UC16.Processo de Fabricação III

Curso Tcnico em Mecnica

Processos de Fabricao III

Armando de Queiroz Monteiro NetoPresidente da Confederao Nacional da Indstria

Jos Manuel de Aguiar MartinsDiretor do Departamento Nacional do SENAI

Regina Maria de Ftima TorresDiretora de Operaes do Departamento Nacional do SENAI

Alcantaro CorraPresidente da Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina

Srgio Roberto ArrudaDiretor Regional do SENAI/SC

Antnio Jos CarradoreDiretor de Educao e Tecnologia do SENAI/SC

Marco Antnio DociattiDiretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC

Confederao Nacional das Indstrias

Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

Curso Tcnico em Mecnica

Processos de Fabricao III

Delcio Lus DemarchiRogerio Antonio Lazzaris

Emerson Jos Tissi

Florianpolis/SC2010

proibida a reproduo total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prvio consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da lngua portuguesa.

Equipe tcnica que participou da elaborao desta obra

Coordenao de Educao a DistnciaBeth Schirmer

Reviso Ortogrfica e NormatizaoContextual Servios Editoriais

Coordenao Projetos EaDMaristela de Lourdes Alves

Design Educacional, Ilustrao, Projeto Grfico Editorial, Diagramao Equipe de Recursos Didticos SENAI/SC em Florianpolis

AutoresDelcio Lus DemarchiRogerio Antonio LazzarisEmerson Jos Tissi

Ficha catalogrfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianpolis D372p

Demarchi, Delcio Lus Processos de fabricao III / Delcio Lus Demarchi, Rogerio Antonio

Lazzaris, Emerson Jos Tissi. Florianpolis : SENAI/SC, 2010. 65 p. : il. color ; 28 cm.

Inclui bibliografias.

1. Engenharia mecnica. 2. Processos de fabricao. 3. Mquinas

Ferramenta Controle numrico - Programao. 4. Usinagem. I. Lazarris, Rogerio Antonio. II. Tissi, Emerson Jos. III. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. IV. Ttulo.

CDU 621.9

SENAI/SC Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialRodovia Admar Gonzaga, 2.765 Itacorubi Florianpolis/SCCEP: 88034-001Fone: (48) 0800 48 12 12www.sc.senai.br

Prefcio

Voc faz parte da maior instituio de educao profissional do estado. Uma rede de Educao e Tecnologia, formada por 35 unidades conecta-das e estrategicamente instaladas em todas as regies de Santa Catarina.

No SENAI, o conhecimento a mais realidade. A proximidade com as necessidades da indstria, a infraestrutura de primeira linha e as aulas tericas, e realmente prticas, so a essncia de um modelo de Educao por Competncias que possibilita ao aluno adquirir conhecimentos, de-senvolver habilidade e garantir seu espao no mercado de trabalho.

Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe de mais moderno no mundo da tecnologia, voc est construindo o seu futuro profissional em uma instituio que, desde 1954, se preocupa em oferecer um modelo de educao atual e de qualidade.

Estruturado com o objetivo de atualizar constantemente os mtodos de ensino-aprendizagem da instituio, o Programa Educao em Movi-mento promove a discusso, a reviso e o aprimoramento dos processos de educao do SENAI. Buscando manter o alinhamento com as neces-sidades do mercado, ampliar as possibilidades do processo educacional, oferecer recursos didticos de excelncia e consolidar o modelo de Edu-cao por Competncias, em todos os seus cursos.

nesse contexto que este livro foi produzido e chega s suas mos. Todos os materiais didticos do SENAI Santa Catarina so produes colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam com ambiente virtual, mini-aulas e apresentaes, muitas com anima-es, tornando a aula mais interativa e atraente.

Mais de 1,6 milhes de alunos j escolheram o SENAI. Voc faz parte deste universo. Seja bem-vindo e aproveite por completo a Indstria do Conhecimento.

Sumrio

Contedo Formativo 9

Apresentao 11

12 Unidade de estudo 1

Histria e Caractersticas das Mquinas CNC

Seo 1 - Histria e evoluo das mquinas CNC

Seo 2 - Consideraes gerais

Seo 3 - Programas CNC

Seo 4 - Sistema de coordenadas

Seo 5 - Ponto zero e ponto de referncia


Funes

Seo 1 - Tipos de funes

Seo 2 - Funes especiais ou auxiliares

Seo 3 - Funes prepara-trias

Seo 4 - Funes miscel-neas.

Seo 5 - Ciclos automticos

13

15

15

18

20


Programao de um Centro de Usinagem do tipo Comando MACH9

Seo 1 - Evoluo do Co-mando Numrico

Seo 2 - Funes do coman-do MACH 9

Seo 3 - Sistema de Coor-denadas

Seo 4 - Funes Preparat-rias G

Seo 5 - Ciclos Automticos

de Usinagem

Finalizando 63

Referncias 65

23

23

24

29

30

41

41

42

44

48

8 CURSOS TCNICOS SENAI

Contedo Formativo

9PROCESSOS DE FABRICAO III

Carga horria da dedicao

Carga horria: 90hs

Competncias

Planejar, Programar, Executar e Controlar os processos de fabricao mecnica.

Conhecimentos

Operao de mquinas operatrizes CNC: generalidades, classificao e aplicao.

nomenclatura.

funcionamento.

conservao.

acessrios.

programao ISO.

simuladores e interface PC x mquina CNC.

parmetros de corte.

ferramentas de corte.

referncia de mquina e pea.

sistemas de fixao.

SUHVHW de ferramentas.

usinagem (torno, fresadora, centro de usinagem).

Habilidades

Aplicar normas tcnicas;

Identificar e selecionar elementos de mquinas;

Identificar, selecionar e utilizar ferramentas;

Aplicar tcnicas de ajustes mecnicos;

Aplicar tcnicas de montagem e instalao de mquinas e equipamentos;

Ler e interpretar manuais, catlogos e tabelas tcnicas;

Aplicar normas tcnicas de sade, segurana e meio ambiente;

Elaborar e acompanhar cronograma de montagem;

Executar seqncia de operaes;

Identificar e selecionar equipamentos e tcnicas de soldagem;

Preparar e operar equipamentos de soldagem;


Identificar materiais; instrumentos de medio; ferramentas necessrias ao processo; mqui-nas operatrizes; dispositivos e acessrios; parmetros de fabricao;

Interpretar desenho tcnico;

Especificar materiais para a construo mecnica;

Identificar e utilizar fludos de corte e refrigerao;

Identificar e prospectar melhorias e novas tecnologias em processos de fabricao e

Montagem;

Aplicar softwares especficos para o processo de fabricao mecnica;

Programar e Operar mquinas CNC;

Estabelecer mtodo e tempo de fabricao.

Atitudes

Assiduidade;

Pr-atividade;

Relacionamento interpessoal;

Trabalho em equipe;

Cumprimento de prazos;

Zelo com os equipamentos;

Adoo de normas tcnicas, de sade e segurana do trabalho;

Responsabilidade ambiental.

Apresentao

PROCESSOS DE FABRICAO III

Caro estudante!

Seja bem-vindo disciplina Processos de Fabricao III.

Ao longo de seu estudo voc ir adquirir conhecimentos necessrios para o trabalho com equipamentos de comando numrico.

Esse material foi elaborado a partir de uma reviso bibliogrfica. Sua organizao proporciona um aprendizado gradual, desde um breve his-trico da evoluo das mquinas ferramentas at os equipamentos de comando numrico at a programao desses equipamentos.

Alm do contedo terico de cada tema, so apresentados exemplos prticos, figuras, imagens, tabelas e indicaes de outras fontes de con-sulta.

Bom estudo.

Delcio Lus Demarchi

Rogerio Antonio Lazzaris

Emerson Jos Tissi

Professores Delcio Lus Demarchi, Rogerio An-tonio Lazzaris e Emerson Jos Tissi

Delcio Lus Demarchi profes-sor da unidade curricular de Processos de Fabricao no curso Tcnico em Mecnica e no curso Tcnico em Eletrome-cnica no SENAI/SC em Jaragu do Sul. Graduado em Tecnologia Mecnica pelo Centro Universi-trio de Jaragu do Sul UNERJ.

Rogerio Antonio Lazzaris pro-fessor da unidade curricular de Processos de Fabricao no curso Tcnico em Mecnica e no curso Tcnico em Eletrome-cnica no SENAI/SC em Jaragu do Sul. Graduado em Tecnologia Mecnica pelo Centro Universi-trio de Jaragu do Sul UNERJ.

Emerson Jos Tissi Tcnico Pe-daggico da unidade curricular de Processos de Fabricao no curso Tcnico em Mecnica e no curso Tcnico em Eletromecni-ca no SENAI/SC em Jaragu do Sul. Graduado em Tcnico em Mecnica no SENAI/SC em Jara-gu do Sul.

11

Unidade de estudo 1

Sees de estudo

Seo 1 Histria e evoluo das mquinas CNC Seo 2 Consideraes geraisSeo 3 Programas CNCSeo 4 Sistema de coordenadasSeo 5 Ponto zero e ponto de referncia


Na unidade 1 voc estudar um pouco da histria das mquinas CNC, sua evoluo at os dias de hoje e os conceitos fundamentais para sua operao.

SEO 1 Histria e evoluo das mquinas CNC

Voc sabe o que so mqui-nas CNC?

Nesta seo voc ver como as mquinas ferramentas evoluram at as mquinas CNC.

No desenvolvimento histrico das Mquinas Ferramentas de usinagem, sempre se procurou solues para aumentar a produ-tividade com qualidade superior, associada minimizao dos des-gastes fsicos na operao das m-quinas. Muitas solues surgiram, mas, at recentemente, nenhuma oferecia a flexibilidade necessria para o uso de uma mesma mqui-na na usinagem de peas com di-ferentes configuraes e em lotes reduzidos.

Histria e Caractersticas das Mquinas CNC

O homem busca racionalizar e au-tomatizar o seu trabalho desde os tempos mais remotos por meio de novas tcnicas. A automao que simplifica todo esse tipo de traba-lho, mental ou fsico. Um exemplo comum o uso da calculadora.

Atravs de pesquisas e desenvol-vimento de novos produtos, foi possvel chegar s primeiras m-quinas controladas numericamen-te.

Fatores ligados Segunda Guerra Mundial levaram necessidade de adaptao dos conceitos de fabri-cao. Para que o custo da fabri-cao de peas geometricamente complexas e de preciso fosse re-duzido e para que o tempo entre o projeto e a fabricao fosse me-nor, as mquinas convencionais dessa poca teriam que ser subs-titudas por outras mais eficientes.

Assim, as mquinas de comando numrico comearam a ser uti-lizadas. O primeiro teste do co-mando numrico (CN) aplicado a mquinas operatrizes ocorreu em 1949, no laboratrio de tec-nologia de Massachustets (MIT). Esse teste foi realizado com uma fresadora de trs eixos e os resul-

tados obtidos foram uma excelen-te demonstrao de praticidade, fato divulgado em reportagem de 1953. Outro ano de destaque 1959, quando foi desenvolvido o trocador automtico de ferra-mentas.

Nessa poca, a aplicao ainda no era significativa, pois faltava confiana, os custos eram altos e a experincia muito pequena. Na dcada de 60, foram desenvol-vidos novos sistemas, mquinas foram especialmente projetadas para receberem o CN e houve um aumento na quantidade de mqui-nas utilizadas na metalurgia.

Atualmente, essas mquinas satis-fazem os quesitos de confiana, experincia e viabilidade econ-mica.

Surgem novas perspectivas de desenvolvimento dos CN, alm de mquinas operatrizes de usi-nagem. Novas reas, como a eletrnica, aliadas aos grandes progressos da tecnologia mec-nica garantem estas perspectivas do crescimento: as mquinas CN passaram a ser CNC mquinas com controle numrico computa-dorizado.


Nas figuras a seguir, observe as diferenas entre uma mquina conven-cional e uma mquina controlada por comando numrico computado-rizado (CNC):

Figura 1: Mquina Convencional

Fonte: Gozzi (2009)

Figura 2: Mquina CNCFonte: Gozzi (2009)


DICA Para a programao CN de mquinas ferramentas, uti-liza-se a norma DIN 66025, parte do sistema ISO (Inter-national System Organiza-tion). O sistema ISO res-ponsvel pela padronizao dessas normas, onde cada segmento tem sua regra.

Nesta seo voc estudou a evo-luo das mquinas ferramentas e verificou que as mquinas CNC surgiram a partir da necessidade de diminuio de custo de pro-duo de peas geometricamente complexas e de preciso, alm da reduo do tempo entre o projeto e a fabricao.

Na prxima seo voc ir se fa-miliarizar com alguns termos e ir conhecer caractersticas impor-tantes do CNC.

SEO 2 Consideraes gerais

Aps estudar a evoluo das mquinas ferramentas at o sur-gimento das CNC, nesta seo voc ir conhecer alguns termos e caractersticas importantes para o trabalho com esse tipo de equi-pamento.

Primeiro, importante que voc saiba o significado da sigla CNC.

C= ComandoN= NumricoC= Computadorizado

O Comando Numrico Com-putadorizado (CNC) um equipamento eletrnico ca-paz de receber informaes por algum meio de entrada, transformar estas informa-es e transmiti-las ao co-mando mecnico da mqui-na operatriz, para que esta realize operaes em uma seqncia mecnica deseja-da, sem a interveno do ho-mem.

Quais so as vantagens em usar uma mquina CNC?

O CNC , hoje, o processo mais dinmico de fabricao. Sua im-plantao requer um investimento inicial maior, porm quando bem estruturado sua aplicao, esse investimento compensado pe-las vantagens ao longo do tempo de utilizao, quanto qualidade, mo-de-obra e a ao tempo de execuo.

Para utilizar um CNC, preciso desenvolver um programa. Nes-te programa devem estar todas as instrues necessrias usina-gem, em uma linguagem prpria de programao.

Linguagens de programaoPara operar um CNC preci-so utilizar linguagens de pro-gramao. Essas linguagens so conjuntos de comandos informados aos CNC para que eles executem as operaes necessrias de usinagem, na sequencia correta.Algumas linguagens de pro-gramao criadas para os CNC so:

ISO; EIA; Heidnhaim (tambm

camada de interativa);

Mazatrol.

Nesta seo voc conheceu as vantagens do uso de um CNC e viu que para operar esse tipo de equipamento preciso utilizar uma linguagem de programao.

Na prxima seo, voc ir co-nhecer as caractersticas gerais de um programa CN.

SEO 3Programas CNC

Nesta seo, como continuao de seus estudos voc ir conhecer algumas caractersticas gerais dos programas CN, ou seja, como as instrues necessrias para a usi-nagem so passadas para a mqui-na.

No sistema ISO de programa-o, a linguagem G foi ado-tada como um padro a ser seguido pelos fabricantes de comandos. Esse sistema pos-sui algumas normas rgidas, mas tambm permite que o fabricante de comando crie recursos prprios, mantendo as funes bsicas e univer-sais. Com isso, alguns coman-dos oferecem mais recursos que outros.


Programa CNC um conjunto finito de regras, bem definidas, para a soluo de um problema em um tempo finito. Ou seja, so informaes sequenciais passadas mquina ferramenta para que ela produza peas. Um programa pode corresponder produo de peas idnticas ou diferentes en-tre si.

Voc sabe qual a diferena entre CN e CNC?

Essas siglas possuem significados diferentes:

CN: Numeral Control - Con-trole Numrico.

CNC: Computadorized Numerical Control - Comando Numrico Computadorizado.

Alm da diferena entre as siglas, os dois sistemas apresentam ca-ractersticas particulares:

No sistema CN:

no possvel modificar um programa;

os movimentos so essen-cialmente lineares (em linha reta), existindo e existem al-guns movimentos angulares; e

no existem movimentos circulares.

No sistema CNC:

Os dados do programa po-dem ser modificados;

O sistema executa movi-mentos lineares, em ngulo e circulares, todos calculados e controlados pelo comando.

DICA A distino entre CN e CNC apenas o comando. Nos dois casos, os programas sero chamados de pro-gramas CN.

Os dados podem ser de entrada ou de sada. Dados de entrada so as informaes fornecidas m-quina CNC atravs de um progra-ma. Enquanto os dados de sada so os resultados da operao do equipamento.

As mquinas CNC possuem in-terfaces diferentes, ou seja, apre-sentam formatos diferentes tanto de entrada de dados quanto de sada.

A entrada de dados consiste nos meios de introduo de informa-es ao comando pelo usurio. Entre os formatos de entrada de dados destacam-se:

a. Entrada manual A entrada de dados feita atravs de um te-clado na unidade de comando e pode ser visualizada em um monitor. Este tipo de entrada indispensvel, at o momento;

b. Fita perfurada A entrada dos dados feita atravs de uma fita perfurada com perfuraes padronizadas. Esse formato ainda est presente atualmente. A fita standart normaliza-da pelos padres EIA (Eletro-nic Industries Association) e ISO (International Standart Organiza-tion);

Interface: Circuito eletr-nico capaz de fazer com

que dois aparelhos de caracte-rsticas diferentes possam ser interligados entre si. Exemplos: monitor, teclado e mouse de um computador.

Dados: Elementos bsicos de uma informao que

podem ser processados ou pro-duzidos por de um programa.


c. Sistema de linha de comunicao com computador Nesse sistema a entrada de dados realizada atravs de um computador, o qual geren-cia as operaes atravs de softwares especficos. Esse meio de entra-da e sada de dados usado atualmente e se encontra em expanso.

Na unidade 2, voc ir estudar todas as funes existentes em um pro-grama CN, ou seja, como usar os dados de entrada.

Para exemplificar algumas funes usadas na programao de uma m-quina CNC, nos quadros a seguir so mostradas funes do comando fanuc 21 it.

FUNES MISCELNEAS

M00 Parada programada

M02 Fim de programa

M03 Sentido anti-horrio de rotao do eixo-rvore

M04 Sentido horrio de rotao do eixo-rvore

M05 Desliga o eixo-rvore sem orientao (fuso para em qualquer posio)

M07 Liga refrigerante de corte (alta presso)

M08 Liga refrigerante de corte (baixa presso)

M09 Desliga refrigerante de corte

M24 Abre a Placa de Fixao

M25 Fecha a Placa de Fixao

M26 Recua o Mangote da contra ponta

M27 Avana o Mangote da contra ponta

M30 Fim de programaQuadro 1 - Funes Miscelneas do comando fanuc 21 it


FUNES PREPARATRIASG00 Interpolao linear rpida

G01 Interpolao linear com avano programado

G02 Interpolao circular Horria

G03 Interpolao circular Anti-horria

G04 Tempo de permanncia

G20 Programao em polegadasG21 Programao em milmetros

G40 Cancela compensao do raio da ponta da ferramenta

G41 Compensao do raio da ponta da ferramenta ( esquerda)

G42 Compensao do raio da ponta da ferramenta ( direita)

G53 Cancela todos os deslocamentos de ponto zero (DPZs)G54 G59 Ativa o deslocamento de ponto zero da pea

G70 Ciclo de acabamentoG71 Ciclo de desbaste longitudinal

G72 Ciclo de desbaste transversal

G74 Ciclo de desbaste longitudinal ou de furao axialG75 Ciclo de faceamento ou de canaisG76 Ciclo de automtico de roscamentoG77 Ciclo de desbaste longitudinal ou cnicoG78 Ciclo semi-automtico de roscamentoG80 Cancela ciclos de furaoG83 Ciclo de furao axialG84 Ciclo de roscamento com macho axialG90 Programao em coordenadas absolutasG91 Programao em coordenadas incrementaisG94 Estabelece a programao em avano por minutoG95 Estabelece a programao em avano por rotaoG96 Programao em velocidade de corte constante

G97 Programao em RPM direta

Quadro 2 Funes Preparatrias do comando fanuc 21 it

Nesta seo voc foi apresentado s diferenas entre os programas nos sistemas CN e CNC e aprendeu que todos eles so chamados de progra-mas CN. Tambm viu as formas diferentes de entrada de dados.

Na prxima seo, voc estudar o sistema de coordenadas cartesianas, sistema usado nas mquinas CNC.

SEO 4 Sistema de coordenadas

Agora que voc conhece o conceito de programa, ir estudar o sistema de coordenadas utilizado pelas mquinas CNC.

Na elaborao de um programa de usinagem para a mquina CNC, o programador utiliza o sistema de coordenadas cartesianas para o dire-cionamento dos movimentos do carro ou da mesa.


DICA Regra da Mo Direita

Para um sistema tridimensional, so utilizados trs eixos perpendi-culares (90) entre si, que podem ser designados atravs dos dedos da mo direita:

Polegar - Indica o sentido positivo do eixo X;

Indicador aponta o sentido positivo do eixo Y;

Mdio est posicionado no sentido positivo do eixo Z.

Figura 3 - Sistema de Coordenadas Cartesianas

Observe os pontos indicados na figura a seguir e identifique as coorde-nadas X e Y de cada um.

Figura 4 Sistema de Coordenadas

Os pontos indicados na figura a seguir tambm esto representados na tabela. Observe que esses pontos so mostrados em coordenadas abso-lutas, ou seja, o valor de X e Y, e de forma incremental, um ponto em

relao ao anterior. Por exemplo: a partir do ponto A (0,0) o ponto B (20,0) est localizado a 20 uni-dades no eixo X e 0 do eixo Y, j o ponto C (40,0), em relao ao B, possui 20 unidades a mais no eixo X e 20 no eixo Y. Verifique as co-ordenadas absolutas de todos os pontos e o incremento entre eles, na sequncia em que so mostra-dos na tabela.

Sistema de Coordenadas Absolu-to e Incremental


Figura 5 Sistema de Coordenadas

Tabela 01: Sistema de Coordenadas Absoluto e Incremental

PontosAbsoluto Incremental

X Y X Y

A 0 0 0 0

B 20 0 20 0C 40 20 20 20D 40 40 0 20E 20 40 -20 0F 0 20 -20 -20G 10 10 10 -10H 30 30 20 20

Nesta seo voc viu que as m-quinas CNC utilizam o sistema de coordenadas cartesianas para a entrada de dados. Voc ir uti-lizar esse sistema de coordenadas para indicar as posies das fer-ramentas durante a usinagem. O sistema incremental ser usado para informar os movimentos das ferramentas de uma posio para outra.

Numa mquina CNC, existe uma srie de pontos referenciais. Os pontos referenciais da mquina so determinados pelo fabricante quando da sua fabricao e so importantes durante sua operao e programao.

Os pontos a serem informa-dos para a usinagem devem ser incrementais em relao a algum ponto referencial.

Na prxima seo, voc conhece-r os pontos de referncia usados durante a usinagem em mquinas CNC.

SEO 5Ponto zero e ponto de referncia

Voc j sabe que sistema de coordenadas cartesiano utiliza-do para trabalhar com mquinas CNC e, tambm, que um ponto nesse sistema pode ser incremen-tal em relao a outro ponto.

Nesta seo, voc conhecer os pontos usados como referncia nas mquinas CNC.


A figura a seguir mostra os pontos referenciais.

Figura 6 Pontos Referenciais

Os pontos referenciais em uma mquina CNC so:

R Ponto de Refern-cia de Mquina

O ponto de referncia R, ou de referenciamento, uma coorde-nada definida na rea de trabalho atravs de chaves limites e cames, que servem para a aferio e con-trole do sistema de medio dos eixos de movimento da mquina. Essa coordenada determinada pelo fabricante da mquina;

M Ponto Zero da Mquina

O ponto zero da mquina M o ponto de origem para o sistema de coordenadas da mquina (X0, Z0) e tambm o ponto inicial para todos os demais sistemas de co-ordenadas e pontos de referncia existentes. Geralmente determi-nado aps o referenciamento da mquina;

W Ponto Zero Pea

O ponto zero pea W o ponto que define a origem (X0,Z0) do sistema de coordenadas da pea. Este ponto definido no progra-ma atravs de um cdigo de fun-o preparatria G e determi-nado na mquina pelo operador na preparao da mesma (Preset), levando em considerao apenas a medida de comprimento no eixo Z, em relao ao zero mquina;

N Ponto de Trajetria

O ponto de trajetria N um ponto no espao. Porm, uma vez referenciada mquina suas coordenadas de posicionamento dentro da rea de trabalho so reconhecidas pelo comando, e servir como referncia na obten-o dos balanos das ferramentas (bX, bZ), quando montadas na mquina durante a preparao da mesma.

Nesta seo voc conheceu os pontos referenciais das mquinas CNC, fundamentais para a criao de programas CN.

Na unidade 1, voc foi apresenta-do s mquinas CNC, estudou sua evoluo, caractersticas gerais, sistema de coordenadas e pontos de referncia.

Na prxima unidade, voc estu-dar as funes existentes em um programa CN.

Unidade de estudo 2

Sees de estudo

Seo 1 Tipos de funesSeo 2 Funes especiais ou auxiliaresSeo 3 Funes preparatriasSeo 4 Funes miscelneasSeo 5 Ciclos automticos


SEO 1Tipos de funes

Nesta seo voc ir conhecer os tipos de funo existentes em um programa CN.

Existem trs tipos de funes:

Funes especiais ou auxiliares Essas funes so gerais e defi-nem, por exemplo, as velocidades de avano das ferramentas;

Funes preparatrias Representam as principais fun-es principais em um programa CN, pois elas so responsveis pelos movimentos das ferramen-tas;

Funes miscelneas Funes gerais usadas para termi-nar um programa CN e para ligar ou desligar o lquido lubrificante, por exemplo.

As prximas sees iro apresen-tar as funes, agrupadas por tipo.

Funes

SEO 2Funes especiais ou auxiliares

Nesta seo, so apresentadas as funes especiais ou auxiliares, que englobam funes para iden-tificar os blocos de comandos, identificar os programas, eliminar a execuo de blocos de coman-do, determinar a velocidade de avano da ferramenta e a de rota-o do eixo rvore.

As funes especiais ou auxiliares so:

Funo N Nmero sequencial de blocos

Cada bloco identificado pela funo N, seguida de at quatro dgitos, que o comando lana au-tomaticamente no programa man-tendo um incremento de 10 em 10.

Ex.: N10;

N20;

N30;

Funo O Identifica-o de programa

Todo programa ou sub-programa identificado na memria da m-quina, atravs de um nico nme-ro O composto de at quatro dgitos e vai de 0001 at 9499.

Funo Barra (/) Eliminao da execuo de BlocosA funo (/) utilizada quando for necessrio inibir a execuo de blocos no programa, sem alterar a programao.

Funo F Definio

do avano da ferramenta de corteGeralmente nos tornos CNC utilizam-se os avanos em mm/rotao ou em mm/minu-tos. O avano de corte obti-do levando-se em considera-o o material, a ferramenta e a operao a ser executada.

Funo S Definio da rotao do eixo rvore

A rotao do eixo rvore de-finida em RPM (rotaes por minuto) e pode ser no sen-tido horrio e anti-horrio.


Figura 7 - Sentido de Giro da Placa

horrio

anti-horrio

Funo T - Definio da ferramenta

A funo T usada para selecio-nar as ferramentas, informando mquina o seu zeramento, raio do inserto, sentido de corte e cor-retores. Geralmente o cdigo T acompanhado de 4 dgitos. Os dois primeiros definem a posio da ferramenta na torre e os dois ltimos definem o nmero do corretor.

Nesta seo, voc conheceu as funes especiais ou auxiliares utilizadas nos programas CN. Es-tas funes so usadas para deter-minar valores gerais para opera-o das mquinas, como rotao e avano.

Na prxima seo, voc estudar as funes preparatrias, as prin-cipais funes nos programas CN, pois determinam as aes a serem executadas durante a usinagem.

SEO 3Funes preparatrias

Nesta seo, so mostradas as funes preparatrias. Essas fun-es so as principais em um pro-grama CN, pois so responsveis pelas aes da mquina durante a usinagem.

DICA Como os pilares da progra-mao CN, estas funes definem cada ao a ser executada pela mquina. Atravs delas o programa-dor define as operaes e seus parmetros.

As funes preparatrias podem ser:

Modais Quando elas perma-necem ativas e s so desativadas por uma funo de cancelamento ou por outra funo referente mesma ao; ou

No Modais Funes vlidas apenas para o bloco em que so programadas.

As funes especiais ou auxiliares so:

Funo G00 Interpola-o linear com avano r-pido

A funo G00 realiza movimen-tos nos eixos da mquina com a maior velocidade de avano dis-ponvel, portanto, deve ser utiliza-da somente para posicionamentos sem nenhum tipo de usinagem.

Na figura a seguir, voc pode ob-servar, no bloco N105, a funo G00. Nesse exemplo, a funo in-dica que a ferramenta deve avan-ar rapidamente para uma posi-o X=25 e Z=5 em relao ao referencial (nesta caso W ponto zero pea).

Figura 8 Funo G00

Funo G01 Interpo-lao linear

A funo G01 realiza movimentos retilneos com qualquer ngulo, calculado atravs das coordena-das de posicionamento descritas, utilizando-se de uma velocidade de avano (F) pr-determinada pelo programador.

Na figura a seguir, voc pode ob-servar, no bloco N110, a funo G01. Nesse exemplo, a funo in-dica que a ferramenta deve se des-locar para uma posio Z=-30 em relao posio anterior, com velocidade 2 (pr-determinada).


Figura 9 Funo G01

Funo G02 e G03 In-terpolao circular

As funes G02 e G03 executam operaes de arcos pr-determi-nados.

Na programao deve-se consi-derar:

O ponto de partida do arco a posio de incio da ferramenta;

Os valores de I e K so do centro do arco em relao a po-sio inicial da ferramenta(incio do arco), dando o sinal corres-pondente ao movimento;

Programa-se G02 para o sentido horrio e G03 para o sentido anti-horrio; Juntamente com o sentido do

arco programa-se as funes I e K ou ento R(valor do raio).

Os parmetros usados nessa fun-o so:

X (U) = posio final do arco Z (W) = posio final do arco I = coordenada do centro do

arco(X) sempre paralelo a X

K = coordenada do centro do arco(Z) sempre paralelo a Z

R = valor do raio sempre com o sinal positivo interpolao at 180 graus

F = valor do avano

Figura 10 G02


Figura 11 G03

Funo G04 Tempo de permanncia

A funo G04 a funo que de-termina um tempo de permann-cia da ferramenta parada.

Com esta funo entre um deslo-camento e outro da ferramenta, pode-se programar um determi-nado tempo para que a mesma permanea sem movimento. A funo G04 executa essa perma-nncia parada, cuja durao de-finida por um valor P, U ou X associado, que define o tem-po em segundos.

Exemplo: Tempo de 5 segundos

G04 X5 (Segundos) G04 U5 (Segundos) G04 P5000 (Milsimos de

segundos)

Funes R e C Funes especiais de chanfro e arredondamento de cantos

Um chanfro ou um canto arredondado podem ser inseridos automatica-mente entre dois movimentos lineares que formem ngulos retos (90) atravs das funes C (chanfro) ou R (raio). Para isso deve-se programar a dimenso de chanfro ou raio desejado no bloco que gera o primeiro segmento.

Observe, nas figuras a seguir, exemplos de arredondamento (funo R) e de chanfro (funo C).

Figura 12 Funes de Chanfro e Arredondamento


Figura 13 Chanfro R

Figura 14 Chanfro G01

Funo G41/ G42 Funes de compensao

As funes de compensao G41 e G42, tm como base a regra da mo direita . Elas selecionam o valor do raio da ponta da ferramenta, estando ela esquerda ou direita da pea a ser usinada, vista em relao ao sen-tido do avano de corte da ferramenta, para os devidos clculos de com-pensao, devendo aps sua utilizao ser canceladas pela funo G40.

Figura 15 Compensao de raio

Durante a compensao de raio, os deslocamentos pro-gramados devem ser sempre maior que o valor do raio do inserto.

A ferramenta no deve estar em contato com o material a ser usinado, quando as fun-es de compensao forem ativadas no programa.

G54 a G59 - Desloca-mento de Ponto Zero (DPZ)

As funes G54, G55, G56, G57, G58 e G59 definem a origem Zero Pea. Na preparao da m-quina, elas representam uma dis-tncia pr-definida entre o ponto zero mquina M e o ponto zero pea W.

Os valores das funes G54 a G59

referem-se somente ao eixo Z.

A funo G53 cancela os valores determinados pelas funes G54 a G59, retornando-os ao ponto zero da mquina M.

Na figura a seguir, so mostra-das esquematicamente as funes G54 a G59 e a funo G53.


Figura 16 Funo G54

O ponto zero pea W como origem do sistema de coordenadas da pea (X0, Z0), pode ser definido na face de encosto da castanha ou na face da prpria pea, como mostrado nas 2 figuras a seguir, respectiva-mente. Este ponto chamado no programa atravs das funes G54 a G59, definidas pelo programador, e determinado na mquina pelo ope-rador na preparao da mesma.

Figura 17 Referencia Mquina

Figura 18 Referncia pea

Funo G90 Sistemas de coordenadas ModalEstabelece sistemas de coordena-das absolutas

Funo G91 Sistemas de coordenadas Modal

Estabelece sistemas de coordena-das incrementais.

Funo G92 Limite de rotao / Nova origem Modal

Ao se trabalhar com a funo G92 junto funo S4 (quatro dgitos), a rotao do eixo rvore estar limitada.

Exemplos:

G92 S2500 M4 - Limite de RPM

G92 U0 W-50 - Nova ori-gem

Funo G94 Avano - Modal

Processa todos os avanos em pol/min ou mm/min.

Funo G95 Avano

Processa todos os avanos em pol/rot ou mm/rot.

Funo G96 Veloci-dade de corte constante - Modal

Estabelece uma velocidade de corte constante, onde o clculo da RPM programado pela funo S.

Exemplos:

G96 S200 G92 S3500 M3


Funo G97 Progra-mao RPM Modal

Define a RPM diretamente pela funo S.

G97 S3000 M3

Nesta seo, voc estudou as principais funes em um progra-ma CN, as funes preparatrias. Elas definem todas as aes du-rante a usinagem, como interpo-lao linear e circular, chanfro e arredondamento, por exemplo.

Na prxima seo, voc estudar as funes miscelneas. Elas so gerais e determinam, entre ou-tras coisas, aes nos programas como fim ou parada obrigatria.

SEO 4Funes miscelneas.

Esta seo lista as funes do tipo miscelnea, funes com objeti-vos gerais, diferentes das funes preparatrias que acionam as fer-ramentas. As funes miscelneas indicam paradas nos programas, fim de execuo e parada no fuso, entre outros.

As funes miscelneas so:

M00 Parada obriga-tria do programa

Este cdigo causa parada imedia-ta do programa, refrigerante de corte e do eixo rvore.

M04 Rotao do eixo rvore no sentido horrio

Aplicao: sentido horrio de ro-tao do eixo rvore.

Esta funo gira o eixo rvore no sentido horrio. Olhando a placa frontalmente. A funo M04 cancelada por: M01; M02; M03 ,M05 ,M30 e M00.

M05 Parada do fuso

M08 liga o refrigeran-te de corte

Este cdigo aciona o motor da refrigerao de corte cancela-se por: M09; M00; M01; M02 e M30.

M09 desliga o refri-gerante de corte

M26 Avana o man-gote do contra-ponto

M27 Recua o mango-te do contra-ponto

M30 Fim de progra-ma

M98 Chamada de subprograma

DICA A funo M00 programa-da, geralmente para que o operador possa virar a pea na placa.

M01 Parada opcional do programa

Esta funo causa a interrupo na leitura do programa. Ela s executada se a tecla localizada no painel do comando OPTlONAL STOP estiver ativa.Neste caso, a funo M01 toma-se igual funo M00.

Aps a parada, pressiona-se o bo-to CYCLE START, para reini-ciar a leitura do programa.

M02 Fim de progra-ma

Esta funo indica o fim do pro-grama existente na memria do comando.

Esta funo no retorna no incio do programa.

M03 Rotao do eixo rvore no sentido anti-ho-rrio

Esta funo gira o eixo rvore no sentido anti-horrio olhando se a placa frontalmente. A funo M03 cancelada por: M01; M02; M04; M05; M30 e M00.


M99 Fim de subpro-grama

Nesta seo, voc conheceu as funes miscelneas, funes fun-damentais para os programas CN, que indicam aes como incio e fim de operao, alm de o acio-namento do sistema refrigerante ou o recuo do mangote.

Na prxima seo, voc estudar os ciclos automticos existentes nos programas CN.

SEO 5Ciclos automticos

Nesta seo, voc ir estudar os ciclos automticos de usinagem existentes nos programas CN.

Os ciclos automticos so de:

1. desbaste;

2. acabamento;

3. canal;

4. rosca;

5. furao.

DICA Ao longo dessa seo so mostrados exemplos de programao de cada um desses ciclos em coman-dos MACH, FANUC e SIE-MENS.

1. Ciclo de Desbaste

Figura 19: Ciclo de desbaste

Exemplo de Programao com o Comando MACH

G66 X Z I K W P F U

Onde:

X Dimetro de referncia para incio de torneamento Externo = maior Dimetro + 4mm (subprograma)Interno = menor Dimetro - 4mm (subprograma)

Z Comprimento de re-ferencia para incio de torneamento primeiro posicionamento em Z + 2 (subprograma)

I Sobremetal para acaba-mento em X (em dimetro)

K Sobremetal para acaba-mento em Z

W Incremento por passa-da (em Dimetro)

P Subprograma com di-menses de acabamento

F Avano U1 Pr-acabamento para-

lelo ao perfil final

Numero do Programa#

N110 G00 X65. Z2. M08; Apro-ximao Opcional#

N120 G66 X64. Z3. I1. K.1 W5. P2 F.25 U1; Aplicao de Desbas-te#

N130 G0 X12. Z2,; Aproximao do incio conhecido#

N140 G42; Ativa CRC#

N150 P03; Chamada do Subpro-grama#

N160 G40; Desativa do CRC#

N170 G00 X65. Z2. MO9; Afas-tamento Opcional#

N180 M30; Final do Programa#

Subprograma numero 03

003

; Subprograma P03

N10 G01 X16. Z1. F.5#

N20 G01 X20. Z-2. F.15#

N30 G01 Z-13.#

N40 G02 X24. Z-15. R2.#

N50 G01 X26. F.15#

N60 G01 X30. Z-17.#

N70 G01 Z-26.#

N80 G01 X34. Z-28.#

N90 G01 X36.#

N11 0G03 X40. Z-30. R2.#


Exemplo de Programao com o Comando FANUC

G71 U ROnde:

U Profundidade de corte R Retorno da ferramenta

G71 P Q U W F

Onde:

P Nmero do bloco que define o incio do perfil Q Nmero do bloco que define o final do perfil U Sobremetal para acabamento no eixo X

U + para acamento externo U - para acabamento interno

W Sobremetal para acabamento W + Sobremetal direita W - Sobremetal esquerda

F Avano

N050 GOO X40 Z2 M08

N060 G71 U2.5 R2

N070 G71 P80 Q170 U1 W0.1 F.25

N080 G01 X16. Z1. F.5#

N090 G01 X20. Z-2. F.15#

N100 G01 Z-13.#

N110 G02 X24. Z-15. R2.#

N120 G01 X26. F.15#

N130 G01 X30. Z-17.#

N140 G01 Z-26.#

N150 G01 X34. Z-28.#

N160 G01 X36.#

N170 G03 X40. Z-30. R2.#

Exemplo de Programao com o Comando SIEMENS

N50 G00 X60. Z2. M08;

N60 UPNAME = EXTERNO

N70 CICLE 95 (UPNAME, 3. , .2 , .5 , .2 , .1 , 0, 1)

N80 G00 X40. Z5. M09;

Subprograma:

X16. Z1. F.5#

X20. Z-2. F.15#

Z-13.#

G02 X24. Z-15. R2.#

X26. F.15#

X30. Z-17.#

Z-26.#

X34. Z-28.#

X36.#

G03 X40. Z-30. R2.#

X41.

M17 ; Final de Subprograma


2. Ciclo de acabamento

Figura 20: Ciclo de Acabamento


Na programao CNC com o co-mando MACH no necessrio ciclo, basta usar o subprograma do Ciclo de Desbaste.

Numero do Programa#

N140 G00 X65. Z2. M08; Apro-ximao Opcional#

N150 G42;

N160 P03; Chamada do Subpro-grama#

N180 M30; Final do Programa#

Subprograma nmero 03

003

; Subprograma P03

N10 G01 X16. Z1. F.5#

N20 G01 X20. Z-2. F.15#

N30 G01 Z-13.#

N40 G02 X24. Z-15. R2.#

N50 G01 X26. F.15#

N60 G01 X30. Z-17.#

N70 G01 Z-26.#

N80 G01 X34. Z-28.#

N90 G01 X36.#

N11 0G03 X40. Z-30. R2.#


N170 G03 X40. Z-30. R2.#

N180 G42

N190 G70 P80 Q170 ;

N200 G40;

N210 G00 X45 Z5 M09;


Na programao CNC com o comando SIEMENS no necessrio ciclo, basta usar o subprograma do Ciclo de Desbaste.

Subprograma:

X16. Z1. F.5#

X20. Z-2. F.15#

Z-13.#

G02 X24. Z-15. R2.#

X26. F.15#

X30. Z-17.#

Z-26.#

X34. Z-28.#

X36.#

G03 X40. Z-30. R2.#

X41.


3. Ciclo de Canal

Figura 21 Ciclo de Canal


N010 G00 X40 Z-13 M08

N020 G75 R2 retorno para que-bra de cavaco

G75 X25 Z-46 P1040 K11000 F.1 Aplicao do ciclo

Ao concluir o ciclo a ferramenta retornar a posio X40. e Z-46.

Exemplo de Programao com o Comando SIEMENS:

N050 G00 G53 X150 Z150 D0 Ponto de Troca da Ferramenta

N060 TRANS Z3000

N070 T3 D3 M4 G95 S1500 Cha-mada da Ferramenta

N080 G00 X40 Z-2 M08 Posicio-namento inicial (Z=13-11 = 2)

N090 L103 P5 Chamada do sub-programa e numero de repeties

N100 G00 X45 Z100 M09 sada s no eixo z

N120 G53 X200 Z150 D0

N130 M30

Subprograma

N010 G91 Z-11; Movimento em modo incremental, distncia entre os canaisN020 G90 G01 X25 F.1; Movi-mento em modo absoluto, fundo do canal

N030 G04 S2; Tempo de espera em segundos

N040 M17; Final do subprograma

N010 G00 X40. Z-13. M08 Aproximao com coordenadas do primeiro Canal #

N020 G75 X25. Z-46. K11. F.1 Aplicao do ciclo para os quatro canais #

Ao concluir o ciclo a ferramenta retornar a posio X40. e Z-46.


G75 RG75 X Z P Q F

Onde:

R Retorno incremental para quebra de cavaco (raio) X Dimetro final do canal Z Coordenada final (ultimo canal) P Incremento de corte total de corte (raio/milsimo de milmetro) Q Distncia entre os canais (incremental/ milsimo de milimetro) F Avano

G75 X Z (W) K (D) F Onde:

X Dimetro Final Z Coordenada Final (ltimo

canal)

W Incremento por penetra-o (quebra cavaco)

K Distncia entre os Canais D Tempo de Permanncia

em segundos

F Avano


Ciclo de rosca

Figura 22 - Ciclo de rosca


G37 X Z K E D U L

Onde:

X Dimetro final da rosca e modo absoluto

Z Posicionamento K Passo da rosca D Profundidade para a

primeira passada, as outras passadas sero calculadas pelo comando

U Profundidade da ltima passada (acabamento)

L Nmero de repeties da ltima passada (acabamento)

E Dimetro posicionado

N050 T0101 Chamada de Ferra-mentaN060 M06 Liberar a troca de fer-ramentaN070 M12 Selecionar faixa alta de rotaoN080 G97 funo de rotao fixa

N090 S1000 M03 sentido de Giro da placa

G00 X25. Z6. M08 Aproximao

G37 X17.55 Z-27.5 K2. E5. D0.77 U0.3 L2 Aplicao do ciclo automtico

G00 X50. Z10. M09 Afastamento de segurana

H= 1.22687 x P

Dimetro final da rosca = Dime-tro inicial - H

D - H nde passadas


G76 P Q R

Onde:

P Parmetro para introduo de dados (m nmero de repe-tio do ltimo passe, s sada angular, a ngulo do perfil da rosca)

Q Mnima profundidade de corte (em raio / milsimo de milmetro)

R Profundidade do ltimo passe (em raio / milsimo de milmetro)

G76 X Z R P Q F

Onde:

X Dimetro final do roscamento (absoluto)

Z Posicionamento final do roscamento

R Conicidade incremental no eixo X

R Positivo / rosca interna R negativo / rosca externa

P Altura do filete da rosca (em raio / milsimo de milmetro)

Q Valor do primeiro passe (em raio / milsimo de milmetro)

F Passo da rosca

N060 T1212

N070 M6

N080 G97 S1500 M03

N090 G00 X25 Z6

N100 G76 P010060 Q100 R50

N110 G76 X17.54 Z-27.5 P1300 Q411 F2

NG00 X30 Z10 M09



CILCLE 97(PIT, MPIT, SPL, FPL, DM1, DM2, APP, ROP, TDEP, FAL, IANG, NSP, NRC, NID,VARI, MUMTH)

Onde:

PIT Valor do passo da rosca MPIT Valor do passo da rosca (em Dimetro) SPL Coordenada inicial da rosca no eixo longitudinal FPL Coordenada final da rosca no eixo longitudinal DM1 Dimetro inicial da rosca DM2 Dimetro final da rosca APP Distancia de aproximao ROP Distancia da sada TDEP Profundidade da rosca FAL Sobremetal para acabamento IANG ngulo de penetrao NSP Ponto de incio radial da rosca NRC Numero de passadas de desbaste NID Numero de passadas no vazio VARI Tipo de usinagem da rosca (faixa de valores de 1 a 4) NUMTH Nmeros de entradas

Valor Externa ou InternaProfundidade constante ou rea de corte constante

1 Externa Profundidade constante2 Externa Profundidade constante3 Interna rea de corte constante4 Interna rea de corte constante

N050 T12 D12 G95 S1500 M03

N060 G00 X25. Z6 M08

CICLE 97 (2, , 0, -27.5, 20, 17.54, 6, 5, 1.3, 02, 0, 0, 10, 2, 3, 1)

G00 X100 Z100 M09


Ciclo de Furao

Figura 23 Ciclo de Furao


G83 Z I J KU W R D P1 F

Onde:

Z Coordenada do comprimento do furo I Valor do primeiro incremento de profundidade, com retorno J Coordenada para calculo de segunda e terceira penetrao

(menor que I)

K Valor mnimo do incremento para penetrao U Coordenada mxima de profundidade, Z inicial mais profun-

da do furo

W Determina incremento de retrao que ocorrer em cada penetrao

R Determina plano de referencia para incio de usinagem D Tempo de permanncia aps cada penetrao P1 Retrao da ferramenta ao posicionamento inicial ao termi-

no do ciclo

F Avano

N040 T0404;

N050 M6;

N060 M12;

N070 G97 S700 M03;

N080 G00 X0. Z10. M08;

N090 G83 Z-100. I10. J5. K10. U105. W2. R5. P1 F.1;

N100 G00 Z10. M09;

N110 G80; Cancela ciclo fixo.



G83 Z Q P R F;G80 (Cancelar)

Onde:

Z Coordenada final do furo em absoluto Q Incremento por penetrao (milsimo de milmetro) P Tempo de permanncia em milsimos de segundo (opcional) F Avano R Plano de referencia para inicio de furao

N080 G00 X5 M08;

N090 G83 Z-100. Q10000. P1000 R-2. F.1;

N1000 G80; Cancela o ciclo.

N110 G00 Z10 M09;


CICLE 83(RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB, DTS, FRF, VARI)

Onde:

RTP Plano de retrao de ferramenta em modo absoluto (recuo) RFP Plano de referencia em modo absoluto SDIS Distancia de segurana DP Profundidade final do furo DPR Profundidade final do furo em relao ao plano de referncia FDEP Primeira profundidade do furo (absoluto) FDPR Primeira profundidade do furo em relao ao plano de referncia DAM Incremento de penetrao DTB Tempo de permanncia para remoo de profundidade final do

furo

DTS Tempo de permanncia para remoo de cavaco durante a usinagem

FRF Avano da primeira profundidade do furo (de0.001 a 1) VARI Tipo de usinagem com parmetro 0 e 1 onde: 0 = quebra de cavaco 1 = remoo de cavaco

N010 G00 G53 X150 Z 150 D0;

N020 TRANS Z250;

N030 T2 D2 M4 G95 S800;

N040 G00 X0 Z5 M08;


N050 CILCE 83 (5,0, 2, -100, , -10, , 10 , 1, 0, 1,1);

N060 G00 Z10 M09;

N070 G53 X150 Z100;

N080 M30;

Acompanhe, a seguir, um exem-plo de programao bsica.

Exemplo de Programao bsica

Um programa CN dever ser es-truturado basicamente pelos se-guintes elementos:

Cabealho

Cabealho sempre antecede uma sequncia de movimentao e pode ser de incio de programa e para cada ferramenta.

O0001

Define o nmero do programa.

O comentrio do programa deve estar entre parnteses.

Ex.: O0001 (Pea cdigo: 123.456.789)

N10 G21 G40 G90 G95 (Bloco de segurana somente no incio do programa)

Chamada de ferramenta

N20 G00 X300. Z250. T00 (Po-sicionamento do Ponto de troca)

N30 T0101 (DESBASTE) (Cha-mada de ferramenta e corretores)

N40 G54 (Origem Zero Pea).

N50 G96 S280 (Programao em Vc / Valor de Vc)

N60 G92 S1500 M03 (Limite m-ximo de rpm e sentido de giro)

Blocos de usinagem

N70 G00 X50. Z45. M08 (Posi-cionamento rpido e liga refrige-rante)

N80 G01 X80. Z60 F.25 (Inter-polao linear com avano pro-gramado)

Trocas de ferramentas


N100 M00 # (Parada no progra-ma em caso de troca manual)

N110 T0202; ACABAMENTO (Chamada de ferramenta e corre-tores)

N120 G54 # (Origem Zero Pea).


N140 M30; (Final de programa)

Na figura a seguir, voc poder re-lembrar as ferramentas utilizadas em um torno.

Figura 24 Ferramenta utilizada em

torno


Figura 25 - Ferramentas utilizadas em torno

Nesta seo voc estudou alguns exemplos de programao de ciclos automticos em mquinas CNC.

Na unidade 2, voc conheceu as funes usadas para programar as m-quinas CNC e acompanhou exemplos de programao onde essas fun-es foram aplicadas em sequncia.

Na prxima unidade, voc estudar as funes de um centro de usina-gem MACH9.

Unidade de estudo 3

Sees de estudo

Seo 1 Evoluo do Comando Numrico Seo 2 Funes do comando MACH 9Seo 3 Sistema de CoordenadasSeo 4 Funes Preparatrias "G" Seo 5 Ciclos Automticos de Usinagem


SEO 1Evoluo do Comando Numrico

Nesta seo voc acompanhar o desenvolvimento histrico das mquinas ferramentas de usina-gem, na busca de solues que aumentassem a produtividade com qualidade e menos desgastes, at o comando numrico, preen-chendo assim lacunas existentes nos sistemas de trabalho.

No desenvolvimento histrico das Mquinas Ferramentas de usi-nagem, sempre procurou-se solu-es que permitissem aumentar a produtividade com qualidade superior e a minimizao dos des-gastes fsicos na operao das m-quinas. Muitas solues surgiram, mas at recentemente nenhuma oferecia a flexibilidade necessria para o uso de uma mesma mqui-na nas usinagens de peas com di-ferentes configuraes e em lotes reduzidos.

Programao de um Centro de Usinagem de Comando MACH 3

Em paralelo ao desenvolvimento da mquina, visando o aumento dos recursos produtivos, outros fatores colaboraram com sua evo-luo, que foi o desenvolvimento das ferramentas, desde as de ao rpido, metais duros s moder-nas ferramentas com insertos de cermica. As condies de corte impostas pelas novas ferramen-tas exigiram das mquinas novos conceitos de projetos que permi-tissem a usinagem com rigidez e dentro destes, novos parmetros.

Com a descoberta e, conse-quente aplicao do Coman-do Numrico Mquina Fer-ramenta de Usinagem esta preencheu as lacunas exis-tentes nos sistemas de tra-balho com peas complexas, reunindo as caractersticas de vrias destas mquinas.

Nesta seo voc viu a evoluo das mquinas ferramentas de usi-nagem at o surgimento do co-mando numrico. Agora que voc j aprendeu sobre a histria da mquina voc est apto a conhe-cer as funes do comando, que o tema da prxima seo.

SEO 2 Funes do Comando MACH 9

Nesta seo voc ver as funes do Comando MACH 9, que esto divididas em funes miscelne-as e funes preparatrias, como voc j viu na unidade 2.

As funes miscelneas do Co-mando MACH 9, mostradas no quadro a seguir, so usadas reali-zar atividades gerais, como infor-mar o fim do programa ou a troca de ferramentas.


Funes MiscelneasM00 Parada programadaM01 Parada programada opcionalM02 Fim de programaM03 Sentido horrio de rotao do eixo-rvoreM04 Sentido anti-horrio de rotao do eixo-rvore

M05 Desliga o eixo-rvore sem orientao (fuso para em qualquer posio)

M06 Troca de ferramentaM08 Liga refrigerante de corteM09 Desliga refrigerante de corteM30 Fim de programa

As funes preparatrias do Comando MACH 9 so responsveis pelas tarefas de usinagem, elas informam o que a ferramenta deve fazer, como se deslocar at determinado ponto em linha reta ou de forma circular, por exemplo.

No quadro a seguir so mostradas as funes preparatrias do Coman-do MACH 9:

Funes PreparatriasG00 Interpolao linear rpidaG01 Interpolao linear com avano programadoG02 Interpolao circular no sentido horrioG03 Interpolao circular no sentido anti-horrioG04 Tempo de permannciaG05 Arco TangenteG17 Seleo de plano X-YG18 Seleo de plano X-ZG19 Seleo de plano Y-ZG24 Auto rotina de Crculo de FurosG25 Auto rotina de Retngulo de FurosG26 Auto rotina para alojamento Interno(Cavidade)G27 Auto rotina para alojamento externo (Ilha)G31 Imagem de EspelhoG40 Cancela compensao do raio da ponta da ferramentaG41 Compensao do raio da ferramenta (esquerda)G42 Compensao do raio da ferramenta (direita) G70 Admite programao em polegadaG71 Admite programao em milmetroG72 Fator de EscalaG73 Interpolao Linear Ponto a pontoG74 Rotao do sistema de coordenadasG81 Ciclo de furao simplesG82 Ciclo de rebaixarG83 Ciclo de furao com descarga de cavacosG84 Ciclo de roscamentoG85 Ciclo de mandrilamentoG86 Ciclo de mandrilamento com parada do eixoG90 Programao em coordenadas absolutasG91 Programao em coordenadas incrementaisG92 Definio de origem temporriaG94 Programao do avano por minutoG95 Programao do avano por rotaoG99 Cancela definio de origem temporria

Nesta seo voc viu as funes do comando MACH 9, divididas em funes miscelneas e funes preparatrias. Aproveite e faa uma reviso completa do assunto, estudando a seo 1 da unidade 2.

Antes de estudar cada funo do comando MACH 9, na prxima seo voc ir rever o sistema de coordenadas utilizado em sua operao.


Nesta seo, voc ir rever o sis-tema de coordenadas utilizado ao trabalhar com as mquinas de comando numrico: o sistema de coordenadas cartesianas.

Todas as mquinas-ferramen-ta CNC so comandadas por um sistema de coordenadas cartesianas na elaborao de qualquer perfil geomtrico.

Para que a mquina possa trabalhar com as posies es-pecificadas, estas tm que ser declaradas em um sistema de referncia, que corresponde aos sentidos dos movimentos dos eixos (X, Y, Z).


Voc j conhece os eixos cartesianos, como eles aparecem a figura a seguir.

Figura 26 Plano X,Y,Z

Voc se lembra da regra da mo direita?

Regra da Mo Direita

Para um sistema tridimensional, so utilizados trs eixos perpendicu-lares (90) entre si, que podem ser designados atravs dos dedos da mo direita, conforme voc pode ver nas figuras abaixo.

Polegar: indica o sentido positivo do eixo imaginrio, repre-sentado pela letra "X".

Indicador: aponta o sentido positivo do eixo "Y". Mdio: se posiciona no sentido positivo do eixo "Z".

Veja a figura a seguir e posicione os dedos da mo direita, de acordo com a regra, para encontrar a posio dos 3 eixos cartesianos.

Figura 27 Regra da Mo Direita

Como voc tambm j estudou na unidade 1, as coordenadas po-dem ser absolutas ou incremen-tais. Veja, na figura e no quadro a seguir, um exemplo de como re-presentar pontos em coordenadas cartesianas. Observe que as coor-denadas incrementais so obtidas pela diferena entre as coordena-das de cada ponto, seguindo a se-quncia P1, P2, P3, P4 e P1.

Sistema de Coordenadas Incre-mental e Absoluto.

Nesta seo voc viu as funes do comando MACH 9, divididas em funes miscelneas e funes preparatrias. Aproveite e faa uma reviso completa do assunto, estudando a seo 1 da unidade 2.

Antes de estudar cada funo do comando MACH 9, na prxima seo voc ir rever o sistema de coordenadas utilizado em sua operao.


Nesta seo, voc ir rever o sis-tema de coordenadas utilizado ao trabalhar com as mquinas de comando numrico: o sistema de coordenadas cartesianas.


Figura 28 G03

PontosCoordenadas Absolutas Coordenadas Incrementais

X Y X YP 0 0 0 0

P1 30 20 30 20P2 70 20 40 0P3 70 45 0 25P4 30 45 -40 0P1 30 20 0 -25

Ao trabalhar com mquinas de comando numrico, voc ir usar as coordenadas cartesianas a todo momento. Veja na figura a seguir os pontos M e W de referncia, pontos usados nas funes de um programa CN.

Figura 29 Localizao dos Pontos de Referncia da Mquina

Onde:M - Ponto Zero Mquina W - Ponto Zero PeaLS - Limite de SoftwareP - Ponto comandadoObs: Nas fresadoras a Posio do Ponto Zero Mquina M pode variar de acordo com o fabricante da mesma.

Nesta seo, voc pde revisar o sistema de coordenadas cartesia-nas, que usado nos programas CN para indicar os movimentos das ferramentas

Na prxima seo, voc estudar as principais funes do Coman-do MACH9, as funes prepara-trias "G".

SEO 4Funes Preparatrias "G"

Nesta seo, voc ir estudar as funes preparatrias, aquelas que definem o que as ferramentas de-vem fazer.

As funes Preparatrias, tambm conhecidas por funes G, for-mam um grupo de funes que definem mquina o que fazer, preparando-a para executar um tipo de operao, ou para receber uma determinada informao. O formato da funo (dois dgi-tos) e vai de G00 a G99.


Nos exemplos a seguir, so mos-tradas duas condies diferentes de digitao, que descrevem o mesmo trecho de um programa, onde a diferena est na utilizao da condio Modal, que permite uma programao mais enxuta.

As funes preparatrias bsicas so:

Funo G00

Realiza movimentos retilneos nos eixos, com a maior velocida-de de avano disponvel para cada modelo de mquina, devendo ser utilizada somente para posiciona-mentos sem nenhum tipo de usi-nagem.

As funes Preparatrias "G", podem ser MODAIS ou NO MODAIS:

MODAIS: So as funes que uma vez programadas perma-necem na memria do coman-do, valendo para todos os blo-cos posteriores, a menos que modificadas por outra funo ou a mesma, com parmetros diferentes. Dentre as vrias instrues podemos citar as funes G00 (avano rpido), G01 (interpolao linear com avano programado) e F (valor de avano de corte).

NO MODAIS: So as funes que todas as vezes que reque-ridas, devem ser programadas, ou seja, so vlidas somente no bloco que as contm. Den-tre as vrias instrues pode-mos citar as funes G02 (in-terpolao circular horria) e G03 (interpolao circular anti-horria).

Figura 30 Deslocamento Rpido

Funo G01

Realiza movimentos retilneos com qualquer ngulo, executado atravs das coordenadas descritas, utilizando-se de uma velocidade de avano (F) pr-determinada pelo programador.

Figura 31 G03


As funes G02 e G03

Definem interpolaes circulares onde a ferramenta deve se deslocar entre dois pontos (P1, P2) descrevendo uma circunferncia, atravs de movimentao apropriada e simultnea dos eixos, dentro da etapa de usinagem.

Onde:

X - Ponto final no eixo X (absoluto). Y - Ponto final no eixo Y (absoluto). I - Centro do arco em relao ao eixo X. J - Centro do arco em relao ao eixo Y.

Figura 32 G03

Funo G04

Com a funo G04 entre um deslocamento e outro da ferramenta, po-de-se programar um determinado tempo para que a mesma permanea parada. A funo G04 executa essa permanncia cuja durao definida por um valor associado "F" (formato F3.2), que define o tempo em se-gundos (000,01 a 999,99 segundos).


Exemplo:

G04 F10 (permanncia de 10 Seg.)

Figura 33 G04

Funo G17

A funo G17 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixos X e Y, obedecendo a regra da mo direita, no qual se pretende executar inter-polaes circulares e/ou se fazer compensaes do raio da ferramenta.

Funo G18

A funo G18 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixo X e Z, obedecendo a regra da mo direita, no qual se pretende executar inter-polaes circulares e/ou se fazer compensaes do raio da ferramenta.

Funo G19

A funo G19 seleciona o plano de trabalho que envolve os eixos Y e Z, obedecendo a regra da mo direita, no qual se pretende executar inter-polaes circulares e/ou se fazer compensaes do raio da ferramenta.

As funes G40, G41 e G42

Atuam na compensao do dimetro da ferramenta.

A ativao/desativao destas compensaes poder ocorrer durante a vigncia de G01, G02, G03 e G73.

As funes G40, G41 ou G42 devem ser programadas em um bloco sem deslocamento de eixos, no entanto, a correo apenas ter efeito, quando pelo menos um dos eixos pertencentes ao plano de correo for movimentado. No movimento realizado dentro do bloco de aproxima-o, que a compensao do raio da ferramenta efetuada, portanto, recomenda-se que o movimento seja feito sem o corte de material.

A utilizao de G41 ou G42 depende basicamente do posi-cionamento da ferramenta em relao pea e do sentido de deslocamento da mesma:

G41 ferramenta es-querda da pea em funo do sentido de usinagem;

G42 ferramenta direita da pea em funo do sen-tido de usinagem.

Figura 34 G41

Figura 35 G42

Atravs da funo G40 ser desativada a compensao do raio da fresa.

Observao:Dentro da compensao o comando aceita a funo G00, porm no efetua sua compensao.


Funo G66

A funo apaga grficos.

Funo G70

A funo G70 Modal e prepara o comando para computar todas as entradas de dados em polegada.

Funo G71

A funo G71 Modal e esta funo prepara o comando para computar todas as entradas de da-dos em milmetros.

Funo G90

A funo G90 Modal e prepara a mquina para executar opera-es em coordenadas absolutas, que usam como referncia uma origem ( Zero Pea ), pr-fixada para programao.

Funo G91

A funo G91 Modal e prepara a mquina para executar todas as operaes em coordenadas incre-mentais. Assim todas as medidas so feitas atravs da distncia a se deslocar.

Funo G92

A funo G92 permite definir (ou redefinir) no meio do pro-grama a posio da origem das coordenadas absolutas Zero Pea (Zero Programa). Pode-se atravs dela, estabelecer o zero programa numa posio diferente do zero programa previamente referen-ciado pelo operador.

G26 Auto rotina para aloja-mento Interno (Cavidade);

G81 Ciclo de furao simples; G82 Ciclo de rebaixar; G83 Ciclo de furao com

descarga de cavacos;

G84 Ciclo de roscamento; G85 Ciclo de mandrilamento; G86 Ciclo de mandrilamento

com parada do eixo; e

G24 Auto-Rotina de Crculo de Furos.

A partir de agora, voc ir estudar cada um desses ciclos e ir acom-panhar exemplos de utilizao de cada funo responsvel por eles.

Funo G24

A funo G24, executa automa-ticamente um auto ciclo (G81/G86), sub-programa ou sub-ro-tina , em um padro circular de pontos (furos) igualmente espaa-dos, com no mximo 128 vezes.

O comando executa o auto ciclo (G81/G86) no primeiro ponto (furo) do padro circular (Pi), e a funo G24 se encarrega de efe-tuar a movimentao em rpido entre os outros pontos (furos) para a continuao do auto ciclo at o seu trmino.

DICA G00 Z... # (Posicionamento Z inicial)

G81/G86... # (Auto-Ciclo)

G24 I... J... L... W... (X... Y...) (R... C...) # (Auto-Rotina)

G80 # (Cancelamento)

Funo G94

A funo G94 permite que se definam avanos em unidades de deslocamento por unidade de tempo para movimentos rotacio-nais.

Funo G99

A funo G99 remove o efeito de todos os G92 anteriores. G99 define a origem do sistema de co-ordenadas absolutas na posio Zero do Programa referenciada pelo operador antes do incio da execuo do programa.

Voc estudou, nesta seo, as funes responsveis pelos mo-vimentos das ferramentas, as fun-es preparatrias G.

Na prxima seo, voc ir estu-dar os ciclos automticos de usi-nagem, usados para fazer furos e roscas, por exemplo.

SEO 5 Ciclos Automticos de Usinagem

Como ltima parte de seu estu-do sobre mquinas de comando numrico, nesta seo voc ser apresentado aos ciclos automti-cos de usinagem.

Os ciclos automticos de usina-gem e as funes corresponden-tes so:

G24 Auto rotina de Crculo de Furos;

G25 Auto rotina de Retngulo de Furos;


Onde:

I Coordenada do centro do crculo de furos no eixo X, em absoluto ou incremental. Se no programado a posio atual em X assumida como sendo a coordenada do centro do crculo de furos.

J Coordenada do centro do crculo no eixo Y em absoluto ou incremental. Se no programado, a posio atual em Y assumida como sendo a coordenada do centro do crculo.

L Especifica o nmero total de pontos (furos) em que o auto-ciclo, sub-rotina ou sub-programa ir executar.

W Especifica o nmero total de pontos (furos) em um crculo completo. A direo dos pontos (furos) pode ser no sen-tido horrio (W-), ou no sentido anti-horrio (W). O nmero mximo de pontos : Sentido horrio 128 Sentido anti-horrio 127.

X Coordenada do ponto inicial (Pi) do crculo de furos no eixo X, em absoluto ou incre-mental. Se no programada a posio atual em X assumida como sendo a coordenada do ponto inicial (Pi) do crculo de furos.

Y Coordenada do ponto inicial (Pi) do crculo de furos no eixo Y, em absoluto ou incre-mental. Se no programada a posio atual em Y assumida como sendo a coordenada do ponto inicial (Pi) do crculo de furos.

R Define o raio do crculo de furos, em relao a coordena-da do centro definido.

C Define o ngulo da posio inicial (Pi), no crculo de furos, me-dido a partir de uma linha imaginria do eixo positivo de X no modo absoluto ou da posio inicial da ferramenta no modo incremental.

Exemplo:

G00 X45. Y60. Z10. # (cc)

G81 Z-20. R5. F100 # (Auto-ciclo)

G24 X45. Y95. L5 W5 # (Auto-rotina)


Figura 36 Funo G24

G25 Auto-Rotina de Retngulo de Furos

A funo G25, executa automaticamente um auto ciclo (G81/G86), sub-programa ou sub-rotina , em um padro retangular de pontos (fu-ros) igualmente espaados, executando todos os furos, programando-se apenas o furo inicial.

O comando executa o auto ciclo (G81/G86) no primeiro ponto (furo) do padro retangular (Pi), e a funo G25 se encarrega de efetuar a movimentao em rpido entre os outros pontos (furos) para a conti-nuao do auto ciclo at o seu trmino.


G00 X... Y...Z... # (Pi posicionamento inicial)

G81/G86... # (Auto-Ciclo)

G25 X... Y... I... J... F... # (Auto-Rotina)


Figura 37 Funo G25

Onde:

X - Especifica a distncia incremental no eixo X, e a direo entre os pontos (furos), a serem executados.

Y - Especifica a distncia incremental no eixo Y, e a direo entre os pontos (furos), a serem executados.

I - Define o nmero de pontos (furos) ao longo do eixo X. O sinal negativo (-) colocado neste valor ser ignorado pelo co-

mando.

J - Define o nmero de pontos (furos) ao longo do eixo Y. O sinal negativo (-) colocado neste valor ser ignorado pelo coman-

do.

F - Especifica o avano dos movimentos entre os pontos (furos).Se F no for programado, o avano entre os pontos ser o rpido.

Se for programado F0 o avano considerado ser o ltimo avano pro-gramado com G01.


Exemplo:

G00 X18. Y15. Z10. #

G81 Z-15. R5. F200 #

G25 X15. Y20. I5 J3 F0 #

G80 #

Figura 38 Funo G25

G26 Auto-rotina para alojamento interno (Cavidade)

A funo G26 uma auto-rotina para fresamento de alojamentos inter-nos e podem ser retangulares, quadrados ou circulares.

Esta funo permite automaticamente desbastar e dar o acabamento nos alojamentos.

Para alojamento retangular. possvel especificar um raio nos cantos usando a funo R, que dever ser maior que o raio da ferramenta utili-zada para usinagem do alojamento.

O ltimo movimento da auto-rotina um movimento de sada tangencial.

Uma funo Q limita a dimenso deste movimento.


90 graus ao final da usinagem a ferramenta retorna em rpido para coordenada em Z da posio inicial e em seguida para a posio inicial em XY.

G00 X.. Y.. Z.. # (Pi posicionamento inicial)

G26 X.. Y.. Z.. I.. J.. K.. Q.. U.. L.. W.. D.. F.. H.. V.. R.. O.. # (Auto-Rotina)

Figura 39 Funo G26

Onde:

X - Coordenada do canto oposto do alojamento no eixo X, se X e Y no for programado um alojamento circular ser executado com raio R. A coordenada X absoluta do canto oposto em relao ao zero pro-grama.

Y - Coordenada do canto oposto do alojamento no eixo Y A coordenada absoluta do canto oposto em relao ao zero pro-grama.

Z - Nvel Z do fundo do alojamento (profundidade final). I - Sobremetal para acabamento ao longo do eixo X. J - Sobremetal para acabamento ao longo do eixo Y. K - Sobremetal para acabamento no fundo do alojamento. Q - Especifica o raio de sada 90 graus. U - Profundidade de corte desbaste para o eixo Z. Se U no for programado o comando usa a funo L para deter-

minar a profundidade de corte.

L - Determina o nmero de passes para o eixo Z. L sempre um nmero inteiro, se L no for programado U ser usado para determinar a profundidade do corte.

W - Determina a largura de corte ao longo dos eixos X Y, se W no for programado a largu-ra de corte determinada pela funo D.

D - Especifica o nmero de passes para os eixos X Y.

F - Define o avano do des-baste.

R - Raio do canto do aloja-mento, se X e Y no for progra-mado R ser o raio do alojamen-to circular.

O - Nmero do corretor da ferramenta para compensao de raio.

DICA Se somente W for progra-mado ou somente D, a auto-rotina inicia no centro do alojamento.

Se W e D forem programados juntos, a auto-rotina abrir um alojamento j existente.

Se nenhum W ou D for pro-gramado ento a largura de corte ser o prprio raio da ferramenta.

Se W for maior que o dime-tro da ferramenta o coman-do bloquear a execuo.

F - positivo para corte discor-dante.

F - negativo para corte con-cordante.

H - Avano de acabamento.

H - positivo para corte discor-dante.

H - negativo para corte con-cordante.

V - Define avano de pene-trao para o eixo Z.

Ateno: se V no for progra-mado o avano F ser usado.


Funo G74

A funo G74 permite rotacionar um sistema de coordenadas no plano X Y de subsequentes mo-vimentos programados. A rotao se d num centro de rotao Cr, atravs de ( I J ) e ngulo ( C ), especificado junto com a funo.

DICA G74 I.. J.. C.. X.. Y.. #

A rotao poder ocorrer sobre as coordenadas do zero da pea, o que pode ser visualizado na figura abaixo:

Figura 40 Funo G74

Onde:

I Centro de rotao em X. Em absoluto (G90), o valor

de "I", corresponde a distncia em "X" da origem da pea at o centro de rotao.Em incremental (G91), o valor de "I", corresponde a distncia em "X" da posio atual da ferramen-ta at o centro de rotao.

J Centro de rotao em Y.Em absoluto (G90), o valor de "J", corresponde a distncia em "Y" da origem da pea at o cen-tro de rotao.

Em incremental (G91), o valor de "J", corresponde a distncia em "Y" da posio atual da ferramen-ta at o centro de rotao.

DICA Se I e J no for programa-do juntamente com a funo G74, representar que am-bos possuem valor Zero (0). Ex: G74 C45 #

C ngulo de rotao.O parmetro C especfica o n-gulo em graus a ser rotacionado.

A direo anti-horria positiva (+) e a direo horria negativa (-)

O ngulo "C" formado por uma linha a partir do posicionamento "I" e "J" especificado, em relao a uma linha imaginria ao eixo "X" positivo, que passa pelo cen-tro de rotao.

X Movimenta o eixo Programa um movimento em "X" que executado aps o sistema de coordenadas ter sido rotacionado de acordo com I, J e C.

Y Movimenta o eixo Programa um movimento em "Y" que executado aps o sistema de coordenadas ter sido rotacionado de acordo com I, J e C.

Exemplo de aplicao da fun-o G74

Programa:

G99

G90

G71

G17

T01 M6

O01 S1000 M3

G74 I50. J10. C30.

G0 X-15. Y-15.

G0 Z10.

G1 Z-5. F200

G42

Y10.

X65. F150

Y25.

X50.

Y-15.

G40

X-15.

G0 Z10.

G74

GZO M5

M30

Figura 41 Exemplo G74


G81 Ciclo de Furao Simples

A funo G81 possibilita a execuo de operaes de furao simples onde h necessidade de um tempo de permanncia da ferramenta pa-rada. Este ciclo faz uso de uma velocidade de avano pr determinado para a usinagem (F), e tambm caso necessrio um avano para a retra-o da ferramenta (V), at o plano R (P=0) ou Z inicial (P0).

Como todo ciclo fixo, G81 modal. Ele permanece em efeito at ser cancelado por G80, ou sobreposto por outro ciclo fixo, que atuar auto-maticamente aps um subseqente movimento rpido (G00).

G00 Z.. # (Posicionamento Z Inicial)

G81 Z.. (R..) (F..) (V..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de Furao)

Figura 42 Funo G81

Onde:

Z Profundidade mxima (Z final). R Plano Rpido (Plano de referncia para incio do ciclo com

avano de usinagem), seu valor dado em relao ao zero pea.

F Avano de trabalho (Velocidade de avano de usinagem a partir do plano R at a profundidade mxima (Z final)).

P Retrao da ferramenta (Se "P" no for programado ou pro-gramado com valor igual a 0 (zero), a retrao se dar at o plano R. Se "P" for programado com um valor diferente de 0 (zero) (1 a 250),

a retrao se dar em velocidade de avano V at o plano R, depois assume avano rpido at Z inicial.

D Tempo de permanncia em segundos (0,01 a 99,99) da ferramenta parada na profundi-dade mxima (Z final), antes que ocorra a retrao.

X Coordenada no eixo "X" que ser efetuada antes da execuo do ciclo (Este mo-vimento pode ser absoluto ou Incremental, Rpido ou Velocida-de de avano, porm somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimen-to, caso contrrio o ciclo no atuar).

Y Coordenada no eixo "Y" que ser efetuada antes da exe-cuo do ciclo (Este movimento pode ser absoluto ou Incremen-tal, Rpido ou em Velocidade de avano, porm, somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimen-to, caso contrrio o ciclo no atuar).

DICA Caso "F" no seja programa-do o comando assume o valor default conforme pgina de controle (geralmente F default = 2500 mm/min)

V Avano de sada (Veloci-dade de avano de retrao da profundidade mxima (Z final), at Plano R (P=0), ou Z inicial (P0).

Caso "V" no seja programado o comando assume movimen-to rpido na retrao da ferra-menta.


G82 Ciclo de Rebaixar

A funo G82 possibilita a execuo de operaes de alargamento, re-baixamento ou operaes de furao onde h necessidade de um tempo de permanncia da ferramenta parada. Este ciclo faz uso de uma velo-cidade de avano pr determinado para a usinagem (F), e tambm caso necessrio um avano para a retrao da ferramenta (V), at o plano R (P=0) ou Z inicial (P0).


G82 Z.. (R..) (F..) (V..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de Rebaixar)

Figura 43 Funo G82

Onde:


avano de usinagem).

F Avano de trabalho (Velocidade de avano de usinagem a partir do plano R at a profundidade mxima (Z final).

V Avano de sada (Velocidade de avano de retrao da profundi-dade mxima (Z final), at Plano R (P=0), ou Z inicial (P0).

P Retrao da ferramenta (Se P no for programado ou pro-gramado com valor igual a 0 (zero), a retrao se dar at o plano R. Se P for programado com um valor diferente de 0 (zero) (1 a 250), a retrao se dar em velocidade de avano V at o plano R, depois assume avano rpido at Z inicial.


X Coordenada no eixo "X" que ser efetuada antes da execu-o do ciclo (Este movimento pode ser abso-luto ou Incremental, Rpido ou Velocidade de avano, porm so-mente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimento, caso contrrio o ciclo no atuar.

Y Coordenada no eixo "Y" que ser efetuada antes da execu-o do ciclo (Este movimento pode ser abso-luto ou Incremental, Rpido ou Velocidade de avano, porm, so-mente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimento, caso contrrio o ciclo no atuar).

DICA Caso "F" no seja programa-do o comando assume o va-lor default conforme pgi-na de controle (geralmente F default = 2500 mm/min)

Caso "V" no seja programa-do o comando assume movi-mento rpido na retrao da ferramenta.

G83 Ciclo de Furao com Descarga

A funo G83 possibilita a execu-o de operaes de furao onde h necessidade de uma retrao da ferramenta, para quebra e re-moo do cavaco. Este ciclo faz uso de uma velocidade de avano


pr determinado para a usinagem (F), a partir do o plano R, e uma velo-cidade rpida para retrao at plano R (P=0) ou Z inicial (P0).



G83 Z.. (R..) (F..) I.. (J..) (K..) (W..) (U..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de Furao)

Figura 44 Funo G83

Onde:

Z Profundidade mxima (Z final). X Coordenada no eixo "X" que ser efetuada antes da execuo

do ciclo (Este movimento pode ser absoluto ou Incremental, Rpido ou Velocidade de avano, porm somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimento, caso contrrio o ciclo no atuar.

Y Coordenada no eixo "Y" que ser efetuada antes da execuo do ciclo (Este movimento pode ser absoluto ou Incremental, Rpido ou Velocidade de avano, porm, somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimento, caso contrrio o ciclo no atuar).

R Plano Rpido (Plano de referncia para incio do ciclo com avano de usinagem).

F Avano de trabalho (Velo-cidade de avano de usinagem a partir do plano R at a profundi-dade mxima (Z final)).

I Valor de primeiro incre-mento de profundidade a partir do plano R. (Obrigatrio)Obs: Se J e K no forem progra-mados, o valor de I ser um in-cremento constante.

J Valor incremental a ser subtrado do ltimo incremento de profundidade, para se obter o prximo incremento de profun-didade, at atingir o valor mnimo de profundidade "K"K.

K Valor mnimo de incre-mento de profundidade, que ao ser atingido permanece em efeito at a profundidade mxima (Z final).

W Incremento de retrao para quebra de cavaco, no senti-do positivo de Z.

U Incremento de retrao para descarga de cavaco, at o plano "R".

P Retrao da ferramenta (Se "P" no for programado ou programado com valor igual a 0 (zero), a retrao se dar at o plano R. Se "P" for programa-do com um valor diferente de 0 (zero) (1 a 250), a retrao se dar em velocidade de avano rpido at Z inicial.



DICA Caso "F" no seja programa-do o comando assume o va-lor default conforme pgi-na de controle (geralmente F default = 2500 mm/min)

Se "W" no for programado o comando assume um va-lor default de 1 mm.

G84 Ciclo de Rosca-mento

A funo G84 possibilita a exe-cuo da operao de roscamen-to direita em furos com macho para roscar, onde utilizando uma velocidade de avano pr deter-minado, ao atingir a profundidade mxima, automaticamente o co-mando inverte o sentido de giro do eixo rvore e efetua a retrao da ferramenta tambm em velo-cidade de avano at o plano R (P=0) ou Z inicial (P0).

Como todo ciclo fixo, G84 mo-dal. Ele permanece em efeito at ser cancelado por G80, ou sobre-posto por outro ciclo fixo, que atuar automaticamente aps um subseqente movimento rpido (G00).


G84 Z.. (R..) (F..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de Roscar com macho)

Figura 45 Funo G84

Onde:


avano de usinagem).

F Avano de trabalho (Velocidade de avano de usinagem a partir do plano R at a profundidade mxima (Z final), e tambm de retrao at Plano R (P=0), ou Z inicial (P0).

P Retrao da ferramenta (Se "P" no for programado ou progra-mado com valor igual a 0 (zero), a retrao se dar at o plano R, em velocidade de trabalho "F". Se "P" for programado com um valor dife-rente de 0 (zero) (1 a 250), a retrao se dar em velocidade de avano "F" at o plano R, depois assume avano rpido at Z inicial.

D Tempo de permanncia em segundos (0,01 a 99,99) da ferra-menta parada na profundidade mxima (Z final), depois da reverso do sentido de giro do eixo rvore e antes que ocorra a retrao da ferra-menta.

X Coordenada no eixo "X" que ser efetuada antes da execuo do ciclo. (Este movimento pode ser absoluto ou Incremental, Rpido ou Velocidade de avano, porm somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimento, caso contrrio o ciclo no atuar).


Y Coordenada no eixo "Y" que ser efetuada antes da exe-cuo do ciclo (Este movimento pode ser absoluto ou Incre-mental, Rpido ou Velocidade de avano, porm, somente no modo rpido (G00) o ciclo atuar imediatamente aps o movimen-to, caso contrrio o ciclo no atuar).

DICA Clculo F = rpm x Passo da rosca

Caso "F" no seja programa-do o comando assume o va-lor default conforme pgi-na de controle (geralmente F default = 2500 mm/min)

Aps estudar as funes prepa-ratrias, na seo anterior, e os ciclos automticos de usinagem, voc ver, atravs de exemplos, como so feitas as sub-rotinas, pedaos de um programa CN.

Montagem de Sub-rotinas

Sequncias repetitivas na progra-mao podem ser feitas na forma de sub-rotinas, visando com este procedimento diminuir o nmero de sentenas programadas.

Na montagem da sub-rotina so utilizadas as funes auxiliares "H", "E" e "L".

Funo H desvio incondicional / chamada de sub-rotina

A funo H (formato H4), instrui o controle a desviar para o bloco que tem um nmero de sequncia (funo N) igual ao da funo H. O con-trole executa os blocos comeando pelo nmero do bloco especificado juntamente com a funo H e continua at encontrar um M02 ou o ltimo bloco da sub-rotina especificado pela funo E .

Funo E fim de uma sequncia / final de sub-rotina

A funo E (formato E4), especifica o bloco final da sub-rotina. O lti-mo bloco da sub-rotina a ser executado ser o anterior ao especificado pela funo E.

Funo L repeties de bloco

A funo L (formato L3), num bloco de dados, faz com que o bloco de seja executado L vezes. A funo L pode ter um valor de 0 a 255.

Para repetir movimentos de eixos:

G01 X-25. L4 #

Assume modo incremental (G91) e executa um movimento de 25mm. Na direo negativa de X num total de 4 vezes.

Para repetir um sub-programa

P5 L4 #

Executa o programa nmero 5 num total de 4 vezes.

Para repetir uma sub-rotina

H100 E200 L4 #

Executa sub-rotina do bloco N100 at o bloco N200 num total de 4 vezes.

Observaes:

Aconselha-se a programao inicial da sub-rotina no modo incremental.

A programao da sub-rotina poder estar em qualquer ponto do pro-grama, isto no incio, no meio ou no fim, no importa, pois no ato do desvio da programao atravs da funo H o comando iniciar a execuo da sub-rotina.

Ao finalizar a sub-rotina atravs da no E a execuo do programa volta para a sentena imediatamente posterior.

Se a sub-rotina for programada sem a funo L o comando executar apenas uma vez sua execuo.


DICA Exemplo:

Aplicar G00, G01, G02 e G03 somente como perfil final de acaba-mento.

Aplicar as funes H, E, L na montagem da sub-rotina de desbaste do perfil.

PROGRAMA DE USINAGEM:

Figura 46 G03

N1T01 M06; Fresa topo 10mm

O01 S2000 M03

G0 X 10. Y 10.

Z10.

G1 Z 0

F1000 M8

N80; Bloco inicial da sub-rotina

G1 z 4. F500; Penetrao incre-mental

G42; (Compensao direita)

G1 Y0 F300

X 88.

G3 X 100. Y 12. I 88. J 12.

G01 Y 30.

G2 X 85. Y 45. I 100. J 45.

G01 Y 55.

G3 X 70. Y70. I 70. J 55.

G01 X 10.

G3 X 0 Y 60. I 10. J 60.

G01 Y 10.

G40; (Descompensao)

G1 X 10. M9

N90; Bloco final da sub-rotina

H 80 E90 L4 ; Sub-rotina

G0 Z 10.

GZO M5

M30


Arredondamento ou Chanfro funo Q

A funo "Q" quando programa-da juntamente com as funes G01, G02 ou G03, provocar a insero de um Raio ou Chan-fro, entre o movimento gerado pelo bloco que contm a funo "Q" (MOV. 1) e o bloco seguinte (MOV. 2).

Se o valor de "Q" for positivo, es-pecificar o raio do arco a ser in-serido entre os dois movimentos.

Se o valor de "Q" for negativo, es-pecificar a dimenso do chanfro a ser inserido entre os dois movi-mentos.

PROGRAMA DE USINAGEM:

As intervenes usando a funo "Q", tanto para raios quanto para chanfros, traba-lham com o vrtice das inter-polaes.

Exemplo funo"Q"

Figura 47 Funo Q

G99

G90

G71

G17

N1 T01 M06 ; Fresa topo_10mm

O01 S2000 M03

G0 X 10. Y 10.

Z10.

G1 Z 5. F1000 M8

G42; (Compensao direita)

G1 Y0 F300

X 60. Q10.

Y 60. Q- 10.

X 0 Q15

Y- 10.

G40 ; (Descompensao)

G1 X 10. M9

G0 Z 10.

GZO M5

M30

Estrutura Bsica de Programao para Disco-very 4022

Cabealho de Programa; NOME (Nome do Programa)

N01 G99; (Cancela novas origens)

N02 G94; (Avano de corte por minuto)

N03 G90; (Programao no Sis-tema de Coordenadas Absolutas)

N04 G71; (Programao em Mi-lmetros)

N05 G17; (Plano de trabalho X, Y)

N06 G66; ( Cancela Grfico )

Chamada de ferramen-ta

N07 T01 M06; (FRESA DE TOPO DE 10 MM # (Chamada de Ferramenta e Liberao para a troca de posio no Magazine).

N08 O01 S2500 M03; (Ativa o corretor da ferramenta, a rotao desejada e o sentido e giro do eixo rvore).

N09 M08; (Liga refrigerante de corte).

Blocos de usinagem

N10 G00 X50. Y45. ; (Posiciona-mento rpido)

N11 G01 X80. F400; (Interpola-o linear com avano programa-do)

Trocas de ferramentas

N12 M09; (Desliga refrigerante de corte)

N13 GZO M05; (Ponto de troca, cancela corretor de ferramenta e desliga o eixo rvore)

N14 T02 M06; BROCA HELI-COIDAL 5MM (Chama a nova ferramenta e Libera para a troca de posio no magazine)

N15 O02 S3000 M03; (Ativa o corretor da nova ferramenta, a rotao desejada e o sentido de giro).

N16 M08; (Liga refrigerante de corte)


Final de programa

N17 M09; (Desliga refri

Documents

UC16.Processo de Fabricação III