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MINUTA Governo do Estado do Pará Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade Diretoria de Licenciamento Ambiental Coordenadoria de Infraestrutura, Fauna, Aquicultura e Pesca Gerência de Projetos de Infraestrutura de Energia, Parcelamento do Solo e Saneamento MINUTA DE TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA), OBJETIVANDO A IMPLANTAÇÃO DE USINA TERMELÉTRICA À GÁS NATURAL LIQUEFEITO, COM LINHA DE TRANSMISSÃO PARA A SE VILA DO CONDE, GASODUTO, ADUTORA E EMISSÁRIO DE EFLUENTES EM BARCARENA, ESTADO DO PARÁ. JULHO / 2017 BELÉM-PA

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MINUTA DE TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE

IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA),

OBJETIVANDO A IMPLANTAÇÃO DE USINA TERMELÉTRICA À GÁS NATURAL

LIQUEFEITO, COM LINHA DE TRANSMISSÃO PARA A SE VILA DO CONDE,

GASODUTO, ADUTORA E EMISSÁRIO DE EFLUENTES EM BARCARENA, ESTADO

DO PARÁ.

JULHO / 2017BELÉM-PA

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I INTRODUÇÃO

Este Termo de Referência tem como objetivo determinar os procedimentos e os critérios

complementares para a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de

Impacto Ambiental (RIMA), relativos à implantação de Usina Termelétrica à Gás Natural

Liquefeito, com linha de transmissão para a SE Vila do Conde, gasoduto, adutora e emissário de

efluentes em Barcarena, estado do Pará.

1 PROCEDIMENTOS DO LICENCIAMENTO

O processo de licenciamento ambiental do empreendimento deverá ser coordenado pela Secretaria

de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS/PA, conforme estabelecem as normas da

Política Estadual do Meio Ambiente, através da Lei nº n.º 5.887 de 09/05/95.

O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental – EIA-RIMA deverão ser dada

publicidade, conforme exige a Constituição Brasileira em seu artigo 225. Assim, durante o período

de análise do EIA/RIMA poderão ser realizadas audiências públicas, de acordo com o que

estabelece a Resolução do CONAMA nº 009/87.

2 DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS E JURÍDICOS

2.1. Requerimento padrão modelo SEMAS, devidamente preenchido e autenticado;

2.2. Declaração de Informações Ambientais (DIA) modelo SEMAS, autenticada;

2.3. Cópia da publicação do pedido de licenciamento ambiental no Diário Oficial do Estado (DOE)

e em periódico local de grande circulação, que deverá ser protocolada em até 30 (trinta) dias, a

contar do requerimento da licença ambiental;

2.4. Instrumento público ou particular de procuração, se for o caso, com respectiva cédula de

identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF) do procurador;

2.5. Cédula de identidade (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF) do interessado;

2.6. Alvará de funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal ou Certidão, declarando que o local

e o tipo de empreendimento estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação

do solo;

2.7. Cadastro Técnico de Atividade de Defesa Ambiental (CTDAM) e Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART), ou documento similar emitido pelo Conselho de Classe, dos

projetos e estudos apresentados;

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2.8. Comprovante de pagamento de taxas de licença e de análise do processo de licenciamento

ambiental (DAE);

2.9. Registro comercial, no caso de empresa individual;

2.10. Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando

de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos de

eleição de seus administradores;

2.11. Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhada de prova de diretoria

em exercício;

2.12. Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em

funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão

competente, quando a atividade assim o exigir;

2.13. Comprovação de regularidade fundiária, se for o caso;

2.14. Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e prova de inscrição no

Cadastro de Contribuinte Estadual (IE); e

2.14. Prova de isenção de contribuição estadual, se for o caso.

II ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um documento de natureza técnico-científica e

administrativa, que tem como finalidade avaliar os impactos ambientais gerados por

empreendimentos/atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa

degradação do meio ambiente e propor medidas de controle ambiental para os aspectos ambientais

significativos e medidas mitigadoras para os impactos ambientais adversos significativos,

garantindo assim o uso sustentável dos recursos naturais.

Esse estudo tem como finalidade realizar o levantamento dos meios físico, biótico e

socioeconômico da área de influência direta e indireta da Usina Termelétrica à Gás Natural

Liquefeito, com linha de transmissão para a SE Vila do Conde, gasoduto, adutora e emissário de

efluentes em Barcarena, estado do Pará, quantificando e qualificando todas as fontes geradoras de

potenciais impactos significativos nos meios biótico, físico e socioeconômico e cultural, decorrentes

do empreendimento em todas as suas fases - planejamento, implantação e operação.

O estudo deverá explicitar as ações de monitoramento do desempenho dos sistemas e

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procedimentos de controle ou de mitigação ambiental a serem implementados.

O EIA deverá ser desenvolvido considerando as abordagens técnicas e metodológicas apresentadas

a seguir.

1 METODOLOGIA

A. Apresentação dos limites da área geográfica a ser direta e indiretamente afetada pelos impactos,

denominada área de influência do empreendimento, devendo compreender:

- Área Diretamente Afetada (ADA): corresponde às áreas a serem ocupadas pelo

empreendimento, incluindo-se aquelas destinadas à instalação da infraestrutura

necessária à sua implantação e operação, bem como todas as demais áreas

“desafetadas” pelo empreendimento, ou seja, aquelas que terão sua função alterada;

áreas onde são gerados os aspectos ambientais inerentes ao empreendimento e que

pode receber impactos diretos ou indiretos associados a estes aspectos.

- Área de Influência Direta (AID): área de entorno imediato da ADA, cujo limite

deverá ser estabelecido em conformidade com as especificidades de cada

empreendimento, sendo a área que pode receber os impactos diretos decorrentes dos

aspectos ambientais gerados na ADA e/ou também impactos indiretos, incluindo-se

os decorrentes daqueles que ocorrem na ADA.

- Área de Influência Indireta (AII): área que envolve a AID, cujo limite deverá ser

estabelecido em conformidade com as especificidades de cada empreendimento, e

onde se refletirão os impactos indiretos decorrentes da AID.

B. Elaboração do diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural da

área de influência do projeto, contemplando suas inter-relações. O diagnóstico deverá ser

apresentado por tema específico, a partir do levantamento, organização, consolidação e análise

dos dados preexistentes, bem como através de procedimentos que propiciem o levantamento,

consolidação e análise de dados primários. Deverá ser apresentada a descrição da metodologia de

coleta, preservação e análise dos dados primários a serem coletados.

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C. Uma vez levantados os fatores ambientais (1) na área de influência, deverão ser identificados

aqueles com potencial para serem definidos como atributos ambientais relevantes (2), passíveis

de serem afetados pelo empreendimento em análise. Deverá ser realizado o detalhamento da

caracterização de tais atributos e das suas respectivas interações, caracterizando a situação

ambiental da área de influência, antes da implantação do empreendimento, englobando:

Os elementos susceptíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das

ações referentes às fases de planejamento, implantação, operação do empreendimento.

Mapeamento dos atributos em base cartográfica, com a área de influência devidamente

caracterizada, em escala compatível com o nível de detalhamento dos fatores

ambientais estudados.

D. Para cada atributo ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico e cultural, deverá ser

considerada uma área de abrangência específica, definida e caracterizada conforme a natureza de

cada aspecto ambiental, levando-se em consideração, também, a abrangência temporal dos

estudos.

E. Caracterização do meio socioeconômico e cultural considerando o histórico das relações entre o

homem e a natureza na região de influência e analisando, de forma dinâmica, as interações entre

os diversos grupos socioculturais ao longo do tempo, de forma a possibilitar o estabelecimento

de tendências e cenários.

F. Apresentação de cartas em escala adequada à finalidade específica. Para as áreas referentes às

obras de maior porte e para aquelas que apresentarem potenciais para serem caracterizadas como

de impactos ambientais significativos adversos, deverão ser elaboradas cartas em escala que

evidencie um maior detalhamento.

G. Construção de Matriz de Atributos Ambientais Relevantes caracterizando os elementos presentes

por tipologia de área de influência (ADA, AID, AII). Esta Matriz tem como objetivo propiciar a

consolidação dos atributos relevantes, evidenciando os cenários resultantes das interações destes

atributos.

H. Considerando os fluxogramas detalhados de atividades, processos e tarefas inerentes às fases de

planejamento, implantação e operação do empreendimento, descritos no item Caracterização do

Empreendimento, deverão ser identificados todos os elementos dos processos que possam

interagir com o meio ambiente, os quais são definidos pela ISO 14.001 como aspectos

ambientais.

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I. Na identificação dos aspectos ambientais deverão ser considerados os REAIS – inerentes à

atividade, processo ou tarefa, bem como os POTENCIAIS – associados a condições excepcionais

de ocorrência. Os aspectos ambientais REAIS deverão fundamentar a identificação e avaliação

de impactos ambientais e os aspectos ambientais POTENCIAIS deverão fundamentar a

elaboração da APP – Análise Preliminar de Perigos e a conseqüente Avaliação de Riscos.

J. Além dos fluxogramas específicos a Caracterização do Empreendimento deverá ser expressa em

forma de texto, descrevendo todas as fases do processo.

L. Com base na análise do resultado das interações dos aspectos ambientais do empreendimento

com a Matriz de Atributos Ambientais, identificar e avaliar os impactos ambientais associados,

caracterizando os significativos, e construir uma Matriz de Avaliação de impactos Ambientais

específica; os critérios estabelecidos para esta avaliação deverão estar identificados e justificados

no documento. Aos impactos ambientais significativos estarão associados aspectos ambientais

significativos.

M. O prognóstico ambiental deverá considerar as alternativas de localização, e deverá ser

constituído por um conjunto de cenários futuros, contendo características das fases de

planejamento, implantação e operação do empreendimento.

(1) Entende-se por fatores ambientais o conjunto de variáveis dos meios físico, biótico e

socioeconômico e cultural, que propiciam e fundamentam a caracterização da ADA, da AID e da

AII.

(2) Entende-se por atributos ambientais relevantes aqueles que compreendem os elementos dos

meios físico, biótico ou socioeconômico e cultural que possam exigir a adoção de procedimentos

específicos de proteção de uma determinada área ou região, ou que determinem restrições quanto

ao uso e ocupação de uma dada área, ou, ainda, que exijam condições especiais para abrigar a

implementação de empreendimentos na área específica ou no seu entorno. São exemplos de

atributos ambientais: a presença de lagos, lagoas, nascentes, corpos d`água em geral, cavidades

protegidas, patrimônio arqueológico, histórico e cultural, comunidades tradicionais, unidades de

conservação, notadamente aquelas de proteção ambiental, presença de espécies raras, endêmicas

ou em extinção, presença de biomas sob regime especial de proteção, existência de bacia aérea

atípica, proximidade de núcleos urbanos, saturação da qualidade do ar, ou da água, conflito

quanto ao uso da água, e outros.

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N. O prognóstico deverá contemplar a inserção regional do empreendimento, considerando a

proposição ou a existência de outros empreendimentos na região.

O. Uma vez identificados os impactos ambientais significativos deverá se proceder a análise e a

avaliação integrada desses impactos considerando as suas sinergias, de forma a subsidiar as

ações de controle, mitigação e compensação adequadas.

P. A partir do prognóstico, deverão ser identificadas as ações de controle, mitigação e compensação

e/ou potencializações apropriadas ao projeto do empreendimento, as quais deverão estar

expressas em programas ambientais específicos.

R. Os programas ambientais apresentados devem ser capazes de controlar os aspectos, mitigar e/ou

compensar os impactos adversos e potencializar os impactos positivos. Especial enfoque deverão

receber os Planos de Monitoramento.

T. Com base na Caracterização do Empreendimento, deverão ser identificados os perigos

intrínsecos, os quais, considerando-se a Matriz de Atributos Relevantes, propiciarão identificar

os respectivos riscos correspondentes, bem como a magnitude do potencial dano associado e a

probabilidade da ocorrência de eventos indesejáveis.

U. Esta análise será expressa em matriz de Avaliação de Riscos, cujas faixas de riscos deverão ser

estabelecidas com base em critérios identificados e justificados. A partir da classificação dos

riscos, deverão ser apresentadas as ações de prevenção da ocorrência de eventos indesejáveis,

bem como ações de atendimento às emergências, caso ocorram.

2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Deverão ser relacionados os dados da Usina Termelétrica à Gás Natural Liquefeito, com linha de

transmissão para a SE Vila do Conde, gasoduto, adutora e emissário de efluentes, conforme os itens

descritos abaixo:

o Nome ou razão social;

o Número dos registros legais;

o Endereço completo;

o Telefone e fax;

o Representantes legais (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail);

o Pessoa de contato (nome, CPF, endereço, fone, fax e e-mail).

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3 Dados do Empreendimento_______________________________________________________

3.1 Histórico do Empreendimento

Neste tópico deverá ser feito um relato sumário do projeto, desde a sua concepção inicial até a

presente data, bem como da presença de empreendimentos similares na região de inserção do

empreendimento.

3.2 Informações Gerais

Identificar as operações unitárias principais, as operações unitárias auxiliares e as de controle da

qualidade ambiental, associadas ao empreendimento, as quais devem ser descritas de forma sucinta,

considerando-se a infraestrutura necessária, a estimativa da área total da ADA, as alternativas de

fontes de abastecimento de água e energia, o layout, etc.

3.3 Objetivos:

Descrever os objetivos do empreendimento e sua relevância econômica, social e política, nas esferas

regional, estadual e nacional (quando couber).

3.4 Justificativas para o Empreendimento

A descrição do empreendimento deverá ser acompanhada de justificativas técnicas, locacionais,

econômicas, socioeconômicas e ambientais, conforme caracterizadas a seguir.

Técnicas: apresentação detalhada da tecnologia a ser implantada e das razões que

subsidiaram a sua escolha quando comparada a outras alternativas e à luz das

tecnologias consagradas internacionalmente, bem como das tendências internacionais.

Locacionais: apresentação das alternativas locacionais estudadas pelo empreendedor

para a seleção do local previsto para a implantação do empreendimento, levando-se

em consideração os aspectos técnicos, econômicos e ambientais e a consequente

justificativa da alternativa selecionada. Deve-se considerar a operação de demais

empreendimentos nas proximidades dos locais avaliados. Deve-se considerar a

presença de comunidades em: a) áreas previstas para instalação do empreendimento

e/ou partes do empreendimento, linha do gasoduto, equipamentos específicos e/ou

estruturas de suporte; b) áreas de escape de acidentes;

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Econômicas: indicação do mercado a que se destina o produto, especificando-se os

custos totais do projeto, destacando-se a participação dos custos das ações referentes

ao meio ambiente.

Socioeconômicas: avaliação do empreendimento no contexto socioeconômico da

microrregião onde será implantado e sua repercussão nos âmbitos regional e nacional.

Ambientais: avaliação ambiental do projeto.

3.5 Caracterização do Empreendimento

A caracterização do empreendimento deverá contemplar a descrição do empreendimento em

questão, bem como a logística dos insumos até a geração da energia e a descrição dos processos e

tarefas que compõem o empreendimento, agrupados em 3 categorias distintas, a saber:

- Operações Unitárias Principais - conjunto de processos e suas respectivas tarefas,

responsáveis diretamente pela geração do(s) produto(s), objeto maior do

empreendimento.

- Operações Unitárias Auxiliares - conjunto de processos e suas respectivas tarefas,

responsáveis por suprir a infraestrutura necessária ao empreendimento, tanto na fase de

implantação – terraplenagem, desmatamento, central de concreto, alojamentos,

canteiro de obras, oficinas, acessos, outros-quanto na fase de operação – unidades

administrativas, restaurante e refeitórios, oficinas diversas, outros;

- Operações Unitárias de Controle da Qualidade Ambiental – conjunto de processos

e suas respectivas tarefas responsáveis por garantir o controle da qualidade ambiental

do empreendimento, quer seja na fase de planejamento, implantação e de operação,

tais como: estação de tratamento de águas, estação de tratamento de efluentes

domésticos, estação de tratamento de efluentes industriais, sistemas de controle da

emissão de material particulado, sistemas de controle da emissão de gases, fossas

sépticas, separadores de água e óleo, sistemas de contenção de sedimentos, sistemas de

drenagens em geral, depósito intermediário de resíduos, e outros.

3.5.1 Insumos

Relatar os principais insumos utilizados nos processos produtivos e nas atividades de apoio

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operacional:

Apresentar um diagrama de blocos e fluxograma da utilização dos insumos pelo

empreendimento;

Óleo combustível utilizado no abastecimento de veículos e equipamentos,

caracterizando seu transporte, transferência, local e formas de acondicionamento e de

armazenamento, manuseio, volume médio armazenado, freqüência e volumes

transportados;

Recursos hídricos, devendo aqui indicar os locais de captação, estimativas de vazões

máximas, médias e mínimas para o consumo de água potável e/ou industrial, bem

como o respectivo período de bombeamento, a adução, a reservação e a distribuição;

3.5.2 Descrição do Projeto

Deverá ser apresentado no formato de memorial descritivo as principais informações acerca do

projeto proposto para o empreendimento, tais como:

- Área e população atendidas, bem como período de alcance do empreendimento;

- Previsão de ampliações do Complexo;

- Estimativa de volume de solo a ser utilizado para cobertura, indicando a capacidade de

utilização do solo local e, caso necessário, indicação do local provável a ser utilizado como

área de empréstimo;

- Medidas e equipamentos de controle de emissões atmosféricas;

- Cronograma de obras e de investimentos (custo de implantação);

- Estimativa dos equipamentos operacionais para as fases de implantação e operação;

- Canteiro de obras (descrição, lay-out, localização, infraestrutura, prédimensionamento,

cronograma e plano de desmobilização);

- Descrição da metodologia operacional da Usina Termelétrica à Gás Natural Liquefeito,

com linha de transmissão para a SE Vila do Conde, gasoduto, adutora e emissário de efluentes

acompanhado de fluxograma demonstrativo.

4 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico ambiental deverá caracterizar a situação ambiental atual das áreas de influência direta

e indireta do empreendimento sob os aspectos físico, biótico e socioeconômico e cultural, de forma

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a permitir o pleno entendimento da dinâmica e das interações existentes nas áreas antes da

implantação do projeto, que servirá como referência para a avaliação dos impactos advindos das

fases de planejamento, implantação e operação. O grau de detalhamento desses itens será baseado

na natureza do empreendimento, na relevância dos fatores em face da sua localização bem como

nos critérios adotados pela equipe responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental.

Os resultados dos levantamentos e dos estudos deverão ser apresentados com o apoio de mapas,

gráficos, tabelas, fotografias e demais recursos necessários que auxiliem o perfeito entendimento

das informações.

Para possibilitar uma visão sistêmica da área de interesse, os diagnósticos dos diversos meios

deverão ser apresentados, primeiramente em separado e, em seguida, de forma multi e

interdisciplinar na Análise Integrada.

4.1 Meio Físico

4.1.1 Clima e Meteorologia

Descrição do padrão climático local e regional com classificação climática da região,

observados os parâmetros meteorológicos tais como: temperatura, evaporação, insolação,

direção predominante e velocidade média dos ventos, regimes de chuvas, levando-se em

consideração a sua sazonalidade;

O estudo deve ser baseado em dados primários e séries históricas, obtidos em estações

climatológicas presentes na área de influência do empreendimento e em bibliografia

especializada.

4.1.2 Qualidade do Ar

Caracterização da qualidade do ar na área de influência do empreendimento,

apresentando as concentrações de referência (“background”) de poluentes atmosféricos.

4.1.3 Ruído

Caracterização dos níveis de ruído de fundo na área de influência do empreendimento

(“background”) e descrição dos métodos adotados para a sua determinação.

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4.1.4 Geologia e Geotecnia

Elaboração de mapas e perfis geológicos da área de influência do empreendimento com

base na interpretação de imagens de satélite, fotografias aéreas e observações de campo;

Elaboração de mapas geotécnicos mostrando possíveis áreas de instabilidade geológica,

mediante o uso de parâmetros de mecânica de rochas e solos, identificando áreas de risco

para deslizamento e/ou desmoronamento, propensão à erosão, quedas de blocos, etc;

Descrição da geologia estrutural na área de influência do empreendimento, tanto em

escala de afloramento como em macroescala, com apresentação de mapa estrutural em

escala compatível com o empreendimento, devendo ser enfatizadas as zonas de falhas,

fraturas e foliações.

4.1.5 Pedologia e Geomorfologia

Descrição da pedologia local - formação e tipos de solo - com apresentação de mapa

pedológico em escala compatível baseado em interpretações de imagens de satélite, radar,

fotografias aéreas e observações de campo;

Descrição das características geotécnicas dos solos da área de influência do

empreendimento, indicando as classes mais propensas ao desenvolvimento de processos

erosivos, além de análise de estabilidade dos solos.

Descrição da capacidade de uso e ocupação do solo na área de influência do

empreendimento.

Análise físico-química do solo, bem como análise da bioestrutura, na área de influência

do empreendimento.

Elaboração de mapas geomorfológicos da área de influência com base na interpretação de

imagens de satélite, fotografias aéreas e observações de campo;

Caracterização da geomorfologia da área de influência, levando em consideração a

compartimentação da topografia geral, formas de relevo dominantes (cristas, platôs,

planícies), a caracterização e classificação das formas de relevo quanto à sua gênese

(formas cársticas, formas fluviais, formas de aplainamento, etc.), características

dinâmicas do relevo (presença ou propensão à erosão, assoreamento e inundações,

instabilidade, etc.), caracterização de declividade.

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4.1.6 Recursos Hídricos

4.1.6.1 Hidrologia Superficial

A caracterização dos recursos hídricos superficiais deverá considerar as bacias ou sub-bacias

hidrográficas que contém a área potencialmente atingida pelo empreendimento, podendo

incluir:

Caracterização hidrográfica, com parâmetros hidrológicos calculados através de séries

históricas de dados;

Rede hidrográfica, identificando localização do empreendimento, características

físicas da bacia hidrográfica e estruturas hidráulicas existentes;

Identificação dos corpos d`água presentes na área de influência, caracterizando vazão,

classificação e enquadramento;

Caracterização do regime hidrológico da bacia hidrográfica;

Mapeamento das nascentes e vazão das mesmas situadas dentro da área de influência

do empreendimento;

4.1.6.2 Hidrogeologia

Área de ocorrência, tipo, geometria, litologia, estruturas geológicas, propriedades

físicas e hidrodinâmicas e outros aspectos do(s) aqüífero(s) presentes na área de

influência do empreendimento;

Levantamento de poços de bombeamento existentes na área de influência do

empreendimento, caracterizando-os quanto à localização, profundidade, características

construtivas, data de instalação de bombas, controle de produção, controle de nível

dinâmico e qualidade da água;

Caracterização da piezometria dos aqüíferos e sua rede de monitoramento, na área de

influência do empreendimento, considerando-se quanto à sua localização,

profundidade, características construtivas, data de instalação e dados de controle de

nível;

Determinação, em cartas hidrogeológicas, das áreas de recarga, circulação e descarga

dos aqüíferos existentes na área de influência do empreendimento;

Relação das águas subterrâneas com as superficiais e com as de outros aqüíferos.

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4.1.6.3 Qualidade dos corpos de água

Qualificação físico-química e biológica das águas superficiais e subterrâneas da área

de influência do empreendimento, com as justificativas para os critérios de escolha de

metodologia adotada e dos pontos de amostragens.

4.1.6.4 Usos das águas superficiais e/ou subterrâneas

Caracterização dos principais usos das águas superficiais e/ou subterrâneas na área de

influência do empreendimento, suas demandas atuais e futuras em termos quantitativos

e qualitativos, bem como, a análise das disponibilidades frente às utilizações atuais e

projetadas.

4.2 Meio Biótico

Caracterização dos ecossistemas presentes nas áreas de influência da atividade, sua

distribuição e relevância na biota regional, através de levantamentos de dados

primários e secundários.

Descrição dos procedimentos metodológicos utilizados, caracterizando e localizando

as estações de coleta e identificando todas as fontes de informação utilizadas no

trabalho, bem como os inventários das espécies da fauna e flora, contendo nome

científico, nome vulgar, família, e demais informações pertinentes à caracterização das

espécies.

Seleção dos parâmetros bioindicadores da qualidade ambiental para serem

acompanhados através do Programa de Monitoramento Ambiental, identificando e

justificando os critérios estabelecidos na escolha destes parâmetros.

4.2.1. Biota Terrestre

4.2.1.1. Flora

Para a caracterização da flora deverá ser elaborado:

Caracterização e a elaboração de mapa das fitofisionomias da ADA e AID, em escala

com detalhe mínimo de 1:50.000, contemplando o grau de conservação, os diferentes

estratos vegetais, os corredores e as conexões existentes com outros fragmentos, caso

existam. As áreas deverão ser representadas em hectare (ha).

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Destacar as espécies protegidas, ameaçadas de extinção, bioindicadoras, invasoras,

raras e endêmicas, além daquelas de valor ecológico significativo, econômico,

medicinal, ornamental e faunístico (alimentação, abrigo, dentre outros).

Para ADA, AID: elaborar estudos qualitativos e quantitativos da flora, incluindo a

composição florística dos diferentes estratos e estudos fitossociológicos, contemplando

a estrutura vertical e horizontal e os principais estágios de regeneração das formações

vegetais. O levantamento deverá ser amostral, com 90% de probabilidade (10% de erro

amostral), em parcelas definidas de forma a representar, ao máximo, as fitofisionomias

existentes nas áreas.

Para AII: elaborar levantamento através de dados secundários para caracterização da

mesma.

4.2.1.2. Fauna Terrestre

Os grupos que deverão ser estudados da fauna terrestre são: mastofauna (pequenos mamíferos

voadores e não-voadores, de médio e grande porte), avifauna, herpetofauna (anfíbios e répteis

terrestres e aquáticos, caso existam) e vetores/hospedeiros. Deverão ser destacadas as espécies

sinantrópicas.

Avaliar a interferência do empreendimento na fauna local, a partir de dados qualitativos e

quantitativos, contendo: listas das espécies, destacando as raras, bioindicadoras, endêmicas,

migratórias, vulneráveis, invasoras, ameaçadas de extinção, de interesse científico, de valor

econômico e alimentício, bem como o local (ADA, AID ou AII e fitofisionomias) e tipo de registro,

com descrição da metodologia e do esforço amostral empregado.

Os locais selecionados para amostragem continuada deverão ser justificados, georreferenciados e

mapeados, os quais poderão ser acordados com a equipe técnica responsável pelo licenciamento

ambiental antes do início dos trabalhos.

Identificar espécies de vetores/hospedeiros relacionadas a doenças, tais como: a dengue, malária,

esquistossomose, dentre outras. Para os ecossistemas terrestres e aquáticos (caso existam),

destacando possíveis reservatórios, devendo considerar os agravos à saúde humana conforme

recomendações técnicas da Secretaria Estadual da Saúde, avaliando o potencial de proliferação

dessas espécies, com a implantação e operação do empreendimento e propondo medidas de

controle.

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4.2.1.3. Ecossistemas Aquáticos

Para os ecossistemas aquáticos deverá ser realizado análise quali-quantitativa dos componentes

básicos das populações aquáticas – plâncton (zooplâncton e fitoplâncton) e bentos – contemplando

os seguintes parâmetros: inventário taxonômico, frequência por grupo taxonômico e pontos

amostrais. Descrever a interferência do empreendimento nessas comunidades.

Apresentar a composição da ictiofauna local, incluindo a distribuição e diversidade das espécies,

destacando as de interesse comercial, reofílicas, endêmicas e ameaçadas de extinção, considerando

a interferência do empreendimento. Destacar as espécies introduzidas e de uso antrópico.

Os pontos amostrais deverão coincidir com aqueles previstos no monitoramento da qualidade de

água.

4.2.1.4. Unidades de Conservação

Identificar, através de carta-imagem (georreferenciada), em escala adequada, as distâncias do

empreendimento e suas áreas de influências em relação às Áreas Protegidas Federais, Estaduais e

Municipais (e zona de amortecimento – ZA, quando existir), destacando as sobreposições

existentes.

Indicar as características e principais objetivos de cada unidade de conservação que sofrerá

impactos diretos ou indiretos (na ZA).

Destacar as áreas prioritárias para conservação.

4.3 Meio Socioeconômico

Deverão ser abordados aqueles itens necessários para caracterizar o meio socioeconômico e

cultural, de acordo com o tipo e o porte do empreendimento e segundo as características da região.

Deverá ser apresentada a caracterização do meio socioeconômico da área de influência do

empreendimento, através das informações listadas a seguir, e considerando-se basicamente duas

linhas de abordagem descritiva, referente à área de influência.

(i) Uma, que considera aquelas populações existentes na área afetada diretamente pelo

empreendimento;

(ii) Outra que apresenta as inter-relações próprias do meio socioeconômico regional e

passíveis de alterações significativas por efeitos indiretos do empreendimento.

Quando procedentes, as variáveis enfocadas no meio socioeconômico deverão ser apresentadas em

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séries históricas, significativas e representativas, visando a avaliação de sua evolução temporal.

Entre os itens, cuja consideração e detalhamento podem ser necessários, incluem-se:

4.3.1 Dinâmica Sociocultural

4.3.1.1. Processo Histórico de Ocupação do Território

Histórico da ocupação rural e urbana e principais processos de transformação.

4.3.1.2.Dinâmica Populacional

• Distribuição espacial da população: análise e mapeamento da localização das

aglomerações urbanas e rurais e hierarquização dos núcleos de acordo com o número de

habitantes.

• Análise e mapeamento da densidade demográfica e grau de urbanização em período

significativo;

• Evolução da população: taxa de crescimento demográfico e vegetativo da população total,

urbana e rural nas duas últimas décadas e efetuar projeções populacionais;

• Composição da população: distribuição e análise da população total, urbana e rural, por

faixa etária e por sexo, estrutura familiar, tamanho e composição dos agregados

familiares; sexo e idade dos chefes de família;

• Movimentos migratórios: identificação e análise de intensidade dos fluxos migratórios

informando a origem regional, tempo de permanência no(s) município(s), possíveis

causas de migração, especificando ofertas de localização, trabalho e acesso;

• Identificação das reservas de população indígena ou de populações tradicionais

(quilombolas), nas proximidades da área de interesse, sua caracterização e localização

espacial.

4.3.1.3. Condições de Vida das Comunidades Afetadas

A apresentação do quadro referencial do nível de vida da população na área de influência do

empreendimento destacando:

• Assentamento humano: as condições habitacionais nas cidades, nos povoados e na zona

rural, observando as variações culturais e tecnológicas na configuração das habitações e

assentamentos, relacionando-as com a vulnerabilidade a vetores e doenças de modo geral,

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moradias servidas por redes de abastecimento de água, esgoto sanitário, energia elétrica e

serviço de coleta de lixo, serviço de transporte, valor do aluguel, de venda dos imóveis e

sua evolução; programas existentes nesse setor. No presente contexto, deverão ser ainda

elaborados os cadastros fundiário e socioeconômico, que subsidiarão o processo

negociação a ser empreendido, caso necessário;

• Educação: caracterização dos sistemas de ensino formal e informal, rural e urbano,

incluindo a identificação e mapeamento dos recursos físicos e humanos e a demanda

atendida (geral e por nível de ensino), além da análise do grau de integração existente

entre os dois sistemas (formal e informal). Déficit de matrícula (demanda reprimida);

Nível de qualificação dos docentes (quando aplicável); Nível de escolaridade da

população por faixa etária e por sexo; Nível de alfabetização por faixa etária e por sexo;

Índices de evasão escolar, repetência e aprovação; Compatibilidade do sistema existente

face às demandas atuais e previstas; Programas de Educação em nível governamental e

privado, incluindo-se os de capacitação profissional.

• Lazer, Turismo, Religião e Cultura: Identificação das principais manifestações culturais

(danças, músicas e outros); principais atividades de lazer; identificação e mapeamento das

áreas e dos equipamentos destinados ao lazer, urbanos e rurais; Grupos etno-linguisticos;

Aspectos cotidianos da relação da comunidade local com o meio ambiente; Religiões;

Rituais (chuva, os de iniciação masculina e feminina entre outros); Intercâmbios culturais

(influências – fenômenos de inculturação e de aculturação);

• Segurança Pública: estrutura de segurança civil existente, incluindo a identificação e

mapeamento dos recursos (infraestrutura policial, judiciária, bombeiros); Sistema de

defesa civil; Índices de criminalidade, considerada a faixa etária e sexo; Violência e sua

evolução – tipos (assaltos, roubos, estupros etc.); Compatibilidade do sistema existente

face às demandas atuais e previstas. Programas e projetos governamentais e não

governamentais.

• Saúde e Saneamento:

- Caracterizar a situação de saúde, destacando a ocorrência de doenças endêmicas na

região, e verificar na área de influência, espaços com habitats favoráveis ao surgimento e

proliferação de vetores. A identificação preliminar de inserção do empreendimento em

áreas endêmicas de malária, de acordo com o inciso IV do artigo 3º da Portaria

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Interministerial nº 60 de 24 de março de 2015, deverá atender no mínimo, o conteúdo do

Termo de Referência do Anexo II-A, para a manifestação do Ministério da Saúde, que

poderá solicitar informações complementares ao TR.

4.3.1.4. Uso e Ocupação do Solo

A caracterização do uso e ocupação do espaço na área de influência do empreendimento, através de

mapeamento e de análise, pode incluir:

• Zoneamento e outros normativos legais de parcelamento e de uso e ocupação do solo;

• Identificação das áreas rurais, urbanas e de expansão urbana e do processo de ocupação e

urbanização;

• Identificação das áreas de valor histórico e outras de possível interesse para pesquisa

científica ou preservação;

• Áreas ambientalmente protegidas;

• Identificação dos usos urbanos, considerando os usos residenciais, comerciais, de

serviços, industriais, institucionais e públicos, inclusive as disposições legais de

zoneamento;

• Identificação da infraestrutura regional, incluindo o sistema viário principal, portos,

aeroportos, terminais de passageiros e cargas; redes de abastecimento de água e de esgoto

sanitário e escoamento de águas pluviais, sistema de telecomunicação, etc.;

• Identificação dos principais usos rurais, indicando as culturas permanentes e temporárias,

as pastagens naturais ou plantadas, as vegetações nativas e exóticas, etc.;

• Regime de propriedade e padrão da estrutura fundiária; Caracterização da situação

fundiária da área de interesse do empreendimento, discriminando os superficiários e a

situação legal das terras ocupadas.

4.3.1.5. Uso da Água

Caracterização dos principais usos das águas superficiais e subterrâneas, na área potencialmente

atingida pelo empreendimento, apresentando a listagem das utilizações levantadas, suas demandas

atuais e futuras, em termos qualitativos e quantitativos, bem como a análise das disponibilidades

frente as utilizações atuais e projetadas, considerando importações e exportações, quando

ocorrerem.

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Deverão ser indicados:

• Abastecimento doméstico e industrial;

• Geração de energia;

• Irrigação

• Pesca;

• Recreação;

• Preservação da fauna e da flora;

• Navegação.

4.3.1.6. Infraestrutura Básica

Caracterização e mapeamento da infraestrutura regional: sistema viário e transportes, geração e

distribuição de energia elétrica, iluminação pública, redes de comunicação (inclusive internet),

captação e abastecimento de água potável e saneamento (esgoto e resíduos), bem como abordagem

da compatibilidade da infraestrutura existente face às demandas atuais e previstas.

4.3.1.7. Organização Social, Cultural e Político-Institucional

Caracterização e análise das organizações existentes, destacando:

Conselhos Comunitários (Saúde, Educação, Tutelar, Idoso, Segurança Alimentar e outros);

OSCIPs; grupos e movimentos organizados; lideranças comunitárias; forças políticas e sindicais

atuantes. Identificação das principais tensões sociais;).

Análise de situações de conflitos existentes/potenciais (estudo qualitativo); Análise das expectativas

e apreensões existentes (estudo qualitativo). Identificação e caracterização de conflitos existentes

em reservas e populações indígenas, quilombolas e/ou outras populações tradicionais na área de

influência do empreendimento.

Identificação e mapeamento de atividades, projetos e programas sociais e comunitários existentes

áreas de influência do empreendimento.

4.3.1.8.Patrimônio Natural e Cultural

A identificação e descrição dos elementos do Patrimônio Natural e Cultural devem considerar:

• A realização de estudos que indiquem possíveis interferências com sítios históricos,

arqueológicos e/ ou edificações de interesse cultural, considerando também, os que se

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encontram em processo de tombamento no âmbito federal, estadual e municipal. Caso seja

verificada a interferência em bens culturais e acautelados, de acordo com a definição do

inciso III do Artigo 3º da Portaria Interministerial nº60 de 24 de março de 20015, atender no

mínimo o conteúdo do Termo de Referência do Anexo II-D, visando a manifestação do

IPHAN, que poderá solicitar a inclusão de informações complementares ao TR.

4.3.1.9. Populações Tradicionais

Realizar estudos que indiquem possíveis interferências em comunidades ou terras ou populações

tradicionais/ extrativistas e grupos étnicos (especialmente indígenas ou remanescentes de

quilombos) na área de influência do empreendimento, caso seja verificada a existência de Terras

Indígenas, de acordo com a definição do inciso I do Artigo 3° da Portaria Interministerial nº60 de 24

de março de 20015, localizados dentro dos limites estabelecidos no Anexo I dessa Portaria, atender

no mínimo o conteúdo do Termo de Referência do Anexo II-B, visando à manifestação da FUNAI,

que poderá solicitar informações complementares ao TR;

Nos casos de existência de Terras Quilombolas, de acordo com a definição do inciso II do Artigo 3°

da Portaria Interministerial nº60 de 24 de março de 20015, localizados dentro dos limites

estabelecidos no Anexo I dessa Portaria, atender no mínimo o conteúdo do Termo de Referência do

Anexo II-C, visando à manifestação da Fundação Cultural Palmares, que poderá solicitar a inclusão

de informações complementares ao TR.

4.3.2. Estrutura Produtiva e de Serviços

A caracterização da estrutura produtiva e de serviços, incluindo:

4.3.2.1. Economia Regional

• Formação da economia e suas tendências no período recente (1980-presente);

• Principais eixos e fatores determinantes do crescimento econômico.

4.3.2.2.Atividade Econômica

• Caracterização da atividade econômica: Agropecuária (áreas cultivadas e principais tipos de

culturas, etc), Indústria (extrativo-mineral, indústria de transformação, construção civil e

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serviços industriais de utilidade pública) e Serviços;

• Capacidade do empreendedorismo local (estudo qualitativo) – identificação de

oportunidades; incentivos, articulação/ capacitação/ potencialização das forças de trabalho

local;

• Atividades de cooperativismo e associativismo;

• Trabalho informal.

• Atividade Pesqueira.

• Atividade Turística.

4.3.2.3.Estrutura Ocupacional

• População economicamente ativa (PEA), por faixa etária e por sexo, rural e urbana;

• População ocupada, por faixa etária e por sexo;

• Condição de ocupação (empregador, empregado – C/CT, S/CT, autônomo, outras);

• Renda na ocupação principal e outras;

• Distribuição da população ocupada nos setores da economia (cruzado com a classificação de

atividade econômica);

• Taxa de desocupação/índices de desemprego;

• Trabalho infantil;

• Trabalho clandestino / escravo.

4.3.2.4.Finanças Públicas Municipais

• Identificação das receitas, despesas, níveis de endividamento e de investimento e sua

evolução nos últimos 05 anos;

• Receitas próprias;

• Transferências correntes;

• Investimentos com recursos próprios e de terceiros.

• Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

• recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem

geral).

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5 ANÁLISE INTEGRADA

Deverá ser realizada uma análise das condições ambientais atuais e de suas tendências evolutivas,

explicitando as relações de dependência e/ou de sinergia entre os meios físico, biótico e

socioeconômico, de forma a se compreender a estrutura e a dinâmica ambiental na área de

influência. Essa análise, realizada a partir da Matriz de Atributos, terá como objetivo subsidiar a

identificação e a avaliação dos impactos decorrentes do planejamento, implantação e operação do

empreendimento, bem como a qualidade ambiental futura da área. O objetivo de tal procedimento é

fornecer conhecimentos capazes de embasar a identificação e a avaliação dos impactos decorrentes

do empreendimento e fundamentar uma avaliação da qualidade ambiental futura na área de

influência. Esta avaliação deverá ser consubstanciada em Cartas de Qualidade Ambiental para a

área de influência do estudo, em escalas apropriadas.

As unidades territoriais básicas devem possuir contiguidade espacial, serem georeferenciadas e

pertencentes a uma classificação tipológica que permita seu agrupamento em diversas ordens de

grandeza. Existem várias entidades geográficas que atendem a esses requisitos básicos, tais como

bacias hidrográficas, municípios e distritos, unidades de paisagem ou regiões geoeconômicas.

6 PROGNÓSTICO COM IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

O prognóstico ambiental constitui-se em uma etapa onde, a partir do diagnóstico e dos elementos

constituintes do empreendimento, se delineiam quadros prospectivos de uma qualidade ambiental

futura e se estabelecem os impactos ambientais.

A partir da análise integrada, serão elaborados quadros prospectivos tendenciais para a região

considerando um horizonte temporal com o empreendimento e outro considerando sua não

implantação. Esses dois quadros prospectivos serão comparados entre si e também com um quadro

diagnóstico de qualidade ambiental.

O prognóstico requer que sejam efetivadas as avaliações dos impactos ambientais, fundamentadas

em critérios de valoração considerando as diferentes causas de sua geração, sua magnitude,

abrangência, relevância e reversibilidade, nas fases de planejamento, implantação e de operação do

empreendimento.

Deverão ser utilizados critérios complementares aos critérios de valoração, de forma a subsidiar a

identificação de ações a serem implementadas em cada caso específico a saber: duração, forma de

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manifestação, ocorrência, incidência, prazo para ocorrência e natureza.

Além disso, deverão ser identificados e avaliados os efeitos sinérgicos e cumulativos resultantes dos

impactos ambientais ocasionados pela sinergia dos impactos desse empreendimento com os demais

já implantados ou previstos para implantação nas áreas vizinhas.

Este estudo abrange aqueles fenômenos que resultam da incidência simultânea ou subsequente de

impactos originados por diferentes empreendimentos em um mesmo território. Estes fenômenos

podem ser derivados de relações cumulativas ou sinérgicas entre os impactos. Os conceitos de

cumulatitividade e sinergia foram definidos na Nota Técnica (NT) no 10/2012 (MMA,

CGPEG/DILIC/IBAMA) da seguinte forma:

Propriedades cumulativas (de um impacto): Capacidade de sobrepor-se, no tempo e/ou no espaço a

outro impacto – associado ou não ao empreendimento ou atividade em análise – que incida sobre o

mesmo fator ambiental

Propriedades sinérgicas: Capacidade de um determinado impacto potencializar outro(s)

impacto(s) e/ou ser potencializado por outro(s) impacto(s), não necessariamente relacionado ao

mesmo empreendimento e/ou atividade

Para isso, é necessário identificar vínculos conceituais e, subsequentemente, desenvolver

modelagens de dimensionamento da magnitude dos efeitos cumulativos e sinérgicos. Este exercício

de modelagem deve ser realizado com rigor científico, a partir da análise estatística de séries

históricas de casos semelhantes e referências da literatura.

A referida avaliação deverá propiciar a proposição de medidas destinadas ao controle dos aspectos

ambientais significativos, à mitigação dos impactos ambientais adversos significativos, à

compensação dos impactos não mitigáveis e à maximização dos impactos ambientais positivos.

Na apresentação dos resultados deverão constar:

• A metodologia de identificação dos impactos e os critérios adotados para a

interpretação e análise de suas interações;

• A valoração, magnitude e importância dos impactos;

• Modelagem matemática adotada para avaliação dos impactos cumulativos e sinérgicos

• Resultado de magnitude dos impactos cumulativos e sinérgicos;

• Uma descrição detalhada dos impactos sobre cada aspecto ambiental relevante,

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considerado no diagnóstico ambiental;

• Uma síntese conclusiva dos principais impactos que poderão ocorrer nas fases de

planejamento, implantação e operação, acompanhada de suas interações.

O prognóstico deverá contemplar ainda a elaboração de estudos de Modelagem de Dispersão

Atmosférica.

Os tópicos a seguir devem se aplicar aos municípios da Área de Influência Direta (AID) e Área de

Influência Indireta (AII) da Socioeconômica:

• Estudo detalhado que quantifica e monetiza os déficits socioeconômicos anteriores à

presença do empreendimento (desagregados por serviço e equipamento público)

comparando seu status com parâmetros nacionais;

• Projeção do crescimento demográfico provocado pela migração direta e

indiretamente estimulada pelo empreendimento e projeção do déficit adicional

subsequente em cada serviço ou equipamento público;

• Projeção da arrecadação incremental gerada direta e indiretamente pelo

empreendimento e contribuição para poupança fiscal dos municípios;

• Análise crítica do resultado municipal a partir da balança entre déficit projetado e

arrecadação projetada;

7 AÇÕES DE CONTROLE, DE MITIGAÇÃO E DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Com base na comparação do prognóstico das condições emergentes com e sem a implantação do

empreendimento, deverão ser avaliados os impactos ambientais potenciais e as medidas

recomendadas que venham a minimizá-los, maximizá-los, compensá-los ou eliminá-los.

Estas medidas devem contemplar, portanto, as ações de controle dos aspectos ambientais

significativos, as ações de mitigação dos impactos ambientais adversos significativos, as ações de

maximização dos impactos ambientais benéficos significativos, a compensação dos impactos não

mitigáveis.

Tais ações deverão ser expressas em programas específicos os quais deverão contemplar os

respectivos monitoramentos, como forma de propiciar a avaliação do desempenho das ações

propostas e, se necessário, corrigir os desvios.

Os diferentes Programas deverão estar expressos em nível de detalhamento tal que possibilite

identificar o seu objetivo, escopo, público-alvo, duração, desempenho esperado, abrangência,

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responsabilidades, cronograma e planta de localização – se aplicável.

Os programas devem ser definidos a partir dos resultados da avaliação dos impactos ambientais, não

se limitando aos indicados abaixo, de apresentação obrigatória.

Programas de Mitigação Socieconômica:

• Plano de Redução de Fator Migratório: que assume a redução do fator migratório como

estratégico e apresente planos de qualificação de mão de obra local na implantação e

operação do empreendimento;

• Plano de Infraestrutura, Serviços e Ações Temporárias: que apresente planos de gestão dos

impactos da migração não evitada, estratégias para alojamento, infraestrutura e serviços

temporários, saúde, segurança e integração cultural;

• Plano em respeito aos Povos e Comunidades Tradicionais: que apresente plano de mitigação

dos impactos sobre os povos e comunidades tradicionais, com ênfase no reconhecimento,

fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e

culturais, ressaltando sua cultura material e acervo arqueológico, com respeito e valorização

à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições, tudo em consonância com a

política nacional quanto ao tema;

• Plano de Apropriação Local do Crescimento Econômico, que preveja o aumento potencial de

apropriação local das oportunidades econômicas geradas pelo empreendimento,

aproveitando o potencial de mão de obra existente e cadeias de valor locais e contribuindo

para a redução da migração;

• Planejamento Participativo dos Investimentos em Mitigação, que contemple a formação de

grupos de trabalho temáticos de caráter técnico especializado e representativo dos públicos

impactados para discussão e formulação conjunta de soluções de prevenção, mitigação e

gestão de impactos;

• Plano de Descomissionamento da Implantação, que projete e organize a gestão dos impactos

do descomissionamento da implantação, e que minimamente preveja e projete o controle de

evasão da mão de obra migrante e o redirecionamento das economias instaladas na fase de

implantação objetivando a criação de novas oportunidades econômicas na fase de operação

do empreendimento preparando o território para preservar a integridade e autonomia

socioeconômica da região depois que for desfeita a base da economia nova gerada na fase de

implantação;

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• Plano de Monitoramento de Indicadores Socioeconômicos, que tenha por objeto o

monitoramento de indicadores socioeconômicos ligados aos fenômenos de causalidade

atribuível, direta ou indiretamente, ao empreendimento, devendo contemplar a lista de

indicadores com abrangência, periodicidade e instrumentos de mensuração definidos, assim

como as correlações entre indicadores a serem monitorados.

Programas de Compensação Socioeconômica:

• Programa de Fortalecimento e apoio à governança regional competente para o fomento do

desenvolvimento harmônico e sustentável e à gestão dos impactos ambientais e

socioeconômicos na região;

• Programa de Fortalecimento da Sociedade Civil para o Planejamento e Controle Social, que

implante, consolide e incremente o planejamento participativo e controle social;

• Programa de Investimento na Melhoria da Infraestrutura Pública e dos Serviços Públicos;

• Programa de Compensação das Economias e Culturas Tradicionais e/ou Vulneráveis

afetadas pelo empreendimento, respeitado e observadas as normas e práticas federais e

estaduais.

Na implementação das medidas, em especial aquelas vinculadas ao meio socioeconômico, deverá

haver uma participação efetiva da comunidade diretamente afetada, bem como dos parceiros

institucionais identificados, buscando-se, desta forma, a inserção regional do empreendimento.

8 COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

O percentual de compensação deverá ser elaborado utilizando o sistema de compensação ambiental

presente no endereço eletrônico http://www.sema.pa.gov.br/compensacao2/usuarios/login e

observando as determinações presentes nas seguintes legislações: Lei 9985/2000; Portaria

1432/2014; Decreto Estadual 2033/2009; Instruções Normativas 01/2013 e 05/2014.

9 .ANÁLISE DE RISCO

9.1. Dados gerais sobre a região onde se pretende localizar a atividade

Apresentar os dados gerais sobre a região, incluindo mapas e plantas de localização, em escala,

indicando todas as instalações próximas e, em especial, as ocupações sensíveis (residências,

creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais, igrejas, e afins) numa

faixa de, pelo menos, 200 metros (escala mínima de 1:10.000).

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Apresentar os dados meteorológicos relativos à direção e velocidade dos ventos, à classe de

estabilidade atmosférica e aos demais parâmetros ambientais de interesse: temperatura ambiente,

umidade relativa, pressão atmosférica, temperatura do solo e outros.

Apresentar parecer sobre a utilização da classe de estabilidade atmosférica A, B ou C

emitido por profissional ou entidade da área de meteorologia, caso estas classes de estabilidade

venham a ser empregadas.

9.2 Descrição da Instalação e Sistemas

O empreendimento deverá ser subdividido em Unidades e estas subdivididas em áreas, quando

cabível, apresentando-se plantas em escala com a posição relativa das mesmas.

Considerar como parte da instalação os caminhões, navios e outros veículos, utilizados para o

recebimento ou expedição de produtos, que tenham de estacionar ou transitar na área de domínio

da instalação para efetuar suas operações.

Detalhar cada área, fazendo uma descrição do seu uso e relacionando todas as substâncias tóxicas,

combustíveis da classe II ou inflamáveis produzidas, operadas, armazenadas, consumidas ou

transportadas.

No caso da área conter unidades de produção, de geração ou de processamento, envolvendo

substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, deve ser informado para cada

unidade se a operação é contínua ou por bateladas, e apresentado um diagrama de tubulação e

instrumentação indicando os equipamentos, as substâncias e as condições operacionais.

Relacionar os dispositivos e recursos de segurança a serem utilizados para eliminar ou reduzir os

efeitos de eventuais ocorrências acidentais.

9.3. Caracterização das Substâncias Relacionadas

Apresentar as Fichas de Informação de Segurança (Material Safety Data Sheets - MSDS) de todas

as substâncias.

As Fichas de Informação de Segurança devem conter:

- Nome ou marca comercial, composição (quando o produto for constituído por mais de uma

substância), designação química, sinonímia, fórmula bruta ou estrutural;

- Número da ONU (UN number) e do CAS (Chemical Abstracts Service dos EUA);

- Propriedades (massa molecular, estado físico, aparência, odor, ponto de fusão, ponto de

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ebulição, pressão de vapor, densidade relativa ao ar e à água, solubilidade em água e em outros

solventes);

- Reatividade (instabilidade, incompatibilidade com outros materiais, condições para

decomposição e os respectivos produtos gerados, capacidade para polimerizar

descontroladamente);

- Riscos de incêndio ou explosão (ponto de fulgor, ponto de auto-ignição, limites de

inflamabilidade, atuação como agente oxidante);

- Riscos toxicológicos e efeitos tóxicos (ação sobre o organismo humano pelas diversas vias -

respiratória, cutânea, oral; atuação na forma de gás ou vapor, névoa, poeira ou fumo; IDLH,

LC50, LCLO; LD's; potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico).

9.4. Transporte

Informar como as substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, constantes do

levantamento realizado, entrarão ou sairão da instalação, isto é, os meios de transporte, as vias

empregadas, a carga e a frequência.

9.5 Identificação dos Cenários Acidentais

Empregar uma Análise Preliminar de Perigos (APP) para cada área, na qual se relacionaram

substâncias tóxicas, combustíveis da classe II ou inflamáveis, para a identificação de todos os

cenários acidentais possíveis de ocorrer, independentemente da frequência esperada para os

cenários e independentemente dos potenciais efeitos danosos se darem interna ou externamente à

instalação. Essa identificação dos cenários acidentais poderá ser auxiliada por outros métodos

como a Análise Histórica, o HAZOP e a Árvore de Eventos, por exemplo.

A APP deve analisar a possível geração de produtos tóxicos em decorrência de incêndio e sua

incidência sobre as pessoas (dentro e fora da instalação).

Levantar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas respectivas consequências e avaliar

qualitativamente a frequência de ocorrência de cada cenário e da severidade das consequências.

Apresentar o resultado da Análise Preliminar de Perigos em forma de planilha, conforme

constante do modelo a seguir

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(1) Perigo (2) Causa (3) modos de

detecção

(4) efeitos (5) frequência (6)

Severidade

(7)

recomendações

(8) cenário

Onde:

Coluna (1) perigos são os eventos acidentais que apresentam a possibilidade de causar danos

às pessoas.

Coluna (2) devem ser apontadas as causas dos eventos acidentais, inclusive erros humanos.

Coluna (3) informar a previsão de instrumentação e de presença de pessoas com esse fim

específico.

Coluna (4) informar quais os efeitos esperados; devem ser explicitados quais os efeitos

dentro da instalação e quais os efeitos fora da instalação; no caso dos efeitos fora da instalação,

se há ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias, presídios, ambulatórios, casas de

saúde, hospitais ou afins), atingíveis.

Coluna (5) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de

frequência. As categorias de frequência não são totalmente padronizadas, mas o seu número não

deve ser inferior a quatro, indo da categoria "extremamente remota" até a categoria "frequente".

(Exemplo Tabela 1)

Coluna (6) os cenários acidentais devem ser classificados em categorias qualitativas de

severidade; as categorias de severidade não são totalmente padronizadas, mas o seu número não

deve ser inferior a quatro, indo da categoria "desprezível" até a categoria "catastrófica". Deve-se

tomar por base que um cenário catastrófico implica na possibilidade de morte de uma ou mais

pessoas. (Exemplo Tabela 2)

Coluna (7) as recomendações devem ser propostas tanto no sentido preventivo quanto no

sentido corretivo.

Coluna (8) atribuir um número sequencial a cada um dos cenários, não só como referência no

texto do relatório, mas também para facilitar o desdobramento de um cenário em vários,

simultâneos, ou em uma sequência (efeito dominó). Deve haver um destaque para os cenários

acidentais cujos efeitos possam se fazer sentir fora da instalação.

Tabela 1: Exemplos de Categorias de Frequência

Categoria Denominação DescriçãoA Extremamente remota Conceitualmente possível, mas

extremamente improvável de

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ocorrer ao longo da vida útil da

instalaçãoB Remota Não esperado ocorrer ao longo

da vida útil da instalação.C Pouco Provável Possível que ocorra até uma vez

ao longo da vida útil da

instalação. D Provável Esperado ocorrer mais de uma

vez ao longo da vida útil da

instalação. E Frequente Esperado ocorrer várias vezes

ao longo da vida útil da

instalação.

Tabela 2: Exemplos de Categorias de Severidade

Categoria Denominação DescriçãoI Desprezível - Sem danos ou danos

insignificantes aos

equipamentos e propriedade;

- Não ocorrem lesões, o

máximo que pode ocorrer são

casos de primeiros socorros ou

atendimento médico menor;

- Sem comprometimento

significativo extra-muros e do

meio ambiente. II Marginal - Danos leves aos equipamentos

e a propriedade;

·- Lesões leves em

funcionários, em terceiros e/ou

em pessoas extra-muros;

- Comprometimento do meio

ambiente, porém passível de

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controle através de

equipamentos e medidas

operacionais adequadas. II Crítica - Danos severos aos

equipamentos e a propriedade,

levando à parada ordenada da

Unidade e/ou perda de

disponibilidade do sistema;

·- Lesões de gravidade

moderada em funcionários, em

terceiros e/ou em pessoas extra-

muros, com possibilidade de

vítimas fatais;

·- Danos substanciais ao meio

ambiente;

-· Exige ações corretivas

imediatasIV Catastrófica - Danos irreparáveis aos

equipamentos e à propriedade,

levando à parada desordenada

da Unidade e/ou sistema

(reparação lenta ou impossível);

·- Provoca mortes ou lesões

graves em funcionários, em

terceiros e/ou em pessoas extra-

muros;

-· Severa degradação ambiental,

com alterações populacionais

e/ou estruturais. Observação: Para classificação de um cenário em uma dada categoria de severidade não é

necessário que todos os aspectos previstos na categoria estejam incluídos nos possíveis efeitos

deste acidente.

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9.6 Análise de Vulnerabilidade

Realizar uma Análise de Vulnerabilidade, através das equações “probit”, para todos os cenários

classificados na Análise Preliminar de Perigos como pertencentes à categoria de severidade

intermediária e superior (crítica ou catastrófica), independentemente da categoria de frequência.

Esta análise deve ser realizada para as condições meteorológicas da região onde será instalado o

empreendimento, para os diferentes tipos de efeitos físicos resultantes dos cenários analisados.

9.7 Alcance dos Efeitos Físicos Danosos

Determinar o alcance para os níveis, a seguir relacionados, dos efeitos físicos decorrentes dos

cenários submetidos à análise de vulnerabilidade. Esse cálculo deve utilizar modelagens

matemáticas conceituadas e as condições meteorológicas da região.

Os níveis a serem pesquisados são:

para nuvens tóxicas: a concentração imediatamente perigosa para a vida ou saúde

humana (IDLH) e a concentração correspondente a 1% de letalidade, considerando um

tempo máximo de exposição de 30 minutos, em função das características da região;

para incêndios em poça (derramamentos) ou tocha (jato de fogo): o fluxo de radiação

térmica igual a 5 kW/m2 e o fluxo correspondente a 1% de letalidade;

para explosões de qualquer natureza: o nível de sobrepressão igual a 0,069 bar e o nível

de sobrepressão correspondente à letalidade de 1%;

para nuvens de substâncias inflamáveis: a concentração igual ao limite inferior de

inflamabilidade da substância;

para bolas de fogo decorrentes de BLEVE's: o fluxo de radiação correspondente a

1% de letalidade em decorrência da exposição humana pelo tempo de duração da bola

de fogo.

Pesquisar também os efeitos físicos (temperatura, pressão, ondas de choque, impacto de

fragmentos) que produzirão danos na própria instalação ou em instalações vizinhas, resultando no

chamado efeito dominó.

Apresentar um mapa ou planta da região, em escala, indicando as curvas de igual magnitude dos

níveis dos efeitos físicos pesquisados, e as ocupações sensíveis (residências, creches, escolas,

cadeias, presídios, ambulatórios, casas de saúde, hospitais, e afins) que estejam abrangidas por

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aquelas curvas.

9.8 Tolerabilidade dos Riscos para Análise de Vulnerabilidade

As alternativas de localização devem ser analisadas com base na tolerabilidade dos riscos. Os

riscos proporcionados pelo empreendimento serão considerados toleráveis se nenhuma ocupação

sensível estiver contida nas curvas relativas a 1% de letalidade e na curva correspondente ao

limite inferior de inflamabilidade.

9.9 Revisão do Estudo de Análise de Risco

No caso dos riscos apurados não serem toleráveis, deve ser adotada uma das seguintes

providências:

Pesquisar o que pode ser modificado na instalação, para que as ocupações sensíveis fiquem

fora das curvas correspondentes a 1% de letalidade, e da curva correspondente ao limite inferior

de inflamabilidade. Esse reestudo deve constar do relatório, refazendo-se as quantificações para a

nova condição.

9.10 Avaliação das Frequências de Ocorrência

Avaliar quantitativamente a frequência de ocorrência de cada evento iniciador, utilizando-se dados

existentes em referências bibliográficas e bancos de dados. Para eventos iniciadores complexos,

que envolvam falhas de sistemas, devem ser construídas e avaliadas árvores de falhas específicas

para cada situação.

Avaliar também as frequências de ocorrência dos diversos cenários de acidente capazes de ocorrer

após cada evento iniciador.

Estes cenários devem considerar as falhas dos sistemas de segurança que venham a ser

demandados em cada caso, as diferentes direções e faixas de velocidade do vento e as

possibilidades de ignição imediata e retardada devem ser determinadas através da construção de

árvores de eventos para cada evento iniciador.

A probabilidade de falha ou a indisponibilidade dos sistemas de segurança devem ser avaliadas

através da construção de árvores de falhas ou por outras técnicas equivalentes de análise de

confiabilidade.

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9.11 Medidas Preventivas e Mitigadoras

No caso de ficar demonstrado que os riscos para a comunidade são, ou poderão ser, toleráveis,

devem ser consolidadas e relacionadas às medidas preventivas e mitigadoras levantadas pelo

Estudo de Análise de Risco.

9.12 Conclusões

Apresentar uma síntese do Estudo de Análise de Risco com as respectivas conclusões.

9.13.Plano de Ação de Emergência – PAE

Independentemente das ações preventivas previstas no PGR, um Plano de Ação de Emergência deve

ser elaborado e considerado como parte integrante do processo de gerenciamento de riscos.

O PAE deve ser se basear nos resultados obtidos no estudo de análise e avaliação de riscos e na

legislação vigente, devendo contemplar os seguintes aspectos:

Introdução;

Estrutura do plano;

Descrição das instalações envolvidas;

Cenários acidentais considerados;

Área de abrangência e limitações do PAE;

Estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabilidades dos

envolvidos;

Fluxograma de acionamento;

Ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais

considerados, de acordo, com os impactos esperados e avaliados no estudo de análise

de riscos, considerando procedimentos de avaliação, controle emergencial (combate

a incêndios, isolamento, evacuação, controle de vazamentos, etc.);

Recursos humanos e materiais;

Divulgação, implantação, integração com outras instituições e manutenção do plano;

Tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com os diferentes

cenários acidentais estimados;

Documentos anexos, tais como: Plantas de localização da instalação e layout,

incluindo a vizinhança sob risco, lista de acionamento (interna e externa), listas de

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equipamentos, sistemas de comunicação e alternativas de energia elétrica, relatórios.

10 RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA

As informações técnicas geradas no Estudo de Impacto Ambiental-EIA deverão ser apresentadas em

um documento em linguagem acessível ao público, que é o Relatório de Impacto Ambiental-RIMA,

em conformidade com a Resolução CONAMA nº 001/86.

O Relatório de Impacto Ambiental-RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental-

EIA.

As informações técnicas devem ser nele expressas em linguagem acessível ao público geral,

ilustradas por mapas em escalas adequadas, quadros, gráficos ou outras técnicas de comunicação

visual, de modo que se possa entender claramente as possíveis consequências ambientais do projeto

e de suas alternativas, comparando as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

Como documento complementar à versão impressa, deverá ser produzido um componente

audiovisual do RIMA – “video-documento”, objetivando propiciar o maior alcance/abrangência

dessas informações nas áreas de influência do empreendimento.

Conforme estabelece a CONAMA 001/86 o Relatório de Impacto Ambiental-RIMA deverá conter,

basicamente:

Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais,

planos e programas governamentais, em desenvolvimento e/ou implementação;

A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando, para cada

uma delas, na fase de construção e operação a área de influência, as matérias-primas e mão-de-

obra, as fontes de energia, as emissões e resíduos, as perdas de energia, os empregos diretos e

indiretos a serem gerados, a relação custo-benefício do ônus e benefícios sociais/ambientais do

projeto e da área de influência;

A síntese dos resultados dos estudos sobre o diagnóstico ambiental da área de influência do

projeto;

A descrição dos impactos ambientais analisados, considerando o projeto, as suas alternativas, os

horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios

adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;

A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes

situações de adoção do projeto e de suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;

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A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos

negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado;

Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).

O RIMA deverá indicar a composição da equipe autora dos trabalhos, devendo conter, além do

nome de cada profissional, seu título, número de registro na respectiva entidade de classe e

indicação dos itens de sua responsabilidade técnica.

11 EQUIPE TÉCNICA

Deverá ser apresentada a equipe técnica multidisciplinar responsável pela elaboração do

EIA/RIMA, indicando o número e a Anotação de Responsabilidade Técnica nos respectivos

Conselhos de Classe.

12 BIBLIOGRAFIA

Deverá constar a bibliografia consultada para a realização dos estudos, especificada por área de

abrangência do conhecimento, de acordo com as normas da ABNT.

13 GLOSSÁRIO

Deverá constar uma listagem dos termos técnicos utilizados no estudo.