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Um estudo exploratório sobre o suicídio nas forças policiais portuguesas 1 2 Susana Matias Santos & Cristina Queirós 1 Psicóloga, Mestre em Medicina Legal pelo ICBASUP ([email protected]) 2 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto ([email protected]) FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DO PORTO UNIVERSIDADE DO PORTO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR INTRODUÇÃO O suicídio é um fenómeno que atravessa toda a sociedade e todos os tempos, não existindo ninguém nem nenhuma profissão imune ao suicídio (Durkheim, 1982). A profissão de polícia é reconhecida mundialmente como uma das que se encontra em maior risco de vir a ter comportamentos suicidários (Blum, 2000; Hackett & Violanti, 2003; Violanti, 1995, 1996, 2004), pois apresenta características únicas, nas quais se destacam a nível da instituição, a estrutura organizacional da Polícia, a cultura policial, o isolamento social próprio desta actividade e a imagem pública negativa (Brown & Campbell, 1994; Marzuk et al., 2002). A incidência do suicídio nos elementos policiais tem vindo a aumentar a nível mundial (Rothmann & Rensburg, 2001), o que levou Violanti (1996) a afirmar que os polícias que se matam são em maior número do que aqueles que são mortos por terceiros. Em Portugal o número de suicídios de polícias tem aumentado (de 3 casos em 2003 para 6 casos em 2007) mas só em 2007 o Ministério da Administração Interna esboçou um plano de prevenção que contempla entre outras medidas a criação de linhas SOS e a reorganização dos cuidados de saúde mental nas Polícias (Sampaio, 2007). OBJECTIVOS Perante a escassez de estudos sobre o fenómeno em Portugal (Ribeiro e Carmo, 2001; Silva, 2002; Santos, 2007), propusemo-nos estudar a ideação/comportamentos suicidários em polícias, tentando verificar se varia em função da existência de experiências profissionais potencialmente ameaçadoras e perturbadoras, dos índices de depressão e desânimo, e de características individuais. METODOLOGIA Participantes: A amostra é constituída por voluntários do sexo masculino, num total de 78 elementos provenientes da P.S.P., G.N.R. e P.J. (Tabela 1). A maioria (69%) possui até ao 12º ano de escolaridade, têm entre 22 e 56 anos (média=34.6 D.P.=8.3), são maioritariamente casados ou a viver em união de facto (69%), têm filhos com idades entre 1 e 10 anos (45%) e não se encontram deslocados das respectivas famílias (81%). Situam-se em categorias da base da hierarquia destas três forças policiais (agentes, soldados e inspectores, 83%) e têm um tempo de serviço médio de 11 anos (D.P.=7.4). Tabela 1 – Distribuição da amostra por força policial Material: Questionário de auto-preenchimento com caracterização sócio-demográfica, da actividade policial, da satisfação profissional e da ideação e comportamentos suicidários. Incluiu ainda o Beck Depression Inventory (BDI, Diegas & Cardoso, 1986) e a Beck Hopelessness Scale (BHS, Beck et al., 1974). Procedimentos: Os dados foram recolhidos em 2006, junto de elementos das três forças policiais que voluntariamente aceitaram participar no estudo, sendo contactados informalmente através de outros elementos policiais que frequentavam mestrados na Universidade do Porto. Estes alunos aceitaram, fora da instituição policial, apresentar as autoras a outros colegas que voluntariamente aceitaram participar neste estudo exploratório e que fora da instituição preencheram os questionários anonimamente. RESULTADOS E CONCLUSÕES Os dados permitiram concluir que todos os inquiridos já assistiram a uma variedade de acontecimentos traumáticos característicos da actividade policial (eg: acidentes de viação graves, crianças sexualmente abusadas ou mal-tratadas, ferimentos ou suicídio de colegas, homicídios, etc.), o que segundo Violanti (1996) os torna mais vulneráveis ao suicídio. A PSP é a força mais insatisfeita no trabalho (Tabela 2), existindo na amostra total uma baixa satisfação com o trabalho, o que é preocupante dada a importância que o contexto organizacional exerce no suicídio (Dowler, 2005; Violanti, 1996). Encontramos valores baixos de desânimo e depressão nas três forças policiais (Tabela 3), apesar da PSP apresentar valores ligeiramente superiores. A satisfação no trabalho correlaciona-se negativamente com a depressão e o desânimo (Tabela 4) e existem correlações positivas entre o índice de depressão e as várias questões que caracterizavam o comportamento suicidário (e.g. já pensou suicidar-se, já redigiu notas de suicídio, etc.), apresentando alguns inquiridos valores de depressão moderada. Estes dados são concordantes com estudos que referem que a depressão constitui um factor de risco para o suicídio (Peixoto et al., 2006; Silva, 2002). Existem também correlações positivas entre o índice de desânimo e o consumo de várias substâncias (e.g. bebidas destiladas, tranquilizantes, anti- depressivos e indutores de sono). Encontramos 9 inquiridos que admitem já ter idealizado ou praticado tentativas de suicídio, e dos métodos seleccionados para praticar o suicídio, destaca-se a arma de fogo, resultado consistente com estudos que referem que o método privilegiado de suicídio usado pelos polícias é a arma de serviço (Marzuk et al., 2002; Ribeiro e Carmo, 2001; Violanti, 1995, 1996). Há ainda 8 inquiridos que referem ter familiares que cometeram suicídio, sendo estes sobretudo do sexo masculino. A ideação/comportamentos suicidas não parece ser influenciada por características individuais, como a idade, tempo de serviço, estado civil, habilitações literárias, existência de filhos e estar deslocado em serviço. Apesar de termos inquirido uma amostra de voluntários não representativa de cada uma das forças policiais, constatamos que os inquiridos apresentam resultados compatíveis com os de estudos internacionais (nomeadamente os desenvolvidos por Violanti, 1995, 1996, 1997, 2004) e que a insatisfação com o trabalho e a depressão constituem já sinais de alerta. Apesar das características exploratórias deste estudo, os resultados revelam que o suicídio nas forças policiais portuguesas é um fenómeno preocupante, traduzido nos cerca de 12% dos inquiridos que já pensaram ou tentaram mesmo o suicídio. Tabela 2 – Comparação das médias da satisfação no trabalho por força policial Tabela 3 – Comparação das médias do desânimo e depressão por força policial Tabela 4 – Correlação entre a satisfação no trabalho e o desânimo e depressão (R de Person) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Beck, A., Weissman, A., Lester, D. & Trexler, L. (1974). The measurement of pessimism: the hopelessness scale. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 42 (6), 861-865. - Blum, L. (2000). Force under pressure – how cops live and why they die. New York: Lantern Books. - Brown, J. M. & Campbell, E. A. (1994). Stress and Policing: Sources and Strategies. Chichester: John Wiley & Sons. - Diegas, M. & Cardoso, R. (1986). Escalas de auto-avaliação da depressão – estudos de correlação. Psiquiatria Clínica, 7 (2), 141-145. - Dowler, K. (2005). Job satisfaction, burnout and perception of unfair treatment: the relationship between race and police work. Police Quarterly, 8 (4), 476-489. - Durkheim, E. (1982). O suicídio: estudo sociológico. Lisboa: Editorial Presença. - Hackett, D.P. & Violanti, J.M. (2003). Police suicide: tactics for prevention. Springfield: Charles C. Thomas Publisher. - Marzuk, P., Nock, M., Leon, A., Portera, L. & Tardiff, K. (2002). Suicide among New York city police officers, 1977-1996. American Journal Psychiatric, 159, 2069-2071. - Peixoto, A., Nunes, M. & Azenha, S. (2006). Comportamento suicidário e ideação suicida: caracterização clínica e análise de resultados em 384 doentes. Saúde Mental, 8 (2), 18-26. - Ribeiro e Carmo, I. (2001). O Suicídio na PSP. Dissertação de Licenciatura do Curso de Formação de Oficiais de Polícia. Lisboa: ISCPSI. - Rothmann, S. & Rensburg, P. (2001). Psychological strengths, coping and suicide ideation in the South African Police Services in the North West Province. In: http:// www.workwellness.co.za/Pages/Papers/paper4_2001.pdf, acedido em Outubro de 2006. - Sampaio, D. (2007). Suicídio nas polícias. Pública (Jornal Público), 11/11/2007, p.82. - Santos, S.M.S.F.M. (2007). Suicídio nas forças policiais: um estudo comparativo na PSP, GNR e PJ. Dissertação de Mestrado em Medicina Legal. Porto: ICBASUP. - Silva, F. (2002). O suicídio na instituição policial – os factores pessoais e organizacionais. Dissertação de Licenciatura do Curso de Formação de Oficiais de Polícia. Lisboa: ISCPSI. - Violanti, J. (1995). The mystery within: understanding police suicide. FBI Law Enforcement Bulletin, 64 (2), 19-23. - Violanti, J. (1996). Police Suicide: Epidemic in Blue. Springfield: Charles C. Thomas. - Violanti, J. (1997). Suicide and the police role: a psychological model. Policing Bradford, 20 (4), 698. - Violanti, J. (2004). Predictors of police suicide ideation. Suicide and Life- Threatening Behavior, 34 (3), 277-283. 7º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde (Porto, Janeiro 2008)

Um estudo exploratório sobre o suicídio nas forças ... · O suicídio é um fenómeno que atravessa toda a sociedade e todos os tempos, não existindo ninguém nem nenhuma profissão

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Um estudo exploratóriosobre o suicídio nas forçaspoliciais portuguesas

1 2Susana Matias Santos & Cristina Queirós1Psicóloga, Mestre em Medicina Legal pelo ICBASUP ([email protected])

2Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto ([email protected])

FACULDADE DE PSICOLOGIAE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DO PORTOUNIVERSIDADE DO PORTOINSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR

INTRODUÇÃO

O suicídio é um fenómeno que atravessa toda a sociedade e todos os tempos, não existindo ninguém nem nenhuma profissão imune ao suicídio (Durkheim, 1982). A profissão de polícia é reconhecida mundialmente como uma das que se encontra em maior risco de vir a ter comportamentos suicidários (Blum, 2000; Hackett & Violanti, 2003; Violanti, 1995, 1996, 2004), pois apresenta características únicas, nas quais se destacam a nível da instituição, a estrutura organizacional da Polícia, a cultura policial, o isolamento social próprio desta actividade e a imagem pública negativa (Brown & Campbell, 1994; Marzuk et al., 2002). A incidência do suicídio nos elementos policiais tem vindo a aumentar a nível mundial (Rothmann & Rensburg, 2001), o que levou Violanti (1996) a afirmar que os polícias que se matam são em maior número do que aqueles que são mortos por terceiros. Em Portugal o número de suicídios de polícias tem aumentado (de 3 casos em 2003 para 6 casos em 2007) mas só em 2007 o Ministério da Administração Interna esboçou um plano de prevenção que contempla entre outras medidas a criação de linhas SOS e a reorganização dos cuidados de saúde mental nas Polícias (Sampaio, 2007).

OBJECTIVOS

Perante a escassez de estudos sobre o fenómeno em Portugal (Ribeiro e Carmo, 2001; Silva, 2002; Santos, 2007), propusemo-nos estudar a ideação/comportamentos suicidários em polícias, tentando verificar se varia em função da existência de experiências profissionais potencialmente ameaçadoras e perturbadoras, dos índices de depressão e desânimo, e de características individuais.

METODOLOGIA

Participantes: A amostra é constituída por voluntários do sexo masculino, num total de 78 elementos provenientes da P.S.P., G.N.R. e P.J. (Tabela 1). A maioria (69%) possui até ao 12º ano de escolaridade, têm entre 22 e 56 anos (média=34.6 D.P.=8.3), são maioritariamente casados ou a viver em união de facto (69%), têm filhos com idades entre 1 e 10 anos (45%) e não se encontram deslocados das respectivas famílias (81%). Situam-se em categorias da base da hierarquia destas três forças policiais (agentes, soldados e inspectores, 83%) e têm um tempo de serviço médio de 11 anos (D.P.=7.4).

Tabela 1 – Distribuição da amostra por força policial

Material: Questionário de auto-preenchimento com caracterização sócio-demográfica, da actividade policial, da satisfação profissional e da ideação e comportamentos suicidários. Incluiu ainda o Beck Depression Inventory (BDI, Diegas & Cardoso, 1986) e a Beck Hopelessness Scale (BHS, Beck et al., 1974).

Procedimentos: Os dados foram recolhidos em 2006, junto de elementos das três forças policiais que voluntariamente aceitaram participar no estudo, sendo contactados informalmente através de outros elementos policiais que frequentavam mestrados na Universidade do Porto. Estes alunos aceitaram, fora da instituição policial, apresentar as autoras a outros colegas que voluntariamente aceitaram participar neste estudo exploratório e que fora da instituição preencheram os questionários anonimamente.

RESULTADOS E CONCLUSÕES

Os dados permitiram concluir que todos os inquiridos já assistiram a uma variedade de acontecimentos traumáticos característicos da actividade policial (eg: acidentes de viação graves, crianças sexualmente abusadas ou mal-tratadas, ferimentos ou suicídio de colegas, homicídios, etc.), o que segundo Violanti (1996) os torna mais vulneráveis ao suicídio.

A PSP é a força mais insatisfeita no trabalho (Tabela 2), existindo na amostra total uma baixa satisfação com o trabalho, o que é preocupante dada a importância que o contexto organizacional exerce no suicídio (Dowler, 2005; Violanti, 1996). Encontramos valores baixos de desânimo e depressão nas três forças policiais (Tabela 3), apesar da PSP apresentar valores ligeiramente superiores.

A satisfação no trabalho correlaciona-se negativamente com a depressão e o desânimo (Tabela 4) e existem correlações positivas entre o índice de depressão e as várias questões que caracterizavam o comportamento suicidário (e.g. já pensou suicidar-se, já redigiu notas de suicídio, etc.), apresentando alguns inquiridos valores de depressão moderada. Estes dados são concordantes com estudos que referem que a depressão constitui um factor de risco para o suicídio (Peixoto et al., 2006; Silva, 2002). Existem também correlações positivas entre o índice de desânimo e o consumo de várias substâncias (e.g. bebidas destiladas, tranquilizantes, anti-depressivos e indutores de sono).

Encontramos 9 inquiridos que admitem já ter idealizado ou praticado tentativas de suicídio, e dos métodos seleccionados para praticar o suicídio, destaca-se a arma de fogo, resultado consistente com estudos que referem que o método privilegiado de suicídio usado pelos polícias é a arma de serviço (Marzuk et al., 2002; Ribeiro e Carmo, 2001; Violanti, 1995, 1996). Há ainda 8 inquiridos que referem ter familiares que cometeram suicídio, sendo estes sobretudo do sexo masculino.

A ideação/comportamentos suicidas não parece ser influenciada por características individuais, como a idade, tempo de serviço, estado civil, habilitações literárias, existência de filhos e estar deslocado em serviço.

Apesar de termos inquirido uma amostra de voluntários não representativa de cada uma das forças policiais, constatamos que os inquiridos apresentam resultados compatíveis com os de estudos internacionais (nomeadamente os desenvolvidos por Violanti, 1995, 1996, 1997, 2004) e que a insatisfação com o trabalho e a depressão constituem já sinais de alerta. Apesar das características exploratórias deste estudo, os resultados revelam que o suicídio nas forças policiais portuguesas é um fenómeno preocupante, traduzido nos cerca de 12% dos inquiridos que já pensaram ou tentaram mesmo o suicídio.

Tabela 2 – Comparação das médias da satisfação no trabalhopor força policial

Tabela 3 – Comparação das médias do desânimo e depressãopor força policial

Tabela 4 – Correlação entre a satisfação no trabalho e odesânimo e depressão (R de Person)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Beck, A., Weissman, A., Lester, D. & Trexler, L. (1974). The measurement of pessimism: the hopelessness scale. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 42 (6), 861-865.

- Blum, L. (2000). Force under pressure – how cops live and why they die. New York: Lantern Books.

- Brown, J. M. & Campbell, E. A. (1994). Stress and Policing: Sources and Strategies. Chichester: John Wiley & Sons.

- Diegas, M. & Cardoso, R. (1986). Escalas de auto-avaliação da depressão – estudos de correlação. Psiquiatria Clínica, 7 (2), 141-145.

- Dowler, K. (2005). Job satisfaction, burnout and perception of unfair treatment: the relationship between race and police work. Police Quarterly, 8 (4), 476-489.

- Durkheim, E. (1982). O suicídio: estudo sociológico. Lisboa: Editorial Presença.- Hackett, D.P. & Violanti, J.M. (2003). Police suicide: tactics for prevention.

Springfield: Charles C. Thomas Publisher.- Marzuk, P., Nock, M., Leon, A., Portera, L. & Tardiff, K. (2002). Suicide among

New York city police officers, 1977-1996. American Journal Psychiatric, 159, 2069-2071.

- Peixoto, A., Nunes, M. & Azenha, S. (2006). Comportamento suicidário e ideação suicida: caracterização clínica e análise de resultados em 384 doentes. Saúde Mental, 8 (2), 18-26.

- Ribeiro e Carmo, I. (2001). O Suicídio na PSP. Dissertação de Licenciatura do Curso de Formação de Oficiais de Polícia. Lisboa: ISCPSI.

- Rothmann, S. & Rensburg, P. (2001). Psychological strengths, coping and suicide ideation in the South African Police Services in the North West Province. In: http:// www.workwellness.co.za/Pages/Papers/paper4_2001.pdf, acedido em Outubro de 2006.

- Sampaio, D. (2007). Suicídio nas polícias. Pública (Jornal Público), 11/11/2007, p.82.

- Santos, S.M.S.F.M. (2007). Suicídio nas forças policiais: um estudo comparativo na PSP, GNR e PJ. Dissertação de Mestrado em Medicina Legal. Porto: ICBASUP.

- Silva, F. (2002). O suicídio na instituição policial – os factores pessoais e organizacionais. Dissertação de Licenciatura do Curso de Formação de Oficiais de Polícia. Lisboa: ISCPSI.

- Violanti, J. (1995). The mystery within: understanding police suicide. FBI Law Enforcement Bulletin, 64 (2), 19-23.

- Violanti, J. (1996). Police Suicide: Epidemic in Blue. Springfield: Charles C.Thomas.

- Violanti, J. (1997). Suicide and the police role: a psychological model. Policing Bradford, 20 (4), 698.

- Violanti, J. (2004). Predictors of police suicide ideation. Suicide and Life-Threatening Behavior, 34 (3), 277-283.

7º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde (Porto, Janeiro 2008)