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UICN Atividades 2015 - Brasil

UICN Atividades 2015 - Brasil - cmsdata.iucn.orgcmsdata.iucn.org/downloads/atividades_uicn_2015_brasil.pdf · UICN permite o acesso a um banco de dados con-tendo diversas informações

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UICNAtividades 2015 - Brasil

Ao terminarmos 2015, já teremos 6 anos de atividades do escritório da UICN no Brasil. Neste período, e em especial neste ano, contamos com valiosas contribuições e parcerias. Membros, comissões e secretariado moveram-se juntos para alcançar os resultados que vão colocando tijo-linhos na construção da sustentabilidade. Assim, o enfrentamento das difi culdades inerentes a este tipo de trabalho, tem se tornado mais leve.

O rumo a ser seguido é o programa global da UICN, aprovado em 2012 em Jeju - Coreia do Sul - nosso último congresso, e que será renovado em 2016 no Congresso Mundial da Natureza no Havaí – EUA. No âmbito deste gigantesco acordo de trabalho, membros brasileiros e a equipe do secretariado identifi caram linhas de atuação estratégica, conforme ilustração abaixo. Como parte da estrutura de UICN-Sur, o Brasil se apresenta para uma presença mais efetiva e transformadora nesta rede global. Temos um convite aberto a você, para um engajamento ainda maior em 2016: va-mos juntos navegar nestes mares?

Luiz Fernando Krieger Merico Coordenador Nacional – UICN

Carta de Apresentação

Linhas de Atuação Estratégica da UICN no período 2012-2016

Conservação da Biodiversidade

Sistema de Monitoramento para Programas e Projetos de Restauração na Mata Atlântica

Em Abril de 2015, fi cou pronta a nova versão do portal web que hospeda o banco de dados e as fun-cionalidades para o monitoramento dos programas e projetos do PACTO pela Restauração da Mata Atlântica. O sistema, desenvolvido com o apoio da UICN permite o acesso a um banco de dados con-tendo diversas informações geográfi cas referentes à restauração fl orestal como, por exemplo, mapas e imagens de satélite contendo a localização de parceiros e áreas dos projetos em andamento, bem como dados sobre a situação atual da restauração no Brasil. Esse portal, que consumiu mais de 2160 horas de trabalho, tem como objetivo auxiliar o PACTO pela Restauração da Mata Atlântica a alcançar sua meta de um milhão de hectares restaurados até 2020, já comprometidos como contribuição para o Desafi o de Bonn. Este portal é uma ótima ferramenta de monitoramento, além de servir como modelo para

outras iniciativas de restauração em larga escala pelo mundo. O projeto foi apoiado também pela En-vironmental Systems Research Institute (ESRI), que doou as licenças dos softwares necessários para realizar o trabalho. Além disso, a UICN apoiou ainda o desenvolvi-mento de um portal de acesso remoto para aten-der às demandas de produtores rurais relacionadas ao cumprimento da legislação ambiental no estado de São Paulo. O portal é integrado aos demais sis-temas da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Portanto, produtores rurais podem, através dele, identifi car as características da área na qual está localizada a sua propriedade e obter um programa completo para plantio incluindo cus-tos, cronograma e atividades silviculturais a serem desenvolvidas. O portal permitirá ainda o monitora-mento de resultados dos projetos e programas de restauração no estado de São Paulo.

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Lista Vermelha de Ecossistemas

O escritório da UICN no Brasil, em parceria com a Comissão de Manejo de Ecossistemas - CEM da UICN, a PROVITA (Venezuela) e a Ecosystem Allian-ce, concluiu a terceira fase do projeto “O Brasil e a Lista Vermelha de Ecossistemas (LVE)”, cujo objeti-vo principal foi mobilizar atores chave de diversos setores da sociedade para discutir o processo de implementação da metodologia em nível nacional. Além disso, o projeto promoveu a capacitação de pessoas e organizações estratégicas por meio do desenvolvimento de vários estudos de caso locais, incluindo membros brasileiros da UICN como a Fundação Biodiversitas. A LVE é uma ferramen-ta que permite avaliar a saúde dos ecossistemas e quantifi car o risco de colapso em níveis local, re-gional e global. Cinco estudos de caso foram de-senvolvidos nessa fase do projeto, localizados nas regiões: Serra Geral, BA; Canga e Campos Rupes-tres, MG; Bacia do Tapajós, AM e Pantanal, MS e MT. O projeto foi um sucesso e a estratégia desen-volvida superou as expectativas, mesmo com o de-safi o enfrentado pela equipe de propor uma meto-dologia a um grupo diverso de instituições.

No dia 25 de Julho de 2015, foi realizado um evento de escala nacional, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação de Bio-diversidade - ICMBio, reunindo pesquisadores do país inteiro e representantes governamentais para discutir como a LVE pode fortalecer as políticas de conservação. A reunião foi crucial para debater o uso da Lista como ferramenta de suporte às estra-tégias de conservação, identifi car os desafi os para a implementação da LVE no Brasil, e discutir como as Listas Vermelhas, tanto de espécies como de ecossistemas, podem ajudar a fortalecer o Siste-ma Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Como resultado da reunião, o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente estão engajados no processo e interessados em utilizar uma abordagem ecossistê-mica para integrar as ferramentas de conservação já existentes. Os próximos passos serão no sentido de promover a multiplicação de estudos de caso, e investir na capacitação de atores estratégicos e na divulgação em larga escala dessa ferramenta no Brasil.

Seminário da LVE no dia 5 de Julho no auditório do ICMBio.Da esquerda para a direita: Luiz Merico - Coordenador Nacio-nal da UICN no Brasil, Tina Oliveira - PRO-VITA e CEM, Marcelo Marcelino - ICMBio

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Iº Simpósio Brasileiro da Fauna Sobre-explotada e Ameaçada de Extinção- SIMBRAFAUNA

O I SIMBRAFAUNA ocorreu entre os dias 4 e 6 de novembro em Porto de Galinhas, Pernambu-co, e foi realizado pelo Projeto Hippocampus, do Laboratório de Aquicultura Marinha (LABA-QUAC) - membro do comitê brasileiro - em parceria com o escritório da UICN no Brasil. O evento pro-moveu o primeiro encontro da Comissão de Sobre-vivência de Espécies (SSC/IUCN) e possibilitou a troca de conhecimentos sobre espécies da fauna brasileira que se encontram fragilizadas, reunindo áreas como pesquisa científi ca, políticas públicas e conservação. Participaram pessoas de renome na área, nacional e internacionalmente, represen-tantes de órgãos públicos ambientais e estudantes, ampliando o alcance das discussões para além da agenda científi ca e norteando as políticas públicas do Brasil. O simpósio contou com o apoio do SE-BRAE, Complexo Portuário de Suape e Enotel. A equipe do escritório brasileiro da UICN teve papel fundamental na organização do evento. Foi promovida uma reunião aberta para divulgar a atuação da União no país e mobilizar os membros

da Comissão de Sobrevivência de Espécies, com ativa participação do Grupo Especialista em Tapir (TSG/IUCN), representado pela Patrícia Me-dici, e do Grupo Especialista em Reprodução para Conservação (CBSG/IUCN), representado pelo Arnauld Desbiez. Além disso, uma mesa redonda foi promovida com os representantes governamentais Marília Ma-rini (Ministério do Meio Ambiente - MMA), Rosana Subirá (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio), Marcos Costa (Ministério Público Federal - MPF) e com o Secretário Execu-tivo de Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, Carlos André Cavalcanti. A mesa discutiu estraté-gias nacionais e locais integradas para a conserva-ção de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da fl ora. O simpósio foi importante para mobilizar atores estratégicos para a agenda de espécies no país, e a UICN seguirá apoiando iniciativas como esta para a união de esforços de diversas institui-ções, visando potencializar resultados em escala nacional.

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Da esquerda para a direita: Carlos André Cavalcante (Secretário Executivo de Meio Ambiente de Per-nambuco), Rosana Subirá (ICMBio), Rosana Beatriz (Projeto Hippocampus), Carolina Marques (UICN), Marilia Marini (MMA) e Marcos Costa (MPF)

Governança para a Sustentabilidade

do Pantanal e do meio de vida de seus habitantes. Uma nova reunião foi realizada no dia 30 de mar-ço, em Campo Grande MS na qual foi assinado o acordo constitutivo da plataforma. Durante o resto do ano, diversas reuniões foram realizadas para se estabelecer a estratégia de atuação do Observató-rio com relação aos seus temas primários (Lei do Pantanal, hidrovia e hidrelétricas) e defi nir seu plano de ação.

O processo de criação do Observatório foi subsi-diado pelo estudo que resultou na publicação “Pan-tanal por Inteiro, não pela metade”, uma completa análise para avaliar os impactos da cultura de soja no bioma, bem como identifi car as ameaças à sua integridade. O material foi utilizado ainda para pro-mover uma discussão de alto nível em um even-to pararelo organizado pela UICN durante a COP de Ramsar - Áreas Úmidas, realizada em Punta del Este, Uruguai. Nesta ocasião, a situação do Panta-nal foi debatida com organizações estratégicas de países vizinhos com o objetivo de identifi car pos-síveis soluções convergentes para problemas em comum.

O Observatório do Pantanal é o principal resulta-do do projeto Incidência Política no Pantanal, que foi fi nanciado pela Ecosystem Alliance, uma parce-ria de 5 anos entre a IUCN Holanda, Both ENDS e Wetlands International. O projeto busca o fortaleci-mento das capacidades de organizações e comu-nidades locais para aumentar a sua força de inci-dência política e a sua capacidade de articulação e atuação estratégica em prol da região do Pantanal.

O Observatório surgiu da necessidade de uma atuação coordenada, na qual os esforços individu-ais sejam somados para potencializar resultados, e foi estruturado de forma participativa a partir das demandas das organizações locais. A proposta de criação desta plataforma foi apresentada em reunião nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2015, e aprovada por todas as 15 instituições presentes no evento, que inclui o WWF Brasil, membro da UICN. A missão do Observatório é articular organizações da sociedade civil, povos e comunidades tradicio-nais, associações profi ssionais e representações setoriais de modo a fortalecer a atuação destas entidades que trabalham em prol da conservação

Observatório do PantanalParticipantes da

Reunião de adesão ao Observatório do

Pantanal, ocorrida no dia 30 de março em Campo Grande, MS

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Painel Brasileiro de Biodiversidade - PainelBio A iniciativa “Diálogos sobre Biodiversidade: cons-truindo a estratégia brasileira para 2020” reuniu os diversos setores da sociedade brasileira para de-bater e sugerir metas de biodiversidade para 2020, no marco da Convenção de Diversidade Biológica – CDB de Nagoya, Japão (COP-10). Mais de 280 instituições e 400 pessoas participaram do proces-so. Uma consulta pública virtual também foi condu-zida, ampliando ainda mais a participação da so-ciedade. Em 2012, as propostas resultantes destes “Diálogos” foram encaminhadas ao governo e sub-metidas a consulta pública e à CONABIO, a qual, em agosto de 2013, aprovou um conjunto de Metas para a Biodiversidade para 2020. Durante todo este processo de discussão, formulou-se a proposta de criação de uma plataforma colaborativa multi-seto-rial para fomentar o alcance das Metas de Aichi e das Metas Nacionais de Biodiversidade. Nasceu, assim, o Painel Brasileiro de Biodiver-sidade - PainelBio, uma plataforma colaborativa com a missão de “Contribuir para a conservação e uso sustentado da biodiversidade brasileira, pro-movendo sinergias entre instituições e áreas de

conhecimento, disponibilizando informação cien-tífi ca para a sociedade, fomentando capacitações em diversos níveis e subsidiando tomadas de deci-são e políticas públicas para o alcance das Metas de Aichi no Brasil”. Membros brasileiros da UICN participam desta iniciativa, incluindo a Fundação Museu do Homem Americano FUMDHAM, Fun-dação Vitória Amazônica - FVA, Instituto de De-senvolvimento Sustentável Mamirauá - IDSM e o Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ. A principal linha de ação do PainelBio para o ano de 2015 foi a realização se uma série de ofi cinas de trabalho com a participação de diversos setores da sociedade para defi nir potenciais indicadores para avaliar o alcance das Metas. Os membros da pla-taforma foram capacitados para utilizar a metodo-logia de trabalho proposta pelo WCMC/Biodiversity Indicators Partnership e grupos temáticos foram or-ganizados de acordo com os cinco Objetivos Estra-tégicos. Estes indicadores serão operacionalizados e disponibilizados para toda a sociedade e fornece-rão subsídios para a elaboração de planos de ação.

No dia 14 de setembro foi realizado em Bra-sília uma reunião visando validar a proposta de indicadores resultante das ofi cinas de trabalho promovidas ao longo do ano. Além disso, foram discutidos os próximos passos do PainelBio, tendo como foco as ações necessárias para a operacionalização desses indicadores. Paralela-mente, os resultados desse processo serão en-caminhados para a CONABIO como contribuição do PainelBio para as ações de consolidação dos avanços para o alcance das Metas Nacionais de Biodiversidade, e ainda para o alcance das Me-tas de AICHI no âmbito da Convenção da Diver-sidade Biológica – CDB.

Reunião do Conselho Deliberativo do PainelBio

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Painel Brasileiro para o Futuro do Oceano - PainelMar A proposta de criação do Painel Brasileiro para o Futuro do Oceano – PainelMar surgiu em 2015 da necessidade de mobilização e constituição de uma iniciativa para lidar com problemas e oportunidades emergentes na agenda marinho-costeira no Brasil. Esta iniciativa conta com a parceria de membros brasileiros como a Universidade Federal de San-ta Catarina - UFSC, Conservação Internacional - Brasil e a Fundação Grupo Boticário de Prote-ção à Natureza. A primeira fase da mobilização e constituição da plataforma foi executada pelo es-critório brasileiro da UICN, com o apoio do Instituto Linha D’água, e culminou no workshop inaugural realizado nos dias 3 e 4 de agosto, em Brasília. O evento visou engajar pessoas e instituições que trabalham pela conservação dos ambientes mari-nhos e costeiros do Brasil, a fi m de debater uma es-tratégia coletiva e facilitar a articulação institucional para se promover a criação do PainelMar. Foi pos-sível construir coletivamente a missão da iniciativa, que consiste em atuar como plataforma colabora-tiva multisetorial de indivíduos e organizações na interface do conhecimento e tomadas de decisão, visando a qualifi cação de políticas para o uso sus-tentável e saúde dos oceanos. Todos os indivíduos e organizações presentes apoiaram a criação do PainelMar e irão cooperar com os próximos passos de sua consolidação. Os próximos passos consis-tem em formalizar a criação da plataforma com o Acordo Constitutivo e defi nir um plano de ação para os próximos anos. Um grupo de trabalho foi forma-do e está trabalhando para assegurar a continuida-de desta importante iniciativa.

Os participantes do workshop foram dividios em grupos para o esta-

belecimento da missão do PainelMar

A segunda dinâmica de grupo tratou dos insumos

para o desenvolvimento do plano estratégico

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Manejo de Ecossistemas

A parceria entre UICN e a Nespresso chegou a sua terceira fase em 2015. Anteriormente, foram realizadas análises pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ para avaliar os impactos da atividade cafeicultora no Cerrado Mineiro, e principalmente, para idealizar a articulação de uma plataforma colaborativa chamada Consór-cio Cerrado das Águas que teria como objetivo melhorar as práticas de gestão do solo e água, facilitar o fl uxo de informações entre os agentes envolvidos e estimular e facilitar a regularização de propriedades rurais de acordo com as leis ambientais brasileiras. No dia 6 de agosto foi realizada uma reunião em Patrocínio, Minas Gerais, para discutir a po-tencial atuação do Consórcio, visando consoli-dar um plano para os próximos anos. Este pla-nejamento envolve o desenvolvimento de um plano de ação que esteja focado em promover impactos positivos na paisagem do Cerrado Mi-neiro, com base em alvos de atuação defi nidos, em análises da situação atual e de cenários projetados considerando a legislação ambiental brasileira, e que inclua um plano de sustentabi-lidade fi nanceira para a iniciativa.

Envolve ainda o desenvolvimento de uma iden-tidade visual para o Consórcio e de uma estra-tégia de comunicação, embasada por uma vi-são de futuro que esteja ancorada em análises quantitativas específi cas capazes de projetar o impacto poisitivo do Consórcio na paisagem do Cerrado Mineiro. Depois de três anos de traba-lho, a constituição da plataforma será formali-zada em cerimônia com os membros do Con-sórcio.

Consórcio Cerrado das Águas

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Ampliação e Intensificação de Investimentos Privados em Restauração de Paisagens O PILaR (Private Investment on Landscape Restoration) é um proje-to cujo foco principal é a mobilização de recursos fi nanceiros para o ganho de escala das ações em restauração de paisagens. Em 2015, sua principal linha de ação foi o suporte ao desenvolvimento de es-tratégias estaduais de restauração, com base na implementação da metodologia ROAM no Brasil. Esta ferramenta estabelece métodos de análise para a identifi cação de oportunidades para restauração. Este trabalho está sendo desenvolvido em parceria com membros e colaboradores em quatro estados: Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Distrito Federal. Participam desta iniciativa alguns mem-bros como o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste - CE-PAN e o Instituto ÇaraKura. Além disso, outra prioridade em 2015 foi a sistematização dos resultados alcançados nos anos anteriores de implementação do Projeto PILaR (2013 e 2014). Foram produzidos diversas publicações, como:

• Iniciativa BNDES Mata Atlântica (IBMA).

A publicação trata da primeira experiência de apoio não reembolsá-vel à restauração ecológica na Mata Atlântica, na qual foram analisa-dos 14 projetos nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.

• Protocolo de Monitoramento de Projetos e Programas de Restauração Florestal

Este importante material produzido pelos membros do PACTO pela Restauração da Mata Atlântica foi fi nalmente impresso e está sen-do distribuído. Além disso, as versões em inglês e espanhol também foram revisadas, diagramadas e impressas para permitir a dissemi-nação do trabalho realizado no Brasil em outros países do mundo, especialmente na América Latina.

• Livro “Os Caminhos da Restauração de Paisagens e Flores-tas no Brasil”

O livro é um compêndio não acadêmico de perspectivas sobre a via-bilidade da construção de paisagens produtivas sustentáveis a partir de ações de restauração de paisagens fl orestais em larga escala. Di-versas lideranças foram convidadas para redigir textos complementa-res que oferecem uma visão otimista de futuro, delineando caminhos, soluções e alternativas para dar escala à restauração de paisagens no Brasil. O livro está em fase de editoração e será publicado no início de 2016.

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Acelerando Ações em Restauração O projeto Accelerating Action Norway busca cata-lisar processos que contribuam para a restauração ecológica, fortalecer a Parceria Global para Restau-ração de Paisagens e Florestas (GPFLR) e ajudar a consolidar contribuições nacionais e subnacionais para o Desafi o de Bonn. O escritório brasileiro da UICN começou o projeto estabelecendo diálogos estratégicos com redes, organizações e indivíduos engajados ao tema em âmbito nacional. Além disso, foi promovido o alinhamento de ações subnacionais considerando o contexto brasileiro e oportunidades relacionadas ao cenário internacional.

Por meio da aplicação da Metodologia de Análise de Oportunidades de Restauração (ROAM), ferra-menta desenvolvida a partir da colaboração entre UICN e World Resource Institute (WRI), governos estaduais estão sendo apoiados no desenvolvimen-to de estratégias subnacionais de restauração. Ao serem geradas informações estratégicas alinhadas a planos de ação, aumenta-se a confi ança dos go-vernos para a formalização de compromissos mais expressivos para o alcance da meta do Desafi o de Bonn. Nos dias 14 e 15 de setembro foi realizado um importante encontro chamado de “Diálogos para a Restauração”, que contou com profi ssionais e instituições de diversos estados e regiões do país. Durante o evento, desafi os e oportunidades foram debatidos a fi m de identifi car convergências que serviram como base para a construção do docu-mento “Diálogos pela Restauração – Compromissos 2015”- um conjunto de propostas para o alcance das Metas Nacionais de Biodiversidade, especial-mente as metas 14 e 15.

Mesa de debate do Diálogos pela Restauração, 14 de setembro. Da esquerda para a direita: Ricardo Rodri-gues - ESALQ, Camila Rezende - FBDS, Severino Ribeiro - CEPAN, Daniel Vieira - EMBRAPA, Luiz Merico - UICN

Participantes do primeiro dia do evento Diálogos pela Restauração

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Áreas Protegidas

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Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação – CBUC

A equipe do escritório brasileiro da UICN trabalhou para apoiar uma série de eventos e atividades realizadas durante o Congresso Brasileiro de Uni-dades de Conservação – CBUC, brilhantemente organizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em Curitiba no mês de setembro de 2015. O evento foi o ponto culminante de uma articulação que se iniciou como preparação para O Congresso Mundial de Parques da UICN, reali-zado no fi nal de 2014 em Sidney – Austrália. Este grande evento nos deu a oportunidade de promover uma mobilização de lideranças e instituições que trabalham com áreas protegidas no Brasil, o que consolidou as bases para a organização de uma reunião ampliada no Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação – CBUC. O resultado deste processo foi uma revitalização da WCPA-UICN (Co-missão Mundial de Áreas Protegidas) no Brasil. A defi nição de um comitê diretivo e pontos focais fortaleceu esta comissão e já gerou frutos em outros importantes eventos da área, tal como o SAPIS, e novas articulações como a Coalizão Pró-UCs. Houve um expressivo aumento de solicitações de fi lia-ção à esta comissão, o que reforçará a existência de uma comunidade de conservação no Brasil – extremamente importante para enfrentar os desafi os vindouros.