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U.D Atletismo MIguel

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Índice

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Introdução

O Atletismo, é uma modalidade extremamente importante no

contexto escolar, uma vez que proporciona no aluno experiências e

vivências básicas no desenvolvimento das suas capacidades motoras,

bem como um melhor controlo das tarefas do quotidiano.

Uma das vantagens do ensino/aprendizagem desta modalidade

na escola é que as disciplinas nela englobada estão presentes

capacidades e habilidades que nos podem servir de base para outras

modalidades desportivas. Por exemplo; sabre correr “bem” é

fundamental para todas as modalidades que recorrem à locomoção;

aprender a lançar com uma bola leve confunde-se com um passe ou

um remate do andebol; a ligação da corrida-impulsão para o salto em

altura solicita acções com semelhanças ao movimento de preparação

do remate no voleibol. Sendo assim, parece-nos fundamental uma

estruturação adequada dos seus objectivos e conteúdos

programáticos, ordenados em sequência, partindo do simples para o

complexo e do geral para o específico, e se possível desenvolve-la

com um carácter lúdico e ao mesmo tempo competitivo, promovendo

assim o gosto por uma modalidade que nem sempre é recebida com

entusiasmo pela maior parte dos alunos.

A elaboração da Unidade Didáctica de Atletismo teve como

base nos programas curriculares da disciplina de Educação Física,

tivemos também em consideração as condições para a sua prática,

bem como o material disponibilizado pela escola.

Cada disciplina da modalidade de atletismo presente no

programa será descrita ao pormenor, desde os conteúdos técnicos, os

erros mais comuns cometidos pelos alunos na realização dos gestos

abordados, facilitando de certa forma a tarefa do professor nos

feedbacks a dar numa destas situações e as principais determinantes

técnicas para que o aluno realize com êxito o gesto técnico pedido.

Na presente Unidade Didáctica de Atletismo, incluímos também

uma breve referência à história da modalidade bem como as suas

disciplinas, uma caracterização e regulamento da modalidade, assim

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como, as competências específicas, os conteúdos a leccionar,

estratégias de ensino e avaliação, e também estão incluídas algumas

sugestões de progressões pedagógicas para a aprendizagem dos

conteúdos a abordar.

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História

A história do atletismo pode ser dividida em três períodos: o

primeiro, de origens, nas civilizações primitivas, à extinção dos

antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de

393 d.C.; o segundo, da Idade Média, a época de actividade

descontínua ou mesmo de decadência para as competições de pista e

campo, ao século passado, quando educadores vitorianos

introduziram o desporto nas escolas inglesas, definindo-os,

codificando-os e mais tarde difundindo-os pela Europa; e o terceiro,

do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês

Pierre de Coubertin, ao atletismo dos dias actuais.

O mais antigo registo de competições de atletismo data de 776

a.C., mas é certo que os desportos organizados, foram praticados

muitos séculos antes. Já nas civilizações primitivas, o homem corria,

saltava e lançava como forma de sobrevivência, medindo sua força,

rapidez e habilidade, com os perigos da natureza e só com estes

gestos espontâneos conseguia ultrapassar a fome, frio e a morte

prematura. Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e

pedras, como armas, deu lugar ao de lançar, dardos e espadas.

O berço do desporto organizado situa-se na Grécia. Segundo

Filóstrato, em 1225 a.C. foi disputado o primeiro pentatlo, série de

cinco provas (corrida, salto em comprimento, luta e lançamento de

disco e dardo), por um mesmo atleta. Para honrar os deuses ou

homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar

programas desportivos, perto de Olímpia, tradição que foi mantida

pelo menos até a segunda metade do século X a.C.

O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o

mesmo por toda a Antigüidade. No século VII a.C., em Esparta, houve

modificações, para que as mulheres também pudessem competir.

Nos jogos realizados em Delos, elas participavam de corridas a pé,

por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente

a 160m.

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Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C.,

prosseguiram com a tradição dos jogos olímpicos, embora com

espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o

imperador Teodósio - responsável pela matança de dez mil gregos em

Tessalonica - se converteu ao cristianismo, após curar-se de grave

enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão,

concordou em suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos

olímpicos.

Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris,

Pierre de Fredi, barão de Coubertin, apresentou um projecto para que

fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. O seu

objectivo era um movimento internacional, que visava promover o

estreitamento de ralações entre os povos através do desporto.

Mas a ideia só se concretizou em 1894, a partir de um

congresso realizado também na Sorbonne, desta vez com a

participação de representantes de 14 países. Foi criado o Comité

Olímpico Internacional (COI), com sede em Lausanne, Suíça, e

estabeleceram-se as normas para a

realização dos primeiros jogos em 1896,

na Grécia.

O primeiro programa olímpico de

atletismo compreendia corridas de 100,

400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com

barreiras, saltos em distância, altura, triplo

e com vara, lançamentos de peso e disco.

Uma prova especial a maratona.

O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a

competidores do sexo masculino, foi sendo sucessivamente

modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com

barreiras, de 2.500m e de lançamento do martelo. Das modalidades

clássicas, as últimas a figurarem nos modernos jogos olímpicos foram

o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e

pentatlo, em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro

decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os revezamentos de

4x100 e 4x400 metros.

Final dos 100m das Olimpíadas de 1896.

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As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos

olímpicos em 1928, cumprindo um programa de 100, 800 e 4x100

metros, o salto.

O atletismo é talvez a modalidade desportiva onde o Ideal Olímpico

corresponde perfeitamente aos objectivos da própria modalidade: Citius, Altius,

Fortius – Mais rápido, mais alto, mais forte.

Caracterização da Modalidade

O Atletismo é uma modalidade multidisciplinar com cariz

individual (com a excepção das corridas de estafeta).

Podemos dividir as várias disciplinas do Atletismo em três

grupos fundamentais:

A maioria das provas de atletismo são realizadas no estádio,

com excepção das provas com maiores distâncias como é o caso da

maratona e de algumas provas de marcha. Quanto às corridas de

curta distância, estas são acolhidas pela pista de tartan situada à

volta do rectângulo central do estádio, já os saltos e lançamentos são

realizados no rectângulo central, de acordo com as marcações

previamente definidas. Na seguinte imagem é possível ver com mais

Corridas

VelocidadeFundo e meio fundoEstafetasBarreiras

Concursos

Saltos: Altura;Comprimento;TriploVaraLançamentos:DardoDiscoPeso Martelo

Provas Combinadas

HeptatloDecatlo

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clareza o local das provas bem como as marcações que delimitam as

diferentes disciplinas.

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Regulamentos

Regulamento das Corridas de Velocidade:

Nas provas oficiais, é obrigatório

realizar uma partida agachada utilizando os

blocos de partida. Estes deverão ser fixos à

pista, estando colocados atrás da linha de

partida, mas nunca sobre esta linha ou no

prolongamento para outras pistas.

As corridas de velocidade são efectuadas em pistas individuais

e os atletas devem permanecer na sua pista até ao final da prova. Em

caso de um atleta ultrapassar as linhas da sua pista, tirando alguma

vantagem para a sua corrida ou prejudicando outro atleta, é

desclassificado.

É considerado falsa partida quando o atleta:

- Inicia o seu movimento antes do tiro;

- Após a voz de aos seus lugares, perturbar os outros;

- Após a voz de prontos, não assumir, sem demora, a sua posição

completa e final de partida.

Após uma falsa partida, o atleta é avisado. Se repetir é

desclassificado.

Regulamento das Corridas de Estafeta:

NOTA: As regras da corrida de velocidade fazem parte

integrante das regras da corrida de estafetas.

Uma equipa é constituída por 4 elementos;

O testemunho consiste num tubo liso, de secção circular, feito

de madeira, metal ou outro material rígido (com um comprimento

entre 28cm e 30cm, não devendo pesar menos de 50gr);

O testemunho tem de percorrer todo o percurso da prova;

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O testemunho só pode ser transmitido na zona de transmissão

(20 m de comprimento);

Sempre que o testemunho cair, deverá ser o último atleta que o

transportava a apanhá-lo, podendo este abandonar a sua pista, se

desta forma não prejudicar ninguém;

Os atletas devem permanecer nos seus corredores durante o

percurso total. Depois da transmissão do testemunho, o atleta deve

permanecer no seu corredor e só poderá abandoná-lo caso não

prejudique os outros atletas;

Duas falsas partidas do mesmo atleta levam à desclassificação

da equipa;

Não é permitido atirar o testemunho.

Regulamento Salto em Comprimento:

O corredor de balanço deverá ter um mínimo de 40m de

comprimento e 1,22m a 1,25m de largura.

A tábua de chamada é marcada por uma tábua nivelada com a

pista de balanço e com a superfície de queda. Deverá ter um

comprimento igual ao da largura do corredor de balanço e um

comprimento de 20cm. Deverá estar colocada entre 1 e 3m do fosso

de recepção.

O fosso de recepção deverá medir entre os 2,75m e 3m de

largura. A distância entre a linha de chamada e o final do fosso

deverá ter um mínimo de 10m. A superfície de areia do fosso deve

estar ao mesmo nível da tábua de chamada.

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Um atleta poderá colocar 1 ou 2 marcas (fornecidas ou

autorizadas pelo comité organizador) para o auxiliar na corrida de

balanço. Se essas marcas não forem fornecidas, o atleta poderá usar

fita adesiva, mas não giz ou substância similar, nem nada que deixe

marca indelével.

A ordem de realização dos 3 primeiros saltos é obtida por

sorteio.

Quando existem 8 ou mais atletas em prova, cada um deles

terá direito a 3 ensaios.

Os 8 primeiros atletas que tenham obtido os melhores saltos

válidos terão direito a 3 saltos suplementares, na ordem inversa à da

classificação alcançada nos 3 primeiros ensaios.

Desde que a prova se inicia, os atletas não podem utilizar a

pista de balanço para treino.

Um ensaio será considerado nulo se o atleta:

- iniciar o seu salto para além do tempo disponível (1min 30s);

- realizar a impulsão para além da linha de chamada;

- fizer a chamada exteriormente às margens laterais da tábua

de chamada;

- recuar através do fosso de recepção, após ter saltado;

- empregar qualquer forma de salto mortal.

Se o atleta fizer a chamada antes da tábua, o salto não é

considerado nulo.

O comprimento do salto, é medido desde a marca mais

próxima deixada na área de queda, feita por qualquer parte do corpo

ou membros do atleta, até à linha de chamada (a medição é realizada

perpendicularmente à linha de chamada).

É creditado o melhor salto a cada concorrente.

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Regulamento do Lançamento do Peso:

O peso deve lançar-se desde um círculo, com diâmetro interior

de 2,135m, para um sector de queda;

Na zona anterior do círculo existe uma antepara em madeira,

pintada de branco, que pode ser tocada no seu bordo interno durante

a execução do lançamento;

Cada concorrente tem direito a um máximo de dois

lançamentos durante o aquecimento;

Todos os concorrentes têm direito a três ensaios, sendo

apurados, no final dos mesmos, os primeiros oito para mais três

lançamentos;

No final do concurso, os concorrentes sâo classificados de

acordo com o seu melhor lançamento;

O concorrente deverá iniciar o seu lançamento a partir de uma

posição estacionária dentro do círculo;

O peso deverá ser lançado desde o ombro e apenas com uma

mão, não podendo ser colocado atrás da linha dos ombros;

Para que um ensaio seja considerado válido, o peso deve cair

completamente no espaço compreendido entre as margens internas

das linhas que limitam o sector de queda;

A medição de cada lançamento será efectuada imediatamente

após a conclusão do mesmo, determinando-se a distância em linha

recta que vai desde o primeiro ponto de contacto do peso, no sector

de queda, até ao bordo interior de antepara;

O concorrente não poderá sair do círculo antes que o engenho

contacte com o solo;

O lançamento será considerado nulo:

- sempre que não sejam respeitadas as regras precedentes;

- se o concorrente, depois de ter entrado no círculo e iniciado o

seu lançamento, tocar com qualquer parte do corpo no solo ou fora

do círculo, na parte superior da antepara, ou no aro de ferro;

- largar incorrectamente o peso no decurso de um ensaio;

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Conteúdos Programáticos

Técnica de corrida

A corrida é um conjunto de gestos combinados entre os

membros inferiores (MI) e membros superiores (MS) com o objectivo

de percorrer uma determinada distância onde se destacam duas

grandes fases:

Fase de apoio – durante a qual as forças interiores actuam

sobre o solo, daí resultando uma reacção projectiva igual e de sentido

contrário (reacção dos apoios);

Fase de suspensão – durante a trajectória aérea.

Sendo a corrida um movimento cíclico, duas passadas

consecutivas constituem um ciclo de passada. Durante um ciclo os

dois MI executam alternadamente funções de apoio e de balanço.

Assim, consideram-se as seguintes fases:

Fase de apoio à frente – Inicia-se no momento do contacto do

pé no solo e termina quando a vertical que passa no centro de apoio

coincide com a vertical que passa no centro de gravidade. Quanto

menor for o tempo de apoio do pé, menor será a perda de tempo para

acelerar. È por isso que nas corridas de velocidade, o apoio do pé é

activo e esta fase muito breve.

Fase de suporte – É o momento em que a bacia passa sobre a

vertical do apoio e em que se verifica a maior flexão ao nível da

articulação do joelho.

Fase de apoio atrás – Tem início no momento em que a

vertical que passa no centro do apoio coincide com a vertical que

passa no centro de gravidade e termina no momento em que a ponta

do pé perde o contacto com o solo. Nesta fase verifica-se a extensão

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óptima ao nível da articulação da anca, do joelho e do tornozelo,

sendo a extensão do pé a última a efectuar-se.

Fase de balanço atrás – Começa no instante em que aponta

do pé perde o contacto com o solo e termina quando os centros dos

dois joelhos estão no mesmo plano frontal. Em todo o balanço atrás o

MI deve balançar descontraído.

Fase de balanço à frente – Começa no momento em que os

centros dos dois joelhos estão no mesmo plano frontal e tem o seu

termo quando o pé retoma o contacto com o solo.

O contacto com o solo

O contacto MI dianteiro com o solo faz-se de diferentes formas

consoante a distância de corrida. É possível observar três formas de

contacto com o solo:

1. À frente do joelho – característico das corridas de

velocidade;

2. Na vertical do joelho – utilizado pelos corredores de

meio-fundo;

3. Atrás do joelho – é essencialmente utilizada pelos

corredores de fundo; é típica duma corrida

económica e de pequena amplitude de passada.

Área de contacto do pé no solo

Quanto maior é a velocidade da corrida menor é a zona de

impacto do pé no solo. Assim, os especialistas de 100m realizam o

contacto com o solo pelo terço anterior do pé e o calcanhar não

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chega a tocar o solo. À medida que vai aumentando a distância vai

aumentando o apoio do pé no solo até que os fundistas iniciam o

apoio no solo pelo calcanhar e desenrolando de seguida o pé todo.

A acção dos MS

A acção dos MS é de grande importância na corrida pois

assegura o equilíbrio e ajuda a diminuir o esforço da prova. O

movimento dos MS deve ter lugar na articulação do ombro e agir

como um pêndulo de movimentos alternados, activo e na direcção da

corrida.

Corridas de velocidade

Os conteúdos programáticos do ensino secundário para as

corridas de velocidade são:

- Corrida de velocidade (40m)

- Corrida de estafeta (4 x 40m)

Na generalidade, a velocidade não é muito visível com o treino,

uma vez que ela, em grande parte, é vista como uma característica

inata, logo difícil de adquirir, mas também é difícil perdê-la por

ausência de treino.

Nas provas de velocidade não basta ter uma frequência gestual elevada,

uma boa velocidade de reacção ou de resistência para garantir a vitória. Para

se correr rápido não basta ser rápido, é preciso correr-se bem tecnicamente.

1 2 3 Velocidade Meio- fundo

Fundo

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Para se correr bem tecnicamente exigem-se bons níveis de coordenação,

flexibilidade, força e resistência (Rosado, 1987).

É precisamente nesta perspectiva, e com base no que foi dito

anteriormente, que podemos dizer que o objectivo das aulas de E.F.,

no que concerne às corridas de velocidade, é o aperfeiçoamento da

técnica de corrida.

TÉCNICA DA CORRIDA DE VELOCIDADE

Fases da corrida:

As corridas de velocidade são constituídas por quatro fases

fundamentais: partida, fase de aceleração, fase de manutenção da

velocidade máxima e fase de desaceleração, chegada.

Partida:

Na primeira fase da corrida, o juiz utiliza três vozes/sons de

comando para dar início à prova.

Na segunda fase da corrida, os primeiros apoios são mais

próximos uns dos outros e a amplitude de passada vai aumentando

progressivamente.

“Aos seus lugares” “Prontos” Tiro de

partida

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Nesta fase a velocidade de aceleração assume um papel

predominante e as características individuais, como o potencial

muscular e a coordenação, irão condicionar a capacidade de

aceleração de cada um.

- Apoiar o terço anterior do pé

- Apoios rápidos e enérgicos no solo

- Redução gradual da inclinação do tronco à medida que a

amplitude e frequência de passada aumenta

- Tronco assume posição normal da corrida passados

aproximadamente 20m

1º “Aos seus lugares”

- Cinco apoios no chão

- As mãos ligeiramente mais afastadas que a largura dos ombros

- O polegar e o indicador afastados e colocados lateralmente e

atrás da linha de partida

- O joelho do M.I. de trás no chão e o do M.I. da frente na

direcção da linha de partida

2º “Prontos”

- Quatro apoios (elevação da bacia acima da linha dos ombros)

- MI flectidos exercendo pressão nos dois blocos

- Os ombros avançam ligeiramente para a linha da frente da

linha das mãos, deslocando o peso do corpo para a frente

3º Tiro de partida

- As mãos deixam o solo em simultâneo

- Forte impulsão dos MI com extensão da perna da

frente

- Avanço rápido do joelho da perna de trás

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- MS iniciam uma acção enérgica

Fase de Aceleração:

Fase de manutenção da velocidade máxima:

Uma boa coordenação entre a acção dos MI e MS é

fundamental nesta fase da corrida.

Aqui, a capacidade mais solicitada é a velocidade

máxima.

- MS flectidos junto do tronco

- Músculos do trem superior descontraídos

- Ligeira inclinação do tronco à frente

- Contacto com o solo feito com o terço anterior do pé

Fase de desaceleração e chegada:

Esta fase ocorre e todas as corridas de velocidade; no entanto, é

mais notória numa corrida de 400m do que numa de 100m.

A capacidade que aqui é solicitada é a velocidade de resistência

do indivíduo.

- Tentar manter os joelhos altos

- Manter a amplitude de passada

- Não alterar a técnica de corrida

- Inclinar o tronco para a frente sobre a meta.

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Erros mais comuns e correcções:

PARTIDA

ERROS RAZÕES CORRECÇÕES

Na posição de partida os

ombros do aluno estão

atrás das mãos e o peso

corporal está todo em

cima dos MI

O peso corporal não está

distribuído de forma igual

pelos MI e MS. Os ombros

não estão suficientemente

à frente ou o bloco está

colocado muito atrás.

Corrigir a posição dos blocos.

Colocar o aluno a levantar-se

sobre o seu peso e a avançar

os ombros para a frente para

que eles se coloquem

ligeiramente à frente das

mãos

Na posição de partida o

ângulo do MI da frente é

muito pequeno (menor

que 90º).

Os blocos de partida estão

colocados muito perto da

linha. Na posição de

“prontos” a bacia não está

suficientemente alta.

Corrigir a posição de partida.

Com a ajuda de um colega o

aluno exercita-se a levantar

para a posição correcta de

partida

Na posição de partida o

ângulo do MI da frente é

muito grande.

Os MI estão praticamente

estendidos e a bacia está

muito levantada.

É corrigido tal como no erro

anterior

Na posição de partida, as

costas do aluno estão

paralelas ao solo.

O aluno está a olhar para a

linha final e o bloco está

muito longe.

Corrigir a linha de visão

instruindo o aluno para olhar

para um ponto

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aproximadamente a 1m à

frente da linha das mãos.

Aproximar os blocos.

O aluno coloca-se direito

muito rapidamente. As

passadas iniciais são

curtas e fracas.

Imediatamente após o tiro

o aluno eleva o tronco e a

cabeça muito

rapidamente. O aluno tem

uma fraca impulsão

quando parte dos blocos e

durante as passadas

seguintes.

Corrigir o ângulo do corpo

quando se sai dos blocos

durante 2 a 3 passadas.

Colocar o aluno a praticar o

movimento dos MS e MI

imediatamente após o tiro de

partida.

TÉCNICA DE CORRIDA DE VELOCIDADE

ERROS RAZÕES CORRECÇÕES

O aluno corre numa posição

sentada. Os MI nunca

atingem a extensão completa

e não existe um alinhamento

entre o bloco cabeça-tronco-

bacia-MI impulsionador

O MI de impulsão não é

estendido e o tronco está

inclinado atrás.

O aluno deve efectuar exercícios

de flexibilidade dos MI, efectuar

o pé coxinho com ambos os MI,

correr em rampas, efectuar

passadas saltadas alternadas

com “sprints”.

Os MS não se movimentam

na direcção da corrida.

Os ombros e o tronco rodam

durante a corrida e a linha de

visão é incorrecta. A cabeça

roda para a frente e os MS

cruzam à frente.

O aluno deve trabalhar para

corrigir a acção dos MS

enquanto corre no mesmo lugar,

ou então a sprintar a ½ ou a ¾

da sua velocidade máxima,

mantendo o olhar direccionado

para a frente

O aluno corre com a cabeça

muito inclinada para trás ou

com o tronco inclinado para

trás.

A posição da cabeça e do

tronco é incorrecta e o olhar

não é direccionado para a

frente. O aluno pode ter a

zona abdominal pouco

fortalecida.

O aluno deve praticar a corrida

no mesmo lugar, seguido de

corrida de costas e depois para

a frente. Salientar o ângulo

correcto entre a cabeça e o

tronco. O aluno deve praticar

partidas a partir de uma posição

de agachado, salientando a

Page 22: U.D Atletismo MIguel

correcta posição da cabeça e do

tronco. Ele pode ainda realizar

abdominais.

O aluno sobe pouco a coxa do

MI livre.

O aluno pode ter

fracos quadricípedes, pouca

flexibilidade na articulação

coxo-femural e pouca

coordenação entre os MS e

MI.

O aluno deve praticar uma

corrida com os joelhos altos,

skipping’s e step’s, hop’s e

saltos

O aluno não corre em linha

recta na pista.

O aluno corre com a cabeça

para trás, corre com os olhos

fechados ou contrai-se

durante a corrida.

O aluno deve correr em cima de

uma linha com o olhar dirigido

para a frente. Efectuar

repetições de sprints

aumentando progressivamente

a velocidade. Salientar a posição

da cabeça e do tronco.

Corridas de estafetas

Esta disciplina é a única prova de equipa no Atletismo,

através da qual, quatro corredores percorrem um determinado

trajecto.

Existem aspectos que devem ter em conta numa

corrida de estafeta:

1º- estafeta deve ser o que tiver melhor velocidade de reacção, o

mais rápido (melhor saída);

2º- estafeta deve ser o menos rápido e mais potente;

3º- estafeta deve ser o que assegura o 2º melhor tempo e o

melhor a descrever curvas;

4º- e último estafeta deve ser o mais veloz e potente.

Entre os atletas deve existir espírito de equipa, força de vontade

e combatividade.

Page 23: U.D Atletismo MIguel

Esta corrida desenvolve-se através da transmissão do testemunho por

todos os elementos da equipa, da partida até à chegada, à máxima velocidade.

As provas que se podem implementar na escola são: 4 x 60m, 4 x 80m ou 4 x

100m.

A corrida de estafetas é fortemente motivador para os alunos e tem uma

forte componente educativa, uma vez que incrementa um dos objectivos

primordiais da Educação Física - a socialização das crianças e jovens.

A sua abordagem é uma óptima oportunidade para desenvolver

a vertente sócio – afectiva na turma, na medida em que os exercícios

propostos visam fundamentalmente o desenvolvimento do trabalho

de equipa, em que até a prestação do elemento mais fraco é

importante para que a equipa possa atingir um bom resultado.

Objectivos :

Transportar o testemunho o mais rapidamente possível da linha de partida

à linha de chegada, e por isso, evitar uma perda sensível da velocidade nas

passagens do testemunho. A passagem do testemunho de um corredor a outro

deve obrigatoriamente efectuar-se de mão em mão e em zonas regulamentares

de 20 metros (zona de transmissão). Para as estafetas de 4x60m a 4x200m,

uma zona de balanço de 10 metros precede a zona de transmissão (pré- zona).

Depois da transmissão do testemunho, o atleta transmissor tem de continuar

no seu corredor até que todas as entregas tenham terminado.

Transmissão do testemunho :

Existem duas técnicas que permitem a transmissão correcta do

testemunho: a transmissão descendente, ou por cima e a transmissão

ascendente, ou por baixo.

A transmissão descendente, apesar de tornar-se a mais rápida, é

a mais difícil, porque o corredor da frente eleva mais o braço para

receber o testemunho e coloca a palma da mão virada para cima.

Na transmissão ascendente, o corredor da frente mantém o

braço numa posição baixa, o que facilita a entrega do testemunho e

estende a mão. Ao sinal do colega que se encontra atrás, o receptor

Page 24: U.D Atletismo MIguel

coloca a palma da mão virada para baixo, formando um “ V” com o

polegar e o indicador e o transmissor executa um movimento de

baixo para cima para a entrega do testemunho. Este método é mais

fácil de aprender e o mais seguro de utilizar.

O receptor deve aguardar o transmissor na zona de balanço (10 m),

olhando para trás e por cima do ombro.

A passagem do testemunho dá-se obrigatoriamente numa zona

precisa de 20m, que se designa por zona de transmissão, caso

contrário a equipa é desclassificada. Anterior a esta zona, pode

anteceder uma outra área - zona de balanço ou aceleração, que mede

10m. A nível escolar não é indispensável a utilização desta zona,

porque as distâncias a percorrer pelos alunos são muito reduzidas, a

não ser que se realize a prova dos 4 x 80m.

A utilizar a zona de aceleração, é no seu início que os corredores

devem situar-se à espera dos companheiros de equipa. Desta forma,

o receptor do testemunho parte quando o seu colega passar pela

marca colocada na pista (situa-se antes da zona de aceleração).

Os atletas têm de combinar o modo e a mão com que fazem as

transmissões, pois isso influencia a colocação de cada um no corredor para

receber o testemunho:

- Se o transmissor correr com o testemunho na mão esquerda, o

receptor coloca-se na zona interior do corredor de corrida, e recebe

com a mão direita;

- Se o transmissor correr com o testemunho na mão direita, o

receptor coloca-se na zona exterior do seu corredor de corrida, e

recebe com a mão esquerda.

Deste modo, no momento de transmissão do testemunho, ambos

os corredores devem estar a correr à máxima velocidade.

TRANSMISSÃO COM MUDANÇA DE

MÃOTRANSMISSÃO SEM MUDANÇA DE MÃO

Page 25: U.D Atletismo MIguel

VA

NT

AG

EN

S

A maioria dos alunos é hábil a

receber com a mão direita;

Possibilidades de mudar os

percursos aos alunos - todos

efectuam o mesmo exercício;

Tem lógica entregar com a mão

esquerda, uma vez que a curva é

efectuada para esse lado (o ombro

esquerdo está mais baixo).

Os alunos do primeiro e terceiro

percursos percorrem uma distância

menor nos 4 x 100m;

Os MS não param o seu balanço

com a mudança de mão;

Trajectórias mais lógicas.

DES

VA

NTA

GEN

S

Alongamento do percurso do

testemunho;

Abrandamento inevitável

durante a mudança de mão.

Pode-se mudar os percursos,

mas os automatismos que se criam

podem ser perigosos;

Numa pista de 400m, há

trajectos mais longos em certos

percursos para os 4 x 40m e 4 x

80m, consoante a pista em que se

corre.

O receptor:

Deve começar a corrida na zona de balanço quando o colega transmissor

passar junto à marca previamente colocada no corredor;

Deve ter sinais de referência sobre o seu corredor;

Correr o mais rápido possível, olhando sempre para a frente;

Após a corrida lançada e no momento da passagem do

testemunho, não deve olhar para trás, pois daí pode resultar uma

perda de tempo.

Erros mais frequentes do receptor:

Início da corrida lançada muito cedo ou tarde demais;

Abrandamento de velocidade no momento da transmissão.

Virar-se para trás no momento da transmissão;

Correr com o braço de recepção do testemunho ao longo do

corpo ou à retaguarda;

Correr olhando para trás.

Page 26: U.D Atletismo MIguel

Erros mais frequentes do transmissor:

Extensão do braço demasiado cedo;

Ausência do sinal sonoro no tempo certo;

Transmissão efectuada muito perto do receptor.

Partida do transmissor:

Idêntica à partida para uma corrida de velocidade;

A partida para a corrida de estafetas 4 x 100 m é realizada no

local de partida da prova de 400 m, em “decalage”, com blocos

de partida sobre o lado direito do corredor, perto da linha

exterior.

Existem várias formas de segurar o testemunho na partida, mas

a mais usual é agarrá-lo próximo do centro, ou seja, o

testemunho está seguro entre o polegar e o indicador e

envolvido pelos outros dedos.

Partida dos receptores

Determinantes técnicas:

Page 27: U.D Atletismo MIguel

- O receptor coloca-se em pé, ocupando a parte interna ou

externa do corredor, conforme vá receber o testemunho com a

mão direita ou a esquerda;

- Linha de ombros paralela ao eixo da pista;

- Pés orientados no sentido da corrida, um à frente do outro.

Erros mais comuns:

- A corrida inicia-se com muita antecedência.

- A corrida inicia-se tardiamente.

Corrida de aceleração (transmissão)

Determinantes Técnicas:

Receptor:

Começar a correr 10 metros antes da zona de transmissão;

Concentrar a atenção na marca de partida e no companheiro

que dele se aproxima;

Cabeça virada para trás, a fim de reduzir ao mínimo a torção do

tronco;

Manter-se junto à linha exterior ou interior da sua pista,

conforme o método que utilizar.

Page 28: U.D Atletismo MIguel

Erros mais comuns:

Deve ser reduzida o menos possível a velocidade;

Continuar no seu corredor, até que todas as transmissões

tenham terminado.

Corrida demasiado lenta (do receptor);

Estar parado no momento da transmissão;

No momento da transmissão, o receptor troca o MS, oferecendo

o do lado contrário.

O receptor corre com a mão para trás, durante vários metros

antes de receber o testemunho.

O receptor não está pronto para a transmissão do testemunho e

parte demasiado cedo ou tarde demais.

O aluno que recebe o testemunho olha para trás;

Transmissão do testemunho

MS receptor em extensão atrás, alto e ao lado do corpo;

MS transmissor em extensão à frente;

Palma da mão receptora virada para trás, com dedos a apontar

o solo;

Transmissão de baixo para cima;

Testemunho entregue com firmeza e segurança na mão do

atleta que recebe;

Dar sinal para o colega que vai receber, para ele estender o

braço para trás;

Testemunho colocado activamente na mão do colega, entre o

polegar estendido e os outros 4 dedos unidos.

Erros mais comuns:

O testemunho cai no chão, por precipitação na transmissão.

O transmissor coloca o testemunho em posição, cedo demais e

perturba o ritmo da corrida.

O transmissor desacelera antes da transmissão.

Page 29: U.D Atletismo MIguel

O transmissor corre do mesmo lado da pista do receptor.

O transmissor ultrapassa o receptor.

Correcção

Praticar a transmissão do testemunho e avaliar novamente a

marca e esclarecer com o colega as dúvidas que existirem;

Praticar mais e trabalhar no sentido de desenvolver a confiança

do receptor;

Praticar mais; O transmissor deve saber quando chamar e o

receptor deve saber em que sítio da zona de transmissão é que

o colega o vai chamar;

Praticar mais, concentrando-se na acção correcta dos MS e da

mão;

Praticar mais a transmissão e a troca do testemunho de uma

mão para a outra;

Praticar mais a transmissão e estabelecer onde a transmissão

ocorre, definindo a distância correcta e praticar a manutenção

da velocidade;

Estabelecer onde a transmissão ocorre e praticá-la à máxima

velocidade;

Praticar a transmissão à máxima velocidade e colocar-se do

lado oposto do colega.

Métodos de transmissão

Transmissão descendente

Transmissão ascendente

Page 30: U.D Atletismo MIguel

Método de transmissão interior:

O atleta que transmite traz o testemunho na mão esquerda e passa o

testemunho para a mão direita do receptor. Após a recepção, o atleta que

recebeu faz a mudança do testemunho para a outra mão.

Método de transmissão exterior:

O atleta que transmite traz o testemunho na mão direita, aproxima-se do

atleta que recebe pelo lado de dentro e passa-lhe o testemunho para a mão

esquerda. Após a recepção o atleta que recebeu faz a mudança para a outra

mão.

Método de transmissão misto ou de “Frankfurt”:

É uma combinação dos outros dois métodos, em que as 1ª e 3ª

transmissões são executadas pelo lado de dentro, e a 2ª pelo lado de fora. Os

atletas que transportam o testemunho, seguram-no nas curvas com a mão

direita e nas rectas com a mão esquerda, não sendo necessário haver

mudança do testemunho para a outra mão, do atleta que recebe o testemunho.

Saltos

Existem dois tipos diferentes de saltos:

Page 31: U.D Atletismo MIguel

Horizontais (Salto em Comprimento e Triplo Salto);

Verticais (Salto em Altura e Salto à Vara).

Nesta Unidade Didáctica, apenas será abordado o salto em

comprimento e o salto em altura porque são os que fazem parte do

programa.

Os Saltos têm princípios comuns e algumas semelhanças. Todos eles são

constituídos pelas seguintes fases:

1) Corrida de Balanço

2) Chamada ou Impulsão

3) Suspensão ou Voo

4) Queda ou Recepção.

A corrida de balanço compreende uma fase de entrada em

acção, uma fase de continuação da aceleração e uma fase onde

ocorre uma modificação da estrutura e ritmo das passadas. Há uma

transição entre um movimento cíclico (corrida) e um movimento

acíclico (chamada).

Na chamada ou impulsão, dá-se a transformação da corrida num

salto. A sua direcção e duração dependem em grande escala da

velocidade de corrida e da força do impulso.

Durante a fase de suspensão ou voo, os movimentos a executar

têm pouca influência nos resultados a obter. No entanto, são

fundamentais os factores relacionados com o equilíbrio e com a

preparação de uma recepção eficaz.

A queda ou recepção deve fazer-se o mais longe possível,

havendo uma absorção da aceleração com que vem animado o corpo.

O resultado final de um salto é directamente influenciado por 4

factores:

1. Altura de chamada : diferença entre a altura do centro de

gravidade (CG) do momento de saída da tábua de chamada, e a

altura do CG no momento em que o atleta contacta com a areia.

Page 32: U.D Atletismo MIguel

2. Velocidade de saída : velocidade com que o atleta é

projectado no voo após ter efectuado a chamada.

3. Ângulo de saída : combinação da velocidade horizontal

produzida pela corrida de balanço e a velocidade vertical produzida

durante a chamada.

4. Resistência do ar : este é um factor que influencia o voo,

mas nas circunstâncias em que habitualmente se realizam os saltos,

não é significativo.

SSalto em comprimento

O salto em comprimento é um tipo de salto que consiste na realização de

uma corrida rápida, uma chamada activa, procurando “transformar” a

velocidade adquirida na maior distância horizontal possível.

O salto em comprimento é composto por 4 fases:

1. Corrida de balanço

2. Chamada

3. Fase aérea (voo)

4. Queda ou Recepção

Na fase da corrida de balanço o aluno deve acelerar no sentido

de maximizar a sua velocidade óptima.

Na fase da chamada o aluno procura gerar velocidade vertical e

minimizar a perda de velocidade horizontal.

Na fase de voo o aluno deve preparar a recepção. Na fase da

recepção o aluno procura maximizar a distância do percurso de voo e

minimizar a perda de distância no contacto com o solo.

CORRIDA DE BALANÇO

1 2 3 4

Page 33: U.D Atletismo MIguel

A distância da corrida de balanço pode variar entre 10 passadas

(para os jovens alunos) até mais de 20 passadas (para alunos de

top).

A técnica da corrida de balanço é semelhante à técnica da

velocidade.

A velocidade deve aumentar progressivamente até à tábua de

chamada.

CHAMADA

A planta do pé deve fazer um contacto com o solo rápido e activo.

O tempo de chamada deve ser minimizado através de uma flexão

mínima da perna de chamada.

O aluno deve fazer uma extensão completa das articulações do

tornozelo e joelho.

O pé de chamada deve fazer uma acção completa, todo o segmento.

VOO (TÉCNICA DO SALTO NA PASSADA)

O MI livre é mantido na posição da fase de chamada. O tronco

deve permanecer direito e vertical.

Movimento pendular alto (o pé nunca se deve encontrar debaixo

da nádega, mas sim ligeiramente à frente do joelho);

Tem de existir um bloqueio.

O M.I. de chamada está em constante movimento durante a

maior parte do voo.

Page 34: U.D Atletismo MIguel

O MI de chamada é flectido e lançado para a frente e para cima

perto do final da fase de voo.

Ambos os MI devem estender-se para a frente antes da

recepção.

Evitar contra-movimento;

Evitar que os segmentos do corpo andem para baixo ou para

trás.

O membro superior (M.S.) do lado do MI de chamada termina as

funções logo após a saída;

O M.S. do lado do MI de balanço vai tentar contactar O MI de

chamada.

QUEDA OU RECEPÇÃO

Os MI devem estar quase em extensão completa.

O tronco deve estar inclinado para a frente.

Os MS devem ser puxados para trás.

A bacia deve ser puxada para a frente em direcção ao ponto de contacto com o solo

LLançamentos

Lançamento do peso

O lançamento do peso consiste na projecção de um objecto

esférico, à maior distância possível, através do arremesso com um só

braço a partir do ombro. É realizado numa zona própria, constituída

no solo por um círculo e por um sector de recepção.

A técnica do lançamento do peso divide-se nas seguintes fases:

Page 35: U.D Atletismo MIguel

Preparação;

Deslizamento;

Arremesso;

Recuperação.

Na fase de preparação o lançador prepara-se para o início do

deslizamento.

Na fase do deslizamento há uma aceleração do peso e do

lançador, que se prepara para a fase seguinte.

Na fase do arremesso é produzida uma velocidade adicional

transferida para o peso antes do lançamento.

Na fase da recuperação o lançador tem uma acção bloqueadora

para evitar lançamentos nulos.

PEGA DO PESO:

O peso fica nos dedos e nas bases dos dedos;

Os dedos estão paralelos e ligeiramente afastados;

O peso é colocado no lado direito do pescoço, por baixo do

maxilar e o polegar na traqueia;

O cotovelo faz um ângulo de 45° em relação ao corpo.

PREPARAÇÃO:

O lançador começa de pé, no final do círculo de lançamento e

de costas para a borda do círculo;

O tronco inclina-se para a frente e fica paralelo ao chão;

O corpo fica equilibrado apenas num MI;

O MI de apoio deve estar flectido enquanto que o MI esquerdo é

atirado para trás; (1)

Manter uma posição com fase de apoio larga e estável;

Alinhar o tronco com o MI esquerdo;

Page 36: U.D Atletismo MIguel

Manter o peso fora da base de apoio.

DESLIZAMENTO:

O aluno move-se da planta do pé para o calcanhar sem mover a

bacia.

O MI livre é impulsionado em direcção à borda do círculo por

baixo.

O MI de apoio fica em extensão sobre o calcanhar.

O MI de apoio mantém-se em contacto com o solo durante a

maior parte da fase do deslizamento.

Os ombros mantêm-se direitos e virados para o ponto de

partida.

DESLIZAMENTO (Colocação dos pés)

O pé direito desliza pelo calcanhar e aterra no terço anterior do

pé.

O pé direito é colocado no centro do círculo.

O contacto no solo é quase simultâneo, mas o primeiro é o pé

direito.

Page 37: U.D Atletismo MIguel

O pé esquerdo contacta com o solo pelo terço anterior e zona

interna.

ARREMESSO (1ª Parte: posição de força)

O peso do corpo deve estar sobre a perna direita e o joelho

flectido.

O calcanhar do pé direito e o dedo grande do pé esquerdo

devem estarem linha.

O tronco e os ombros estão em torção.

A cabeça e o MS esquerdo estão virados para trás.

O cotovelo direito faz um ângulo de 90° com o tronco.

ARREMESSO (2ª Parte: aceleração principal)

O MI direito fica em extensão completa após um movimento de

rotação explosiva até à bacia estar virada na direcção do

lançamento.

O MI esquerdo faz um movimento enérgico ficando quase em

extensão, levantando o corpo e influenciando o ângulo de

saída.

O movimento de rotação do tronco é bloqueado pelo braço

esquerdo.

O cotovelo direito está levantado e virado na direcção do

lançamento.

O peso do corpo é transferido do MI direito para a esquerda.

Page 38: U.D Atletismo MIguel

ARREMESSO (3ª Parte: acção final do membro superior)

O movimento de “chicote” do braço começa após a extensão

completa dos MI e do tronco.

O MS esquerdo deve estar dobrado e fixo junto do tronco.

A aceleração é continuada pelo pulso que está em pré-extensão

(polegar para baixo e dedos a apontar para fora após largar o

peso).

Os pés mantêm-se em contacto com o chão até final do

lançamento.

A cabeça deve estar atrás do pé esquerdo até final do

lançamento.

RECUPERAÇÃO:

Fazer uma troca de MI rápida logo após o lançamento.

O MI direito deve ficar flectido. A parte superior do corpo deve

baixar.

O MI esquerdo deve balançar para trás.

O aluno deve olhar para o chão.

Page 39: U.D Atletismo MIguel

Precauções básicas de segurança

As regras de segurança deve ser uma das preocupações que o

professor deve ter em consideração, uma vez que a probabilidade do

aluno contrair lesões levará a que estes interrompam a sua actividade

e consequentemente a sua aprendizagem das matérias.

É importante que o professor transmita essas regras de

segurança aos alunos, tais como:

- Antes do início da aula o professor deve certificar-se do estado

das superfícies onde vai decorrer a aula. Superfícies irregulares e

escorregadias podem conduzir a lesões.

- Realizar aquecimentos que activem o trem inferior e relembrar

os alunos que é bastante importante que estes realizem o

aquecimento com empenho.

- Quando o grupo trabalha em pista é importante todos se

exercitem na mesma direcção de forma a evitar engarrafamentos.

- Quando um aluno termina o seu exercício deve regressar pelo

lado de fora da pista, para que os seus colegas possam realizar a

tarefa.

- É importante lembrar ao aluno que não pode sair dos limites do

seu corredor, não por ser desclassificado, mas porque pode pôr em

risco a sua integridade física em risco e a dos seus colegas.

Normas de segurança dos saltos:

É de extrema importância que o professor esteja atento às

questões de segurança, chamando a atenção e consciencializando os

seus alunos para o cumprimento de determinadas normas, com o

intuito de evitar acidentes.

Os locais de leccionação das aulas estão repletos de situações

potencialmente perigosas e causadoras de lesões graves, quando não

são ensinadas as considerações básicas relativas à segurança. Deste

Page 40: U.D Atletismo MIguel

modo, é muito importante cumprir as normas e princípios básicos de

segurança, os quais passamos a apresentar:

Os corredores de balanço devem ser mantidos em boas

condições, assim como a tábua de chamada;

As caixas de areia devem ser mantidas sem covas ou locais

rijos. Devem também ser mantidas sem objectos estranhos, tais como

vidros, pedaços de metal ou madeira;

Os rodos e pás devem ser sempre colocados num local seguro,

afastados das zonas de corrida e das zonas de recepção (os rodos

devem estar sempre arrumados com os dentes para baixo).

Page 41: U.D Atletismo MIguel

Situações de Aprendizagem

Técnica de corrida

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

1 –Skipping tíbio-társico

Forma de progressão com apoios

alternados de um e de outro pé,

exclusivamente à custa da flexão extensão

da tíbio-társica, sempre com os MI em

extensão.

2 – Skipping baixo

Forma de progressão através do

desenrolar do pé, em acção circular de

pequena amplitude.

3 – Skipping médio

Forma de progressão em acção

circular de média amplitude com apoio

activo do pé (em griffée)

4 – Skipping alto

Forma de progressão em acção

circular, com apoio activo do pé, com

subida das coxas à horizontal.

5 – Skipping com MI estendido à

frente

Forma de progressão em que o

trabalho de balanço à frente é feito com o

MI estendido, com apoio activo de frente

para trás.

Page 42: U.D Atletismo MIguel

6 – Skipping nadegueiro

Forma de progressão em acção

circular, com predomínio das acções de

balanço atrás, com apoio activo em griffée,

com uma ligeira inclinação à frente do

bloco tronco-coxa

7 – Movimento dos MS a 90º

parado

Com pescoço, ombros e braços

relaxados, realizar movimentos dos MS, em

pêndulo com eixo nos ombros, de modo a

que a mão da frente vá até à altura do

queixo e a mão de trás até ao quadril

8 – Saltitar simples

Forma de progressão com impulsão

alternada de cada MI, de modo a que a

recepção no solo seja feita com o mesmo

MI que impulsionou, de imediato ajudado

pelo outro que irá realizar a impulsão

seguinte.

9 – Corrida saltada

Forma de progressão em que

conservando a acção circular da corrida se

privilegia a componente amplitude

10 – Step’s

Forma de progressão através de

uma sequência de saltos de um pé para o

outro

11 – Hop’s

Forma de progressão através de

uma sequência de saltos feitos sempre

sobre o mesmo MI (pé coxinho).

Page 43: U.D Atletismo MIguel

12 – Do movimento dos MS para

o skipping baixo

Conservando a bacia alta, começar

progressivamente a sincronizar os braços

com os MI, até ao skipping baixo

13 – Do skipping baixo para o

skipping alto

Passagem progressiva do skipping

baixo a alto com subida progressiva da

coxa de balanço à frente até à horizontal

14 – Skipping assimétrico

(médio+baixo)

Forma de progressão em que

enquanto um dos MI está a fazer skipping

baixo a outra está a fazer skipping médio

ou alto

15 – Skipping assimétrico

(atrás+baixo)

Forma de progressão em que

enquanto um dos MI está a fazer skipping

baixo a outra está a fazer skipping atrás

16 – Step + hop

Forma de progressão através de

uma sequência de saltos alternadamente

sobre o mesmo pé e de um pé para o outro

17 - Skipping progressivo de

baixo até corrida

Passagem progressiva de skipping

baixo para corrida através duma

progressiva subida da coxa à horizontal,

acompanhada dum aumento de amplitude

Page 44: U.D Atletismo MIguel

18 – Corrida em velocidade

progressiva

Forma de progressão em corrida

com progressivo aumento da velocidade

19 – In-out’s

Corrida alta, com bacia fixa e bem

colocada, em descontracção, com apoio

activo do pé, apoiando no solo apenas com

o terço anterior, alternando fases de

aceleração (20m) com fases de

descontracção sem perda da velocidade

(20m)

Exercícios e jogos de aquecimento

ESQUEMA DESCRIÇÃO

Toque no joelho

Um contra um, frente a frente. Cada

aluno procura tocar no joelho do parceiro,

evitando que este toque no seu.

Pisa pés

Um contra um, frente a frente. Cada

aluno procura pisar o pé do parceiro, evitando

que este pise o seu.

Empurra com braços cruzados

Um contra um, frente a frente, em

grande flexão dos MI. Cada aluno procura fazer

recuar o parceiro, empurrando com os ombros

e conservando os braços cruzados à frente.

Page 45: U.D Atletismo MIguel

Torneio às cavalitas

Equipas de dois elementos, um às

cavalitas do outro. Cada par procura derrubar o

“cavaleiro” da outra equipa, ao mesmo tempo

que procura evitar que o seu “cavaleiro” seja

derrubado. Depois troca de posições.

Empurrar para dentro do círculo

Grupos de 4- 5 alunos, de mãos dadas

em torno de um círculo desenhado no solo.

Fazer tracção para trás, procurando levar

alguns companheiros a pisar o círculo.

Empurrar para fora do círculo

Grupos de 4- 5 alunos, de mãos dadas,

dentro de um círculo com cerca de 4m de

diâmetro, livres, com as mãos atrás das costas.

Cada aluno procura empurrar os parceiros para

fora do círculo, em carga de ombro.

Um contra três

Grupos de 3- 4 alunos, de mãos dadas e

um atleta solto. O aluno que está livre, depois

de verbalizar o nome de um companheiro, vai

procurar tocar neste, enquanto o grupo se

movimenta no sentido de o defender.

A fortaleza

Duas equipas de 5 a 8 atletas. Uma das

equipas forma um círculo de mãos dadas e

virados para fora. Os atletas da outra equipa,

que estão soltos e do lado de fora, vão procurar

entrar dentro da fortaleza. O jogo termina

quando mais de 50% da equipa exterior entrar

dentro da fortaleza.

Page 46: U.D Atletismo MIguel

Exercícios e jogos de corrida de velocidade

ESQUEMA DESCRIÇÃO

Tira e foge

Os atletas estão dispostos em duas linhas,

frente a frente. Um objecto é colocado entre cada

par. Ao sinal do professor, cada um tenta tirar o

objecto, fugindo de seguida procurando refugiar-

se na sua linha de fundo (20m atrás).

Corrida em espelho

Dois a dois, sentados no chão, frente a

frente com os pés encostados. Ao sinal sonoro,

partem rapidamente e após meia volta, procuram

atingir em primeiro lugar a linha dos 10m.

A fronteira

O aluno A está sobre a linha de partida,

enquanto o aluno B se aproxima na sua direcção.

Quando o aluno B pisa a linha de “fronteira” dá

meia volta e foge; neste momento o aluno A

arranca em perseguição de B.

Dia e noite

Duas equipas de 5 a 8 alunos, dispostos

em duas linhas paralelas e distanciadas entre si

3m. Uma equipa é dia e outra é noite. À voz do

professor, a equipa chamada foge, enquanto a

outra vai em sua perseguição.

Variantes: os nomes das equipas podem

variar (cores, números...), tal como as posições de

partida (de frente, de pé, deitados...)

Page 47: U.D Atletismo MIguel

Corridas em perseguição

Duas filas de alunos a 3m de distância. Ao

sinal do professor, os alunos da fila de trás

procuram apanhar os da frente (numa distância

de 10 a 40m), realizando diferentes posições de

partida (sentado, deitado de cócoras...)

Variantes: Saltar no lugar, ao sinal de

partir; saltar no lugar e ao sinal de partir dar meia

volta e sprintar; trote no lugar e ao sinal tocar no

solo e sprintar...

Perseguição após sinal

Os alunos correm livremente dois a dois,

formando dois grandes grupos. Há dois sinais de

partida (A e B). em função do sinal, um aluno foge

e o outro é o perseguidor.

Partida com sinal visual

Os alunos colocam-se atrás da linha de

partida (variando as posições de partida). A

corrida inicia-se quando uma bola, depois de

lançada a rolar pelo chão, ultrapassa uma

determinada linha.

Page 48: U.D Atletismo MIguel

Estafetas e testemunho

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

Exercício 1 – Equipas de 5 alunos cada. Sai o 1º de cada fila ao sinal do professor, corre e apanha o testemunho que se encontra a 10m de distância e regressa, entregando-o ao colega que se prepara para sair. O 2º aluno realiza o mesmo percurso, mas deixa o testemunho no local definido e regressa à fila tocando com a sua mão no ombro do colega, e assim sucessivamente.

Objectivo – Familiarização com o testemunho.

Exercício 2 – Grupos de dois alunos. Ambos partem ao mesmo tempo (partida baixa) e disputam a captura do testemunho que se encontra colocado em cima de um cone a 10m de distância.

Objectivo – Familiarização com o testemunho.

Exercício 3 – Grupos de 5 a 6 alunos, marcham uns atrás dos outros a uma distância aproximada de 80 cm; o aluno que segue atrás passa o testemunho ao da frente e ultrapassa os colegas; alternando as técnicas de transmissão.

Variante - Realização do mesmo exercício em corrida.

Objectivo – Sensibilização às técnicas de transmissão.

Exercício 4 – Alunos em fila. Ao sinal sonoro, o último aluno

que não tem o testemunho, contorna a fila por fora, ao mesmo

tempo que o testemunho passa do último elemento da fila até

ao 1º. Ganha quem chegar primeiro.

Objectivo – Sensibilização às técnicas de transmissão.

Exercício 5 - Grupos de 4 elementos parados, executam a transmissão do testemunho, ganha quem terminar primeiro (quando o testemunho chega ao 1º elemento do grupo, é levantado no ar). Trabalham os dois tipos de

Transmissão, a começar ao sinal do professor.

Variantes - Realizar o exercício em corrida lenta.

Page 49: U.D Atletismo MIguel

Objectivo - Aplicação dos conhecimentos técnicos adquiridos na instrução sobre a transmissão do testemunho.

Exercício 6 – Equipas de 4 alunos cada. Ao sinal do professor sai o primeiro de cada equipa, realizando o percurso definido. Ao regressar, toma o último lugar e transmite o testemunho ao colega da frente e assim sucessivamente, com o método indicado pelo professor.

Objectivo – Aplicação dos conhecimentos técnicos adquiridos na instrução sobre a transmissão do testemunho.

Exercício 7 – Em grupos de 2, cada equipa define uma marca (nº de pés) para trás da zona de transmissão, situando-se lá um aluno e na partida o outro. Ao sinal do professor, sai o 1º de cada equipa, quando passa pela marca sai o seu colega, que deve receber o testemunho na zona de transmissão e continuar a correr em direcção ao pino.

Objectivo – Exercitação da técnica de transmissão e desenvolver a atenção para a corrida de transmissão.

Page 50: U.D Atletismo MIguel

Exercício 8 – Grupos de 2 alunos (1 aluno na zona de balanço): começam por colocar 2 marcas – uma a 17 pés e outra a 15 pés do aluno da frente (que se encontra na zona de balanço); ao sinal sonoro, o aluno de trás parte e o colega colocado na zona de balanço, inclina-se e parte após passagem do colega pela marca dos 15 metros, recebendo o testemunho na zona de recepção.

Objectivo - Identificação de zonas de transmissão e balanço, e das marcas de referência para a saída do receptor.

Exercício 9 - O exercício é realizado dois a dois; realizar uma estafeta tendo atenção às zonas marcadas pelo professor.

Objectivo - Coordenação da corrida entre os dois alunos para transmitir o testemunho dentro da zona de transmissão, e para o receber à máxima velocidade;

Exercício 10 – A turma está dividida em 2 grupos, executando sequencialmente uma transmissão em percurso definido, quem vence soma 1 ponto. Ganha a equipa que somar maior número de pontos.

Objectivo – Execução correcta da transmissão – em termos técnicos e nas zonas pré – estabelecidas.

Exercício 11 – Grupos de 4 alunos, executam uma competição de 4 x 40m.

Objectivo – Exercitação da técnica de transmissão do testemunho em competição.

Exercícios e jogos de estafetas

ESQUEMA DESCRIÇÃO

Estafeta dos 3

minutos.

Page 51: U.D Atletismo MIguel

Estafeta 3 x 100m.

Estafeta ida e

volta.

Estafeta com

handicap.

Estafeta com

habilidade.

Estafeta em grupo.

Estafeta de

obstáculos.

Page 52: U.D Atletismo MIguel

Estafeta de

objectos.

Exercícios e jogos de saltos

ESQUEMA DESCRIÇÃO

Corrida de arcos

À voz do professor, partem vários atletas,

com o objectivo de chegar o mais rápido possível

à meta, realizando todos os apoios da corrida

dentro dos arcos espalhados ao longo da pista.

Corrida de tapetes

Duas equipas, com os alunos numerados.

À voz do professor sai um atleta de cada equipa e

tenta chegar em primeiro lugar à meta, apoiando-

se sempre em cima de uma tapete. É atribuído

um ponto aos vencedores. Ganha a equipa que no

final somar mais pontos.

Corridas em pé - coxinho

Várias equipas de 4 a 6 alunos. Ao sinal sonoro, sai um

aluno de cada equipa e a pés juntos procura chegar em

primeiro lugar à meta.

Page 53: U.D Atletismo MIguel

Corridas de pés atados

Várias equipas de 4 a 6 alunos. Ao sinal do

professor, sai um aluno de cada equipa e a pés

juntos procura chegar em primeiro lugar à meta.

Salta a bola

Grupos de três alunos. Dois alunos,

afastados a uma distância de 4m, trocam a bola

entre si, fazendo-a rolar pelo chão. O terceiro

aluno que está entre eles, vai saltando por cima

da bola, evitando que esta lhe toque.

Exercícios para o Lançamento do Peso

EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

Exercício 1 – Muiltilançamentos, com engenhos diversificados: bolas

medicinais, de basquetebol, pesos, etc.

Competência - tomar consciência da importância dos membros inferiores e

da sua extensão no lançamento. Consciencialização do peso do engenho e da

precisão com diversas bolas.

Exercício 2 – Familiarização com o engenho: a pega: colocar o peso na base

dos 3 dedos do meio, ligeiramente afastados; colocar o peso no pescoço ”mão

limpa, queixo sujo”.

Competência – Ter a noção da colocação do peso na mão e no pescoço.

Exercício 3 – Lançamento sem balanço de frente: pés paralelos ou pé

esquerdo à frente, mas estando ambos orientados para o local de queda;

Competência – “Aprender a posicionar o corpo no lançamento sem

Page 54: U.D Atletismo MIguel

balanço”.

Page 55: U.D Atletismo MIguel

Definição das competências e critérios de

êxito

Competências

As transformações comportamentais pretendidas como competência final

desta Unidade Didáctica são as seguintes:

Competências de Acção

O aluno:

- Realiza uma corrida contínua de longa duração e baixa

intensidade (mínimo 30 e máximo de 45 minutos), sem variações de

velocidade, com uma intensidade que permita manter o regime

aeróbio, com uma respiração ritmada e regular e sem parar.

- Participa numa corrida de Estafetas de 4x (+/-) 40 metros,

controla a aproximação do colega transmissor de forma a iniciar a

corrida no momento adequado, recebe e/ou transmite o testemunho

em corrida, utilizando a técnica de transmissão ascendente com

controlo verbal e com a mão contrária à do colega, emite ou reage a

um sinal sonoro que determina o momento da transmissão, identifica

e respeita as zonas de aceleração e transmissão, utiliza o lado da

pista oposto ao ocupado pelo colega com quem vai realizar a

transmissão e transmite o testemunho e permanece na respectiva

pista até parar, abandonando-a só depois de confirmar que não vai

perturbar os outros participantes.

- Realiza corrida de Velocidade de 40 metros, com partida baixa

(com tacos), com apoios activos sobre a parte anterior do pé, sem

desvios laterais, com o olhar dirigido para a frente e tentando manter

a máxima velocidade até terminar a corrida. Desenvolve a corrida

com uma técnica adequada e com equilíbrio entre a frequência e a

amplitude das passadas. Termina sem desacelerar e com inclinação

Page 56: U.D Atletismo MIguel

do tronco à frente nas duas últimas passadas. Obtém um resultado

ajustado à sua idade e sexo.

- Realiza o Lançamento do Peso de 3 kg, com pega correcta em

pressão contra a mandíbula/pescoço. Encadeia o deslize rasante (de

costas) com os apoios curto e longo, roda primeiro a bacia e depois o

tronco, transfere o peso do corpo da perna direita para a perna

esquerda, com uma acção explosiva de extensão total dos segmentos

e flexão da mão.

- Realiza o Lançamento do Dardo, com uma pequena corrida

(seis a dez passadas), aumentando progressivamente o ritmo e

cruzando os apoios nas três últimas passadas. Inicia o arremesso

através do avanço da bacia e do ombro do lado do dardo, bloquear o

movimento no último apoio sobre o pé da frente, mantendo o

cotovelo e o dardo à retaguarda. Efectuar um forte “chicotada” do

membro superior lançador, enviando o dardo por cima do ombro.

Trocar a posição dos pés na parte final.

- Realiza o Salto em Comprimento com a técnica de voo na

passada, com corrida de balanço em aceleração (progressão) de 8 a

12 passadas, mantém o tronco direito, aumenta a velocidade nas

últimas passadas para realizar uma boa impulsão na “tábua” de

chamada, “puxa” a perna de impulsão para junto da perna livre, na

fase descendente do voo e toca o solo o mais longe possível

executando a flexão do tronco à frente. Obtém um resultado ajustado

à sua idade e sexo numa competição de salto em comprimento que

contempla 3 tentativas.

- Realiza o Salto em Altura com técnica de Fosbury flop, executa

uma corrida de aproximação de 5 a 8 passadas, com as últimas 3 ou

4 em curva, apoia activamente o pé de chamada no sentido da

corrida, com elevação enérgica da coxa da perna livre e com

condução do joelho para dentro provocando a rotação da bacia.

Transpõe a fasquia com o corpo ligeiramente arqueado, com flexão

Page 57: U.D Atletismo MIguel

das coxas e extensão das pernas na fase descendente do voo e cai de

costas no colchão com os braços afastados lateralmente. Obtêm um

resultado ajustado à sua idade e sexo numa competição de salto em

altura.

Competências de Conhecimento

- Conhece os Regulamentos específicos de cada disciplina

(corridas, saltos e lançamentos).

- Conhece a Técnica de execução das disciplinas abordadas.

- Conhece as Regras de segurança.

Competências de Atitude

Coopera com os companheiros

- Nas ajudas e correcções técnicas

- No transporte e preservação do material

- Na garantia da sua segurança e dos colegas

Critérios de êxito

Resistência:

O aluno controla o sistema cárdio-respiratório e o ritmo de corrida de

acordo com as suas capacidades.

Técnica de corrida:

- O contacto no solo: à frente do joelho (corridas de velocidade);

na vertical do joelho (corridas de meio-fundo); atrás do joelho

(corridas de fundo).

Page 58: U.D Atletismo MIguel

- A área de contacto do pé no solo: quanto maior a velocidade

da corrida menor é a zona de contacto (corrida de velocidade o

calcanhar não toca no solo).

- Acção dos membros superiores (O movimento dos MS deve ter

lugar na articulação do ombro, deve ser activo e na direcção da

corrida).

Salto em comprimento:

- Na corrida de balanço: a velocidade deve aumentar

progressivamente até à tábua de chamada e o aluno deve manter

uma corrida alinhada, seguindo sempre o mesmo eixo.

- Na chamada: a planta do pé deve fazer um contacto com

o solo rápido e activo; o tempo de chamada deve ser minimizado

através de uma flexão mínima da perna de chamada; o aluno deve

fazer uma extensão completa das articulações do tornozelo e joelho;

o pé de chamada deve fazer uma acção completa, todo o segmento.

- No voo: a perna livre é mantida na posição da fase de

chamada. O tronco deve permanecer direito e vertical; movimento

pendular alto (o pé nunca se deve encontrar debaixo da nádega, mas

sim ligeiramente à frente do joelho; a perna de chamada está em

constante movimento durante a maior parte do voo; a perna de

chamada é flectida e lançada para a frente e para cima perto do final

da fase de voo; ambas as pernas devem estender-se para a frente

antes da recepção; evitar contra-movimento; o braço do lado da

perna de chamada termina as funções logo após a saída; o braço do

lado da perna de balanço vai tentar contactar a perna de chamada.

- Na queda ou recepção: as pernas devem estar quase em

extensão completa; o tronco deve estar inclinado para a frente; os

Page 59: U.D Atletismo MIguel

braços devem ser puxados para trás; a bacia deve ser puxada para a

frente em direcção ao ponto de contacto com o solo.

Lançamento do peso:

- Na fase de preparação: o lançador começa de pé, no

final do círculo de lançamento e de costas para a borda do círculo; o

tronco inclina-se para a frente e fica paralelo ao chão; o corpo fica

equilibrado apenas numa perna; a perna de apoio deve estar flectida

enquanto que a perna esquerda é atirada para trás; manter uma

posição com fase de apoio larga e estável; alinhar o tronco com a

perna esquerda; manter o peso fora da base de apoio.

- Na fase de deslizamento: o aluno move-se da planta do

pé para o calcanhar sem mover a bacia; a perna livre é impulsionada

em direcção à borda do círculo por baixo; a perna de apoio fica em

extensão sobre o calcanhar; a perna de apoio mantém-se em

contacto com o solo durante a maior parte da fase do deslizamento;

os ombros mantêm-se direitos e virados para o ponto de partida.

- Na fase de arremesso (1ª parte - posição de força): o

peso do corpo deve estar sobre a perna direita e o joelho flectido; o

calcanhar do pé direito e o dedo grande do pé esquerdo devem estar

em linha; o tronco e os ombros estão em torção; a cabeça e o braço

esquerdo estão virados para trás; o cotovelo direito faz um ângulo de

90° com o tronco.

- Na fase de arremesso (2ª parte – aceleração principal): a

perna direita fica em extensão completa após um movimento de

rotação explosiva até à bacia estar virada na direcção do lançamento;

a perna esquerda faz um movimento enérgico ficando quase em

extensão, levantando o corpo e influenciando o ângulo de saída; o

movimento de rotação do tronco é bloqueado pelo braço esquerdo; o

cotovelo direito está levantado e virado na direcção do lançamento; o

peso do corpo é transferido da perna direita para a esquerda.

Na fase de arremesso (3ª parte – acção final do braço): o

movimento de “chicote” do braço começa após a extensão completa

Page 60: U.D Atletismo MIguel

das pernas e do tronco; o braço esquerdo deve estar dobrado e fixo

junto do tronco; a aceleração é continuada pelo pulso que está em

pré-extensão (polegar para baixo e dedos a apontar para fora após

largar o peso); os pés mantêm-se em contacto com o chão até final

do lançamento; a cabeça deve estar atrás do pé esquerdo até final do

lançamento.

Na fase de recuperação: fazer uma troca de pernas rápida

logo após o lançamento; a perna direita deve ficar flectida. A parte

superior do corpo deve baixar; a perna esquerda deve balançar para

trás; o aluno deve olhar para o chão.

Corridas de velocidade:

Na fase da partida (“aos seus lugares”): cinco apoios no

chão; as mãos ligeiramente mais afastadas que a largura dos ombros;

o polegar e o indicador afastados e colocados lateralmente e atrás da

linha de partida; o joelho da perna de trás no chão e o da perna da

frente na direcção da linha de partida.

Na fase de partida (“prontos”): quatro apoios (elevação da

bacia acima da linha dos ombros); pernas flectidas exercendo pressão

nos dois blocos; os ombros avançam ligeiramente para a linha da

frente da linha das mãos, deslocando o peso do corpo para a frente.

Na fase da partida (“tiro de partida): as mãos deixam o

solo em simultâneo; forte impulsão das pernas com extensão da

perna da frente; avanço rápido do joelho da perna de trás; braços

iniciam uma acção enérgica.

Na fase de aceleração: apoiar o terço anterior do pé; apoios

rápidos e enérgicos no solo; redução gradual da inclinação do tronco

à medida que a amplitude e frequência de passada aumenta; tronco

assume posição normal da corrida passados aproximadamente 20m.

Na fase de manutenção da velocidade máxima: os braços

devem estar flectidos junto do tronco; músculos do trem superior

Page 61: U.D Atletismo MIguel

descontraídos; ligeira inclinação do tronco à frente; contacto com o

solo feito com o terço anterior do pé.

Na fase de desaceleração e chegada: tentar manter os

joelhos altos; manter a amplitude de passada; não alterar a técnica

de corrida; inclinar o tronco para a frente sobre a meta.

Corrida de estafetas

Na transmissão descendente do testemunho: o corredor

da frente eleva mais o braço para receber o testemunho e coloca a

palma da mão virada para cima.

Na transmissão ascendente do testemunho: o corredor da

frente mantém o braço numa posição baixa; ao sinal do colega que se

encontra atrás, o receptor coloca a palma da mão virada para baixo,

formando um “ V” com o polegar e o indicador e o transmissor

executa um movimento de baixo para cima para a entrega do

testemunho.

Configuração da Avaliação

No processo de ensino – aprendizagem, descrito na organização

geral da unidade didáctica, a avaliação desempenha um papel

primordial.

O processo de avaliação tem um carácter não só sumativo, mas

também regulador de toda a actividade do professor e do aluno.

Nesta Unidade Didáctica a avaliação processa-se de duas formas

distintas, mas complementares. Assim, é contemplada a avaliação

formativa e a avaliação sumativa, que intervêm no desenrolar do

processo. A avaliação de diagnóstico não está incluída devido ao

escasso número de aulas desta unidade didáctica.

Avaliação Formativa

Page 62: U.D Atletismo MIguel

Este tipo de avaliação realiza-se com o intuito de determinar o

progresso da aprendizagem, quanto aos objectivos que se estão a

procurar atingir.

Neste tipo de avaliação, o papel de correcção (feedback) deve

considerar-se dominante. Esta função de avaliação é detectar desvios

e corrigi-los a tempo. A correcção pode envolver não só os materiais

usados, como o esquema de ensino adoptado e, deve pois ser feita,

não só pelo professor, mas também pelo próprio aluno.

Se aceitamos que a principal finalidade da avaliação é melhorar

o ensino e a aprendizagem, então este tipo de avaliação desempenha

um papel preponderante.

A avaliação formativa diz respeito a todos os domínios e decorre

durante todo o processo de ensino – aprendizagem.

Avaliação Sumativa

A avaliação sumativa faz-se no termo de um ano ou de um

período, quando se pretende determinar o grau de consecução dos

objectivos a que se deu ênfase no processo de ensino-aprendizagem

ocorrido durante esse período de tempo.

Geralmente, pretende-se determinar o grau de consecução,

quando se querem atribuir notas ou certificar a posição do aluno

relativamente a cada um dos objectivos.

A avaliação sumativa visa todos os domínios para os quais se

estabelecem objectivos e efectua-se por meio de testes realizados. A

referida avaliação realiza-se na última aula da unidade didáctica e

permite estabelecer a situação do aluno em relação aos diferentes

objectivos traçados, possibilitando desta forma a atribuição de uma

classificação a cada um dos alunos.

A fórmula de avaliação global é a seguinte:

Page 63: U.D Atletismo MIguel

Nível = 5,5 x Domínio do “saber-fazer” + 3 x Domínio dos

“saberes” + 1,5 x Domínio do “saber-estar” 10

Existem 3 níveis de diferenciação entre os alunos, são eles:

Introdutório – Onde se incluem as habilidades, técnicas e

conhecimentos que representam a aptidão específica ou preparação

de base (« fundamentos»);

Elementar – Nível em que se discriminam os conteúdos que

representam o domínio (mestria) da matéria nos seus elementos

principais e já com carácter mais formal, relativamente aos modelos

de prática e organização da actividade referente;

Avançado – Que estabelece os conteúdos e formas de participação nas

situações típicas da actividade referente, correspondentes ao nível superior

que poderá ser atingido no âmbito da disciplina de Educação Física.

Critérios de avaliação

Competências de Conhecimento

Domínio dos “saberes” (Cultura Desportiva) – 30%

0 a 6 – Não conhece os fundamentos das unidades dadas.

7 a 9 – Conhece deficientemente os fundamentos das unidades

dadas.

10 a 13 – Conhece razoavelmente os fundamentos das

unidades dadas.

14 a 17 – Conhece e compreende os fundamentos das

unidades dadas.

18 a 20 – Aplica e critica os fundamentos das unidades

dadas.

Page 64: U.D Atletismo MIguel

OBS: Alunos com atestado de médico, avaliados em 70%.

Competências de acção

Domínio do “saber-fazer” (Aspectos Fisiológicos e da Condição

Física – Habilidades Motoras) – 55%

0 a 6 - Nunca aplica os critérios de correcção técnica e regulamentar

na realização das tarefas propostas para cada prática desportiva.

7 a 9 - Raramente aplica os critérios de correcção técnica e

regulamentar na realização das tarefas propostas para cada prática

desportiva.

10 a 13 - Aplica algumas vezes os critérios de correcção técnica e

regulamentar na realização das tarefas propostas para cada prática

desportiva.

14 a 17 - Aplica quase sempre os critérios de correcção técnica e

regulamentar na realização das tarefas propostas para cada prática

desportiva.

18 a 20 - Aplica sempre os critérios de correcção técnica e

regulamentar na realização das tarefas propostas para cada prática

desportiva.

Competências de Atitude

Domínio do “saber-estar” (Conceitos Psico Sociais) – 15%

0 a 6 – Revela fraca participação e desinteresse pelas

actividades. Integra-se com dificuldade e não colabora com os

companheiros.

Page 65: U.D Atletismo MIguel

7 a 9 – Revela deficiente participação e interesse pelas

actividades. Integra-se e colabora com os companheiros, com

dificuldade.

10 a 13 – Revela interesse e participa nas actividades. Integra-

se e colabora com o grupo.

14 a 17 – Revela bastante interesse e participa nas actividades.

Integra-se, colabora e estimula a participação no grupo.

18 a 20 – Revela empenhamento nas actividades e é

responsável. Integra-se, colabora e estimula a participação no grupo.

OBS: Alunos com atestado de médico, avaliados em 70%

Page 66: U.D Atletismo MIguel

Quadro da Unidade Didáctica

Competências Gerais

- Conhecer a técnica de execução dos elementos abordados.

- Conhecer e aplicar as regras fundamentais da modalidade.

- Desenvolver as capacidades coordenativas e condicionais

relacionadas com a modalidade.

- Promover a coordenação, a cooperação e o auto-domínio.

A

Aula

N.º

Competências

específicasConteúdos Função didáctica

1

1

Desenvolver a resistência

aeróbia (intervalado

5+5+5min.).

Transmitir e exercitar

técnica de corrida.

Abordar técnicas de

transmissão e zona de

transmissão. Transmitir

corridas de velocidade e

de estafetas com partida

baixa (blocos).

Resistência aeróbia

Técnica de corrida

Corridas de velocidade

Corridas de estafetas

Transmissão

Exercitação

2

2

Desenvolver a resistência

aeróbia (intervalado

10+5min.).

Exercitar técnica de

corrida.

Transmitir técnicas de

transmissão e zona de

transmissão.

Exercitar corridas de

velocidade e de

estafetas.

Abordar salto

comprimento (técnica do

salto na passada),

Resistência aeróbia

Técnica de corrida

Corridas de velocidade

Corridas de estafetas

Salto comprimento

Exercitação

Transmissão

Page 67: U.D Atletismo MIguel

referindo as diferentes

fases do salto.

3

3

Desenvolver a resistência

aeróbia (intervalado

15min.).

Exercitar técnica de

corrida.

Consolidação corridas de

velocidade e de

estafetas com partida

baixa (blocos)

Exercitar salto

comprimento.

Resistência aeróbia

Técnica de corrida

Corridas de velocidade

Corridas de estafetas

Salto comprimento

Avaliação Sumativa

Exercitação

Consolidação

4

4

5

Exercitar e avaliar salto

comprimento.

Abordar o lançamento

do peso (técnica

rectilínea), referindo as

diferentes fases do

lançamento.

Abordar o lançamento

do dardo

Salto comprimento

Lançamento peso

Lançamento dardo

Avaliação Sumativa

Transmissão

Exercitação

5

5

Exercitar e consolidar os

lançamentos

anteriormente

abordados.

Lançamento dardo

Lançamento peso

Exercitação

Consolidação

6

6

Avaliar lançamento do

peso e dardo.

Lançamento do dardo

Lançamento do pesoAvaliação Sumativa

Page 68: U.D Atletismo MIguel

Grelha de Vickers – Atletismo

CONTEÚDOSCONTEÚDOS 11 22 33 44 55 66

CORRIDA RESISTÊNCIACORRIDA RESISTÊNCIA T/ET/E EE E/ASE/AS

TÉCNICA CORRIDATÉCNICA CORRIDA T/ET/E EE EE

SALTO EMSALTO EM

COMPRIMENTOCOMPRIMENTO

CORRIDA DECORRIDA DE

BALANÇOBALANÇO

T/ET/E E/CE/C ASAS

IMPULSÃOIMPULSÃO

(CHAMADA)(CHAMADA)

VOOVOO

QUEDAQUEDA

LANÇAMENTOLANÇAMENTO

PESOPESO

FASEFASE

PREPARATÓRIAPREPARATÓRIA

T/ET/E EE ASAS

DESLIZAMENTODESLIZAMENTO

LANÇAMENTOLANÇAMENTO

RECUPERAÇÃORECUPERAÇÃO

LANÇAMENTOLANÇAMENTO

DARDODARDO

TÉCNICA DA PEGATÉCNICA DA PEGA T/ET/E EE ASAS

FASEFASE

PREPARATÓRIAPREPARATÓRIA

FASE PRINCIPALFASE PRINCIPAL

FASE FINALFASE FINAL

Page 69: U.D Atletismo MIguel

CORRIDACORRIDA

VELOCIDADEVELOCIDADE

REACÇÃOREACÇÃO T/ET/E EE E/ASE/AS

PARTIDA BLOCOSPARTIDA BLOCOS

DESLOCAMENTODESLOCAMENTO

CORRIDACORRIDA

ESTAFETASESTAFETAS

TÉCNICAS DETÉCNICAS DE

TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO

T/ET/E EE E/ASE/AS

ZONA DEZONA DE

TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO

FFUNÇÕESUNÇÕES D DIDÁCTICASIDÁCTICAS::

AD – Avaliação Diagnóstica; T – Transmissão; E – Exercitação; C –

Consolidação;

AF – Avaliação Formativa; AS – Avaliação Sumativa.

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