOS DE REVOLUÇÃO PERMAHYD

Em 1994, a Spies Hecker lançou uma verdadeira revolução nos sistemas de pintura – a sua base bicamada aquosa

Permahyd. A Spies Hecker foi um dos primeiros fabricantes de tintas a desenvolver com sucesso um sistema de pintura completo

e em conformidade com COV através da sua Base Bicamada Permahyd 280/285.A Spies Hecker marca o 20º aniversário do Permahyd com um logótipo especial. Foi renovada também a cor das embalagens, através de um rótulo azul. A Base Bicamada Permahyd 280/285 faz parte do Sistema Clássico da Spies Hecker cujo objectivo é garantir a facilidade de uso e um resultado perfeito. A Base Bicamada Permahyd 280/285 e a Base Bicamada Permahyd Hi-TEC 480 continuam a ser a coluna vertebral da gama de produtos para veículos de passageiros da Spies Hecker. O sistema oferece um elevado poder de cobertura e utilização económica.

ROBERLO. NOVO CATÁLOGO DE PRODUTOS REFINISH

A Roberlo apresentou o novo catálogo de produtos de carroçaria, que inclui as últimas novidades lançadas no mercado

recentemente. Os novos produtos são as massas Total 8 e Multiplast, o primário transparente Primerplast, o verniz ultra rápido Kronox 1100 e as colas poliuretano Bumper Plast 30 Fast e Bumper Plast 90 para reparação de plásticos. Nesta nova edição encontram-se também

os produtos de merchandising, incluindo a última novidade chamada “Branding Pack”. Este catálogo mostra os produtos separados por famílias (massas, primários, vernizes, catalizadores…) e inclui uma breve descrição das suas vantagens, bem como seus formatos disponíveis e códigos de artigo. É possível descarregar o catálogo em http://pt.roberlo.com ).

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A ligação da Valvoline ao desporto motorizado é histórica. Fomos saber a razão que leva a Valvoline, em Portugal, a apostar tanto na competição e qual a relação que se estabelece com o mercado oficinal.

25 radar

Valvoline. Da competição para o negócio

Diz a Valvoline que a primeira prova de desporto automóvel federada a nível mundial teve como vencedor um veículo patrocinado pela própria

marca de lubrificantes.Por isso, no ADN da Valvoline está a competição motorizada, o que se compreende no sentido em que muitos dos seus produtos são dirigidos a diversos tipos de veículos, mas também porque a competição é um laboratório excelente para o desenvolvimento dos lubrificantes.Em Portugal, a Krautli comercializa há mais de quatro anos a marca Valvoline, num projeto que envolveu diretamente uma série de distribuidores que, por sua vez,

TEXTO PAULO HOMEM têm dinamizado em conjunto os Valvoline Service Center. Para além de toda a ação comercial direta e de divulgação dos produtos, a Valvoline tem apostado muito no desporto motorizado em Portugal e em diversas frentes para não só aumentar a notoriedade da marca em Portugal, mas também como uma forma de apoiar as retalhistas que comercializam para as oficinas os lubrificantes Valvoline.“Logicamente que o que funciona na competição é também aquilo que funciona no dia-a-dia”, começa por referir Paulo Santos, Brand Manager da Valvoline em Portugal, acrescentando que “neste momento, em diversas situações, como é o caso do Chevrolet Cruze de Tom Coronel no mundial de turismo (WTCC), o lubrificante usado em competição, que é o XL-III, é o mesmo que

“VAMOS CONTINUAR A APOSTAR NA COMPETIÇÃO, POIS TEMOS TIDO EXCELENTES RESULTADOS NA DINAMIZAÇÃO DA MARCA VALVOLINE EM PORTUGAL”, DIZ PAULO SANTOS

ESPECIALISTA3

recomendamos para utilização diária em diversos automóveis”.Apesar de ter uma gama Racing, usada em casos específicos, a Valvoline trabalha muito a competição sobre os lubrificantes que são comercializáveis em qualquer distribuidor.“Em Portugal ainda se comercializa bastante a gama Racing para a competição motorizada, mas existem muitos casos, quer

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nos automóveis quer nas motas, em que o lubrificante usado é o mesmo que podemos utilizar em qualquer veículo”, assegura Paulo Santos, referindo ainda que “nos óleos para caixas de velocidades os lubrificantes que usamos na competição são os mesmos que estão em qualquer veículo”.

PATROCÍNIO VS DISTRIBUIDORESUma das componentes do patrocínio que a Valvoline atribui aos seus parceiros da competição é que o mesmo inclua, para além do valor monetário, uma parte em produto. “É importante que o patrocinado Valvoline use também os nossos produtos”, afirma Paulo Santos que confirma que “em alguns casos foi

PRESENÇA DA VALVOLINE NA COMPETIÇÃO EM 2014Dos ralis ao drift, passando pelo Pop Cross e pelas motas, sem esquecer o Jet Ski, foram várias as modalidades onde a Valvoline esteve presente com apoio direto.As modalidades e eventos onde a marca teve presença foram:

Nacional de Ralis – Armindo Neves / Bernardo Gusmão – Peugeot 207 RC

Nacional de Drift – Team Fulco – Nissan Skyline

Nacional de Montanha – Paulo Silva – Seat Leon

Nacional de Motocross – Team BRC Competições - Yamanha

Nacional de Jet Ski – Team Angel Pilot

Pop Cross – Tudo para 2CV - Club 2cv/Dyane de Portugal - Motorshow / Auto Clássico Porto

o uso dos nossos produtos que nos trouxe o patrocinado. É o caso da BRC nas motas, que prepara atualmente as Yamaha de competição e que sempre usou Valvoline e continua a usar”.Com uma rede de 25 distribuidores Valvoline em Portugal, Paulo Santos diz que a maioria destes acabam por ter um envolvimento muito grande com a competição. “Tudo está encadeado. O nosso distribuidor pode estar presente nas provas, aproveitando a estrutura das equipas que patrocinamos, para se promover e para promover a Valvoline e os seus produtos”, explica Paulo Santos referindo que “isso acontece bastante e existem muitos distribuidores que aproveitam, dinamizam

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23 especialista

e valorizam as diversas competições para se promoverem”.É até normal, segundo Paulo Santos, alguns dos distribuidores aproveitarem as estruturas das equipas (nomeadamente os veículos de competição) fora da competição em diversos tipos de ações.“Todo este projeto de apoio e patrocínio à competição é pensado e dinamizado numa óptica de suporte ao distribuidor, podendo eles aproveitar os meios das equipas para promoverem a marca. Existe uma sinergia muito grande entre as equipas que patrocinamos e os nossos distribuidores” explica Paulo Santos.Um outro projeto que a Valvoline tem vindo a desenvolver na competição, resulta de uma parceria com a FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) para o Nacional de Ralis. “Queremos que o distribuidor se possa envolver com esses eventos, normalmente acompanhados por muita gente, dinamizando a marca Valvoline e a empresa dele na sua região”, refere o responsável da Krautli, dizendo que “existe uma lógica de suporte ao distribuidor, que foi muito bem aproveitada por eles em quase todos os eventos”.Aliás, o suporte da Krautli não fica apenas pelo patrocínio, mas também pela disponibilização de um kit de imagem que inclui uma tenda, bandeiras, flyers, entre outros.“Sinto que os distribuidores estiveram muito ativos e que aproveitaram muito bem estas condições que lhes proporcionamos, pois em alguns casos levamo-los para o centro das atenções”, diz Paulo Santos, que garante que “se os distribuidores não estivessem envolvidos nada disto era possível”.Não menos importante, em toda a estratégia de comunicação da marca, são as Valvoline Girls que frequentemente estão associadas a todos os eventos e que são alvo constante das objetivas dos fotógrafos e dos telemóveis dos muitos adeptos.Em muitos destes eventos, onde existem muito mecânicos e responsáveis oficinais presentes, a marca Valvoline tem sido presença constante. “Em 2015 queremos envolver ainda mais os Valvoline Service Center neste eventos, continuando a dinamizar os distribuidores”, refere Paulo Santos, concluindo que “vamos continuar a apostar na competição, pois temos tido excelentes resultados na dinamização da marca Valvoline em Portugal”.

CONTACTOSVALVOLINE

BRAND MANAGER PAULO SANTOS

TELEFONE 219535656

EMAIL [email protected]

SITE www.krautli.pt

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3 ESPECIALISTA

DPP Portugal. Dinâmica com a marca Lotos Como distribuidor de lubrificantes, a DPP Portugal representa para o mercado português, entre outras marcas, a Lotos. Fomos conhecer esta empresa, esta marca e a forma como trabalha com as oficinas.

TEXTO PAULO HOMEM

Apesar de ter cerca de 10 anos, a DPP Portugal (Distribuição de Produtos Petrolíferos) é portadora de uma experiência familiar de mais de 30

anos ligada essencialmente ao negócio dos lubrificantes e, em determinadas fases, ao negócio dos combustíveis.A empresa encontra-se atualmente na região de Aveiro, onde dispõe de um armazém de distribuição estrategicamente posicionado que serve estes dois negócios das empresas. Aliás, refira-se que a DPP encontra-se numa fase de investimento e expansão no retalho de combustível, onde através do qual irá também dinamizar a venda das suas representadas ao nível dos lubrificantes para o público final.

LUBRIFICANTESSendo um grossista de lubrificantes, a DPP representa para Portugal a marca polaca Lotos. “É uma marca que está connosco há mais de uma década, mas que nos últimos três anos decidimos apostar nela, pois tem uma excelente qualidade posicionando-se ao nível das restantes marcas que comercializamos”, começa por referir Diana Sousa Cardoso, gerente da DPP Portugal, dizendo que “é também vontade da Lotos crescer noutros mercados e nós estamos também a aproveitar isso. A notoriedade da Lotos em determinados mercados europeus é semelhante às grandes marcas de lubrificantes”.Outro importante valor da Lotos, para a DPP

Portugal, “está na seriedade com a empresa polaca trabalha, o que é fundamental hoje nos negócios e nos levou a apostar mais na marca”, diz a mesma responsável, acrescentando que “temos a exclusividade para Portugal através de um acordo verbal”.Os últimos dois anos têm sido de um grande desenvolvimento para a marca Lotos em Portugal, com muitos clientes a consumirem os seus lubrificantes, o que leva Diana Sousa Cardoso a dizer que “de todas as marcas que comercializamos é a que tem a melhor relação entre qualidade e preço em alguns dos seus produtos”.A Lotos (pertencente a um gigante petrolífero) é uma marca que detém uma

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série de aprovações dos construtores de automóveis, estando a DPP Portugal a comercializar não só a gama de ligeiros como de pesados.Refira-se que a DPP Portugal irá também comercializar Lotos em exclusivo em dois novos mercados externos.Apesar de deter em exclusivo a Lotos, outras importantes marcas de lubrificantes fazem parte do portefólio desta empresa de Aveiro. BP, Castrol, Cepsa, Total e ELF são algumas dessas marcas, sendo que “a Total e ELF são também uma aposta muito forte da nossa parte”, afirma Diana Sousa Cardoso.

MERCADOSendo um grossista de lubrificantes (que está também presente nas áreas industrial, agrícola e nos postos de combustível), a DPP Portugal possui duas equipas comerciais, uma externa e outra interna, que trabalham entre si, na visita a clientes e na angariação de novos clientes. “Quase todos os nossos comerciais são também técnico-comerciais, pois não basta vender o produto, é preciso saber aconselhar o produto adequado e isso faz parte do nosso serviço”, refere a mesma responsável.Do ponto de vista do aftermarket, a DPP Portugal fornece não só as oficinas, como comercializa também para casas de peças e ainda coloca os seus lubrificantes em postos de abastecimento, sempre com políticas comerciais muito bem definidas.Com as oficinas “estamos a promover muito as formações, pois julgamos que é essencial a oficina explicar ao cliente o lubrificante que está a colocar no carro do seu cliente”, refere Diana Sousa Cardoso, afirmando que “é nossa responsabilidade enquanto distribuidores de lubrificantes fornecer e promover a formação como parte de um serviço de valor acrescentado que prestamos, mas também considero que as oficinas devem ter esse conhecimento e preocupar-se com isso”.

AJUDAR OS CLIENTESA proximidade que tem com a maioria dos seus clientes (oficinas e retalhistas), levou a DPP Portugal a desenvolver protocolos com os mesmos para os ajudar a crescer no seu

próprio negócio. “Temos a certeza que se o mercado estiver bem nós também estaremos bem”, refere Diana Sousa Cardoso explicando que “queremos ir mais além do que a mera comercialização do produto em si. Apostamos muito em diversas ações para ajudar os clientes e é algo que vamos continuar a fazer”.

NOVOS MERCADOSQuer com a marca Lotos quer com qualquer outra marca de lubrificantes que comercializa, a DPP Portugal assume que não existe qualquer restrição (geográfica) do ponto de vista comercial. Aliás, a empresa tem mesmo projetos para se expandir geograficamente para fora da sua região tradicional (que é de Leiria para norte), tendo uma estratégia definida para o mercado da grande Lisboa, provavelmente a médio prazo. “Não passará por uma estratégia de colocar apenas um vendedor nessa região, mas sim uma estratégia de posicionamento”, assegura a responsável

CONTACTOSDPP PORTUGAL

RESPONSÁVEL DIANA SOUSA CARDOSO

TELEFONE 234 397 150

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.dppportugal.com

da empresa, que para já não adianta mais pormenores.

ÓLEOS ONLINEUm dos projetos mais recentes da DPP Portugal é o website de venda ao público (B2C) de lubrificantes (www.oleosonline.com). “Queremos estar na internet e divulgar os nossos lubrificantes com preços para o consumidor final. É no fundo uma montra”, refere Diana Sousa Cardoso, enaltecendo que “a nossa maior aposta é sempre no um para um com o cliente, trabalhando continuamente com as oficinas”.

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3 ESPECIALISTA

Delphi. “O aftermarket estará preparado para a eletrónica quando for necessário”Philippe Desnos, presidente para a área de produtos e serviços da Delphi, acredita que a eletrónica não é uma ameaça, mas uma oportundiade. Apesar de muitos mecânicos estarem assustados com uma evolução tão rápida, o responsável garante que a Delphi está já preparada para os ajudar.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

ADelphi é uma das empresas que mais aposta na inovação no primeiro equipamento. Qual a importância desse trabalho para o aftermarket?

Não creio que todas estas inovações relacionadas com a eletrónica vão demorar muito a chegar ao aftermarket. Vai acontecer de forma muito rápida e o aftermarket tem que se adaptar. Vamos ajudar todos os nossos parceiros em Portugal e em todo o mundo. Como desenvolvemos muita desta tecnologia temos todo o conhecimento para ajudar o aftermarket, integrando tudo nos nossos aparelhos de diagnóstico, de teste, mas também nas formações e na linha de apoio que temos. Mas vai ter impacto no aftermarket. Os mecânicos não estão um pouco assustados com toda esta tecnologia?Estão. Mas também foi assim com o common-rail: há 10 anos não existia e as oficinas tiveram que se adaptar. Demos muita formação e não aconteceram grandes complicações. Fizemos o nosso trabalho para simplificar o trabalho dos técnicos nas oficinas. Agora vamos fazer o mesmo e estamos a desenvolver todas as ferramentas necessárias para os ajudar. É uma evolução permanente que nunca para. Os automóveis serão cada vez mais complexos e, por vezes, as pessoas não percebem isso porque apenas os conduzem. Hoje temos sistemas como o lane depart assistant que é muito útil e as pessoas habituam-se rapidamente a estes confortos. Mas são muito complexos para as oficinas e requerem cuidados. Temos sistemas de travagem automática de emergência ou sistemas que avisam o condutor quando este dá sinais de fadiga. O aftermarket está hoje preparado para toda essa tecnologia? Não está neste exato momento mas estará preparado quando for necessário. Quando todos estes sistemas forem uma realidade nos modelos de maior volume, como um Renault Clio ou um Seat Ibiza estaremos,

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Delphi. “O aftermarket estará preparado para a eletrónica quando for necessário”

garantidamente, preparados. Estamos já a trabalhar nisso. Mas há vários desses sistemas eletrónicos que já estão nesses modelos de maior volume. É verdade, mas o volume ainda é baixo. Por isso estamos já a colocar estes sistemas nos nossos equipamentos de diagnóstico para fazermos este processo com tranquilidade para as oficinas. A formação é a única forma de lidar com estes novos sistemas?Sem dúvida. Mas a formação pode ser adquirida de formas cada vez mais diversas. Hoje trabalhamos muito a formação através do vídeo. Estes novos componentes vão ter menos reparação? Vai acontecer como nas empresas eletrónicas e quando houver uma avaria substitui-se sem reparar?Há sempre formas de trabalhar esses componentes. Pode-se substituir um único componente que tenha algum problema, mas pode também apostar-se em componentes recondicionados, com os quais trabalhamos também e temos algumas linhas. No futuro, na eletrónica podemos ter componentes recondicionados e componentes novos. O que é bom, porque há duas opções. Já fazemos recondicionamento de componentes eletrónicos e é algo que vai acontecer cada vez mais.Mas estes sistemas não vão necessitar de manutenção?Nos componentes eletrónicos não existe aquilo que estamos habituados a chamar de manutenção. Mas boa parte dos sistemas a que estão acoplados têm componentes mecânicos e vão sempre necessitar de manutenção. No futuro as oficinas vão ter menos trabalho mas cobrar valores mais altos?Acredito que vai ser semelhante ao que é hoje nesse aspeto. Por exemplo, um carro com travão by wire não tem manutenção desse componente, mas a parte de fricção tem que ser mantida e substituída. Algumas ECU, mais complexas, vão ter problemas e isso vai ser uma oportunidade adicional para as oficinas. Porque vão fazer o que já faziam e têm esta nova oportunidade. O que me preocupa é que o técnico substitua a peça certo no momento certo. Porque há muitos casos de se trocarem vários componentes sem muito critério, o que é péssimo para o consumidor final. O filtro de combustível está obstruído e é substituído o turbo, o DPF e era uma coisa tão simples como desobstruir o dito filtro. São casos que ainda acontecem. Nós temos que ser cada vez mais

parceiros destas oficinas e ajudá-las, através dos nossos distribuidores. O diagnóstico é a peça-chave?Sem dúvida. É um serviço fundamental que providenciamos aos nossos clientes e parceiros. É um negócio, mas acima de tudo é um serviço. Mas mais importante que isso é que os técnicos saibam trabalhar com estes sistemas porque podem ter o melhor sistema do mundo, mas se não souberem trabalhar com ele não serve de nada. Se não sabem ler a máquina não sabem o que fazer. Há uma nova geração de mecânicos que está hoje melhor preparada para todas estas inovações? É verdade, são boas notícias e eles vão contribuir para o sucesso das oficinas onde trabalham. O negócio do aftermarket vai sofrer grandes alterações nos próximos anos?Creio que é uma evolução constante e é uma questão dos players no mercado se adaptarem. No final de contas é um negócio onde é preciso agradar ao consumidor. Como é que trabalham as questões da internet, da cloud e da conetividade com as oficinas?Hoje os nossos sistemas de diagnóstico estão sempre ligados à internet e recebem constantemente as atualizações. Temos também os nossos catálogos online, o que ajuda o trabalho dos nossos distribuidores. A internet é uma ferramenta fantástica e há muitas oportunidades de a usar. Ajuda a poupar tempo e quando se pensa em informação ela está acessível na internet, seja informação escrita, gráfica ou vídeo, onde estamos a apostar forte. É muito mais fácil de perceber as coisas vendo um vídeo. Funciona 24 horas por dia e sete dias por semana. Os produtos contrafeitos são uma preocupação para a Delphi?Sem dúvida. Todas as grandes empresas sofrem o impacto dos produtos contrafeitos. Estamos a lutar contra isso, em parceria com as autoridades para fechar essas unidades que estão a contrafazer os nossos produtos. Quando colocamos o nome Delphi numa peça significa que tem qualidade de primeiro equipamento. Se alguém copia uma peça nossa ou coloca o nosso nome indevidamente e causa um acidente, isso é muito sério. Apesar de não sermos responsáveis por isso, o consumidor pensa que comprou uma peça Delphi. É um assunto muito sério e não podemos aceitar isso. O que podem esperar os clientes Delphi em Portugal?Podem esperar um grande apoio da nossa equipa, mas também a continuação do desenvolvimento que fizemos nos últimos dois anos, na direção e suspensão, também nos veículos comerciais ou na travagem e na eletrónica nos veículos. Somos líderes em sistemas diesel, equipamentos de teste e diagnóstico. Não queremos fazer uma revolução, mas ser os melhores naquilo que fazemos.

Ágata Calvo é a responsável pelo desenvolvimento de negócio da Delphi para Portugal e Espanha e está muito atenta ao nosso mercado. “Sou muito sensível ao mercado português, que é muito diferente do mercado espanhol. O nosso maior mal na Ibéria é queixarmo-nos demasiado”, analisa a responsável. Porém, acrescenta, não há motivos para isso: “O mercado português é muito profissional e isso foi uma das coisas que saiu reforçada com a crise. Os profissionais do setor perceberam que têm mesmo que ser cada vez mais profissionais, orientados para o cliente e fazer o seu trabalho com qualidade e à primeira. Perceberam que só assim conseguem ter o retorno do seu investimento”. Ágata Calvo elogia o facto de, em Portugal, as pessoas serem muito orientadas para o negócio. “Sempre se habituaram a importar muita coisa e isso faz com que sejam muito orientados para o negócio. Trabalhei 10 anos no mercado português e percebi como se estrutura o mercado e quais as suas necessidades. Na Delphi tentamos trabalhar de perto com os nossos distribuidores e eles sabem que a Delphi está cada vez mais disponível para os ajudar. Mas eles também têm que nos ajudar a perceber quais as necessidades reais das oficinas porque é um mercado diferente do espanhol, apesar da proximidade.” Para a responsável ibérica da Delphi, as oficinas em Portugal precisam, primeiro que tudo, de ter “uma gama de peças e ferramentas profissionais. Somos um fornecedor completo em vários produtos, temos produtos técnicos, produtos de chassis e experiência no primeiro equipamento, o que é muito valorizado no mercado português. Mas os clientes querem também um bom preço”. Apesar disso há uma realidade cada vez mais evidente para Ágata Calvo: “O que notamos que eles querem muito hoje é aprender. Se damos bom serviço aos nossos produtos e formação, informação e atividades os clientes estão sempre abertos a receber essa informação para aumentar a sua rentabilidade”. Em Portugal a aposta vai continuar a ser a formação. “Temos um programa vasto na eletrónica para veículos, formações para turbos, filtros de partículas, tudo o que temos enquanto gamas damos suporte e formação para educar a oficina a usar corretamente os produtos até porque o carro é cada vez mais tecnológico.”

ÁGATA CALVORESP. DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIO

DA DELPHI IBÉRICA

“TEMOS UM PROGRAMA COMPLETO DE FORMAÇÃO

PARA PORTUGAL”

AS INOVAÇÕES RELACIONADAS COM A ELETRÓNICA NÃO VÃO DEMORAR MUITO A CHEGAR AO AFTERMARKET. VAI SER RÁPIDO E O AFTERMARKET TEM QUE SE ADAPTAR

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Grupo Serca. “Temos muito para dar aos nossos sócios portugueses”

LLuís Tarrés foi contratado para o Grupo Serca para o internacionalizar. O mercado português era apetecível e o grupo espanhol aposta agora forte com quatro sócios em Portugal e com os olhos postos no crescimento.

OGrupo Serca Automoción, com 27 anos de existência em Espanha, está hoje posicionado como o segundo operador espanhol em distribuição de peças de

mecânica, principalmente no serviço direto às oficinas, para os quais oferece um amplo leque de serviços adicionais que permitem manter uma posição de liderança no mercado. Apesar de uma presença já no mercado português através do sócio Cosimpor, o grupo espanhol dá mais um passo para se tornar um grupo ibérico, em associação com a Nexus Automotive, um dos maiores distribuidores mundiais para o pós-venda. Já são quatro os sócios do Grupo Serca em Portugal. Lluís Tarrés, responsável pelo desenvolvimento internacional do grupo espanhol, explica à TURBO OFICINA quais os objetivos para Portugal. O Grupo Serca é um dos mais fortes em Espanha. Isso acontece também devido aos fornecedores que têm? No Grupo Serca só trabalhamos com fornecedores de reconhecido prestígio e qualidade comprovada, como garantia de que os nossos distribuidores oferecem confiança ao mercado, a par de produtos e serviços.

É assim que se posicionam alguns dos fornecedores entre os aproximadamente 150 que temos com uma presença mais forte, em função da sua ligação ao Grupo e aos sócios e que nos acompanham nas ações de marketing que desenvolvemos anualmente e que são, por exemplo, a Shaeffler, ZF, Valeo, Brembo, TMD, Roadhouse, Federal Mogul, KYB, Dayco, Dolz, Purflux, Tab, Tudor e Mahle, que foi galardoada com o prémio de melhor fornecedor de 2014. Onde é que Portugal entra na estratégia do grupo?Portugal está na mira do Grupo Serca há muitos anos e daí a entrada no mercado com a parceria do nosso sócio Cosimpor, de Luís Costa, em 1997. Apesar disso, tivemos sempre um grande respeito por um mercado que, ainda que esteja muito próximo, é muito diferente e merece tal consideração. Por isso, a minha entrada no Grupo Serca permitiu dispor de recursos suficientes para internacionalizar o negócio.Quando começaram a trabalhar esta nova fase do alargamento do negócio a Portugal?Contactámos com aqueles que acabaram por ser os nossos novos sócios no mês de abril de

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

2014 e com todos ao mesmo tempo; tivemos um respeito máximo por todos eles de igual forma. A eleição do target era fácil, são três empresas espetaculares, com dirigentes excecionais e com uma grande qualidade humana e com grandes possibilidades de trabalho em equipa. A vossa entrada em Portugal faz-se também através da Nexus, que representam em Portugal e Espanha. Quais são os objetivos?A entrada destes três novos sócios portugueses no Grupo Serca está intimamente ligada à cobertura do Grupo Nexus em Portugal já que, como é normal, ambos vamos de mãos dadas com a estratégia internacional. Desta forma, além de complementar a estratégia do Grupo Serca no mercado ibérico, abordamos a cobertura ao mercado por parte do Grupo Nexus Automotive, de quem os nossos sócios vão ser a referência em Portugal. Trabalham atualmente com Bragalis, Soulima, Krautli e Cosimpor. O que vão acrescentar ao negócio destas empresas? O mais importante é que essas empresas vão ter, de uma forma imediata, relevância internacional. Nos mais de 30 países em que está o Grupo Nexus já conhecem estas

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empresas portuguesas e a sua atividade e, no sentido oposto, os nossos amigos portugueses conhecem também o que se decide e a atividade no Grupo nos outros países. A quantidade de informação de que passam a dispor a partir de agora faz com que tenham recursos infinitos para delinear as suas estratégias de trabalho no mercado português. Que benefícios vão ter os clientes destas empresas portuguesas? Para começar, o Grupo Serca pôs nas mãos dos seus sócios portugueses o desenvolvimento que foi sendo feito no Grupo nos últimos 27 anos. Como tal, têm um leque de propostas e suportes já criados que estão a ser alterados para se adaptarem às particularidades do mercado português e que estão já disponíveis para os nossos sócios. Que objetivos têm para o mercado português?Apenas o que desejarem os nossos sócios, sem maior intervenção. No que diz respeito à Nexus, necessitávamos apenas de relevância no mercado, e desta forma alcançamos esse objetivo. No que diz respeito ao Grupo Serca, o nosso interesse será apenas, e em cada momento, o que nos transmitam os nossos sócios. O nosso papel é apoiá-los. Em que nível de distribuição querem estar em Portugal?Queremos respeitar o mercado português na sua estrutura atual. Não pretendemos fazer nenhuma alteração nesse sentido, ainda que possamos acompanhar os nossos sócios na inevitável evolução do mercado e aí vamos

fazê-lo com todos os meios necessários. O mercado português é apetecível para o Grupo Serca?Portugal é um mercado fantástico, muito diferente do espanhol, mas como muitas semelhanças a outros que temos no Grupo Nexus, com uma tipologia de cliente que tem grandes possibilidades, com uma profundidade de distribuição fruto da idiossincrasia do país e com um desenvolvimento num futuro próximo que faz com que a nossa aterragem no mercado desta forma constitua um projeto apaixonante. Ter um mercado ibérico é uma inevitabilidade? Se olharmos para o que se está a passar na Ibéria, as estruturas dos fornecedores está a tornar-se cada vez mais global, mais ibérica, gerindo a uma só voz o que até há uns anos eram duas vozes totalmente separadas e diferentes. Por isso, com o tempo, não sei quanto, o mercado vai ser apenas um, sem dúvida. As vantagens desse mercado ibérico serão para os clientes ou para os grandes grupos que têm mais capacidade negocial? No final, a vantagem é sempre para o cliente. Que volume de negócio querem atingir em Portugal em 2015?Não temos um objetivo maior do que continuar a crescer no mercado, consolidar a nossa nova estrutura e conseguir que os nossos novos sócios se sintam confortáveis com a nova situação. Quanto à faturação, no próximo ano vamos superar, muito provavelmente, os 40 milhões de euros de receitas no mercado de forma direta. Sem ser

esse o nosso objetivo principal é uma meta que assumimos. Porque decidiram fazer o próximo congresso do Grupo Serca no Porto, em Outubro?Como disse, um dos nossos objetivos para com os sócios portugueses é dar-lhes relevância e imagem internacional, tanto no que respeita ao Grupo Serca como ao Nexus. Assim, celebrar a convenção no Porto significa, por um lado, mostrar ao mercado o respeito que o Grupo Serca tem desde os primeiros passos da sua estratégia ibérica, e por outro lado, dar à união a relevância e notoriedade que vai ter enquanto a cobertura ibérica, como internacional, já que o Congresso vai receber tanto os nossos sócios franceses da IDAP, como os nossos colegas da Nexus. O que pode esperar o mercado português do Grupo Serca?Apenas que nos aceitem tal como somos e que respeitem a nossa história e a nossa forma de fazer as coisas; no final, o respeito e admiração que temos para o mercado português será a chave para o desenvolvimento de um Grupo Serca Ibérico, mais forte e equilibrado do que temos agora, se possível.

COM O TEMPO, NÃO SEI QUANTO, O MERCADO VAI SER APENAS UM, IBÉRICO, SEM DÚVIDA. VAI TUDO SER DECIDIDO A UMA SÓ VOZ

Luís Tarrés

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Nelson Tripa. Aposta em loja virtual no ar condicionadoO especialista de Torres Vedras em material para ar condicionado e refrigeração automóvel tem vindo a focar-se cada vez mais na satisfação do cliente, reforçando a sua aposta em stocks, na distribuição e na internet, com uma nova loja virtual.

AO elevado preço pedido por um determinado componente de ar condicionado na altura da manutenção de um automóvel numa marca e a

possibilidade de comercializar esses mesmos componentes (e da mesma marca) a preços bem mais competitivos, levou Nelson Tripa a despertar e a apostar no negócio do ar condicionado automóvel. Isto apesar das suas raízes estarem no negócio dos eletrodomésticos.Foi assim que começou há 14 anos o negócio de peças e componentes de ar condicionado e refrigeração automóvel na Nelson Tripa, que a empresa foi dinamizando, para hoje ser uma das principais referências neste área no aftermarket em Portugal.

VENDA DIRETAA Nelson Tripa utiliza de forma consciente e responsável os dois canais de venda mais importantes. Por um lado comercializa os seus produtos para a revenda, por outro comercializa diretamente os seus produtos à oficina. “A venda direta à oficina tem a vantagem de estarmos a vender diretamente a quem vai montar. Muitas vezes não é só vender a peça, é identificar corretamente o problema para fornecer a peça correta. Muitas vezes a revenda não se preocupa com isso”, refere Nelson Tripa, adiantando que “o retalho tem margem para poder trabalhar os nossos produtos, por isso não há o risco de nos fazer concorrência. Contudo, as vendas estão maioritariamente centradas na oficina”.Neste momento, a empresa optou por não ter comerciais no terreno, mas reforçou a

aposta noutras áreas como seja a logística e a internet, já que as vendas em balcão sempre tiveram expressão no negócio local. Assim, ao nível da distribuição, qualquer pedido feito até às 17 horas é entregue no dia seguinte. É esta a garantia de Nelson Tripa, que trabalha atualmente com três operadores logísticos que garantem uma cobertura nacional.A internet é uma aposta já com alguns anos na empresa, mas que foi recentemente renovada, como forma de dar resposta a um crescente interesse dos clientes por este tipo de venda profissional (ver caixa).

PRODUTOA gama de produtos para ar condicionado e refrigeração automóvel é muito extensa. Estão constantemente a ser lançadas no mercado novas referências, o que nem sempre é fácil de gerir, mas Nelson Tripa tem como política “ter sempre algum stock das mais recentes novidades. Sempre que nos solicitam um novo componente que a empresa não tenha em stock, assumidos que o mesmo vai ter mais

TEXTO PAULO HOMEM

“É MUITO RARO O FABRICANTE ASSUMIR QUE A PEÇA TEM DEFEITO. NÓS DAMOS GARANTIA E SEMPRE QUE ACONTECE UM PROBLEMA ASSUMIMOS ESSE CUSTO”

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pedidos em breve”, refere Nelson Tripa.Neste momento, a empresa abastece-se na Alemanha, Itália, Espanha, Polónia, Estados Unidos, China e Singapura, oferecendo no seu portfólio praticamente todas as grandes marcas de componentes de ar condicionado e refrigeração automóvel, embora disponha também de uma linha branca. “Vendemos linha branca porque o mercado pede esse tipo de material, que está muito focado no preço. Recentemente visitei os fabricantes desse material na China, vi a qualidade das instalações e do fabrico e posso garantir a qualidade dos mesmos”, assegura Nelson Tripa.Curiosamente, por política interna, a Nelson Tripa não assume, nem quer assumir, a representação de nenhuma marca, mesmo disponibilizando ao mercado material das mesmas.A grande maioria das vezes, refere o responsável da empresa, os problemas que surgem com alguns componentes nada têm a ver com a qualidade dos mesmos, mas sim com a incorreta montagem. “É muito raro o fabricante assumir que a peça tem defeito. Nós damos garantia das peças e sempre que acontece um problema somos nós, muitas vezes, que assumimos esse custo”, refere Nelson tripa, explicando que “o problema,

muitas vezes, é que este tipo de peças são montadas por técnicos que não têm a mínima noção do que estão a fazer”.É por essa razão que a Nelson Tripa presta também alguns serviços técnicos de reparação, como presta todo o aconselhamento técnico aos seus clientes, dinamizando também algumas formações, tendo em vista a correta aplicação dos produtos que comercializa.Há 14 anos que comercializa peças de ar condicionado e refrigeração automóvel, uma aposta que é para “manter e dinamizar ainda mais. Não queremos entrar noutras gamas de produto apesar de recebermos constantes propostas de novos fornecedores. Somos especialistas em ar condicionado e refrigeração automóvel e é nesta área que vamos continuara a apostar”, sublinha Nelson Tripa.

MERCADOO responsável da empresa considera-se muito satisfeito com os resultados obtidos pela empresa em 2014. “Não aumentamos mas também não baixamos as vendas. Penso que isto é uma vitória enorme para a nossa empresa, tendo em conta a crise e a enorme concorrência existente, o que revela que temos feito um bom trabalho”, afirma.

NOVA LOJA VIRTUALDisponível em www.nelsontripa.pt, a nova loja virtual da Nelson Tripa dá a possibilidade aos clientes profissionais (oficinas, instaladores e retalho) de poderem comprar componentes de ar condicionado e refrigeração auto de uma forma simples e fácil.Neste site vai estar refletido todo o stock, a disponibilidade do mesmo, as condições comerciais, campanhas, promoções, entre outras facilidades, especialmente na identificação das peças que são fotografadas (em mais que uma posição) e incluídas nesta plataforma para mais fácil identificação.“Tudo o que possa ajudar na venda é uma mais valia, mas a loja virtual vai permitir fazer mais e melhores vendas”, refere Nelson Tripa, adiantando que “o mais importante é ter o cliente satisfeito e que esse cliente passe a palavra a outro cliente. Essa é a melhor forma de publicidade aos nossos serviços e produtos. A nossa loja virtual vai ajudar também neste aspeto”.

CONTACTOSNELSON TRIPA

SÓCIO GERENTE NELSON TRIPA

TELEFONE 261 335 050

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.nelsontripa.pt

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3 ESPECIALISTA

A necessidade de um cliente levou a Moonlight a desenhar uma aplicação que se transformou rapidamente num produto que a empresa comercializa

no mercado. Designou-a Go Outdoor, como forma de dizer às empresas que devem ir à “rua” procurar os seus clientes, criou os meios e as condições e rapidamente esta aplicação se implementou no mercado.O Go Outdoor é, por definição, uma aplicação (neste caso mobile, já que foi desenvolvida para tablets) que permite a atuação em campo de equipas para a colocação de informação personalizada em veículos.“O que esta aplicação permite é encontrar primeiro o automóvel antes mesmo de encontrar o cliente”, começou por explicar Ana Xavier, Diretora de Marketing da Moonlight, explicando que “permite comunicar, por exemplo, com os proprietários de carros com mais de cinco anos, sem saber quem são os seus proprietários, deixando uma mensagem no vidro que ele irá ler”.Não se trata de publicidade nem flyers (nem algo do género), mas sim de uma mensagem diretamente orientada a cada pessoa que tem aquele carro com determinada matrícula, que “permite que não existam duas mensagens iguais. O Go Outdoor tem essa capacidade de, através do registo da matrícula, marca, modelo, idade do automóvel, entre outros, fornecer informação específica para cada automóvel identificando na base de dados que tipo de mensagem deve ser impressa para deixar no automóvel”, explica Ana Xavier.A base dados pode conter planos de manutenção, uma oferta para assistência técnica, ações para pneus, promoções de serviço e outras que são construídas de acordo com o cliente e em função dos seus objetivos, mas é também a própria aplicação que vai construindo a base dados.O talão que é impresso com a informação recolhida, que é colocado dentro de uma bolsa de plástico para deixar no vidro do automóvel, fica registada na aplicação. No caso de o proprietário do carro se deslocar à oficina para usufruir do que lhe foi proposto, o rececionista através da aplicação (que tem nas suas instalações) identifica claramente o talão

Moonlight. À procura de clientesOs tempos mudaram. Hoje são as oficinas que têm que ir à procura dos seus clientes. A Moonlight e a Polivalor podem ajudar nessa tarefa, através do Go Outdoor, uma aplicação que a empresa desenvolveu e que dinamiza no mercado automóvel há ano e meio.

TEXTO PAULO HOMEM

BASTA QUE EXISTA UM RETORNO DE 4% QUE JÁ TORNA UM SUCESSO QUALQUER AÇÃO, MAS A PRÁTICA DEMONSTRA PERCENTAGENS BEM SUPERIORES

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e o serviço que deve fazer segundo a ação que foi definida“O cliente consegue não só acompanhar ao minuto a realização da ação no terreno, como depois pode medir o retorno da ação em função dos clientes que forem à oficina e que foram alvo dessa ação”, explica a responsável de marketing da Moonlight.

4% JÁ É UM SUCESSOSegundo Ana Xavier, basta que exista um retorno de 4% que já torna um sucesso qualquer ação, mas a prática demonstra que “temos tido percentagens bem superiores e que isso varia em função da ação que é feita. O Go Outdoor faz a sua função, agora o marketing é que tem que definir muito bem a ação a realizar, para que a mesma seja suficientemente atrativa para os automobilistas, sobretudo quando o objetivo é captar clientes para a oficina”. Com a

experiência que já tem no terreno, a Moonlight ajuda também os seus clientes na definição da ação a realizar, para que a taxa de retorno seja o mais alta possível.Com o Go Outdoor a Moonlight tem trabalhado quase exclusivamente com o pós-venda, podendo esta aplicação usar-se “em quase todo o tipo de oficinas. Tem um excelente custo / benefício, a taxa de retorno é sempre muito interessante e é também uma excelente ferramenta de marketing, que é diferente do habitual”. Refira-se que o investimento associado à utilização do Go Oudoor está perfeitamente definido e tabelado pela Moonlight.

MEIOSA Moonlight assegura todo o serviço em torno da utilização do Go Outdoor, isto é, desde a parametrização da aplicação, ao aluguer dos equipamentos (tablets e impressoras

CONTACTOSMOONLIGHT

DIRETORA DE MARKETING ANA XAVIER

TELEFONE 214 359 495

E.MAIL [email protected]

WEBSITE www.moonlight.pt

A EXPERIÊNCIA GO OUTDOOREm apenas um ano e meio a trabalhar a ferramenta Go Outdoor, a Moonlight já efetuou dezenas de ações com esta aplicação, tendo em diversos casos repetido a ação para o mesmo cliente.Neste tipo de ações existem sempre algumas barreiras que têm que ser ultrapassadas, diz Ana Xavier, responsável de Markting da Moonlight, pelo que “o fundamental é existir previamente uma boa e correta definição da estratégia a montar para cada ação. Pois é dessa estratégia que depende muito o sucesso da ação”.Existe, contudo, uma regra de ouro que é “não podemos prometer aos automobilistas o que não se podemos cumprir”, refere a mesma responsável, dizendo que “só conhecendo bem o que a oficina pode fazer é que podemos desenhar uma ação que seja o mais certeira possível”.Ana Xavier revela ainda que depois de captar o cliente, “a oficina tem que saber como fidelizar o cliente. Não se deve investir dinheiro para os captar se depois não se continuar a investir para os fidelizar. No fundo, o Go Outdoor é a primeira etapa num processo de relacionamento com o cliente, tendo depois a Moonlight e a Polivalor outras ferramentas para fidelizar os clientes”.

portáteis), à contratação dos profissionais que colocam a bolsa de plástico nos automóveis (que têm formação específica nesta atividade), bem como a produção dos próprios materiais (bolsas de plástico e folha da campanha).Para concuir, refira-se que cada ação pode ser desenvolvida durante um período de tempo ou chegando a um determinado número de carros previamente definidos. O maior ou menor sucesso das ações realizadas com o Go Outdoor depende também da região geográfica onde são feitas estas ações.

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3 ESPECIALISTA

Solutions4yb. Nova ferramenta de peças para retalhistasAplicações B2B e B2C têm sido temas frequentes nas páginas da TURBO OFICINA, fruto da crescente necessidade do mercado das peças e dos pneus nas vendas online. É neste negócio que opera a Solutions4yb que propõe uma novíssima aplicação na área das peças, tendo como alvo os retalhistas de peças.

TEXTO PAULO HOMEM

Luís Miguel Santos é mais um empresário que em boa hora veio de outras áreas de negócio que nada tinham a ver com automóveis ou com peças. A sua

forte especialização no desenvolvimento e implementação de soluções informáticas (trabalhando em empresas e em projetos de grande relevo) e a amizade pessoal que o liga a um operador de peças, trouxe este empresário para o negócio da soluções B2B através das plataformas que a Solutions4yb (Solutions for your business) disponibiliza ao mercado: s4yb Parts e s4yb Do-it.

B2B S4YB PARTSGenericamente, a solução B2B s4yb Parts permite a consulta de peças de substituição

para todo o tipo de veículos automóveis e como efetuar a encomenda dessas peças com a vantagem de registar as mesmas em tempo real no ERP da própria empresa.Tecnologicamente a solução encontrada também não poderia ser mais simples, já que o software desta plataforma está assente num plugin desenhado para estar integrado com o “wordpress”, sendo por isso de fácil instalação e configuração. Para poder aceder à informação sobre as peças de aftermarket, o software s4yb Parts consulta (via webservices) o TecDoc, que neste setor de atividade não necessita de grandes apresentações, pois é a maior base de dados de peças aftermarket do mercado.No s4yb Parts o retalhista ou a oficina pode identificar os veículos pela matricula, número de quadro ou por escolha de marca, modelo e versão. Existe também a possibilidade de efetuar equivalências de peças, visualizar imagens das peças e o stock, além da sua disponibilidade, em tempo real.

B2B S4YB DO-ITAinda em desenvolvimento está a solução s4yb Do-it. Contudo, a solução tecnológica

é semelhante à do s4yb Parts, isto é, a aplicação consulta via webservices a base de dados TecRMI tendo assim acesso a informação técnica (dados técnicos, manuais, orçamentos, planos de

CONTACTOSSOLUTIONS4YB

DIRETOR GERAL LUÍS MIGUEL SANTOS

TELEFONE 913 776 560

E.MAIL [email protected]

WEBSITE http://solutions4yb.com

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manutenção, boletins de serviço, tempos de reparação, diagramas elétricos, dados de pneus, entre outras).Sobretudo as oficinas terão, assim, acesso a informação técnica de grande relevo, que

permite, por um lado, diagnosticar e resolver problemas num automóvel, por outro, ajudar na elaboração de um orçamento.Facilmente se compreende, desta forma, as vantagens que qualquer retalhista (mesmo na área dos pneus) terá em poder “oferecer” aos seus clientes oficinais este tipo de soluções.

AQUISIÇÃOSendo a Tips4y representante em Portugal do TecDoc, qualquer cliente deve adquirir as licenças do TecDoc e do TecRMI (existem pacotes de utilizadores em função das necessidades). A Solutions4yb comercializa apenas a aplicação que desenvolveu, customizando-a em função das necessidades do cliente (e das marcas de peças que vende) e do website do cliente.Existe um valor fixo de entrada e uma avença mensal, proporcionando a Solutions4yb atualizações trimestrais, pelo menos durante um ano.Refira-se que os técnicos da empresa são certificados pela MCP (Microsoft Certified Professional) e MCTS (Microsoft Certified Technology Specialist), sendo a própria empresa um Microsoft Partner.

VIDEOS DO YOUTUBE DEMONSTRAM SIMPLICIDADE DA S4YB PARTSA demonstração real do s4yb Parts é eloquente quanto à simplicidade de operação que esta plataforma tem, como a TURBO OFICINA teve oportunidade de verificar.Para que qualquer retalhista ou oficina pudesse ter acesso rápido às funcionalidades desta aplicação, a empresa criou um canal no youtube, onde existem diversos vídeos que demonstram a simplicidade de operação.Dessa forma, basta ir ao site do youtube em www.youtube.com e colocar na pesquisa a palvara “solutions4yb” para ter acesso aos vídeos de demonstração.

O que mais se destaca no s4yb?A aplicação tem três áreas distintas, que são a consulta por matrículas, as equivalências e o TecRMI. Através da matrícula do carro, entro na aplicação que está no retalhista de peças, de modo a escolher as peças que são precisas, orçamentá-las e encomendar as mesmas. Tudo em poucos clicks, com rapidez enorme e segurança.

Basta ter um computador para se aceder ao s4yb?A solução s4yb Parts foi desenhada de modo a ser de fácil acesso e utilização. Trata-se de uma aplicação web, que está online, com um desenho muito simples e intuitivo para ser fácil de usar. A tecnologia com que foi desenvolvido permite que se possa usar tanto através de um computador, como num tablet (iPad ou android) ou em qualquer smartphone.

A quem se destinam estas aplicações?Em primeiro lugar aos retalhistas de peças que, assim, através do s4yb, podem dar mais serviço aos seus clientes que são as oficinais. Funciona também como uma ferramenta de fidelização.As oficinas podem usar esta aplicação para mostrar ao cliente final, dando-lhes logo um orçamento e, a partir dele, pode-se logo encomendar as peças ao retalhista.É também uma excelente ferramenta de vendas para o comercial do retalhista que visita as oficinas, que no momento pode fazer a encomenda.

Quais são as principais vantagens?São várias. A qualidade da base de dados é uma delas. Basta dizer que o fornecedor é o TecDoc que reúne todos os fabricantes de peças. Depois a facilidade de obter a informação e fazer a consulta ou encomenda, além da possibilidade de se poder adequar a vários ERP´s.

“EM POUCOS CLICKS” LUÍS MIGUEL SANTOS

SOLUTIONS4YB

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dossierd

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Vouchers. Vantagens e riscos para a oficinaPioneiras na utilização de uma ferramenta que conjuga o e-commerce com o marketing digital, as redes Eco-Oficina, Feuvert e Gocarmat já não vivem sem os cupões de descontos. Saiba o que as levou a enveredar por este caminho e as obrigações associadas a quem opta por este modelo de negócio.

TEXTOS ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES

Nos dias que correm ausentar-se da internet é estar ausente do mundo. Qualquer empresa que se preze necessita forçosamente de ter uma

presença online, por mais tímida que esta seja, de modo a não cair no esquecimento. Não só porque as gerações mais velhas começam a adaptar-se ao mundo moderno, mas sobretudo porque é assim que os novos consumidores interagem, comunicam e se movimentam.

GRANDE CELEUMAO mercado online transfigurou-se nos últimos anos e o mesmo aconteceu com os portugueses, cada vez mais rendidos às maravilhas do comércio eletrónico e aos diversos sites repletos de “pechinchas” que entretanto foram surgindo para colmatar os efeitos da crise. De hotéis a restaurantes, os vouchers ou cupões de descontos paulatinamente chegaram ao mercado automóvel. Primeiro, com lavagens automáticas. Depois, com revisões oficiais, trocas de filtros e carregamento de ar condicionado e mudanças de óleo. Tudo a preços de fazer cair o queixo, com descontos de 50 a 60 por cento sobre o valor original. Se

não conhece este mercado, provavelmente perdeu algum tempo a questionar-se “como é possível?” ou a afirmar categoricamente “não acredito que consigam qualquer tipo de rentabilidade”. E terá tido razão. Em produtos ou serviços cujas margens são já “esmifradas” ao máximo, dificilmente se ganha dinheiro com este tipo de estratégia. Mas se deixar de se centrar no desconto praticado e focar-se antes na enorme visibilidade que a sua empresa, produto ou serviço recebe de cada vez que é destacada numa das newsletters do descontos.pt, da goodlife.pt ou da letsbonus.com, vai ver que pagar para aceder à base de dados de três dos portais mais famosos a nível nacional, cada um com mais de um milhão

de subscritores diários, é capaz de ser uma excelente forma de atrair clientes, fidelizá-los e vender-lhes mais produtos e serviços, no momento da visita ou numa ocasião futura.“Este tipo de produto quando é apresentado causa um grande celeuma porque as pessoas só vêem o que está à vista. Se vamos fazer uma campanha de mudança de óleo, não ganhamos dinheiro, se vamos fazer outra de ar condicionado estamos inclusive a perder dinheiro. Uns irão sempre ver isto como um custo e outros como um investimento. E este é o primeiro de todos os outros passos que irão seguir-se em marketing digital”, explica Pedro Rosado, o homem à frente dos destinos do Grupo Ebi Automotive — o mesmo que, por sua vez, detém as redes Eco-Oficina, Car Paint, Electric Auto, Pneu Rapid e Xenum Auto Center. Apesar de os portais não rejeitarem, em teoria, nenhuma empresa que queira entrar no negócio dos cupões de descontos, Pedro acredita que quem olhou para as potencialidades deste mercado há mais tempo tem uma vantagem sobre a concorrência. Diz ainda que, pela sua cobertura geográfica e pontos de venda, as redes são mais

“POR VEZES HÁ A PERCEÇÃO DE QUE O CLIENTE VOUCHER É UM CLIENTE MENOR E NÓS NÃO FAZEMOS DE TODO ISSO. PARA NÓS É UM CLIENTE COMO OUTRO QUALQUER”

MANUEL SOUSA, CEO DA GOCARMAT

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40 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

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atrativas para estes operadores e que a visão empresarial é determinante para quem quer investir nesta estratégia. Afinal, nem todos estão preparados para perder dinheiro: “Requer uma visão que não é comum no setor empresarial e muito menos no ramo oficinal porque tem de se fazer como o português antigo: deixar de navegar à vista e arriscar. Ver mais além. É preciso compreender a noção de produto catapulta, que serve para fidelizar e alavancar a venda de outros bens e serviços, mesmo que se perca dinheiro inicialmente”. Uma ideia partilhada por Nuno Figueiredo, Product Manager da Feu Vert Portugal: “Acredito, sem dúvida, que as redes podem e devem aproveitar este tipo de ações fruto também da sua cobertura geográfica, ao invés de uma única oficina, em Lisboa ou no Porto, que de alguma forma está a limitar o seu target e o interesse do parceiro tecnológico”.

CUSTO/BENEFÍCIONão há dúvida que a dimensão das redes acaba por ser um grande atrativo para os operadores de compras coletivas com descontos na internet. Mas isso não significa que estas empresas menosprezem os “players” mais pequenos. Para Vitor Rodrigues, diretor comercial do descontos.pt, o seu portal “é útil tanto para quem tem uma rede, como para quem só tem uma oficina”, porque este acaba por ser o meio mais económico possível de angariação de clientes, com uma excelente

relação custo/benefício: “Os nossos parceiros fazem publicidade ao seu espaço para centenas de milhares de pessoas, a custo zero, porque a nossa comissão é em função das vendas, não é em função de cliques na proposta ou número de visualizações do nosso site ou newsletter. Há pessoas que até podem não precisar de uma revisão e que não compram no momento o produto, mas que, ainda assim, ficam com a marca na cabeça. E daqui a uns meses, quando tiver essa necessidade, terá duas hipóteses: ou vem ao nosso site ver se encontra uma proposta semelhante daquela oficina ou lembra-se que aquela oficina tem boas

propostas e entra diretamente em contacto com ela sem passar por nós”.Há quem defenda que a dimensão não é um problema, mas ter muitos pontos de venda também pode não ser suficiente para singrar neste mercado. Miguel Sousa, CEO da Gocarmat, afirma que “este é um negócio que obviamente tem muito mais interesse quando existe uma oferta nacional com presença em Lisboa e no Porto”, mas cujo élan é maior quando não existem franchisados — precisamente o caso da empresa que lidera. O contrário, refere, não é viável: “Além de terem de pagar royalties à casa mãe têm também de sustentar este custo. Vejo muito difícil convencê-los a apresentar preços-canhão com margens muito pequenas”, salienta.Com uma estrutura de negócio semelhante, Pedro Rosado conta maravilhas da sua experiência, apesar de praticar semanalmente descontos de 30 a 50 por cento em produtos comercializados pelas suas redes de oficinas: “Felizmente não tivemos nenhum caso de oficinas que, ao arriscarem, tenham perdido uma quantidade de dinheiro tão grande que não se pudessem aguentar. Ou seja, que sofressem uma consequência grave dessa ousadia. O inverso sim. De facto, casas que experimentaram, ou por estarem bem localizadas, ou por haver uma maior população recetiva a este tipo de negócio, mais ativa, mais ligada à internet, só beneficiaram com esta estratégia”, explica. O motivo? O

“O QUE NÓS OFERECEMOS AO PARCEIRO SÃO CLIENTES QUE CHEGAM À PORTA DELE. A PARTIR DO MOMENTO EM QUE O CLIENTE ENTRA NA PORTA DO PARCEIRO, ESTE CAPTA O CLIENTE DA MELHOR MANEIRA PARA QUE POSSA REGRESSAR NO FUTURO. É ESSE O SEU INTUITO”

ANDREIA TEIXEIRA, GOODLIFE

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facto de o marketing digital permitir-lhes entrar “em casa das pessoas com permissão delas, no seu sofá, no conforto do seu lar, enquanto elas, com calma, escolhem o melhor produto ao melhor preço. É fácil imaginar que a loja concorrente que não oferecer este conforto e ainda por cima esta vantagem financeira está em desvantagem, sendo uma questão de tempo até a sua rentabilidade desaparecer”. Uma opinião corroborada por Andreia Teixeira, da goodlife.com: “O que nós oferecemos ao parceiro são clientes que chegam à porta dele. A partir do momento em que o cliente entra na porta do parceiro, este capta o cliente da melhor maneira para que possa regressar no futuro. É esse o seu intuito”.

RISCO DA BANALIZAÇÃOA investir neste mercado “desde 2011” e com resultados muito satisfatórios desde então, Pedro Rosado e Miguel Sousa deixaram de olhar para os meios tradicionais da mesma forma, redirecionando entre “90 a 95 por cento” do seu investimento em comunicação para o marketing digital e a proliferação de campanhas de descontos ao longo de todo o ano. Uma opção que se explica pela relação custo/benefício (“uma vez vendemos 200 painéis de pintura em pouco mais de dois dias, faturando cerca de 18 mil euros com um investimento de 500 euros”, conta Pedro Rosado), mas que não é partilhada pelo gestor de produto da Feu Vert Nuno Figueiredo, cuja empresa realizou apenas, em 2014, uma campanha com cupões de desconto entre Maio e Julho deste ano: “Achamos que este tipo de ações são importantes obviamente para dar

notoriedade à marca, mas que não podem ser efetuados durante todo o ano. Ao fazê-lo deixa de haver o tal impacto de oportunidade de desconto para tornar-se em algo banal. Nós queremos que o cliente interprete a nossa oferta como uma oportunidade e daí não estarmos presentes todos os meses por forma a não banalizar aquilo que é, por um lado, a promoção, e, por outro, um canal de comunicação”, afirma. Para Nuno

“NÃO COBRAMOS NENHUM VALOR PELA CRIAÇÃO DA CAMPANHA, PELO ENVIO DA NEWSLETTER OU PELA DIVULGAÇÃO DO QUE FAZEMOS NO FACEBOOK OU NO NOSSO SITE”

MANUEL LIMA, DIRETOR COMERCIAL LETSBONUS

“UMA VEZ VENDEMOS 200 PAINÉIS DE PINTURA EM POUCO MAIS DE DOIS DIAS, FATURANDO CERCA DE 18 MIL EUROS COM UM INVESTIMENTO DE 500 EUROS”

PEDRO ROSADO, DIRETOR GRUPO EBI AUTOMOTIVE

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42 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

d dossier

Figueiredo, “o canal tradicional mantém-se como o mais importante e não desaparecerá no futuro” porque o contacto com o cliente continua a ser muito importante e não se pode perder: “O cliente muitas vezes sente necessidade de aconselhamento e o canal tradicional continua a ser a melhor forma de nos relacionarmos com ele. Obviamente que a era digital está cada vez a ganhar mais importância, mas acho que ainda falta muito para que possa monopolizar todo o negócio”, acrescenta. Já Miguel Sousa acredita que, de futuro, tudo passará por aqui: “Fizemos alguma coisa nos jornais e na televisão, mas o retorno foi muito baixo. Achamos que o caminho é este e até já oferecemos no nosso próprio site cupões de desconto”.

DEVERES E OBRIGAÇÕESA grande maioria dos operadores de compras coletivas com descontos na internet opera da mesma forma. “Após um primeiro contacto, seja pelos próprios representantes comerciais, seja pelos interessados em formar parceria, é delineada uma estratégia que pode passar por uma única campanha ou por um leque variado de ações de marketing a serem introduzidas ao longo do tempo. O parceiro é que define o que quer fazer, cabendo-nos a missão de aconselhá-lo em todo o processo”, refere Manuel Lima, diretor comercial da LetsBonus. Os preços de cada serviço à venda

“ACHAMOS QUE ESTE TIPO DE AÇÕES SÃO IMPORTANTES, OBVIAMENTE, PARA DAR NOTORIEDADE À MARCA, MAS NÃO PODEM SER EFETUADOS DURANTE TODO O ANO”

NUNO FIGUEIREDO, GESTOR DE PRODUTO FEU VERT

nestes sites apresentam sempre um desconto elevado para potenciar a venda, cabendo depois à entidade que o promove no site e o dá a conhecer uma parcela desse montante. É o site que recebe a transação, entregando depois o remanescente (por exemplo, 30 por cento do valor em promoção) ao parceiro/rede/oficina. “Nós é que pagamos às empresas. O cliente paga-nos a nós e de acordo com os clientes que forem às oficinas estas [oficinas] redimem um cupão num backoffice e nós pagamos-lhes uma remuneração por cada cliente”, explica Andreia Teixeira, da Goodlife. “Nós não cobramos nenhum valor pela criação da campanha, nem pelo envio da newsletter, nem pela divulgação que fazemos no facebook ou

no nosso site. O que fazemos, sim, é acordar uma comissão de cada venda, recebendo uma percentagem desse valor. Além do desconto, que imaginemos, pode ser de 50 euros, há depois uma parte do valor final que fica para nós. O cliente compra connosco e nós transferimos o remanescente já sem a nossa comissão para a conta do parceiro”, esclarece Manuel Lima.Se o Grupo Ebi Automotive teve necessidade de reforçar a equipa e garantir um serviço de call center próprio, tanto a Feu Vert como a Gocarmat confirmaram-nos que mantiveram a mesma estrutura de marketing e comunicação, com os quadros até aqui existentes a lidarem com estas parcerias. Na opinião de Miguel Sousa, tal explica-se porque os portais fazem quase tudo: “Toda a parte da comunicação e do marketing é feita praticamente por eles, com o nosso acordo obviamente e com as dicas da nossa empresa de comunicação. Mas 90 por cento é feito por eles. Depois estamos associados a vários portais, o que se traduz em comunicação à borla para muita gente, numa média diária de 4 milhões de newsletters por dia. E mais uma vez não pagamos nada por isso. A nossa notoriedade cresceu brutalmente sem gastarmos diretamente m tostão. É claro que há um custo, indireto, que é a percentagem que cedemos por cada venda, mas o saldo final acaba por ser muito positivo”. Ainda assim,

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“OS NOSSOS PARCEIROS FAZEM PUBLICIDADE AO SEU ESPAÇO PARA CENTENAS DE MILHARES DE PESSOAS, A CUSTO ZERO, PORQUE A NOSSA COMISSÃO É EM FUNÇÃO DAS VENDAS, NÃO É EM FUNÇÃO DE CLIQUES NA PROPOSTA OU NÚMERO DE VISUALIZAÇÕES DO NOSSO SITE OU NEWSLETTER”

VITOR RODRIGUES, DIRETOR COMERCIAL DESCONTOS

Manuel Sousa deixa um aviso: “Por vezes há a percepção de que o cliente voucher é um cliente menor e nós de todo não fazemos isso. Para nós é um cliente como outro qualquer. Depois, não podemos enganar o cliente. Os nossos vouchers são muito claros no que dizem. Não há letras pequeninas nem

artimanhas. E por fim, evitar ao máximo as reclamações. A Gocarmat tem um nível de reclamações de 1 por cento, nem chega. É completamente ínfimo e é por isso que a maior parte dos operadores gosta de trabalhar connosco. Porque não tem reclamações praticamente. É preciso ser honesto e dar

valor a este produto. É inequívoco que é extramamente importante porque os clientes entram na oficina e se nós tivermos a capacidade de fidelizá-los eles se calhar voltam sem voucher e para coisas muito mais elaboradas quando têm problemas nos seus carros”.

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2

Mercedes Vito. Trabalhar sem limites A nova Vito é uma ótima aliada de quem trabalha todos os dias ao volante. Confortável, despachada, flexível e com soluções que se adaptam a todos os requisitos.

RAIO X4

TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO

Éum dos nomes mais sonantes quando se fala em comerciais ligeiros. É o ponta-de-lança da Mercedes, que agora chega numa nova geração.

A evolução é notória, bem para além da estética mais moderna e que vai ao encontro dos últimos desenvolvimentos de design da marca alemã. Quem ganha é quem faz milhares de quilómetros ao volante por ano.O lugar de quem conduz tem bancos mais confortáveis, com mais apoio e mais regulações. Os espaços de arrumação não são tão generosos como noutros concorrentes mas são em grande número. No painel de instrumentos, encontramos alguns dos indicadores das mais-valias do equipamento do novo Vito: a segurança, tanto ativa como passiva. Afinal, esta é uma das imagens de marca da Mercedes.

De série, o modelo alemão conta com controlo de estabilidade (ESP) que acima dos 80 km/h ativa o sistema destinado a minimizar os efeitos das rajadas de vento laterais, particularmente confortável num veículo com estas dimensões. Além do controlo de anti-patinagem (ASR) está disponível também o alerta a quem conduz quando há sinais de fadiga (Attention Assist), o que aumenta significativamente a segurança de quem passa muitas horas na estrada.Depois, em opção, existem vários sistemas de segurança e conforto que elevam a fasquia no segmento. Sensor de ângulo morto, cruise control, controlo de pressão dos pneus, aviso de colisão, assistente de faixa de rodagem, câmara traseira de estacionamento, ar condicionado automático, navegação ou caixa automática são alguns dos itens disponíveis na lista de equipamentos opcionais.

ESPAÇO DE CARGANas dimensões exteriores e com duas distâncias entre-eixos , os três comprimentos aumentaram (+ 140 mm) face ao anterior modelo, mediante uma frente mais afilada, a conceder dois benefícios: melhores proteção aos peões e coeficiente aerodinâmico. No caso desta versão standard, a Vito conta com 5,1 metros de comprimento, 2,2 de largura e 1,9 de altura. As manobras são fáceis e os sensores de estacionamento são um bom investimento. Quanto ao compartimento de carga, está disponível nesta versão standard, 2,83 m de comprimento, 1,68 de largura e 1,39 de altura. A caixa de carga oferece 4,38 m2 de superfície de carga máxima (4,76 m2 na versão longa e 3,97 m2 na versão compacta). O espaço disponível permite carregar

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 45

até três europaletes (através da porta de correr do lado direito, estando disponível em opção uma porta semelhante do lado esquerdo) e, para sujeitar melhor a carga, o piso conta com olhais de amarração. Com 3,2 toneladas de peso máximo autorizado, consegue transportar até 1369 kg de carga.

FICHA TÉCNICA MERCEDES VITO STANDARD 114 CDI PREÇO: 30 931€

DIMENSÕES C/L/A: 5,1 M; 2,2 M; 1,9 M

CARGA: 1369 KG

VOLUME ÚTIL: 6,3 M3

MOTOR: 2,1 CDI 136 CV

BINÁRIO: 330 NM ENTRE 1200 E 2400 RPM

CONSUMO: 6,5 L/100 KM (171 G/KM)

VELOCIDADE MÁXIMA: N.D.

Na volumetria de carga a versão standard disponibiliza 6,3 m3.O único ponto que pode dificultar o trabalho, especialmente em cidade, é o portão traseiro, que precisa de mais espaço para abrir e é mais pesado. Porém, é possível escolher a tradicional opção de portas traseiras de dois batentes.

MOTOR DESPACHADOA nova Vito está disponível com cinco motores diferentes. A entrada de gama faz-se com o 1.6 diesel com origem na aliança Daimler-Renault, os únicos com tração dianteira, com variantes de 88 (109 CDI) e 114 CV (111 CDI). Seguem-se as versões com os bem conhecidos motores Mercedes, de 2,1 litros, com 136 CV (114 CDI), 163 CV (116 CDI) e 190 CV (119 BlueTEC). A unidade ensaiada tinha o motor intermédio,

O novo Vito é mais versátil e um bom aliado para o dia-a-dia. O espaço de carga é facilmente aproveitável através das portas generosas (apesar de atrás ser mais conveniente escolher a versão com portas de dois batentes. O interior é sóbrio, com espaços de arrumação variados e oferece todos os confortos que os veículos mais luxuosos também podem ter

de 136 CV. Muito despachado, este motor de quatro cilindros desenvolve o seu binário máximo de 330 Nm logo na gama de rotações baixas, entre os 1.200 e 2.400 rpm, o que ajuda a conter os consumos com uma boa gestão da condução. Este motor conta com injeção direta eletrónica Common Rail e sobrealimentação com dois turbos. Por meio de um catalisador de oxidação e um filtro de partículas diesel, o motor cumpre a norma de emissões Euro 5b+ Gr. III. Os consumos anunciados pela Mercedes para este motor são de 6,5 l/100 km, um valor que é possível de atingir sem carga. Mesmo com alguns abusos que o motor permite o valor fica abaixo dos 8 l/100 km. Quanto ao preço a pagar por esta Vito standard, com motor 114 CDI e caixa manual de seis velocidades é de 30.931 euros (mais IVA).

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46 TURBO OFICINA | JANEIRO 2014

24 RAIO X

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48 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

U ma das ferramentas importantes para analisar o mercado automóvel é o resultado das inspeções periódicas obrigatórias. Os dados referentes

ao ano de 2013, compilados pelo IMT, foram divulgados e além de mostrarem o que se passou nesse ano, fazem também a comparação com os anos anteriores. É importante tirar conclusões e há dados que são importantes tanto para as marcas, como para as oficinas, em especial no que diz respeito às principais causas para a reprovação de veículos e a sua evolução ao longo dos últimos cinco anos. Um dos indicadores mostra que, em 2013, o número de inspeções realizadas foi o mais baixo desde 2009 - no total, 5,602.955. Mas nos últimos cinco anos nunca a taxa de

IPO. Taxa de reprovação desce em 2013Este é um dos dados do relatório das inspeções automóveis divulgado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) a que a TURBO OFICINA teve acesso. Divulgamos os principais indicadores.

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

RADAR5

reprovação foi tão baixa (12,06%), sendo que em 2009 essa taxa era de 17,51%, o que mostra a elevada redução das reprovações. Se olharmos por categoria de veículo, os ligeiros são os que têm a menor taxa (11,59%), enquanto os pesados de mercadorias são os veículos que mais chumbam (15,20%). Um valor preocupante é também o que se passa com os pesados de passageiros, uma vez que transportam centenas de passageiros e que apresentam uma taxa de reprovação de 12,54%. No que diz respeito às principais causas de reprovação em 2013, nos ligeiros de passageiros as luzes e equipamentos elétricos foram responsáveis pelo maior número de selos vermelhos (23,55%), seguidos por problemas na suspensão e pneus (19,80%)

e pelo escape e ruídos (16,99%). Já nos comerciais ligeiros a principal causa de reprovação foram também as luzes e equipamento elétrico (24,22%). Nos pesados de passageiros o principal problema está ligado aos travões (25,82%), nos pesados de mercadorias o maior problema está nas luzes e equipamentos (30,31%) e nos reboques e semirreboques o principal motivo de chumbo são os travões (42,81%). Analisando a evolução nos últimos anos vemos, por exemplo, que os problemas com travões têm diminuído, em sentido oposto ao que tem acontecido com direção, suspensão e pneus e escape. Veja os gráficos que mostram alguns dos principais indicadores referentes ao ano de 2013 e também aos últimos cinco.

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 49

CATEGORIA 2009 2010 2011 2012 2013

Insp. Tx. Rep. Insp. Tx. Rep. Insp. Tx. Rep. Insp. Tx. Rep. Insp. Tx. Rep.

Ligeiros 5.271.569 17,28% 5.339.634 15,85% 5.374.685 14,64% 5.395.886 13,20% 5.399.432 11,95%

Pesados 253.461 21,09% 240.275 19,29% 233.312 17,61% 216.092 15,94% 146.200 14,73%

Reboques 95.664 20,42% 93.048 18,93% 93.049 17,23% 87.676 15,61% 57.323 14,88%

EVOLUÇÃO TAXA DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO

ANO INSPEÇÕES APROVADOS REPROVADOS TX. REP.

2009 5.620.694 4.636.592 984.102 17,51%

2010 5.672.957 4.762.576 910.381 16,05%

2011 5.701.046 4.857.013 844.033 14,80%

2012 5.699.654 4.939.081 760.573 13,34%

2013 5.602.955 4.927.475 675.480 12,06%

EVOLUÇÃO DO TOTAL NACIONAL APROVADOS / REPROVADOS

2009

TAXA

DE

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6 000 000

5 000 000

4 000 000

3 000 000

2 000 000

1 000 000

02010 2011 2012 2013

APROVADOS

REPROVADOS

EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPROVAÇÃO TOTAL NACIONAL

2009 2010 2011 2012 2013

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16,05%

14,80%

13,34%

12,06%

INSPEÇÕES E REINSPEÇÕES POR DISTRITO E CATEGORIA EM 2013

DISTRITOS LIGEIROS LIGEIROS PESADOS PESADOS REBOQUES

PASSAGEIROS MERCADORIAS PASSAGEIROS MERCADORIAS E SEMI-REBOQUES

E OUTROS E OUTROS

Aveiro 293.592 117.644 1.051 9.046 4.806

Beja 50.261 29.142 300 1.755 602

Braga 349.591 131.450 2.413 8.176 3.116

Bragança 56.427 38.727 534 2.371 682

Castelo Branco 80.780 41.653 608 2.956 1.183

Coimbra 184.956 73.629 1.453 6.813 4.053

Évora 68.015 32.591 380 2.329 832

Faro 213.770 73.311 1.338 4.867 1.122

Guarda 66.811 35.834 479 2.845 1.167

Leiria 241.658 112.858 1.162 16.238 8.607

Lisboa 832.741 191.595 5.789 17.869 8.299

Portalegre 43.311 20.201 280 1.532 755

Porto 705.425 220.548 4.825 1 8.870 9.686

Santarém 182.881 85.584 902 8.534 5.018

Setúbal 314.249 82.969 2.218 6.006 2.788

Viana do Castelo 106.699 34.728 785 2.550 951

Vila Real 63.410 30.490 553 1.887 608

Viseu 136.202 55.699 887 5.599 3.048

TOTAL 3.990.779 1.408.653 25.957 120.243 57.323

2013

CATEGORIA DE VEÍCULO INSPEÇÕES REPROVAÇÕES TAXA DE REPROVAÇÃO

Ligeiros Passageiros 3.990.779 462.470 11,59%

Ligeiros Mercadorias e Outros 1.408.653 182.947 12,99%

Pesados Passageiros 25.957 3.254 12,54%

Pesados Mercadorias e Outros 120.243 18.278 15,20%

Reboques e Semi-Reboques 57.323 8.531 14,88%

TAXA DE REPROVAÇÃO PARA CADA CATEGORIA DE VEÍCULO 2013

68.47

27.08

1.26

2.71

0.48

LIGEIROS PASSAGEIROS

LIGEIROS MERCADORIAS E OUTROS

PESADOS PASSAGEIROS

PESADOS MERCADORIAS E OUTROS

REBOQUES E SEMI-REBOQUES

2009 2010 2011 2012 2013

TAXA

DE

REPR

OVAÇ

ÃO

Ano 8 LIGEIROS

PESADOS

REBOQUES

25%

20%

15%

10%

5%

0%

EVOLUÇÃO TAXA DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO

Page 50: Turbo Oficina 32

50 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

TAXA DE REPROVAÇÃO POR DISTRITO E POR CATEGORIA EM 2013

DISTRITOS LIGEIROS LIGEIROS PESADOS PESADOS REBOQUES

PASSAGEIROS MERCADORIAS PASSAGEIROS MERCADORIAS E SEMI-REBOQUES

E OUTROS E OUTROS

Aveiro 11,33 12,55 14,00 15,01 12,05

Beja 14,41 17,79 16,33 19,75 17,61

Braga 11,68 12,23 9,12 15,64 9,95

Bragança 10,54 12,00 15,92 17,57 20,23

Castelo Branco 13,37 16,34 13,84 18,78 16,40

Coimbra 12,04 14,51 10,53 17,93 15,40

Évora 11,92 13,75 8,95 16,34 15,75

Faro 13,90 14,27 14,28 18,14 14,17

Guarda 10,90 13,78 10,23 15,64 15,00

Leiria 11,50 13,16 8,87 17,56 15,71

Lisboa 11,08 11,80 10,90 17,09 15,19

Portalegre 12,07 13,49 15,36 21,54 26,62

Porto 9,97 10,34 12,31 13,14 13,56

Santarém 13,39 15,12 20,24 17,86 15,60

Setúbal 12,19 13,13 14,52 17,59 14,63

Viana do Castelo 11,36 12,45 24,30 17,26 9,15

Vila Real 15,35 16,66 12,84 17,80 17,60

Viseu 12,29 15,57 11,53 19,48 19,78

MÉDIA 11,59% 12,99% 12,53% 16,70% 14,88%

PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA POR CATEGORIA DE VEÍCULO EM 2013

CATEGORIAS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP.ELÉCT. SUSPENSÃO QUADRO E ACESSÓRIOS ESCAPE E RUÍDOS DIVERSOS

Ligeiros Passageiros 6,60% 14,45% 26,64% 14,09% 14,01% 14,98% 9,23%

Ligeiros Mercadorias e Outros 9,20% 13,64% 27,97% 15,65% 14,80% 9,51% 9,22%

Pesados Passageiros 16,27% 14,88% 28,16% 10,10% 10,12% 6,51% 13,96%

Pesados Mercadorias e Outros 13,83% 11,37% 35,47% 10,47% 11,03% 7,52% 10,31%

Reboques e Semi-Reboques 30,82% 0,00% 35,05% 19,87% 9,48% 0,00% 4,78%

25 radar

9.23

6.60 ESCAPE E RUÍDOS

QUADRO E ACESSÓRIOS

TRAVÕES

DIREÇÃO

LUZES E EQUIP.ELÉCT.

SUSPENSÃO

DIVERSOS

LIGEIROS PASSAGEIROS

14.01 14.98

26.6414.45

14.09

9.20

9.22

ESCAPE E RUÍDOS

QUADRO E ACESSÓRIOS

TRAVÕES

DIREÇÃO

LUZES E EQUIP.ELÉCT.

SUSPENSÃO

DIVERSOS

LIGEIROS MERCADORIAS E OUTROS

14.98

9.51

27.97

13.65

15.65

10.12

13.96

ESCAPE E RUÍDOS

QUADRO E ACESSÓRIOS

TRAVÕES

DIREÇÃO

LUZES E EQUIP.ELÉCT.

SUSPENSÃO

DIVERSOS

PESADOS PASSAGEIROS

14.88

6.51

28.16

16.27

10.10

10.3110.47

ESCAPE E RUÍDOS

QUADRO E ACESSÓRIOS

TRAVÕES

DIREÇÃO

LUZES E EQUIP.ELÉCT.

SUSPENSÃO

DIVERSOS

PESADOS MERCADORIAS E OUTROS

11.37

7.52

35.47

13.83

11.03

4.78

35.05

ESCAPE E RUÍDOS

QUADRO E ACESSÓRIOS

TRAVÕES

DIREÇÃO

LUZES E EQUIP.ELÉCT.

SUSPENSÃO

DIVERSOS

LIGEIROS PASSAGEIROS

19.8730.82

0.00

0.00

9.48

Page 51: Turbo Oficina 32

JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 51

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA OBSERVADOS

TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT. SUSPENSÃO E PNEUS QUADRO ESCAPE E RUÍDOS DIVERSOS

2009 9,45% 10,51% 23,87% 12,52% 16,35% 12,44% 14,86%

2010 9,37% 10,95% 24,90% 12,89% 16,15% 12,78% 12,97%

2011 9,29% 11,16% 25,86% 13,02% 15,84% 13,12% 11,71%

2012 9,07% 12,02% 26,89% 13,53% 15,08% 13,05% 10,37%

2013 7,81% 14,00% 27,34% 14,48% 14,10% 13,03% 9,23%

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA POR CATEGORIA DE VEÍCULO

CATEGORIAS TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT. SUSPENSÃO E PNEUS QUADRO ESCAPE E RUÍDOS DIVERSOS

2009

Ligeiros 8,35% 11,64% 26,18% 13,28% 15,70% 13,87% 10,98%

Pesados 15,01% 9,68% 31,96% 11,88% 12,88% 8,12% 10,45%

Reb. & Semi-Reb. 29,68% 0,00% 30,93% 22,05% 11,20% 0,00% 6,13%

Parque 8,98% 11,38% 26,54% 13,33% 15,50% 13,39% 10,89%

2010

Ligeiros 8,39% 12,28% 26,57% 13,55% 15,30% 13,50% 10,42%

Pesados 15,70% 10,26% 32,26% 11,07% 12,31% 7,84% 10,57%

Reb. & Semi-Reb. 32,80% 0,00% 30,56% 20,83% 9,56% 0,00% 6,26%

Parque 9,07% 12,02% 26,89% 13,53% 15,08% 13,05% 10,37%

2011

Ligeiros 8,00% 12,85% 26,94% 13,88% 14,99% 13,56% 9,78%

Pesados 15,15% 10,47% 33,69% 10,88% 11,68% 7,94% 10,19%

Reb. & Semi-Reb. 34,88% 0,00% 30,75% 19,50% 9,18% 0,00% 5,69%

Parque 8,69% 12,57% 27,30% 13,82% 14,76% 13,12% 9,75%

2012

Ligeiros 7,48% 13,57% 26,82% 14,17% 14,51% 13,89% 9,57%

Pesados 14,66% 10,81% 34,00% 10,86% 11,18% 8,46% 10,03%

Reb. & Semi-Reb. 32,08% 0,00% 33,01% 19,71% 9,65% 0,00% 5,55%

Parque 8,11% 13,27% 27,21% 14,10% 14,30% 13,48% 9,53%

2013

Ligeiros 7,38% 14,21% 27,04% 14,56% 14,25% 13,33% 9,23%

Pesados 14,16% 11,84% 34,49% 10,42% 10,91% 7,39% 10,80%

Reb. & Semi-Reb. 30,82% 0,00% 35,05% 19,87% 9,48% 0,00% 4,78%

Parque 7,81% 14,00% 27,34% 14,48% 14,10% 13,03% 9,23%

PRINCIPAIS CAUSAS DE REPROVAÇÃO POR CATEGORIA DE VEÍCULO EM 2013

TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT. SUSPENSÃO E PNEUS QUADRO ESCAPE E RUÍDOS DIVERSOS

Ligeiros Passageiros 11,14% 10,81% 23,55% 19,80% 11,69% 16,99% 6,02%

Ligeiros Mercadorias e Outros 15,54% 11,35% 24,22% 21,38% 13,66% 7,48% 6,36%

Pesados Passageiros 25,82% 9,11% 23,57% 12,77% 9,72% 5,07% 13,95%

Pesados Mercadorias e Outros 21,58% 9,29% 30,31% 12,09% 10,72% 5,25% 10,76%

Reboques e Semi-Reboques 42,81% 0,00% 26,70% 21,27% 7,18% 0,00% 2,03%

EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE REPROVAÇÃO

TRAVÕES DIREÇÃO LUZES E EQUIP. ELÉCT. SUSPENSÃO E PNEUS QUADRO ESCAPE E RUÍDOS DIVERSOS

2009 14,19% 9,32% 24,26% 16,99% 13,98% 13,23% 8,03%

2010 13,90% 9,45% 24,63% 17,34% 13,58% 13,40% 7,69%

2011 14,35% 9,83% 24,49% 17,85% 13,07% 13,25% 7,16%

2012 14,12% 10,19% 24,63% 18,41% 12,70% 13,25% 6,70%

2013 13,20% 10,78% 23,99% 20,01% 12,18% 13,57% 6,26%

EVOLUÇÃO DO TOTAL NACIONAL CERTIFICADOS / NÃO CERTIFICADOS

VEJA O RELATÓRIO COMPLETO NO SITE DA TURBO OFICINA

ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA

2009 26.712 25.065 1.647 6,17%

2010 33.223 31.930 1.293 3,89%

2011 29.822 28.820 1.002 3,36%

2012 17.826 17.211 615 3,45%

2013 22.078 21.560 518 2,35%

INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

2009 27.403 24.547 2.856 10,42%

2010 32.301 29.485 2.816 8,72%

2011 27.114 25.224 1.890 6,97%

2012 29.175 27.632 1.543 5,29%

2013 28.408 27.145 1.263 4,45%

Page 52: Turbo Oficina 32

52 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

É uma das unidades mais inovadoras do Grupo e produz mais de 50% dos sistemas multimédia, ecrãs táteis, head-up displays ou sistemas de realidade aumentada para os construtores automóveis. A inovação passa por aqui.

25 radar

Bosch. O futuro da eletrónica automóvel passa por Braga

Sabia que sistemas avançados como o head-up display da nova geração Mini, o painel de instrumentos do novo Audi TT, do BMW i8 ou do novo Volvo XC90

são desenvolvidos integralmente em Braga? São apenas os exemplos mais mediáticos, mas outros sistemas há a que já nos habituámos, como o sistema multimédia da Nissan

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

presente, por exemplo, no Qashqai ou os sistemas multimédia da Daimler. A internet nos automóveis, os painéis de instrumentos programáveis, as aplicações disponíveis no sistema multimédia, os head-up displays ou a realidade aumentada são conceitos que ouvimos cada vez mais ligados ao automóvel. E mais de 50% dessas

novas tecnologias saem da fábrica de Braga da Bosch para todo o mundo, aplicados nos novos modelos das mais variadas marcas automóveis. A unidade portuguesa é uma das fábricas de alta tecnologia do grupo e a TURBO OFICINA esteve lá, em visita guiada. A unidade de Braga produz os componentes eletrónicos que fazem parte de cada circuito

Page 53: Turbo Oficina 32

JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 53

de cobre, alternados com 8 níveis de fibra de vidro, impregnados com uma resina epóxi. Além deste componente, a fábrica portuguesa monta também placas de circuito impresso populadas, com componentes mais complexos e dupla face. Além da zona da matéria-prima, em Braga existem dois pisos de produção e a zona de

elétrico, que poderão ir desde simples resistências ou condensadores até aos complexos circuitos integrados. Por exemplo, nos últimos 6 meses foram movimentadas 125.245 ordens de material para um total de 6.716 peças diferentes.O passo seguinte é a produção de placas de circuito impresso, compostas por 4 níveis

JOHANNES SOMMERHÄUSER ADMINISTRADOR COMERCIAL BOSCH BRAGA

Reparar sistemas eletrónicos é um negócio com futuro

Uma das consequências da inovação constante, em especial ao nível da eletrónica e dos sistemas de infoentretenimento, é que os sistemas ficam rapidamente obsoletos e recebem upgrades constantes. Isso leva, muitas vezes, a que um sistema que falhe ou tenha uma avaria seja difícil de reparar e, sobretudo, caro. Substituir um sistema que não funcione pode custar até 2000 euros para os mais avançados no mercado. Fruto da análise desta realidade a própria Bosch encontrou um novo negócio nesta área, que é feito num departamento da fábrica de Braga: reparação de aparelhos e sistemas eletrónicos. “A nossa vantagem é que produzimos mais de metade dos sistemas eletrónicos que são usados na Europa e, por isso, temos toda a documentação para reparação dos sistemas, mesmo nos carros mais antigos”, explica o diretor da fábrica, Johannes Sommerhäuser. A juntar à documentação e ao know-how em Braga soa produzidas também as peças, os circuitos e tudo o que é necessário para reparar este tipo de sistemas. As sinergias de um grupo tão forte como a Bosch é que este serviço está disponível, com toda a facilidade, em toda a rede de oficinas Bosch Car Service e Autocrew. Todas as oficinas aderentes têm contacto direto com este departamento da fábrica de Braga, oferecendo um serviço diferenciador e com total garantia para os clientes. Para o diretor da fábrica “esta é também uma forma da fábrica de Braga ter mais protagonismo e também tem ajudado ao crescimento da unidade, garantido um negócio diferente e inovador”. Johannes Sommerhäuser não tem dúvidas de que este “vai ser um negócio enorme no futuro, até porque os carros novos todos usam estes sistemas eletrónicos muito evoluídos e vão precisar de manutenção e reparação dentro de alguns anos. A nossa vantagem é que estamos neste momento a produzir os sistemas mais avançados mas já com a preocupação de ter tudo preparado para quando precisarem de algum tipo de intervenção”. Este será sempre um “negócio complementar”, mas de extrema importância, até para diferenciar as oficinas do grupo das restantes.

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54 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

25 radar

assemblagem final. Na primeira fase, de produção dos componentes a precisão é minuciosa. O componente mais pequeno que é aqui produzido é quase impercetível, já que tem 0,250 mm. Há um supermercado com toda a matéria-prima que é usada, sendo cada componente fixado às placas que passam depois para as linhas de montagem.

QUALIDADE EXEMPLARO processo produtivo é feito em 21 linhas de montagem automatizadas, com uma cadência impressionante. São produzidos quatro milhões de componentes por cada turno, ou seja, 12 milhões por dia de trabalho. A fábrica trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana. Qualquer um dos componentes produzidos em Braga não é reparado. Se há alguma falha na produção são sucatados, explica Carlos Jardim, diretor do departamento de produção. O controlo de qualidade é levado muito a sério e, em Novembro, aconteceram apenas 3 falhas por cada milhão de hipótese de falhas, um valor muito baixo. De um piso para o outro somos levados pelo

O QUE É PRODUZIDO EM BRAGA?

Sensor de ângulo de direçãoEste sensor permite a deteção do ângulo de direção (posição angular do volante), transforma a informação do ângulo num sinal elétrico e fornece esse mesmo sinal para o sistema de estabilidade do veículo (ESP). É um sistema de segurança fundamental nos veículos modernos.

BMW i8 - Painel de instrumentos livremente programável Display de 8.8’’ TFT (1200x480) Vidro frontal laminado Sem ponteiros Altifalante Controlo animado do interface Homem-máquina CAN e MOST como protocolos de comunicação no veículo

Neste projeto a fábrica portuguesa inovou com o desenvolvimento de uma nova tecnologia de fabricação para aumentar o brilho e contraste reduzindo, assim, os reflexos internos em futuras gerações de sistemas de instrumentação.

Audi - Painel de instrumentos livremente programável Display 12.3’’ (1440x540) Gráficos 3D Placa gráfica da NVIDIA CAN, LIN e MOST como protocolos de comunicação Sinais LVDS, FBAS Video IN Altifalante

Para este projeto a fábrica trabalhou na inovação através do desenvolvimento de um equipamento de medição industrial para ambiente de produção para detetar e classificar defeitos de imagem em displays, especialmente pequenos pontos.

BMW / Mini: Head-up Display O Head-up display (HUD) mostra uma imagem virtual a aproximadamente

2m de distância dos olhos do condutor, apresentando informações relevantes tais como navegação e velocidade

Geração de imagem por LED de potência único Unidade com brilho de 10.000 cd/m2

Motor elétrico interno para movimento do vidro de projeçãoA inovação deste projeto passou também pelo desenvolvimento de conceitos robustos para evitar distorções de imagem; desenvolvimento de novos conceitos para futuras gerações de Head-up Displays; e desenvolvimento de métodos de avaliação do ruído do motor do vidro de projeção.

Daimler: Display CentralNTG5 display central de 7” visualização de multimédia e navegação para o Mercedes classe CEste projeto implicou o desenvolvimento de um equipamento de medição industrial para detetar e classificar defeitos em superfícies visíveis, de forma a assegurar a perfeita aparência do produto para os clientes.

Interface Homem Máquina do futuro Modelo de Simulador de Condução (DSM) integrando as últimas

tecnologias e conceitos de interação HMI Plataforma de desenvolvimento de HMI flexível e configurável Demonstração de novos conceitos de interação num ambiente de

condução simulada Plataforma para estudos de experiência do utilizador

A Bosch desenvolveu dois projetos de inovação ligados a este trabalho: desenvolvimento de novos conceitos e funcionalidades de interação por forma a aumentar a conveniência do condutor e diminuir os riscos de distração; e desenvolvimento de Head-up Display para realidade aumentada.

Nissan LCNkai: Sistema de Entretenimento e Informação Display tátil 7.0’’ Smartphone integrado Serviço de informação por radio via satélite (US SXM TravelLink) Mapas e navegação integrada Avançado reconhecimento de voz

Ligado a este projeto a Bosch desenvolveu um conceito de montagem sem parafusos e com novos materiais; com simulação de juntas aparafusadas para garantir a perfeita qualidade do produto; desenvolvimento de teclas de borracha baseado em novos métodos de avaliação.

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 55

maior elevador do país, com capacidade para 88 pessoas e para 6600 kg de carga, que leva os comboios de peças entre os dois pisos. É aqui que se pode ver o resultado final de todo este trabalho, nos vários sistemas produzidos para vários construtores automóveis (ver caixas). Por exemplo, o painel de instrumentos da Audi (já presente no TT mas que será alargado a outros modelos da marca) tem uma produção estimada de 3,5 milhões de unidades em cinco anos. Nesta fábrica trabalha-se com os olhos postos na inovação. É uma ideia bem aceite por todos na unidade de Braga que em 2025 os carros autónomos serão uma realidade. É nisso que já estão a trabalhar, apesar de muitos dos desenvolvimentos estarem ainda no segredo dos deuses. “O caminho está a ser feito mas a tecnologia ainda tem que evoluir, em especial na precisão”, explica Carlos Jardim.

IMPORTÂNCIA CRESCENTENeste momento a fábrica da Bosch está a garantir a internet nos carros, que já fazem parte da própria internet. Tudo o que está

MAIS DE 50% DOS SISTEMAS MULTIMÉDIA SAEM DA FÁBRICA DE BRAGA DA BOSCH PARA TODO O MUNDO, APLICADOS NOS NOVOS MODELOS DOS CONSTRUTORES

hoje no telemóvel vai estar automaticamente disponível no carro. “Hoje ninguém quer estar desligado do mundo só porque está no carro. Vive-se online, e temos que garantir a melhor forma de migrar os sistemas dos telemóveis, trabalhando também com empresas como Apple e Google e, sobretudo, fazê-lo de forma a que não existam distrações ou pondo em causa a segurança na estrada”, diz Carlos Jardim, enquanto mostra as funcionalidades do sistema da Audi e também a novidade que estão a desenvolver para a Daimler, um

ecrã duplo que mostra informação relevante para a condução a quem vai ao volante e entretenimento ao passageiro. A fábrica de Braga da Bosch tem atualmente 1780 colaboradores e, em 2013, teve um volume de vendas de 446 milhões de euros, sendo a Bosch uma das maiores empresas exportadoras do país, uma vez que praticamente todos estes sistemas modulares HMI (Human Machine Interface) seguem para as fáricas dos construtores automóveis de todo o mundo. Até 2015 está previsto um investimento de 19 milhões de euros até 2015 no projeto de I&D em parceria com a Universidade do Minho. O objetivo é tornar esta unidade da Bosch em Braga numa localização com fortes competências de I&D, associadas a um elevado nível de know-how técnico. Os 14 projetos de investigação atualmente em curso vão gerar o registo de, pelo menos, 10 patentes. Já lá vão os tempos dos autorrádios simples, que hoje parecem peças de museu, mas ainda se vêem alguns nas instalações da fábrica que cumpre 25 anos em 2015.

Page 56: Turbo Oficina 32

56 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

25 radar

ESTRUTURA EMPRESARIAL DO SETOR DO COMÉRCIO DE P&A

Empresa por Escalão (%)

2.2%3.8%

25.8%

68.2%

2.2%3.5%

22.58%

71.7 %

2.1%2.7%

21.2%

74,0 %

2.5%3.7%

21.9%

71.9 %

2010 2011 2012 2013

PESO DE CADA ESCALÃO DO SETOR

Volume de negócios

2010 2011 2012 2013

35,9% 36,6% 38,8% 42,3%

14,0%

28,7%

15,0%17,1%

32,2%

12,0%14,8%

31,8%

16,7%

15,5%

33,5%

15,1%

LIQUIDEZ GERAL (%)

Ativo corrente / Passivo corrente

2010 2011 2012 2013

1,4

1,6 1,6 1,6

1,3 1,41,4

1,5 1,5 1,5 1,5

1,91,9 1,91,8

1,7 1,8 1,8

2,0

1,7

ROTAÇÃO DE INVENTÁRIOS

Vendas e serviços prestados / (Inventários + Ativos biológicos)

2010

1,8

2011 2012 2013

3.5

4.1 4 .3

4.6

3.3

1.7

4.3

4.0

4.4

3.3

1.6

4.0 4.1 4.2

1.6

3.4

4.1 4.1

4.5

Uma das grandes bandeiras da Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) da ACAP é estudar, analisar e compilar os dados mais relevantes do setor do pós-venda automóvel em Portugal. Esta divisão vai divulgar publicamente alguns indicadores referentes ao mercado, sendo que o estudo completo está disponível apenas para os associados da ACAP. Os dados revelados pela TURBO OFICINA são referentes ao ano de 2013, mas comparam também com anos anteriores, uma vez que não é o primeiro ano que a ACAP faz este Observatório do Setor. O objetivo é recolher cada vez mais dados e ter uma radiografia cada vez mais completa do mercado, do que vale e dos indicadores que possam ser úteis para todos os players do mercado. Estes dados, da responsabilidade da comissão de serviços e tecnologias de informação, são comentados por Pedro Barros, responsável da Tips4Y e responsável pelo Observatório e membro da DPAI.

Observatório DPAI. O estado do mercado português

72% das empresas são de dimensão reduzida, até 500K€ e representam apenas 15% do negócio total.Mais de metade do negócio total, cerca de 56% está nas mãos de 74 empresas. Esta relação não tem apresentado grandes variações ao longo dos anos, sendo a mesma de 2009.O dinheiro nas empresas e em especial no nosso setor, está em bancos, clientes e existências, uma vez que este negócio exige grandes recursos de capital, por exemplo, em cada 100 euros que vendemos é necessário gastar aprox. 75 em material, pelo que a quantidade de dinheiro necessária para investir neste negócio é muito elevada.

Assim, acompanhar de perto a saúde financeira das empresas é ainda mais importante neste setor.A informação dos slides seguintes representa o estado atual da saúde financeira das empresas neste setor.

Este indicador serviu para compreender que a empresa pode ter potencial, pode até ser rentável, mas se não tiver um nível razoável de dinheiro guardado em caixa ou no banco para pagar as suas despesas correntes ou os investimentos que espera fazer, terá de ser capaz de converter as suas mercadorias ou outros inventários em dinheiro a curto-prazo. Todos os escalões apresentam um dificuldade a este nível. Ideal: 2,1 pontos.

Este rácio procura medir o grau de eficiência com que a empresa faz a sua gestão de existências. Pode-se pensar, por exemplo, nas existências como dinheiro congelado. Assim, vai querer descongelá-lo o maior número de vezes possível.

ESCALÃO A - FATURAÇÃO < 500 000 €

ESCALÃO B - FATURAÇÃO > 500 000 € < 2 000 000 €

ESCALÃO C - FATURAÇÃO > 2 000 000 € < 5 000 000 €

ESCALÃO D - FATURAÇÃO > 5 000 000 €

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PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (dias)

Clientes / Vendas e serviços prestados

2010

90.0

2011 2012 2013

84.8

92.7 95.3

85.691.4

84.8

92.7 91.3 90.3

102.0

88.385.9

90.7 90.9

103.3

85.584.9

85.2

94.2

AUTONOMIA FINANCEIRA (%)

Capital próprio / Ativo* 100

2010

19.9

2011 2012 2013

34.136.5

28.5

39.6

19.8

37.240.0

29.6

43.7

19.3

39.5

47.3

37.0

48.1

21.4

42.544.8

37.8

50.6

Este slide mostra o que de pior a nossa atividade e cultura revelam. Pagar quanto mais tarde melhor, seja por dificuldade ou cultura da empresa. Tendo em conta a mudança de paradigma e a necessidade de capital para as empresas prestarem um bom serviço, o ranking dos melhores clientes é analisado muitas vezes em função dos prazos de pagamento e não apenas do volume de negócio. Não existem grandes melhorias nos últimos anos. A gestão das cobranças é claramente um problema do setor a resolver urgentemente.Ideal: 30 dias

Os rácios financeiros facilitam a otimização da proporção de capitais alheios no financiamento da empresa. Comparando os valores dos rácios financeiros com os de outras empresas do mesmo setor, podemos igualmente averiguar a razoabilidade do nível de endividamento da empresa.

Os rácios de endividamento são indicadores utilizados pelos financiadores ao procurar avaliar o risco de não cumprimento do serviço de dívida por parte das empresas.O rácio de endividamento indica qual o nível em que uma empresa é financiada por capital alheio. Apenas as PME Excelência em 2012 apresentam um nível de financiamento maior em capital próprio que capital alheio.Ideal: máximo 70%

FICHA TÉCNICAEmpresas seleccionadas na CAE 453 (Comércio de Peças e Acessórios para veículos Automóveis) dedicadas exclusivamente ao comércio de peças e acessórios, com contas activas no período em análise e que tenham entregue em 2014 a IES referente a 2013.Os rácios são calculados com base no Balanço e DR consolidados dentro de cada escalão. Obtenha o estudo completo em http://pecasauto.acap.pt/pt/home .

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Gerir entre não ter um grande investimento em stock e ter sempre as peças mais solicitadas disponíveis constituem um grande desafio. Excepto nas empresas do escalão A, a rotação é superior a 3 e mostra uma tendência em crescendo nos últimos anos. Isso são boas notíciasIdeal: superior a 4

O rácio de Autonomia Financeira mede o nível de endividamento da empresa, e permite verificar em que percentagem é que o Ativo de uma empresa está a ser financiado por Capitais Próprios. Deverá ser superior 1/3 , caso contrário a empresa encontra-se numa situação difícil, pois dependerá excessivamente de capitais alheios.O rácio de Autonomia Financeira é um dos mais utilizados pelas instituições bancárias ao apreciarem o risco de uma operação de crédito.À excepção das empresas do escalão A, as empresas demonstram que têm vindo a melhorar a sua capacidade de solvabilidade e apresentam em média valores superiores a 33%.Ideal: maior que 33%

Fonte. ACAP/Informa D&B

ENDIVIDAMENTO (%)

Passivo / Ativo* 100

2010

80.1

2011 2012 2013

65.963.5

71.5

60.4

80.2

62.860.0

70.4

56.3

80.7

60.5

52.7

63.0

51.9

78.6

57.555.2

62.2

49.4

ESCALÃO A

ESCALÃO B

ESCALÃO C

ESCALÃO D

ESCALÃO EXCELÊNCIA

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Este espaço tem como objetivo agregar toda a informação útil dedicada ao setor do pós-venda automóvel, juntando informação de acesso livre e outra apenas para associados.

25 radar

ACAP/DPAI. Novo site é o ponto de encontro para o setor

TEXTO CLÁUDIO DELICADO

A Divisão de Peças e Acessórios Independentes (DPAI) foi a primeira das várias divisões da Associação Automóvel de Portugal (ACAP)

a lançar o seu micro-site. Isso mostra a dinâmica desta divisão, que tem hoje várias comissões que juntam fabricantes, distribuidores e retalhistas de peças e acessórios, fabricantes e retalhistas de pneus, reparação e também a comissão de serviços e tecnologias de informação. “A concretização deste novo projeto vai permitir a todos os associados aceder a informação atualizada sobre a atividade da DPAI, assim como, a notícias, legislação, serviços de apoio ao negócio e estudos de mercado, especificamente dirigidos às empresas do pós-venda independente (IAM)”, explica Joaquim Candeias, presidente da DPAI, que tem assento na Direção da ACAP.

O QUE ENCONTRA NOS MENUS SOBRE NÓS Peso do Setor representado pela DPAI. Missão e objetivos deste órgão. Organização na ACAP das diferentes áreas de negócio abrangidas pela DPAI: comissões representativas dos fabricantes e dos distribuidores. Estas Comissões reportam à Comissão Executiva eleita, na qual estão ainda representados reparadores, retalhistas, assim como o setor dos pneus. MERCADO Complementarmente à estatística produzida regularmente pela ACAP, há mais de 50 anos, reconhecida pelo INE como fonte oficial de informação, a DPAI lançou especificamente para o IAM o Observatório de Atividade do Pós-venda Independente (mercado e indicadores económicos de conjuntura) e dois inquéritos sobre a evolução e previsão do mercado. LEGISLAÇÃO Compilação, atualizada, da principal legislação aplicável à atividade das empresas.

58 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

ACTUALIDADE Assuntos em agenda nas reuniões de trabalho das diferentes Comissões, cuja evolução é disponibilizada aos associados. Resultados de comunicação da DPAI na comunicação social, também compilados para consulta. APOIO AO NEGÓCIO O apoio prestado aos associados, pelos técnicos da ACAP, na gestão diária das suas empresas está à distancia de um telefonema ou e-mail. Principais obrigações das empresas, aconselhamento em áreas técnica, jurídica, económica, socio-laboral, formação, acesso privilegiado a serviços ou produtos de parceiros, ou seja, benefícios da condição de associado ACAP. FAÇA-SE SÓCIO Contactos ACAP para o candidato a associado DPAI. Vantagens exclusivas para as empresas associadas, acessíveis no site através de password e login. A organização do Setor no seio da DPAI, reforça a sua representatividade, o peso da sua ação e posições em defesa do IAM independente.

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HOMEPAGEDestaques de atualidade. Notícias sobre a atividade DPAI, posições públicas em defesa do Setor, campanhas publicitárias para sensibilização da opinião pública, legislação, entre outras.

LINKSFIGIEFA, onde a DPAI está filiada e representada. É a voz do IAM nos centros de decisão europeus para garantia de leal concorrência e acesso ao mercado de reparação por todos os players.Valorpneu, Valorcar e Autoinforma, empresas do Universo ACAP, reesposáveis pela gestão de pneus usados, veículos em fim de vida e Estatística, respetivamente.

As empresas associadas podem aceder à informação a partir de qualquer dispositivo, computador, tablet ou smartphone.

NOVIDADENovas funcionalidades estarão disponíveis brevemente - notificações ao final do dia das atualizações efetuadas pela ACAP, para que não perca a oportunidade da informação e Newsletter com seleção de temas essenciais.

Novidade: novas funcionalidades estarão disponíveis brevemente - notificações ao final do dia das actualizações efectuadas pela ACAP, para que não perca a oportunidade da informação e Newsletter com selecção de temas essências.

JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 59

Além da zona aberta a todos os utilizadores, existe também a área reservada a sócios, onde estarão disponíveis conteúdos reservados e acesso a estudos, estatísticas, parcerias e informação relevante para a atividade diária das empresas do pós-venda automóvel.“O domínio www.pecasauto.acap.pt pretende afirmar-se como uma referência para todos os players do aftermarket independente, assim como, para os públicos-alvo aos quais a DPAI apresentará as suas posições públicas, em defesa e promoção do futuro do Pós-venda Independente”, acrescenta Joaquim Candeias. Brevemente, será ainda lançada a Newsletter da DPAI, na qual serão periodicamente selecionados e divulgados os temas com maior impacto na atividade deste setor. Um dos benefícios que a DPAI disponibiliza aos seus associados é o Observatório do

Setor, um conjunto de estatísticas, dados e indicadores fundamentais para que os players do mercado. Este estudo divulga, anualmente, dados globais do setor do Comércio de Peças e Acessórios, onde se incluem os rácios económico-financeiros, os canais de distribuição e demais indicadores relevantes para esta atividade. Na edição deste ano, foram acrescentados novos indicadores, resultando num estudo cada vez mais completo. Nesta altura, os dados recolhidos em anos anteriores permitem fazer já comparações que mostram tendências de mercado importantes. Podem inscrever-se como sócios da ACAP/DPAI todos os fabricantes, distribuidores, retalhistas, oficinas e prestadores de serviços na área do pós-venda automóvel (como empresas de formação, estudos de mercado, entre outras).

http://pecasauto.acap.pt

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60 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

A ANECRA conseguiu realizar uma enorme proeza no movimento associativo em Portugal ligado ao setor automóvel ao atingir as bodas de prata da sua histórica Convenção Anual.

25 radar

ANECRA. Rumo à inovação

Bem se pode dizer que o tema desta 25ª edição da Convenção Anual da Anecra não poderia ter sido melhor escolhido. De facto, a “Inovação” percorreu o dia

e meio de convenção, destacando-se diversas apresentações que a TURBO OFICINA acompanhou a par e passo.

GOOGLEA Google não pretende construir carros. Desenvolve, porém, uma série de projetos que tendem sobretudo para a redução da sinistralidade, sustentada no digital.Por isso, a tecnologia digital é uma aposta da Google, que atualmente trabalha com 32 marcas de automóveis no desenvolvimento de soluções que permitem, entre outras coisas, incorporar nos veículos a experiência do... telemóvel.“A introdução das tecnologias dos telemóveis - ou as chamadas tecnologias inteligentes - nos

TEXTO PAULO HOMEM

automóveis vão mudar a forma como todos nós vamos interagir com os nossos clientes”, garante Pedro Félix Mendes, que refere que na Google, em jeito de brincadeira, diz-se que a oficina do futuro terá “10 informáticos e um mecânico!”Para o responsável da Google em Portugal, a complexidade das tecnologias que os veículos vão incorporar vai ser de tal ordem que a manutenção de um automóvel “seguirá mais pelo ponto de vista da tecnologia do que pelo ponto de vista da intervenção mecânica como acontece atualmente”.Outra ideia deixada pelo mesmo responsável do Google é que estamos a entrar no mundo dos seis écrans. Quer dizer que para além do desktop (computador), do telemóvel, do tablet, da TV, do infotainment (no automóvel), “vamos também começar a aceder a informação através da tecnologia em relógios, óculos e outros aparelhos, o que irá mudar ainda mais a nossa

relação com a tecnologia”.Temas como a utilização da voz para interagir com a tecnologia e a crescente utilização da robótica para uma infinidade de aplicações, são inovações que, segundo Pedro Félix Mendes, irão entrar no nosso dia-a-dia muito em breve e que nos permitirão relacionar com o automóvel de uma forma completamente diferente da atual.

NEGÓCIONo painel dedicado à inovação no negócio automóvel, António Chícharo, Presidente da Direção da ANECRA, começou por recordar a importância do conhecimento nas empresas e que a eficiência e inovação das mesmas só se obtém no conhecimento das pessoas.Ricardo Oliveira, Diretor de Comunicação da Renault, diz que há lugar à inovação e de que não está tudo inventado. O negócio automóvel, diz o mesmo responsável, “tem

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 61

o privilégio de as pessoas continuarem a vir ter connosco, o que não acontece em muitos outros negócios. Por isso a inovação tem que se traduzir no contacto com as pessoas e na oportunidade que temos para as surpreender e para corresponder às suas expectativas”.Do ponto de vista de uma oficina, Manuel Andrade, gerente da Stop s, diz que “temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para inovarmos. No caso da minha empresa apostei num conceito oficinal, associado a uma marca e tentei inovar trabalhando nesse conceito, efetuando estudos de mercado, apostando na responsabilidade social e no lançamento de novos serviços, entre outras áreas”.Para este responsável a inovação é também ser profissional e “ter uma postura séria no mercado, sem esquecer de pensar um pouco mais à frente sobre o que podemos inovar para captar mais clientes”.No tema dos indicadores de gestão e a sua relação com a inovação, o consultor João Pedro Pereira diz que “a inovação é a capacidade que temos de tornar em tangível o intangível, mas também é ser capaz de fazer aquilo que os outros já não conseguem pegar e fazer algo de diferente”. Sobre isto, João Pedro Pereira, referiu que existem três indicadores muito importantes na gestão oficinal: a taxa de ocupação, a eficiência e o resultado destas duas, que é a produtividade. “Aumentar as horas faturadas é a solução e isso pode-se fazer com inovação, que é algo que também dá trabalho e que normalmente só é avaliado a médio e a longo prazo”, refere este consultor, dizendo ainda que “avaliar a inovação no curto prazo, normalmente é como dar um tiro nos pés”.Alexandre Ferreira, da Direção da ANECRA, abordou neste tema, da inovação no negócio, a internet. Disse este responsável que só vale a pena estar na internet se for de uma forma profissional. A ANECRA, diz este responsável, inovou com o lançamento do Portal do Automóvel (há precisamente um ano), e que o mesmo é uma oportunidade para as empresas do pós-venda, sendo “uma forma de fazer negócio e de angariar clientes. Para a associação foi um projeto para as empresas e é uma revolução”.Reconhecendo que se está na era digital, Ricardo Oliveira, da Renault, diz que “as empresas que não estão na internet não existem. Hoje a internet é muito mais que a televisão e a imprensa, pois é onde as pessoas mais se informam”. De qualquer maneira, o mesmo responsável alerta para “não se subestimar o potencial destrutivo que a presença na internet e nas redes sociais também pode ter”.Sobre o tema da inovação da venda, Ricardo Oliveira refere que “o cliente vai ao concessionário apenas para ser convencido, pois ele já sabe tudo previamente. A inovação estará na forma como vamos convencer o cliente. Mas a melhor ferramenta que temos é

fazer o serviço bem feito, pois assim o cliente poderá regressar”.

ECONOMIA PARALELAA inovação na luta contra a economia paralela foi um dos temas desta Convenção. É um tema ao qual a ANECRA tem dedicado muita atenção e para o qual tem apresentado propostas muito concretas e objetivas, tendo Nuno Rodão, da direção da associação, apresentado as três principais e que já foram objeto de atenção aqui na TURBO OFICINA.

CONCURSO GESTOR DE OFICINA DO ANO 2015A Anecra, juntamente com a Polivalor, lançou na nesta Convenção o “Concurso Gestor de Oficina do Ano 2015”.Trata-se de uma iniciativa que tem por base um potente simulador informático de gestão desenvolvida pela Moonlight, que na prática permite saber a evolução do negócio oficinal em função de determinadas decisões tomadas (pelos concorrentes), sendo avaliadas quatro áreas: peças, mecânica, chapa e pintura.O impacto das decisões de gestão tomadas pelos concorrentes podem ser vistas online, que assim poderão acompanhar o desenvolvimento do negócio da oficina “virtual”.Trata-se de uma iniciativa que visa estimular os gestores oficinais a participar, podendo os mesmos tomar decisões de uma forma mais fácil e ver os resultados das mesmas, sem o risco de o fazerem na gestão real das suas oficinas.As inscrições estarão abertas até março de 2015, no site do próprio jogo, bem como no site da Anecra e da Polivalor, estando previsto o início do concurso em abril estando o final previsto para julho.

Assim, a apresentação obrigatória de fatura da manutenção da viatura na Inspeção Periódica (IPO), o fim das faturas sem número de contribuinte na venda de peças, acessórios e consumíveis, e o reforço da fiscalização por parte da ASAE e do SEPNA (GNR) junto da oficinas clandestinas, são as três principais propostas da ANECRA para reduzir, tanto quanto possível, a economia paralela no setor das oficinas.

TECNOLOGIAUm dos últimos temas da convenção foi a inovação orientada pela tecnologia (viaturas comunicantes).O “e-call” deverá ser implementado em outubro de 2015, num processo que visa, acima de tudo, alertar em tempo real as autoridades no caso de um acidente com um automóvel. Porém, o “e-call” encerra em si outras ameaças e oportunidades a diferentes níveis no setor oficinal.Sérgio Magno, jornalista da área informática, diz que “um veículo no futuro será mais informático que mecânico”. A relação entre a oficina e o automóvel irá alterar-se bastante, diz o mesmo responsável, fruto da informação que a oficina poderá recolher do veículo sem este lá ir fisicamente.Este tema é atualmente muito discutido no setor oficinal, pois as oficinas independentes poderão ver limitado o acesso a essa informação do automóvel que será usada de forma privilegiada pelas oficinas oficiais das marcas.Pedro Prazeres, diretor pós venda da SIVA assume que esta é uma questão ainda muito prematura no setor e que, em última análise, a posse da informação será sempre do dono do automóvel. “Admito que ao nível da assistência, sabendo antecipadamente a avaria do carro, podemos reduzir os tempos de imobilização do mesmo, fazendo o diagnóstico mesmo antes

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62 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

25 radar

de ele estar dentro da oficina”, refere Pedro Prazeres, explicando que podem“ fazer uma assistência muito de acordo com o perfil de utilização de um automóvel”.O mesmo responsável da SIVA acredita que esta informação será uma vantagem para todos (oficinas, consumidores, marcas, etc), acrescentando: “Não acredito que as marcas se apropriarão dessa informação, mas será relevante para a nossa atividade. Contudo, existe ainda muito caminho a percorrer, mesmo em termos legais”.Do ponto de vista do Aftermarket independente, Joaquim Candeias, da ACAP / DPAI, refere sobre este tema que “vimos algumas barreiras mas que também se podem tornar em oportunidades de negócio. As tecnologias que estão a surgir trazem muitas possibilidades de o veículo comunicar. Se essa comunicação for feita apenas com o fabricante, isso passará totalmente ao lado do aftermarket independente”. A FIGIEFA, da qual a ACAP é associada, está a trabalhar, junto de diversas entidades, entre as quais a Comunidade Europeia, para que essa informação possa ser partilhada por todos, tendo Joaquim Candeias revelado que isso é muito importante para o futuro do aftermarket independente.Do lado das seguradoras, a utilização desta informação é considerada muito importante, segundo Rui Esteves, da Fidelidade Seguros. “A forma como esta informação estará disponível poderá potenciar uma assistência mais rápida, o que só trata benefícios para a atividade seguradora”, refere Rui Esteves, dizendo que “obviamente que teremos que passar muitas barreiras para aceder a essa informação, mas sabemos por alguns estudos que a informação que revele o comportamento do condutor ou que indique fatores externos que influenciem nos acidentes serão importantes para nós”.Representando as gestoras de frotas, Ricardo Silva, da Leaseplan, diz que existe um desafio acrescido para este tipo de empresas, pois “temos de um lado os condutores e de outro os prestadores de serviço. Atualmente os grandes frotistas querem poupança e atuam cada vez mais no perfil do condutor para obter essa poupança. Como sabemos que teremos restrições no acesso à informação, nomeadamente do perfil dos condutores, a Leaseplan criou uma plataforma própria de informação”.

HOMENAGEMNo final da Convenção, a ANECRA homenageou duas pessoas que atravessaram um longo percurso na organização deste evento. Por um lado Alves Pereira, que esteve na organização das 25 edições da Convenção, e Paula Patrocínio, que receberam uma imensa salva de palmas (à qual a equipa da TURBO OFICINA se associou) pelo profissionalismo demonstrado.

Expositores presentesComo é tradição, a Convenção da ANECRA reúne sempre um conjunto de expositores, maioritariamente ligados ao aftermarket, tendo algum deles apresentado novidades.

A CONTITECH focou-se no PIC (Product Information Center), disponível em www.contitech.de/pic, que é uma plataforma digital que

permite a qualquer mecânico encontrar muita informação técnica relevante para o seu dia-a-dia.No espaço da SPIES HECKER foi apresentado o MyTraining. Trata-se de uma formação online, com 8 módulos (em língua portuguesa) que a Axalta coloca à disposição de todos os pintores e que estará em funcionamento já em março de 2015.A EUROPCAR aproveitou para dinamizar o Fit Rent, uma solução flexível para alugueres mensais.A própria ANECR A tinha um espaço para dinamizar o seu portal do automóvel (www.portaldoautomovel.pt) onde as oficinas podem apostar.No stand POLIVALOR / MOONLIGHT foram apresentados os serviços desta empresa líder na consultoria e coaching para o setor automóvel, com destaque para a área do pós-venda.A SOGILUB é a única entidade licenciada em Portugal para a implementação, organização e gestão do Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados, tendo nesta Convenção promovido o seu serviço.O Drive Mobile foi a grande novidade apresentada pela AUDATEX. Trata-se de um serviço inovador que utiliza uma aplicação desenhada para tablet, muito flexível e versátil, que otimiza o processo de recolha de danos junto da viatura.

Lançado há um ano nesta Convenção, a SOLARWATERS voltou a apresentar o queimador de biomassa para estufas de pintura que permite uma forte redução de custos para as oficinas.A MDS AUTO é uma mediadora especializada no setor automóvel, propondo soluções integradas na venda de seguros também para oficinas.A aposta da SAFETYKLEEN nesta convenção foi para as suas soluções ao nível dos equipamentos de limpeza e desengorduramento de peças, que minimizam os resíduos na oficina.Na área das oficinas, a RINO promovia através do seu stand a rede de oficinas com o mesmo nome.A GVB (Gestão e valorização de Baterias) focava a sua presença na gestão das baterias usadas, chamando a atenção para os cuidados a ter com a recolha deste resíduo.Presença obrigatória nestas convenções, o CASA (Centro de Arbitragem para o Setor Automóvel) promovia os seus serviços de resolução de conflitos.Também o CEPR A esteve presente com um stand para promover essencialmente a sua grande oferta formativa ao nível do pós-venda automóvel.Mesmo não tendo qualquer stand, refira-se que nesta Convenção foi apresentada a edição 2015 da MOTORTEC AUTOMECHANIK A, que irá decorrer de 11 a 14 de março em Madrid. Mais informações em www.motortec-automechanika-madrid.com.

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64 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

Pintura. Rentabilidade no isolamentoDepois de uma colisão há que reparar ou substituir determinadas peças de chapa. Uma vez terminado o trabalho do bate-chapa, o veículo passa para as mãos do pintor, cuja missão será eliminar qualquer vestígio de que foi feita a reparação, deixando o veículo como estava ao sair da fábrica.

Entre as operações que fazem parte do processo de pintura está o isolamento das partes a não pintar, uma tarefa trabalhosa e muito artesanal a que não se presta

muita importância. Em alguns casos até são os aprendizes ou o pessoal com menos formação que fica encarregue de realizar esta operação.Dá péssima impressão ver-se borracha pintada - em consequência de um mau trabalho de isolamento -, pulverizações de tinta nos cantos das portas (devido a um isolamento deficiente), ou manchas em peças que foram tapadas com bocados de papel de jornal e, por isso, com uma variedade de marcas de tinta reproduzidos nas peças tapadas, devido ao efeito da pintura de água.

PARCERIA

TEXTO ÁNGEL GONZÁLEZ – TABLAS SASTRE

Consequentemente, há que perder depois tempo a corrigir estes defeitos e manchas, em detrimento da rentabilidade. Os fabricantes de produtos destinados ao isolamento de pintura dispõem de grande variedade de artigos com aplicações específicas, cujo objetivo fundamental é melhorar a qualidade da cobertura e do processo de retirar o isolamento, com critérios de rentabilidade.

PROPRIEDADESOs elementos de isolamento estão em contacto com diversos elementos químicos: dissolventes, bases aquosas, aplicações com catalisadores como vernizes e aparelhos, cuja

finalidade é dotar o produto base de dureza suficiente. Ao executar as diversas aplicações de pintura, estas também se depositam sobre os diversos produtos utilizados no isolamento, que têm de suportar esta gama de aplicações sem ver modificadas as suas propriedades de resistência.Estas são as propriedades que os produtos de isolamento devem ter:

Boa resistência mecânica: o processo de isolamento de uma moldura, por exemplo, pode ter como objetivo uma cobertura integral com fita isoladora para salvaguardar a integridade da peça ao passar lixa nas imediações.

REPARAÇÃO6

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 65

Resistência à água e dissolventes: usar água e dissolvente pode afetar o produto de isolamento. Por exemplo, os dissolventes atacam o adesivo utilizado pela fita isoladora, afetando a estanquicidade da mesma ou provocando pulverizações indesejadas ou restos de adesivo, com o posterior trabalho de remoção.

Resistência às altas temperaturas: a secagem de um processo de pintura faz-se numa cabina de pintura, alcançando temperaturas até 60 graus.

Facilidade de corte e resistência ao rasgo: com ferramentas específicas para realizar os cortes.

Elasticidade: propriedade que permitirá adaptar-se às irregularidades da peça.

Boa aderência na colocação e facilidade de remoção: é igualmente importante a facilidade de colocação e retirada. Por exemplo, se cobrirmos um para-brisas com fita isoladora, a primeira dificuldade está em introduzir a fita entre a borracha e a chapa. O segundo problema surge ao retirá-la, quando a peça já está seca e envernizada. Existe a possibilidade de ficarem restos da fita lá colados, obrigando a retirá-los com tempo extra – não faturado – e grandes doses de paciência.

PRODUTOSOs fabricantes de produtos de isolamento de pintura oferecem ao profissional uma gama de produtos específica para cobrir zonas especialmente sensíveis e conseguir um trabalho de qualidade sem esquecer a facilidade da sua manipulação e utilização para maior eficiência.

Fitas especiais de alto rendimento. As suas propriedades ajustam-se ao estado e aos produtos de pintura: resistência a altas temperaturas, que superam os 100 graus centígrados, disponibilidade de várias larguras, boa aderência sobre borrachas e plásticos e resistência ao levantamento involuntário, tanto à base aquosa como aos dissolventes.

Vedantes. Existe grande variedade de tipos e formas para favorecer a sua colocação e permitir tapar facilmente aberturas estreitas e largas. Há-os do tipo cordão, com diâmetros distintos, planos, com o adesivo numa das laterais, especialmente destinados a linhas de porta, e tubulares, com maior versatilidade de utilização.

Plástico colado com fita adesiva incorporada. A sua virtude está na facilidade de colocação e posterior extensão. Dispõe de uma ligeira carga estática, para se adaptar perfeitamente à configuração do veículo. Existe no mercado grande variedade de larguras, com o objetivo de se adequarem a várias utilizações.

Fundos de isolamento. A sua principal caraterística são as dimensões. Atingem os 5 metros de largura e um comprimento

Fitas de moldura. Este tipo de fitas surgiram para tapar as molduras coladas ao veículo, cuja utilização era muito demorada e laboriosa. A sua utilização estendeu-se a outras zonas que colocam dificuldades de isolamento, como as borrachas de contorno do para-brisas e vidros de custódia. A principal caraterística deste tipo de fitas está na sua configuração. Dispõem de uma parte de maior largura e elasticidade – que incorpora o adesivo – e de outra parte plástica com certa rigidez. Esta não tem adesivo e a sua rigidez proporciona mais facilidade para chegar às zonas mais difíceis e cobrir de forma rápida e eficaz.

Outros tipos de produtos de isolamento, com menor peso específico na hora de isolar. Podem ser as coberturas de rodas, que permitem isolá-las de forma rápida. Os cordões de levantar borrachas, cujo objetivo é elevar as borrachas para as isolar melhor.

Diferenças entre isolar zonas difíceis de forma correta e incorreta

O OBJETIVO DESTES PRODUTOS É MELHORAR A QUALIDADE DA COBERTURA E FACILITAR A RETIRADA DOS ISOLANTES COM CRITÉRIOS DE RENTABILIDADE

adaptável ao veículo. O processo de trabalho com este tipo de produtos consiste em realizar um isolamento periférico geral em todo o perfil da peça ou peças e pintar e voltar a colar fita sobre esse isolamento inicial. Trabalhar com estes materiais é mais rápido do que com qualquer outro isolamento.

Papel de isolar. O elemento de isolamento por excelência e muito superior ao papel de jornal. Oferece uma variedade de larguras desde 20 cm a 1,50 m.

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66 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

26 reparação

Incluímos neste grupo as fitas de perfilar. De espessura reduzida, estão especialmente indicadas para zonas onde existam várias cores. Finalmente, as fitas de transição estão especialmente destinadas à aplicação de esbatidos, deixando uma linha impercetível de aplicação.A grande variedade de produtos disponíveis para realizar um isolamento correto permite um elevado grau de especialização desta atividade. É fácil, numa apreciação mais ou menos exaustiva, identificar se um carro foi repintado, observando as zonas mais suscetíveis de ser tapadas. A existência destes pequenos defeitos retira valor ao veículo e desencanta o proprietário. Utilizando-se este tipo de produtos garante-se qualidade, reduzindo o tempo de colocação e eliminando a necessidade de corrigir defeitos, com os inerentes custos.A rentabilidade destes produtos compara com o de um isolamento tradicional, onde se utilizam fitas “normais” e papel de isolar. Por exemplo, se queremos pintar um guarda-lamas dianteiro num carro de quatro portas, os tempos daí resultantes com estes produtos supõem uma redução de 23 %, em relação ao sistema convencional de isolamento, com um reduzido aumento do custo dos materiais, em torno dos 3€.

PRODUTO PROPRIEDADES FACE AO SISTEMA CONVENCIONAL

FITAS ESPECIAIS DE ALTO RENDIMENTO VÁRIAS LARGURAS

RESISTÊNCIA MECÂNICA MAIOR CUSTO UNITÁRIO

FACILIDADE DE CORTE EXCELENTE ADERÊNCIA EM BORRACHA E PLÁSTICO

BOA ADERÊNCIA RESISTENTE À ÁGUA E DISSOLVENTES

AUSÊNCIA DE RESTOS DE ADESIVO PARA TIRAR RESISTÊNCIA A TEMPERATURAS SUPERIORES A 100 GRAUS

SEM LEVANTAMENTO INVOLUNTÁRIO DA FITA

EDUÇÃO DE TEMPO E ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS

RAPIDEZ A COLOCAR E RETIRAR

ENCHIMENTOS VARIEDADE DE FORMAS MAIOR CUSTO

ADAPTAÇÃO PERFEITA À ZONA A PROTEGER RAPIDEZ A COLOCAR E A RETIRAR

MINIMIZA A ESCALA DE APLICAÇÕES RESISTÊNCIA A ALTAS TEMPERATURAS

ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS DE PULVERIZAÇÃO

PLÁSTICO COLADO COM FITA ADESIVA DISPONÍVEL EM VÁRIAS LARGURAS PERMITE TAPAR GRANDES SUPERFÍCIES DE FORMA CONTÍNUA POR UMA SÓ PESSOA

INCORPORAÇÃO NA FITA NO PRÓPRIO PLÁSTICO MUITO ADEQUADO A ISOLAMENTO DE INTERIORES

FACILIDADE DE CORTE E RESISTÊNCIA AO RASGO RESISTENTE À ÁGUA E DISSOLVENTES

PEQUENA CARGA ELETROSTÁTICA QUE LHE PERMITE ADERIR ÀS PEÇAS A ISOLAR PRODUTO LEVE E FÁCIL DE UTILIZAR

RESISTENTE A ALTAS TEMPERATURAS

REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DOS TEMPOS DE ISOLAMENTO

FUNDOS DE ISOLAMENTO ADEQUADAS PARA TAPAR VEÍCULOS COMPLETOS DE QUAQUER COMPRIMENTO RESISTÊNCIA À ÁGUA E AOS DISSOLVENTES

FACILIDADE DE CORTE E RESISTÊNCIA AO RASGO PRODUTO LIGEIRO E FÁCIL DE UTILIZAR

PEQUENA CARGA ELETROSTÁTICA, QUE LHE PERMITE ADERIR À CARROÇARIA RESISTENTE A ALTAS TEMPERATURAS

REDUÇÃO SIGNIFICATIVA NOS TEMPOS DE TRABALHO

GARANTIA DE ELIMINAÇÃO DE PULVERIZAÇÕES

FITAS DE MOLDURAS CONFIGURAÇÃO ESPECIAL PRODUTO DE MAIOR CUSTO UNITÁRIO

LARGURAS DISTINTAS EXCELENTE ADERÊNCIA EM QUALQUER SUPERFÍCIE

ELÁSTICAS GARANTIA DE COBERTURA DE ZONAS DIFÍCEIS

FÁCIL DE RETIRAR E EFICAZ

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Page 68: Turbo Oficina 32

68 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

26 reparação

Passo a passo. Reparação de uma carroçaria em bancada com sistema de medição A rápida evolução dos meios de medida conduziram ao desenvolvimento de sistemas informatizados para a verificação das cotas da carroçaria, os quais possibilitam um completo controlo geométrico do veículo de forma ágil e eficaz. Neste passo a passo apresentamos as diferentes fases a seguir para levar a cabo a reparação de um veículo numa bancada com sistema de medição eletrónico. A bancada utilizada neste artigo inclui um sistema de medição eletrónico monoponto que permite controlar nas três dimensões os diferentes pontos de controlo do veículo.

PARCERIA TEXTO DIEGO GARCIA LÁZARO

2 - PROCURAR A SUA FICHA TÉCNICA COM OS PONTOS DE CONTROLO DA CARROÇARIA

1 - IDENTIFICAR O MODELO DO VEÍCULO

4 - PRENDER O VEÍCULO AO CHASSIS ATRAVÉS DE GRAMPOS

3 - COLOCAR O VEÍCULO NA BANCADA

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 69

5 - MONTAR O BRAÇO MEDIDOR SOBRE A RÉGUA GRADUADA

6 - ESTABELECER O PLANO DE REFERÊNCIA NA CARROÇARIA MEDIANTE QUATRO PONTOS QUE NÃO APRESENTEM DANOS

7 - MEDIR OS PONTOS DE CONTROLO PARA COMPROVAR O ESTADO DIMENSIONAL DA CARROÇARIA

8 - IDENTIFICAR OS PONTOS DA CARROÇARIA FORA DE COTAS

9 - MONTAR O EQUIPAMENTO DE ESTIRAGEM E REALIZAR A ESTIRAGEM NAS ZONAS DEFORMADAS

10 - COMPROVAR SE O ESTADO DIMENSIONAL DOS PONTOS DE CONTROLO DA CARROÇARIA É CORRETO

Page 70: Turbo Oficina 32

70 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

EMMETEC. Revisão da bomba de direção hidráulicaA revisão da bomba hidráulica de uma direção é simples e rápida… mas há que utilizar os instrumentos e peças de substituição adequados.

INTRODUÇÃOA bomba da direção (imagem 01) é do tipo rotativo com palhetas e os seus principais componentes são:1 Uma polia que, em geral, é movida por

uma correia poly-V2 Um perno que liga a polia ao rotor3 Um rotor cilíndrico de onde saem as

palhetas, que no caso de uma bomba hidráulica se movem na direção exterior devido à ação da força centrífuga ou, noutros casos, empurradas por molas.

4 Um estator de forma mais ou menos elítica5 Duas placas frontais com a entrada e saída

de óleoO princípio de funcionamento é muito simples: o óleo, através de um dos orifícios das placas laterais, entra no estator, as palhetas arrastam-no até ao outro orifício proporcionando-lhe pressão.A bomba de palhetas carateriza-se por uma construção muito simples, um custo limitado, uma elevada fiabilidade, baixas vibrações e uma prevalência (aumento da pressão do fluxo) limitada devido ao sistema de vedação que não é dos melhores. Uma vez que a direção assistida não precisa de pressões ou caudais elevados, este tipo de bomba serve perfeitamente. Juntando o facto de ser de fácil manutenção, torna-se na solução ideal.Para dar um exemplo de como se faz a revisão a uma bomba, começamos por uma LUK 2607

9079 (imagem 02), muito comum em carros do Grupo PSA.

DESMONTAGEMComo na direção hidráulica, começa-se por limpar a peça numa máquina de diluente a alta temperatura, para assim eliminar qualquer vestígio de terra, gordura ou lama…Uma vez seca a peça, coloca-se a mesma num torno, com um escalpelo arrasta-se a anilha de pressão até que uma das suas extremidades fique em frente ao orifício radial situado no corpo da bomba. Com um marcador indelével (é melhor) ou com um punção afiado, marca-se a posição da tampa da bomba em relação ao corpo, para assim permitir a montagem exata na posição original (imagem 03).Enquanto se retira a anilha do seu alojamento introduzindo um punção tipo C da Seal Toolkit Z-20001 (Imagem 04) no orifício radial, com o utensílio A do mesmo kit esta pode ser bloqueada. Extrai-se o punção C e com a mão protegida por uma luva resistente à perfuração, cobre-se a bomba para evitar que a anilha salte disparada, e nestas condições conclui-se a extração.Para tirar a tampa (imagem 05) evitando apagar a marca feita com o rotulador e a placa frontal superior, estas duas peças coincidem numa só.Com o marcador indelével marca-se também a posição do estator em relação à bomba

(imagem 06).Com a ferramenta D do seal Toolkit extrai-se a anilha que bloqueia o rotor no perno. Extrai-se o rotor com as palhetas, o estator (imagem 07), os pernos de fixação e a placa frontal inferior (imagem 08). Atenção: respeitar a posição dos pernos de fixação pois podem ser cónicos.Extrair o perno (imagem 09), o seu retentor e a junta tórica.Desenroscar a tampa da válvula limitadora, tirar o rodela e o o-ring, a mola de pressão, o corpo da válvula e observar atentamente o seu alojamento, pois se este estiver ovalizado pelo uso ou deteriorado, não pode recuperar-se. Deixar o corpo da bomba exposto (imagem 10). Ordenar e limpar cada peça, verificando a sua integridade, encaixes, cortes, riscos, zonas desgastadas, pois podem denunciar algum problema.

PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃOComo o preço das peças de substituição é bastante baixo, aconselha-se a utilizá-las

CAVILHAS

DEPÓSITO

PARAFUSO

O-RING

JUNTA DE PRESSÃO

PARAFUSO FILTRO CAIXA DO FILTRO

VEDANTE VÁLVULA DE FLUXOMOLA

VEDANTECORPO DA BOMBA

LIGAÇÃO DO VEIO

O-RINGO-RING

VEDANTEESPAÇADOR

VEDANTEMOLA

?RETENTORTAMPA

PRATO

ANELPALHETAS

ROTORPLACA GIRATÓRIA

VEIOO-RING

1 Bomba rotativa de palhetas. Repare nos retentores, perno, rotor com as palhetas, estator e placas laterais

2 Bomba LUK 2607 9079: um modelo muito simples sobre o qual praticar

ANTES DE LIGAR UMA BOMBA AO BANCO DE TESTES VERIFIQUE SEMPRE SE NÃO TEM SUJIDADE, POIS PODERIA CONTAMINAR O ÓLEO DO BANCO DE TESTES

26 reparação

Page 71: Turbo Oficina 32

JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 71

sempre sem hesitar até encontrar a que está na origem do problema e, portanto, comprar o kit completo.

VOLTAR A MONTARAbrir o kit de revisão, colocar cada peça nova ao lado da velha e na mesma posição, montá-la pela ordem que se segue lubrificando-a se necessário com massa de lítio.1 Tórica entre o corpo da bomba e a tampa2 Retentor do eixo3 Eixo4 Pernos de fixação5 Placa frontal inferior6 Estator7 Rotor com palhetas, tendo muito cuidado

para que não caiam. Se tal acontecer, observá-las com a lupa para verificar os rebordos arredondados que entra em contacto com o estator e os retos que entram em contacto com o rotor.

8 Anilha de bloqueio do perno. Verificar se cada peça está na sua posição original e, consoante o caso, se está bem fixa na sua posição ou se movimenta livremente.

3 Fixar a bomba ao torno e fazer uma marca que

permita montar a tampa na posição correta

4 Utensílios C, A e D do Seal Tool Kit Z-20001 da Emmetec que servem para tirar a extremidade da anilha do seu alojamento, tirar o resto da anilha e a anilha do perno

5 Extraída a anilha, extrai-se também a placa (vista de baixo) 6 Tirando a placa superior, aparecem os componentes da bomba. Aconselha-se a fazer-lhes uma marcação com um marcador para depois colocar as peças novas na mesma posição

7 Estator: reparar na marcação

Page 72: Turbo Oficina 32

72 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

Montar a placa central superior e/ou a tampa se forem uma única peça.Martelar a tampa com um martelo de borracha ou PVC para que o alojamento da bomba fique perfeitamente livre.Introduzir a anilha no seu alojamento deixando uma das suas extremidades perto do furo radial para poder retirá-lo com mais facilidade caso tenha de se abrir de novo.Montar a válvula, a mola, o o-ring e enroscar o tampão da válvula limitadora de pressão.

BANCO DE TESTES PARA BOMBAS HIDRÁULICAS EMMETEC Z-27002O banco de testes serve para colocar as bombas sob pressão e assim verificar se nessas condições produzem o fluxo e pressão de óleo corretos. Como algumas bombas são de duplo circuito (duas entradas e duas saídas – ver no próximo capítulo), os instrumentos de controlo vão juntos e, consoante os casos, pode utilizar-se um só ou o par.

Realizamos os testes no banco Emmetec Z-27002 (imagem 11) completamente em aço inoxidável, formado por:1 Manómetros (imagem 12) que indicam a

pressão criada pela bomba (bar)2 Duas válvulas que regulam a pressão do

fluxo hidráulico3 Dois caudalímetros que indicam o fluxo de

óleo gerado pela bomba (litros/minuto)4 Duas válvulas que regulam o fluxo de óleo5 Um medidor de nível do óleo do depósito

(litros)6 Duas válvulas para facilitar o esvaziamento

das bombas depois do teste7 Duas válvulas que regulam os circuitos das

entradas alojadas por baixo8 Três entradas fêmeas para introduzir os tubos

de alta pressão que ligam a bomba ao banco9 Outras três entradas fêmeas que ligam o

banco à bomba e lhe levam o óleo a baixa pressão

10 Um mandril (imagem 19) onde fixar a poleia ou o eixo da bomba

11 Duas fixações da bomba ao banco 12 Uma capa de segurança13 Uma luz avisadora que indica se o banco

está ligado ou desligado14 Um conta rotações digital15 O comando que permite rodar a bomba

numa direção ou noutra16 Interruptor para ligar17 Interruptor para desligar18 Interruptor de emergência19 Regulador de velocidade do mandril20 Indicador do nível de óleo

PROCEDIMENTO DE TESTE1 Preparaçãoa. Com o banco desligado, montar a poleia e

o perno da bomba no mandril e agarrá-lo com as amarras

b. Ligar a bomba ao banco com os tubosc. Eliminar tudo o que não servir ou possa

ser perigoso durante o funcionamento (trapos, chaves…) e colocar a proteção de segurança

d. Abrir a válvula de esvaziamento e deixá-la nessa posição uns dois minutos antes de a fechar

e. Regular o comando em função do sentido de rotação da bomba e a velocidade do banco ao mínimo

f. Ligar o banco e deixá-lo, pelo menos, uns dois minutos para que o óleo aqueça o mínimo, para que o sistema deite fora o ar que possa ter lá dentro e entretanto verificar se os tubos não perdem óleo

2 Controlo dos valores de Fluxo e Pressão no mínimo

a. Aumentar a rotação até ao valor mínimo: 600 rpm para autocarros e camiões; 900 rpm para carros ligeiros de passageiros e comerciais

b. Verificar se os valores de pressão e fluxo correspondem aos do fabricante

3 Simulação de uma manobra de estacionamento

a. Fechar progressivamente a válvula CIRCUIT até elevar a pressão a 40/50 bar, verificando se a pressão permanece constante

b. Abrir a válvula CIRCUIT4 Controlo de taragem da válvula

reguladora de pressãoa. Fechar a válvula PRESSURE até que a

pressão de saída deixe de aumentar. O valor lido no manómetro indica a taragem da válvula limitadora de pressão.

b. Abrir a válvula PRESSURE5 Repetir o teste 2 a 1200 rpm6 Repetir o teste 3 a 1200 rpm

11 O banco EMMETEC Z-27002 é construído em aço inoxidável, sendo eterno e muito fácil de limpar

12 Detalhe do lado esquerdo do banco Z-27002 com todos os indicadores e comandos para acionar ou isolar a bomba

8 Placa inferior e pernos de fixação do rotor

9 Perno da bomba: depois de desmontado, deve puxar-se-lhe brilho no torno

10 Corpo da bomba completamente vazio: limpá-lo perfeitamente até ao último resíduo metálico

26 reparação

Page 73: Turbo Oficina 32

ROTAÇÕES MÍNIMO MÁXIMO

900 RPM 1.200 RPM

TRW

Koyo 4,0 6,0

Saginaw

ZF 4,5 8,0

VADEMECUM EMMETEC

16 Fluxo máximo e mínimo na bomba de direção

7 Repetir o teste 4 a 1200 rpmRealizar os testes a velocidades superiores é inútil pois a pressão de uma bomba de palhetas, acima de determinada velocidade, estabiliza (imagem 15).

OUTROS TESTESPode ligar-se a um banco Z-27002 uma direção hidráulica colocada sobre o simulador de esforço Z-16000 ou Z-16001, transformando-se assim num banco de direções.Também se pode ligar a direção assistida à bomba, com a possibilidade de testar ambas as peças em conjunto.A melhor opção é um banco Z-27002 com um simulador de esforço Z-16001, pois desta

13 Detalhe do mandril, das amarras e da tampa de proteção

14 Detalhe do lado direito do banco, com todos os comandos de ligar ou desligar e regulação da velocidade

15 Abaixo das 600 rpm a bomba não funciona, pelo que não faz sentido testá-la. Acima das 1200 rpm o fluxo fica praticamente constante, pelo que não faz sentido utilizar velocidade acima desta

forma pode testar-se qualquer bomba ou direção.

SUGESTÃONunca teste uma bomba que não acabe de ser verificada por si mesmo, pois

pode estar cheia de resíduos metálicos e lodos que contaminarão o óleo do banco. Cada banco está dotado de um ou mais filtros de segurança, mas vale mais prevenir…

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74 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

Alternador. Os segredos do sistema de carga

O alternador não sofreu grandes alterações ao longo dos anos. Mas mantém a sua função vital para o correto funcionamento dos automóveis.

Osistema de carga, parte de extrema importância no normal funcionamento do veículo, mantem-se desde há muito (cerca de 50 anos) com poucas

alterações. Desde o desaparecimento do dínamo que o alternador vem cumprindo a sua função de carregar a bateria e alimentar todos os sistemas do veículo, mesmo no regime de ralenti. A recuperação de energia em travagem ou desaceleração, tão falada a propósito das viaturas híbridas de hoje, já era normal desde o aparecimento do alternador. A carga a ralenti nem sempre foi efetiva

pois dependia das necessidades do sistema. Qualquer pequena carga era suficiente para saturar o alternador. Várias soluções foram ensaiadas, como a duplicação dos díodos de potência, a ligação do estator em triangulo, até a colocação da bobine do rotor em duplicado. Hoje, com a redução do diâmetro da polia de tração, a utilização de correias poli V, e a subida da tensão de corte para cerca de 15 volts, conseguem-se débitos de 100 Amperes mesmo a ralenti.Com o incremento de eletrónica nas viaturas, era necessário uma tensão o mais estabilizada

possível. A colocação de díodos de potência entre o ponto neutro do estator e a placa de potência positiva e negativa, reduz o Ripple provocado pela retificação. Em algumas viaturas, principalmente com motorizações Diesel, era o alternador que fornecia o sinal para o conta rotações através do terminal W, de corrente continua mas

retificado a meia onda.Apesar de algumas variantes no tipo de

ligação do estator/induzido (estrela ou triângulo) foi no regulador de tensão que residiu durante muito tempo, a virtude do sistema de carga. Inicialmente tínhamos reguladores por bobines (principio de funcionamento idêntico ao regulador do dínamo), afináveis no seu entreferro e amplitude de frequência, mas com desgaste nos contactos, consequente

desafinação e limitação na frequência de trabalho.

Com a massificação dos semi-condutores, o regulador passou a

dispor de um circuito eletrónico, cujo principal elemento seria o

díodo zener, que ditava a tensão de corte, e capaz de oscilar a dezenas de milhar de ciclos por segundo

de fácil diagnóstico e de poucas avarias, passou para um sistema

fiável também, mas mais complexo. Verificar a tensão de carga do sistema

é relativamente fácil, bastando para isso colocar o Multímetro (em Voltímetro) em paralelo com os terminais da bateria, e ligar a carga elétrica possível, esperando, em condições normais, que a tensão se mantenha acima dos 13 volts ao ralenti.Deve ser verificada a queda de tensão entre o terminal negativo da bateria e a carcaça do alternador, bem como entre o positivo da bateria e o positivo do alternador.Há muito tempo em que são raros os casos em que se abre um alternador, mas as verificações continuam a ser iguais:

Medir a resistência do rotor; Medir a resistência das bobines do estator

e compará-las; Verificar o isolamento relativamente à

massa, do estator e do rotor; Verificar a folga axial e empeno do rotor; Verificar o desgaste dos anéis coletores; Verificar o desgaste das escovas e o seu

acentamento.Para testar o circuito de excitação, é um pouco

PARCERIA

TEXTO FERNANDO CARVALHO

SÓCIO-GERENTE TECHNICAL TRAINING TEAM

26 reparação

Page 75: Turbo Oficina 32

JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 75

mais complicado. Se desligarmos o terminal D+ do regulador e o colocarmos à massa (com a chave ligada), o piloto de carga do painel de instrumentos terá de acender, caso contrário existirá um problema de instalação ou no painel de instrumentos. Caso o piloto acenda e o alternador não carregue, teremos um problema no regulador ou o circuito de excitação (Df) estará interrompido (nas escovas ou no rotor).Para testar o regulador, retiramo-lo do alternador, colocamos uma lâmpada de prova entre as escovas, e ligamos uma fonte regulada de forma a ligar o positivo da fonte ao D+ e o negativo da fonte ao D-. Desta forma, sempre que a tensão estiver abaixo da tensão de corte (depende do regulador mas pode ser entre os 13,8 e os 15 volts) a lâmpada de prova acende. Logo que a tensão da fonte ultrapasse a tensão de corte a lâmpada apaga-se. Aparentemente o regulador está em condições de trabalho.O sistema de carga dos nossos dias deixou de ser um sistema isolado para integrar a arquitetura multiplexada do veículo. A bateria é controlada por uma pequena unidade muito próxima fisicamente do terminal positivo, e essa informação é disponibilizada à unidade central da arquitetura, que recebe também as necessidades dos diversos sistemas com principal relevância para a unidade de controlo do motor, e através de uma rede LIN (multiplexada de baixa velocidade) irá fazer o controlo do alternador. Significa que poderemos desarmar o alternador e efetuar as verificações habituais, mas o controlo da carga é efetuada de forma multiplexada e assim teremos de utilizar um equipamento que permita o diálogo com a rede de Can-Bus.

O SISTEMA DE CARGA DOS NOSSOS DIAS DEIXOU DE SER UM SISTEMA ISOLADO PARA INTEGRAR A ARQUITETURA MULTIPLEXADA DO VEÍCULO

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76 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

26 reparação

Acarrinha Peugeot é uma das que tem mais vendas atualmente em Portugal, fruto de várias campanhas para o consumidor final, mas também planos

de leasing e renting apelativos. O motor 1.6 HDi é um dos diesel mais usados. Analisamos aqui a manutenção programada para 48 meses ou 120 mil quilómetros da variante de 115 CV e-HDi, que consegue emissões de apenas 95 g/km de CO2.A fatia maior do orçamento cabe às peças de desgaste, com um total de 1059,64 euros. Analisando parcela a parcela, são as pastilhas da frente que ficam com o maior valor (458,79€), seguidas pelos discos de trás (297,61€) e pelas escovas limpa para-brisas da frente (257,39€). Os discos da frente têm um custo de 200,06 euros, as pastilhas de trás somam 169,92 euros, a carga do ar condicionado acrescenta 100 euros e as escovas para o vidro traseiro custam 25,87 euros.Segue-se a parcela dos pneus, com um total

Manutenção. Peugeot 308 SWA carrinha francesa usa um conhecido motor, mas com várias evoluções que ajudam também a um custo de manutenção inferior.

POTÊNCIA (CV) 115

CILINDRADA (CC) 1560

EURONCAP 40/20/00

CO2 95

TRANSMISSÃO MANUAL

CAIXA DE VELOCIDADES 6 VELOCIDADES

CARROÇARIA CARRINHA

VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES

REVISÕES 693,83 €

MÃO-DE-OBRA 247,27 € [6,35]

ÓLEO 231,00 € [4]

CAPACIDADE DO CARTER (LITROS) 3,75

TIPO DE ÓLEO SEMI-SINTÉTICO

FILTRO DE ÓLEO 47,20 € [4]

FILTRO DE AR 46,20 € [2]

FILTRO DE PÓLEN 44,16 € [2]

FILTRO DE COMBUSTÍVEL 78,00 € [2]

VELAS - € [0]

DESGASTE 1.509,64 €

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS FRENTE 257,39 € [4]

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS TRAS 25,87 € [2]

PASTILHAS FRENTE 458,79 € [4]

PASTILHAS TRAS 169,92 € [2]

DISCOS FRENTE 200,06 € [1]

DISCOS TRAS 297,61 € [1]

LIQUIDO DE TRAVÃO - € [0]

EMBRAIAGEM - € [0]

CARGA AR CONDICIONADO 100,00 € [1]

ESCAPE - € [0]

BATERIA - € [0]

AMORTECEDOR FRENTE - € [0]

AMORTECEDOR TRAS - € [0]

BOMBA AGUA - € [0]

FILTRO PARTICULAS - € [0]

TAREFAS EXTRA - € [0]

AVARIAS - € [0]

ELÉCTRICAS - € [0]

TOTAL - € [0]

PNEUS 1.365,78 €

PNEUS FRENTE 205/55R16H

PNEUS TRÁS 205/55R16H

PNEUS 1.219,18 € [10]

ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO 45,00 € [3]

EQUILIBRAGEM 76,60 € [10]

VÁLVULA 25,00 € [10]

OUTROS 444,17 €

IPO 27,00 €

INFLAÇÃO 417,17 €

AJUSTES - €

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

TOTAL 4.013,42 €

/100 KMS 3,34 €

COMBUSTÍVEL

* VALORES SEM IVA

PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA

MARCA, MODELO E VERSÃO PRAZO/ QUILOMETRAGEM CARACTERÍSTICAS VEÍCULO

PEU3080190A: PEUGEOT 308 SW 1.6 E-HDI 115 ACTIVE 5P 48/120000

PARCERIA

de 1365,78 euros. Os pneus propriamente ditos custam 1219,18 euros, o que equivale a 10 unidades na medida 205/55R16H, valor ao qual é preciso acrescentar 76,60 euros das equilibragens, 45 euros dos alinhamentos de direção e 25 euros das válvulas. As revisões têm um custo total de 693,83 euros e, ao contrário do que é normal nos casos aqui analisados, o maior custo é de mão-de-obra (247,27€ para 6,35 horas), surgindo o óleo semi-sintético no segundo lugar dos custos (231€), também pelo facto do cárter levar apenas 3,75 litros de óleo. Na alínea da filtragem, os filtros de combustível custam 78 euros, os de óleo têm um preço de 47,20 euros, enquanto os de ar somam 46,20 euros e dos de pólen representam 44,16 euros na fatura. Contas feitas, a manutenção para 48 meses ou 120 mil quilómetros no Peugeot 308 SW tem um custo de 4013,42 euros, o que significa que por cada 100 km percorridos são gastos 3,34 euros para manutenção, um valor muito controlado.

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78 TURBO OFICINA | JANEIRO 2015

Pneurama. Novas marcas, mais dinâmicaO mercado dos pneus em Portugal não é diferente do que existe no resto do mundo. As constantes alterações ditam também que os grossistas se tenham que adaptar e evoluir. Tem sido o caso da Pneurama.

TEXTO PAULO HOMEM

Em 2014 a Pneurama esteve presente em diversos eventos (salões e competição automóvel) fruto de uma estratégia de maior proximidade com o cliente

final e com os retalhistas de pneus. A empresa sentiu essa necessidade e investiu em marketing e comunicação, até porque a introdução de novas marcas de pneus a isso obrigava.Das marcas com que iniciou a sua atividade, a Pneurama mantém ainda hoje a representação da Marangoni e da Cooper, sendo que a marca italiana foi até aos dias de hoje uma das bandeiras deste grossista.“Existe uma relação de grande proximidade com a Marangoni, tendo sido a Pneurama o primeiro distribuidor a nível mundial desta marca italiana”, refere José Azevedo da Mota. Ainda hoje a Marangoni é muito importante para a Pneurama, pois foi esta marca que a

CONTACTOSRPNEURAMA

GERENTE JOSÉ AZEVEDO DA MOTA

TELEFONE 224 150 008 / 917 810 911

EMAIL [email protected]

SITE www.pneurama.pt / Facebook.com/Pneurama.lda

projetou no mercado de pneus em Portugal. Mas em 2014 foram introduzidas duas novas representações: Avon e Lassa.A Avon é uma marca britânica pertencente ao Grupo Cooper (a Pneurama já vende Cooper há mais de 25 anos), enquanto a Lassa é uma marca turca. Esta marca é de uma empresa designada Brisa (que tem capitais da Bridgestone e do grupo financeiro Sabanci), que utiliza toda a tecnologia do construtor nipónico, fabricando pneus com as marcas Lassa e Bridgestone.“Trata-se de uma marca de muita qualidade, que queremos posicionar com uma marca Premium, com tecnologia Bridgestone, mas com uma melhor relação preço qualidade” revela José Azevedo da Mota, acrescentando que “vamos apostar muito na Avon e na Lassa. Aliás, a própria Lassa tem uma estratégia de crescimento no mercado

europeu que também queremos aproveitar na Pneurama”.

OUTRA MARCASMantendo uma filosofia de trabalhar marcas com qualidade dentro dos seus segmentos, a Pneurama aposta também na Roadstone (pertencente à Nexen) e na Vee Rubber, duas ofertas budget mas que “têm um excelente posicionamento, pois apresentam

8pneus

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JANEIRO 2015 | TURBO OFICINA 79

muita qualidade para o preço a que são comercializadas”, explica José Azevedo da Mota.No total, a Pneurama representa seis marcas, mantendo a sua decisão estratégica de não comercializar marcas Premium, apostando tudo na diferenciação que representa ter marcas exclusivas para o mercado português, algumas delas muito conhecidos das casas de pneus e oficinas.“Temos uma oferta muito equilibrada e que vai ao encontro das necessidades dos nossos clientes. Logicamente que com as constantes alterações de mercado, poderemos no futuro introduzir mais novidades, mas por agora a aposta forte será na Avon e na Lassa”, refere José Azevedo da Mota.

DISTRIBUIÇÃOSendo um grossista, com proveniência do norte do país, a Pneurama aposta muito em viaturas próprias para distribuição bi-diária (e algumas vezes chega a tri-diária) na região do grande Porto, sendo que o norte e centro são as áreas comerciais por excelência para esta empresa recorrendo, como é tradicional, a empresas de transporte para entregar diariamente nos restantes clientes.“Atualmente estamos em expansão para toda a zona sul, com o objetivo de alargar um pouco mais a nossa rede de clientes, o que tem sido conseguido”, revela o responsável da empresa.

FOCO NO CLIENTEDesde 2002 que a Pneurama apostou nas vendas B2B (http://areareservada.pneurama.pt), onde dinamiza também uma série de promoções, numa plataforma que tem vindo a ganhar espaço nas vendas, embora a aposta continue a ser no contacto com o cliente. “Somos uma empresa familiar, que gosta de tratar os clientes como amigos. É por isso que vamos continuar a investir num relacionamento direto com o cliente”, afirma José Azevedo da Mota, acrescentando que “a loja online é boa, pois trata-se de mais um vendedor na rua, mas muitos clientes continuam a privilegiar o contacto direto”.

INSTALAÇÕESA empresa existe desde 1987 tendo atualmente as suas instalações em Paredes, com uma capacidade de armazenamento de 4.000 m2. Outro dos investimentos para o futuro a breve prazo pode passar por umas novas instalações (mantendo as atuais), que garantam à Pneurama outra capacidade logística, tendo em conta que o armazém atual está praticamente lotada.Refira-se que atualmente a empresa dispõe de um stock que ronda as 45.000 unidades, maioritariamente em pneus de ligeiros e comercias ligeiros, 4X4, industrias e maciços.

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Feu Vert. Pneus onlineA Feu Vert acaba de diferenciar a sua oferta com o lançamento de um portal eletrónico inteiramente dedicado ao comércio de pneus online. Promover a marca própria e os seus fornecedores e angariar clientes mais jovens assumem-se como os grandes objetivos.

TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES

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jovem: “Estão à vontade com a internet e é uma forma de chegar a eles”, explica, adiantando, depois, que esta decisão reponde também às novas tendências de mercado: Seja em casa, no computador, através do telemóvel ou do tablet, facilmente conseguimos fazer compras online e achamos que esta é uma forma de dar maior notoriedade e visibilidade à nossa marca”.

FATOR PREÇO COM COMODIDADEO serviço já existia em França e Espanha e foi agora adaptado ao mercado português, num processo que demorou “cerca de três meses”, confirma. “Estamos a arrancar com os pneus, mas a médio prazo iremos incluir outras gamas de produtos. A ideia é também sentir o pulso desta ferramenta, a forma como arranca e o retorno que nos traz e, a partir do momento em que tenhamos esse conhecimento adquirido e a máquina oleada, procuraremos alargar a oferta à disposição dos clientes. Além dos pneus e serviços Feu Vert, o novo portal de e-commerce promove e permite a aquisição de marcas como a Bridgestone, Continental, Dunlop, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, sendo que nesta fase de arranque haverá um desconto associado em cada compra online. “Nós procuramos chegar com preços competitivos aos nossos clientes. O mercado já por si é bastante competitivo e, nesta fase de lançamento, se queremos que a ferramenta tenha sucesso, faz todo sentido incluir alguns componentes para cativar o cliente. Hoje em dia o fator preço é a prioridade para o consumidor e aí sim adotamos essa estratégia. Estamos a falar de um desconto que varia entre cinco a dez por cento em relação ao preço de loja”, refere.Além de ser um serviço de comodidade que permite a aquisição de pneus mais baratos, o novo portal da Feu Vert permite ainda uma “encomenda” que, por sua vez, “gera automaticamente uma marcação de serviço

AFeu Vert acaba de lançar o portal www.pneus-feuvert.pt, uma nova forma de se relacionar com os seus clientes e promover não só a sua marca própria

de pneus, mas também canalizar vendas para todos os seus fornecedores. Nuno Figueiredo, gestor de produto da marca no nosso País, explicou à TURBO OFICINA que o principal motivo para esta decisão passou por criar “mais um canal de proximidade para com o cliente”, sobretudo de uma faixa etária mais

para a sua montagem”, dando ao cliente prioridade num horário à sua escolha. “A partir do momento em que é feita a marcação nós reservamos essa janela horária para ele. Ele faz a compra e não precisa de se preocupar com mais nada. Chega à loja e já tem os pneus à sua espera. É feita a montagem e todos os serviços associados, com o cliente a poder escolher qualquer um dos nossos pontos de venda para montar os pneus.” Tudo é feito por intermédio “de um helpdesk que recebe os pedidos e em função da seleção da oficina gera automaticamente uma encomenda para entregar no ponto A, B ou C em função da escolha do cliente, gerando ainda a marcação”.Sobre este modelo de vendas B2C que atinge diretamente o consumidor final, o lançamento de um novo serviço é sempre encarado com grande expetativa. Daí ser natural que Nuno Figueiredo se mostre entusiasmado com esta novidade. O gestor de produto da Feu Vert lembra, no entanto, que o acompanhamento local não pode ser esquecido. “Há realmente esta maior proximidade com os consumidores através de novas ferramentas online e acreditamos que o e-commerce irá crescer. Mas somos da opinião que este nunca irá roubar o lugar do canal tradicional. Existe mesmo neste tipo de compra, muitas vezes, a necessidade de ter algum aconselhamento ao cliente. A componente humana que depois gere o pedido do cliente, a recepção do mesmo e o tratamento enquanto não está na nossa oficina é importantíssima. Nós sabemos qual o pneu que o cliente pediu, mas antes de sequer abrirmos a ordem de reparação vamos com o cliente ao carro e vamos verificar se a medida selecionada é aquela que está no carro ou se está no livrete. Existe uma preocupação que vai além da venda. É todo um serviço integrado para garantir a plena satisfação do cliente”.

ESTAMOS A ARRANCAR COM OS PNEUS, MAS A MÉDIO PRAZO IREMOS INCLUIR OUTRAS GAMAS DE PRODUTOS, CONFIRMA NUNO FIGUEIREDO, DA FEU VERT www.pneus-feuvert.pt

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O Denúncias de defeitos e garantias

Em traços gerais, e quando outros períodos mais longos de garantia não são acordados entre as partes, carros e peças novas deverão oferecer uma

garantia mínima de dois anos, sendo esse também o período de garantia aplicável na compra e venda de bens usados, os quais, não obstante, podem ser objecto de um acordo para redução do período de garantia para um ano. Ou seja, para bens novos, o período mínimo de garantia oferecido não pode em circunstância alguma ser inferior a dois anos contados do momento em que o bem é colocado à disposição do comprador, já que é este o prazo de garantia legal. Já para os bens usados, embora o período de garantia por defeito seja também de dois anos, a lei prevê a possibilidade que, por via de um acordo entre vendedor e comprador, esse período possa ser reduzido para um ano apenas.É também importante referir em termos muito resumidos que, verificando-se qualquer defeito ou desconformidade do bem (seja o automóvel ou a peça vendida) durante o período de garantia, o consumidor tem direito à reposição da conformidade do bem sem encargos, seja por via da substituição, seja por via da reparação, num prazo razoável que não deverá exceder os 30 dias nos bens móveis. Não se verificando essa reposição, pode aquele optar pela resolução do contrato de compra e venda, podendo ainda, dependendo das circunstâncias, pedir uma indemnização pelos “danos patrimoniais e não patrimoniais resultantes do fornecimento de bens ou prestações de serviços defeituosos”.A desconformidade existe sempre que (i) o bem comprado tenha algum defeito, não tendo as qualidades apresentadas e que dele se esperam; quando (ii) não for adequado ao fim específico para que o comprador o tenha adquirido; quando (iii) não for adequado para a utilização que geralmente lhe é dada; quando (iv) não tenha as qualidades anunciadas ou habituais do mesmo tipo de bens ou cuja qualidade e características não estejam de acordo com a promoção publicitária ou com as indicações do seu rótulo; ou ainda quando (v) haja incorrecções na montagem por parte do vendedor do bem.

Conhecidos em traços gerais os períodos e âmbitos das garantias, importa saber quais os prazos e as formas que devem ser respeitados uma vez constatado o defeito ou a desconformidade do bem adquirido.Uma vez conhecida a desconformidade ou o defeito do produto o consumidor pode dirigir-se ao vendedor do mesmo, podendo ainda dirigir-se ao produtor ou ao seu representante no caso de defeitos de fabrico para exercer os direitos, responsabilizando-o directamente.Em relação aos bens móveis, sejam novos ou usados, a denúncia deve obrigatoriamente ser feita dentro de dois meses contados da data em que o consumidor se apercebe da falta de conformidade (defeito ou vício) e, em qualquer caso, dentro dos dois anos de garantia legal ou, no caso de compra e venda de bens usados em que tenha existido acordo para a redução da garantia para o período de um ano, a denúncia terá de ser efectuada nos dois meses a contar da data em que toma conhecimento da falta de conformidade, mas dentro do prazo de um ano acordado.Caso a denúncia da desconformidade não seja feita dentro dos prazos referidos, os direitos atribuídos pela lei extinguem-se. Denunciado o contrato e não tendo o vendedor procedido à reposição da conformidade do bem, o consumidor tem ainda dois anos contados do momento de denúncia para intentar acção judicial, mesmo que o tenha feito no final do prazo de garantia. O consumidor que invoca a desconformidade, não tem de provar que esta é posterior à data da entrega, ou seja, que não é de origem. É o vendedor quem tem de o fazer e caso não o consiga fazer, a lei presume que a desconformidade já existia quando o bem foi entregue. Esta regra protege bastante o consumidor, mas na prática tende a só ter utilidade em acções judiciais. Convém sempre que possível guardar as provas quer do momento em que o consumidor tomou conhecimento da desconformidade, quer da data e meio pelo qual procedeu à denúncia desse defeito ou desconformidade.

MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO

ADVOGADO

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email

para: [email protected] indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza

jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia

opiniãoJá foi tema abordado neste espaço o regime das garantias que protege os consumidores quer na compra e venda de automóveis novos ou usados, quer também em relação às peças aplicadas nas reparações automóveis, regulado pelo Decreto Lei 67/2003 de 9 de Abril na sua redacção actual com as alterações que lhe foram introduzidas pelo 84/2008, de 21 de Maio.

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