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e-mail: [email protected] HP: www.fisica.net/giovane UFRGS 2014 RESOLUÇÃO DA PROVA DE FÍSICA Prof. Giovane Irribarem de Mello

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UFRGS 2014

RESOLUÇÃO DA PROVA DE FÍSICA Prof. Giovane Irribarem de Mello

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INSTRUÇÃO: Sempre que for necessário utilizar valores dos módulos da aceleração da gravidade na superfície da Terra ou da velocidade da luz no vácuo, considere os valores como 9,80 m/s2 e 3,00x108 m/s, respectivamente. 1. Cada um dos gráficos abaixo representa a posição em função do tempo para um movimento unidimensio-nal (as partes curvas devem ser consideradas como segmentos de parábolas).

No conjunto de gráficos a seguir, está representada a velocidade em função do tempo para seis situações distintas.

Considerando que as divisões nos eixos dos tempo são iguais em todos os gráficos, assinale a alternativa que combina corretamente os gráficos que descrevem, por pares, o mesmo movimento. (A) 1(c) – 2(d) – 3(b). (B) 1(e) – 2(f) – 3(a). (C) 1(a) – 2(d) – 3(e). (D) 1(c) – 2(f) – 3(d). (E) 1(e) – 2(d) – 3(b). 2. Um móvel percorre uma trajetória fechada, represen-tada na figura abaixo, no sentido anti-horário.

Ao passar pela posição P, o móvel está freando. As-sinale a alternativa que melhor indica, nessa posição, a orientação do vetor aceleração total do móvel. (A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 1. Observando o gráfico 1 vemos inicialmente que temos uma reta com declividade negativa até o primeiro traço no eixo “t”. A declividade dessa reta indica o sinal e o módulo da velocidade. Como é uma declividade negati-va a velocidade é negativa nesse intervalo, portanto, fi-camos apenas com dois gráficos de velocidade em função do tempo que nesse trecho é negativa, (a) e (c). Na sequência o gráfico 1, vira uma parte de uma pará-bola e depois uma reta horizontal. Nessa parte onde te-mos uma reta horizontal indica que não há movimento e com isso a velocidade é zero. Então concluímos que o gráfico da posição em função do tempo 1 se relacio-na com o (c) da velocidade em função do tempo. Analisando o gráfico 2 da posição em função do tempo vemos no início uma parte de uma parábola (até o pri-meiro traço) cuja a concavidade indica uma redução da velocidade e na sequência do gráfico 2 temos uma reta inclinada com declividade positiva, o que também signi-fica que temos uma velocidade constante e positiva. Nos gráficos da velocidade em função do tempo só o da letra (d) está coerente. O gráfico 3 da posição em função do tempo mostra uma reta com declividade positiva até o primeiro traço, indicando uma velocidade constante e positiva. Com is-so temos apenas os gráficos de velocidade (b) e (e). Depois o gráfico 3 da posição em função do tempo tor-na-se uma parábola onde no vértice da parábola a ve-locidade é nula. Isto ocorre no exatamente no segundo traço neste mesmo gráfico. Verificando os gráficos de velocidade, tanto o (c) quanto o (e) a velocidade é nula neste ponto. Depois do vértice da parábola ela segue indicando mo-vimento do objeto, mas nos dois gráficos (c) e (e) so-mente o (c) ainda indica que o objeto tem velocidade a partir do segundo traço no eixo horizontal. Resposta letra “A”. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 2. No enunciado temos um móvel que faz uma trajetória curvilínea, como mostrado na figura. Como é um movi-mento curvilíneo, este móvel possui aceleração centrí-peta (ac) e sua velocidade tangencial está reduzindo, indicando uma aceleração tangencial (at) que deve es-tar em sentido contrário ao movimento do móvel como é mostrado na figura abaixo.

Como a aceleração total é a resultante dos dois vetores aceleração centrípeta e tangencial, então a resposta pelo esquema acima é o vetor 4. Letra D.

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3. Na figura abaixo, blocos idênticos estão suspensos por cordas idênticas em três situações distintas, (1), (2) e (3).

Assinale a alternativa que apresenta as situações na ordem crescente de probabilidade de rompimento das cordas. (O sinal de igualdade abaixo indica situações com a mesma probabilidade de rompimento.) (A) (3), (2), (1). (B) (3), (2) = (1). (C) (1), (2), (3). (D) (1) = (2), (3). (E) (1) = (2) = (3). 4. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirma-ções abaixo. ( ) Um objeto colocado em uma altitude de 3 raios ter-restres acima da superfície da Terra sofrerá uma força gravitacional 9 vezes menor do que se estivesse sobre a superfície. ( ) O módulo do força gravitacional exercida sobre um objeto pode sempre ser calculado por meio do produto da massa desse objeto e do módulo da aceleração da gravidade do local onde ele se encontra. ( ) Objetos em órbitas terrestres não sofrem a ação da força gravitacional. ( ) Se a massa e o raio terrestre forem duplicados, o módulo da aceleração da gravidade na superfície ter-restre reduz-se à metade. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) V – V – F – F. (B) F – V – F – V. (C) F – F – V – F. (D) V – F – F – V. (E) V – V – V – F. 5. Um objeto de massa igual a 2 kg move-se em linha reta com velocidade constante de 4 m/s. A partir de um certo instante, uma força de módulo igual a 2 N é exer-cida por 6 s sobre o objeto, na mesma direção de seu movimento. Em seguida, a objeto colide frontalmente com um obstáculo e tem seu movimento invertido, afastando-se com velocidade de 3 m/s. O módulo do impulso exercido pelo obstáculo e a varia-ção da energia cinética do objeto, durante a colisão, foram, respectivamente, (A) 26 N.s e -91 J. (B) 14 N.s e -91 J. (C) 26 N.s e -7 J. (D) 14 N.s e -7 J. (E) 7 N.s e -7 J.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 3. Para saber qual das situações tem maior probabilidade de rompimento das cordas, devemos verificar qual das situações as cordas estão sob maior tensão. Analisando a figura abaixo temos as tensões nas cor-das e na situação (1) aparece a componente de uma das tensões.

De acordo com a figura (1) o vetor na vertical é a com-ponente da tensão da corda da direita. Como cada corda contribui com sua componente, para que a soma das duas componentes seja igual à força peso no cor-po, pois este estando parado a resultante das forças é zero. Em cada caso podemos analisar a tensão nas cordas decompondo a componente da tensora e analisando em cada caso. Analisando o triângulo retângulo e o ângulo destacado temos:

cos θ =TYT→T  =  

TYcos θ

Com isso percebemos que a tensão na corda é inver-samente proporcional ao cosseno do ângulo, ou seja, maior a abertura da corda maior a tensão na corda e maior a chance de rompimento. Então a maior probabi-lidade é no caso (1) depois (2) e por último (3). Res-posta letra A. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 4. Analisando as afirmações. Primeira é FALSO, pois de acordo com a lei da gravi-tação universal de Isaac Newton F  =  G M.m

d2 , a força é

inversamente proporcional ao quadrado da distância. Como a distância é em relação ao centro da Terra, esta vale 4R, o que implica uma força 16 vezes menor. Segunda é VERDADEIRA, pois a força gravitacional mencionada pode ser a força PESO (P = m.g). Terceira é FALSA, pois qualquer objeto em órbita está sendo atraído pela Terra executando trajetórias curvilí-neas indicando uma força centrípeta voltada pro centro da Terra, pois se não existisse essa força o corpo se deslocaria em M.R.U.. Quarta é VERDADEIRA, pois o módulo da aceleração da gravidade na superfície da Terra é dado por:

g  =  G Md2

. Se a massa e o raio dobrarem teremos:

g'  =  G 2M

(2d)2= 12G Md2= 12g.

Reposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 5. Primeiramente precisamos saber qual a velocidade no momento do impacto. FR = m.a -> 2 = 2.a -> a = 1m/s2 Vf = vo + a.t = 4 + 1.6 = 10m/s. I = ΔQ = m. Δv = 2.(3 – (-10)) = 26 N.s

ECi=m.vi2

2=2.102

2=100 J            ECf=

m.vi2

2=2.32

2=9 J

ΔEC = ECf – ECi = 9 – 100 = -91J Portanto resposta letra A.

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6. O termo horsepower, abreviado hp, foi inventado por James Watt (1783), durante seu trabalho no desenvol-vimento das máquinas a vapor. Ele convencionou que um cavalo, em média eleva 3,30x104 libras de carvão (1 libra ~ 0,454 kg) à altura de um pé (~ 0,305 m) a cada minuto, definindo a potencia correspondente co-mo 1 hp (figura abaixo).

Posteriormente, James Watt teve seu nome associado à unidade de potencia no Sistema Internacional de uni-dades, no qual a potencia é expressa em watts (W). Com base nessa associação, 1 hp corresponde aproxi-madamente a (A) 76,2 W. (B) 369 W. (C) 405 W. (D) 466 W. (E) 746 W. 7. Uma bomba é arremessada, seguindo uma trajetória parabólica, conforme representado na figura abaixo. Na posição mais alta da trajetória, a bomba explode.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que apare-cem. A explosão da bomba é um evento que ......................... a energia cinética do sistema. A trajetória do centro de massa do sistema constituído pelos fragmentos da bomba segue .................................... . (A) não conserva – verticalmente para o solo (B) não conserva – a trajetória do fragmento mais mas-sivo da bomba (C) não conserva – a mesma parábola anterior à explo-são. (D) conserva – a mesma parábola anterior à explosão (E) conserva – verticalmente para o solo 8. Um plano inclinado com 5 m de comprimento é usa-do como rampa para arrastar uma caixa de 120 kg para dentro de um caminhão, a uma altura de 1,5 m, como representa a figura abaixo.

Considerando que a força de atrito cinético entre a cai-xa e a rampa seja de 564 N, o trabalho mínimo neces-sário para arrastar a caixa para dentro do caminhão é (A) 846 J. (B) 1056 J. (C) 1764 J. (D) 2820 J. (E) 4584 J.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 6. Para determinar a potência usamos a equação:

P=  W∆t=∆EPg∆t

Mas devemos ter as unidades no S.I. para aplicar na equação. Fazendo uma regra de três para a massa temos: m = 3,30x104 libras = 14982 kg h = 1 pé = 0,305 m g = 9,80 m/s2 Δt = 1 min = 60 s

P=∆EPg∆t

=m.g.h∆t

=14982.9,80.0,305

60=  746 W

Resposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 7. Preenchendo as lacunas temos: Na primeira NÃO CONSERVA, pois a energia que po-de ser conservada é a mecânica se o sistema for con-servativo. Na segunda o centro de massa do sistema deverá se-guir A MESMA TRAJETÓRIA ANTERIOR À EXPLO-SÃO, pois mesmo com a separação das partes do cor-po é seu centro de massa que mantém-se na trajetória. Resposta letra C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 8. No enunciado da questão é solicitado o trabalho míni-mo para conseguir levar a caixa até o caminhão pelo plano inclinado, isso significa que na direção de deslo-camento da caixa a resultante deve ser zero! Na figura abaixo foi desenhado o plano e as respecti-vas forças que atuam na caixa mais a decomposição da força peso (PX).

Como está indicado na figura acima foi inserido um sis-tema de referencia x e y e no eixo “x” a resultante deve ser nula para que a força F que empurra o bloco realize o mínimo trabalho. Então temos:

FR  =  0 então F  =  PX  +  fC Para determinar a força “F” vamos primeiro determinar a componente do peso (PX). A componente PX é dada por:

PX = P.sen θ Já o seno do ângulo pode ser determinado pelas me-didas da rampa e a altura da mesma:

PX = m.g.(1,5/5) = 120.9,8.1,5/5 = 352,8 N Portanto a F vale: F = PX + fC = 352,8 + 564 = 916,8 N Então o trabalho mínimo é: W = F.d.cos θ = 916.5.1 = 4584 J Resposta letra E.

1,5mθ

5m

y

x

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9. Na figura abaixo, estão representados três blocos (A, B e C) de mesmas dimensões, que estão em equilíbrio mecânico na água.

Os blocos A e B tem, respectivamente ¾ e ¼ de seus volumes acima da superfície, enquanto o bloco C está totalmente submerso. Considerando que o bloco C tem peso P, os pesos de A e B são, respectivamente, (A) P/4, P/4. (B) P/4, 3P/4. (C) P/4, 4P/3. (D) 3P/4, 3P/4. (E) P, P. 10. A figura abaixo representa o movimento de um pên-dulo que oscila sem atrito entre os pontos x1 e x2.

Qual os seguintes gráficos melhor representa a energia mecânica total do pêndulo – ET – em função de sua posição horizontal?

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 9. Como os três corpos estão em equilíbrio a força resul-tante sobre eles é zero! Em cada corpo há duas forças atuantes, peso e empu-xo que possuem a mesma intensidade. Como o empuxo por definição é igual ao peso do volu-me de líquido deslocado pelo corpo, o corpo C desloca um volume de líquido igual ao volume do seu corpo, então o peso desse volume de líquido é igual ao seu peso. Para o corpo A o volume de líquido deslocado é ¼ de seu volume, então o peso do volume deslocado pelo corpo A é P/4. Já para o corpo B o volume de líquido deslocado é ¾ de seu volume, e portanto, o peso do volume de líquido deslocado por ele é 3P/4. Note que o peso dos volumes deslocados (EMPUXO) pelos corpos A e B são os pesos dos mesmos pois seus pesos tem a mesma intensidade do empuxo. Resposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 10. Como o pêndulo oscila sem atrito, o sistema não possui perdas, e portanto, podemos dizer que este sistema é CONSERVATIVO. Como sabemos, em sistemas conservativos a ENER-GIA MECÂNICA se conserva, ou também podemos di-zer que ela se manterá constante no tempo e na posi-ção assumida pelo pêndulo. Então podemos assumir que o gráfico que corresponde à energia mecânica total do pêndulo em função da po-sição do pêndulo é o da letra C.

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11. Uma câmera fotográfica pode ser construída a par-tir de uma caixa escura, com um minúsculo orifício (O, na figura) em um dos lados, e uma folha de papel foto-gráfico no lado interno oposto ao orifício. A imagem de um objeto é formada, segundo o diagrama abaixo.

O fenômeno ilustrado ocorre porque (A) a luz apresenta ângulos de incidência e de reflexão iguais. (B) a direção da luz é variada quando passa através de uma pequena abertura. (C) a luz produz uma imagem virtual. (D) a luz viaja em linha reta. (E) a luz contorna obstáculos. 12. Assinale a alternativa correta sobre características de fenômenos ondulatórios. (A) Uma nota musical propagando-se no ar é uma onda estacionária. (B) o clarão proveniente de uma descarga elétrica é composto por ondas transversais. (C) A frequência de uma onda é dependente do meio no qual a onda se propaga. (D) Uma onda mecânica transporta energia e matéria. (E) A velocidade de uma onda mecânica não depende do meio no qual se propaga. 13. A frequência do som emitido pela serene de certa ambulância é de 600 Hz. Um observador em repouso percebe essa frequência como sendo de 640 Hz. Con-sidere que a velocidade da onda emitida é de 1200 km/h e que não há obstáculos entre o observador e a ambulância. Com base nos dados acima, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. A ambulância ................. do observador com velocida-de de ............ . (A) afasta-se - 75 km/h (B) afasta-se - 80 km/h (C) afasta-se - 121 km/h (D) aproxima-se - 80 km/h (E) aproxima-se - 121 km/h 14. Considere um processo adiabático no qual o volu-me ocupado por um gás ideal é reduzido a 1/5 do volu-me inicial. É correto afirmar que, nesse processo, (A) a energia interna do gás diminui. (B) a razão T/p (T = temperatura, p = pressão) torna-se 5 vezes o valor inicial. (C) a pressão e a temperatura do gás aumentam. (D) o trabalho realizado sobre o gás é igual ao calor trocado com o meio externo. (E) a densidade do gás permanece constante.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 11. O princípio de funcionamento de uma câmara escura é de que a luz deve se propagar em linha reta. Resposta letra D. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 12. Analisando as alternativas temos: A “A” está errada, pois uma onda estacionária vibra entre extremidades fixas. A “B” está certa, pois o clarão de uma descarga é luz e esta é onda onda transversal. A “C” está errada, pois a frequência depende da fonte emissora e não do meio. A “D” está errada, pois ondas não transportam matéria. A “E” está errada, pois a velocidade de uma onda de-pende das características do meio. Resposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 13. De acordo com o enunciado o fenômeno tratado é o efeito Dopler e como a frequência percebida pelo ob-servador é maior que a que está sendo emitida pode-mos dizer que a ambulância se aproxima do obser-vador. Já a velocidade da ambulância pode ser calculada pela expressão:

fobservadorvonda  ±  vobservador

=ffonte

vonda  ±  vfonte

Aplicando os dados fornecidos na expressão teremos:

6401200±0

=600

1200-vfonte→

161200

=15

1200-vfonte

1200  -  vfonte  =15.120016

→vfonte=  1200  –  1125  =  75km/h Como a resposta mais próxima é 80 km/h a resposta então é a letra D. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 14. Em um processo adiabático onde o volume do gás se reduz, temos uma compressão adiabática. Neste pro-cesso onde o gás é comprimido rapidamente sua tem-peratura e pressão se elevam rapidamente sem trocas com a vizinhança. Portanto a energia interna aumenta, pois esta é direta-mente proporcional à temperatura do gás. Como o volume do gás se reduz a densidade do gás aumenta. No caso para a razão entre a pressão e o volume não é correta pois a relação entre a pressão e o volume é tal que: p1.V1

γ = p2.V2γ (onde γ é um coeficiente dado pela

razão entre os calores específicos do gás a pressão e volume constante. Resposta letra C.

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Instrução: As questões 15 e 16 referem-se aos enunciados e gráficos abaixo. O gráfico representa, em um processo isobárico, a va-riação em função em função do tempo da temperatura de uma amostra de um elemento puro cuja massa é de 1,0 kg, observada durante 9 minutos.

A amostra está no estado sólido a 0 oC no instante t = 0 e é aquecida por uma fonte de calor que lhe transmite energia a uma taxa de 2,0x103 J/min, supondo que não haja perda de calor. 15. A partir dos dados do gráfico, pode-se afirmar que esse elemento apresenta uma temperatura de fusão e um calor específico no estado líquido que são, respec-tivamente, (A) 70 oC e 180 J/(kg.K) (B) 70 oC e 200 J/(kg.K) (C) 40 oC e 150 J/(kg.K) (D) 40 oC e 180 J/(kg.K) (E) 40 oC e 200 J/(kg.K) 16. o processo que ocorre na fase sólida envolve um trabalho total de 0,1 kJ. Nessa fase, a variação da energia interna da amostra é (A) 6,1 kJ. (B) 5,9 kJ. (C) 6,0 kJ. (D) -5,9 kJ. (E) -6,1 kJ. 17. Materiais com mudança de fase são bastante utili-zados na fabricação de tecidos para roupas termor-reguladoras, ou seja, que regulam sua temperatura em função da temperatura da pele com a qual estão em contanto. Entre as fibras do tecido, são incluídas micro-cápsulas contendo, por exemplo, parafina, cuja tempe-ratura de fusão está próxima da pele, 31 oC. Considere que um atleta, para manter sua temperatura interna constante enquanto se exercita, libere 1,5x104 J de calor através da pele em contato com a roupa termo-reguladora e que o calor de fusão da parafina é LF = 2,0x105 J/kg. Para manter a temperatura de conforto da pele, a mas-sa de parafina encapsulada deve ser de, no mínimo, (A) 500 g. (B) 450 g. (C) 80 g. (D) 75 g. (E) 13 g.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 15. Como foi dito no enunciado a amostra está inicialmente no estado sólido, e como se observa no gráfico nos três primeiros minutos a amostra tem sua temperatura elevada, e a partir do instante de 4 min a temperatura passa a ser constante, indicando uma mudança de estado (fusão) a qual está ocorrendo a 40 oC de acordo com o gráfico. Já o estado líquido dessa amostra encontra depois da fusão, ou seja, após o sexto minuto. Para determinar o calor específico no estado líquido usamos a expressão do calor sensível:

Q = m.c.ΔT Mas precisamos antes da quantidade de calor forneci-da entre os instantes de 6 a 9 minutos. Como no enun-ciado foi fornecida a potência da fonte que fornece ca-lor (P = 2,0x103 J/min), podemos então usando a ex-pressão abaixo determinar a quantidade de calor forne-cida.

P  =Q∆t→  2000  =

Q3→  Q  =  6000J

Então o calor específico será:

6000 = 1.c.(70 – 40) 6000 = 30.c

c = 200 J/kg.oC Resposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 16. Para determinar a variação da energia interna usamos a primeira lei da termodinâmica:

ΔU = Q - W Porém antes precisaremos determinar a quantidade de calor recebida pela amostra no estado sólido (esta fase está no gráfico entre o instante de 0 a 3 min).

P  =Q∆t→  2000  =

Q3→  Q  =  6000J

Então a variação da energia interna será: ΔU = Q – W = 6000 – 0,1 = 5,9 kJ

Resposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 17. Para determinar a massa da parafina usamos a equa-ção do calor latente.

Q = m.L 1,5x104 = m.2,0x105 m = 0,075 kg = 75 g

Resposta letra D.

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18. Considere dois balões de borracha, A e B. O balão B tem excesso de cargas negativas; o balão A, ao ser aproximado do balão B, é repelido por ele. Por outro lado, quando certo objeto metálico isolado é aproxima-do do balão A, este é atraído pelo objeto. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que apa-recem. A respeito das cargas elétricas líquidas no balão A e no objeto, pode-se concluir que o balão A só pode ............ e que o objeto só pode............. . (A) ter excesso de cargas negativas – ter excesso de cargas positivas (B) ter excesso de cargas negativas – ter excesso de cargas positivas ou estar eletricamente neutro (C) ter excesso de cargas negativas – estar eletrica-mente neutro (D) estar eletricamente neutro – ter excesso de cargas positivas ou estar eletricamente neutro (E) estar eletricamente neutro – ter excesso de cargas positivas 19. Na figura, estão representados, no plano XY, linhas equipotenciais espaçadas entre si de 1 V.

Considere as seguintes afirmações sobre essa situa-ção. I – O trabalho realizado pela força elétrica para mover uma carga elétrica de 1 C de D até A é de -1 J. II – O módulo do campo elétrico em C é maior do que em B. III – O módulo do campo elétrico em D é zero. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 18. Para o balão A sofrer repulsão do balão B só se ele tiver carga do mesmo sinal que o balão B. Como o ba-lão B está carregado negativamente, então o balão A também está carregado negativamente ou com exces-so de cargas negativas. Já o corpo que foi aproximado do balão A e este sofreu atração pelo balão A. Para que isto ocorra temos duas hipóteses para o objeto: Primeira que o objeto esteja com carga de sinal con-trário à do balão A, no caso ele deve estar carregado positivamente. Segunda hipótese é que o objeto esteja neutro e por indução ele seja atraído pelo balão A ao ser aproxima-do. Portanto resposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 19. Analisando as afirmações temos: I – Falsa, pois a força elétrica não é capaz de deslocar uma carga positiva de um potencial mais baixo para um potencial mais alto sem um agente externo. II – Verdadeira, pois como as linhas de força do campo elétrico são perpendiculares à superfícies equipoten-ciais, então temos as linhas de força do campo abaixo.

Fica claro que no ponto C as linhas (em vermelho) de força do campo estão mais próximas do que em B, indicando que em C o campo é mais intenso. III – Falsa, pois em D há linhas de força de campo co-mo mostrado na figura acima, indicando que a intensi-dade do campo elétrico não é zero. Resposta letra B.

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20. Observe o segmento de circuito.

No circuito, VA = -20 V e VB = 10 V são os potenciais nas extremidades A e B; e R1 = 2kΩ, R2 = 8 kΩ e R3 = 5 kΩ são os valores das resistências elétricas presen-tes. Nessa situação, os potenciais nos pontos a e b são, respectivamente, (A) -24 V e 0 V. (B) -16 V e 0 V. (C) - 4 V e 0 V. (D) 4 V e 5 V. (E) 24 V e 5 V. 21. Considere o circuito formado por três lâmpadas idênticas ligadas em paralelo à bateria, conforme repre-senta a figura (1).

Como a chave C foi aberta na figura (2), considere as afirmações abaixo sobre a figura (2), em comparação à situação descrita na figura (1). I – A potência fornecida pela bateria é a mesma. II – A diferença de potencial aplicada a cada lâmpada acesa é a mesma. III – As correntes elétricas que percorrem as lâmpadas acesas são menores. Quais estão corretas? (A) Apenas II. (B) Apenas III. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 20. Como na questão temos um circuito série, vamos de-terminar a corrente e as diferenças de potenciais em cada resistor para descobrir por fim as ddp’s nos pon-tos a e b.

i  =UBAReq

=UB  -  UAReq

=10  -  (-20)15000

=  0,002  A

Determinando as ddp’s em cada resistor temos: U1 = R1.i = 2000.0,002 = 4 V U2 = R2.i = 8000.0,002 = 16 V U3 = R3.i = 5000.0,002 = 10 V Como a ddp vai decaindo do ponto B até o ponto A, então temos que se em B a ddp vale 10 V, no ponto b ela vale 10 V a menos, portanto 0 V, pois a ddp sobre o resistor R3 é 10 V. Como a ddp sobre o resistor R2 é de 16 V, então do ponto b até o ponto a deve ter uma redução de 16 V, então em a a ddp vale -16 V. O caminho inverso também é verdadeiro, por isso foi calculado a ddp sobre o resistor R1. Resposta letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 21. Analisando as afirmações sobre o circuito paralelo te-mos: I – Errada, pois é a potência dissipada pela bateria é dada por P = i.U, como é um circuito paralelo a d.d.p. é mantida constante sobre as lâmpadas, mas a corrente da fonte não é a mesma que passa pelas lâmpadas, está é dada por ifonte = i1 + i2 + i3, como as lâmpadas são iguais teremos as correntes iguais para o circuito com a chave fechada ifonte = i + i + i = 3i. Então a potência com a chave fechada é P = 3i.U. Com a chave aberta a lâmpada mais abaixo fica fora do circuito, e portanto, a potência será P = 2i.U. Com isso a potência se reduz com a chave aberta. II – Correta, como escrito acima, é um circuito paralelo e a d.d.p. é a mesma para todas as lâmpadas. III – Errada, como as lâmpadas são todas iguais então suas resistências também serão iguais, e consequente-mente as correntes que as percorrem também devem ser iguais. Pois para determinar as correntes teremos:

i = U/R Se “U” é o mesmo para todas e o “R” também, então a corrente será a mesma. Resposta letra A.

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22. Um trabalhador carregando uma esquadria metáli-ca de resistência elétrica R sobe, com velocidade de módulo constante, uma escada colocada abaixo de um fio conduzindo uma corrente elétrica intensa, i. A situa-ção está esquematizada na figura abaixo.

Assinale a alternativa correta sobre essa situação. (A) Como a esquadria tem, aos pares, lados paralelos, a força resultante exercida pelo fio acima é nula. (B) Visto que o fio não atravessa a esquadria, a lei de Ampère afirma que não existem correntes elétricas na esquadria. (C) À medida que sobe a escada, o trabalhador sente a esquadria “ficar mais leve”, resultado da força atrativa exercida pelo fio, como previsto pela lei de Biot-Savart. (D) À medida que sobe a escada, o trabalhador sente a espira “ficar mais pesada”, resultado da força de repul-são estabelecida entre a corrente elétrica no fio e a cor-rente elétrica induzida, conforme a lei de Faraday-Lenz. (E) Como o trabalhador sobe com velocidade de módu-lo constante, não há o aparecimento de corrente elétri-ca na esquadria. 23. Escolha a opção que associa as colunas da tabela abaixo, de modo a completar corretamente as lacunas pontilhadas nas reações nucleares indicadas na coluna da esquerda.

(A) (h) – (d) – (b) – (g) (B) (c) – (d) – (e) – (g) (C) (h) – (f) – (b) – (a) (D) (c) – (f) – (e) – (a) (E) (h) – (d) – (b) – (a)

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 22. Analisando as alternativas temos: Letra errada, pois como o trabalhador se aproxima do fio há uma variação do fluxo magnético sobre a expira e com isso uma corrente induzida que provocará o sur-gimento de uma força do fio sobre a esquadria. Letra B errada, pois há corrente induzida devido a va-riação do fluxo magnético sobre a esquadria. Letra C errada, pois ao se aproximar do fio o fluxo magnético aumenta sobre a esquadria fazendo a força de de repulsão sobre a esquadria aumentar, como es-sa força é para baixo, então a esquadria não “fica mais leve”. Letra D correta, pois como mencionado anteriormente, quando o trabalhador sobe a escada aproximando a esquadria do fio, ocorre uma variação do fluxo magné-tico induzindo na esquadria uma corrente induzida, de acordo com a lei de Faraday-Lenz, com isso a espira ao ser aproximada é repelida para baixo e o trabalha-dor sente a esquadria mais pesada. Letra E errada, pois surge corrente induzida pela varia-ção do fluxo magnético. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 23. Na primeira reação da tabela temos um átomo de Ra que se transforma em Rn, nesse processo como o átomo de Ra tem seu número atômico reduzido em duas unidades (de 88 para 86) e o número de massa em 4 unidades (de 222 para 218), então ele emitiu uma partícula alfa, pois esta tem número atômico 2 e massa 4 letra (h) na coluna da direita. Na segunda reação o átomo de Pm não sofre alteração em seu número atômico ou de massa, portanto a partí-cula emitida é a gama, pois esta é um fóton de alta energia correspondendo na coluna da direita a (f). Na terceira reação temos o átomo de C emitindo uma partícula beta negativa e um antineutrino, então quan-do o átomo de C sofre um decaimento beta (emite um elétron) o seu número de massa se mantém inalterado e o número atômico aumenta em uma unidade, cor-respondendo ao átomo de N na coluna da direita (b). Na quarta reação desconhecemos o átomo que sofre o decaimento beta (emitindo um pósitron) mais um neu-trino. Para esta reação novamente ao emitir essa partí-cula beta o número de massa não se altera mas no caso para a emissão do pósitron o número atômico do átomo que decai deve ser maior que o Na. Portanto le-tra na coluna da direita o elemento Mg (a). Reposta letra C.

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24. No texto abaixo, Richard Feynman, prêmio Nobel de Física de 1965, ilustra os conhecimentos sobre a luz no início do século XX. “Naquela época, a luz era uma onda nas segundas, quartas e sextas-feiras, e um conjunto de partículas nas terças, quintas e sábado. Sobrava o domingo para refletir sobre a questão!”

Fonte: QED-The Strange Theory of Light and Matter. Princeton University Press, 1985.

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo. ( ) As “partículas” que Feynman menciona são os fó-tons. ( ) A grandeza característica da onda que permite calcular a energia dessas “partículas” é a sua frequên-cia ν, através da relação E = hν. ( ) Uma experiência que coloca em evidência o com-portamento ondulatório da luz é o efeito fotoelétrico. ( ) O caráter corpuscular da luz é evidenciado por experiências de interferência e de difração. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é (A) F – V – F – F. (B) F – F – V – V. (C) V – V – F – V. (D) V – F – V – F. (E) V – V – F – F. 25. Os múons cósmicos são partículas de altas ener-gias, criadas na alta atmosfera terrestre. A velocidade de alguns desses múon (v) é próxima da velocidade da luz (c), tal que v2 = 0,998c2, e seu tempo de vida em referencial em repouso é aproximadamente t0 = 2x10-6 s. Pelas leis da mecânica clássica, com esse tempo de vida tão curto, nenhum múon poderia chegar ao solo, no entanto eles são detectados na Terra. Pelos postu-lados da relatividade restrita, o tempo de vida do múon em um referencial terrestre (t) e o tempo (t0) são rela-cionados pelo fator relativístico

γ = 1

1  -  v2

c2

.

Para um observador terrestre a distância que o múon pode percorrer antes de se desintegrar é, aproximada-mente, (A) 6,0x102 m . (B) 6,0x103 m. (C) 13,5x103 m. (D) 17,5x103 m. (E) 27,0x103 m.

RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 24. Analisando as afirmações da questão temos: A primeira é VERDADEIRA, pois fótons são partículas de luz ou radiação eletromagnética. A segunda é VERDADEIRA, pois de acordo com a quantização da energia de Max Plank a energia dessas partículas deverá ser diretamente proporcional à sua frequência ”ν” dada pela relação E = hν, como mos-trado na afirmação. A terceira é FALSA, pois a experiência do efeito foto-elétrico evidencia o comportamento CORPUSCULAR DA LUZ. A quarta é FALSA, pois experiências de interferência e difração demonstram o comportamento ONDULATÓ-RIO DA LUZ. Reposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 23. Para determinar a distância percorrida pelos múons pa-ra um referencial na Terra basta usar a relação:

d = v.t Porém o tempo “t” é o tempo medido por um observa-dor na Terra e este só pode ser obtido pela Teoria Es-pecial da Relatividade de Einstein dada pela equação abaixo:

t  =to

1- v2

c2

Substituindo os valores dados no enunciado podemos determinar o tempo para depois calcular a distância percorrida pelo múon.

t =2x10-6

1- 0,998c2

c2

=2x10-6

1-0,998=2x10-6

0,002=2x10-6

0,045≅  4,5x10-5s

Então a distância percorrida será: d = 3x108.4,5x10-5 = 13500 m Este valor é aproximado pois como o enunciado infor-ma, os múons se deslocam com velocidade aproxima-damente a da luz. Resposta letra C.