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Turmas 5R1 e 5R2 Histórias da turma 5! Correção Claudenir J. Gonçalves Ilustrações próprias dos autores Edição Thatiane Vieira

Turmas 5R1 e 5R2 · ... e eles chamaram um barco, que veio com ... Chegou o dia em que João e seus amigos esperavam, o ... viram um monstro sair da água suja. O monstro atirava

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Turmas 5R1 e 5R2

Histórias da turma 5!

Correção Claudenir J. Gonçalves

Ilustrações próprias dos autores

Edição Thatiane Vieira

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Escola Alemã Corcovado

Rio de Janeiro 2015

Introdução

O presente livro foi desenvolvido a partir de histórias criadas pelos alunos da quinta série (5R1 e 5R2 - 2015). Além de usar alguns temas motivadores apresentados em aula, os jovens também trouxeram suas próprias contribuições, inspirados em livros e filmes que conheciam. O objetivo didático foi refletir e estudar os elementos predominantes desses gêneros textuais, tanto no que diz respeito às suas estruturas quanto no que diz respeito aos seus aspectos gramaticais em consonância com a norma padrão da língua. O trabalho nos fez refletir sobre como criar suspense, sobre como sensibilizar as pessoas com nossas histórias e sobre como fazer rir com nossas rimas. O processo desse trabalho transcorreu em um clima de satisfação e fruição da leitura e audição das histórias, que, por motivos óbvios, ou nem tanto, me recuso a chamar de redação.

Como parte de um exercício, alguns contos não alcançaram, por exemplo, o caráter de conto de suspense que foi objetivado. No entanto, tomando a experiência como um exercício, é compreensível que obtenhamos resultados diversos, e isso está longe de invalidar o trabalho, pois foi claro o crescimento pessoal de cada um.

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Em um grupo, é esperado que haja heterogeneidade. Há

gostos distintos, hábitos distintos. O que impressiona é que alguns participantes que, mesmo que não tenham o hábito da leitura nem sejam "bons" em Português, criaram textos muito apreciados pelos colegas.

Agradecimentos

Conforme o tempo vai passando, observando os alunos das diversas faixas etárias, fico cada vez mais convencido da importância do trabalho coletivo. Destarte, o que produzimos jamais seria possível sem a ótima base trabalhada pelos professores nos anos anteriores. E um obrigado especialíssimo à Thatiane Vieira (estagiária da Biblioteca Infantil), que acolheu esse trabalho com todo o seu carinho.

Turma 5R1, turma 5R2 e prof. Claudenir.

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Sumário

Histórias de suspense 5R1.................... 7

Histórias poéticas 5R1.......................... 48

Histórias de refugiados 5R1................. 63

Histórias de suspense 5R2.................... 76

Histórias poéticas 5R2.......................... 107

Histórias de refugiados 5R2................. 118

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A Carona Filippa Brenner

Há uns anos, chovia muito no norte de nosso país e lá

estava, mais uma vez, Nicolas com seu medíocre fusca na lama da chuva, com muito frio. Nicolas avistou um homem, e esse homem parecia estar com muito frio e meio doente. E como Nicolas era muito educado e generoso, ofereceu-lhe uma carona até sua casa. Rapidamente, o homem aceitou e entrou no fusca.

Os dois conversaram demais. O homem até disse que estava ansioso por chegar em casa, pois era aniversário de sua caçula, e que ela faria dez anos. Logo depois, Nicolas perguntou para o homem onde ele morava, mas o homem apenas respondeu que era perto de uma igrejinha, Nicolas não sabia onde ficava a tal igrejinha, mas o homem disse para apenas seguir em frente. Então foi isso que Nicolas fez.

Quinze minutos depois, Nicolas finalmente achou a casa do homem. Ele percebeu que a casa era muito pobre e parecia abandonada, mas ele não ligou muito. Então o homem pegou o presente da filha e, antes de fechar a porta do fusca, virou-se para ele e disse:

- Olha, Nicolas, vejo que você é um bom rapaz e que

tem uma bela vida pela frente, então nunca mais dê carona para pessoas desconhecidas, porque foi assim que eu morri.

E um segundo depois disso, esse homem sumiu como

fumaça. Nicolas nem ligou para o fusca. Saiu correndo desesperadamente com o seu carro. Quando chegou em casa, Nicolas resolveu contar essa história para sua avó. Então ela disse que esse homem havia sido esfaqueado quando dava carona para um desconhecido. Desde então, sua alma fica

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andando por essa rua há mais de 40 anos, dizendo que é aniversário de dez anos da filha dele, mas hoje a filha dele já tem 50 anos. Logo depois, ele diz que sua casa fica perto de uma igrejinha, mas há mais de 10 anos que a igrejinha não está mais lá. Ele faz isso para que mais ninguém sofra o que ele sofreu, e não apenas para assustar as pessoas. O que importa é que, depois disso, Nicolas nunca mais deu carona para ninguém.

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O Jaja1 Jonas Peter

Um dia, a família Peter ia fazer um passeio num belo veleiro chamado Jaja 1, mas soube de uma história muito estranha sobre o barco. A história era assim:

“Num belo dia de sol, a família Jacober foi fazer um passeio de barco. Ele era muito bonito e muito tecnológico. Quando eles tiraram a âncora e subiram a vela, começaram a fazer o passeio, mas o barco andava como se estivesse nas nuvens.

De repente, quando chegaram a um lugar isoladíssimo, começou a chover muito. No entanto, a família Jacober não teve nenhum medo. Do nada, começou a trovejar, mas ainda assim, não tiveram o menor medo. Depois começaram as ondas de quase sete metros. Aí sim, eles começaram a ter medo. E também a chuva, o trovão e as ondas só davam em cima deles. Quatrocentos metros depois, não tinha nada de trovão, de ondas, nem de chuva.... Perceberam, então, que a gasolina acabara, e eles chamaram um barco, que veio com cem litros de gasolina para abastecer a lancha. Quando o barco com a gasolina chegou, as ondas... pararam. Mas quando o abastecimento foi concluído e a embarcação saiu, começou tudo de novo. A família Jacober achou muito estranho e não sabia se ligava para a polícia ou não. Então, veio uma onda enorme e matou toda a família. Ninguém nunca mais viu a família Jacober, e ninguém nunca mais andou no veleiro Jaja 1.”

Por isso que a família Peter não quis mais fazer o passeio no barco. Os Peters ficaram bem assustados com a história contada.

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PROBLEMAS NA NOSSA BAÍA João Pedro Rezende

Chegou o dia em que João e seus amigos esperavam, o

dia em que iam falar no jornal sobre a nossa preparação para as Olimpíadas de 2016. Quando chegou a hora do jornal, eles ligaram a tevê e o jornalista disse:

- O presidente da federação de vela diz que a Baía de

Guanabara está sem condições de receber os atletas olímpicos, pois está suja demais!

No dia seguinte, João falou com os amigos e eles

resolveram investigar o caso. Eles foram à tarde ver a orla da Baía. Chegou uma hora em que eles viram um tubo de esgoto bem grande despejando lixo na Baía de Guanabara e eles, curiosos, entraram.

Já algumas horas caminhando pelo lixo, sentiram a água borbulhar, sair fumaça e, de repente, viram um monstro sair da água suja. O monstro atirava lixo, e então pegaram um detergente e um sabonete que estava no meio da sujeira e limparam o monstro até ele morrer.

Os dias se passaram e a prefeitura do Rio de Janeiro sentiu que estava mais fácil de limpar a Baía de Guanabara. E o jornal dizia assim:

- O presidente da federação de vela adorou que a Baía de Guanabara está completamente limpa. Quem diria?

E assim, João pôde dormir tranquilamente, sabendo que

as nossas Olimpíadas vão ser muito divertidas e emocionantes.

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“Five cakes at Freddy´s”

Leonardo Lundgrem

Eu estava animado em uma festa, dançando. Até que me deu vontade de ir ao banheiro. Então fui até lá, mas quando voltei, eu me vi num quarto escuro e frio, sem ninguém. Até que eu escutei risos e alguém estava dizendo: “Hello”. Eram vozes agudas e pareciam tristes. De repente, eu ouvi o telefone tocando... Mas quando atendi, a única coisa que eu ouvi foi uma vozinha baixinha que disse:

- Saia desse lugar...Ele é amaldiçoado!

E depois ele gritou, como se tivesse sendo massacrado e desligou.

Eu fiquei com medo. Não sabia o que ia acontecer, até que alguma coisa bateu na porta e eu fui abrir. Mas quando eu abri...um animal que parecia um pato amarelo pulou em mim e eu comecei a tentar fugir. De repente, apareceu um bolo na minha frente, eu dei o bolo para ele e ele se transformou em uma luz e nela apareceu uma cara feliz. A luz saiu voando e foi embora, e a luz do olho do monstro se apagou, e assim aconteceu com os outros monstros, e só então eu entendi que as almas estavam presas e sem felicidade dentro dos corpos dos monstros. O bolo os deixava felizes e libertava suas almas. Quando o último, que era o Freddy, foi libertado, eu desmaiei, e acordei de novo no banheiro. Quando saí, estava de novo na festa e percebi que tudo tinha sido mesmo real.

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O menino teletransportador Bernardo Hakme

Era uma vez um menino comum que amava ciência.

Seu pai era cientista da melhor e mais importante empresa da cidade.

Um dia, o menino estava passeando na rua quando viu uma loja com substâncias para o teletransporte de pessoas por até 3km, não importava onde estivessem. De repente, chegou um grupo de meninos de sua escola que faziam bullying com ele. Eles o empurraram para o vidro e as substâncias despencaram em seu rosto. Os seus pais o encontraram desmaiado no chão e, como sua mãe era médica, ela jogou água em seu rosto e ele acordou assustado.

Ele voltou para casa preocupado com o que havia acontecido. De repente, ele estalou os dedos e pensou no lugar onde se passara a tragédia, e foi imediatamente teletransportado para lá. O menino viu que tinha se teletransportado e percebeu que para conseguir fazer aquilo tinha apenas que estalar os dedos e pensar em um lugar aleatório; e para teletransportar outra pessoa, ele tinha que olhar para ela, pensar no lugar e estalar os dedos. No dia seguinte, ele pensou em ser um super-herói. Ele começou teletransportando bandidos para a prisão e salvando a cidade. Um dia, ele encontrou seu maior “pesadelo”: o famoso monstro Lagartixa. No entanto, para ele foi fácil, bastou teletransportar-se para a cabeça do monstro e depois teletransportar uma faca para o olho do monstro. A partir daquele dia, a cidade ficou aliviada e segura.

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Tu...tu...ba...rão Thomas Alquéres Temke

Era uma vez um biólogo marinho chamado Tony. Ele

era especializado em tubarões. Ele foi chamado para ir a Recife para descobrir o fato de os tubarões estarem atacando os humanos e também descobrir que espécie era aquela. Tony chegou a Recife e logo descobriu que havia uma barreira de corais e recifes que separavam as águas fundas e rasas, mas, como também estava acontecendo ataques nas águas rasas, devia ter um buraco por onde os tubarões passavam.

Tony reparou que havia um gigantesco porto ali perto. “Será que essa é a causa dos ataques?” Ele pesquisou bastante e chegou à conclusão de que a causa de os tubarões atacarem era o porto, pois ele afastava os peixes, e esses peixes iam se refugiar nas praias.

Depois dessa descoberta, Tony começou a investigar a espécie do tubarão que estava atacando as pessoas. Então foi procurar a pessoa que foi atacada. Ele achou um senhor de 70 anos que perdera a mão. O senhor havia guardado a prancha em que fora atacado. Tony reparou que as marcas na prancha eram semelhantes às de ataques realizados por tubarões de cabeça chata, e estava certo.

Tony comunicou-se com o grupo Greenpeace, que convenceu o dono do porto a transferir sua localização para um lugar que não atrapalhasse a biodiversidade marinha.

Desde então, não houve mais ataques.

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O caso das duas irmãs

Lívia Ruthner

A cidade estava em polvorosa. Todas as manchetes diziam a mesma coisa: a viúva engravidou. Eram duas meninas gêmeas. A viúva não queria cuidar das meninas, porque elas a faziam lembrar seu marido e sua linda filha Lilian. Os dois haviam morrido misteriosamente. As meninas foram então criadas no hospital. No entanto, infelizmente, as enfermeiras as maltratavam muito.

Quando as meninas completaram cinco anos, resolveram se vingar das enfermeiras. Na noite de sexta-feira, houve um apagão. Quando a luz voltou, todos estavam mortos, e havia pegadas de sangue no chão. As meninas haviam desaparecido. Só havia um sobrevivente: era o médico. Ele ligou para a polícia, que enviou Ema; ela era detetive.

Então Ema chegou ao hospital e procurou por provas, mas não achou nada. Ela foi entrando cada vez mais no hospital até chegar à sala de documentos dos bebês nascidos no hospital. Então percebeu que tinha uma porta escondida no outro lado da sala. Ela entrou lá e achou a certidão de nascimento das gêmeas. Ema examinou cuidadosamente a certidão já amarelada e um pouco rasgada, mas conseguiu decifrar uma assustadora frase: “você será a próxima”. Dentro do documento das gêmeas estava o dela também. Ela abriu e viu que por baixo de seu nome, Ema, estava escrito algo. Ela pegou uma borracha que estava em cima da mesa e apagou o nome Ema e embaixo estava escrito “Lilian”.

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John, o invisível. Jonas Peter

Era uma vez um homem chamado Marcos. Ele podia ficar visível ou invisível.

Um dia, Marcos e seu amigo John foram visitar a favela Dona Marta, porque lá tinha uma bela vista.

Quando eles chegaram ao topo do Dona Marta, começou um tiroteio. Marcos segurou a mão de John e acionou em seu controle o modo “invisível“ e ficaram ele e o John invisíveis, por isso eles não se feriram. Quando acabou o tiroteio, eles voltaram ao normal e John perguntou admirado:

- Nossa, Marcos, você é demais! Como que você faz isso?

Marcos respondeu:

- John, não conta isso para ninguém, ok? Finge que eu sou uma pessoa normal, senão eu estou muito encrencado! Por favor, não conta para ninguém!

John prometeu que não iria contar para ninguém e Marcos confiou nele.

Desde então, Marcos parou de ficar invisível e John não falou o segredo para ninguém. Dali em diante, Marcos teve uma bela vida!

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VIAGEM PARA O YOSEMITE

Gustavo Maldonado

Quando estávamos no Yosemite, minha mãe e eu decidimos fazer um “tour” pela floresta. Ficamos preocupados quando soubemos que os ursos furtam a comida das pessoas, e se a comida estiver no carro, eles o destroem para pegá-la. Para o lanche, minha mãe pegara três queijos, porém eu não sabia.

A gente estava andando, o sol raiando, e tudo estava bem, até que... ouvimos alguns passos distantes e barulho de galho quebrando e as folhas se mexendo ao mesmo tempo. Meus ossos tremeram e meu joelho quase despencou em direção ao chão. Parecia um urso, mas pior: estava se aproximando! Logo depois, percebi que minha mãe tinha trazido lanche: o queijo! Então, como o “THE FLASH”, eu peguei da bolsa da minha mãe os três queijos e os joguei em direção ao urso, que àquela altura já estava diante de nós. Ele comeu calmamente o queijo e simplesmente virou as costas e foi embora. (Antes disso, ele arrotou).

Chegamos ao hotel sãos e salvos. Agora, eu recomendo a todo mundo tomar um pouquinho de cuidado com os bichos da natureza, pois, mesmo que eles não representem nada para as pessoas, eles podem dar certo trabalho...

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A Poção da Desinvibilidade

Leonardo Lundgren

Era uma vez um homem, mas não apenas um homem comum, ele tinha um superpoder. Era o poder da invisibilidade. Ele podia ficar invisível a qualquer hora e em qualquer lugar.

Ele ajudava os cidadãos indefesos a lutar contra o mal e pelo bem da cidade, mas um dia o poder dele se descontrolou e ele não conseguia voltar a ficar visível; ele não conseguia aparecer.

O pobre homem andava na rua e ninguém o via; ele estava em casa e a família não o via; ele não podia comer, pois a comida atravessava seu corpo, e ele não podia fazer nada. Estava começando a ficar maluco, e começou a ficar “do mal”. No entanto, ele não podia fazer nada de mal a ninguém, pois ninguém podia vê-lo, ninguém o sentia, e ele não podia tocar em nada.

Um dia, ele foi a um laboratório e viu que em cima da mesa havia um frasco escrito:

POÇÃO DA “DESINVIBILIDADE”.

Ele ia pegar o frasco, mas lembrou-se de que, como ele era invisível, não podia pegá-lo. Então ele teve uma ideia: agir como um fantasma que pode entrar no corpo das pessoas e controlá-las.

Ele entrou no corpo de um cientista, pegou a poção e a bebeu. O corpo do cientista começou a tremer e por sua boca saiu o homem, mas não estava mais invisível. Então tudo voltou ao normal e o homem invisível continuou combatendo o crime.

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A Aventura da 5R1

Julia Dopheide

No dia 13/05/2015, a turma 5R1 foi a um passeio lá na Pedra Bonita. Quando entramos na van, eu e meus amigos, Nina, Lívia e Jonas nos sentimos como se tivéssemos almas livres.

De repente, uma van prateada parou ao nosso lado, e as pessoas de dentro dela ficaram desesperadas, pois ela começou a ir descontroladamente para trás.

Já a nossa van, com esforço, conseguiu evitar de ir para trás também. Quando todos chegaram ao ponto de encontro (no mapa da trilha) nós conhecemos o Eduardo, nosso guia. Depois das apresentações, nós começamos a subir a trilha, Jonas escorregou numa pedra na metade do caminho, mas felizmente logo se recuperou da dor e do susto. No local, encontramos muitos tipos de plantas interessantes.

Finalmente, chegamos à Pedra Bonita e constatamos que ela é literalmente bonita, muito bonita. Fizemos ainda um piquenique, apesar de estar muito frio lá.

Quando chegou a hora de ir embora, todos ficaram tristes, mas fazer o que, né?

Eu admito que foi bem legal, foi o segundo melhor passeio deste ano! O primeiro foi lá no Hotel Vassouras Eco Resort, que agora não vem ao caso. Essa foi a aventura da 5R1!

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O mistério da tempestade

Nina Maria Dahms

Estava chovendo e os primeiros raios iluminavam o céu a cada cinco segundos. Grandes nuvens pretas se espalhavam pelo céu e trovões faziam um barulho tão forte que até produzia eco. Eu estava correndo pelas ruas escuras para chegar em casa logo. A minha mãe ia me matar por ter demorado tanto, mas também não era minha culpa se o dentista tinha me atendido tão tarde! Coloquei os fones de ouvidos, liguei uma música bem alta e comecei a correr mais rápido.

Quando cheguei ao parque perto da minha casa, ouvi, de repente, um barulho. Pareciam passos! Eu olhei em volta, mas não vi nada. Os passos estavam bem atrás de mim! E quando me virei, dei de cara com uma fera: um corpo cinza e cheio de pelo sujo se esticava do chão até o topo das árvores, e seus olhos vermelhos me encaravam. Mas o pior eram os dentes: longos e afiados que nem espadas, apareciam na boca da fera. Eu estava tremendo, e não conseguia me mexer de medo. O pavor me dominava e impedia minhas pernas de se mexerem. Então eu caí no chão. A fera estava chegando e chegando cada vez mais perto!

Quando tentei me levantar, a minha perna direita bateu em um pedaço de madeira com muitos pregos dentro. Eu cortei a minha perna nos pregos e o sangue escorreu para baixo. Eu gritei... de medo, de dor, de desespero. Eu estava me arrastando para trás, fazendo força na minha perna esquerda para empurrar o meu corpo. Um raio muito claro iluminou o céu e a chuva ficou mais forte por alguns minutos. Depois a chuva parou e a fera desapareceu.

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Eu me segurei em uma árvore e consegui me levantar. Arrastando a minha perna machucada pelo chão, eu comecei o caminho de volta para a minha casa. Quando a minha mãe abriu a porta, eu contei tudo, e ela logo cuidou da minha perna. Mas depois daquela tempestade, eu fiquei com medo do parque, pois teria ainda que passar por lá durante muito tempo.

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O assassino Mariana Mirow

Em um dia chuvoso, Elisa, uma garota de 15 anos,

estava sentada na poltrona da casa de praia de sua avó. Seus pais tinham saído com sua avó para comer, e ela estava lendo um livro. De repente, menina ouviu um barulho estranho que veio do jardim.

- O que foi isso? - perguntou a si mesma, mas depois achou que tinha sido só um raio.

Quando a chuva parou, Elisa saiu para o jardim. Tudo estava molhado, e todos os animais faziam um estranho silêncio. Elisa quis entrar, mas foi aí que ela ouviu um barulho de uma faca batendo em algo que vinha da floresta, e rapidamente entrou em casa e se jogou em sua cama.

No dia seguinte, Elisa saiu para passear na floresta. Quando ela chegou a um lago, viu algo assustador:

- Ah, um corpo! No chão, havia um corpo. Elisa chegou perto da cena

assustadora e viu um bilhete que dizia: ‘’Sei que me ouviu ontem, tome cuidado! ’’, Elisa saiu correndo quando sentiu uma mão em suas costas:

- Ora, ora, ora, se não é a adolescente mais enxerida que eu já vi!

Ela se virou e viu um homem com uma faca: era seu carteiro. Ela tentou se soltar, mas não conseguiu. Então ela deu um soco em sua cara e ele desmaiou. Depois disso, ela continuou correndo e, quando chegou em casa, chamou a polícia. Os policiais chegaram, procuraram por pistas no local e, finalmente, acharam um recorte de jornal jogado no chão, onde estava escrito: “Assassino procurado há cinco meses”. Ao lado do texto, estava a foto de seu carteiro.

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O ladrão procurado Mariana Mirow

Em Londres, uma cidade nem muito grande nem muito

pequena, havia um ladrão sendo procurado, mas nunca o tinham visto. Quando a polícia olhava as câmeras dos bancos que haviam sido assaltados, só via o dinheiro flutuando e saindo da loja. E o mistério continuava.

Um dia, quatro amigos estavam indo para Londres. Quando chegaram lá, viram que a cidade toda estava vazia; só de vez em quando, dava para sentir um par de olhos espreitarem das janelas. Então um dos amigos disse:

- Mas que estranho! Semana passada estava tudo cheio de gente!

Eles foram para o hotel e deixaram suas coisas lá. Depois disso, as garotas queriam ir ao shopping para fazer compras.

- Nossa, quanta coisa cara! Mas lindas! - disseram encantadas as meninas.

De repente, a caixa registradora se abriu sozinha e o dinheiro começou a voar.

- Mas o que é isso?! - gritou Lisa, uma das garotas que logo pegou o dinheiro que estava voando; e Leo, Rafa e Lila a ajudaram. Leo e Rafa sentiram então braços que os agarravam. Lila e Lisa também sentiram os braços, e eles as jogaram no chão. Elas desmaiaram.

Depois daquilo, ninguém nunca mais viu aqueles adolescentes. A polícia examinou várias câmeras do local, mas só via os jovens como que sendo puxados por algo para fora do shopping. A busca continuou ainda por muito tempo, mas o que eles continuavam encontrando era somente dinheiro flutuante saindo das lojas.

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A casa ao lado da minha - parte 1

Laura Zellner

Há alguns dias, tinha ouvido que no bairro onde eu morava muitas pessoas tinham morrido, pois havia uma onda de assassinatos por lá. Como achei tudo “baboseira”, fui para a casa da minha melhor amiga, no número 116.

Na manhã seguinte, acordei e encontrei minha amiga morta com 12 facadas em sua barriga. Liguei imediatamente para a polícia. Fiquei apavorada e me perguntando: “Por que exatamente doze facadas”?

Depois de alguns anos, uma família se mudou justamente para a casa 116. A família não sabia nada sobre a história da antiga moradora.

Algum tempo depois, a nova moradora que começou a morar lá fez uma festa de aniversário. Eu fui convidada, é claro. Mas no instante em que entrei na casa, lembrei-me de como foi ver minha amiga morta na manhã daquele triste e apavorante sábado.

Logo em seguida, sem me dar conta, havia entrado no quarto de Melissa, pegado uma faca e a matado. Só aproximadamente uma hora depois, olhei horrorizada para minhas mãos banhadas com o sangue de Melissa. Então percebi que ela não havia se matado; eu a tinha matado. Foi então que descobri que tinha personalidade dupla: uma que era “do bem” e outra, que era malvada, e até hoje continuo me perguntando: “O que eu devo fazer?”. (Continua.)

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A casa ao lado da minha - parte 2

Laura Zellner

Acordei na sala de estar da minha casa, eu estava toda suja com o sangue da minha família. Eu não sabia o que fazer. Parecia que eu estava presa a alguma coisa e me sentia muito estranha. Tinha a sensação de que iria “apagar” de uma hora para outra.

Tentei fazer alguma coisa, mas não consegui fazer absolutamente nada. Para impedir os apagões em minha mente, viajei para Nova Orleans, pois queria encontrar uma bruxa cujo nome era Ana.

Ela disse que só poderia impedir que o meu lado obscuro aparecesse se eu morresse. Então Ana tentou, de várias maneiras, me matar, mas ela não conseguiu.

Somente depois de sete anos, Ana finalmente conseguiu, mas de um jeito que eu consegui reviver e recomeçar minha vida sem esse lado obscuro. Agora me sinto muito culpada pelas pessoas que matei! E só posso desejar que descansem em paz. R.I.P.

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O Sumiço do Herói Catarina Messa

Em uma cidade distante daqui, viviam super-heróis.

Mas um deles tinha sumido, ninguém sabia de nada. Esse super-herói se chamava Homem Invisível. Muitos de nós pensavam que talvez ele estivesse do nosso lado e ninguém o podia ver.

Ele fazia parte de uma agência de super-heróis, e se ele estivesse visível, alguém da tal agência poderia prendê-lo. Um dia, as pessoas começaram a perder dinheiro e outros pertences. Os super-heróis ficaram com medo de ser o Homem Invisível. Isso seria vergonhoso para todos. Então eles tiveram uma ideia: pediram para o maior cientista do mundo criar uma máquina de ver pessoas invisíveis. O cientista demorou quase um ano para terminar, mas quando terminou a população toda já estava sem nem um centavo. Logo no dia seguinte, eles pediram para uma moça que estava sendo muito roubada, para instalar a máquina em algum lugar de sua casa, para quando o ladrão viesse, pudessem descobrir quem ele era.

No dia seguinte, os super-heróis voltaram à casa da moça e viram as imagens. Adivinha quem era? O homem invisível! Mas eles tinham um problema. Como conseguiriam pegá-lo? Eles pensaram muito e tiveram a ideia de fazer uma armadilha na casa da moça. Eles demoraram o dia todo, mas conseguiram! No meio da noite, a moça ligou para os super-heróis e disse que o ladrão tinha sido pego. Os super-heróis correram para casa da moça, pegaram o Homem Invisível, que teve que devolver tudo que tinha roubado, e foi preso.

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Desde então tudo voltou ao normal, mas lembre-se! Se suas coisas estiverem sumindo, tome cuidado, porque pode ser o Homem Invisível que fugiu da prisão!

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Uma viagem de surpresas Catarina Messa

Eu vou contar uma história para vocês sobre uma viagem inesquecível com a minha família. Tudo começou quando nós fomos para o aeroporto e perdemos o avião. Tivemos que esperar uma hora até o outro voo. Nós estávamos indo para a China, apesar de que ninguém soubesse falar chinês.

Quando chegamos, estava chovendo muito, por isso foi superdifícil chegar ao hotel. No hotel, demoramos mais de uma hora na recepção porque, primeiro, ninguém sabia falar chinês e, segundo, já haviam colocado outros hóspedes em nosso quarto por causa de nosso atraso. Quando finalmente conseguimos entrar no quarto, já era tarde e tivemos que ir dormir. No dia seguinte, o jornal tinha vindo em português! Tinha uma notícia dizendo que um ladrão tinha fugido da prisão. Nós ficamos morrendo de medo de sair do hotel, mas nós tínhamos que comprar comida.

Na rua, todo mundo de mãos dadas. De repente, percebi que estava sendo perseguida, mas não quis falar nada para os meus pais. Voltamos para o hotel e eu com aquela sensação de que alguém estava me perseguindo. Fiquei morrendo de medo de que fosse o ladrão. Queria muito descobrir quem era.

Então, quando saímos de novo, tentei várias vezes virar para trás para ver se o flagrava, mas, nada. Teve uma hora em que eu disse: “Desisto", mas a minha intenção era confundir a pessoa que estava atrás de mim. Ela ia pensar que eu não ia mais virar, mas eu virei. Eu vi que era apenas o meu amigo da escola querendo me dar um susto, ou seja,

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preocupei-me por nada. Depois voltei para o Rio com aquela aventura na cabeça que eu tinha vivido.

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A Experiência

João Pedro Rezende

Um dia, um cientista chamado Tony foi fazer a experiência de que ele e toda sua empresa esperavam: a experiência de tornar algo invisível. Eles ligaram toda a energia do prédio, ativaram o laser e colocaram uma maçã como alvo. Era um dia chuvoso e com muitos raios, mas ninguém se importou. Quando foram atirar o laser, um raio entrou pela janela e mudou seu rumo, que acabou acertando Tony. Ninguém mais viu Tony, mas ele estava vivo e invisível. Com o passar do tempo, sua mulher Rose e todos pensaram que ele tivesse morrido. Rose se casou de novo e Tony ficou muito bravo.

Numa noite, ele resolveu aterrorizar a casa de sua mulher. No meio do jantar, Tony pegou a foto que ela guardava (dele e dela) e escreveu: "Você se lembra? ”. Ele colocou no meio da mesa. Depois ele pegou uma faca e colocou no pescoço do marido dela. Ela disse:

- Pare, Tony!!! É você? Pensei que você tivesse morrido, mas, por favor, não faça isso! Eu vou te ajudar a ficar normal!!!

Tony concordou e jogou a faca no chão. Rose também era cientista e inverteu o laser, deixando Tony visível, e assim ficaram bem.

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Cabeças de Cera Guilherme Fonseca

Era uma vez um cara chamado Joshua, que era muito curioso, mas medroso. Ele adorava bancar o detetive da turma, mas, com coisas perigosas, parecia um cachorrinho medroso.

Um dia, ele estava em uma igreja vendo cabeças de cera. Ele achou muito interessante, principalmente uma que estava escrito: “Homem Invisível”.

A expressão da cabeça de cera era estranha, amedrontadora e careca, tinha um semblante muito sério. Joshua saiu correndo de medo.

Desde então, ele passou a visitar a igreja com mais frequência. Até que um dia, ele escutou uma voz baixa mas clara, enquanto o vento fazia: “Vuuuuuu! ”.

- Ooooooooiiiii... Vocêêêêêêêêêêêêêê... eeestááááááááá...cooom...meeeedoooo....Ahahhahahahahahahhahahahahhah!

- Tô! - respondeu Joshua - pare com essa brincadeira! - Não é brincadeira, é vida real! - disse o monstro. As luzes se apagaram sem explicação e as portas se

fecharam. Então Joshua olhou para cima e viu um cara cheio de cicatrizes e machucado. Era igual à estátua.

Joshua não teve mais medo, agiu rápido, pegou uma faca e deu um corte certeiro na barriga do homem. As portas se abriram e Joshua saiu de lá.

Depois disso, Joshua não foi mais curioso. Como disse o monstro, o medo o estava dominando.

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Será que estou vendo mesmo isso? Guilherme Fonseca

“Onde eu estou? Não fui até aí ontem? Ainda estou sonhando? Vou entrar! Droga! Preciso de uma chave." Acordei. Pensei :

"O que foi isso? Que maluco! Vou para escola." Deixe-me me apresentar: sou Karl, estou no 5o ano e

gosto de jogar vídeo-game. - Que sonho você teve hoje? - perguntou seu melhor amigo

John. - Foi bom? - Há! - eu disse - Bem... Não, de novo! - Ok, turma! vamos abrir o livro na página 27... blá, blá,

blá. - disse sua professora. "Que? Aqui de novo? Estou dormindo. Na última vez não

tinha abertura em cima e na esquerda da casa! Vou tentar entrar lá. Droga! Estou acordando!"

E isso se repetiu muitas vezes. Até que um dia tivemos uma excursão para um lugar chamado "O abismo da verruga amassada." Lá vi uma coisa espetacular...

- Estou sonhando? - eu disse - É a casa que aparece nos sonhos!

Consegui entrar nela. No chão da sala, vi um folheto amassado, amarelado, escrito em código e com marcas de sangue.

Mostrei-o para o meu amigo John , e ele disse que tinha aprendido esse código na internet. Ele me traduziu em voz baixa: "squez chumara catzts minz" para : Me ajudem, por favor!

- Onde? - eu perguntei - Não tá escrito nada! Ele virou a folha e viu: "sunirz minco saparo tupo", e ele

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traduziu para: Pulem do abismo da verruga amassada." - Ok! - disse - Vamos sair! Quando íamos sair, as portas se trancaram de repente.

Começamos a ouvir vozes sussurando: "Vvvvvvooooocccccêêêssss ffffiiiizzzzeeeerrrraaaammmm aaaa eeeesssscccccooooollllhhhhaaaa eeeeerrrraaaadddaaaa!"

A cada palavra que eles falavam, ia aparecendo um símbolo, a marca da morte. O chão começou a tremer e, de repente, caiu um homem. Vagarosamente se formou um colar de sangue em volta dele e tinha uma bala no pescoço.

- Ahhhh! - gritou John - Nós vamos morrer! A casa estava flutuando! - Vamos pulaaaaaaaar! - eu disse

enquanto pulava- Ahhhh! Quando eu vi, estávamos na água, e vimos uma pessoa, ou

melhor, um corpo! Tinha uma carta velha e com marcas de sangue! Estava escrito: Obrigado por virem até aqui, mas se vocês receberam essa carta é porque morri. Atrás dele tinha uma menina sangrando, usava blusa branca, seu cabelo tapava o rosto, havia uma faca enfiada no peito, seu coração estava na boca e e seu fígado, no chão; Havia sido enforcada e estava sem pupila. Formou-se, então, repentinamente, uma cara de fumaça que nos engoliu e, curiosamente, voltamos para o passeio como se nada tivesse acontecido.

- O que aconteceu? - eu perguntei. - Sei lá!- disse o meu amigo John - vamos nos esquecer

disso. "Aqui? De novo? Vou entrar!" Eu vi aquele corpo e o

corpo da menina e o assasinato dos dois. O cara que os matou se matou também "Pode ter sido aquela voz!" pensei.

Depois acordei e ouvi: "Você me ajudou, obrigado".

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João e seu Irmão Gustavo Maldonado

Um dia, um garoto chamado João estava ansioso por

seu aniversário. Logo o dia chegou. Seu irmão gêmeo se chamava Pedro. Ambos eram aventureiros e corajosos. Então, já que era aniversário de João, queriam ir para a floresta. O problema era que não conheciam o caminho. Então foram em direção às árvores, quer dizer, em direção ao lugar em que mais havia árvores.

Então foram achando cada vez mais árvores, até chegarem à floresta. Queriam achar um ornitorrinco para criarem em casa. A floresta estava estranha, mais ou menos vazia e escura. No entanto, como eram corajosos, não houve problema. A floresta não era tão ruim, pois tinha até alguns pássaros, apesar de logo desaparecerem. Mas isso de novo não houve problema, porque aventureiros têm que saber lidar com falhas na aventura.

Depois de algum tempo, avistaram um lago. Resolveram entrar porque o clima estava calorento. Quando pularam, foram puxados por alguma força misteriosa. Abriram os olhos e viram que estavam no breu! Depois, se acostumaram com o escuro e viram um bicho meio verde, metade nada, assim transparente. Apesar de serem corajosos, deu um certo medo. Ele era baixo e largo ou largo e baixo, ninguém sabe. Quando João e Pedro piscaram os olhos, estavam no mesmo lago, mas só que na água. Foi mágica, mas isso não assustou João e Pedro porque aventureiros estão sempre preparados para isso. Saíram do lago extraordinário e foram para a borda do lago. Estavam secos, também um mistério. Viram um ornitorrinco que era brilhante, verde e invisível. Impossível, mas era assim. Pegaram-no. João, Pedro e o ornitorrinco voaram. Piscaram

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os olhos e estavam na porta de casa. Mágica de novo, mas que fosse. O ornitorrinco recebeu o nome de JOHNY PETER porque é o nome dos dois garotos juntos.

A partir daquele dia, passaram a viver aventuras juntos pelo mundo inteiro.

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Quem Será?! Fillipa Alexin

Certo dia, eu estava numa feira comprando livro. Sério,

eu amo ler! Já li vários livros de vários autores, tipo: Joanne Rowling, Suzanne Collins, John Green, entre outros.

Depois de algumas horas, eu estava em casa, quando uma notícia me abalou: “Hoje, domingo, ocorreu um assassinato na Gávea. O assassino não foi identificado, e o corpo não foi achado, mas a polícia teme que seja um morador da rua”. Fiquei abalada com essa notícia, porque eu moro pertinho da Gávea, e não percebi nada.

Quatro horas depois, eu estava com fome, então fui fazer um macarrão. Quando eu fui ligar o fogão, começou a sair um cheiro muito estranho, como de ovo estragado, alguma coisa assim. Comecei a prestar mais atenção, então percebi que não era cheiro de coisa estragada, mas de um corpo de uma pessoa morta!

Desci até chegar ao porão, pois é lá que fica a tubulação. Resolvi abrir o tubo de gás maior: havia o corpo de alguém lá. Percebi, então, que se tratava da pessoa que tinha sido assassinada. De repente, ouvi passos atrás de mim, virei-me, mas não tinha ninguém; virei-me novamente e ouvi alguém tirando uma faca de trás de mim, e não demorou para eu perceber que era o “THE-END” do livro: “Você nunca será bem-vindo”. No livro conta que, quando alguém achava a vítima, passaria a ser a próxima. E eu lá pensando no que fazer para sobreviver, mas me lembrei que se a gente desse uma flor para o assassino, ele dormiria por três minutos, então eu fiz isso. Depois, corri muito para chegar ao meu quarto e achar o livro, pois lá dizia como matá-lo.

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Escondida no banheiro, quis pular daquela pequena janela, mas, como eu moro no primeiro andar, não havia problema. E quando eu menos esperava, ele apareceu com uma flechinha e atirou em mim!

E querem saber? Eu morri e eu estou escrevendo essa história exatamente no local. . . Bom, se vocês acharam o meu corpo, vão saber!

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O Cientista Invisível Victor Carneiro

Nos Estados Unidos, havia um terrorista que acabara de

ser preso pelo FBI e estava sendo levado para um laboratório secreto, com a finalidade de servir de cobaia para um cientista chamado Smith. Ele iria fazer o homem ter a capacidade de ficar invisível.

Mas quando ele estava a ponto de ligar a máquina, houve um erro, e a máquina explodiu e matou a todos, menos o cientista e o bandido. O pesquisador foi olhar as mãos para saber se as tinha danificado, mas não viu nada. Olhou também para os pés e, da mesma forma, não viu nada. Só então caiu em si que ele mesmo havia se transformado num homem invisível.

Olhou também para o terrorista e viu que ele tinha trocado de roupa para se passar por cientista e fugir de lá. Smith correu, pegou um pedaço da máquina quebrada e enfiou no pescoço do terrorista. Depois disso, ele foi para a casa de seus pais para resolver o problema.

Já na casa de seus pais, Smith chamou o nome da mãe e do pai. Eles apareceram e olharam em volta e não viram nada. Até que ele escreveu seu nome na parede e eles perceberam. Depois de uma conversa demorada, seus pais o levaram para um laboratório e disseram o que havia acontecido. Smith voltou ao normal e recebeu um bilhão de dólares por prender o terrorista e “torrou” tudo num iate gigante e em festas.

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O circo Renan Lopez

Era uma vez um circo muito famoso. Todas as crianças

o adoravam. Uma menina chamada Maria sempre quis ser funcionária do circo, era seu sonho. Ela morava em Heidelberg, na Alemanha.

Num belo dia, o circo ia passar por sua cidade e procurava uma palhaça-mirim. Maria adorou a ideia e pediu a sua mãe, como presente de aniversário, para candidatar-se. E sua mãe não negou. Quando o circo chegou, Maria era a única na fila de espera, por isso passou sem nem fazer o teste. Ela era a mais nova bailarina do circo, quase nenhuma pessoa tinha intimidade com ela; só duas outras bailarinas: Nadine e Lamira. Elas eram muito bonitas, mas elas namoravam.

As meninas contaram a Maria que o circo era misterioso e tinha um grande problema, pois o dono do circo era muito mau. Ele só dava uma refeição por dia e não pagava salário, e quem saísse do circo, ele caçava e matava. Diz a lenda que ele estava hipnotizado por um demônio que o atacara quando ele tinha seus 17 anos.

Passaram-se 15 anos, suas duas melhores amigas, Nadine e Lamira, tinham morrido. Maria já tinha 21 anos e vivia infeliz, pois todos diziam que ela era feia. Ela não gostava mais do circo e queria sair de lá. Então criou coragem para enfrentar o dono, mas, repentinamente, começou a ouvir vozes muito familiares:

- Parabéns pra você... Foi então que percebeu que tudo não passara de um

pesadelo.

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Por que eu? Nina Dahms

Nunca acreditei em mistérios, demônios ou espíritos. Eu achava que para tudo deveria ter uma explicação lógica, mesmo parecendo impossível. Deve ser por isso que ele me escolheu. Fez-me fazer essa... essa... coisa! Só porque ele estava com vontade! Deve ser por isso que estou aqui. No escuro. Morta...

Tudo aconteceu no ano 8099, no lugar onde eu jurei que nunca iria morrer: na escola. Na hora do recreio, eu e a minha melhor amiga, Rose, fomos para o banheiro feminino do sétimo andar, que sempre estava vazio. Eu estava esperando por ela.

- Rose, vem logo! - eu murmurei e cruzei os braços, encostando as costas na parede.

- Calma, Luna! Não reclama! – disse Rose. Eu mudei de posição e passei a mão no espelho. “Ai!” Tinha me cortado com um caco solto que estava quase caindo no chão. Foi nesse momento que eu senti uma coisa entrando pelo corte e indo para o lugar da minha alma.

Tentei fazer alguma coisa para impedir isso, mas não tinha jeito. Não consegui fazer nada. Eu peguei, ou melhor, a coisa dentro de mim me fez pegar o caco do chão e me posicionou na frente da cabine, onde Rose estava. Não, eu ia fazer isso! Não dava! Eu não queria!

Tentei largar o pedaço do espelho, mas eu não conseguia. Quando Rose abriu a porta, eu enfiei o caco bem no seu coração. Ela me olhou chocada por eu ter feito aquilo.

Caiu no chão e deu o seu último suspiro. - Não! - sussurrei tão baixo que nem dava para ouvir. Bem, mesmo se eu tivesse gritado, ninguém teria me ouvido. Não,

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não podia ser! Eu tinha matado a minha melhor amiga! A coisa dentro de mim fez com que eu me tornasse uma assassina! Eles iriam me matar! O governo iria me condenar à morte! Quem mata uma outra pessoa é morto pelo jeito mais dolorido: a cadeira elétrica! Sempre imaginei a minha morte bem tranquila. Uma morte de velhice. Meio feliz, meio triste. Uma morte de fechar os olhos e de se deixar levar. Mas mesmo se não for deste jeito. Eu, Luna Smith, não iria morrer pelo governo!

- Prefiro morrer agora! - eu falei tão baixo que nem da outra vez. " Junto com Rose!".

Então, peguei o caco que eu ainda estava segurando e o enfiei na minha garganta. Sangue escorria pelo meu corpo e se misturava com as minhas lágrimas. Eu caí no chão, fechei os olhos e pensei em minha melhor amiga falecida e que eu iria morrer também. A tristeza me fez não sentir dor nenhuma por causa do corte na garganta. Essa coisa que me fez matar Rose iria me pagar! Se eu conseguir.... Quem foi? O que foi? Foi nesse momento que eu ouvi uma voz estranha dizendo:

- Demônios existem! E agora estou aqui! Entre céu e inferno, entre a vida e

a morte, entre fúria e tristeza. Esperando por alguma coisa. Por que eu?

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Tudo está estranho Rachel Ribeiro Hoffmann

- Oi, eu quero contar para você uma história. Uma história bem legal.

- Uma história é sempre legal, isso não é meio chato? - Ah, quer ouvir a história ou não? - Tá bom, começa! Há muito tempo, vivia uma menina que gostava muito

de ler. Um dia, ela pegou um livro emprestado na biblioteca.

Quando ela chegou em casa, ela começou logo a ler. Quando ela estava lendo o primeiro capítulo, sua mãe a chamou para almoçar. No caminho para a copa, ela pensou sobre o capítulo, pois lá estava escrito que a comida podia falar. A menina se sentou na cadeira e ia começar a comer uma colher de purê de batata, quando ela ouviu um gritinho. Era o purê de batata, que disse que estava muito quente. Ela se assustou, mas reparou que só ela conseguia ouvir as comidas. Ela percebeu que as letras do livro tinham virado realidade.

Depois do almoço, ela foi diretamente para a biblioteca para devolver o livro. Mas ela não conseguiu entrar, pois ele não quis que ela entrasse. Então ela voltou para casa e pensou sobre o que podia fazer. Não sobrou nenhuma alternativa a não ser continuar lendo a história. Mas antes de pegar o livro, ela reparou que algumas letras estavam no seu braço. Ela leu as letras, e reparou que era um resumo do primeiro capítulo do livro. Então ela se assustou e tentou tirar com água e sabonete, mas não conseguiu. Ela continuou a ler o livro e percebeu que em cada capítulo tinha uma coisa que tinha se tornado realidade. Ela tentou ignorar para

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poder acabar de lê-lo. E cada vez mais letras apareciam no seu corpo. Quando ela leu o último capítulo, suas mãos estavam tremendo. Ela conseguiu ler tudo. Mas, de repente, ela caiu dentro do livro. Ela abriu os olhos e percebeu que estava dentro da história. Mas era uma outra história. Mas eu não quero contar, pois é mesmo uma outra história.

- Gostou da história? - Sim, mas tenho uma perguntinha: qual é o nome da menina? - Jennifer.

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As três velhinhas Catarina Messa

Numa cidade, não muito distante daqui, morava uma

garota chamada Manuela. Ela era muito aventureira e morava em uma rua bem silenciosa. E nessa rua tinha uma casa que ela achava muito esquisita: ou as janelas estavam sempre fechadas e muito escuro lá dentro ou ficavam três velhinhas sentadas na varanda tricotando.

Então, um dia, quando ela chegou da escola, ela resolveu investigar a casa. Quando ela chegou lá, por incrível que pareça, a porta estava aberta, mas curiosamente, continuava tudo escuro lá dentro.

Ela entrou na casa com uma lanterna na mão. Estava tudo escuro e cheio de teias de aranhas. Ela viu uma escada e resolveu subir. Ao chegar lá em cima, percebeu que era o quarto das três velhinhas. Manuela, com muita curiosidade, resolveu investigar o quarto. Ela investigou na mesa, no armário, na estante de livros, mas não achava nada de esquisito. Já estava quase resolvendo ir embora, mas ela olhou para as camas e começou a investigar. Então foi ver embaixo do travesseiro de uma das camas e ela achou um canivete! Com muito medo, ela foi dar uma olhada embaixo de outro travesseiro, e lá tinha uma faca! Ela estava novamente quase indo embora correndo, mas foi dar uma olhada no último travesseiro, onde ela achou uma tesoura! Ela saiu em disparada da casa e foi para a sua. Ela se deitou em sua cama com muito medo e suspirando ao sentir alguma coisa embaixo do seu travesseiro, e quando ela foi olhar, adivinhem o que estava lá! Uma faca! E era igualzinha à da casa.

Desde aquele dia, ela nunca mais voltou para a casa misteriosa.

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As Rosas Pretas Mariana Mirow-5r1

Vou contar uma história sobre uma mulher chamada Hanna. Ela tinha três filhas: uma com 18 anos, chamada Jasmim; uma com 13 anos, chamada Spencer; e uma com 8 anos, chamada Emily.

Em um dia chuvoso e cheio de neblina, Hanna estava sentada no sofá de sua casa quando lembrou que no dia seguinte seria o aniversário de sua filha, Jasmim. Ela faria 19 anos, então Hanna foi até uma loja de flores, onde queria comprar uma rosa, mas só havia rosas pretas. Mesmo assim, decidiu comprar uma.

No dia seguinte, ela deu a rosa para a filha. Todas festejaram o dia todo, e Jasmim colocou sua rosa em um pote e o deixou ao lado de sua cama. À noite, todas foram dormir, menos Hanna que preferiu ler um livro. De repente, ela ouviu um grito que parecia ser de sua filha Jasmim. Ela correu até o seu quarto, mas já encontrou a Jasmim morta no chão com uma faca ensanguentada em sua cama.

Todas ficaram penalizadas, mas dois meses depois, Spencer faria 14 anos. Hanna foi à mesma loja e acabou comprando com a mesma vendedora a mesma coisa: uma rosa preta. No dia seguinte, ainda de luto por Jasmim, festejaram só um pouco, e logo todas foram dormir. No entanto, Hanna colocou primeiro a rosa no quarto de sua filha Spencer e só então foi dormir. No meio da noite, ela ouviu um grito do quarto de sua filha. Hanna correu até lá, mas era tarde demais. A menina já estava morta no chão e uma faca com sangue estava em sua cama.

Depois de mais dois meses, seria o aniversário de sua única filha: Emily. Hanna foi comprar um presente para ela. Quando viu a loja de flores onde comprara o presente de Jasmim e o de Spencer, ela comprou mais uma rosa PRETA. As duas não festejaram. Foram logo dormir, mas Hanna ficou com sua filha e com uma faca na mão. Depois de muito tempo, ela adormeceu, mas acordou e viu uma mão com uma faca saindo da rosa. Ela queria matar a Emily, mas Hanna pegou a mão e conseguiu jogá-la pela janela.

De manhã, Hanna foi reclamar com a vendedora das rosas. Mas quando chegou lá, viu que a vendedora só tinha uma mão, pois a outra fora cortada!

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Fofinho e Bonitinha Aina & Livia

Era uma vez um cachorrinho Que era muito fofinho.

Um dia ele encontrou uma gatinha

Que era muito bonitinha.

“Oi! Tudo bem?” “Sim. Vamos viajar para Belém?”

Eles foram para Belém

E lá passaram muito bem.

Eles foram felizes E nunca quebraram a cara nem os narizes.

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O Gato e o Rato Júlia

Era uma vez um gato Que adorava comer rato

Um dia encontrou um pato Que adorava brincar com saco

Jogaram xadrez os três

Na mesa com o escocês E raparam fora às 6:00

Depois se encontraram no parque ‘travez

O pato foi ao banheiro fazer o número três. O gato jogou mais uma vez

O rato e o escocês sumiram de vez Do banheiro o pato foi pro apê trezentos e três.

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O moleque jegue Bernardo

Era uma vez um moleque Que na verdade era um jegue

Um dia encontrou outro moleque

Que odiava quem era jegue

Um dia eles se encontram De noite, lutaram

E ao amanhecer Eles se mataram

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Uma Ratinha Marcela, Jonas & Fillipa

Era uma vez uma ratinha

Que adorava comer papinha.

Um dia encontrou um ratão

Que adorava fazer macarrão.

-Ratão, quer ser o meu amigão ?!

-Claro, mas só se a gente fizer macarrão!

Os dois viraram chefes de cozinha

Trabalharam tanto que ficaram com dorzinha!

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Saravá Léo

Era uma vez José de Sá

Ele fazia macumba - SARAVÁ. Então foi pra lá.

E fez macumba: saravá!

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Biscoito João Pedro

Era uma vez um garoto Que adorava comer biscoito

Um dia encontrou um alemão Que adorava comer mamão

Os dois comeram comidas Que eram muito divertidas

Eles descobriram que é bom experimentar,

Antes de dizer que não vão gostar

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O Pintor Laura

Era uma vez um pintor Que adorava amor

Era uma vez um fantasma

Que adorava asma

Era uma vez uma flor Que adorava cor

Os três foram visitar a Minnie

E beberam Martini

Eles acharam uma menininha Que adorava massinha

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Brasileirinha

Mari Mirow

Era uma vez uma brasileirinha

Que adorava sua gatinha

Um dia encontrou um garotinho

Que adorava seu cachorrinho

- Vamos conversar?

-E depois podemos pular!

Os dois conversaram

Mas depois também pularam

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Belos filhinhos Catarina Messa

Era uma vez um cachorrinho Um dia encontrou uma gatinha

Que adorava comer farinha

-Vamos fazer um bolinho? -Claro, um bem bonitinho!

Os dois viraram amiguinhos

E nunca mais ficaram sozinhos

Para o resto da vida ficaram juntinhos E depois tiveram filhinhos

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O Baleiro

Thomas

Era uma vez um brasileiro

Ele era baleiro

Um dia conheceu uma fazendeira

Que adorava mangueira

-Vamos comer debaixo da sua mangueira?

-Lá faremos uma fogueira!

Logo se casaram

E um bebê criaram

-Vamos à escola de samba?

-Lá nosso filho manda!

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As duas Amigas Guilherme

Era uma vez uma menina portuguesa Que adorava comida japonesa

Um dia encontrou uma menina alemã

Que adorava comida com avelã

''Oi, quer ser minha amiga?'' ''Claro, vamos comer pães de miga''

As duas ficaram amigas E comeram pães de miga

Agora se casaram

Mas ainda se encontraram

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Tocar a Campainha Fillipa

Era uma vez uma cachorrinha

Que adorava tocar a campainha

Um dia encontrou: um cavalinho

Que adorava: seu brinquedinho

- Cachorrinha, que ser minha amiga?

- Claro, mas só se a gente encher a barriga

Os dois viraram comilões

Mas comeram tanto que ficaram com ilusões

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Pão com Banana Victor

Era uma vez uma menina chamada Ana Que adorava comer banana

Um dia ela encontrou um anão

Que adorava comer pão

No caminho de casa eles viram uma bruxa. Que gostava do programa da Xuxa

Os dois foram para casa fazer um bebezinho Depois de nove meses nasceu um anãozinho

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A vida na roça Renan

Era uma vez um chinês Que na escola sempre tomava

Uma bela e feia coca Ele vivia na roça

Na roça tinha um chafariz

Que jorrava bis

Esse chafariz tinha um segredo À noite ficava com medo

O chinês conheceu uma moça

Que tinha uma linda bolsa

O chinês se apaixonou E um ótimo marido se tornou

A casa era humilde

Mas nunca estragava alegria Do filme que reunia a família

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Refugiados Rumo à Alemanha

Filippa Alexim

Nosso país nunca foi rico, todos nós sempre passamos fome, e quase nunca tivemos um dia realmente feliz para brincar e nos divertir. Nunca pudemos nos permitir coisas assim.

No entanto, nunca pensei que a situação pudesse ficar ainda pior, mas estava totalmente errada: uma nova guerra começou, e essa foi terrível, pois ela matou milhares de pessoas. Então eu e minha família resolvemos sair de nosso país, mas não só a gente, também várias pessoas, todos nós queríamos ir para Alemanha, porque parece que era o único país que nos aceitava.

Quando eu ainda estava arrumando minha mala rapidamente, olhei para fora da janela e vi a pior cena que uma amiga pode ver: minha vizinha e melhor amiga sendo morta por policiais. Quando vi aquilo, quase desmaiei de tanta tristeza.

Depois de tanto chorar, finalmente conseguimos sair de casa. Minha mãe e meu pai apenas levaram comida e bebida. Perguntei para minha mãe o porquê de levar tanta coisa, aí ela respondeu quase chorando:

- Filha, a viagem vai ser dura, pois a Alemanha fica muito longe daqui!

Mal sabia eu que minha mãe estava certa, eu tenho certeza de que nunca andei tanto na minha vida, e também de que nunca vou andar tanto outra vez. E como se isso não bastasse, tivemos várias dificuldades, como quando

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estávamos a uma semana da Alemanha e a água acabou. Vi várias pessoas morrendo pelas mais variadas razões. E nesse meio tempo, minha mãe contraiu uma doença muito grave, e quando finalmente chegamos à Alemanha, já era tarde demais para ajudá-la.

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A História de Nasifa Ayan

Nina Dahms

Ainda me lembro muito bem daquele dia. O dia que mudou a minha vida. O dia em que a guerra civil da síria chegou ao meu bairro. O dia que pareceu a primeira gota de uma grande tempestade de terror.

Eu tinha acabado de fazer dez anos quando um prédio bem perto do meu começou a pegar fogo. Os meus pais haviam me explicado que um grupo de pessoas que não gostavam do governo havia queimado o prédio. Eu era nova demais para entender exatamente o porquê de eles terem feito aquilo. Não bastava protestar? Mesmo agora eu não entendo. E acho que nem as próprias pessoas sabem direito o que estão fazendo.

Fugimos para a casa de alguns amigos, mas quando o governo começou a mandar soldados para as cidades, vimos que isso não era suficiente. Tínhamos que nós mudar para um lugar bem mais distante: a Europa.

Foi uma longa jornada para chegar ao mar. Tínhamos que nos esconder das polícias dos diferentes locais e, ao longo da viagem, encontramos outras pessoas que também estavam fugindo da guerra. Todos tinham histórias horríveis para contar. O número de pessoas que nos acompanhavam aumentava a cada dia! Nunca conseguia parar e pensar na situação da minha família e dos outros, nem quando estava na hora de dormir. Na verdade, aquilo é que era a pior parte: imagens do prédio queimado e dos soldados passavam por minha cabeça. Eu ficava imaginando o que aconteceria se nos achassem. Iriam me torturar até eu morrer, que nem fizeram com Hamza al Khabit, um menino de treze anos,

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alguns anos atrás? Ou iriam me botar, junto com a minha família, em uma sala com gás tóxico? Eu não sabia o que fazer, ainda era tão inexperiente com essas coisas...

Quando finalmente chegamos à beira do mar, ficamos aliviados. Tínhamos uma parte da viagem atrás de nós. Mas bem no fundo de mim... eu mesma... sabia que vinha uma parte bem pior. Achamos um bote com um homem dentro e logo fomos em sua direção. Demos tudo que tínhamos para ele deixar o bote conosco, já que o meu pai e alguns outros homens sabiam mexer com aquilo. E, felizmente, ele aceitou. Todos subimos no bote e começamos a nossa viagem pelo mar.

Foi a coisa mais horrível da minha vida! Quase todo dia pessoas caíam no mar, ou morriam por falta de água ou de fome. Crianças mais novas do que eu, choravam sem parar. Quase teria chorado junto, mas não podia, tinha que ficar forte! Mas quando a minha irmã mais nova morreu chorando nos meus braços, não consegui me segurar. Tinha que chorar. Mesmo sendo uma "garota grande".

Enfim chegamos à Europa. Caminhamos pela Grécia, também não estavam em uma situação boa, e finalmente chegamos à Alemanha. Eu, o meu pai e a minha mãe éramos três de vinte sobreviventes. E no começo, quando entramos no bote, tínhamos sido mais ou menos oitenta pessoas. Nesse momento, eu entendi uma coisa: a minha família nunca fora rica, mas agora tínhamos perdido realmente tudo.

Quando chegamos à estação de trem em Hamburgo, fomos recebidos com aplausos, e as pessoas me deram chocolate. Será que eles só faziam isso para esconder o caso de alguém ter queimado um ginásio cheio de imigrantes aqui na Alemanha? Eu não sabia, mas tinha que recomeçar a minha vida e não pensar sobre isso.

Agora já estou vivendo aqui há muitos meses. Aprendi um pouco de alemão, encontrei alguns amigos, mas também

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sofro racismo ou preconceito e morro de saudade da minha irmãzinha. Será que vou poder ficar totalmente feliz de novo? Talvez, mas eu, Nasifa Ayan, sei que vou ter uma vida melhor do que tinha lá em casa.

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Eu sou refugiada

Laura Grieco

Há quase quatro anos, eu estava morando ainda na Síria, mas como estava havendo uma guerra terrível, resolvi reunir toda a minha família e disse:

- Eu não aguento mais essa vida na Síria. Helena, vamos embora daqui agora! Pegamos nossas coisas e o único dinheiro que

tínhamos. E, como usamos nossa economia toda no barco, não nos sobrou dinheiro para pagar passagens de ônibus. Então tivemos que fazer parte do trajeto da fuga num caminhão que passava por lá, cobrando pouco para nos levar próximo de nosso destino: Egito.

Depois tivemos que fazer um longuíssimo percurso andando, mas, finalmente, chegamos à Líbia. Da líbia pegamos o barco para a Grécia e, de lá, fizemos novamente uma longuíssima jornada a pé até a Alemanha.

Agora eu vivo na Alemanha com a minha irmã Helena, e, mesmo sem falar alemão ou inglês, comecei a trabalhar.

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A viagem João Pedro

No país da Eritreia está havendo uma guerra. Então eu,

minha irmã, minha mãe e meu pai tivemos que fugir para a Alemanha, porém, para chegarmos ao mar, nós precisávamos passar pelo Sudão, Líbia, Argélia e Rabat, no Marrocos.

No Sudão, conhecemos uma família que tinha a mesma história que a nossa. Na Líbia e na Argélia, nossos pais tiveram de nos carregar, pois o calor e o cansaço faziam com que a nossas pernas não funcionassem.

Ao chegar a Rabat, compramos um barquinho fajuto, porém, no mar, aconteceu um horrível acidente em que meu pai e minha irmã morreram na minha frente e na frente de minha mãe. Passamos uma hora em uma onda de tristeza e solidão que fez com que nós passássemos pela primeira meia hora chorando.

Ao chegar à Espanha, continuamos nossa jornada passando pela França e chegando à Alemanha. Nos meses seguintes, ficamos aterrorizados pela nossa jornada, mas quando a guerra acabou, percebemos que não fora em vão.

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Imigrante JonasLages

Era uma vez um menino que se chamava Tim. Ele

tinha sete anos de idade. Seu pai se chamava Timba e sua mãe, Magda. Um dia, Timba chegou em casa e anunciou: - Família, vamos embora da Síria! Chega de sangue!

Todos ficaram felicíssimos. Eles iriam para Inglaterra de "banana boot", que um tipo uma banana gigante inflável. Magda estava arrumando as malas na mesma hora para no dia seguinte ir embora sem estresse. O Timba explicou mais de mil vezes para Tim e umas 500 vezes para Madga. Eles iriam pelo mar Mediterrâneo, depois pelo solo europeu e depois pegariam o Eurotúnel. No meio do caminho, teve um probleminha: eles estavam quase chegando à Europa quando um tubarão furou "banana boot". Daí Tim e sua família conseguiram sobreviver, mas a maioria não sobreviveu.

Depois de tudo, eles ainda quase foram deportados no Eurotúnel. No fim, tudo deu certo e eles conseguiram chegar até o destino que eles queriam tanto chegar. Eles ficaram muito felizes, porque vida deles mudou; e mudou para melhor.

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A travessia impossível Gustavo Maldonado

Eu morava na Síria, em Damasco. Eu tinha 23 anos. Em setembro de 2015, o Estado Islâmico avançava cada vez mais em nossa direção, querendo o poder. Preocupava-me com o país e o destino do povo. As pessoas emigravam urgentemente. Não era só por isso que pensava em fazer o mesmo, e sim por que achava o certo. Naquela situação, não havia escolha para ninguém. Nem segunda chance. Para não acabar como muitos acabaram, mortos, preferi aprender com os erros dos outros para ter alguma chance de acabar na Alemanha ou na Inglaterra. No final me decidi pela Alemanha, porque Munique sempre foi a minha cidade favorita.

Preparadas as malas, e com tudo organizado, iniciei a viagem imediatamente para não perder nem um segundo. Eu tinha dinheiro suficiente para sobreviver à jornada da Síria para a Alemanha, mas, mesmo com dinheiro, a travessia pelos países não seria nem um pouco fácil.

Aluguei um carro e dirigi de Damasco até a costa da Síria com o Líbano; depois de cinco dias, parando em hotéis baratos, acampando em florestas e em outros lugares que fossem viáveis para minha classe social, fui enfrentando a longa viagem. Foi a primeira vez em que um policial militar me parou. Havia uns cinco deles. Altos, fortes e com metralhadoras carregadas apontando para mim o clima mudou. Gaguejando perguntei ainda um pouco tímido e com medo:

- O que vocês querem de mim?

Eles me responderam grosseiramente:

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- O passaporte! Naquele momento, me senti completamente perdido. E

resolvi acelerar. Óbvio que foram atrás de mim, mas quando perceberam que eu não iria parar de jeito nenhum, os policiais desistiram de me perseguir. E foi assim que eu, Gustavo, com 38 anos cheguei à Alemanha e tive uma ótima vida. Até que a Síria e o Estado Islâmico fizeram as pazes. O mundo finalmente aprendeu que guerra não leva a nada. Aprendi que a gente tem que cuidar é de nossa vida, enquanto a gente ainda a tem.

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Eu Sou Uma Refugiada?

Júlia Dopheide.

Meu nome é Diana, tenho 7 anos. Minha família se mudou para a Síria há alguns anos. Não me esqueço do dia em que meus pais se decidiram pela viagem. Eu estava no meu quarto sem sono, fui para cozinha beber um copo d'água, foi quando ouvi mamãe e papai falando de se mudar pra Bremen, na Alemanha. Quando ia embora para o meu quarto perguntei-lhe:

- Mamãe, iremos a Bremen? Minha mamãe respondeu:

- Sim, iremos. Nós já conversamos e decidimos que um dia nos mudaríamos. -Sim, mas por quê? - dizia eu chorando. Fui correndo para o quarto, e tranquei a porta, dormi! De repente, ouvi um tiro! Perguntei desesperada para o papai: -O que houve? Papai não respondeu, só disse para pegar o máximo de roupas que eu tivesse. Mamãe me levou no colo e disse: - Sabe aquele assunto que a gente conversou, vamos nos mudar agora! E começamos a jornada, tinha um monte de pessoas indo com a gente, pensei: - Por que eles estão seguindo a gente? Mas continuei andando. Achamos um barco velho e com cheiro de animais! Mas mesmo assim, seguimos viagem. Ele balançava muito, senti um pouco de água no meu short, vi que o barco estava afundando. Então, gritei para a tripulação:

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- Saiam do barco, imediatamente!

Todos saíram. Voltamos para terra e continuamos a andar. Até que perguntei a mamãe se já estávamos chegando e ela me respondeu: - Sim, estamos quase chegando.

Fiquei feliz, porque já não aguentava mais andar. Nós compramos uma casa, e a partir daquele dia, nunca mais ouvi aqueles tiros que ouvia em meu país.

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O sumiço João Cândido

Era uma noite escura e eu estava acordado, debaixo da coberta. De repente, o meu gato miou. Ele olhava para a janela. Quando eu me virei em sua direção, houve um clarão azul. O meu gato tinha sumido, mas quando olhei para a janela de novo, um gato preto de olhos vermelhos apareceu. Ele cantava, mas quando me encarou, houve outro clarão, mas desta vez, era vermelho. Por alguns segundos não vi nada. Quando me dei conta, o meu gato havia voltado. Ele correu para o quarto dos meus pais, acompanhei-o. Chegando lá, vi que já era de manhã. Mas ainda era noite no meu quarto, achei aquilo estranho. Fui correndo para a sala. Lá me sinto mais seguro porque é maior.

Na sala, percebi que uma metade dela estava de dia e a outra metade, de noite. Saí de casa e constatei que metade de Botafogo estava de dia e metade, de noite. Corria pela parte da cidade que estava de dia e vi que o escuro me perseguia. Corri para a casa do meu primo e o escuro ainda apavorava todo mundo. Não via ninguém nas ruas. Ficava cada vez com mais medo. Então não aguentei e me escondi com meu gato. De repente, estava cercado, e o escuro "na minha cola", mas cheguei à conclusão de que era só um eclipse: a Lua estava na frente do sol. Voltei para casa e todo mundo saiu das suas casas, porque ainda eram 6:00 h da manhã. Fiquei me perguntando sobre os clarões, mas não me importei mais, porque tudo já tinha voltado ao normal.

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Vivo ou Morto? Sofia Vasconcellos

Olá, meu nome é Emily, eu sou magra e tenho cabelos castanhos. Eu adoro explorar casas abandonadas, porque é divertido achar coisas novas. Minha tarefa é decifrar os mistérios das casas, então vou começar a contar.

Um dia, eu estava na casa dos Peterson, mas não havia ninguém lá, pois toda a família havia morrido. Dizem que a velha construção é assombrada, porém não tenho medo. Quando cheguei, abri a porta e fui andando, até que vi algo muito estranho: era um esqueleto humano. Assim que o vi, olhei para a faca, em que estava escrito: “José Peterson”. Na faca, havia sangue. Então pensei: “Eu tenho que resolver esse mistério”.

Comecei a andar para procurar pistas. De repente, virei-me e vi que o esqueleto atrás de mim havia sumido. Fiquei assustada e comecei a andar depressa quando me deparei com José Peterson, que falou comigo:

- Hoje alguém morre. Porque eu me suicidei e quero matar alguém.

Então ele pegou a faca e me segurou forte. Eu peguei uma marreta que havia por lá e o destruí. Saí correndo para minha casa.

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Onde você está? Bernardo Menezes

Um dia, uma garota chamada Larissa, que era loira, alta e medrosa, estava no shopping com sua amiga Lara, que era morena, baixa e maluca. Elas estavam lá na “Victoria’s Secret” quando, de repente, a luz acabou. Cinco minutos depois, a luz voltou e Lara tinha sumido. Larissa perguntou:

- Lara, onde você está?

Desesperada, ela começou a correr e a chorar, pois achava que a amiga tinha sido sequestrada e que ela poderia ser a próxima vítima. Larissa começou a procurar por Lara.

Quando foi ao banheiro do quarto andar, lá estava sua amiga retocando a maquiagem tranquilamente. Então, depois de Larissa contar tudo que havia imaginado, as duas foram comer, pensando naquela grande maluquice.

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O mistério da boneca Luanna Campos Tuñas

Em um dia ensolarado de 1996, nos Estados Unidos, Emily, uma garota de oito anos, estava em casa brincado com sua boneca favorita. O nome da boneca era Marie-Ann. Ela sempre ficava na prateleira de Emily.

- Filha, já não está na hora de arrumar o quarto e de tomar banho? - perguntou a mãe de Emily.

- Okay, mamãe! – respondeu a menina, começando a cumprir as tarefas.

Assim que acabaram, ela e seu irmão mais novo, Miguel, foram jantar e depois, dormir. Emily viu claramente que a boneca estava na prateleira certa.

No meio da noite, Emily acordou para ir ao banheiro. Quando voltou, percebeu que a boneca não estava mais na prateleira. Resolveu procurá-la, mas pensou: “Como a Marie-Ann saiu dali sozinha? Será um fantasma!?” Emily ficou com tanto medo de encontrar um fantasma que voltou para a cama e tentou voltar a dormir.

De manhã, assim que seu despertador tocou, Emily acordou. Encontrou a boneca debaixo da cama, mas como estava atrasada para a escola, não a pegou.

Eram 12h30min, hora que Emily chegava da escola. E lá estava ela. Tinha acabado de entrar, e encontrou sua boneca nas mãos de Miguel. Ela lhe fez a seguinte pergunta:

- Miguel, onde você achou essa boneca? - Peguei do seu quarto. – respondeu o menino. - E por quê? - Queria ver. - Você a pegou à noite? - É...

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- Eu quase morri de susto nessa madrugada! Essa boneca é minha. Você pode usar, mas antes, peça! - Desculpa, eu posso usar agora? - Pode. Então, Emily resolveu o mistério da boneca. Além disso, Miguel, a partir daquele dia, sempre pediu as coisas dos outros antes de pegá-las.

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O Túmulo Luanna Tuñas

Em Londres havia um homem justo e bom chamado

Marcos. Amava sua família, principalmente sua bisavó. Ela era bem velhinha, porém estava em boa forma.

Até que um dia, soube de uma trágica notícia: sua bisavó tinha falecido à noite, enquanto dormia. Então, Marcos, muito triste, resolveu ir ao sombrio cemitério. Mas, como tinha trabalhado até às 22h, só teve tempo de chegar às 23h59min de uma escura quinta-feira 12.

Assim que chegou ao cemitério, tirou a lanterna de sua mochila e começou a procurar pelo túmulo de sua bisavó, no qual deveria estar escrito: “Francisca da Costa”.

Depois de vinte minutos de procura, Marcos ainda não havia encontrado o túmulo correto. Então, viu uma mulher que usava uma sinistra capa preta. Ele correu até ela e pediu informação:

- Por favor, onde fica o túmulo 1037? A mulher não respondeu. Marcos pensou que a moça

não tinha entendido e repetiu a pergunta. Nada. Já quase desistindo, cutucou-a e lhe perguntou pela última vez. Nada. Ele se sentiu sozinho e apavorado, mas, de repente, Marcos viu uma sombra atrás de um túmulo. Era sua última esperança. Ele chegou perto da figura e perguntou:

- Com licença, você poderia me dizer onde está o túmulo da senhora Francisca da Costa, número 1037, por favor?

A figura se dirigiu a Marcos pelo som de sua voz, e falou surpresa:

- Onde você está? Não consigo te ver, só ouvir. Além disso, a figura tirou um espelho do bolso e o

aproximou de Marcos para que ele se olhasse. Entretanto,

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nenhuma figura apareceu, ele estava invisível!! Marcos ficou extremamente amedrontado e resolveu voltar para casa. De repente, ouviu uma voz familiar, dizendo:

- Bom dia, querido! É hora de acordar! - Era sua bisavó.

Só assim, Marcos percebeu que tudo se tratava somente de um sonho misterioso e assustador.

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O Mal-Educado Mariana Rocha

Há muito tempo, havia um menino bem comum

chamado Edmundo. Ele era o mais popular da escola, pois sempre estava aprontando alguma besteira. Certo dia, fez uma besteira tão grande que seus professores tiveram uma ideia. Eles avisaram a todos os alunos e a todos que trabalhavam na escola para ignorá-lo e fazê-lo pensar que era invisível. No começo, todos que eram seus “amigos” apenas por Edmundo ser popular não toparam, mas depois acharam que iam ser mais populares se o ignorassem.

Alguns dias depois, o plano se iniciou: todos na escola faziam de conta que naquela escola não existia ninguém chamado Edmundo. Ele tentava conversar com os “amigos”, mas eles nem ligavam; ele fazia suas travessuras, mas todos fingiam que nada estava acontecendo. O menino estava estranho, sentindo algo que nunca havia sentido antes: tristeza, uma enorme tristeza.

Algumas semanas depois do plano ter se iniciado, Edmundo estava muito triste e cansado de ser o popular, de ser aquele que sempre fazia besteira, que respondia o professor, batia nos “amigos” e fazia tudo errado. Então ele, mesmo não sendo notado, chegou perto do professor e pediu desculpa por tudo de mal que fizera a ele, e foi lá na frente da sala e berrou para todos ouvirem:

- Me desculpem, sei que não estão me ouvindo, mas desculpa. Eu juro que me arrependi de tudo que fiz. Naquele momento, todos viram que o triste menino havia se arrependido de verdade e decidiram parar com a brincadeira.

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No dia seguinte, todos voltaram a falar com ele. Edmundo fez novos amigos e viveu até o fim do mundo sem fazer besteira.

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Que surpresa Mariana Rocha

No sábado à noite, eu estava sozinha em casa vendo

televisão. Ouvi um barulho estranho no porão e, em seguida, a luz apagou. Desci até lá para ver o que estava acontecendo, mas não tinha ninguém. Liguei o reator e voltei para a sala.

À meia-noite, do nada, a televisão se apagou novamente e ouvi passos de alguém no quintal, fui olhar na janela quando... Um enorme, gigantesco monstro apareceu e ficou olhando com seus olhos vermelhos e esbugalhados para mim. Óbvio que gritei aquele barulhento:

- Ahhhh! Socorro!!! Ajudem-me! Saí correndo, entrei no meu quarto e me escondi

debaixo do cobertor. Quando fui olhar, a porta se abriu lentamente e então... Era apenas minha mãe.

Contei tudo a ela, e depois ela me disse que era porque eu tinha visto o filme de terror. Acreditei e fui dormir.

No dia seguinte, acordei tranquila e fui ver se mamãe ainda estava dormindo. Quando cheguei, minha mãe e meu pai não estavam lá, e do lado onde minha mãe estava dormindo, vi sangue. No momento, pensei que o monstro a tinha devorado. Depois, pensei que ladrões a haviam matado. Então pensei em chamar a polícia, mas não me lembrava do número, seria 999, ou 818, ou 190? Está bom, naquele momento não importava mais, porque tive uma ótima ideia: ligar para ela para saber se estava viva.

- Olá, mamãe, é você? - Oi, filha, estou no hospital. - No hospital! Por quê? - Porque você, minha filha, vai ter um irmão! - O quê? Como assim? - Sim, o nome dele é Felipe.

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- Que legal, mas eu queria que fosse menina. - Você vai adorar o Felipe. Tchau! Te vejo em

casa, beijos.

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A surpresa misteriosa Anna-Helena Goes

No dia de meu aniversário, eu estava passeando pela

cidade quando percebi que não havia ninguém por lá. A cidade estava vazia e as luzes, apagadas. Eu estava morrendo de medo, de sono e de fome, mas com muita fome mesmo. Por isso, eu fui ao restaurante para comer alguma coisa, mas nenhum garçom, nenhuma pessoa se encontrava por lá. Eu estava estranhando: “Será que havia acontecido alguma coisa? ” Quando estava saindo, ainda com muito medo, vi dois estranhos na porta. Eu a fechei depressa com a fechadura para eles não entrarem. Algum tempo depois, eu olhei de novo e as pessoas estranhas tinham sumido! Então vi que podia sair. Quando cheguei em casa, estava tudo escuro e eu fiquei com mais medo ainda. De repente, ouvi um barulho. “Será que é um ladrão?!” Eu acendi a luz e percebi as roupas dos estranhos que me assustaram jogadas no chão. Quando me aproximei, vi que eram apenas meus primos que me desejam FELIZ ANIVERSÁRIO!

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A caminho do Céu Diego Fioravanti

Em um dia depressivo demais, eu estava indo de carro

para o funeral do meu filho quando outro veículo, em alta velocidade, veio na minha direção. Eu tentei escapar, mas falhei miseravelmente e, por um segundo, pensei que era para eu me juntar a meu filho, mas não, em vez disso continuei vivo. Pelo menos foi o que pensei. Então eu encostei minha mão ao volante e minha mão o atravessou! Estava em choque, fiquei pensando no que fazer, mas de repente me lembrei do funeral do meu filho. Saí do carro e fui em direção ao cemitério.

Quando cheguei lá, o funeral estava começando, mas ninguém se dirigia a mim. Por quê, eu não sabia, mas sei que fiz o certo em ir ao funeral. Pela expressão de todos, percebia que estavam bravos comigo. Sentia que tinha esquecido algo, pensei e pensei, mas cheguei à conclusão finalmente: o sujeito que colidira comigo estava ferido! Corri mais que ninguém e por acaso consegui encostar nele! Fiquei chocado, mas me concentrei em ajudá-lo, pois eu era médico. Consegui salvar o sujeito e assim me senti mais leve e, em seguida, comecei a subir como um balão. Então eu subi tanto que do céu, perguntei:

- Por que não vim antes? Jesus me respondeu: - Por que sua alma não estava limpa, meu filho. - Como assim? - perguntei. Jesus respondeu: - Você sempre faltou o trabalho, meu filho, entendes? - Sim, errei, mas, por que estou aqui então? - Porque você acabou de salvar aquele cidadão. - Mas foi apenas um. - Você por acaso sabe aonde ele ia?

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- Não. - Era a resposta que eu esperava. Ele ia para o

nascimento do primeiro filho dele. - Ai, meu deus, então foi por causa disso que eu limpei

minha alma? - Sim! - Amém...

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O sumiço da esposa Diego Fioravanti

Em um dia escuro e de trabalho duro, eu voltava para casa quando eu reparei que o carro da minha esposa não estava na garagem. Fiquei pensando:

- Será que ela ainda não voltou do trabalho. Fiquei preocupado, mas relaxei e esperei. Já tinham se passado horas e nada. Foi então que comecei a ouvir barulhos em casa; só não sabia de que cômodos. Bem na hora em que me levantei, percebi que tudo ficara em silencio novamente. Em seguida, ouvi um carro sendo ligado.

Desci direto em sua direção e vi homens grandes, fortes de terno preto e de máscara. Assustei-me. Um deles me disse que sabia onde estava minha esposa. Soube que ela estava presa num cais que era muito usado pela Máfia, mas que estava abandonado havia anos. Fui imediatamente para lá.

Quando cheguei, sorrateiramente, pude vê-la pendurada por uma corda, com cem quilos presos a seu corpo, de cabeça para baixo, prestes a cair no mar. Corri e corri para salvá-la, mas quando cheguei, vi que era só um manequim com suas roupas e uma peruca: era uma armadilha. Fiquei encurralado, então vi uma arma no chão, procurei proteção e o tiroteio começou. Eu estava tenso, comecei a atirar. Feri a mão e tentei fugir para onde havia uma mancha de óleo gigante dentro d’água. Minha sorte foi que eu tenho fôlego de nadador. Consegui fugir para a rua mais próxima e me abriguei debaixo de uma árvore.

No dia seguinte, eu continuei procurando. Contatei a polícia, mas, nada. “Quem estava vindo na minha direção? ”, me perguntei. Eram agentes do FBI. Disseram que sabiam onde minha esposa estava. Fui com eles. Pediram-me que usasse uma roupa toda preta com uma câmera. Essa acabou

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sendo minha primeira experiência como espião, mandaram-me entrar no cais de novo, mas daquela vez, mais bem armado. Finalmente achei minha esposa. Eu a protegi e a levei para casa, e tudo voltou ao normal.

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O recepcionista Victória Saad

“Trim! Trim!” O telefone tocou e eu atendi:

- Alô? - Alô, é a Victória? - Sim. - Oi, netinha, é sua avó. Eu só queria que você

avisasse a sua mãe que eu estou internada, vem aqui, por favor.

- Ok, vovó. Eu avisei minha mãe pelo telefone, e ela disse para

eu ir na frente, porque ela não podia sair àquela hora. Eu arrumei minhas coisas na mochila: levei uma

blusa, um short, um macaquinho, calcinhas, “snacks”, umas revistas, meu ipad, um caderno, carregador e dinheiro. Eu levei isso tudo porque eu sabia que eu ia ficar mais de uma noite.

Peguei um táxi e fui até o hospital, mas só cheguei à meia-noite, porque o trânsito estava horroroso.

Peguei minhas coisas, saí do táxi e entrei no hospital, mas não tinha ninguém na recepção, o que eu já achei estranho. Enquanto eu ia para o quarto, apareceu um cara misterioso com uma capa preta, uma faca na mão e uma seringa cheia de sangue. Eu corri para a cafeteria, pensando que ele não ia me achar, mas ele parecia uma sombra. Eu ia para um lugar, e ele ia junto; ia para outro lugar, e lá estava ele de novo.

Então respirei fundo e corri o mais rápido que eu pude até chegar a uma sala de raios x que não tinha saída. Parei de correr e encostei na parede, na minha mente eu só pensava nele me estrangulando, pois eu só pensava em como ia ser minha morte.

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Finalmente, ele chegou e acendeu a luz. Eu mal conseguia respirar. Fechei os olhos e fiquei encolhidinha em um canto da sala. Sentia que alguém me olhava e o ouvi então dizer:

- Quem é você? O que você está fazendo aqui? - Por favor, não me mate! - Tá sonhando, menina? Eu sou o recepcionista do

hospital. - Ah? É o senhor? Isso não é uma faca? Então vi que era só o recepcionista com um telefone

que parecia uma faca e uma caneta vermelha que parecia uma seringa com sangue. Ele me perguntou quem eu era e eu respondi que era Victória, neta da Vera. Ele disse que a minha avó estava no quarto 5. Então eu cheguei lá, deitei no sofá e dormi. De manhã, o telefone tocou: era minha mãe dizendo que estava vindo.

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O sequestro! Manuela Portinari

Um dia, às 8h da noite, eu estava no shopping Fashion Mall. Eu estava na loja Louis Vuiton LV, onde comprei uma bolsa linda, grande, marrom com o ‘’LV’’ (símbolo da Louis Vuiton). Quando eu saí da loja, caminhei até́ o ‘’Starbucks’’', foi então que notei o movimento estranho de dois homens vestidos de preto. Eles usavam óculos escuros. Achei o movimento deles estranho, pois foram para um canto vazio, passaram algo de metal rapidamente um para o outro e apontaram para mim. Tentei entrar no elevador, mas não consegui, pois o elevador tinha acabado de sair. Caminhei rápido para a escada, mas os homens continuaram vindo atrás de mim. Fui para o estacionamento do shopping e eles também. Paguei e saí apressada. Em seguida, chegaram à bilheteria, mas não pagaram, só́ fizeram um gesto de OK para o cobrador.

Eu entrei no meu carro e eles em um carro preto, que ficou atrás de mim o tempo inteiro. Eu desviava de pista e eles também. Comecei a tremer, fiquei cada vez com mais medo. Eu estava indo para casa, mas desisti e resolvi ir para o shopping da Barra. Os homens também foram. Quando entrei no shopping e saltei do carro, morri de medo de ser morta apenas com 35 anos de idade! Saí correndo. Os homens foram também, só́ que, como eram mais rápidos, me alcançaram e dessa vez ficaram ao meu lado, até que chegou mais um homem e eu jurava conhecê-lo. Foi aí que lembrei: Ele era meu ex-namorado. Ele disse:

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- Eu sei que você lembra de mim. E eu vim falar com você sobre isso. É melhor que você̂ pare!

- OK.- respondi. Parei, nós fomos até́ um restaurante. No caminho, perguntei se ele sabia quem eram aqueles “caras”, e ele respondeu:

- Não sei, não os conheço, mas se não me engano, são os que assassinaram uma mulher nesse shopping!

- Sério? - respondi.

- Não, claro que não, eles são meus amigos que eu pedi para te acharem de uma maneira estranha, de modo que você̂ achasse que eram assassinos!

- Por que você̂ fez isso?!

- Queria te achar de um modo especial!

Nós fomos ao ‘’Starbucks’', voltamos a namorar e ele me deu a bolsa (o dinheiro da bolsa!). Depois de dois anos, nós nos casamos e ríamos sempre que nos lembrávamos dessa história.

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O homem da Sacola Victória Saad

Numa cidade pequena, no sul de Goiás, havia um

boato desde muito tempo: todo domingo, um homem invisível aparecia nas casas das crianças, pegavam-nas rapidamente e as levava em uma sacola preta e suja, e depois as esfaqueavam para comê-las. Laís era uma garota nova em Goiás, tinha se mudado havia pouco tempo para uma casa pequena. Um dia, Laís estava na escola e todos os seus amigos perguntaram:

-Você já sabe o boato do homem invisível, né? - Não. – respondeu a menina. Eles contaram-lhe o

boato do homem invisível. Ela se surpreendeu com a história.

No domingo à noite, Laís foi dormir mais cedo. Depois de um bom tempo, Laís acordou com um cheiro estranho e estava chovendo muito. De repente, ela sentiu alguém a puxando para fora da cama, e pensou: “será que é o homem invisível? ”.

A menina gritou alto e pediu socorro. Ela ouviu uma voz gritando:

- Laís, Laís, Laís. Ela abriu os olhos com muito cuidado e medo, achando que era o homem invisível, mas viu que era apenas sua mãe chamando por ela.

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O Pó Mágico Pietra Schneider

Num belo dia, Edmundo resolveu ir fazer compras no

Zona Sul. No supermercado, ele viu um produto chamado

“Invisível”. Edmundo, curioso, comprou –o. Em casa, abriu a sacola e borrifou um pouquinho do

produto em sua mão. Ele ficou invisível e falou consigo mesmo:

- Que maneiro, estou invisível! Acho que vou me divertir muito com essa descoberta. A ideia era assustar as pessoas. Vinha uma pessoa e ele gritava:

-Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! E todos saiam correndo. Mas quando ele foi assustar um homem, viu que o

efeito do produto tinha acabado. Então o homem, muito bravo, viu que era ele que assustava as pessoas e mandou prendê-lo.

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O Monstro Pietra Schneider

Um dia, um garoto chamado Gustavo estava passeando

por um bosque. Ele estava observando as plantas, as flores, os bichos, enfim, a natureza. Quando o garoto estava tirando foto de uma flor, ouviu um barulho bem alto e se perguntou: “O que será isso? ”, depois, o garoto imaginou que era só um bicho, mas quando ele olhou para trás, viu um monstro verde, gosmento, com cinco olhos vermelhos. O garoto saiu disparado e se escondeu numa gruta. O monstro não entendeu nada.

Na gruta, Gustavo estava apavorado, hiperventilado e começou a chorar. Então apareceu outro garoto e disse:

-Se acalme! Meu nome é Raymundo. Qual é o seu? Gustavo disse o seu nome e contou tudo o que tinha

acontecido. Raymundo contou que a mesma coisa lhe tinha acontecido também.

Então os dois garotos tiveram uma ideia: um dos dois distrairia o monstro e o outro pegaria uma faca e mataria o monstro pelas costas. Então seguiram o plano. Eles procuraram e procuraram o monstro, até que o acharam e, como o plano, Gustavo foi distrair o monstro e veio Raymundo e o feriu mortalmente.

O monstro disse com uma voz bem fraquinha: -Eu só queria fazer amizades. E o monstro morreu. Em todo lugar que caiu sangue do

monstro, cresceram várias árvores. E os meninos se arrependeram do que fizeram e sempre se lembraram do bom monstro.

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O Encontro Clara Nolte

Eu estava na piscina com as minhas amigas, estava

tudo correndo bem e nós estávamos nos divertindo também, mas, de repente, a água esfriou e o céu, que antes estava azul com brancas nuvens, ficou negro e assustador. Então fizemos a coisa mais óbvia que poderíamos fazer: entramos em pânico.

Então, naquele momento, ele apareceu: era uma coisa formada pela névoa, por isso não dava para ver direito. Quando essa coisa (que com certeza não era humano) ficou mais próxima e deu para ver o rosto que mudava de forma rapidamente, como a névoa. Se antes estávamos em pânico, ficamos ainda mais. Essa forma nos olhava com olhos cor de âmbar, e eu poderia jurar que passava raios por ela. Então ela fez a coisa mais estranha: ela desapareceu.

No entanto, antes que recuperássemos o fôlego, ela apareceu novamente cercada por mais 100 espíritos iguais a ela, mas com algumas diferenças, pois eram vermelhas como o sangue. As minhas amigas fugiram para fora da piscina, deixando–me sozinha. Tentei gritar para elas voltarem, mas se foram completamente.

Então pensei: “OK, eu estou sozinha com um ‘enxame’ de monstros e sem as minhas amigas e, certamente, eu quero correr, e já ia me esquecendo: eu vou morrer”.

Então nadei até aquela água gelada, tentando matar os monstros. E o monstro negro disse:

- Você está indo para a morte, renda-se e me dê esse planeta.

Eu engoli em seco, e respondi com a voz mais confiante que pude, mesmo não estando:

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-Você não vai tomar esse planeta enquanto eu estiver aqui.

- Suas amigas se foram, eu tenho um grande exército.

Então, eu, com o braço tremendo, corri e liguei para a polícia. Que vieram rapidamente.

De repente, eu acordei e vi que tudo fora apenas um sonho.

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Ao Hospício Manuela Portinari

Um dia, eu estava no cinema. Coloquei minha pipoca

na cadeira ao lado que estava vazia. Mas a pipoca voou. Tomei um susto "gigante" e berrei. Quando olhei, era um pé! Aí senti um tapa nas costas. Era um homem invisível. Ele estava ao meu lado o tempo inteiro, o pé era dele. Achei que estava louca. Saí correndo e berrando pelo shopping inteiro. As pessoas me olhavam e me achavam louca, e que eu devia ir para o hospício.

Algumas pessoas tentaram me acalmar e disseram para eu tomar um café, que depois iriam lá. Mas elas ligaram para o hospício e pediram para eles me internarem. Obviamente cheguei lá berrando e dando tapas no ar. E um doutor chato quis que eu ficasse lá.

Eles me internaram, o que era bem aceitável. Afinal, tinha um homem invisível que só eu via. Eles me internaram numa ala isolada. Eu dei um ataque histérico!

Alguns dias depois, mais calma, resolveram me deixar ir. Eu fui. Mas logo voltei a berrar e a dar tapas no ar. Aí sim, me internaram por alguns meses. E hoje em dia estou supernormal, você não acha?

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O Encrenqueiro Bernardo Menezes

Um dia, uma turma do 5° ano estava em uma excursão,

em um laboratório científico. E um garoto chamado Carlos, que era curioso e encrenqueiro, estava por último e viu uma poção. Então ele foi lá e a bebeu. Isso o fez ficar invisível. Quando ele percebeu que tinha ninguém podia vê-lo, começou a fazer brincadeiras.

Uns dois dias depois, quis voltar a ficar visível e pediu ajuda ao cientista. Primeiramente, ele negou, mas depois ele aceitou, pois ficou com pena do garoto, mas colocou uma condição: que quando ele fosse maior, trabalharia lá nos fins de semana, de graça. O garoto aceitou e ficou visível. Assim o cientista ganhou seu assistente e fim.

Um dia, uma turma do 5° ano estava em uma excursão, em um laboratório científico. E um garoto chamado Carlos, que era curioso e encrenqueiro, estava por último e viu uma poção. Então ele foi lá e a bebeu. Isso o fez ficar invisível. Quando ele percebeu que tinha ninguém podia vê-lo, começou a fazer brincadeiras.

Uns dois dias depois, quis voltar a ficar visível e pediu ajuda ao cientista. Primeiramente, ele negou, mas depois ele aceitou, pois ficou com pena do garoto, mas colocou uma condição: que quando ele fosse maior, trabalharia lá nos fins de semana, de graça. O garoto aceitou e ficou visível. Assim o cientista ganhou seu assistente e fim.

Um dia, uma turma do 5° ano estava em uma excursão, em um laboratório científico. E um garoto chamado Carlos, que era curioso e encrenqueiro, estava por último e viu uma poção. Então ele foi lá e a bebeu. Isso o fez ficar invisível. Quando ele percebeu que tinha ninguém podia vê-lo, começou a fazer brincadeiras.

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Isso é possível? Sofia Vasconcellos

Tudo bem, eu sou Emily, uma das garotas da turma, minha história é bem estranha, você vai ver.

Tudo começou quando eu fiz uma grande besteira: confiar nas pessoas erradas, que pensei que fossem minhas amigas, mas que só queriam explorar a minha inteligência. Depois de me usarem para o projeto superdifícil de ciências, deixaram-me de lado. Quase todos da turma me esqueceram, menos os que ficavam de fora do grupo: os excluídos.

Eles perceberam que eu estava ficando invisível cada dia que se passava, até que eu fiquei invisível totalmente. Apenas os professores e uma amiga de quem eu não era muito chegada me viam. Quando um professor me escolhia para falar, os do grupo ficavam se perguntando o porquê de eles escolherem o nada. Eu decidi pesquisar sobre esse mistério que aconteceu comigo, mas não achei nada. De uma forma misteriosa, assim como eu ficara invisível, voltei ao normal.

Então, lembrei-me de algo que explicava o meu caso, mas no momento não lembro. No final, voltei ao normal, mas fiquei amiga da garota de quem eu não era tão chegada.

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A Bruxa do Quarto Andar Isabela Gross

Era uma vez uma menina que se chamava Juliana. Ela

era uma menina muito bonita e morava em um apartamento na Rua Meneiro Gonçalves, no bairro de Botafogo. Tudo era tranquilo, menos a vizinha dela, dona Tereza.

Dona Tereza morava debaixo de Juliana, no 4º andar. Ela era esquisita, com cabelo curto, cheio e vermelho. A vizinha tinha uma pele toda enrugada. Toda vez que a família de Juliana encostava o pé em casa, ou a senhora ligava pelo interfone ou ela gritava pela janela:

-Para de pular! Mas Juliana nem estava pulando, ela só estava andando. Quando Juliana via a vizinha na pracinha, ela até levava um susto e queria ir direto para casa.

Um dia, o porteiro comentou com os pais de Juliana sobre a péssima atitude de dona Tereza.

- Eu até desconfio que ela é uma bruxa!!! - disse Juliana.

- Pois é. - Disse o porteiro. No dia seguinte, Juliana esqueceu-se de dona Tereza e

foi pular, correr e se divertir. Até que... - JU-LI-A-NA!!!!! Eu vou te matar!!! - disse dona

Tereza. Juliana ficou assustada. Depois do almoço, Juliana desceu até a pracinha. Lá,

estava a senhora com a faca na mão. Juliana saiu correndo e a bruxa foi atrás.

- Assim não dá! Eu não quero mais morar nesse apartamento! - gritou a menina, mas ela gritou tão alto que a pracinha toda ouviu. Dona Tereza ficou sem graça e quis fazer as pazes com a garota. Ela se mudou para um apartamento bem longe, porém, a menina visitava a vó dela

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que era vizinha da dona Tereza também. A bruxa agora é “pianinho” com ela, ou seja: ela está simpática. Um dia, Juliana encontrou dona Tereza no elevador. Ela disse:

- Nossa! Como você cresceu! Assim, dona Tereza percebeu que deveria ter mais

paciência com as crianças e nunca mais reclamou de barulho e ficou mais legal com todos.

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Histórias Poéticas Claudenir (exemplo)

Era uma vez uma bela alemã Que adorava comer maçã

Um dia, encontrou um alemão Que adorava comer mamão

- Vamos fazer um piquenique na gruta

- Estou com uma fome bruta (-Vou levar salada de fruta)

Os dois se apaixonaram

E nunca mais se deixaram

E Hans foi trabalhar num armarinho Pois Gretchen tav’esperand’um alemãozinho

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História Poética Sofia Vasconcellos

Era uma vez uma feiticeira. Que adorava sentar em sua cadeira.

Um dia, encontrou um sapo. Que adorava bater um papo.

“Vamos fazer um chá de fofoca?” “Claro, mas eu trago a minhoca.”

Os dois fizeram a festa do chá.

E não pararam mais de tagarelar.

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Japonesa à Milanesa Diego Neiva Fioravanti

Era uma vez uma japonesa Que gostava de bife à milanesa

Conheceu um português

Que gostava de jogar xadrez

Se apaixonaram E um filho tentaram

Zequinha tiveram E felizes viveram

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Comida Japonesa Victória Gomes Saad

Era uma vez um chinês Que adorava falar português

Um dia, encontrou uma francesa,

Que adorava uma comida japonesa.

- Quer ir jantar comigo na Teresa? - Na Teresa tem sobremesa?

Os dois comeram bem, com certeza.

E daí surgiu uma grande amizade com muita beleza.

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O Pintor do Arco-Iris Luanna Tuñas

Era uma vez um pintor,

Que adorava o amor.

Um dia encontrou Ísis,

Que adorava o arco-íris.

“Você é minha inspiração. ”

“Você mora no meu coração. ”

Os dois se apaixonaram,

E não se separaram.

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O Castelo Amarelo João Cândido

Existia um japonês. Que falava chinês.

Um dia o japonês conheceu uma chinesa.

Que era princesa.

O japonês não teve fraqueza. E logo conquistou a chinesa.

Viveram felizes num castelo.

Que era todo amarelo.

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A Menina que Adorava Dizer Que Ia

Bernardo Menezes

Era uma vez uma garota chamada Luanna, Que adorava banana.

Um dia encontrou uma garota chamada Sofia,

Que adorava dizer "ia"!

Então elas consertaram o gás E viraram melhores amigas.

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Salsichão com Tylenol Pietra Schneider

Era uma vez um caracol Que adorava tomar tylenol

Um dia ele encontrou um anjo

Que adorava tocar banjo

Quer dar um passeio? Sim claro, mas não tenha receio.

Os dois foram para um parque de diversão

E comeram um grande salsichão

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A Bicicleta do atleta Mariana Rocha

Era uma vez um atleta Que adorava andar de bicicleta

Um dia, encontrou uma menina

Que adorava ser bailarina

"Vamos andar de bicicleta?" “Vamos, mas não fique quieta."

Os dois se divertiram. E também curtiram.

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Rei glutão de Plutão Manuela Portinari

Era uma vez um rei glutão Que morava em Plutão E adorava comer feijão

Um dia ele viu uma moça Que sempre lavava louça

Ele a empurrou numa poça

Pensou que seria bom se casar com ela E não precisar ariar panela Esse trabalho seria da bela

O casamento aconteceu

Mas no dia seguinte, ela morreu.

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No Tapete Azul Luanna Tuñas

Meu nome é Lydewid. Sou uma garota de dez anos.

Antes, morava no Afeganistão com meus pais e meu irmão

de 22 anos. Nossa vida era normal. Até que, um dia, tudo

mudou.

Uma Guerra entre meu país e o Talibã começou. Então

meus pais decidiram que iríamos para a Alemanha. Durante

uma semana, arrumamos tudo. Cada um levava uma grande

e pesada mochila nas costas. Por volta de meio-dia,

partimos.

Tínhamos um longo trajeto nos esperando. Nossa

primeira etapa devia ser resolvida a pé. O calor e o cansaço

eram as principais dificuldades. Depois de cinco longos dias

de caminhada, chegamos ao aeroporto do Irã. Lá, nossa

família pegou um voo até o Líbano. Como nosso dinheiro já

quase acabara, pegamos um voo que demorava seis horas.

Chegamos e nos pusemos a caminhar até o porto.

Naquele lugar, nossa família gastou todo o dinheiro restante

com um pequeno barco improvisado, feito por três

malandros, que nos cobraram mais de duas mil libras

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libanesas. Estávamos morrendo de fome e com medo,

olhando o imenso mar que nos cercava.

Passamos dois dias em alto mar, e já podíamos perceber

que o barquinho começava a desmoronar. Para piorar,

naquela noite, uma breve, porém forte tempestade começou,

e transformou nosso barco em destroços.

Nós nos entreolhávamos sem mais esperança. De

repente, uma onda enorme veio se aproximando cada vez

mais, e mais, e mais… Só lembro-me que o grande tapete

azul nos engoliu.

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Luta Pela Vida

Manuela Portinari

Eu me chamo Affaf, tenho 60 anos, sou líbia e, há muitos anos, imigrei para Barcelona. Eu era nova, tinha 21 anos quando resolvi sair do meu país. Eu não aguentava mais ficar em um país onde sofria preconceito, perseguição e guerras.

Minha viagem começou assim: arrumar malas secretamente, me despedir dos familiares e traçar uma rota.

Em uma escura madrugada, peguei minha antiga bicicleta e comecei a pedalar intensamente. Pedalei para oeste, até chegar à Argélia. Eu não aguentava mais pedalar, então parei para descansar e acabei pegando no sono. Não percebi que tinha amanhecido e, quando estava me levantando, senti uma pontada nas costas: era uma pessoa me chutando e dizendo:

- Mendigo imprestável! Se não tem dinheiro, não fique no meio da melhor rua do país.

Fiquei muito nervosa, peguei minhas coisas, montei na minha bicicleta e saí pedalando. O tal sujeito achou que eu tinha roubado a bicicleta e começou a berrar:

- Pega ladrão, pega ladrão! Tentei avisar que a bicicleta era minha, mas não deu

muito certo. Não passou nem um minuto e uma policial já veio atrás de mim. Ela perguntou ao sujeito o motivo de ele ter dito que eu era uma ladra, e o sujeito disse que era porque eu estava dormindo no chão e que uma mendiga não teria como ter uma bicicleta. Foi aí, que eu “gelei”. Tive que contar a verdade:

- Não sou mendiga, mas sim refugiada. O policial me olhou e me advertiu:

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- Não durma pelo chão e depois saia com sua bicicleta, pois assim muitos vão pensar que você a roubou, muitos guardas podem não deixar você continuar viajando. Siga em frente, pode ir, continue sua viagem!

Eu já tinha passado pela primeira dificuldade, mas não seria isso que me faria desistir.

Continuei pedalando e cheguei até o noroeste da Argélia, e eu não aguentava continuar pedalando. Eu estava exausta. De lá, consegui pegar um barco até a Espanha. O único problema foi que não queriam deixar que eu entrasse naquele país.

Desesperada, pulei no mar e nadei durante quatro, passando muito medo de ter algum tubarão, de me afogar ou coisas piores. Até chegar à uma praia fiquei nessa tensão. Mas foi desse modo que pude entrar na Espanha. Felizmente depois disso tudo cheguei viva.

Senti muita falta de minha bicicleta, pois tive de continuar minha viagem a pé. Andei muito durante o dia inteiro e quando fui ver onde ainda estava, era em Málaga. Eu, sem água, sem agasalhos e sem muito alimento, passei noites na rua em uma praça, com muito frio. De manhã, quando me viam deitada na rua, pensavam que eu tinha acordado cedo para curtir a praça.

Num dia, achei um bebedor e pude beber água. Continuei andando até um local onde tinha um campo para refugiados. Dei graças, pois eu não tinha mais comida, só potes vazios. Lá enchi potes com comida, garrafas com água e passei uma semana hospedada.

Passando essa semana, segui viagem com mais forças e consegui chegar até Madrid. Lá, eu novamente dormi em uma rua, tomei mais cuidado e deu certo, pois ninguém me xingou, nem me levou para a polícia e até ganhei comida. No dia seguinte, cheguei até Barcelona, meu destino.

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Agora precisava arrumar um lugar para morar e um emprego parar recomeçar minha vida.

Comecei sendo garçonete e, hoje em dia, sou uma cozinheira famosa e premiada e tenho uma rede de restaurantes.

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Fugindo das guerras de vários países

Isabela Gross

Eu morava na Síria. Eu e minha família estávamos tentando fugir do país, pois estava havendo muitas guerras, fome, sede e morte.

Foi muito difícil sair de lá. Então, minha família e eu resolvemos fazer da seguinte maneira: ir para o Iraque a pé. Depois de mais de dez quilômetros, eu achei uma pessoa vendendo bicicletas. Compramos e andamos muitos e muitos quilômetros. Chegamos ao Iraque. Lá, também tem guerras, porém tem menos guerras do que na Síria. Tem muita gente morrendo, muita pobreza, polícia matando e prendendo gente.

Minha família e eu não gostamos de lá, então fomos de avião para a Turquia. Lá também tinha guerra, então fomos para a Grécia. Lá não tinha guerra, mas tinha muita pobreza. Então, resolvemos ir de avião para a Alemanha. Neste pais, não tem guerras, e não tem perigo se uma criança for sair de casa sozinha, porque não tem violência.

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Crise de imigrantes Mariana Rocha

Isso não é bem um diário, mas sim um relato de viagem. Eu quis escrevê-lo, pois eu e meus irmãos vamos fazer uma viagem bem perigosa. Tomara que Alá nos proteja! Mas antes de contar, para onde vamos, gostaria de falar um pouco de mim. Na verdade, eu tenho onze irmãos e eu sou a décima segunda, a mais nova da família. Meu nome é Mallu e eu tenho nove anos. Nós morávamos no Iêmen, lá é bem pobre e há muitas guerras. Meu pai foi lutar na guerra para salvar nós treze, mas infelizmente morreu. Minha mãe então resolveu que iríamos para a Europa para ela procurar um trabalho que lhe desse dinheiro e poderíamos ter uma vida mais tranquila.

Em uma madrugada minha mãe me acordou e nós treze andamos e andamos naquele mar de areia. Chegamos a uma cidade onde pegamos um avião que demorava muito para chegar. Quando chegou, minha mãe disse que estávamos na Alemanha. Passaram-se sete dias e mamãe arranjou um trabalho que também nos oferecia uma casa. Achei legal da parte deles. Aquela casa era enorme. Nunca tinha visto nada igual, talvez porque no Iêmen todos moravam em pequenos barracos. Por sermos treze, morávamos em seis barracos, duas pessoas em cada. Passou-se um mês e ainda tentava fazer amigos, mas nunca entendia aquela língua mais difícil que russo. Minha mãe tentava me ajudar, mas nunca dava certo. Então, em uma noite percebi que mamãe tinha dinheiro para pagar, pedi-lhe

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para fazer um curso de alemão. Contou seu dinheiro e disse que se esforçaria e pagaria. Eu lhe agradeci a noite toda. Cinco dias se passaram e finalmente entrei no curso. Acho que o curso me ajudou muito, pois 20 anos depois, eu me casei e tive três filhos, todos de cabelo loiro e olhos azuis. Agradeço à mamãe, pois minha vida deu uma reviravolta!

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História sobre os refugiados Victória Gomes Saad

Eu acordei no meio da noite com um grito da minha filha, Amy.

Ela gritava como uma louca, havia um tiroteio em frente à minha humilde casa na Síria. Nós estávamos em uma crise sem fim por causa das guerras, e cada dia que se passava, eu ficava mais preocupada com Amy, pois ela só tinha 11 anos, com uma vida longa pela frente. Se tudo continuasse daquele jeito, nós acabaríamos morrendo.

Preparei uma mala para mim e para Amy com algumas coisas que precisaríamos, como: roupas, sapato, comida, bebida, uma barraca e cobertor.

Peguei a chave de casa e fui correndo chamar a madrinha de minha filha, Isadora. Ela era a minha melhor amiga e tinha uma filha da mesma idade que a minha amada Amy. As duas eram melhores amigas. Isadora concordou em vir junto comigo e Amy. Ela pegou suas malas e nós fomos estrada a fora.

Depois de 12 horas de caminhada, em uma estrada precária, nós chegamos a uma pequena cidade chamada Luxemburgo. Lá montamos nossas barracas e tentamos adormecer. Na manhã seguinte, bem cedo, o sol já estava no meu rosto. Acordei e, de repente, pensei que tudo o que tinha acontecido não passava de um sonho, mas quando eu olhei, estava deitada na grama, cercada por duas barracas. Então percebi que não era um sonho; acordei Amy e Isadora e depois Isabel.

Nós nos vestimos rápido, bebemos água e saímos. Quando chegamos à fronteira de Luxemburgo com a Alemanha, vi mais de mil refugiados tentando entrar na

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Alemanha, mas a Alemanha não tinha quase espaço para refugiados. Havia muita confusão!

Depois de muita discussão, os policiais cederam, e deram preferência aos idosos, às crianças, e às mães, e finalmente conseguimos entrar. Fomos direto para Munique. Lá tinha um acampamento de refugiados. Eu montei as barracas e fomos deitar, pois todos nós estávamos muito cansados. À noite, Amy me acordou perguntando:

- Mamãe, o que que vai acontecer com a gente? Mesmo sem saber ao certo a resposta, disse:

- Não sei, minha filha, mas com certeza vamos estar mais seguras aqui do que na Síria. De manhã, quando acordei, dei de cara com um ladrão,

que estava mexendo nas minhas poucas coisas, gritei: - Por favor, me deixe em paz, não me faça sofrer mais, não me roube!!!! O ladrão, com pena de mim, largou as coisas e foi

embora. Nos últimos dez dias, eu e Amy, Isadora e Isabel ficamos naquele acampamento, vivendo com muito poucas coisas, mas seguras. Até que tive uma ideia: nós iríamos pegar um bote e ir até a Itália, nosso destino final. Isadora conseguiu encontrar um senhor que nos vendeu um pequeno bote. Eu paguei e enchemos o bote para embarcamos.

À meia-noite, estávamos em alto mar ainda remando, quando o barco começou a afundar. Eu e as meninas remamos o mais rápido possível e conseguimos não afundar, e finalmente chegamos à costa da Itália, encontramos outro campo de refugiado, e por lá ficamos.

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A caminho da Inglaterra João Cândido

Eu estava na minha casa em Damasco, lendo jornal. Vi que estavam dizendo que um país tinha sido invadido para aproveitarem do seu do petróleo. Eu primeiro achei um absurdo, saí de casa e me deparei com os invasores. Disse que aquilo era injusto e que tinham que parar, pois estavam extraindo o que era do nosso país. Naquele momento, só ouvi um grito:

- Peguem-no! Saí correndo, mas depois desse acontecimento só

pensava em sair do país. Planejei para onde iria imigrar. Por sorte, não tinha que me preocupar, porque meu amigo caminhoneiro me ajudaria me trazendo até Istambul, na Turquia.

Quando cheguei lá, fiz um pequeno lanche de um pão, um pequeno jarro de água. Comprei também barato colchão para dormir por uma noite. Logo depois de acordar, pedi uma carona, mas ninguém parava e, às vezes, até me xingavam com palavras nada agradáveis. Mas eu encontrei um simpático casal de velhinhos. Eles me receberam e me levaram à Alemanha, pois lá iria passar uma noite.

Essa noite foi fria, não dormi muito. Fui acordado aos sustos porque sonhei que os guardas de fronteiras tinham me achado. Com medo, arrumei um "Bretzel" e segui minha viagem para a França. Lá, as pessoas me olhavam de modo estranho, tentei ignorá-los e segui até a estação do Eurotúnel, onde tinha dois turistas que tinham errado na compra da passagem e me deram uma das passagens.

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Como eu estava feliz! Quem diria que eu conseguiria fazer essa tão longa viagem... Finalmente cheguei à Inglaterra, e até hoje trabalho aqui!

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O terrível acontecimento Sofia Vasconcellos

“Meu nome é Yasmin. Eu vivia na Síria, no oeste da Ásia. Eu e minha família não éramos pobres, mas com a guerra em nosso país, era difícil sobreviver.

Certo dia, meu pai nos acordou de madrugada para fugirmos. Ele já havia preparado tudo. Então minha mãe pegou o dinheiro que economizávamos a cada dia, e eu e meu irmão de quatro anos ajudamos nosso pai a ir para o mar. A maré estava alta e havia uma forte correnteza. Somente poucos minutos depois da partida, o barco afundou. A última coisa que ouvi de meu pai, antes de perder os sentidos, foi:

-Yasmin, te amo!

Já na praia, quando acordei, havia várias pessoas à minha volta. Perguntavam-me se eu estava bem, e eu estava. Eu tive que trabalhar por seis meses para conseguir o dinheiro para ir ao Canadá, que era a nossa opção de fuga, mas como minha família havia morrido, iria sozinha mais tarde. Mas antes, no quarto mês trabalhando na Grécia, vi a notícia onde os corpos da minha família tinham aparecido na praia na Síria.

No dia em que peguei o barco e fui para o Canadá, não cheguei, porque morri antes. Minha morte foi bem lenta, vi minha vida passando nos meus olhos, senti meu coração ficando cada vez mais lento, até que parou e nunca mais voltou. Minha temperatura ficava mais fria, conforme os segundos passavam, eu morria”.

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- Bem, crianças, essa foi a triste história de Yasmin e sua família. Boa noite crianças! - dizia a avó aos seus netos enquanto saía do quarto.

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Imagens de Suspense e de terror

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