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Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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Page 2: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)
Page 3: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Um Guia Básico

sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Elaborado por Neil Butcher

para a Comunidade de Aprendizagem

e para a UNESCO

Editado por Asha Kanwar (COL)

e

Stamenka Uvalic´-Trumbic´ (UNESCO)

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Page 4: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

A Comunidade de Aprendizagem (em inglês, Commonwealth of Learning - COL) é uma

organização intergovernamental criada pelos líderes de governo dos países que compõe a

Comunidade das Nações (em inglês, Commonwealth) para promover o desenvolvimento e

o compartilhamento de conhecimento, recursos e tecnologias em ensino aberto e educação

a distância.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi

fundada em 16 de novembro de 1945. A UNESCO é uma agência especializada da

Organização das Nações Unidas que promove a cooperação entre os seus Estados

membros e membros afiliados nas áreas de educação, ciência, cultura e comunicação.

As definições utilizadas e a apresentação do material nesta publicação não implicam a

expressão de qualquer opinião pela UNESCO sobre a situação legal de qualquer país,

território, cidade ou área, tampouco sobre suas autoridades, ou sobre a delimitação de

suas fronteiras e limites.

Os autores são responsáveis pela seleção e apresentação dos fatos contidos

neste livro e pelas opiniões expressas nele, que não necessariamente refletem as

da UNESCO e não comprometem a Organização.

Commonwealth of Learning, 2011

Qualquer parte deste documento pode ser reproduzida sem permissão, porém deve-se

atribuir o devido crédito ao Commonwealth of Learning e ao autor.

CC-BY-SA (compartilhamento com atribuição)

http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0

Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Elaborado por Neil Butcher

Editado por Asha Kanwar (COL) e Stamenka Uvalic´-Trumbic´ (UNESCO)

ISBN 978-1-894975-41-4

Publicado por:

Commonwealth of Learning

1055 West Hastings, Suite 1200

Vancouver, British Columbia

Canadá V6E 2E9

Fone: +1 604 775 8200

Fax: +1 604 775 8210

Web: www.col.org

E-mail: [email protected]

UNESCO

Section for Higher Education

7 place de Fontenoy

Paris 75352

França

Fone: +33 1 45 68 10 00

Fax: +33 1 45 68 56 32

Web: www.unesco.org/education

E-mail: [email protected]

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Page 5: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Índice

Agradecimentos............................................................................................ 1

Visão Geral do Guia........................................................................................ 3

Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos: Perguntas frequentes ... 5 O que são Recursos Educacionais Abertos (REA)?.................................................. 5 REA é a mesma coisa que aprendizado online?

......................................................................... 5

REA é a mesma coisa que aprendizado aberto/ educação aberta?

......................................... 6

Os REA estão relacionados com o conceito de aprendizado baseado em recursos?

................................ 7

Quão aberta é uma licença aberta? .......................................................................... 8 Qual é a diferença entre REA e publicações com acesso aberto?.................... 9 Eu não deveria me preocupar em “abrir mão” da minha propriedade intelectual?

..................... 9

Quem vai garantir a qualidade dos REA?............................................................ 12 Como a educação pode se beneficiar da apropriação dos REA?

............................................... 13

Os REA são realmente livres?

............................................................................................. 14

O uso de REA elimina a necessidade de uso de conteúdo comercial? 16

Que mudanças precisam ser feitas nas políticas para que as instituições usem os REA

de modo mais eficaz? ................................................................................................

16

Quais sãos as melhores maneiras de se desenvolver competências em REA?

.............................................

17 Onde encontro REA?........................................................................................ 18 Como posso compartilhar meus REA com outros? 19

Quanto posso alterar um REA para fins

próprios?.................................................................................................

20

Argumentando em favor dos Recursos Educacionais

Abertos............................................ 23

Introdução..................................................................................................... 23 Definindo o conceito........................................................................................ 24 Implicações para os planejadores e tomadores de decisões na educação......................... 39 Conclusão....................................................................................................... 44 Referências........................................................................................................ 45

Apêndice Um: Visão Geral das Licenças Abertas ...................................................... 47 Introdução..................................................................................................... 47 Licenças Creative Commons............................................................................ 48 Referências do

Apêndice....................................................................................................... 52

Apêndice Dois: Os Componentes de um Sistema Eficaz de Educação a

Distância...........................................................................................

53

Os Componentes.............................................................................................. 53 Justificativa para o uso de Métodos de Educação a Distância........................... 55

Apêndice Três: Aplicações Tecnológicas........................................................ 57

iii

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Apêndice Quatro: Aplicações de Softwares de Código Aberto na

Educação................... 61

Referências........................................................................................................ 64

Apêndice Cinco: Mapeando o terreno dos REA na

Internet.............................................. 65

Introdução..................................................................................................... 65 Repositórios de REA de OCW..................................................................................... 65 Iniciativas OCW em universidades................................................................................ 70 REA de OCW Temáticos..................................................................................... 74 Iniciativas de Criação de Conteúdo.............................................................................. 78 Iniciativas de Formação Escolar

Aberta................................................................................ 81

Busca de REA de OCW.............................................................................................. 84 Conclusão....................................................................................................... 85

Apêndice Seis: Um Catálogo de Sites relacionados aos REA........................................ 87 Repositórios de REA de OCW ..................................................................................... 88 Iniciativas de Formação Escolar

Aberta................................................................................ 92

Busca de REA de OCW.............................................................................................. 93 Iniciativas OCW em universidades................................................................................ 95

REA-OCW Temáticos..................................................................................... 104

Ferramentas REA......................................................................................................... 109

Outras Fontes de REA........................................................................................... 113

Apêndice Sete: Algumas questões relativas a políticas de REA em Educação a

Distância.....................

115

Apêndice Oito: Processo de análise de Políticas de REA................................. 123

Apêndice Nove: Habilidades necessárias para o trabalho com Recursos Educacionais

Abertos

131

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Agradecimentos

Embora a responsabilidade sobre este Guia (especialmente quanto aos eventuais erros)

seja inteiramente minha, o seu desenvolvimento é o produto de vários anos de trabalho e

agrega contribuições e ideias de várias pessoas. Em especial, gostaria de agradecer a

contribuição das seguintes pessoas para este Guia:

1. Todos os meus colegas no Instituto Sul-Africano de Ensino a Distância (Saide), a

Iniciativa OER África do Saide e Neil Butcher & Associates. Sem o seu envolvimento

e muitas horas de discussão sobre o conceito de REA e suas aplicações, o trabalho

apresentado a seguir não teria sido possível. Gostaria de mencionar especificamente

Jennifer Glennie, diretora do Saide, e Catherine Ngugi, diretora do projeto OER África,

cuja contribuição intelectual para este Guia e para os diversos textos aqui apresentados

foi particularmente importante. Também gostaria de mencionar Lisbeth Levey,

conselheira Sênior da Fundação Hewlett, que, apesar de não estar diretamente

envolvida com este Guia, generosamente cedeu seu tempo para comentar os diversos

documentos que o precederam e ajudou a dar forma ao presente texto.

2. Gostaria também de agradecer aos muitos indivíduos em universidades africanas

extremamente engajados com o projeto OER África. Fonte de muitos dos conhecimentos

adquiridos neste Guia, eles são numerosos demais para serem nomeados, mas seu

empenho em explorar novas ideias e testar inovações nas suas instituições foi essencial

para moldar essas ideias e, esperamos, sedimentá-las em uma realidade prática.

3. Vários indivíduos fizeram contribuições específicas para determinadas seções deste Guia.

Portanto, gostaria de agradecer a:

• Andrew Moore, que ajudou fornecendo respostas a algumas das “perguntas frequentes”;

• Merridy Wilson-Strydom, que escreveu a versão original do Apêndice Um;

• Donna Preston e Sarah Hoosen, que escreveram a maior parte do Apêndice Cinco;

• Monge Tlaka, Sarah Hoosen, e Jenny Louw, cujo incansável trabalho de compilar o

catálogo de sites de REA no site do projeto OER África gerou o Apêndice Seis;

• Tony Mays, que compilou o material original para o site do OER África disponível

nos Apêndices Sete e Oito, bem como nas seções do relatório sobre políticas;

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• Monica Mawoyo, que escreveu o Apêndice Quatro e me ajudou a preparar o

relatório final para publicação;

• Jacquie Withers, que finalizou a edição do relatório preliminar para publicação;

• vários colegas da UNESCO e do COL, que fizeram importantes contribuições

comentando versões preliminares do Guia.

Neil Butcher

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Visão Geral do Guia

Este Guia contém três seções. A primeira (resumo das questões principais) é apresentada na

forma de um conjunto de “Perguntas Frequentes”. O seu objetivo é introduzir de maneira

rápida e fácil o tema dos Recursos Educacionais Abertos (REA, ou, em inglês, OER) e

algumas das principais questões a serem observadas quando se explora o tema de como usar

os REA de forma mais eficiente.

A segunda seção consiste de uma análise mais completa dessas questões, apresentada no

formato tradicional de um artigo científico. Para os que têm um interesse mais aprofundado

no tema, essa seção ajudará ao argumentar com mais propriedade em favor dos REA.

A terceira seção inclui um conjunto de apêndices contendo informações mais detalhadas sobre

áreas particularmente importantes relativas aos REA. Esses apêndices são direcionados

àqueles em busca de informações substanciosas sobre determinada área de interesse.

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Um Guia Básico

sobre

Recursos Educacionais Abertos:

Perguntas Frequentes

O que são Recursos Educacionais Abertos (REA)?

A definição mais simples do conceito de Recurso Educacional Aberto (REA, ou, em inglês,

OER) é qualquer recurso educacional (incluindo mapas curriculares, materiais de cursos,

livros didáticos, vídeos assistidos na Internet, aplicativos multimídia, podcasts e quaisquer

outros materiais designados para uso no ensino e aprendizado) disponíveis abertamente para

uso por educadores e alunos, sem a necessidade de pagar direitos autorais ou taxas de licença.

O termo REA tem muita proximidade com outro termo do inglês: OpenCourseWare – OCW,

embora o último seja utilizado para se referir a um subconjunto mais específico de REA. Um

Open CourseWare é definido pelo Consórcio OCW como uma “publicação digital gratuita e

aberta de materiais educacionais de alta qualidade para o ensino superior. Esses materiais são

organizados em cursos e geralmente incluem materiais de planejamento do curso e

ferramentas de avaliação, bem como conteúdos temáticos”1.

O conceito de REA surgiu com grande potencial para apoiar a transformação da educação.

Ao mesmo tempo em que o seu valor educativo está sedimentado na ideia de utilização de

recursos como método de comunicação integral do currículo de cursos didáticos (ou seja,

aprendizado baseado em recursos), seu poder transformador é proveniente da facilidade com

que tais recursos, quando digitalizados, podem ser compartilhados por meio da Internet. É

importante notar que existe apenas uma diferença fundamental entre os REA e todos os outros

recursos educacionais: sua licença. Portanto, um REA é simplesmente um recurso

educacional acompanhado de uma licença que facilita a sua reutilização, e possivelmente

adaptação, sem a necessidade de pedir permissão ao detentor dos direitos autorais.

REA é a mesma coisa que aprendizado online? REA não é sinônimo de aprendizado online ou e-learning, embora muitos cometam o erro de

usar os termos como se fossem intercambiáveis.

1 www.ocwconsortium.org/aboutus/whatisocw.

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Conteúdos com licença aberta podem ser produzidos em qualquer meio: texto em papel,

vídeo, áudio ou multimídia digital. Muitos dos cursos de aprendizado na Internet se valem de

REA, mas isso não significa que um REA necessariamente sirva para o aprendizado na

Internet. De fato, muitos dos recursos abertos produzidos atualmente, embora

compartilháveis em formato digital, podem também ser impressos. Em função dos

desafios comuns no fornecimento de largura de banda e conectividade em países em

desenvolvimento, é esperado que muitos dos recursos significativos para o ensino superior

em tais países sejam compartilhados em formato para impressão, em vez de serem

destinados ao aprendizado na Internet.

REA é a mesma coisa que aprendizado aberto/

educação aberta? Embora o uso de REA possa assistir o aprendizado aberto/ educação aberta, os dois não são a

mesma coisa. As implicações de tornar a “educação aberta” ou o “aprendizado aberto” uma

prioridade são maiores do que simplesmente se comprometer a disponibilizar recursos em

formato aberto, ou usar REA em programas educacionais. Isso requer uma análise sistemática

dos sistemas de avaliação e certificação, apoio ao aluno, estruturas curriculares, mecanismos

para identificar conhecimentos prévios etc., de modo a determinar até que ponto eles

promovem ou atrapalham a abertura.

O aprendizado aberto é uma abordagem educacional que busca remover todas as barreiras

desnecessárias do aprendizado, ao mesmo tempo em que busca garantir aos alunos uma

probabilidade razoável de sucesso em um sistema educacional e de treinamento centrado

em suas necessidades específicas e em diversas áreas de aprendizado. Ele incorpora

diversos princípios fundamentais:

• a oportunidade de aprendizado deve ser para a vida toda e deve englobar

educação e treinamento;

• o processo de aprendizado deve ser centrado nos alunos, partindo da sua experiência

e estimulando o pensamento crítico e independente;

• o ensino deve ser ministrado de forma flexível para que os alunos possam escolher

cada vez mais onde, quando, o quê e como aprendem, bem como o seu ritmo de

aprendizado;

• o conhecimento, experiências prévias e habilidades demonstradas devem ser

reconhecidos de modo que os alunos não sejam desnecessariamente excluídos de

oportunidades de aprendizado por não terem as devidas qualificações;

• alunos devem poder reunir créditos de diferentes contextos de aprendizado;

• provedores devem criar condições para garantir uma probabilidade justa de sucesso do

aluno.

(Saide, n.d.)

Conforme ilustrado acima, embora o uso efetivo de REA possibilite a aplicação prática de

alguns desses princípios, os dois termos são distintos em abrangência e significado.

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Page 13: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Os REA estão relacionados com o conceito de

aprendizado baseado em recursos? Muita ênfase vem sendo dada nas discussões sobre REA à qualidade desses materiais. Isso

torna o conceito de aprendizado baseado em recursos particularmente relevante. Apesar

disso, os debates sobre REA em geral até pouco tempo tocavam muito pouco no conceito de

aprendizado baseado em recursos. Isso pode estar relacionado ao fato de a maioria dos

debates globais sobre REA ter enfatizado o licenciamento e compartilhamento de materiais

existentes, muitos dos quais envolvem simplesmente o compartilhamento de anotações de

palestras e apresentações em Power Point usadas em aulas presenciais.

O que essencialmente significa o conceito de aprendizado baseado em recursos? Significa

distanciar-se do conceito tradicional de um “professor falando” para transmitir o currículo.

Uma proporção grande, porém variável, das comunicações entre alunos e educadores não

ocorre presencialmente, mas por meio do uso de diversos meios, conforme necessário. É

importante notar que o contato presencial que de fato ocorre geralmente não envolve a

simples transmissão de conhecimento do educador para o aluno. Em vez disso, ele envolve

diversas formas de apoio ao aluno – por exemplo, discussões em grupos ou trabalhos

práticos.

Aprendizado baseado em recursos não é sinônimo de educação a distância. O aprendizado

baseado em recursos é a base para a transformação da cultura de ensino em todos os sistemas

educacionais, de modo a possibilitar que esses sistemas ofereçam educação de melhor

qualidade a um número significativamente maior de alunos. Muitos dos cursos e programas

em todos os níveis educacionais incorporam o uso extensivo de recursos didáticos, pois os

educadores se conscientizaram das limitações das estratégias de aulas expositivas na

transmissão de informações aos alunos.

Obviamente, o uso do aprendizado baseado em recursos não implica necessariamente a

melhoria da qualidade da experiência de aprendizado. O grau de melhoria na qualidade

da educação provocado pela mudança da transmissão do currículo para recursos

didáticos depende inteiramente da qualidade dos recursos desenvolvidos.

Em suma:

• não existe relação direta entre REA e aprendizado baseado em recursos.

• muitos dos REA disponíveis online não foram projetados deliberadamente como

parte de uma estratégia de migração para o aprendizado baseado em recursos;

• da mesma forma, a maioria das práticas em aprendizado baseado em recursos

atualmente usa materiais inteiramente protegidos por direitos autorais, em vez

de REA.

Apesar disso, associar REA ao aprendizado baseado em recursos cria a oportunidade de

maximizar o potencial de ambos de maneira mais eficaz.

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Page 14: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Quão aberta é uma licença aberta?

É comum entender erroneamente o conceito de conteúdo com “licença aberta” como

pertencente ao domínio público, e como se o autor estivesse abrindo mão completamente dos

direitos sobre o seu material. Não é esse o caso. Em realidade, o surgimento das licenças

abertas foi em grande parte impulsionado pelo desejo de proteger os direitos do detentor dos

direitos autorais em ambientes em que conteúdos (especialmente em formato digital) são

facilmente copiados e compartilhados por meio da Internet sem autorização.

Vem surgindo um espectro mais amplo de marcos regulatórios que regem como os REA são

licenciados para uso. Alguns dos marcos regulatórios permitem simplesmente cópia, mas

outros incluem a possibilidade de adaptação dos recursos pelos seus usuários. O marco mais

conhecido é o licenciamento Creative Commons (vide www.creativecommons. org). Ele

estabelece mecanismos legais para garantir que autores possam ser reconhecidos pelo seu

trabalho, ao mesmo tempo em que permitem que ele seja compartilhado. Eles podem

restringir o seu uso comercial, se desejarem, e podem proibir a adaptação do material, quando

cabível. Portanto, um autor que licencia o seu trabalho com uma licença Creative Commons

(CC) busca especificamente reter seus direitos autorais sobre aquela obra, mas concorda (por

meio de uma licença) em abrir mão de alguns desses direitos.

Um pouco sobre a Creative Commons (CC):

• a abordagem da CC oferece licenças abertas de fácil utilização para materiais

digitais, evitando restrições automáticas relativas a direitos autorais;

• as licenças CC levam em consideração diferentes leis de direitos autorais em

diferente países ou jurisdições, e possibilitam o uso de versões em diversos

idiomas;

• para tornar o processo de licenciamento o mais simples possível para os usuários, o site

da Creative Commons usa um gerador de licenças que sugere a licença mais adequada

com base nas respostas do usuário a perguntas específicas sobre como o seu trabalho

pode ser usado;

• todas as licenças CC incluem direitos básicos que são retidos pelos autores,

afirmando os direitos autorais do autor e assegurando liberdades autorais;

• dentro desse marco, as licenças CC permitem aos autores, de maneira fácil de usar,

conceder a outros o direito de copiar o seu trabalho e, se quiserem, permitir que outros

façam alterações no seu trabalho sem pedir sua permissão;

• as licenças CC também permitem aos usuários impor algumas restrições a essas

permissões (por exemplo, exigindo que a autoria seja atribuída ao trabalho original,

ou restringindo a reutilização do recurso para fins comerciais).

Um panorama completo das licenças Creative Commons está disponível no Apêndice Um.

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Page 15: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Qual é a diferença entre REA e publicações com

acesso aberto? O conceito de publicação com acesso aberto é um conceito importante, que está claramente

relacionado, mas se distingue de REA.

A Wikipedia aponta que o termo “acesso aberto” se aplica a muitos conceitos, mas em

geral se refere a um dos seguintes:

• “acesso aberto (publicação)”; ou

• “acesso a materiais (principalmente publicações acadêmicas) por meio da Internet, de

modo que o material esteja livremente disponível para quem quiser lê-lo ou usá-lo

(ou reutilizá-lo) em vários níveis”; ou

• “periódico de acesso aberto: periódicos que concedem acesso aberto a todos ou grande

parte dos seus artigos”2.

“Publicação com acesso aberto” é um termo que em geral se refere a publicações científicas de

algum tipo, disponibilizadas com licenças abertas. REA refere-se a materiais de ensino e

aprendizado disponibilizados com uma licença do tipo. Evidentemente, sobretudo no caso do

ensino superior, existe uma sobreposição entre os conceitos, uma vez que as publicações

científicas em geral são parte importante dos materiais que os alunos precisam acessar para

concluir seus estudos com sucesso, particularmente na pós-graduação.

Entretanto, parece importante distinguir um conceito do outro, pois isso permite uma

discussão e planejamento mais refinados de que tipos de licenças abertas são mais

adequadas a diferentes tipos de recursos.

Eu não deveria me preocupar em “abrir mão” da

minha propriedade intelectual? Uma preocupação fundamental de educadores e da alta gerência de instituições de ensino é se

o conceito de REA está relacionado com “abrir mão” de propriedade intelectual, com

possíveis perdas de ganhos financeiros relativos a ela. Em geral, isso se soma a certo receio

relacionado de que outros se beneficiem de forma desleal, vendendo, plagiando (ou seja,

dando a entender que o material é de sua autoria), ou explorando a sua propriedade intelectual.

Essas preocupações são totalmente justificáveis.

Em alguns casos, evidentemente, quando educadores manifestam esta preocupação, ela de

fato oculta outro tipo de receio; a saber, receio de que os seus materiais educacionais fiquem

expostos a críticas dos seus colegas (e que seus colegas considerem seu trabalho de má

qualidade). Independentemente de a preocupação ser ou não justificável, é importante

2 http://en.wikipedia.org/wiki/Open_access.

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Page 16: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

determinar o que realmente está por trás das preocupações dos educadores. Quando o receio

é o de perder oportunidades comerciais, a resposta deve ser uma: promover incentivos para

o compartilhamento. Entretanto, quando o que se mascara é um receio das críticas de

colegas e alunos, é preciso lidar com ele de outra maneira (o que geralmente envolve

alguma política ou ação gerencial para suplantar a resistência a mudanças).

Conforme um número crescente de instituições em todo o mundo requer que seus educadores

compartilhem, em níveis diferentes, mais materiais com licenças abertas, a experiência

demonstra claramente que a abertura de propriedade intelectual ao escrutínio de colegas tem

tido o efeito de melhorar a qualidade dos materiais de ensino e aprendizado. Isso acontece

porque os educadores tendem a investir mais em melhorar os seus materiais antes de

compartilhá-los abertamente e porque o retorno que recebem dos seus colegas e alunos os

ajuda a promover ainda mais melhorias.

Embora uma pequena porcentagem de materiais de ensino e aprendizado tenha potencial para

– e continuará a – gerar renda por meio de vendas diretas, a realidade de que apenas uma

porcentagem mínima dos materiais de ensino e aprendizado tem valor de revenda não mudou.

Ademais, a tendência é que essa porcentagem continue caindo conforme um número

crescente de materiais se torna disponível gratuitamente na Internet. Muito do conteúdo

anteriormente vendável perderá o seu valor econômico, ao passo que os nichos de venda de

conteúdos educacionais provavelmente se tornarão mais especializados.

No entanto, se um recurso realmente tiver potencial para exploração comercial por meio da

sua venda, então deve ser possível – e encorajado – que o educador (ou instituição) retenha

todos os direitos autorais reservados sobre aquele recurso. Os Direitos de Propriedade

Intelectual (DPI) e políticas de direitos autorais para o setor de educação devem ser

suficientemente flexíveis para permitir que o educador e/ou instituição retenha todos

os direitos autorais reservados dos recursos que tenham possível valor comercial.

É cada vez mais evidente que, da perspectiva do aprendizado, as instituições de ensino

bem sucedidas o serão principalmente por entender que o seu potencial de valor

educacional real não está no conteúdo em si (disponível em volume crescente na

Internet), mas na sua habilidade de guiar os alunos efetivamente pelos recursos

educacionais, a partir de mapas bem elaborados de ensino e aprendizado, oferecer

suporte aos alunos (seja com sessões práticas, tutoriais, aconselhamento individual ou

na Internet) e oferecer avaliações inteligentes e retorno crítico aos alunos sobre seu

desempenho (que, em última instância, conduzirão a certificações). Embora possa

parecer contraintuitivo, conforme os modelos de negócios são transformados pelas

tecnologias de informação e comunicação (TIC), quanto maior for o número de

instituições que usarem os seus materiais, maior será a sua reputação institucional e,

portanto, mais alunos serão atraídos.

Em função disso, é importante que os detentores de direitos autorais de materiais educacionais considerem com cuidado os benefícios comerciais de compartilhar seus materiais de forma aberta. Obviamente, os principais benefícios do uso de REA deveriam ser educacionais (vide “Como a educação pode se beneficiar da apropriação dos REA?”, a seguir), mas

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Page 17: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

a questão de compartilhar abertamente o conteúdo também deve ser considerada como

uma estratégia de proteção comercial.

Os benefícios a seguir podem ser obtidos com o compartilhamento de conteúdos sob licenças

abertas:

• como conteúdos digitalizados podem ser muito facilmente compartilhados entre

alunos e instituições, compartilhá-los sob licença aberta é a maneira mais segura

de proteger os DPI e direitos autorais do autor. A licença pode garantir que,

quando o conteúdo é compartilhado, ele permaneça atribuído ao autor original.

O compartilhamento aberto de conteúdos coloca os casos de plágio em

evidência, pois facilita o acesso ao material original. Além disso, disponibilizar

materiais sob licenças abertas também desestimula outros a mentir sobre a fonte

dos materiais, pois eles têm permissão para usá-los;

• compartilhar materiais dá às instituições a oportunidade de divulgar seus serviços.

As instituições de ensino economicamente bem-sucedidas, em ambientes em que

o conteúdo foi digitalizado e são cada vez mais acessíveis pela Internet, são

candidatas a usar essa abordagem, pois entendem que o seu verdadeiro potencial

educacional não está no conteúdo em si, mas em prestar serviços relacionados,

valorizados por seus alunos. Esses serviços podem incluir: guiar os alunos

efetivamente pelos recursos educacionais (por meio de mapas de ensino e

aprendizado bem elaborados); oferecer apoio efetivo aos alunos (por meio de

sessões práticas, tutoriais, sessões de aconselhamento individual ou na Internet);

oferecer avaliações inteligentes e retorno crítico aos alunos sobre seu desempenho

(que em última instância conduzirão a certificações). Neste contexto, quanto mais

outras instituições usarem os seus materiais, mais eles servirão para divulgar os

serviços da instituição que os produziu e, portanto, atrair novos alunos;

• para educadores individuais, os devidos incentivos comerciais para o compartilhamento

aberto de recursos provavelmente fluirão quando as instituições tiverem políticas

adequadas para recompensar tal prática. Até o momento, muitas políticas institucionais

e nacionais e marcos orçamentários tendem, na pior das hipóteses, a penalizar a

colaboração e o compartilhamento aberto de conhecimentos (o que elimina possíveis

fontes de renda advindas do compartilhamento aberto de conhecimento), ou, na melhor

das hipóteses, a ignorá-lo (como é o caso de muitas universidades que colocam

publicações científicas acima de outras práticas). Portanto, para a maior parte dos

educadores, o incentivo é mudar as políticas institucionais e nacionais e marcos

orçamentários para que recompensem a colaboração e o compartilhamento de

conhecimento;

• mesmo que as políticas institucionais e nacionais e marcos orçamentários não

recompensem a colaboração e o compartilhamento aberto de conhecimentos, existem

outros incentivos para educadores compartilharem os seus recursos abertamente.

Licenças abertas maximizam a possibilidade do compartilhamento transparente de

conteúdos, protegendo os direitos morais dos autores dos mesmos. Além disso,

aqueles que buscarem cercear, proteger e esconder seu conteúdo e pesquisa

educacionais provavelmente limitarão suas carreiras no ensino. Eles também se

tornarão cada vez mais excluídos das oportunidades de aprimorar suas práticas de

ensino

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Page 18: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

e conhecimento específico em uma área, a partir do compartilhamento e colaboração

com redes crescentes de educadores em todo o mundo. Aqueles que compartilham

materiais abertamente já desfrutam de oportunidades significativas de promover sua

reputação individual por meio desses veículos (entretanto, obviamente, o seu grau de

sucesso dependerá sempre da qualidade do que estão compartilhando).

Quem vai garantir a qualidade dos REA?

Esta questão possivelmente reflete uma noção profundamente arraigada de materiais

educacionais como sendo “publicações”, cuja qualidade é controlada por editoras

educacionais. Esta noção foi – e continua sendo – válida, mas reflete uma compreensão

parcial da abrangência e diversidade dos materiais educacionais usados em vários contextos

de ensino e aprendizado. Ela também reflete uma falsa delegação da responsabilidade pela

qualidade a um terceiro. Essa mentalidade se transfere ao mundo dos REA na forma de uma

suposição não declarada de que uma ou mais agências especializadas devem assumir toda a

responsabilidade por garantir que os REA compartilhados em repositórios na Internet sejam

de alta qualidade. Além de isso ser impossível na prática, essa visão encobre a realidade de

que a definição de qualidade é subjetiva e depende do contexto.

Em última análise, a responsabilidade por garantir a qualidade dos REA utilizados em

ambientes de ensino e aprendizado será das instituições, coordenadores dos programas/ cursos

e educadores individuais responsáveis pelo ensino. Tradicionalmente, sempre que escolhem

livros didáticos, vídeos para passar em sala de aula, ou usam o plano de aula de outro, esses

agentes têm a responsabilidade final sobre a escolha dos materiais que vão usar – abertos e/ou

proprietários. Portanto, a “qualidade dos REA” dependerá de quais recursos eles escolherem

usar, como os adaptarão para torná-los relevantes no seu contexto e como os integrarão nas

mais diversas atividades de ensino e aprendizado.

Essa tarefa de garantir a qualidade é complicada devido à explosão de conteúdos disponíveis

(abertos e proprietários). Isso é uma benção, pois reduz a probabilidade de ser necessário

desenvolver conteúdos novos, mas também é uma maldição, pois requer habilidades mais

desenvolvidas de busca, seleção, adaptação e avaliação de informações. Conforme as

instituições compartilharem mais conteúdos educacionais na Internet, o seu objetivo será

garantir que o conteúdo represente bem a instituição e, assim, poderão investir em melhorar a

sua qualidade antes de disponibilizá-lo nos repositórios. No contexto dos REA, o controle de

qualidade será, portanto, impulsionado pelo desenvolvimento desses repositórios que

fornecerão no mínimo um controle preliminar.

Esses investimentos por parte das instituições, contudo, servirão simplesmente para criar

mais oportunidades, ao longo do tempo, de encontrar bons materiais para uso. Os principais

responsáveis por encontrar os materiais certos para usar e usá-los para apoiar efetivamente o

ensino ainda são as instituições e os profissionais que fornecem educação.

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Page 19: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Como a educação pode se beneficiar da apropriação

dos REA?

O motivo mais importante para a apropriação dos REA é que os materiais educacionais sob

licenças abertas podem contribuir em muito para melhorar a qualidade e a eficácia da

educação. Os desafios de implementar um maior acesso, somados à expansão contínua da

infraestrutura de TIC nas instituições de ensino, indicam que é cada vez mais importante que

elas apoiem, de maneira planejada e deliberada, o desenvolvimento e avanço dos currículos,

dos planos de cursos e programas, o planejamento de sessões de contato com os alunos, o

desenvolvimento de materiais de ensino e aprendizado de qualidade e a elaboração de

atividades de avaliação eficazes, com o objetivo de melhorar o ambiente de ensino e

aprendizado e, ao mesmo tempo, gerenciar o custo disso a partir do uso do aprendizado

baseado em recursos.

Tendo dito isso, o potencial transformador dos REA reside em torno de três possibilidades

relacionadas:

1. uma maior disponibilidade de materiais didáticos de alta qualidade e relevância pode

contribuir para criar alunos e educadores mais produtivos. Como os REA eliminam as

restrições à cópia de recursos, isso pode reduzir o custo de acessar materiais

educacionais. Em muitos sistemas, o pagamento de direitos autorais sobre livros

didáticos e outros materiais educacionais representa uma parte significativa do

orçamento total, e, ao mesmo tempo, os processos para obtenção de permissão de uso

de materiais protegidos por direitos autorais podem também consumir muito tempo e

dinheiro;

2. o princípio de permitir a adaptação de materiais cria uma possibilidade de trazer os

alunos para um papel mais ativo nos processos educacionais; eles aprendem mais ao

fazer e criar, em vez de simplesmente ler e absorver. Licenças de conteúdo que

estimulam a atividade e criação pelos alunos, por meio da reutilização e adaptação do

conteúdo, podem contribuir de modo significativo para criar ambientes de ensino mais

prolíficos;

3. os REA têm potencial para desenvolver competências, garantindo o acesso de instituições e

educadores, por um custo menor, a meios de produção para desenvolver a sua habilidade em

criar materiais educacionais e fazer o devido planejamento para integrar tais materiais em

programas de aprendizado de alta qualidade.

A abertura deliberada, portanto, reconhece que:

• o investimento na criação de ambientes educacionais eficazes é fundamentalmente

importante para uma boa educação;

• um fator chave para os sistemas de produção envolve a construção de um capital

intelectual comum, ao invés da repetição de esforços semelhantes;

• se todos os outros parâmetros permanecerem os mesmos, a colaboração melhorará a

qualidade;

• conforme a educação é contextualizada na prática, é importante facilitar a adaptação de

materiais importados de cenários distintos, quando necessário, e isso deve ser

encorajado, ao invés de restringido.

13

Page 20: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Os REA são realmente livres?

A questão de liberdade e sua definição têm sido extensamente discutidas desde o surgimento

das licenças abertas, possivelmente de modo mais significativo na arena dos Softwares Livres

e de Código Aberto. As definições de Software Livre e de Código Aberto especificam quatro

tipos de liberdades:

• a liberdade de rodar o programa para qualquer fim (liberdade 0);

• a liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades

(liberdade 1);

• a liberdade de redistribuir cópias para que você possa ajudar o próximo (liberdade 2).

• a liberdade de melhorar o programa e disponibilizar as suas melhorias para o público,

de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade 3)3.

Considerações similares se aplicam ao caso das licenças para REA. Entretanto, há outra

dimensão específica da “liberdade” no caso dos REA que merece ser discutida

especificamente: a noção de custo. Muitos proponentes dos REA defendem que uma

vantagem fundamental do conteúdo aberto é que ele é livre no sentido de “gratuito” (ou seja,

não custa nada baixá-lo e usá-lo, salvo obviamente os custos de conexão). Isso literalmente é

verdade: por definição, conteúdo aberto pode ser compartilhado com outros sem a necessidade

de pedir permissão ou pagar taxas de licença. No entanto, declarações simplistas de que os

REA são gratuitos (e por conseguinte o uso de REA reduzirá os custos para se oferecer

educação) mascaram algumas considerações importantes.

Instituições de ensino que veem o processo de aprendizado com seriedade terão que

garantir que os seus gastos com recursos humanos e outras despesas relacionadas reflitam

um esforço contínuo de investir na criação de ambientes de ensino e aprendizado mais

eficazes para os seus alunos. Isso exigirá investimentos, dentre outros, nos seguintes:

• desenvolvimento e melhoria dos currículos;

• programa continuado e estrutura de curso;

• planejamento de sessões presenciais com os alunos;

• desenvolvimento e prospecção de materiais didáticos e aprendizado de qualidade;

• elaboração de atividades de avaliação eficazes.

Muitas instituições de ensino ainda não fazem tais investimentos de modo planejado e

deliberado, mas isso é parte essencial do seu fim último.

Então, como isso se relaciona com os REA? Conforme as instituições de ensino tomam

decisões estratégicas para aumentar seus investimentos na elaboração e

desenvolvimento de melhores programas de ensino, a maneira de fazer isso com o

melhor custo-benefício é se valendo dos ambientes de licenciamento aberto e se

apropriando dos REA existentes.

3 Obtido de www.openclinical.org/opensource.html

14

Page 21: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Portanto, um comprometimento com os REA implica maiores investimentos no ensino e

aprendizado, porém há potencial para o aumento da eficiência e produtividade desses

investimentos a partir de novas maneiras de desenvolver programas, cursos e materiais

melhores. Fundamentalmente, isso implica uma abordagem baseada na demanda em relação

aos REA, em que a justificativa inicial para se valer dos ambientes de licenciamento aberto

não é disponibilizar o capital intelectual de uma instituição, mas ter acesso ao crescente

volume de REA disponíveis abertamente para melhorar a qualidade do ensino e aprendizado

na própria instituição.

Uma abordagem baseada na demanda pode ser justificada em termos de melhoria da

qualidade, e o processo pode fluir a partir daí. Ademais, essa abordagem de desenvolvimento

de materiais é rentável. Outra vantagem, e subproduto óbvio dessa abordagem, é que as

instituições em geral começam a compartilhar uma porcentagem crescente dos seus próprios

materiais didáticos na Internet, com licenças abertas. A maioria das instituições e educadores

tem certo receio instintivo disso, mas começam a surgir evidências de que as instituições que

compartilham seus materiais na Internet estão atraindo cada vez mais interesse de alunos que

querem se matricular em seus programas. Por sua vez, isso gera possíveis benefícios

comerciais, pois o compartilhamento de materiais na Internet aumenta a “visibilidade” da

instituição na rede, ao mesmo tempo em que cria mais oportunidades para os alunos

pesquisarem a qualidade da experiência educacional que obterão na instituição. Conforme os

alunos de países desenvolvidos e em desenvolvimento contam cada vez mais com a Internet

para pesquisar suas opções educacionais, compartilhar REA pode se tornar uma importante

ferramenta de marketing para as instituições.

O mais importante é que o uso dos REA requer que as instituições invistam no

desenvolvimento de programas, cursos e materiais. Os custos incluirão o tempo das pessoas

desenvolvendo os currículos e materiais, adaptando os REA existentes, lidando com

licenciamento de direitos autorais etc. (veja no Apêndice Nove uma lista completa das

habilidades relacionadas aos REA). Os custos incluem também itens associados, como a

infraestrutura de TIC (para fins de autoria e compartilhamento), largura de banda, oficinas

e reuniões de desenvolvimento de conteúdo etc.

Esses custos, contudo, são uma função do investimento em melhorar os ambientes de

ensino e aprendizado, não do investimento em REA. Todos os governos e instituições de

ensino em todas as áreas da educação, independentemente do seu modo principal de

provimento da educação, precisarão fazer esses investimentos de modo contínuo, se

tiverem um propósito sério de melhorar a qualidade do ensino e aprendizado. Dentro da

estrutura de investimentos em desenvolvimento e elaboração de materiais, a abordagem mais

rentável é se valer dos REA. Isso porque:

• eles eliminam esforços repetitivos para refazer o que já existe em outro lugar;

• eles eliminam os custos de negociação e liberação de direitos autorais;

• com o tempo, eles podem envolver comunidades especializadas abertas na melhoria

contínua e controle de qualidade.

15

Page 22: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

O uso de REA elimina a necessidade de uso de

conteúdo comercial? Embora seja louvável, apesar de um pouco idealista, o desejo de tornar todos os materiais

educacionais gratuitos, em princípio, seria inadequado não levar em consideração conteúdos

comerciais nos ambientes de ensino e aprendizado. Tal decisão ignoraria a realidade de que

existem muitos materiais educacionais de alta qualidade disponíveis comercialmente e que,

em determinadas circunstâncias, o seu uso tem um melhor custo-benefício do que o custo de

produzir aquele conteúdo abertamente. A maneira mais rentável de desenvolver e produzir

recursos para uso no ensino, portanto, é explorar todas as opções disponíveis, em vez de

excluir alguma em princípio.

Assim, REA e conteúdos comercias podem ser usados juntamente em cursos e programas.

Entretanto, desenvolvedores de cursos precisam ser cuidadosos para não criar problemas de

licenciamento ao integrar materiais com condições diferentes de licenciamento na elaboração

de materiais de ensino e aprendizado. Portanto, uma prática potencialmente interessante seria

considerar todas as possibilidade no desenvolvimento de cursos e programas educacionais e

prospecção de materiais. Obviamente, como consequência da digitalização de conteúdos e o

aumento da disponibilidade de conteúdos abertos na Internet, os modelos de negócios de

editoração no setor de educação se transformarão, e a combinação de conteúdos abertos e

comerciais continuará a mudar.

Que mudanças precisam ser feitas nas políticas

para que as instituições usem os REA de modo

mais eficaz? Para que o uso seja eficaz e sustentável, as decisões institucionais de se valer dos REA

provavelmente terão que ser acompanhadas de uma revisão das políticas. Existem pelo

menos quatro questões principais relativas a políticas:

1. cláusula na política que esclarece a questão dos DPI e direitos autorais sobre os

trabalhos criados durante o curso do emprego (ou dos estudos), e como estes podem ser

compartilhados e utilizados por outros;

2. diretrizes da política de recursos humanos sobre se a criação de determinados tipos de

trabalho (recursos de aprendizado, por exemplo) faz ou não parte da descrição do cargo

dos funcionários, e as implicações disso para o desenvolvimento, gerenciamento de

desempenho, remuneração e para fins comerciais;

3. diretrizes da política de TIC sobre o acesso e uso de softwares, hardwares, Internet e

suporte técnico necessários, bem como o fornecimento de controle de versões e back-up

para quaisquer sistemas de armazenamento dos recursos educacionais de uma

instituição.

16

Page 23: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

4. diretrizes da política de desenvolvimento de materiais e controle de qualidade para garantir

a devida seleção, desenvolvimento, controle de qualidade e liberação de direitos autorais

de obras que podem ser compartilhadas.

Um bom ponto de partida para as deliberações sobre REA é ter políticas claras em vigor

sobre DPI e direitos autorais. Uma política clara determinaria explicitamente, por exemplo,

os direitos da instituição e dos seus funcionários e provedores de serviços, bem como dos

alunos (que podem se envolver no processo direta ou indiretamente por meio do uso de

alguns dos seus trabalhos como exemplos), sobre o capital intelectual. Como parte desse

processo de políticas, é válido considerar os méritos relativos da criação de políticas de

direitos autorais flexíveis, que automaticamente atribuem licenças abertas ao conteúdo,

salvo quando houver motivos significativos para reservar todos os direitos autorais sobre os

materiais. Ao mesmo tempo, no entanto, essas políticas deveriam tornar mais fácil para os

funcionários reivindicar direitos autorais quando justificado.

Uma consequência lógica da revisão da política de recursos humanos será o

desenvolvimento ou atualização dos sistemas de gestão de custos/ recursos e desempenho,

de modo a recompensar funcionários pelos seguintes:

• tempo gasto desenvolvendo recursos educacionais;

• uso do aprendizado baseado em recursos, quando mais eficaz do que dar aulas

expositivas;

• apropriação dos materiais de outros, quando mais rentável do que produzir

materiais do zero;

• compartilhamento do seu capital intelectual, a partir de redes mundiais de

conhecimento, para melhorar os seus recursos e promover a sua própria reputação, bem

como a da instituição.

Quais sãos as melhores maneiras de desenvolver

competências em REA?

As habilidades necessárias para as instituições se apropriarem efetivamente dos REA são

muitas e variadas. Uma lista mais completa pode ser obtida no Apêndice Nove, mas inclui as

seguintes:

• experiência em advogar e promover os REA como veículo para melhorar a qualidade

do aprendizado e do ensino na educação;

• conhecimentos jurídicos sobre o licenciamento de conteúdos;

• habilidades em desenvolver e explicar modelos de negócios que justifiquem o uso de

licenças abertas para as instituições, educadores e outros criadores de conteúdos

educacionais (incluindo editoras);

• experiência na elaboração e desenvolvimento de programas, cursos e materiais;

• conhecimentos técnicos;

• conhecimentos em gestão de redes/ consórcios de pessoas e instituições para promover

a colaboração em diversos projetos de melhoria do ensino e aprendizado;

• conhecimentos em monitoramento e avaliação;

17

Page 24: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• conhecimentos em curadoria e compartilhamento efetivo de REA;

• habilidades de comunicação e pesquisa para poder compartilhar informações sobre

REA.

O desenvolvimento de competências deve também focar nas pessoas e instituições

necessárias para garantir o uso efetivo dos REA. Isso envolveria:

• promover a conscientização sobre o potencial dos REA e os requisitos para o

seu uso efetivo;

• apoiar os desenvolvedores de políticas e líderes de instituições no entendimento dos

elementos-chave necessários para criar ambientes de políticas favoráveis,

desenvolver materiais, utilizar tecnologias e fazer pesquisa;

• identificar exemplos de melhores práticas no uso de REA e facilitar visitas

institucionais, de modo que os participantes tenham a oportunidade não só de

observar o uso efetivo dos REA, mas também comecem a criar redes e comunidades

de apoio.

Onde encontro REA?

A abrangência e disponibilidade dos REA crescem continuamente. A cada semana novos

recursos são adicionados ao aporte mundial de recursos. Um problema atual deste

crescimento é que não existe uma única lista completa de todos os REA (e é improvável que

venha a existir, devido à rápida expansão do conteúdo na Internet). Isso significa que, para

encontrar os REA de que necessita, a pessoa fazendo a busca deve se valer de várias

estratégias de pesquisa:

1. uso de ferramenta de busca especializada em REA. Embora buscadores como o Google e o

Bing sejam um bom ponto de partida para encontrar conteúdo na Internet, existem

também algumas ferramentas de busca que buscam especificamente por REA. As suas

listas, no entanto, selecionam conteúdo com base em diferentes critérios de busca, então é

melhor utilizar mais de uma delas. Veja abaixo algumas das mais populares:

• Global Learning Objects Brokered Exchange (GLOBE) Alliance: www.globe-

info.org

• Folksemantic: www.folksemantic.com

• DiscoverEd: http://discovered.labs.creativecommons.org/search/en

• Creative Commons Search: http://search.creativecommons.org

• Open Courseware Consortium: www.ocwconsortium.org/courses/search

2. localização de um repositório de REA adequado. Deve-se também acessar os principais

repositórios de REA para buscar REA. A maioria deles está baseada em instituições e

privilegiam os materiais disponibilizados pela organização. Um exemplo famoso é o

Massachusetts Institute of Technology Open Courseware Repository (MIT OCW)

(Repositório de Materiais de Cursos Abertos do Instituto de Tecnologia de

Massachusetts). Alguns repositórios, como o MedEd PORTAL, têm foco específico em

uma área de conhecimento, neste

18

Page 25: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

caso, fotos e multimídia na área médica. Veja abaixo alguns exemplos dos repositórios de

REA mais significativos (muitos mais são descritos nos Apêndices Cinco e Seis):

• OpenLearn: http://openlearn.open.ac.uk

• MedEd PORTAL: http://services.aamc.org/30/mededportal (foco médico)

• MIT OCW: http://ocw.mit.edu

• China Open Resources for Education (CORE): www.core.org.cn/en

• AgEcon Search: http://ageconsearch.umn.edu (foco agrícola)

• Teacher Education in sub-Saharan Africa: www.tessafrica.net (foco na

formação de professores);

3. utilização de sites diretórios de REA. Existem muitos sites cujos mecanismos de busca

apontam para outros endereços na Internet em que os recursos se enquadram nos critérios

de busca. Eles não funcionam como um repositório propriamente dito, mas identificam

recursos de qualidade e os armazenam em um banco de dados de links da Internet. Os

seus bancos de dados em geral são focados em uma área. No caso do projeto OER África,

por exemplo, eles destacam recursos de qualidade desenvolvidos na e sobre a África.

Temos aqui alguns deles (com muitos mais nos Apêndices Cinco e Seis):

• OER Commons: www.oercommons.org

• Commonwealth of Learning: www.col.org/OER

• OER Africa: www.oerafrica.org .

Como posso compartilhar meus REA?

Após um recurso ter sido desenvolvido, e uma licença aberta, selecionada (vide o Apêndice

Um para maiores informações sobre as opções), o recurso precisará ser armazenado em um

repositório na Internet para que outros possam acessá-lo.

Existem várias opções de locais onde esses recursos podem residir:

1. use o repositório da instituição. Muitas organizações, especialmente universidades, estão

montando suas próprias coleções e disponibilizando-as na Internet como REA ou OCW.

Se o autor ou desenvolvedor trabalhar para uma dessas instituições, espera-se que os

REA desenvolvidos sob os auspícios daquela instituição residam no seu repositório.

Procure saber mais com o administrador do repositório;

2. selecione um repositório aberto. Vários repositórios são abertos a contribuições de

diversas localidades. O JORUM (www.jorum.ac.uk/share), por exemplo, aceita

submissões que deem suporte ao currículo britânico no ensino de extensão e superior. O

OER Commons tem um recurso (www.oercommons.org/ contribute) que permite que os

usuários contribuam com materiais. No geral, repositórios abertos requerem que a pessoa

a submeter o recurso se registre e faça o login antes

19

Page 26: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

de carregar o recurso. Eles também solicitam informações sobre o recurso para que este

seja catalogado e rotulado. Isso é necessário para que os mecanismos de busca possam

encontrar o recurso. O recurso submetido será vetado por uma equipe de análise para

controle de qualidade, antes de ser adicionado ao banco de dados do repositório;

3. construa o REA na Internet. Também é possível construir recursos na Internet. Alguns sites

estimulam o desenvolvimento de REA nos seus próprios ambientes na Internet. Eles

podem, assim, automatizar os processos de obtenção da licença Creative Commons e

adicionar o recurso ao seu banco de dados. Um exemplo desse tipo de site é o Connexions

(http://cnx.org), que permite que equipes desenvolvam módulos de aprendizado no seu site.

Os usuários criam uma conta, desenvolvem os materiais na Internet e os publicam quando

estão satisfeitos com os mesmos. O WikiEducator (http://wikieducator.org) usa um método

semelhante para permitir aos educadores desenvolver materiais de ensino de modo

colaborativo na Internet.

4. explore as redes sociais. O mundo das redes sociais também criou novas possibilidades

de publicação de REA na Internet. Um site como o Flickr (www.flickr.com) permite que

os seus usuários publiquem materiais fotográficos com licenças Creative Commons,

enquanto o YouTube (www.youtube.com) faz o mesmo para vídeos digitais. Redes como

o Twitter e o Facebook podem ser usadas para promover a conscientização sobre os

materiais postados na Internet, por meio do compartilhamento de links.

Quanto posso alterar um REA para fins

próprios? Na maioria dos casos, o usuário tem bastante espaço para adaptar o REA às suas necessidades

contextuais, quando a licença permite adaptação. Se, no entanto, a licença restringir a

adaptação (como, por exemplo, no caso da licença Creative Commons “Sem Derivados”),

terceiros não podem fazer nenhum tipo de alteração no recurso. O mesmo deve ser utilizado

“como está”. Esse direito, em geral, não é reservado nos REA.

A grande maioria dos REA publicados permite que os usuários adaptem a fonte original.

Tipos de modificações feitas comumente nos REA incluem:

• combinação. Diversos REA são combinados e conteúdos adicionais são integrados

para criar um recurso completamente novo. Isto é comum quando os

desenvolvedores de cursos precisam criar materiais e recursos que se adéquem ao

currículo ou programa local. Uma preocupação comum é que é difícil encontrar

REA disponíveis que se enquadrem perfeitamente “como estão”;

• adaptação. Ocorre quando o REA é usado e diversas adaptações são

desenvolvidas para se adequar a contextos distintos. Uma possibilidade é que o

idioma seja traduzido, mas geralmente a adaptação requer a inclusão de estudos

de casos/ exemplos regionais para tornar os materiais relevantes para os alunos

em determinado contexto;

20

Page 27: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• extração de elementos. É possível também extrair apenas alguns elementos de um

recurso ou curso e utilizá-los em um contexto completamente diferente. Isso é

bastante comum com elementos de mídia como fotos, ilustrações e gráficos, pois

desenvolvedores frequentemente não têm as habilidades ou recursos necessários para

criar suas próprias versões de materiais ilustrativos comuns.

De várias maneiras, o fato de que é possível alterar o original é o que torna os REA

(comparados a outros tipos de materiais protegidos por direitos autorais) particularmente

úteis aos desenvolvedores de programas.

21

Page 28: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)
Page 29: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Argumentando em Favor dos

Recursos Educacionais

Abertos

Introdução

O conceito de Recursos Educacionais Abertos (REA) foi cunhado originalmente em um

Fórum da UNESCO sobre Open Courseware (Materiais de Cursos Abertos) para o Ensino

Superior em Países em Desenvolvimento, em 2002. Durante um debate na Internet,

também promovido pela UNESCO, o conceito inicial foi aprimorado, conforme segue:

Recursos Educacionais Abertos são definidos como “o fornecimento

aberto, possibilitado pela tecnologia, de recursos educacionais para

consulta, uso e adaptação por uma comunidade de usuários, para fins não

comerciais”. Eles são tipicamente disponibilizados gratuitamente na web

ou na Internet. O seu fim primordial é o uso por professores e instituições

de ensino para apoiar o desenvolvimento de cursos, mas podem também

ser usados diretamente por alunos. Recursos Educacionais Abertos

incluem objetos de aprendizado, como materiais de aulas expositivas,

referência e leituras, simulações, experimentos e demonstrações, bem

como programas, currículos e guias do professor. (Wiley 2006)

Desde então, o termo se tornou extremamente atual no mundo todo e começou a despertar

muito interesse nos círculos institucionais e de desenvolvimento de políticas, com muitas

pessoas explorando o conceito e seu potencial em contribuir para melhorar o ensino

superior em todo o mundo. Esta seção do Guia analisa o conceito de REA mais

detalhadamente, oferecendo uma definição simples e clara e esmiuçando o potencial

econômico e educacional por trás dessa definição, bem como a origem dos REA na

educação em longo prazo e os desenvolvimentos tecnológicos em todo o mundo. Usa-se

então essa plataforma para esboçar um panorama das principais questões a serem

consideradas por planejadores e tomadores de decisões na área de educação para a

apropriação efetiva dos REA, incluindo questões relativas a políticas, desenvolvimento de

currículo e materiais, qualidade e sustentabilidade. Esta seção é acompanhada de uma

série de apêndices com maiores informações, como exemplos de práticas de REA em todo

o mundo e detalhamento das considerações legais e de licenciamento.

23

Page 30: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Definindo o conceito

Essencialmente, o termo REA refere-se a um conceito muito simples, cuja natureza é

primordialmente legal, mas em grande parte econômica: ele designa recursos educacionais

disponíveis abertamente para uso por educadores e alunos, sem a necessidade de pagar

direitos autorais ou taxas de licença. Uma ampla série de marcos legais vem surgindo para

reger como os REA são licenciados para uso. Algumas licenças só permitem a cópia,

enquanto outras permitem que os usuários adaptem os recursos que usam. Os marcos mais

conhecidos são as licenças Creative Commons. Elas criam mecanismos legais para garantir

que autores de obras continuem sendo reconhecidos no seu trabalho, ao mesmo tempo em que

permitem que sejam compartilhados, tenham a opção de restringir o seu uso comercial, se

quiserem, e evitem que outros adaptem o seu trabalho, quando cabível (embora isso possa ser

de difícil fiscalização). Uma discussão mais detalhada das opções de licenciamento é

apresentada no Apêndice Um.

Duas dimensões dos REA: a pedagógica e a digital

Conforme o conceito de REA vem sendo discutido e explorado em um número crescente

de debates, discussões e conferências educacionais, duas dimensões-chave emergiram

nos artigos sobre o tema. Estas são resumidas em um artigo da Wikipedia sobre REA da

seguinte maneira:

O movimento REA se originou de um avanço no aprendizado aberto e a

distância (AAD) e no contexto mais amplo de uma cultura de conhecimento

aberto, compartilhamento livre e colaboração entre os pares, que surgiu no

final do século 20.

Essas duas dimensões, a educacional e a digital, são fundamentais para a compreensão do real

potencial educacional dos REA e, portanto, é válido explorá-las resumidamente. Como sua

origem precede a dos REA, é melhor começar com um breve histórico do conceito de AAD,

ou educação a distância.

REA, educação a distância e aprendizado baseado em recursos

A expansão dos métodos de 'educação a distância' foi uma característica chave do século 20,

por motivos discutidos mais detalhadamente no Apêndice Dois. Inicialmente, esses métodos

eram desenvolvidos como claramente distintos da educação presencial, com a consequência

lamentável de serem vistos como inferiores aos métodos de ensino presencial. A educação a

distância passou a ser vista como um recurso aos que não tinham acesso à educação

presencial (seja porque não podiam arcar com os custos da última, ou porque as suas

circunstâncias exigiam que estudassem meio período). A expansão de novas tecnologias de

comunicação, entretanto, começou a tornar a noção de “distância” difícil de interpretar, ao

mesmo tempo em que cria inúmeros meios educacional e economicamente viáveis de prover

educação. Ao mesmo tempo, aumenta a conscientização de que elementos

24

Page 31: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

da educação a distância quase sempre estiveram presentes nos programas presenciais,

enquanto educadores envolvidos na educação a distância reconhecem cada vez mais a

importância de incluir diferentes tipos de educação presencial como elementos dos seus

programas. Isto torna as distinções rígidas entre as duas modalidades insignificantes.

Para lidar com a crescente fusão dos métodos educacionais de ensino a distância e presencial

em muitos programas, a ideia de um contínuo educacional surgiu em alguns círculos. Em uma

ponta deste contínuo, como em uma reta imaginária, tem-se somente a educação a distância e,

na outra extremidade, tem-se a educação exclusivamente presencial. A realidade é que todo

tipo de educação se encontra em algum ponto desse contínuo, mas nunca se fixa

exclusivamente em uma das extremidades.

Reconceitualizar os métodos educacionais como localizados em algum ponto desse contínuo

imaginário implica que certos métodos de ensino não são mais escolhidos em detrimento de

outros, com base no fato de serem oportunidades educacionais “a distância” ou “presenciais”.

Pelo contrário, os fornecedores de educação, ao construir os cursos, podem escolher, dentre

vários, os métodos mais adequados ao contexto em que se darão as oportunidades de

aprendizado.

Outra grande vantagem dessa “falta de nitidez” é que “educadores a distância” e

“educadores presenciais” podem abandonar as discussões insignificantes sobre as virtudes

relativas de métodos específicos de ensino e considerar a natureza do aprendizado e o valor

educacional da estrutura e conteúdo de um curso. Educadores tipicamente acham

necessário equiparar determinados métodos de ensino com educação de boa qualidade em

uma tentativa de promover os programas que oferecem, conferindo-lhes um status de

superioridade em relação a outros métodos de ensino. O conceito de um contínuo não

requer esse tipo de julgamento prematuro e desnecessário sobre a qualidade.

É preciso esclarecer que nenhum método de ensino é intrinsecamente melhor do que outro. A

adequação de determinado método ou conjunto de métodos selecionado é determinada

exclusivamente pelo contexto em que é utilizado e as necessidades educacionais que se

propõe a suprir. Essa mudança conceitual é fundamental para mudar a estrutura do sistema de

ensino superior. Em particular, ela permitirá maior flexibilidade e criará possibilidades de

colaboração, que são vitais para a melhoria da qualidade do ensino e da rentabilidade da

educação.

Mudança para o aprendizado baseado em recursos

Uma consequência lógica da invalidação de distinções simplistas entre educação presencial

e a distância, somada à crescente variedade de mídias disponíveis e a queda dos custos de

produção e recebimento dessas mídias, foi o surgimento do aprendizado baseado em

recursos. O conceito não é novo, é baseado no princípio de que educadores devem

selecionar, dentre um conjunto completo de abordagens educacionais, os recursos e

métodos mais apropriados ao contexto em

25

Page 32: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

que ensinam. Esse princípio é, no entanto, impulsionado pelo entendimento de que gerir o

processo de aprendizado utilizando um “palestrante” para transmitir conteúdos, em muitos

casos, não é eficaz do ponto de vista educacional, nem financeiro. Isso é especialmente

importante nos contextos em que são necessárias soluções de qualidade para problemas

educacionais em grande escala.

Em suma, o conceito de aprendizado baseado em recursos significa que uma proporção

significativa, porém variável, das comunicações entre alunos e educadores não ocorre

face a face, mas por meio do uso de diversos meios, conforme necessário. De fato, um

estudo recente, feito como parte da Pesquisa Sul-africana de Engajamento dos Alunos

(Strydom & Mentz 2010), revela que os alunos envolvidos no ensino tradicional

presencial passam, em média, 16 horas por semana, ou 40% do seu tempo, em atividades

agendadas no campus, incluindo diversas atividades presenciais de apoio aos alunos,

como tutoriais, discussões em grupo e trabalhos práticos.

A introdução do aprendizado baseado em recursos ganhou força na segunda metade do

século 20, conforme mais instituições “presenciais” (especialmente universidades e cursos

superiores) se tornaram “mistas”, oferecendo programas educacionais a distância e

presenciais. Embora existam diversos motivos para essa mudança, as instituições presenciais

a levaram a cabo principalmente para aliviar a pressão crescente sobre as instalações e para

encontrar maneiras mais rentáveis de fornecer educação em um contexto de recursos em

declínio. No entanto, conforme as distinções entre os dois “modos” de ensino continuam

sendo derrubadas, fica cada vez mais difícil identificar quais programas são oferecidos em

que modo, especialmente porque os recursos desenvolvidos para programas de “educação a

distância” passaram a ser usados em muito programas “presenciais”. O surgimento das

Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), que facilitam e barateiam muito a

produção e disseminação de conhecimento a partir de diversos meios, tornou essa definição

ainda mais complexa.

As possibilidades do aprendizado baseado em recursos

Há alguns anos, em um relatório escrito para o Instituto Sul-Africano de Educação a

Distância (Saide), o renomado educador e teórico da educação sul-africano Wally Morrow

descreveu um problema fundamental do ensino superior da seguinte maneira:

A cultura tradicional do Ensino Superior é baseada em uma imagem do ensino

e uma ideia das instituições de Ensino Superior que, juntas, constituem uma

das principais (talvez a principal) barreiras à acessibilidade e disponibilidade

do Ensino Superior (Saide 1996: 97).

Ele continua sugerindo que a principal recomendação que pode contribuir para depor esta

barreira é pensar no ensino como aprendizado baseado em recursos.

26

Page 33: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

No relatório, que contou com a contribuição de Morrow, o Saide argumenta que o termo

“aprendizado baseado em recursos” surge como uma consequência lógica da invalidação das

distinções entre o ensino presencial e a distância, juntamente com uma crescente variedade

de meios disponíveis e a redução dos custos de produção e acesso a esses meios. Em suma,

isso significa que uma proporção significativa, porém variável, das comunicações entre

alunos e educadores não ocorre face a face, mas a partir do uso de diversos meios, conforme

necessário. É importante notar que o custoso contato presencial, que de fato ocorre, não

precisa envolver uma simples transmissão de conhecimento do educador para o aluno. Em

vez disso, ele envolve diversas outras estratégias de apoio ao aluno, como, por exemplo,

discussões em grupos ou trabalhos práticos. Nesse sentido, portanto, o aprendizado baseado

em recursos absorve muitas das lições aprendidas no fornecimento de educação a distância

ao longo do século 20. Em uma análise crítica, aprendizado baseado em recursos não é

sinônimo de educação a distância. No entanto, ele é a base para a transformação da cultura

de ensino em todos os sistemas educacionais, de modo a permitir que esses sistemas

ofereçam educação de melhor qualidade para números significativamente maiores de alunos,

em um contexto de escassez de recursos.

Portanto, em suma:

• educação a distância descreve um conjunto de estratégias de ensino e

aprendizado (ou métodos educacionais) que pode ser usado para suplantar a

separação espacial e temporal entre educadores e alunos. Essas estratégias ou

métodos podem ser integrados em qualquer programa educacional e

possivelmente utilizados em conjunto com outras estratégias de ensino e

aprendizado, para o provimento de educação (incluindo estratégias que requerem

que os alunos e educadores se reúnam no mesmo tempo e/ou espaço). Maiores

informações sobre os componentes de sistemas de educação a distância eficazes

podem ser encontradas no Apêndice Dois;

• aprendizado baseado em recursos envolve comunicação do currículo entre alunos e

educadores a partir do uso de recursos (elaborados para fins didáticos ou não) que se

vale de diferentes meios, conforme necessário. As estratégias de aprendizado baseado

em recursos também podem ser integradas em qualquer programa educacional,

utilizando uma combinação de estratégias de ensino presencial e a distância. O

aprendizado baseado em recursos não implica necessariamente qualquer separação

temporal e/ou espacial entre educadores e alunos, embora muitas das estratégias de

aprendizado baseado em recursos possam ser utilizadas para suplantar tais distâncias.

Esforços para integrar o uso de recursos preparados para fins didáticos em cursos e

programas foram influenciados por diversos fatores. É importante notar que esses objetivos

frequentemente incluíram esforços para suplantar a separação temporal e espacial, mas nem

sempre. Quando esse objetivo esteve presente, o resultado geralmente foi a integração de

estratégias de educação a distância e aprendizado baseado em recursos. Os principais

motivos/ objetivos podem ser descritos de modo prático da seguinte maneira:

27

Page 34: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

1. derrubar a noção tradicional de que um professor falando é a estratégia mais eficaz para

transmitir o currículo. Embora esse motivo não tenha sido uma exclusividade dos programas

de educação a distância, ele foi aplicado de maneira mais sistemática a tais programas. De

qualquer maneira, muitos cursos e programas presenciais, em todos os níveis educacionais,

incorporam o uso extensivo de recursos didáticos, pois os educadores se conscientizaram das

limitações das estratégias de aulas expositivas na transmissão de informações aos alunos. É

importante enfatizar que esse motivo não implica quaisquer melhorias intrínsecas na qualidade

da experiência de aprendizado. O grau de melhoria na qualidade da educação provocado pela

mudança na transmissão do conteúdo para o uso de recursos didáticos é inteiramente

dependente da qualidade dos recursos desenvolvidos. A experiência demonstra que, embora

maiores investimentos no desenvolvimento de recursos educacionais não necessariamente

levem a melhorias em qualidade, investir menos do que o necessário na elaboração de tais

recursos muito provavelmente levará à baixa qualidade do recurso final. Muitos programas

educacionais operam com sérias restrições orçamentárias e não têm como fazer os

investimentos necessários nos recursos que desenvolvem. Portanto, apesar de o objetivo ser

utilizar recursos para transmitir o currículo de modo mais eficaz, os investimentos feitos na

elaboração desses recursos frequentemente não permitem que esse objetivo seja atingido;

2. direcionar uma proporção significativamente maior dos gastos totais para a elaboração

e desenvolvimento de recursos de alta qualidade, como estratégia para construir e garantir

a qualidade da educação. Este objetivo está relacionado com o primeiro, mas contém

diferenças importantes. É importante notar que muitas das pessoas motivadas pelo desejo de

utilizar recursos para transmitir o currículo não têm a mesma motivação para mudar os

padrões de gastos dessa forma (ou não podem fazê-lo por força das políticas monetárias da

instituição). Isso pode gerar os problemas descritos acima, em que a transmissão do

currículo por meio de recursos em vez de com um professor falando, não gera melhorias na

qualidade pedagógica. Entretanto, existe outro ponto de tensão criado por essa mudança

quando as pessoas buscam alterar os padrões de gastos dessa maneira. Isso pode ocorrer

quando fundos adicionais são de fato investidos no desenvolvimento de recursos, mas o

investimento beneficia apenas um pequeno número de alunos. A consequência disso pode

ser o aumento significativo do custo da experiência educacional por aluno, tornando as

práticas educacionais insustentáveis. Essa prática prevalece em muitas instituições

educacionais tradicionalmente presenciais. O seu impacto na educação pública pode ser

profundamente desconcertante no longo prazo, assim como a proliferação de programas

educacionais inadequados;

28

Page 35: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

3. implementar estratégias para mudar o papel do educador4 . Esse motivo foi importante

em muitos programas educacionais em que os educadores buscaram maximizar o

impacto educacional do tempo de contato com os alunos. Como esse tempo é geralmente

o componente mais significativo dos custos variáveis da educação, muitos educadores

buscaram usá-lo para estimular o envolvimento e interação dos alunos, em vez de

simplesmente discursar para alunos passivos. Novamente, no entanto, essa mudança não

é característica da educação como um todo. Muitos educadores continuam a usar o

tempo de contato com os alunos para realizar funções bastante tradicionais, não abrindo

espaço para interações significativas entre educadores e alunos. É igualmente importante

o fato de que muitos educadores não incorporam a lógica do envolvimento nos próprios

recursos, geralmente se atendo a criar versões baseadas em recursos de aulas expositivas

tradicionais. Essa tendência também é bastante evidente nos recursos sendo

compartilhados sob licenças abertas, sendo que muitos cursos simplesmente envolvem

anotações de aulas expositivas em formatos que podem ser compartilhados na Internet;

4. investigar o potencial da integração de novas tecnologias educacionais nos ambientes de

ensino e aprendizado no apoio, melhoria ou desenvolvimento desses ambientes. Dado o

crescimento explosivo do uso das TIC na educação em todo o mundo, é importante incluir

esse motivo na lista de razões para se envolver com o aprendizado baseado em recursos.

Isso leva, então, à segunda dimensão dos REA, que foi impulsionada pela rápida

digitalização de conteúdos possibilitada pelas TIC.

A dimensão digital

Nos últimos 20 anos assistiu-se ao rápido desenvolvimento das TIC, seguido de uma

explosão de atividades relacionadas com a presença desses novos recursos na educação,

enquanto as instituições de ensino e

4 Esse papel em transformação pode ser resumido da seguinte maneira:

• educadores se tornarão facilitadores e gestores do aprendizado em contextos em que não mais

representarão a fonte de todo o conhecimento;

• educadores planejarão, negociarão e gerirão a integração do aprendizado nas instituições formais, no

ambiente de trabalho e nas comunidades;

• muitos educadores poderão passar grande parte da sua carga horária contribuindo para o

desenvolvimento de materiais didáticos;

• muitos educadores interagirão com alunos a distância, a partir de qualquer um ou de vários dos diversos

meios disponíveis (dentre os quais o contato em pessoa é apenas uma de muitas possibilidades);

• o tempo gasto pelos educadores em preparação, gestão e logística será extremamente variável dentre os

seguintes modos de comunicação:

• interação com alunos;

• transmissões televisivas em um único sentido, sem troca de imagens;

• videoconferência interligando diversos locais remotos;

• facilitação online;

• respostas escritas aos trabalhos de alunos;

• facilitação presencial;

• será essencial que educadores desenvolvam e administrem sistemas de manutenção de registros (dentro e fora

da Internet) que controlem o progresso dos alunos em seus caminhos individuais de aprendizado – caminhos que reflitam diferenças individuais no aprendizado de conteúdos, sequência de aprendizado, estratégias de

aprendizado, recursos de aprendizado, mídias e tecnologias escolhidas para apoiá-los e ritmo de aprendizado;

• cada vez mais o trabalho dos educadores envolverá sua atuação como membros de uma equipe, junto à qual

contribuirão somente com parte do conhecimento necessário, e da qual não necessariamente serão líderes,

gestores ou coordenadores.

29

Page 36: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

sistemas nacionais lutam com o desafio de encontrar a melhor maneira de implementar as

TIC de modo a beneficiar alunos, educadores e países. Existe uma ampla gama de

aplicativos digitais que podem ser utilizados para criar e distribuir materiais educacionais

(maiores informações nos Apêndices Três e Quatro).

O impacto das TIC na educação no longo prazo ainda é em grande parte uma questão de

conjectura (geralmente impulsionada por determinismo ideológico ou publicidade comercial)

e só se tornará algo inteiramente claro nos próximos 15 a 20 anos. Entretanto, algumas

tendências que surgiram no uso das TIC são relevantes para a educação e estão relacionadas

de certo modo com as discussões sobre os REA:

1. o uso da TIC está ampliando a disponibilidade de opções para planejadores educacionais

em termos das estratégias de ensino e aprendizado que eles podem escolher utilizar,

criando uma gama, por vezes desconcertante, de opções relativas ao desenvolvimento de

sistemas, combinações de ensino e aprendizado, e estratégias para administração e gestão

da educação;

2. o uso das TIC também vem possibilitando o aumento exponencial da transferência de

dados, a partir de sistemas de comunicação cada vez mais globalizados, e conectando

um número crescente de pessoas a essas redes;

3. as redes de TIC vêm aumentando significativamente o potencial das organizações em

expandir a sua esfera de atuação e influência, além das suas fronteiras geográficas tradicionais;

4. o uso das TIC vem reduzindo as barreiras à entrada de possíveis concorrentes das

instituições de ensino, diminuindo a importância do distanciamento geográfico como

barreira, reduzindo os custos gerais e requisitos logísticos de manter programas

educacionais e agências de pesquisa e aumentando o acesso barato a recursos de

informação;

5. como consequência do crescente número de pessoas conectadas e da proliferação

das chamadas tecnologias Web 2.0, houve uma explosão no compartilhamento e

produção coletivos de conhecimentos5. Consequentemente, a inteligência coletiva

e o amadorismo em massa estão pressionando as fronteiras do conhecimento

acadêmico, ao mesmo tempo em que a produção dinâmica de conhecimentos e

ferramentas e processos de computação social estão se disseminando e se

tornando cada vez mais aceitos;

5 A Wikipedia observa que a “Web 2.0… se refere a uma suposta segunda geração de serviços baseados na

Internet – como sites de redes sociais, wikis, ferramentas de comunicação e folksonomies (sistemas de catalogação de conteúdos na web baseado em tags/ rótulos) – que valorizam a colaboração e o compartilhamento

entre os usuários na Internet... No discurso de abertura da primeira Conferência Web 2.0, Tim O’Reilly e John

Battelle resumiram os principais princípios que eles acreditavam caracterizar os aplicativos Web 2.0:

• a web sendo uma plataforma;

• dados sendo a força propulsora;

• efeitos de rede criados por uma arquitetura de participação;

• inovação em um conjunto de sistemas e sites compostos pela reunião de recursos de

desenvolvedores distribuídos, independentes (uma espécie de desenvolvimento "de código

aberto");

• modelos de negócio simples, possibilitados pela distribuição de conteúdos e serviços;

• o fim do ciclo de adoção de softwares (“o beta eterno”);

• softwares acima do nível de um único dispositivo, maximizando o Poder da Cauda Longa”.

Referência: http://en.wikipedia.org/wiki/Web_2 (Acessado em 18 de novembro de 2006).

30

Page 37: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

6. a digitalização das informações em todos os meios criou importantes desafios sobre

como lidar com questões de propriedade intelectual e direitos autorais. Os regimes de

direitos autorais e modelos de negócio relacionados que funcionavam efetivamente antes

do desenvolvimento das TIC estão cada vez mais ameaçados e, em alguns casos,

rapidamente se tornam obsoletos;

7. sistemicamente, o uso das TIC tende a acentuar as diferenças sociais entre ricos e

pobres.

Cada vez mais o investimento em TIC é visto pelos planejadores educacionais como

necessário para adquirir vantagem competitiva, porque atrai alunos (especialmente

aqueles em partes do mundo em que jovens têm cada vez mais acesso constante às TIC)

e porque é considerado essencial por governos, pais, empregadores e outros

patrocinadores importantes da educação. Apesar disso, fica cada vez mais claro que não

há correlação direta entre o aumento dos gastos em TIC e a melhoria do desempenho

dos sistemas educacionais. Benefício e impacto, à medida que podem ser medidos de

modo minimamente confiável, são mais frequentemente uma função de como as TIC

são implementadas do que de quais tecnologias são usadas. Espera-se que a difusão

deste conhecimento ajude os sistemas educacionais em todo o mundo – sejam quais

forem as suas limitações de recursos – a se apropriarem das TIC nos anos vindouros, de

modo a melhorar a qualidade do ensino e reduzir o seu custo, em vez de criar novas

despesas, exacerbar complexidades operacionais e criar novos problemas.

Como parte do desenvolvimento das TIC, o aprendizado online continua se tornando cada

vez mais relevante no mundo todo. De fato, alguns planejadores educacionais o veem

como uma das poucas avenidas sem limitações à inovação no ensino e aprendizado. O

plano de ação do aprendizado online europeu (e-Learning Action Plan ) define o

aprendizado online da seguinte maneira:

O uso de novas tecnologias multimídia e de Internet para melhorar a

qualidade do aprendizado, facilitando o acesso a recursos e serviços, bem

como a troca e colaboração remotas. (Commission of the European

Communities 2001)

Há uma tendência crescente de uso dos termos “educação a distância” e “aprendizado online”

como se fossem intercambiáveis. No entanto, o uso dos termos educação a distância e

aprendizado online como intercambiáveis cria uma fusão confusa dos conceitos que, por

vezes, resulta em planejamento estratégico de má qualidade. É verdade que o advento das TIC

introduz uma nova gama de estratégias educacionais, mas distinguir quando usos específicos

das TIC introduzem separação temporal e/ou espacial continua sendo relativamente simples.

Assim, por exemplo, alunos trabalhando independentemente usando um CD-ROM ou

materiais de curso online estão claramente envolvidos em uma prática de educação a distância,

ao passo que o uso de conferências por satélite, embora permita certo grau de separação

espacial, está mais relacionado com o ensino presencial, pois requer que os alunos estejam em

um local específico, em uma hora específica. Muitos dos que se apropriam das TIC parecem

achar que estão se apropriando dos benefícios da educação a distância de boa qualidade,

quando frequentemente estão apenas encontrando alternativas tecnológicas para replicar os

modelos presenciais tradicionais.

31

Page 38: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

A única complexidade nisso é que as TIC criaram uma nova forma específica de contato, que

não é facilmente classificada como presencial ou a distância. A comunicação online permite

que alunos e acadêmicos permaneçam separados no espaço e no tempo (embora algumas

formas de comunicação requeiram que as pessoas se congreguem em um determinado

momento), mas mantenham um diálogo contínuo. Fóruns de discussão assíncronos na Internet,

por exemplo, são um exemplo em que a separação espacial entre o educador e os alunos é

eliminada pelo espaço “virtual” da Internet, mas a separação temporal é mantida. Como os

fóruns de discussão permitem comunicações contínuas entre acadêmicos e alunos, eles são

claramente uma forma de contato, não de estudo independente. Portanto, talvez seja necessário

introduzir um novo termo para descrever os métodos educacionais de contato direto não

presencial entre educadores e alunos, mediado por novas tecnologias de comunicação.

Apesar de o potencial dos REA estar profundamente associado com o conceito de

aprendizado baseado em recursos e ter sua origem nos materiais de educação a distância bem

planejados, eles simplesmente não seriam concebíveis antes da explosão das TIC. Isso ocorre

porque uma rede de dispositivos digitais conectados, a Internet, possibilitou o

compartilhamento global de informações em uma escala e em velocidades inimagináveis

antes da década de 90. A facilidade com que o conteúdo digital é criado, compartilhado na

Internet e copiado por outros, no entanto, também criou problemas de proteção dos direitos

autorais e de propriedade intelectual. Esses problemas afetaram e continuam a transformar a

maioria dos setores baseados na proteção do capital intelectual como modelo econômico,

incluindo os setores de educação e editoração educacional. Ao mesmo tempo, entretanto, a

economia do conhecimento viu um aumento dos modelos alternativos de licenciamento, mais

conhecidos na indústria de softwares.

O surgimento do código aberto

Conforme observa um artigo da Wikipedia sobre o tema:

O conceito de código aberto e compartilhamento livre de informações

tecnológicas já existia muito antes dos computadores. Por exemplo, receitas

culinárias vêm sendo compartilhadas desde os primórdios da cultura humana.

Código aberto pode se referir a negócio e computadores, softwares e

tecnologia6.

No entanto, o termo “Código Aberto” se popularizou a partir do mundo de

desenvolvimento de software (que foi lançado em 1983 como o Movimento do Software

Livre) e passou a descrever softwares de computador para os quais, conforme observa o

informativo do JISC:7

• o código fonte está disponível para o usuário final;

• o código fonte pode ser modificado pelo usuário final;

• não existem restrições à redistribuição ou uso;

6 http://en.wikipedia.org/wiki/Open_source 7 Historicamente, JISC significava Comitê Conjunto de Softwares de Informação (Joint Information Software

Committee), uma iniciativa surgida no Reino Unido.

32

Page 39: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• as condições de licenciamento visam facilitar a reutilização contínua e a ampla

disponibilidade do software, no contexto comercial e fora dele8.

O artigo informativo do JISC observa que:

Em todos os outros aspectos, não há diferença entre esse tipo de software e os

softwares licenciados de modo convencional. A principal distinção é a licença.

O termo “código aberto” é reservado para licenças certificadas pela Iniciativa

de Código Aberto (Open Source Initiative – OSI), por estarem de acordo com

as características da Definição de Código Aberto (Open Source Definition –

OSD) (JISC, n.d.).

O código aberto na Internet teve início quando esta era ainda apenas um quadro de avisos e

progrediu para formatos mais avançados e de compartilhamento, como sites. Hoje existem

muitos sites, organizações e negócios promovendo o compartilhamento de código aberto em

tudo, de código de computador à engenharia de desenvolvimento de produtos, técnicas ou

avanços médicos. Efetivamente fomentando que as pessoas estejam organizadas como uma

cooperativa de consumidores, a ideia do código aberto é eliminar os custos de acesso ao

consumidor e ao criador, reduzindo as restrições impostas por direitos autorais. Presume-se

que isso leve à criação de mais trabalhos, baseados no que já existe, e que criará maiores

benefícios sociais. Além disso, alguns proponentes argumentam que o código aberto

também libera a sociedade da tarefa de administrar e fiscalizar direitos autorais.

Organizações como a Creative Commons têm sites em que é possível solicitar “licenças”, ou

níveis de restrição alternativos para o seu trabalho (ver Apêndice Um). As proteções

autoimplementadas liberam a sociedade como um todo do custo de fiscalizar violações de

direitos autorais. Portanto, o argumento da eficiência dos bens de Código Aberto pode ser

defendido de vários ângulos9.

Essas ideias, então, floresceram em várias áreas. De uma perspectiva educacional mais

elevada, elas surgiram, por exemplo, no conceito de “acesso aberto”. Conforme observado

pela Wikipedia, apesar de o termo “acesso aberto” ser aplicado a muitos conceitos, ele

geralmente quer dizer o seguinte:

• acesso aberto (publicação), acesso a materiais (principalmente publicações

acadêmicas) por meio da Internet, de modo que o material esteja livremente disponível

para quem quiser lê-lo ou usá-lo (ou reutilizá-lo) em vários níveis;

• periódico de acesso aberto: periódicos que concedem acesso aberto a todos ou grande

parte dos seus artigos10.

O artigo correspondente da Wikipedia observa que a discussão ativa sobre as questões

econômicas e de confiabilidade de vários meios de se conceder Acesso Aberto a publicações

de periódicos científicos continua entre pesquisadores, acadêmicos, bibliotecários, gestores

de universidades, agências financiadoras, representantes de governos, editores comerciais e

editores acadêmicos/ de sociedades profissionais. Apesar disso, um estudo empírico

8 Retirado de www.jisc.ac.uk/publications/briefingpapers/2006/pub_ossbp.aspx 9 Esse trecho foi adaptado de um artigo da Wikipedia sobre código aberto: http://en.wikipedia.org/wiki/

Open_source, acesso em 18 de janeiro de 2011. O texto desse artigo está disponível sob licença Creative Commons Atribuição/Compartilha Igual.

10 http://en.wikipedia.org/wiki/Open_access.

33

Page 40: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

publicado em 2010 mostrou que, da produção total de artigos revisados pelos pares,

aproximadamente 20% podem ser encontrados com Acesso Aberto11. É importante notar

também que o desempenho de acadêmicos experientes é cada vez mais baseado não só na sua

produção acadêmica, mas, mais significativamente, nas suas citações. Portanto, parece

lógico, tanto da perspectiva social como pessoal, abrir o acesso à produção acadêmica o

máximo possível.

Paralelamente, o conceito de materiais didáticos de “Código Aberto” emergiu, impulsionado

pela exploração crescente das possibilidades de desenvolvimento de materiais, que podem ser

projetados para permitir fácil acesso em diversas situações de ensino e aprendizado por

educadores e desenvolvedores de conteúdos educacionais. Assim, a noção de REA tem

ressonância no conceito de “Código Aberto” em várias áreas: REA e Softwares de Código

Aberto têm muitos aspectos em comum, essa relação foi estabelecida primeiramente em 1998,

por David Wiley, que introduziu o conceito de conteúdo aberto análogo ao conceito de Código

Aberto12. Conforme observado previamente, o termo REA propriamente dito foi adotado em

2002, em um fórum da UNESCO sobre Materiais de Curso Abertos (OCW), que são materiais

universitários compartilhados livremente em um ambiente virtual de aprendizado aberto.

REA: um argumento do valor econômico com potencial para

transformação da educação

Aproximando essas duas dimensões (a pedagógica e a digital), o conceito de REA surgiu

com um enorme potencial transformador. Pedagogicamente, o conceito é embasado pela

ideia de utilizar recursos como método intrínseco de transmissão do currículo em cursos

educacionais.

No entanto, é a facilidade de compartilhamento de conteúdos digitais por meio da Internet que

tem o poder de maximizar o aprendizado baseado em recursos, sem levar à falência os

sistemas educacionais. É importante notar que, como no caso do “Código Aberto”, o principal

diferencial entre os REA e quaisquer outros recursos educacionais é a sua licença. Portanto,

um REA é simplesmente um recurso educacional acompanhado de uma licença que facilita a

sua reutilização (e possivelmente adaptação), sem a necessidade de pedir permissão ao

detentor dos direitos autorais.

É igualmente importante entender que REA não é sinônimo de aprendizado online ou

aprendizado na Internet (e-learning). De fato, especialmente na realidade dos países em

desenvolvimento, pode-se esperar que muitos dos recursos educacionais produzidos, apesar

de compartilháveis em formato digital (em formatos online e fora da Internet, como CD-

ROM), sejam imprimíveis. Portanto, uma grande porcentagem dos recursos significativos

para a educação poderá ser compartilhada digitalmente como arquivos em RTF (Rich Text

Format) ou formatos semelhantes (para fins de adaptação) e armazenados como formatos de

arquivo de documentos portáteis (PDF) (para impressão).

11 Esse trecho foi adaptado de um artigo da Wikipedia sobre Publicação com Acesso Aberto:

http://en.wikipedia. org/wiki/Open_access_%28publishing%29, acesso em 18 de janeiro de 2011. O texto desse artigo está disponível sob licença Creative Commons Atribuição/Compartilha Igual. A referência desse estudo empírico está disponível em: www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal. pone.0011273.

12http://en.wikipedia.org/wiki/Open_educational_resources.

34

Page 41: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apesar de o conceito de REA ser textualmente jurídico, sua implicações são primeira e

primordialmente econômicas. Marcos legais de licenciamento aberto estabelecem duas

proposições econômicas:

• proposição econômica fundamental nº1 – instituições de ensino e educadores terão

que criar serviços diferentes (dada a rápida transformação do mercado de conteúdos

educacionais tradicionais);

• proposição econômica fundamental nº2 – deve-se substituir a abordagem de livre

mercado na educação pela colaboração para a construção e compartilhamento de

conteúdos.

Proposição econômica fundamental nº1

Conforme ilustrado no Apêndice Cinco deste Guia, uma onda de compartilhamento aberto

está se formando na Internet em velocidade assombrosa. Nesse contexto, a pergunta

fundamental na mente dos educadores e líderes educacionais é: "Como surfamos essa onda e

evitamos o afogamento?”

Pode-se traçar um paralelo direto entre o que está acontecendo nas indústrias da música,

cinema e mídia, dentre outras, e o futuro dos conteúdos na educação. Por exemplo, os

aplicativos de software para compartilhamento de arquivos, como clientes BitTorrent, levaram

a uma explosão da transferência livre de arquivos de som e vídeo, gerando uma aparente crise

nos modelos de negócio das indústrias da música e cinema. Semelhantemente, uma busca nos

sites certos de Torrent resulta, em poucos segundos, em uma lista extensa de livros médicos

didáticos disponíveis livremente (e possivelmente ilegalmente) para download, bem como

senhas de acesso a periódicos com acesso limitado. Isso não significa que o mercado de

conteúdos e publicações educacionais desaparecerá por completo, mas que será

profundamente transformado e diferentes serviços terão que ser criados nesses novos

mercados. Os nichos de venda de conteúdos educacionais genéricos provavelmente se

tornarão mais especializados, ao passo que muito do conteúdo vendável perderá seu valor

econômico.

Um exemplo disso é o fechamento da livraria da Universidade de Michigan, em junho de

2009, devido ao volume insuficiente de vendas. Da mesma forma, um artigo de Tim Barton,

da Oxford University Press, publicado em 2009 na Chronicle of Higher Education13, relata o

exemplo de alunos da Universidade de Columbia que citaram um livro publicado em 1900,

em vez de muitos dos textos modernos disponíveis na sua lista de leitura, primordialmente

porque o texto completo estava disponível online. O seu comentário sobre o fato foi: “Se não

está online, é invisível”. Limitações de largura de banda podem dificultar o download para

alguns alunos atualmente (embora os custos sejam justificáveis comparando o preço da

largura de banda com o preço de alguns dos livros didáticos mais caros exigidos no ensino

superior), mas a tendência de barateamento é evidente e a Internet continuará será utilizada

por alunos para acessar materiais, seja isso legal ou não.

13Barton T., Saving texts from oblivion: Oxford U. Press on the Google book settlement. Chronicle of

Higher Education. Acessado em janeiro de 2011, http://chronicle.com/article/Saving-Texts-From- Oblivion-/46966

35

Page 42: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Os recursos, conteúdos e serviços disponíveis online vêm se proliferando. Isso é claramente

evidenciado pelos exemplos ilustrados no Apêndice Cinco. Organizados por categorias

como repositórios de REA de Materiais de Cursos Abertos (OCW), iniciativas universitárias

de OCW, Iniciativas de criação de conteúdo, OCW sobre temas específicos e recursos de

busca de OCW, essas fontes de REA são um bom ponto de partida para encontrar conteúdos

disponíveis publicamente. O Apêndice Cinco é retirado de um catálogo online mantido pelo

OER África, e pode ser acessado em: www.oerafrica.org/FindingOER.

Portanto, educadores que questionam “por que eu deveria compartilhar meus conteúdos

educacionais?” deveriam se conscientizar de que a verdadeira questão é: “como posso

manter o controle sobre o processo de compartilhamento do meu conteúdo educacional?”

E, quanto mais útil for o conteúdo para os alunos, maior a probabilidade de ser

compartilhado, com ou a sem a permissão do autor. Acadêmicos e editores que tentam

lutar contra essa tendência foram comparados ao exército espanhol lutando contra os

Apaches, ou à indústria da música lutando contra a pirataria (como descreve o livro The

Startfish and the Spider: The Unstoppable Power of Leaderless Organization (A Estrela

do mar e a Aranha: o Poder Impossível de Conter da Organização sem Líder), quanto mais

se tenta destruir os líderes desses movimentos descentralizados, mais eles são fortalecidos

(Brafman & Beckstrom 2007).

Consequentemente, no contexto do ensino e aprendizado, as instituições de ensino que serão

bem-sucedidas economicamente deverão ser aquelas que o fizerem, em primeiro lugar, por

entender que o seu verdadeiro valor educacional está na sua habilidade de apoiar efetivamente

os alunos (seja por meio de sessões práticas, tutoriais, aconselhamento individual, ou online), e

na sua habilidade de fornecer avaliações inteligentes e feedback crítico sobre o desempenho

dos alunos (o que em última instância os conduzirá à certificação). O mercado ainda não

mudou completamente, mas irá fazê-lo. Os esforços de universidades, como o Massachusetts

Institute of Technology e a Open University UK, em disponibilizar seus conteúdos na forma de

REA, reflete uma compreensão dessa mudança, bem como um esforço para liderá-la e se

beneficiar da publicidade gerada pela liderança. Em tal ambiente, prevê-se que sua reputação

cresça a partir da disponibilização de conteúdo como estratégia de promoção da sua

competência em oferecer apoio, avaliação e certificação. Cada vez mais, aqueles que buscarem

cercear, proteger e esconder seu conteúdo e pesquisa educacionais provavelmente limitarão

suas carreiras acadêmicas. Eles também se tornarão cada vez mais excluídos das oportunidades

de aprimorar suas práticas de ensino e conhecimento específico em uma área por meio do

compartilhamento e cooperação com redes crescentes de acadêmicos em todo o mundo.

Uma nova iniciativa chamada Recurso Educacional Aberto (REA) de avaliação e

certificação de alunos (Technology Enhanced Knowledge Research Institute, Universidade

Athabasca, 2011) objetiva dar o próximo passo lógico na proliferação dos cursos gratuitos

com o uso de REA. O objetivo do projeto é criar “caminhos flexíveis para alunos utilizando

materiais de aprendizado abertos hospedados na Internet obter credenciais reconhecidas de

instituições certificadas de ensino superior” (TEKRI, 2011: 1).

36

Page 43: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Em relação ao modelo previsto pela iniciativa de uma “universidade aberta”, criada por

parcerias inovadoras entre instituições de ensino superior com filosofias semelhantes, o

objetivo é oferecer “soluções robustas e confiáveis para a prestação de serviços de

avaliação e certificação” (TEKRI, 2011:2), de modo que alunos possam “ter seu

aprendizado prontamente avaliado e então receber o devido reconhecimento acadêmico

por seus esforços” (TEKRI, 2011:1).

Proposição econômica fundamental nº2

A segunda proposição econômica representada pelos REA consiste em um desafio mais

arriscado: abandonar a lógica econômica dominante de que a educação deve ser tratada como

um negócio, regido pelas mesmas regras e incentivos dos setores de comércio e varejo. A ideia

da educação como um livre mercado teve muitas consequências negativas. Nas últimas

décadas, educadores e instituições de ensino têm sido recompensados por competir uns com os

outros e impedir o acesso de terceiros à sua propriedade intelectual. Em uma análise crítica,

isso é claramente antiético da perspectiva dos conceitos de construção e compartilhamento de

conhecimento, que são ideias centrais, pelo menos em princípio, à função primordial das

instituições de ensino (pelo menos as públicas). Nas últimas décadas, a educação vem sendo

vista cada vez mais como um negócio e uma fonte de despesas, cujo objetivo é reduzir os

custos – seja o de administrar universidades e escolas ou o de produzir profissionais.

Embora o conceito de REA em si não tenha efeito direto em mudar essas realidades, ele cria

a oportunidade de reconsiderar a proposição de valor econômico da educação. Ele fornece a

justificativa para mudar as políticas institucionais e nacionais e as estruturas orçamentárias,

de modo que recompensem a colaboração e o compartilhamento aberto de conteúdos, ao

invés de penalizá-los (eliminando possíveis fontes de renda do compartilhamento aberto de

conhecimento), ou ignorá-los (como é o caso de tantas universidades que colocam a

publicação de pesquisas acima de outros objetivos, como a criação de programas

educacionais, participação em processos de desenvolvimento colaborativo de materiais e

disponibilização livre dos materiais para uso por terceiros). Isso indica a necessidade de

enfatizar a o envolvimento das políticas institucionais, pois, até que os sistemas de

recompensa sejam reestruturados, a chance de convencer as pessoas a mudar seu

comportamento é pequena.

Independentemente das tecnologias ou metodologias que venham a ser utilizadas, a realidade

é que educação de boa qualidade não pode ser criada ou mantida sem os devidos

investimentos. Investimentos em educação só podem ser significativamente justificados em

termos dos seus benefícios sociais e econômicos para as sociedades no longo prazo, não em

termos de como esses investimentos ajudarão a matricular mais alunos por um custo

individual cada vez menor.

Obviamente, se os REA forem vistos como apenas outro mecanismo de redução de custos, a

partir do fornecimento de conteúdos gratuitos, o seu potencial em contribuir para melhorar a

educação será perdido e ficará limitado à longa lista de jargões e termos da moda que

infestam o ensino superior há muitos anos. Se esse for o caminho escolhido,

37

Page 44: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

os REA poderão de fato inundar os sistemas educacionais com conteúdos disponíveis de baixo

custo (alguns bons, alguns relevantes, mas a maioria não), não contribuindo para o

desenvolvimento da capacidade institucional de oferecer programas e custos rentáveis de alta

qualidade.

Se estrategicamente aproveitado, no entanto, o conceito de REA tem um grande potencial de

contribuir para a melhoria da qualidade e eficiência da educação. Esse potencial gira em

torno de três possibilidades relacionadas:

• maior disponibilidade de materiais didáticos de alta qualidade e relevância,

desenvolvidos para necessidades específicas, o que pode contribuir para criar alunos

e educadores mais produtivos. Como os REA eliminam as restrições à cópia de

recursos, isso pode reduzir o custo de acessar materiais educacionais. Em muitos

sistemas, o pagamento de direitos autorais dos livros didáticos representa uma

proporção significativa do orçamento total, ao mesmo tempo em que os processos

para obter permissão para utilizar materiais protegidos por direitos autorais também

podem consumir muito tempo e dinheiro (embora alguns críticos tendam a

supervalorizar seu potencial de aumento dos custos na educação, assumindo que

conteúdo gratuito é praticamente sinônimo de educação gratuita);

• o princípio de permitir a adaptação de materiais cria um dos muitos mecanismos para

envolver os alunos ativamente nos processos educacionais; eles aprendem mais ao

fazer e criar, em vez de simplesmente ler e absorver conteúdo passivamente. Licenças

de conteúdo que estimulam a atividade e criação pelos alunos, a partir da reutilização e

adaptação do conteúdo, podem contribuir de modo significativo para criar ambientes

de ensino mais prolíficos;

• os REA têm potencial para desenvolver competências, promovendo o acesso de

instituições e educadores, por um custo baixo ou sem custo, aos meios de produção

relativos a materiais de alta qualidade. Isso inclui desenvolver as competências de

instituições e educadores para produzir materiais educacionais e concluir o projeto

estrutural necessário para integrar tais materiais em programas de aprendizado de alta

qualidade. Muitos sistemas educacionais estão naufragando porque os seus

funcionários estão tão atolados em tarefas administrativas que não têm tempo e espaço

para exercitar essa habilidade criativa essencial, e será necessário tempo e

investimentos para reconstruí-la. O conceito de REA tem potencial para facilitar isso,

se o processo de desenvolvimento de materiais educativos for visto como tão

importante (e talvez até mais importante) como o produto final.

Problematicamente, porém, muitas pessoas no "movimento REA" parecem assumir que

simplesmente tornar o conteúdo disponível livremente para uso e adaptação vai melhorar o

ensino. Esse posicionamento simplista ignora a realidade óbvia de que o conteúdo é apenas

uma peça do quebra-cabeça educacional e que o uso efetivo de conteúdo educacional

requer, dentre outros, bons educadores para facilitar o processo. É importante notar que os

REA criam uma oportunidade de envolvimento das instituições de ensino e educadores nos

processos de desenvolvimento de competências para a criação e oferecimento de

programas e cursos de ensino superior de alta qualidade,

38

Page 45: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

sem aumento dos custos. Sem essas competências institucionais e individuais crescentes, os

REA não conseguirão alcançar seu potencial transformador.

Portanto, o desafio é convencer as pessoas de que fazer com que a abertura seja produtiva

requer investimentos financeiros, tempo e energia, mas que isso se justifica pela riqueza de

benefícios que a abertura pode proporcionar. Isso é porque a abertura deliberada reconhece o

seguinte:

• o investimento na criação de ambientes educacionais eficazes é fundamentalmente

importante para uma boa educação;

• um fator-chave para os sistemas de produção envolve a construção de um capital

intelectual comum, em vez da repetição de esforços semelhantes;

• se todos os outros parâmetros permanecerem os mesmos, a colaboração melhorará a

qualidade;

• conforme a educação é contextualizada na prática, é importante facilitar a adaptação

de materiais importados de cenários distintos, quando necessário, e isso deve ser

encorajado, ao invés de restringido.

Não se sabe ao certo que direção os sistemas educacionais vão tomar. Os REA serão vistos

como mais uma alternativa em uma longa lista de tentativas mal-sucedidas de redução de

custos? Ou, o seu potencial será aproveitado como parte de uma estratégia de investimentos

mais inteligentes e eficazes na educação, na crença de que a produção de liderança

intelectual por meio do desenvolvimento livre e aberto e do compartilhamento de capital

intelectual comum é uma atividade válida e socialmente essencial para uma sociedade

saudável?

Tendo isso em mente, o restante desta seção se concentra em apresentar diretrizes

práticas para planejadores e líderes educacionais sobre como criar ambientes que se

apropriem das possibilidades econômicas e educacionais dos REA para gerar ensino e

aprendizado de melhor qualidade.

As implicações para os planejadores e tomadores

de decisões na educação As principais questões de relevância em relação ao potencial dos usos dos REA podem ser

resumidas da seguinte maneira:

1. sistemas educacionais e organizações que têm uma postura séria em relação ao ensino e

aprendizado terão que garantir que os gastos com recursos humanos e despesas

relacionadas reflitam um esforço institucional contínuo e sistêmico de investimento na

criação de ambientes mais eficazes de ensino e aprendizado para os seus alunos. Isso

envolverá investimentos no desenvolvimento e melhoria dos currículos, desenvolvimento

contínuo de programas e cursos, planejamento de sessões presenciais com alunos,

desenvolvimento e prospecção de materiais de ensino e aprendizado de qualidade,

desenvolvimento de atividades de avaliação eficazes etc. Muitos sistemas e instituições de

ensino ainda não fazem esse tipo de investimento de modo planejado e deliberado, porém

isso é uma parte essencial da sua função primordial;

39

Page 46: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

2. conforme os sistemas e instituições de ensino tomam decisões estratégicas para aumentar

seus investimentos na elaboração e desenvolvimento de melhores programas de ensino, a

maneira de se fazer isso com o melhor custo-benefício é se valendo dos ambientes de

licenciamento aberto (pelos motivos já descritos nas seções anteriores deste Guia).

Portanto, um comprometimento com os REA implica maiores investimentos no ensino e

aprendizado, porém há potencial para o aumento da eficiência e produtividade desses

investimentos valendo-se de novas maneiras de desenvolver programas, cursos e materiais

melhores;

3. para que o uso seja eficaz e sustentável, tais decisões estratégicas provavelmente terão que

ser acompanhadas de uma revisão das políticas institucionais. O que é mais importante é

que as instituições terão que rever suas políticas de propriedade intelectual (garantindo que

apoiem modelos de licenças abertas) e de remuneração e incentivos aos seus funcionários

(garantindo que o tempo gasto no desenvolvimento de cursos e atividades relacionadas

seja devidamente recompensado, por meio de aumentos salariais e promoções, como parte

de políticas mais amplas que contemplem remuneração e incentivos aos funcionários).

Para facilitar essa revisão, ambientes de políticas favoráveis – em nível nacional ou

institucional – são essenciais a qualquer esforço sustentável de aproveitar o potencial

dos REA.

Criando as condições para o sucesso: a necessidade de

mudança das políticas

No desenvolvimento de currículos e recursos de aprendizado, os educadores sempre se

envolveram com o que já estava disponível – frequentemente prescrevendo livros didáticos

existentes e criando listas de leitura de artigos publicados, por exemplo. Mesmo em

instituições de ensino a distância com um longo histórico de desenvolvimento de materiais,

é indiscutivelmente raro e incomum o desenvolvimento de materiais completamente novos,

sem referência ao que já existe. A disponibilidade crescente de REA aumenta a abrangência

do que está disponível, mas talvez, o que é mais importante, crie maiores possibilidades de

adaptação de recursos existentes para melhor atender às necessidades contextuais e culturais

locais, sem a necessidade de gastar longas horas em processos de negociação de direitos

autorais, ou, quando isso não funciona, repetindo o esforço de desenvolvimento

essencialmente do mesmo conteúdo. Em geral, isso é gerido de modo mais eficaz e eficiente

se os educadores trabalham em equipe, de modo que seus conhecimentos em áreas

específicas sejam somados na prospecção de conteúdos, estruturação do aprendizado,

desenvolvimento de recursos, licenciamento de materiais etc. Se os recursos de aprendizado

novos/ revisados que resultam de tal processo forem então compartilhados com a

comunidade educacional em geral, como REA, existe a possibilidade de envolver ainda

mais pessoas e de refinamento por meio do feedback construtivo. O resultado final serão

melhores currículos e materiais, desenvolvidos mais rapidamente e renovados com maior

frequência.

Deve ficar claro que os contratos de emprego dos diversos funcionários que contribuem

para o desenvolvimento de recursos de aprendizado novos ou revisados – desde programas

inteiros

40

Page 47: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

até objetos de aprendizado individuais – devem reconhecer expressamente o direito de

reconhecimento da contribuição individual, mas também a intenção de o produto final ser

disponibilizado sob licença aberta. Devido ao potencial promocional dos recursos de

aprendizado disponibilizados sob a alcunha da instituição, é particularmente importante

que as políticas expressem um comprometimento, com critérios claros e processos

robustos de controle de qualidade.

É importante enfatizar a hierarquia aqui subentendida. O envolvimento com os REA advém

da necessidade de suprir necessidades curriculares na instituição. O desenvolvimento e

compartilhamento de novos REA é um produto do atendimento dessas necessidades, não

um fim em si mesmo.

Nesse contexto, as questões a seguir devem ser consideradas pelas instituições de

ensino.

1. Até que ponto as políticas atuais estimulam os educadores a investir, pelo menos parte

do seu tempo, no desenvolvimento contínuo do currículo, na criação de ambientes

eficazes de ensino e aprendizado como parte dos cursos e programas e no

desenvolvimento de materiais de ensino e aprendizado de alta qualidade?

Algumas instituições já têm políticas que estimulam tais investimentos, seja por meio da

inclusão desses elementos nas descrições dos cargos, inclusão dessas atividades nas

políticas de recompensas, incentivos e promoções e/ou na designação de pessoas e

unidades dedicadas a essas tarefas.

Embora instituições diferentes possam optar por incentivar essas atividades de modos

diferentes, com base em suas missões e visões específicas, todas podem se beneficiar ao

garantir que as suas políticas apoiem estruturalmente o investimento de tempo pelos

educadores nessas atividades, como parte de um processo planejado de melhoria da

qualidade do ensino e aprendizado. Uma política de reconhecimento e apoio ao

desenvolvimento do currículo e de recursos de aprendizado em equipes polivalentes

deveria evitar a sobrecarga do corpo docente, cuja função principal seria identificar e

garantir a qualidade dos REA existente e, se necessário, desenvolver novos conteúdos.

Um comprometimento manifesto na forma de política com o uso, adaptação e criação dos

REA necessários, como forma de apoiar os ciclos contínuos de revisão de currículos e

materiais, ajudaria a garantir que o ensino e o aprendizado fossem vistos como um

processo contínuo de renovação.

2. A instituição tem uma política definida de DPI em vigor?

Um bom ponto de partida para a consideração dos REA é ter políticas claras de direitos de

propriedade intelectual (DPI) e direitos autorais. Uma política clara determinaria

explicitamente, por exemplo, os direitos da instituição e dos seus funcionários e provedores

de serviços, bem como dos alunos (que podem se envolver no processo direta ou

indiretamente por meio do uso de alguns dos seus trabalhos como exemplos), sobre o

capital intelectual.

3. As políticas e práticas institucionais recompensam a criação de materiais de modo mais

enfático do que a adaptação de materiais existentes? Até que ponto a colaboração é

valorizada?

41

Page 48: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apesar de não haver fórmula universal para lidar com essas questões, a realidade é que os

modelos de incentivo geralmente recompensam atividades individuais, em vez de

colaborativas, e estimulam a produção de materiais “novos”. Apesar de haver alguns bons

motivos para um membro do corpo docente desenvolver materiais “do zero”, tais processos

podem acabar repetindo trabalhos sendo desenvolvidos nas redes globais de conhecimento,

envolvidas na facilitação de crescentes formas de colaboração e compartilhamento de

informações. A história do desenvolvimento de materiais para a educação a distância

ilustra claramente que, se todas as outras variáveis forem as mesmas, a colaboração em

equipes de pessoas produzindo materiais tende a produzir resultados de melhor qualidade

do que indivíduos trabalhando isoladamente.

Consequentemente, é oportuno que as instituições de ensino pensem estrategicamente

sobre até que ponto as suas políticas, práticas e culturas institucionais privilegiam o

esforço individual em detrimento da cooperação e criam ineficiências premiando, por

princípio, a criação de “novos” materiais em detrimento da adaptação e uso de materiais e

conteúdo existentes. Conforme o volume de conteúdos acessíveis livremente aumenta, tais

abordagens em relação à prospecção de materiais cada vez mais parecem

desnecessariamente dispendiosas. Portanto, pode ser benéfico garantir que os modelos de

incentivos e processos de controle de qualidade prevejam a seleção criteriosa e o uso de

conteúdo existente (especialmente conteúdos com licenças abertas e, portanto, livres para

uso), bem como o desenvolvimento de novos conteúdos.

4. Qual seria um ponto de partida adequado para iniciar uma cultura de compartilhamento

e fomentar um movimento em prol da publicação de REA?

Historicamente, instituições de ensino e educadores frequentemente foram encorajados a

proteger veementemente o seu capital intelectual. Portanto, o compartilhamento de

práticas, abordagens e materiais educacionais não necessariamente será uma prática

comum. Consequentemente, instigar colegas a compartilhar materiais uns com os outros

pode gerar resistência e ceticismo. Reconhecer que esse legado histórico de como a

educação tendeu a funcionar ao longo dos anos é importante para encontrar caminhos para

mudar essa cultura e para promover formas de compartilhamento de materiais que não

sejam ameaçadoras para os educadores. Uma estratégia que vem sendo adotada por

algumas instituições é estimular educadores a compartilhar suas anotações de aula e/ou

apresentações de slides usadas em determinados cursos na Internet. Dessa forma, eles não

se sentem pressionados a desenvolver programas inteiros – ou o equivalente a um livro

didático. Em vez disso, eles compartilham anotações criadas para os seus alunos, de modo

que os primeiros beneficiados são os seus alunos atuais (que podem acessar os materiais

em formato digital) e depois os seus colegas na própria e em outras instituições, pois suas

anotações podem ser utilizadas e adaptadas para outros fins. Baixar a expectativa do que

significa REA (e não esperar que algo equivalente a livros didáticos esteja disponível

imediatamente) pode ser um importante passo para mudar a cultura de compartilhamento

na educação.

Da mesma forma, instituições podem exigir que todas as avaliações formais dos cursos

sejam publicadas como REA. Isso significaria que um repositório de provas, conjuntos de

problemas, temas de redação e exames estaria disponível com licenças

42

Page 49: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

abertas. Como no caso das anotações de aula, avaliações são algo que os educadores têm

que criar como parte do seu trabalho. O trabalho adicional necessário para publicá-las

com licenças abertas é mínimo. Entretanto, a contribuição para a instituição e para a

comunidade educacional pode ser significativa. Essa publicação também forçaria os

educadores a investir na recriação de estratégias de avaliação, o que garantiria a

atualidade das práticas de avaliação e ajudaria a reduzir o plágio (porque os membros do

corpo docente não se sentiriam mais tão tentados a utilizar avaliações antigas, uma vez

que elas estariam disponíveis abertamente).

5. Os membros do corpo docente entendem as questões relativas a direitos autorais e as

diferentes formas de se apropriarem de recursos com licenças abertas?

Como sua função primordial, as instituições de ensino têm potencial para se posicionarem à

frente das sociedades do conhecimento. Em muitas instituições, porém, os educadores têm

conhecimento ou acesso limitado a questões relativas a direitos autorais e à proliferação de

conteúdos na Internet, em sua maioria sob licenças abertas. Essas questões ganham

crescente importância, pois são centrais para o crescimento e o desenvolvimento rápido de

novas redes globais de conhecimento, impulsionadas pela diversidade crescente de recursos

disponíveis e o alcance da Internet.

Essas redes de conhecimento emergentes, que na prática são grupos de áreas

especializadas de interesse que compartilham e desenvolvem conhecimento além das

fronteiras nacionais, são complexas e diversas, mas se tornaram um aspecto essencial da

economia do conhecimento e de muitos empreendimentos acadêmicos. Isso significa que

os educadores precisam cada vez mais entender as questões complexas que envolvem

essas redes de conhecimento e como elas podem mudar a maneira como conteúdo é

criado e compartilhado. Consequentemente, é cada vez mais importante que as

instituições invistam em atividades para conscientizar seus funcionários dessas questões e

explorar como a instituição e os educadores podem se beneficiar delas.

6. Existem motivos contundentes para a retenção de todos os direitos autorais reservados

sobre o currículo e os materiais de ensino e aprendizado?

Assumindo que as instituições tenham políticas de direitos autorais que protegem os

direitos desses materiais da instituição, a sua próxima consideração deve ser se os

benefícios são maiores com a retenção de todos os direitos autorais, ou com a liberação de

alguns desses direitos. Embora uma pequena porcentagem de materiais de ensino e

aprendizado tenha potencial para – e continuará a – gerar renda a partir de vendas diretas, a

realidade de que apenas uma porcentagem mínima dos materiais de ensino e aprendizado

tem valor de revenda não mudou. Ademais, a tendência é que essa porcentagem continue

caindo conforme um número crescente de materiais se torna disponível gratuitamente na

Internet.

É cada vez mais evidente que, da perspectiva do ensino e aprendizado, as instituições

de ensino que serão bem sucedidas o farão primordialmente por entender que o

verdadeiro valor educacional não está no conteúdo (disponível em volumes cada vez

maiores na Internet), mas na sua habilidade de guiar os alunos efetivamente pelos

recursos educacionais, ao longo de

43

Page 50: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

caminhos de ensino e aprendizado bem elaborados, do apoio efetivo aos alunos (com

sessões práticas, tutoriais, sessões de aconselhamento individual ou na Internet) e do

provimento de avaliações inteligentes e retorno crítico aos alunos sobre seu desempenho (o

que, em última instância, conduzirá a certificações). Embora possa parecer contraintuitivo,

conforme os modelos de negócios são transformados pelas TIC, quanto maior o número de

instituições usarem os seus materiais, maior será a sua reputação institucional e, portanto,

mais alunos serão atraídos.

Nesse ambiente em transformação, existem argumentos fortes para considerar o valor de

mercado e a exposição extra proporcionados pela abertura do acesso a esse capital

intelectual com licenças abertas, em vez de tentar manter todos os direitos autorais

reservados. No entanto, como haverá casos em que as instituições e acadêmicos terão que

proteger inteiramente todos os seus direitos autorais, continua sendo importante criar

provisões nas políticas de direitos autorais para garantir todos os direitos sobre alguns

materiais, quando estes forem considerados comercialmente ou estrategicamente

importantes. Tendo dito isto, é importante acrescentar que uma política que requeira que os

funcionários justifiquem a necessidade de reservar todos os direitos autorais pode ajudar a

eliminar a prática corrupta de o corpo docente vender seus próprios materiais de ensino e

aprendizado aos alunos, como fonte de renda extra.

Conclusão

Os REA englobam uma possível visão para os sistemas educacionais no mundo na qual os

educadores individuais, e cada vez mais departamentos e instituições inteiras, se reúnem em

espaços comuns online (que, como os fenômenos de maior sucesso da Internet, não são

"propriedade" de algum interesse institucional ou empresarial) para começar a partilhar os

materiais que produzem, em um esforço para assegurar que, em última análise, todos os

materiais de que os alunos precisam para concluir seus estudos com sucesso possam ser

acessados legalmente, sem nenhum custo de licença. Grandes quantidades desses materiais já

estão disponíveis em todo o mundo, sem ninguém se beneficiar comercialmente deles (e

muitos mais são produzidos toda semana). Eles representam um capital intelectual comum que

deve ser liberado para impulsionar e apoiar a educação, em vez de ficar trancado a sete chaves.

O potencial dos REA inclui tornar os processos educacionais mais transparentes,

facilitando a colaboração entre educadores e alunos em diferentes instituições, e

estabelecer um novo modelo econômico de prospecção e publicação de materiais de

ensino. Em última instância, a chave do seu sucesso seria demonstrar que, no médio e

longo prazo, os REA ajudarão educadores atualmente sobrecarregados a gerenciar o seu

trabalho de modo mais eficaz, em vez de criar novas exigências em sua lista de

responsabilidades. No entanto, as iniciativas de REA bem-sucedidas serão aquelas que

puderem funcionar imediatamente e agregar valor educacional, dentro das limitações da

infraestrutura de TIC existente de todas as instituições envolvidas (incluindo as dos países

em desenvolvimento). Disponibilizar o potencial de um conceito que só terá um impacto

quando

44

Page 51: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

essas limitações infraestruturais forem eliminadas é de muito pouca serventia às instituições

de ensino superior no curto e médio prazo.

Portanto, o valor dos projetos e iniciativas de REA deve ser medido, na prática, em termos de

quanto são capazes de impulsionar os objetivos educacionais primordiais, e os princípios de

funcionamento que regem as comunidades de REA devem ser movidos por essa máxima. A

educação é um investimento social e deve ser protegido como tal se quisermos que ela atinja

seu potencial de criar um mundo mais igual. Isso torna fundamental encontrar meios práticos

de criar modelos de negócios capazes de garantir o sucesso da comunidade educacional na

Internet. De um ponto de vista crítico, seria bom que aceitássemos (até que esse novo modelo

seja estabelecido) que é provável que tenhamos que manter a mente aberta e o

comprometimento para integrar os interesses das partes distintas que buscam abrir o acesso ao

conteúdo educacional.

Em sua forma mais eficaz, a criação e compartilhamento de REA envolve trabalhar juntos por

uma causa comum, seja dentro do corpo docente de uma instituição isolada ou em toda a rede

global. Compartilhar materiais que outros podem adaptar e usar é reconhecer o valor inerente

ao trabalho em equipe e os avanços ideológicos que surgem dessa colaboração. Fazer isso

abertamente, utilizar inovações já comprovadas da Internet para facilitar o compartilhamento de

conteúdo, é um modo prático de se valer da colaboração para encontrar soluções simples para

problemas educacionais.

Se os educadores começarem a fazer isso em massa, o valor dos sistemas para os quais

trabalham os alcançará, pois em última análise os sistemas são uma simples codificação de

como as pessoas concordaram trabalhar e interagir umas com as outras. Consequentemente,

recompensas e incentivos se transformarão para refletir a valorização do compartilhamento e

da construção em grupo, em detrimento do individualismo e da competição predatória. Por

outro lado, se esperarmos que as políticas sistêmicas mudem, antes de começarmos a

colaborar, então seremos nós os responsáveis se os valores do sistema nunca mudarem.

Como em todos os processos comunitários, os resultados iniciais serão desordenados – e

haverá muitos problemas a serem resolvidos (por exemplo, como criar estruturas

curriculares adequadas ao armazenamento de conteúdo e mecanismos que ajudem a avaliar

a qualidade). Porém, as comunidades online demonstraram o poder e o valor irrefutáveis de

várias pessoas trabalhando juntas por uma causa comum. Fazer isso na educação pode

redirecionar o foco dos sistemas educacionais, restaurando os valores nucleares de

construção e compartilhamento de conhecimento subjacentes à educação e nos encorajando

sistematicamente a trabalhar e aprender uns com os outros.

Referências

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Acessado em janeiro de 2011,, http://opencontent.org/blog/archives/355

46

Page 53: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Um: Visão

Geral das Licenças Abertas14

Introdução

Quando se fala em licenças abertas, é importante lembrar que elas são ferramentas legais que

usam as leis de direitos autorais em vigor. Especificamente a lei de diretos autorais

exclusivos, que permite ao detentor de direitos autorais licenciar materiais com a licença de

sua preferência (Hofman & West, 2008). Liang (2004) observa:

Embora termos como “software livre” e “copyleft” deem a impressão de

serem alternativas aos direitos autorais, é importante notar que não se

referem a um modelo que prescinde dos direitos autorais. Pelo contrário,

eles se baseiam na lei de direitos autorais, mas a utilizam de modo criativo

para articular um discurso positivo e não negativo sobre os direitos (Liang,

2004, p. 24).

Licenças abertas para conteúdos se desenvolveram a partir da abordagem bem-sucedida de

licenciamento de softwares de código aberto. Umas das primeiras licenças abertas para

materiais diferentes de softwares foi publicada em 1998, por David Wiley. Essa licença não é

mais utilizada, uma vez que alternativas mais recentes são mais adequadas e adaptáveis a

diferentes condições. Em 2000, a Free Software Foundation lançou a sua primeira versão de

uma licença aberta para materiais diferentes de software. Essencialmente, a licença permitia

que os desenvolvedores de software de código aberto produzissem manuais e materiais de

apoio abertos, livres das restrições padrão de direitos autorais. Essa licença é conhecida como

GNU FDL (do inglês, Licença de Documentação Livre). Embora tenha sido usada pelo

famoso site Wikipedia até pouco tempo atrás (tendo sido substituída pela licença Creative

Commons), essa licença não é amplamente utilizada pelo movimento REA, em parte, porque é

tecnicamente confusa e pesada em termos de requisitos processuais (Liang, 2004). Em alguns

casos, autores também podem criar as suas próprias condições para o direito autoral, embora

isso possa ser juridicamente complicado em alguns casos e, portanto, não recomendado para

materiais REA (Hofman & West, 2008). Abandonando essa opção, o foco se voltou para o

conjunto de opções de licença da Creative Commons (CC). Como as licenças CC são as mais

comumente utilizadas, elas serão descritas mais detalhadamente neste documento.

Existem diversas licenças abertas específicas para música e artes. Como o foco deste artigo

são os REA, esta revisão não apresentará todas as licenças abertas em detalhes. Uma análise

comparativa de diversas licenças abertas pode ser encontrada em Liang (2004).

14Este anexo é retirado de Wilson, M. 2009. The Potential of Open Educational Resources. Johanesburgo. SAIDE.

47

Page 54: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Licenças Creative Commons

(www.creativecommons.org)

A abordagem alternativa ao licenciamento melhor desenvolvida foi criada por Larry Lessig, da

Universidade de Stanford, em 2001, sendo chamada Creative Commons (CC). A CC oferece

licenças abertas de fácil utilização para materiais digitais, evitando restrições automáticas

relativas a direitos autorais. A popularidade das licenças CC cresceu em importância desde o

seu lançamento em 2002. Em 2006, estimava-se que 45 milhões de páginas da web haviam

sido licenciadas com uma licença CC (Smith e Casserly, 2006). Liang (2004, pg. 78) descreve

a filosofia da Creative Commons da seguinte maneira:

Inspirada pelo movimento do software livre, a Creative Commons acredita que

um amplo e vibrante domínio público de informações e conteúdos é um pré-

requisito para o fluxo contínuo de criatividade, e é necessário enriquecer este

domínio público proativamente a partir de um discurso positivo sobre direitos.

Ela se propõe a fazer isso por meio de um conjunto de licenças que possibilitam

a abertura do conteúdo e colaboração, bem como sua atuação como um banco

de dados de conteúdos. A Creative Commons também educa o público sobre

questões relativas a direitos autorais, liberdade de expressão e domínio público.

As licenças CC levam em consideração diferentes leis de direitos autorais em diferente

países ou jurisdições, e possibilitam o uso de versões em diversos idiomas. Para tornar o

processo de licenciamento o mais simples possível para os usuários, o site da Creative

Commons utiliza um gerador de licença, que sugere a licença mais adequada com base nas

respostas do usuário a questões específicas sobre como o seu trabalho pode ser utilizado.

Para facilitar buscas específicas pelas licenças de recursos, as licenças CC são expressas em

três formatos:

• Commons deed (leigo): é a versão em linguagem simples da licença, com

ícones de apoio (vide tabela abaixo);

• Legal code (código legal): é a versão em termos jurídicos, que garante que a licença

tenha valor em um tribunal de justiça;

• Digital code (código digital): uma tradução que pode ser lida por dispositivos

eletrônicos, que permite às ferramentas de busca encontrar trabalhos com base nos

seus termos de uso (About – Creative Commons; Liang, 2004).

Todas as licenças CC incluem “direitos de referência”: direito de copiar, distribuir,

executar publicamente ou digitalmente, e mudar o formato de uma cópia exata do material

(Hofman & West, 2008, p. 11). Além disso, as licenças CC afirmam os direitos autorais do

autor e as isenções de direitos autorais concedidas e exigem que o titular da licença:

• obtenha permissão se quiser utilizar os recursos de alguma forma restrita;

• mantenha o aviso de direitos autorais em todas as cópias do trabalho;

• publique a licença com o trabalho, ou inclua um link para a licença em todas as

cópias do trabalho;

48

Page 55: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• não altere os termos da licença de maneira nenhuma;

• não use tecnologias ou outros meios para restringir o uso legal de outras licenças do

trabalho (Liang, 2004, p. 82).

Condições da Licença

15

Criadores escolhem um conjunto de condições que desejam aplicar ao seu trabalho.

Atribuição

por

Compartilha

Igual

sa

Não

Comercial nc

Sem Derivado

s

nd

Você permite que

outros copiem,

distribuam, exibam

e executem o seu

trabalho protegido

por direitos autorais

— e seus derivados

—, mas somente se

lhe for dado crédito

da maneira

solicitada.

Você permite que

outros distribuam

trabalhos

derivados somente

sob licença

idêntica à licença

que rege o seu

trabalho.

Você permite que

outros copiem,

distribuam, exibam e

executem o seu

trabalho — e

trabalhos derivados

baseados nele —,

mas somente para

fins não comerciais.

Você permite que

outros copiem,

distribuam, exibam

e executem

somente cópias

exatas do seu

trabalho, não

permitindo

trabalhos derivados

baseados nele.

As Licenças

As seguintes são as principais licenças CC:

cc por

Atribuição

Esta licença permite que outros distribuam, remixem, alterem e desenvolvam o seu trabalho,

mesmo para fins comerciais, desde que lhe deem o devido crédito pela criação original. É a

licença mais abrangente das licenças oferecidas em termos do que outros podem fazer com

os seus trabalhos com licença de Atribuição.

15As próximas duas seções foram copiadas diretamente do site da Creative Commons – vide http://

creativecommons.org/about/licenses.

49

Page 56: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

cc by-sa

Atribuição-Compartilha Igual

Esta licença permite que outros remixem, adaptem e desenvolvam o seu trabalho, mesmo

para fins comerciais, desde que lhe deem o devido crédito e licenciem as novas criações sob

termos idênticos. Esta licença é comumente comparada às licenças dos softwares de código

aberto. Qualquer trabalho novo baseado no seu deverá ter a mesma licença, e, portanto,

derivados também permitirão uso comercial.

cc by-nd

Atribuição-Sem Derivados

Esta licença permite a redistribuição para fins comerciais ou não, desde que transmitido sem

qualquer alteração e creditando o trabalho a você.

cc by-nc

Atribuição-Não Comercial

Esta licença permite que outros remixem, adaptem e desenvolvam o seu trabalho para fins

não comerciais e, embora os novos trabalhos tenham que lhe dar crédito e serem para fins

não comerciais, eles não precisam ser licenciados sob os mesmos termos.

cc by-nc-sa

Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual

Esta licença permite que outros remixem, adaptem e desenvolvam o seu trabalho para fins

não comerciais, desde que lhe deem o devido crédito e licenciem as novas criações sob

termos idênticos. Outros podem baixar e redistribuir o seu trabalho, como na licença by- nc-

nd, mas também podem traduzir, remixar e produzir novas histórias baseadas no seu trabalho.

Qualquer trabalho novo baseado no seu deverá ter a mesma licença, portanto, derivados

deverão também ser destinados para fins não comerciais.

cc by-nc-nd

Atribuição-Não Comercial Sem Derivativos

Esta licença é a mais restritiva das seis licenças principais, permitindo a redistribuição. Esta

licença geralmente é chamada de licença de "divulgação livre", porque permite que outros

50

Page 57: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

baixem os seus trabalhos e os compartilhem, desde que os creditem a você e forneçam

links para você, mas não podem modificá-los de modo nenhum ou utilizá-los para fins

comercias.

Considerações sobre o Licenciamento CC

O aspecto mais controverso das licenças CC é a cláusula não comercial (NC) (Commonwealth

of Learning, 2007; Hofman & West, 2008; Rutledge,2008). Existem vários motivos para isso,

incluindo, no nível mais básico, o que de fato o termo “não comercial” significa. Como as

licenças CC são um fenômeno recente dentro do escopo das leis de direitos autorais, existem

poucos exemplos históricos para ajudar na interpretação desta cláusula. A interpretação mais

radical de “não comercial” é que nenhum valor monetário deve ser transferido entre partes por

força do uso dos materiais. No entanto, Hofman e West (2008) observam que esta não é a

interpretação usual do termo “não comercial”.

Uma transação não é vista usualmente como comercial quando inclui reembolso por despesas

como, por exemplo, viagens. A transação se torna comercial quando o seu fim último é a

obtenção de lucro. Da mesma forma, escrevendo da perspectiva da CC, Rutledge observa:

A CC considera a intenção como o principal teste sobre se o uso é ou não

comercial. Se o objetivo de um determinado uso for a obtenção de lucro, esse

uso é comercial. Sob esta lógica, o reembolso de custos por si só não consiste

em uso comercial (Rutledge, 2008).

Embora esta abordagem possa parecer intuitiva, muitos exemplos legais podem ser

encontrados da dificuldade de definir “intenção”. As Diretrizes sobre Direitos Autorais do

Commonwealth of Learning (COL) especificamente abordam o tema da cláusula NC e

observam que lucro e recuperação dos custos, o que inclui custos operacionais, não devem

ser confundidos. Isso significa que uma organização pode ainda cobrar taxas de registro,

recuperar os custos de produzir cópias dos materiais e custos fixos da customização, cópia e

distribuição de materiais. As diretrizes do COL continuam observando que:

Se uma instituição declara e/ou paga lucros líquidos para os seus acionistas, e

uma parte do lucro líquido advém da venda de materiais designados com a

cláusula NC, deve-se fazer o cálculo do valor do lucro líquido obtido por meio

dessa parte dos materiais rotulados com a cláusula NC. Esse é o ponto crítico

de distinção entre materiais NC e não NC. Organizações que fornecem

materiais sem a cláusula NC aceitam que os materiais que oferecem podem ser

usados para gerar lucro aos envolvidos em qualquer outra organização (além

de cobrir todos os custos de reprodução) (Commonwealth of Learning, 2007, p.

2).

Como parte dos esforços para entender como a cláusula não comercial se aplica em

diferentes contextos, a Creative Commons está conduzindo estudos sobre a questão

(Rutledge, 2008). Rutledge encerra seu comentário sugerindo que os leitores

51

Page 58: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

devem também considerar seriamente se a cláusula não comercial é realmente

necessária.

Rutledge (2008) observa que alguns acreditam que todo negócio com fins lucrativos não

deve poder cobrar taxas de curso ou utilizar conteúdos abertos, daí a necessidade da restrição

NC. Entretanto, isso implicaria que uma escola particular não poderia utilizar materiais NC

(Hofman e West, 2008), ou uma organização com fins lucrativos não poderia utilizar

materiais para fins não lucrativos, como um projeto de investimento social corporativo.

Outro argumento contra a restrição NC é que ela torna os materiais incompatíveis com

materiais registrados sem essa restrição (vide, por exemplo, Bissell e Boyle, 2007; Moller,

2005).

Apesar de ser compreensível que um autor que disponibiliza seus materiais abertamente não

gostaria de ver outros lucrando com eles, isso pode ser alcançado de outras formas. Por

exemplo, pode-se argumentar que, quando materiais podem ser livremente acessados na

Internet, cobrar por eles se torna irrelevante, e, para obter lucro, o indivíduo ou empresa teria

que agregar valor extra suficiente, além do que está disponível gratuitamente, para justificar

que os usuários pagassem por ele. Trabalhos disponibilizados com licenças atribuição-

compartilha igual exigem que qualquer trabalho derivado da obra original seja disponibilizado

com a mesma licença. Portanto, o valor agregado pelo indivíduo/ empresa com fins lucrativos

teria que ser também disponibilizado livremente sob uma licença atribuição-compartilha igual

(Moller, 2005).

Referências do Apêndice

Bissell, A., & Boyle, J. (2007). Towards a Global Learning Commons: ccLearn.

Educational Technology, 4(6), 5-9.

Commonwealth of Learning (Maio, 2007). Copyright Guideline. Commonwealth of

Learning.

Hofman, J., & West, P. (2008). Chapter 6: Open Licences. Em Copyright for authors,

educators and librarians. Obtido em 4 de maio de 2008 de www.col.org/resources/

knowServices/copyright/Pages/openLicense.aspx.

Liang, L. (2004). Guide to Open Content Licenses. Piet Zwart Institute, Willem dr Kooning

Academy Hogeschool Rotterdam. Moller, E. (2005). Creative Commons -NC Licenses

Considered Harmful. Obtido em 26 de junho de 2008 de

www.kuro5hin.org/story/2005/9/11/16331/0655.

Rutledge, V. (2008). Fair Comment: Towards a Better Understanding of NC Licenses.

Connections, February. Obtido em 15 de maio de 2008, de www.col.org/

news/Connections/2008feb/Pages/fairComment.aspx.

Smith, M. S., & Casserly, C. (2006). The Promise of Open Educational Resources.

Change, Fall. Obtido em 24 de junho de 2008 de http://learn.creativecommons.

org/wp-content/uploads/2008/03/changearticle.pdf.

52

Page 59: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Dois:

Os Componentes de um Sistema

Eficaz de Educação a Distância

Os Componentes

1. Criação e Desenvolvimento do Curso

a. Cursos bem estruturados

Na educação a distância de qualidade, o curso, e não o educador, fornece o ambiente

adequado de aprendizado para os alunos. Porém, em vez de simplesmente se referir a

um conjunto de materiais, o curso é a estrutura de aprendizado embutida nos materiais.

Ele tem três elementos básicos:

i. vias conceituais para o domínio do conhecimento que se propõe a transmitir,

habilidades teóricas e habilidades práticas;

ii. estratégias educacionais para ajudar o aluno a encontrar o seu próprio

caminho ao longo dessas vias;

iii. avaliações somativas e formativas devem ser parte integral do processo de

aprendizado.

Os materiais e apresentação do curso como um todo devem empolgar, envolver e

recompensar o aluno. Cursos devem ser estruturados de modo a envolver os alunos no

seu próprio aprendizado e devem dar aos alunos acesso rápido e a habilidade de se

movimentar livremente por eles. Embora não seja necessário que os cursos

utilizem tecnologias avançadas, a maioria deles, mas nem todos, utilizarão diversas

mídias. O planejamento dos cursos deve incluir as atividades práticas necessárias. Para

ser tão flexíveis e abertos quanto possível, os cursos devem ser estruturados em

módulos.

b. Desenvolvimento do programa e do curso em equipe

Um componente essencial dos cursos bem-sucedidos é a colaboração. Esta pode ser

obtida a partir de uma abordagem em que um grupo de pessoas, cada uma com

habilidades e competências específicas, desenvolve o curso em equipe.

Embora não haja uma média ideal, ou um mínimo absoluto,

53

Page 60: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

investir uma razão significativa do tempo gasto pelo corpo docente com o

planejamento sobre o tempo gasto pelo aluno estudando será inevitável no

desenvolvimento de cursos. Alguns dos melhores cursos com os temas mais

desafiadores, no entanto, podem ser necessárias 50 a 100 horas de tempo de preparo

para apenas uma hora de tempo de estudo do aluno. Isso tem implicações claras para

os cursos desenvolvidos para pequenos grupos de alunos: eles simplesmente não são

viáveis economicamente, a menos que processos de desenvolvimento colaborativo

sejam implementados.

2. Aconselhamento e Apoio

a. Aconselhamento

Deve haver condições para que os provedores de educação a distância aconselhem e

ajudem indivíduos que, de outro modo, ficariam isolados durante todo o processo de

aprendizado e, em especial, para ajudá-los a tomar decisões antes de se matricular em

programas educacionais. O acesso deve ser facilitado a partir de diversos

dispositivos, incluindo o mais importante: intervenção humana.

b. Apoio ao aluno

Para que os alunos se adaptem às particularidades do estudo autoguiado, eles precisam

de diversas formas de apoio – por exemplo, acesso satisfatório a tutores e facilitadores,

oportunidades de interagir com outros alunos e acesso aos recursos necessários.

c. Provisão de suporte administrativo adequado aos alunos

Isso envolve vários níveis de suporte administrativo, incluindo processos de matrícula,

pagamento de taxas, entrega de materiais e manutenção dos canais de comunicação

abertos. O objetivo geral é reduzir e simplificar ao máximo os processos

administrativos.

3. Controle de Qualidade

a. Controle de qualidade em todos os programas de ensino

Vários mecanismos precisam ser estabelecidos para garantir a qualidade dos

programas de aprendizado e sua capacidade de autodesenvolvimento. Um dos

mecanismos mais importantes é aquele que permite receber retorno significativo e

confiável de professores e alunos sobre o desempenho contínuo da instituição.

b. Pesquisa, avaliação e desenvolvimento

Como em todos os aspectos da educação, pesquisa constante, avaliação e

desenvolvimento são necessários para a melhoria do ensino a distância. Provedores de

educação a distância também precisam ter na pesquisa eficaz a base da melhoria da

qualidade do seu desempenho.

4. Aprendizado a Distância Gerido Eficientemente

A gestão efetiva da educação a distância envolve critérios de desempenho e metas para a

instituição, além de mecanismos para avaliar pública e regularmente o desempenho e

incorporar as lições aprendidas

54

Page 61: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

na melhoria de práticas. Também envolve garantir que as estruturas de governança

reflitam a sociedade sul-africana e que o corpo discente seja adequadamente representado

nessas estruturas.

Justificativa para o uso de Métodos de Educação a

Distância

Métodos

Consciente ou inconscientemente, tentativas de usar métodos de educação a distância

geralmente foram impulsionadas por um desejo de aplicar algumas (ou todas) das seguintes

lições da experiência com práticas de educação a distância:

1. proporcionar acesso a alunos que, por força de compromissos de trabalho,

distância geográfica, má qualidade, ou experiências prévias ruins, não têm acesso

a oportunidades de educação presencial em período integral. Essa provavelmente

tem sido a principal motivação para o uso de métodos de educação a distância. Tal

impulso foi gerado parcialmente pela conscientização crescente da importância do

aprendizado para a vida toda e as tentativas relacionadas de responder às

necessidades de mercado. Isso também foi gerado pela queda nos números de

alunos em algumas áreas tradicionais do ensino e uma necessidade relacionada de

encontrar novos mercados educacionais;

2. buscar expandir o acesso à educação para um número significativamente maior de

alunos. Essa motivação está relacionada, mas não é igual à primeira. A diferença está

principalmente na escala dos programas. Muitos programas impulsionados por um

desejo de proporcionar acesso a alunos que estão excluídos da educação presencial em

período integral não têm metas reais para alcançar um maior número de alunos. De

fato, é importante notar que programas de educação a distância de grande escala, em

geral, estão confinados a muito poucos setores educacionais, mais especificamente à

enfermagem e à licenciatura. A maioria dos outros programas tende a se ater a

intervenções de pequena escala, embora seja razoável dizer que pode haver mudanças

nessa área, conforme o mercado e os provedores de programas se alinham mais

rapidamente;

3. mudar os padrões de gastos para aumentar a escala dos negócios reduzindo os custos

identificados (especialmente investimentos na criação e desenvolvimento de cursos e

sistemas administrativos eficazes) ao longo do tempo e um número maior de alunos. Essa

motivação reúne as duas acima e tem sido a justificativa econômica subjacente de muitas

instituições de ensino em todo o mundo. O seu sucesso depende de limitar o número de

cursos, ao mesmo tempo maximizando matrículas em outros cursos. Muitos programas de

educação a distância com os quais trabalhamos simplesmente não têm a intenção ou

habilidade de explorar esses benefícios econômicos. Existem diversos motivos, mas

geralmente isso se deve primordialmente ao fato de a demanda do mercado não ser

suficiente para criar programas que atraiam milhares de alunos, ou porque as instituições

ou programas não têm os recursos financeiros ou humanos para fazer investimentos de

risco de grande escala no desenvolvimento de cursos

Page 62: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

55

Page 63: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

e sistemas de desenvolvimento ou administrativos necessários para apoiar a implementação

de educação de larga escala. O último problema é exacerbado pelo fato de que os sistemas

administrativos desssas instituições foram projetados de modo tão simplista para apoiar a

educação presencial em tempo integral, que os investimentos necessários para adaptá-los

normalmente seriam muito maiores do que o requerido para criar novos sistemas do zero.

56

Page 64: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Três: Aplicações

Tecnológicas

Observação: este Apêndice foi extraído de outro relatório escrito por Neil Butcher para o

programa de desenvolvimento de competências Global e-Schools and Communities Initiative

(GeSCI) African Leaders in ICT (ALICT). O relatório original pode ser encontrado em:

www.gesci.org/assets/files/12.Sharing%20Knowledge%20Based%20Society%20

Perspectives%20The%20ICT,%20Education%20Development%20Perspective%20

Neil%20Butcher%20and.pdf

Este Apêndice inclui um guia rápido para algumas aplicações tecnológicas disponíveis

para apoiar iniciativas educacionais e de desenvolvimento e que ajudam a estimular a

criação e uso de recursos educacionais com licenças abertas, ou pelo menos disponíveis

abertamente16:

• sites de redes sociais –são serviços baseados na web que

permitem que as pessoas criem um perfil público ou semipúblico dentro de um

sistema limitado, definam uma lista de outros usuários com quem se conectam e

visualizem e percorram a sua e as listas feitas por outros dentro do sistema.

Possivelmente os mais populares sejam o Facebook e o MySpace, embora existam

muitos deles. Alguns também focam em dimensões específicas das redes sociais. Por

exemplo, sites de listas de favoritos (social bookmarking) como o Del.icio.us

permitem que as pessoas marquem sites e os rotulem

com palavras-chave, criando catálogos comunitários baseados em palavras-chave, mais

conhecidos como “folksonomies”. Da mesma forma, existem sites de

compartilhamento de fotos, como o Flickr, que permitem que as pessoas carreguem,

marquem, naveguem e façam anotações em fotografias digitais e participem de grupos

temáticos auto-organizados. Embora o potencial dos sites de redes sociais para

influenciar como nos organizamos e encontramos informações ou interagimos com

outros seja enorme, é importante notar que o setor com fins lucrativos está se vendendo

como o provedor escolhido para essas competências colaborativas da Web 2.0,

principalmente em um esforço para criar novas plataformas para o financiamento de

consumidores e venda de publicidade;

• blogs – são notáveis pela velocidade com que cresceram como veículos de

comunicação na Internet. Blog é uma contração de ‘weblog’, que é um termo

utilizado para descrever os sites que mantêm uma

16As descrições contidas nesta seção foram em grande parte retiradas de uma documentação elaborada pela

Educause Leaning Initiative – www.educause.edu/eli– e, especialmente, na sua série 7 Things You Should Know About... (7 Coisas que Você Deveria Saber Sobre...).

57

Page 65: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

crônica constante da informação. Um blog é um site pessoal, atualizado com

frequência, que contém comentários em forma de diário e links para artigos e outros

sites (e, no caso dos videoblogs, vídeos). Devido às perspectivas pessoais apresentadas

nos blogs, eles frequentemente geram debates contínuos e um forte senso de

comunidade. Os blogs são fontes alternativas de informações para o ensino superior e

oferecem ferramentas que podem ser usadas por acadêmicos e alunos para diversos

fins educacionais;

• wikis – permitem a criação de um documento escrito colaborativamente, em

linguagem de marcação utilizando um navegador de Internet. Uma característica

distintiva da tecnologia wiki é a facilidade com que páginas podem ser criadas e

atualizadas. Essa facilidade de interação e operação faz com que um wiki seja uma

ferramenta eficaz para criação colaborativa em massa. O exemplo mais famoso é a

Wikipedia, um fenômeno online que teve um papel fundamental em desafiar a ideia

do que é “conhecimento” e credibilidade da informação. Os Wikis já são muito usados

em muitos programas de ensino superior para fins educacionais e são uma das

ferramentas de criação utilizadas para produzir conteúdo aberto (ver abaixo);

• RSS – Real Simple Syndication é um protocolo que permite que os usuários se

inscrevam para receber conteúdos online, criando listas das suas fontes de informação

preferidas em um “leitor” ou “agregador” que automaticamente obtém atualizações de

conteúdo, economizando tempo e esforços. Feeds RSS podem ser muito úteis para

gerenciar informações e fazer pesquisas constantes;

• podcasts – o termo se refere a qualquer combinação de hardware, software e

conectividade que permite baixar arquivos (geralmente gratuitos) de áudio e vídeo

para um computador, smartphone, ou tocador de MP3/MP4 para serem ouvidos ou

assistidos quando for mais conveniente para o usuário. Isso geralmente é feito

inscrevendo-se em um feed RSS ligado a um podcast específico de modo que,

conforme novas edições de um podcast são disponibilizadas, um software as baixa

automaticamente. A tecnologia de podcasting disponibilizou diversos materiais

educacionais de áudio e vídeo, incluindo programas de rádio de todo o mundo,

palestras, discursos em conferências e podcasts personalizados criados

especificamente por entusiastas. Cada vez mais universidades e acadêmicos estão

disponibilizando palestras como séries de podcasts, geralmente gratuitas, a qualquer

um no mundo com acesso à Internet;

• mundos virtuais – são ambientes de imersão na Internet, cujos 'residentes' são avatares

que representam indivíduos participando por meio da Internet. Alguns deles, como o

popular World of Warcraft, focam especificamente em jogos e entretenimento. Entretanto,

possivelmente o mais conhecido deles da perspectiva educacional seja o Second Life

(Segunda Vida), um mundo completamente tridimensional onde usuários com diversos

interesses interagem, mas onde muitas universidades e negócios agora estão construindo

campus virtuais para os seus alunos;

58

Page 66: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• Voice-Over Internet Protocol - VOIP (Protocolo de Voz sobre a Internet) – é um

protocolo otimizado para transmissão de voz pela Internet ou outras redes de

comutação de pacotes. VOIP geralmente é usado de modo abstrato para se referir a

transmissões reais de voz (em vez dos protocolos que as implementam). O VOIP

habilita aplicações como o Skype, que permite que usuários façam ligações

telefônicas entre computadores;

• mensagens instantâneas (MI) – forma de comunicação online que permite interações

em tempo real, por meio de computadores ou dispositivos móveis. Muitas vezes esse

recurso é embutido em aplicações, tais como o Skype e redes sociais, de modo que

possa ser usado como parte dessas aplicações. Ele se tornou uma parte tão intrínseca

da vida de estudantes que muitas universidades estão trabalhando para que extrapole a

esfera social e se torne parte do ensino e aprendizado;

• aplicações online – são programas baseados na web executados em navegadores e que

geralmente replicam as funções disponíveis em aplicativos para computadores de

mesa. Um bom exemplo é o Google Apps, que dá acesso a ferramentas de

produtividade para escritórios, comunicação e armazenamento de arquivos. Outro

exemplo mais especializado é o Lulu, que oferece acesso online às ferramentas

necessárias para projetar, publicar e imprimir materiais originais, facilitando a

produção de baixo custo de publicações. A natureza online dessas ferramentas tem

também o objetivo de facilitar a colaboração, revisão por pares e produção

coletiva de conhecimento;

• Utilizando as aplicações – com a apropriação do potencial das tecnologias

acima, muitas novas possibilidades estão surgindo:

• Mashups, que são aplicações web que combinam dados de mais de uma fonte em

uma única ferramenta integrada. O potencial das mashups para a educação está na

maneira como nos ajudam a chegar a novas conclusões ou detectar novas relações

a partir da reunião de grandes volumes de dados de forma administrável.

Ferramentas baseadas na web para manipulação de dados são fáceis de usar,

geralmente gratuitas e amplamente disponíveis;

• contar histórias digitalmente: envolve uma combinação de narrativa com

conteúdo digital para criar um pequeno filme ou apresentação;

• visualização de dados: consiste na representação gráfica das informações para

detectar tendências ocultas e correlações que podem gerar importantes

descobertas;

• periódicos abertos: gerem o processo de publicação de periódicos revisados pelos

pares na Internet, permitindo que autores monitorem as suas submissões ao longo

do processo de revisão, o que dá a ideia incomum às publicações revisadas por

pares de abertura e transparência;

• Google jockeying: envolve o aluno em uma aula navegar a Internet durante a

aula para buscar termos, ideias, sites, ou recursos mencionados pelo

apresentador. Essas buscas são exibidas simultaneamente com a

apresentação;

59

Page 67: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• reuniões virtuais: são reuniões em tempo real que ocorrem na Internet,

utilizando ferramentas de áudio e vídeo integradas, bate-papo e

compartilhamento de aplicações;

• computação em rede: utiliza middleware para coordenar recursos díspares de TI

em uma rede, permitindo que funcione como um todo virtual, fornecendo acesso

remoto a recursos de TI e agregando o poder de processamento.

Uma versão do material deste apêndice está disponível no artigo temático:

ICT, Education, Development, and the Knowledge Society, elaborado para a GeSCI por

Neil Butcher & Associates. Este artigo está disponível em: www.gesci.org/assets/files/

ICT,%20Education,%20Development,%20and%20the%20Knowledge%20

Society%281%29.pdf.

60

Page 68: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Quatro: Aplicações

de Software de Código Aberto

na Educação

Código aberto é o conceito e prática de permitir o acesso de usuários e desenvolvedores

ao código fonte de um programa, possibilitando que desenvolvedores e usuários

modifiquem ou adicionem recursos ao código fonte e o redistribuam17. Nesse sentido, a

colaboração e circulação são premissas fundamentais do movimento código aberto. O

software de código aberto oferece alternativas para materiais de curso proprietários na

educação. É, ainda, de baixo custo, pois não requer o pagamento de licenças, tem padrões

abertos que facilitam a integração com outros sistemas e pode ser facilmente customizado.

Aberdour18 destacou que o baixo custo dos Sistemas de Gestão do Aprendizado (SGA)

com código aberto permite às instituições alocar fundos que, de outro modo, seriam

gastos com licenciamento, para o desenvolvimento de SGA de código aberto ou para o

desenvolvimento profissional visando ao uso efetivo dos SGA. Além disso, os SGA de

código aberto criam espaços para a participação em comunidades especializadas que se

apoiam mutuamente no desenvolvimento de softwares.

Aberdour especifica que existem mais de 50 opções de SGA de código aberto, mas

somente algumas dessas são recomendadas, pois:

• têm uma licença aprovada pela Open Source Initiaitve (iniciativa código aberto);

• têm uma comunidade ativa de desenvolvimento;

• disponibilizaram versões estáveis;

• estão em conformidade com o SCORM;

• publicaram informações sobre usuários anteriores;

• têm uma organização estável por trás do seu desenvolvimento contínuo;

• têm revisões publicadas por terceiros.

Exemplos de alguns softwares educacionais de código aberto comumente utilizados e sua

compatibilidade e uso foram especificados na tabela a seguir.

17Shaheen E. Lakhan and Kavita Jhunjhunwala. Open Source Software in Education. EDUCAUSE Quarterly, vol. 31, no. 2 (abril–junho, 2008)

18Aberdour, M. 2007. Open source learning management systems. Disponível em: www.epic.co.uk/ content/news/oct_07/whitepaper.pdf

61

Page 69: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Exemplos de Softwares de Código Aberto comumente utilizados na Educação 19

Ferramenta SGA Compatibilidade Uso

Moodle

www.moodle.org Linux, UNIX, Windows,

Mac OS X, FreeBSD e

qualquer outro sistema que

suporte PHP

Baixado aproximadamente

500 vezes por dia. Mais de

28.000 sites registrados,

mais de um milhão de

cursos, comunidade de

ensino com 10 milhões

Bodington

www.bodington.org Shibboleth, Linux,

Microsoft, Mac OS X, ou

UNIX

Implementado na

Universidade de Leeds,

Instituto UHI Millennium,

e na Universidade de

Oxford. Presta serviços a

15.000 usuários com um

único servidor

Claroline

www.claroline.net Microsoft, Linux/GNU,

Mac OS X; conformidade

com SCORM e IMS/QTI

Disponível em 35 idiomas e

com usuários em mais de 80

países

Dokeos

www.dokeos.com Suporta importação de

SCORM e LDAP. Dados

podem ser importados

utilizando arquivos CSV ou

XML

Em 30 idiomas e mais de

mil organizações.

Implementado na

Universidade de Ghent e na

Vrije Universiteit Brussel.

Mais de 28.000 usuários e

3.600 cursos

LRN

www.dotlrn.com LORS Central,

Currículo, LORS

Management, .LRN

Ecommerce, Gestor de

Projetos, Editor de

Páginas, Lista de

Funcionários,

Programas, Controle de

Despesas

Quase meio milhão de

usuários em 18 países

ATutor

www.atutor.ca Conformidade com W3C

WCAG 1.0 e W3C XHTML

1.0; suporte para conteúdos

desenvolvidos em IMS ou

SCORM

Mais de 17.000

instalações registradas

em todo o mundo

19Shaheen E. Lakhan and Kavita Jhunjhunwala. Open Source Software in Education. EDUCAUSE

Quarterly, vol. 31, no. 2 (abril–junho, 2008)

62

Page 70: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Ferramenta SGA Compatibilidade Uso

OLAT

www.olat.org Microsoft Windows, Mac OS

X, Linux, Solaris, e UNIX.

Conformidade com SCORM,

IMS QTI, e IMS Content

Packaging

Popular na comunidade

de ensino superior

europeia

Sakai

www.sakaiproject. org

Complementa

softwares comerciais

como WebCT,

Blackboard, ANGEL

Learning e

Desire2Learn

Adotado por muitas

universidades

renomadas em todo o

mundo

Os critérios para o licenciamento de softwares como código aberto são estabelecidos pela Open

Source Initiative (Iniciativa Código Aberto) e são os seguintes:

• distribuição ilimitada – usuários podem distribuir ou vender o software sem ter que

pagar direitos autorais;

• distribuição do código fonte – código fonte de todo o produto de código aberto deve

ser facilmente modificável. Na ausência do código fonte, o produto deve citar um

recurso de baixo custo onde usuários podem obtê-lo;

• modificações – licença permite modificações e seus termos permanecem

inalterados para distribuição ou versões melhoradas;

• integridade do código fonte do autor – se uma licença permite a distribuição de

arquivos de alterações juntamente com o código fonte original, o usuário não pode

modificar o código e distribuí-lo, salvo se der um novo nome à nova versão;

• discriminação individual proibida – nenhuma pessoa ou grupo poderá ser

discriminado na distribuição do produto de código aberto;

• sem restrições de uso – o software de código aberto pode ser utilizado em qualquer

área para qualquer fim;

• distribuição da licença – os privilégios associados ao programa original se estendem a

todos os que o receberem, assim quem receber o software não precisa solicitar uma

licença individual;

• a licença não pode ser específica do produto – os direitos relacionados com a

licença se estendem a produtos extraídos de um conjunto maior de softwares;

• sem restrições a outros softwares – não são permitidas restrições à distribuição de

produtos de código aberto embutidos em produtos desenvolvidos em outras

plataformas de software;

• neutralidade tecnológica – licenças não devem ser condicionais ao uso de

tecnologias específicas20

.

20Shaheen E. Lakhan and Kavita Jhunjhunwala. Open Source Software in Education. EDUCAUSE Quarterly, vol. 31, no. 2 (abril–junho, 2008)

63

Page 71: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Referências

Aberdour, M. (2007). Open source learning management systems. Disponível em:

www.epic.co.uk/content/news/oct_07/whitepaper.pdf

Lakhan, S. E. and Jhunjhunwala, K. (2008). Open Source Software in Education.

EDUCAUSE Quarterly, vol. 31, no. 2 (abril–junho, 2008)

64

Page 72: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Cinco: Mapeando o terreno

dos REA na Internet

Introdução

Este apêndice faz uma descrição ilustrativa dos diferentes tipos de recursos e serviços

disponíveis online relacionados de alguma forma com os Recursos Educacionais Abertos

(REA). A análise foi estruturada com base nas seguintes categorias:

1. Repositórios de REA de Materiais de Cursos Abertos (Open Courseware – OCW);

2. Iniciativas OCW em Universidades;

3. Iniciativas de Criação de Conteúdo;

4. REA de OCW Temáticos;

5. Iniciativas de Formação Escolar Aberta;

6. Busca de REA de OCW.

Embora o objetivo das descrições não seja esgotar o tema, elas pintam um quadro consistente

do que existe disponível em cada categoria. O apêndice é complementado por um catálogo

mais completo de recursos e serviços online disponível no Apêndice Cinco.

Repositórios de REA de OCW

Muitos esforços de REA no ensino superior ocorrem nos Estados Unidos (EUA), mas as

práticas estão se expandindo rapidamente na arena global. Um dos principais fatores de

promoção dos REA têm sido os Open Course Ware (OCW), que objetivam o

desenvolvimento e compartilhamento de cursos completos online, gratuitamente, bem como

os materiais de ensino relativos a ele. Os OCW geralmente incluem itens como anotações de

aula, listas de leitura, tarefas dos cursos, programas, materiais de estudo, provas, exemplos e

simulações. Nesse sentido, muito do trabalho a respeito foi feito pelo Consórcio

OpenCourseWare (www.ocwconsortium.org):

O Consórcio OpenCourseWare envolve a colaboração de mais de 200

instituições de ensino superior e organizações associadas em todo o mundo

produzindo um conjunto amplo e aprofundado de conteúdos educacionais

abertos, a partir de um modelo compartilhado. A missão do Consórcio

OpenCourseWare

65

Page 73: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

é promover o avanço da educação e habilitar pessoas em todo o

mundo por meio de materiais de cursos abertos21.

Figura 1: interface do OCWC

O consórcio conta com membros de todo o mundo, de países tão distintos quanto a Arábia

Saudita, Espanha, Taiwan, China, França, Índia, México, Portugal e Japão22

.

Os materiais estão disponíveis em diversos idiomas, incluindo chinês, holandês e espanhol,

embora a maioria esteja em inglês. Atualmente existem mais de 2.500 cursos disponíveis, de

mais de 200 universidades. Usuários podem encontrar materiais de cursos buscando em sites

específicos de OpenCourseWare das universidades, ou buscando dentre todos os cursos

disponíveis no site do Consórcio OCW.

Semelhantemente, o Multimedia Educational Resource for Learning and Teaching Online

(Recursos Educativos Multimídia para o Aprendizado e Ensino Online), ou MERLOT,

oferece recursos abertos gratuitos desenvolvidos principalmente para professores e alunos do

ensino superior (www.merlot.org). O MERLOT permite que usuários encontrem materiais de

ensino revisados pelos pares e compartilhem recomendações e conhecimentos

21www.ocwconsortium.org/about-us/about-us.html 22Vide a lista completa de membros em www.ocwconsortium.org/members/consortium-members.html.

66

Page 74: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

sobre educação com seus colegas especialistas. O site está organizado por disciplina, e

qualquer um pode usá-lo gratuitamente. Hoje, ele dispõe de mais de 22.500 recursos.

Como mencionado acima, o interesse de outras partes do mundo pelos REA e seu

desenvolvimento vem aumentando. Por exemplo, na China, 451 cursos foram disponibilizados

por 176 universidades membros do consórcio China Open Resources for Education (CORE).

O CORE também está envolvido na tradução desses cursos para o inglês, como parte do seu

projeto Chinese Quality Open Courseware (CQOCW) (vide http://ocw.core.org.cn/CORE).

No Japão, 1.500 cursos foram disponibilizados por universidades participantes do Consórcio

OCW japonês (www.jocw.jp), dos quais 1.285 estão em japonês, e 212, em inglês. Na

França, mais de 2.000 recursos educacionais de aproximadamente 200 unidades de ensino

foram disponibilizados por doze universidades participantes do projeto ParisTech OCW

(www.paristech.fr/en)

Existem também iniciativas similares de REA para o ensino superior no Reino Unido (RU).

Um exemplo de tais iniciativas é o JORUM (www.jorum.ac.uk), que é um serviço de

repositório gratuito online para professores e profissionais de apoio das instituições de ensino

superior e de extensão do RU. A coleção JorumOpen contém diversos recursos, incluindo

REA disponíveis gratuitamente a todos. O objetivo é ajudar a construir uma comunidade de

compartilhamento, reutilização e redestinação de materiais de ensino e aprendizado.

Existem também projetos em andamento para disponibilizar materiais OCW em diversos

idiomas, incluindo traduções para espanhol e português do Universia (http://

ocw.universia.net/en). O site contém OCW em espanhol e português de mais de 90

instituições participantes. O CORE também está envolvido em fornecer traduções para o

chinês simplificado. Além disso, algumas instituições de OCW, como a John Hopkins

Bloomberg School of Public Health, utilizam o Sistema Protótipo de Opencourseware de

Código Aberto (do inglês, OOPS), um programa que traduz recursos educacionais para o

chinês. O OOPS reproduziu o site de OCW da Faculdade para o chinês simplificado e

tradicional.

Na Índia, diversas instituições também estão digitalizando os seus acervos, e vários

materiais de cursos abertos foram criados.

O Consórcio para Comunicações Educacionais (Consortium for Educational

Communication – CEC) é um centro de mídias eletrônicas entre universidades, criado pela

Comissão de Bolsas Universitárias (University Grants Commission – UGC). O Repositório

de Objetos de Aprendizado (ROA) do CEC abriga recursos educacionais de diferentes

disciplinas como arqueologia, biologia, botânica, química, comércio, ciência da

computação, economia, educação, inglês e belas artes.

67

Page 75: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 2: interface do ROA do CEC

O objetivo do National Programme on Technology Enhanced Learning (Programa Nacional

de Aprendizado Melhorado pela Tecnologia), ou NPTEL, é melhorar a qualidade do ensino

de engenharia na Índia, a partir do desenvolvimento de vídeos e cursos na web baseados no

currículo. Este projeto está sendo executado colaborativamente por sete instituições

renomadas. Atualmente, estão disponíveis amostras de aproximadamente 70 cursos

oferecidos pelo corpo docente de diversos departamentos e para alunos de todos os níveis

(bacharelado, mestrado, doutorado, pós-doc). Existem aproximadamente 140 cursos em

diversos estágios de preparação e distribuição.

Figura 3: interface do NPTEL

68

Page 76: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Além dos cursos, o número de REA disponíveis que não são cursos, como artigos, periódicos

de acesso aberto e livros também está aumentando rapidamente. Por exemplo, o Textbook

Revolution, um site mantido por alunos, contém links para diversos livros didáticos

disponíveis gratuitamente (a maioria em nível de graduação). Usuários podem procurar

livros didáticos pelas condições de licenciamento (e, portanto, acessar livros didáticos REA).

O iTunes U é outra iniciativa importante de compartilhamento de conteúdo extremamente

popular. Lançada em 2007, a Universidade iTunes da Apple permite que instituições de

ensino superior disponibilizem conteúdos em áudio e vídeo gratuitamente para download

(além de possibilitar o registro de quem quiser vender conteúdo). Não há uma única licença

que rege o uso de todo o conteúdo no iTunes U, e o conteúdo é gratuito para o acesso e uso

por alunos. No entanto, toda instituição que cria um conta no iTunes U pode especificar

certos parâmetros e condições para outros usos (com muitas optando por usar licenças

Creative Commons).

Um ano após o seu lançamento, o iTunes U registrou mais de 4 milhões de downloads, e dois

anos após o seu lançamento, o iTunes U atingiu um novo marco, com mais de 100 milhões de

downloads. Segundo a Apple, uma das áreas mais populares no iTunes U é a da Universidade

Aberta do Reino Unido (link do iTunes), cujas categorias de aprendizado incluem artes e

ciências humanas, negócios e administração, infância e juventude, saúde e serviço social,

direito, psicologia e ciência. A instituição acadêmica declara atender pelo menos 150.000

alunos de graduação e 30.000 alunos de pós-graduação, dos quais mais de 25.000 vivem fora

do RU.

Atualmente mais de 175 instituições de ensino superior disponibilizam conteúdos no iTunes

U, incluindo a Universidade de Princeton, a Universidade da Califórnia em Los Angeles, a

Universidade de Harvard, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a Universidade

de Oxford, a Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e a Universidade de Yale.

Figura 4: iTunesU

69

Page 77: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Iniciativas OCW em Universidades

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) talvez tenha o projeto institucional de

OCW mais conhecido, e é responsável por atrair diversas faculdades em todo o mundo

para o movimento REA. Em 1999, Provost Robert A. Brown pediu a um comitê de

professores, alunos e administradores do MIT orientações estratégicas sobre como o MIT

poderia promover o avanço do conhecimento e do ensino para os alunos de ciência,

tecnologia e outras áreas acadêmicas. A missão era literalmente cumprir a declaração da

missão do MIT sobre como melhor servir “a nação e o mundo no século 21”. Com base

nesta premissa, em 2003, o OCW do MIT começou a prover acesso aberto aos usuários a

programas de aula, anotações de palestras, calendários de curso, conjuntos de problemas e

soluções, provas, listas de leitura e até uma seleção de palestras em vídeo.

O MIT Open Courseware (http://ocw.mit.edu) atualmente disponibiliza 1.900 cursos na

Internet gratuitamente para fins não comerciais. É importante notar que o MIT relata que

estão tendo provas concretas de que o compartilhamento de materiais levou a um aumento

significativo do uso compartilhado de conteúdos dentro da própria instituição, com os

departamentos cada vez mais prospectando materiais uns dos outros e desenvolvendo seus

próprios materiais do zero.

Figura 5: iniciativa de OpenCourseWare do MIT

Outra fonte institucional famosa de REA para o ensino superior é o OpenLearn (http://

openlearn.open.ac.uk). A Open University (Universidade Aberta) é uma das universidades

mais bem-sucedidas mundialmente em educação a distância. A partir da pesquisa acadêmica,

inovação pedagógica e parcerias colaborativas, seu objetivo é ser líder mundial no

desenvolvimento, conteúdo e fornecimento com suporte de educação aberta e a distância. O

site do OpenLearn permite o acesso gratuito aos materiais dos cursos da Open University.

Usuários podem encontrar centenas de

70

Page 78: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

unidades de estudo gratuitas em 12 áreas temáticas, cada uma com seu fórum de discussão. O

diretor do OpenLearn, Professor Andy Lane, relatou que o que motivou o projeto foi o

seguinte:

O OpenLearn nos dá a empolgante oportunidade de ver o que acontece quando

removemos muitas das restrições às quais estamos acostumados: direitos

autorais, taxas e geografia. Entendemos que os Recursos Educacionais Abertos

têm um potencial revolucionário que precisamos estudar, mas que também pode

servir de base para inovações futuras. O conteúdo de alta qualidade acessível

livremente e modificável pode subsidiar experimentos para aumentar a

participação, uso de dispositivos móveis, desenvolvimento de ferramentas de

acessibilidade, experimentos distribuídos geograficamente e desenvolvimento

de comunidades. Como catalisadores de pesquisas futuras, os Recursos

Educacionais Abertos têm um papel importante

a desempenhar; como possíveis indicadores de como as pessoas vão aprender

no futuro, eles são vitais para que nos distanciemos das estruturas rígidas que

se autopressionam. Queremos entender esse futuro23.

Figura 6: Espaço de Aprendizado OpenLearn

Outras iniciativas de universidades em todo o mundo incluem a do National Digital

Repository (Repositório Nacional Digital) de recursos de aprendizado, criado pela

Universidade Aberta Nacional Indira Gandhi (IGNOU), na Índia. O repositório eGyankosh

visa armazenar, listar, preservar e distribuir e compartilhar os recursos das instituições de

aprendizado aberto e a distância (AAD) do país. O repositório possibilita agregação e

integração contínua de recursos de aprendizado em diferentes formatos, como materiais de

autoaprendizado, programas audiovisuais, arquivos de rádio e sessões televisivas interativas

ao vivo.

23Patrick McAndrew: Motivations for OpenLearn: the Open University’s Open Content Initiative-

http://kn.open.ac.uk/public/getfile.cfm?documentfileid=10026

71

Page 79: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 7: interface Gyankosh

No Japão, a Universidade de Doshisha (http://opencourse.doshisha.ac.jp/english/

study.html) disponibiliza os seus próprios materiais de curso gratuitamente na Internet. Os

cursos variam entre as faculdades, como a Faculdade de Teologia ou o Instituto de Língua

e Cultura, e são oferecidos em japonês.

Figura 8: interface da Universidade de Doshisha

A Universidade Aberta de Hong Kong (http://freecourseware.ouhk.edu.hk), como

o principal provedor local de educação a distância, oferece oportunidades gratuitas para

72

Page 80: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

os alunos interessados experimentarem genuinamente a educação a distância. Alguns

desses cursos são oferecidos em chinês.

Figura 9: interface da Universidade Aberta de Hong Kong

A Universidade Nacional da Colômbia (www.virtual.unal.edu.co) oferece uma grande

variedade de cursos disponíveis para alunos falantes de espanhol. As disciplinas que podem

ser estudadas incluem administração, ciência, enfermagem, artes, agronomia, engenharia,

medicina e odontologia.

Figura 10: interface da Universidade Nacional da Colômbia

Exemplos de iniciativas de OCW africanas incluem a University of Western Cape

(Universidade do Oeste da Cidade do Cabo) – http://freecourseware.uwc.ac.za e a recém-

inaugurada UCT Open Content (http://opencontent.uct.ac.za), que permite aos usuários

acessar conteúdos de ensino e aprendizado aberto da Universidade da Cidade do Cabo

(UCT).

73

Page 81: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 11: interface de Conteúdo Aberto da UTC

REA de OCW Temáticos

Existem diversas iniciativas de REA temáticas no ensino superior. Um exemplo dessas

iniciativas é a Health Education Assets Library (Biblioteca de Ativos de Educação à Saúde),

ou HEAL, www.healcentral.org, que é uma biblioteca digital que dá acesso gratuito a recursos

didáticos digitais.

Figura 12: repositório digital da HEAL

74

Page 82: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Outro exemplo é o da Universidade Tufts (http://ocw.tufts.edu). O objetivo do Tufts

OpenCourseWare (OCW) é aproveitar o potencial da Internet para eliminar fronteiras e

distâncias como obstáculos ao intercâmbio instantâneo de conhecimentos e novas ideias, e ele

oferece acesso livre a alunos de todo o mundo aos seus diversos recursos acadêmicos de

ciências médicas.

Figura 13: repositório OpenCourseware da TUFTS

No Vietnã, o Programa Fulbright de Ensino de Economia (do inglês, FETP) (http://ocw.

fetp.edu.vn/home.cfm) dá oportunidade àqueles que trabalham ou estudam em áreas

relacionadas à ciência política de melhorar seus conhecimentos e explorar novas abordagens

de aprendizado e desenvolvimento do currículo. Instrutores são estimulados a adotar os

materiais curriculares do FETP para uso em seus próprios cursos. Alunos podem utilizar os

materiais do FETP para direcionar seu estudo individual. Programas de cursos, anotações de

aula, listas de leitura e conjuntos de problemas usados em diversos programas de atualização

profissional de um ano e cursos de educação executiva estão disponíveis na Internet.

Figura 14: interface do Programa Fulbright de Ensino de Economia

75

Page 83: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

A Faculdade de Engenharia da Universidade de Stanford (http://see.stanford.edu) fornece

acesso a palestras em vídeo, listas de leitura e outros materiais de cursos, questionários e

provas. A universidade encoraja colegas educadores a utilizar os materiais do curso de

Engenharia de Stanford em suas próprias aulas. Uma licença Creative Commons permite o uso

gratuito e aberto, reutilização, adaptação e redistribuição dos materiais Everywhere do curso

de Engenharia de Stanford.

Figura 15: interface da Faculdade de Engenharia da Universidade de Stanford

O AgEcon (http://ageconsearch.umn.edu) é um repositório gratuito de acesso aberto de

artigos acadêmicos completos nas áreas de agricultura e economia aplicada, incluindo

documentos de trabalho, artigos de conferências e artigos de periódicos científicos. O

repositório contém 68 tópicos, que abrangem todo o escopo da economia agrícola e do

agronegócio.

Figura 16: interface do AgEcon

76

Page 84: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Uma iniciativa temática africana é o Teacher Education in Sub-Saharan Africa (Educação

de Professores na África Subsaariana), ou TESSA (www.tessafrica.net), que reúne

professores e formadores de professores de toda a África. Ela oferece suporte para a

criação de cursos para professores e formadores de professores que trabalham nos países

da África subsaariana, e produziu diversos REA em quatro idiomas para dar suporte à

formação e treinamento de professores nas escolas. O foco desses materiais são as

práticas de sala de aula nas áreas-chave de alfabetização, noções de matemática, ciências,

ciências sociais, artes e habilidades cotidianas. Além disso, os membros da comunidade

TESSA são estimulados a explorar, compartilhar, adaptar e adicionar seus próprios

recursos de formação de professores.

O objetivo da TESSA é atingir os ODM e as metas EPT e garantir que, até o ano de

2015, toda criança africana tenha acesso ao ensino primário. Para atingir as referidas

metas, os países da África subsaariana precisam de quatro milhões de professores

treinados, o que não é alcançável com os atuais métodos convencionais de formação de

professores. Portanto, a iniciativa TESSA está alicerçada em três pilares:

• acessibilidade econômica e de TIC;

• filosofia REA, que permite a disponibilização de materiais na rede acessíveis a todos

gratuitamente;

• pesquisa em ciência cognitiva produzindo dados atuais sobre como o aprendizado

ocorre.

A imagem de tela abaixo mostra um exemplo de um módulo de Habilidades Cotidianas sobre

o “Planejamento de sessões de crescimento e desenvolvimento físico”.

Figura 17: amostra de módulo sobre Habilidades Cotidianas do TESSA

77

Page 85: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Iniciativas de Criação de Conteúdo

Além das iniciativas OCW, existem outras iniciativas focadas na criação de recursos de

aprendizado que podem ser utilizadas para criar cursos ou fomentar discussões e compartilhar

recomendações sobre o uso de REA. O Connexions (http://cnx.org), fundado pela

Universidade Rice, atualmente abriga mais de 16.000 objetos de aprendizado aberto

disponíveis para serem combinados e incluídos em unidades de estudo ou cursos inteiros. O

site permite que os usuários visualizem e compartilhem materiais educacionais produzidos a

partir de pequenos conjuntos de conhecimento, chamados módulos, que podem ser

organizados na forma de cursos, livros, relatórios etc. Qualquer um pode contribuir.

Figura 18: interface de conteúdo do Connexions

Semelhantemente, o WikiEducator e o Curriki tiveram um grande impacto no

Movimento REA.

Lançado em 2003 pelo Commonwealth of Learning (COL), o WikiEducator

(http://wikieducator.org) é uma comunidade em evolução voltada para a cooperação em

prol dos seguintes24:

• planejamento de projetos educacionais relacionados ao desenvolvimento de conteúdos

gratuitos;

• desenvolvimento de conteúdos gratuitos no WikiEducator para aprendizado na Internet;

• criação de recursos educacionais abertos (REA) sobre como criar REA;

• discussões sobre propostas de patrocínio desenvolvidas como conteúdo livre.

24www.col.org/SiteCollectionDocuments/WikiEducator%20brochure_PrintCropped.pdf

78

Page 86: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 19: interface do WikiEducator

Curriki (www.curriki.org) é um site em que a comunidade compartilha e colabora com

currículos gratuitos e de código aberto. Curriki é uma comunidade de educadores, alunos e

especialistas em educação engajados que trabalham juntos para criar materiais de qualidade

que beneficiarão professores e alunos em todo o mundo. É um ambiente online criado para

apoiar o desenvolvimento e distribuição gratuita de materiais educacionais de alta

qualidade a quem quer que necessite deles.

Figura 20: interface Curriki

79

Page 87: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Na África, o projeto OER África (www.oerafrica.org), uma iniciativa do Instituto Sul-

Africano de Educação a Distância (Saide), está envolvido na promoção do uso de REA na

África e em apoiar indivíduos e organizações na criação de REA:

A missão do OER África é estabelecer redes dinâmicas de pessoas

envolvidas com REA na África, conectando educadores (professores,

acadêmicos e treinadores) com filosofias semelhantes, em prol do

desenvolvimento, compartilhamento e adaptação de REA para atender às

necessidades educacionais das sociedades africanas. Criando e mantendo

redes humanas de colaboração (presenciais e na Internet), o OER África

capacitará educadores e alunos africanos a se apropriarem dos REA,

desenvolverem a sua capacidade e tornarem-se integrados nas redes globais

emergentes de REA como participantes ativos, ao invés de consumidores

passivos25.

O OER África também está envolvido em diversos projetos de apoio à adoção de REA em

várias instituições de ensino superior em toda a África. O site não só dá acesso a recursos

desenvolvidos na África, mas também permite que usuários acompanhem o processo

documentado de como os materiais foram criados. O site dá espaço a vários projetos com

REA na África – por exemplo, o projeto ACEMaths do Saide, que foi o piloto de um

processo cooperativo de seleção, adaptação e uso de materiais REA no ensino e aprendizado

de matemática para formação de professores.

Figura 21: amostra de Interface de Unidade do Projeto ACEMaths

Essas iniciativas estão tendo impacto prático sobre os programas de educação em

andamento. A Universidade do Malaui também embarcou em um projeto REA na

Faculdade de Agricultura Bunda, que resultou na compilação de

25www.oerafrica.org

80

Page 88: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

um livro didático de habilidades de comunicação para o primeiro ano26. O projeto foi

concebido em um contexto de indisponibilidade de livros didáticos suficientes na faculdade

e envolveu a criação de livros didáticos em papel baseados em REA disponíveis

gratuitamente. Os membros da equipe escreveram novos materiais, mas também utilizaram e

adaptaram materiais de todo o mundo falante de inglês às necessidades desse curso. A seguir

tem-se o exemplo de um capítulo sobre habilidades auditivas do livro didático, Habilidades

de Comunicação, desenvolvido pelo departamento de Comunicação em Idiomas para o

Desenvolvimento da Faculdade de Agricultura Bunda, da Universidade do Malaui.

Figura 22: amostra de página de livro didático sobre Habilidades de Comunicação da

Universidade Bunda – um REA

Iniciativas de Formação Escolar Aberta

A Formação Escolar Aberta é cada vez mais reconhecida como uma solução viável para a

falta de professores qualificados e escolas tradicionais no mundo em desenvolvimento. Com

o aumento do número de alunos matriculados no ensino primário para atingir o Objetivo de

Desenvolvimento do Milênio de Ensino Primário Universal da Organização das Nações

Unidas, muitas nações simplesmente não têm como comportar o aumento correspondente do

número de alunos no ensino médio. O Commonwealth of Learning (COL) define a

Formação Escolar Aberta com base em dois elementos27:

• A separação física do aluno em nível escolar do professor; e

• O uso de metodologias de ensino não convencionais e das TIC para transpor a

distância e prover educação e treinamento.

26O livro didático pode ser obtido em: www.oerafrica.org/foundation/FoundationOERHome/

BundaCollegeofAgriculture/tabid/878/Default.aspx 27www.col.org/openSchooling

81

Page 89: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

A iniciativa OER’s 4 Open Schools (REA para Escola Abertas) do COL, em parceria

com a Fundação William and Flora Hewlett e os Ministérios da Educação e Escolas

Abertas de Botsuana, Lesoto, Namíbia, Seychelles, Trinidad & Tobago e Zâmbia está

desenvolvendo diversas atividades para fortalecer a capacidade e sustentabilidade das escolas

abertas em países em desenvolvimento. Isso inclui a criação de livros didáticos práticos,

oficinas de desenvolvimento de competências, patrocínio de pesquisas e fornecimento de

acesso a recursos digitais.

Na Índia, o National Institute of Open Schooling (Instituto Nacional de Formação Escolar

Aberta), ou NIOS (www.nios.ac.in), oferece oportunidades aos alunos interessados

disponibilizando diversos cursos/ programas de estudo em diferentes formatos de educação

a distância (EA). Estes incluem:

• Programas de Educação Básica Aberta (EBA) para alunos acima de 14 anos,

adolescentes e adultos de nível A, B e C, que são equivalentes às turmas III, V e VIII

do sistema formal de ensino;

• Cursos de Educação Secundária;

• Cursos de Educação Secundária Sênior;

• Cursos/ Programas de Ensino Vocacional;

• Programas de Enriquecimento da Vida.

Figura 23: interface do NIOS

O Namibian College of Open Learning (Faculdade de Aprendizado Aberto da Namíbia)

(NAMCOL – www.namcol.com.na) oferece dois programas de educação secundária, o

Junior Secondary Education Certificate (Certificado Júnior de Educação Secundária) e o

Namibia Senior Secondary Certificate (Certificado Sênior de Educação Secundária da

Namíbia). Além disso, o Pete Programme é oferecido aos alunos que pretendem continuar

seus estudos na área de Ciências em instituições de ensino superior.

82

Page 90: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 24: interface do NAMCOL

O Botswana College of Distance and Open Learning (Colégio de Botsuana de ensino aberto

e a distância), ou BOCODOL, emergiu da área de educação a distância do Departamento de

Educação Não Formal. O BOCODOL ajuda jovens e adultos que estão fora das escolas a

voltar a aprender. Ele oferece o ambiente e oportunidades para que eles superem barreiras ao

desenvolvimento pessoal, a partir do aprendizado flexível, e oferece cursos de educação a

distância para a preparação para os exames para o Certificado Junior (JC) e o Certificado

Geral de Educação Secundária (GCSE), além de formação profissional e programas de

ensino superior.

No México, existem comunidades espalhadas por grandes distâncias, e algumas, mais

remotas, com menos de 100 habitantes. Isso torna quase impossível fornecer o ensino

médio de modo convencional. O projeto Telesecundaria (http://telesecundaria.dgme.sep.

gob.mx) (primeiros anos do ensino secundário, com o apoio da televisão) foi essencial para

a transformação dessa situação, e a infraestrutura de comunicação do México agora se abre

para diferentes formas de educação e aprendizado. A missão do Telesecundaria é28:

Proporcionar educação secundária aos grupos mais vulneráveis do país, com

uma base sólida em cada disciplina e os princípios éticos de solidariedade

social, permitindo-lhes desenvolver suas capacidades e habilidades, de modo

que seus graduados possam ter um bom desempenho no ensino médio, bem

como explorar com responsabilidade os recursos locais para melhorar sua

qualidade de vida, por meio de atividades educacionais, materiais,

equipamentos de informática, uso de novas tecnologias de informação e

comunicação (TIC) e métodos de ensino adaptados às suas

28http://telesecundaria.dgme.sep.gob.mx/

83

Page 91: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

necessidades específicas. E, ao mesmo tempo, fornecer treinamento e recursos

para professores para garantir seu bom desempenho.

Figura 25: interface do Telesecundaria

Busca de REA de OCW

Finalmente, existem vários mecanismos de busca que permitem que usuários pesquisem REA

relevantes para o ensino superior. Por exemplo, o Commonwealth of Learning (COL),

www.col.org/OER, oferece uma ferramenta de pesquisa customizada no Google que encontra

todos os resultados de OCW e REA das instituições de ensino superior e repositórios de REA

selecionados. Na página inicial de resultados, o usuário pode então refinar a pesquisa

selecionando somente OCW ou somente REA, ou somente OCW de determinadas regiões.

Outro exemplo de ferramenta de busca é o Folksemantic: www.folksemantic.com. Ele

permite que os usuários pesquisem dentre mais de 110.000 REA (embora não sejam

recursos específicos para o ensino superior). O sistema dá acesso, entre outros, a recursos do

Johns Hopkins Medical Institutions, MERLOT e MIT-OCW. Os desenvolvedores também

disponibilizaram o seu código para uso por terceiros.

84

Page 92: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Figura 26: ferramenta de Busca Folksemantic

Da mesma forma, o DiscoverEd (http://discovered.creativecommons.org/search) é um

projeto experimental da Creative Commons, focado principalmente na busca e descoberta

de competências para REA. É um protótipo cujo objetivo é explorar como dados

estruturados podem ser utilizados para melhorar a experiência de busca e permite

pesquisa escalável e descoberta de recursos educacionais na web. Ele funciona como uma

ferramenta de busca em que o usuário digita palavras-chave para encontrar informações.

O conjunto de resultados revela metadados para um recurso, incluindo informações sobre

o tópico e a licença. Os resultados são provenientes de outros repositórios, como o OER

Commons, o Connexions e o Open Courseware Consortium (OCWC). Os interessados

podem incorporar o DiscoverEd nos seus próprios sites.

Conclusão

As descrições acima são uma pequena amostra das iniciativas emergentes em REA no

ensino superior. Elas demonstram o interesse efervescente nos REA, bem como a

infraestrutura da web que se desenvolve rapidamente para apoiar o futuro crescimento,

compartilhamento e descoberta de REA na Internet. As instituições envolvidas incluem

instituições de ensino superior de primeira linha, renomadas, de todo o mundo.

Apesar de várias das iniciativas descritas acima terem sido iniciadas com financiamento de

doadores, há evidências crescentes de que suas atividades estão sendo integradas nos

orçamentos institucionais e que as fontes de renda estão se diversificando rapidamente. O mais

importante é que o quadro pintado pelos exemplos acima demonstra claramente que os REA

não podem mais ser considerados um “movimento” periférico: é algo em que todos os

planejadores do ensino superior e formuladores de políticas precisam se engajar.

85

Page 93: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)
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Apêndice Seis:

Um Catálogo de Sites

Relacionados com os REA29

29Este catálogo foi extraído de e é mantido atualizado em: www.oerafrica.org/FindingOER.

87

Page 95: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Rep

osi

tóri

os

de

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A d

e O

CW

Nom

e U

RL

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ição

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25

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Page 96: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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om

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filo

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usu

ário

s p

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com

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tilh

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uas

rec

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vo

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ais

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un

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das

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as e

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cas

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Page 97: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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sso

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s os

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s.

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bje

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con

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rso

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ades

co

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ias

e

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ssív

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ratu

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ente

na

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par

a ap

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r o

en

sino

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pre

nd

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seu

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co é

exp

lora

r m

eio

s d

e ap

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r o

en

sin

o e

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o d

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eio

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s

na

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.

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W e

m e

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l e

po

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pan

tes.

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on

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do

no

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jun

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imen

to"

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s, q

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on

jun

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de

du

los.

A s

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ab

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per

mit

e a

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liza

ção

e r

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ção

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e to

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seu

co

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o.

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aio

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con

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do

do

s cu

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s es

tá e

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iver

sas

un

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ades

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Page 98: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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ara

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91

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mp

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cias

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cín

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rece

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os

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com

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dár

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o a

po

io d

a te

lev

isão

) fo

i

esse

nci

al p

ara

a tr

ansf

orm

ação

des

sa s

itu

ação

e a

in

frae

stru

tura

de

com

un

icaç

ão d

o M

éxic

o

ago

ra s

e ab

re p

ara

dif

eren

tes

form

as d

e ed

uca

ção

e a

pre

nd

izad

o.

UR

L

ww

w.c

ol.

org

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choo

lin

g

ww

w.n

ios.

ac.i

n

ww

w.n

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m.

na

ww

w.b

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l.ac

.bw

htt

p:/

/tel

esec

und

aria

.

dg

me.

sep

.go

b.m

x

Nom

e

OE

R 4

Op

en

Sch

oo

ls

Nat

ion

al I

nst

itu

te o

f

Op

en S

choo

ling

Nam

ibia

n

Co

lleg

e

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Op

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Lea

rnin

g

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Bo

tsw

ana

Co

lleg

e

of

Op

en a

nd

Dis

tan

ce L

earn

ing

(BO

CO

DO

L)

Tel

esec

un

dar

ia

92

Page 100: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Bu

sca d

e R

EA

de

OC

W

Des

criç

ão

O C

OL

ofe

rece

um

a fe

rram

enta

de

pes

qu

isa

cust

om

izad

a no

Goo

gle

qu

e en

con

tra

todo

s o

s

resu

ltad

os

de

OC

W e

RE

A d

as i

nst

itu

içõ

es d

e en

sin

o s

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erio

r e

rep

osi

tóri

os

de

RE

A

sele

cio

nad

os.

Na

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ina

inic

ial

de

resu

ltad

os,

o u

suár

io p

od

e en

tão

ref

inar

a p

esq

uis

a

sele

cio

nan

do

so

men

te O

CW

ou

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te R

EA

, o

u s

om

ente

OC

W d

e d

eter

min

adas

reg

iões

.

Ele

tam

bém

ofe

rece

um

cam

po

de

bu

sca

no

Yah

oo P

ipes

par

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ud

ar u

suár

ios

a en

con

trar

OC

W e

spec

ífic

os.

F

erra

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ta d

e b

usc

a o

fere

cid

a p

ela

Cre

ativ

e C

om

mo

ns

par

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ud

ar u

suár

ios

a en

con

trar

RE

A.

Nav

egu

e e

pes

qu

ise

mai

s d

e 1

10

.000

Rec

urs

os

Ed

uca

cion

ais

Ab

erto

s (R

EA

). "

Est

a é

um

a

ferr

am

enta

qu

e re

com

end

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curs

os

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caci

on

ais

aber

tos.

tam

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um

wid

get

par

a si

tes

e

um

a ex

ten

são

par

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iref

ox

. O

sis

tem

a d

á ac

esso

bas

icam

ente

a r

ecu

rso

s do

NS

DL

, m

as

tam

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do

Jo

hn

s H

op

kin

s M

edic

al I

nst

itu

tio

ns,

ME

RL

OT

e M

IT-O

CW

. O

Rec

om

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ado

r d

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RE

A a

go

ra t

em u

ma

ferr

amen

ta d

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ális

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curs

os

RE

A r

elac

ion

ado

s co

m o

utr

as p

ágin

as

da

web

(po

r ex

emp

lo,

Am

azo

n)

em t

emp

o r

eal.

É t

ud

o g

ratu

ito

e d

e có

dig

o a

ber

to,

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ód

igo

está

dis

po

nív

el".

E

sta

Fer

ram

enta

de

Bu

sca

Cust

om

izad

a d

o G

oo

gle

per

mit

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ue

usu

ário

s d

irec

ion

em a

su

a b

usc

a

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tes

qu

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fo

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id

enti

fica

do

s p

elo

Fre

elea

rnin

g c

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o R

EA

d

e al

ta q

ual

idad

e, r

edu

zin

do

o

lix

o d

e re

sult

ado

s n

ão r

elac

ion

ado

s n

a p

esq

uis

a d

o G

oo

gle

.

Ess

a fe

rram

enta

de

bu

sca

cust

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izad

a p

erm

ite

qu

e u

suár

ios

dir

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nem

a b

usc

a p

ara

enco

ntr

ar

OC

W.

O R

eco

men

dad

or

de

RE

A f

acil

ita

a d

ispo

nib

iliz

ação

de

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ks p

ara

recu

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s

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cio

nad

os

pel

os

pro

ved

ore

s de

RE

A.

Ele

ofe

rece

lin

ks p

ara

RE

A r

elac

ion

ado

s co

m

as p

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as d

a w

eb q

ue

vo

cê e

stá

nav

egan

do

.

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s.

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w.f

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anti

c.

com

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rnin

g.

bcc

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us.

ca/

sear

chO

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p

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nte

nt.

org

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ww

w.

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mm

end

er.o

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Nom

e

Co

mm

on

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Lea

rnin

g (

Co

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Dis

cov

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d

Fo

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man

tic

Fre

elea

rnin

g–

Sea

rch

for

OE

R s

ites

Go

og

le O

CW

OE

R R

eco

mm

end

er

93

Page 101: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Est

a fe

rram

enta

de

bu

sca

des

env

olv

ida

pel

a F

olk

sem

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cs p

erm

ite

bu

scar

RE

A

uti

liza

nd

o p

alav

ras-

chav

e ou

busc

and

o i

ten

s m

arca

do

s.

O o

bje

tivo

do

So

fia

é pu

bli

car

con

teúd

o d

e cu

rso

s n

o n

ível

das

fac

uld

ades

co

mun

itár

ias

e

torn

á-lo

ace

ssív

el g

ratu

itam

ente

na

web

par

a ap

oia

r o

en

sino

e a

pre

nd

izad

o. O

seu

fo

co é

exp

lora

r m

eio

s d

e ap

oia

r o

en

sin

o e

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rend

izad

o d

o a

luno

po

r m

eio

de

recu

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s b

asea

do

s

na

web

.

Reú

ne

OC

W d

e d

iver

sas

un

iver

sid

ades

de

Tai

wan

. O

sit

e e

seus

recu

rso

s es

tão

em

ch

inês

.

O c

on

teú

do

no

Vie

tnã

Op

enC

ours

eWar

e es

tá d

isp

on

ível

em

do

is f

orm

ato

s: m

ód

ulo

s, q

ue

são

com

o.

O s

ite

con

tém

OC

W e

m e

span

ho

l e

po

rtu

gu

ês d

e m

ais

de

30

in

stit

uiç

ões

par

tici

pan

tes.

UR

L

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p:/

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fin

der

.

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htt

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fia.

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a.

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w

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sia.

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e In

tell

ectu

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ets)

Op

enC

ou

rseW

are

Tai

wan

Op

enC

ou

rseW

are

Co

nso

rtiu

m

Vie

tnam

Op

enC

ou

rsew

are

Un

iver

sia

OC

W

94

Page 102: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Inic

iati

va

s O

CW

em

Un

iver

sid

ad

es

Des

criç

ão

O ú

nic

o O

CW

en

con

trad

o n

esta

un

iver

sid

ade

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o A

po

io M

ate

tico

pa

ra C

álc

ulo

. E

le

con

sist

e d

e ci

nco

mód

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s

O B

YU

In

dep

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ent

Stu

dy

ofe

rece

cu

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s se

leci

on

ado

s d

o p

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fóli

o d

e u

niv

ersi

dad

es e

inst

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içõ

es d

e en

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o s

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nd

ário

do s

eu p

rog

ram

a p

ilo

to d

e O

pen

Co

urs

eWar

e.

O s

ite

de

Op

enC

ou

rseW

are

da

Un

iver

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ade

Cap

ilan

o é

um

rec

urs

o e

du

caci

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al g

ratu

ito

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aber

to p

ara

pro

fess

ore

s, a

lun

os

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as e

m t

od

o o

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do.

Po

r m

eio

de

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emas

in

teli

gen

tes

de

tuto

ria,

lab

ora

tóri

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vir

tuai

s, s

imu

laçõ

es e

op

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un

idad

es

con

stan

tes

de

aval

iaçã

o e

ret

orn

o,

a In

icia

tiv

a d

e A

pre

nd

izad

o A

ber

to (

do

ing

lês,

OL

I) c

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curs

os

qu

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m o

en

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, m

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esp

ecif

icam

ente

, em

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m o

tip

o d

e en

sin

o d

inâm

ico

,

flex

ível

e r

esp

onsi

vo q

ue

pro

mov

e o

ap

rend

izad

o. O

sit

e co

nté

m c

urs

os

aber

tos

e g

ratu

ito

s em

div

ersa

s d

isci

pli

nas

. E

les

são

ela

bo

rad

os

par

a al

un

os

ind

ivid

uai

s, s

em a

cess

o à

s o

rien

taçõ

es d

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um

in

stru

tor,

e p

erm

item

ace

sso

à m

aio

r p

arte

ou

tod

o o

con

teúd

o d

o c

urs

o.

Ap

rese

nta

cu

rso

s em

in

glê

s e

tail

and

ês.

Dis

po

nib

iliz

a m

ater

iais

a p

arti

r d

e u

ma

lice

nça

de

con

teú

do

ab

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.

UR

L

htt

p:/

/em

d.

ath

abas

cau

.ca/

op

enco

urs

ewar

e

htt

p:/

/ce.

by

u.e

du

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site

/co

urs

es/o

cw

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p:/

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.

cap

ilan

ou

.ca

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.cm

u.

edu

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enle

arn

ing

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-ocw

.eng

.

chu

la.a

c.th

/cu

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Co

urs

es_

list

ing

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/ocw

.ceu

.ed

u

Nom

e

Ath

abas

ca

Un

iver

sity

Bri

gh

am Y

ou

ng

Un

iver

sity

Cap

ilan

o U

niv

ersi

ty,

Can

adá

Car

neg

ie

Mel

lon

Un

iver

sity

, O

pen

Lea

rnin

g I

nit

iati

ve

Ch

ula

lon

gk

orn

Un

iver

sity

, T

ailâ

nd

ia

Co

lleg

e o

f E

aste

rn

Uta

h’s

Op

enC

ou

rseW

are

95

Page 103: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O D

ixie

Sta

te O

pen

Cou

rseW

are

é u

m r

ecu

rso

ed

uca

cion

al g

ratu

ito

e a

ber

to p

ara

pro

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s, a

lun

os

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idat

as e

m t

od

o o

mu

nd

o.

Ap

rese

nta

Op

enC

ou

rseW

are

sob

re A

dm

inis

traç

ão.

O c

on

teúd

o d

o c

urs

o e

stá

em f

ran

cês.

O p

roje

to O

CW

da

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uld

ade

de

Saú

de

Púb

lica

Blo

om

ber

g d

o J

oh

ns

Ho

pk

ins

Med

ical

Inst

itu

tio

ns

aces

so a

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teúd

os

do

s cu

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s m

ais

po

pu

lare

s da

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ldad

e. D

á ac

esso

liv

re,

dis

pon

ível

par

a p

esqu

isa,

a m

ate

riai

s d

os

curs

os

da

JHS

PJ

par

a ed

uca

do

res,

alu

nos

e

auto

did

atas

em

to

do o

mu

nd

o.

aces

so a

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to a

mat

eria

is u

tili

zad

os

em d

iver

sos

curs

os

da

Un

iver

sid

ade

Kap

lan

.

Ap

rese

nta

an

ota

ções

e m

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iais

. A

est

rutu

ra g

eral

do c

urs

o e

ati

vid

ades

de

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iaçã

o e

stão

em

ing

lês,

mas

as

ano

taçõ

es d

as p

ales

tras

est

ão e

m j

apo

nês

.

O o

bje

tivo

do

s m

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iais

de

curs

os

aber

tos

do

KF

UP

M é

ap

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nta

r m

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uti

liza

do

s n

os

curs

os

da

un

iver

sid

ade,

par

a d

emo

nst

rar

a cu

ltu

ra e

du

caci

on

al d

o K

FU

PM

e s

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vo

lver

nas

inte

raçõ

es g

lob

ais

de

com

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tilh

amen

to a

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to d

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iais

edu

caci

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ais.

Os

cu

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s d

este

sit

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estã

o c

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ific

ado

s em

dis

cip

linas

aca

dêm

icas

ofe

reci

das

pel

os

pro

gra

mas

aca

dêm

ico

s d

a

un

iver

sid

ade.

Atu

alm

ente

o s

ite

incl

ui

amo

stra

s d

e cu

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s ,e

mai

s m

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s se

ra a

dic

ion

ado

ao

lon

go

do

tem

po

.

Ap

rese

nta

os

OC

W d

a un

iver

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ade

em i

ng

lês.

UR

L

htt

p:/

/ocw

.dix

ie.e

du

htt

p:/

/op

enci

m.

gre

no

ble

-em

.co

m

htt

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/ocw

.jh

sph

.ed

u

htt

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/ocw

.kap

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.

edu

htt

p:/

/ocw

.dm

c.k

eio

.

ac.j

p

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/

op

enco

urs

ewar

e.

kfu

pm

.ed

u.s

a

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p:/

/ocw

.ko

rea.

edu

/ocw

Nom

e

Dix

ie S

tate

Co

lleg

e

of

Uta

h

Gre

no

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Eco

le d

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Man

agem

ent

Joh

n H

opk

ins

Blo

om

ber

g S

cho

ol

of

Pu

bli

c H

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(JH

SP

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OC

W

Kap

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Un

iver

sity

Op

enC

ou

rseW

are

Kei

o U

niv

ersi

ty

Kin

g F

ahd

Un

iver

sity

of

Pet

role

um

&

Min

eral

s

Ko

rea

Un

iver

sity

96

Page 104: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O K

NU

ST

tev

e in

ício

co

m u

m p

roje

to R

EA

, p

atro

cin

ado p

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Fu

nd

ação

Hew

lett

, co

mo u

ma

cola

bo

raçã

o e

ntr

e a

Un

iver

sid

ade

Kw

ame,

a U

niv

ersi

tdad

e N

kru

mah

de

Ciê

nci

a e

Tec

no

log

ia,

de

Ku

mas

i, a

Un

iver

sid

ade

de

Gan

a, e

m A

ccra

, a

Un

iver

sid

ade

de

Mic

hig

an (

EU

A),

a

Un

iver

sid

ade

da

Cid

ade

do

Cab

o (

Áfr

ica

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Su

l),

a U

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dad

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o O

este

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o (

Áfr

ica

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Su

l) e

o p

roje

to O

ER

Áfr

ica.

A i

nic

iati

va

RE

A d

o K

NU

ST

tam

bém

tem

o a

po

io d

as F

un

daç

ões

Bil

l e

Mel

ind

a G

ates

. C

om

o p

arte

des

sa c

ola

bo

raçã

o,

um

a R

ede

de

RE

A d

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aúd

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fric

ana,

que

incl

ui

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tras

un

iver

sid

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afr

ican

as,

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esta

bel

ecid

a p

ara

mel

ho

rar

o c

om

par

tilh

amen

to d

e

con

hec

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to ,

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KN

US

T,

por

mei

o d

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acu

ldad

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iên

cias

Méd

icas

, é

par

te d

essa

red

e.

aces

so a

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estr

as e

cu

rsos

da

un

iver

sid

ade.

Mu

itas

das

ano

taçõ

es s

ob

re a

s p

ales

tras

est

ão

em j

apo

nês

.

aces

so a

pal

estr

as e

cu

rsos

da

un

iver

sid

ade.

Est

rutu

ras

de

curs

o e

cu

rríc

ulo

s em

in

glê

s, m

as

as a

no

taçõ

es d

as p

ales

tras

est

ão e

m i

ng

lês

e co

rean

o.

Ap

rese

nta

os

OC

W d

a un

iver

sid

ade

(em

esp

anh

ol)

.

MS

U O

pen

Co

urs

eWar

e (O

CW

) é

um

a in

icia

tiv

a d

a un

iver

sid

ade

lid

erad

a p

ela

MS

Ug

lob

al

Lea

rnin

g V

entu

res

(Em

pre

end

imen

tos

de

Ap

rend

izad

o M

un

dia

l M

SU

glo

bal

). O

seu

ob

jeti

vo

é

com

par

tilh

ar o

co

nh

ecim

ento

da

un

iver

sid

ade

po

r m

eio

de

RE

A n

a fo

rma

de

OC

W.

O M

SU

OC

W o

fere

ce a

cess

o g

ratu

ito

e a

ber

to a

um

co

nju

nto

cre

scen

te d

e co

nte

úd

os

de

curs

os

form

ais,

bem

co

mo

rec

urs

os

edu

caci

on

ais

inov

ado

res.

O

ME

TU

Op

enC

ou

rseW

are

é u

m r

ecu

rso

ed

uca

cio

nal

gra

tuit

o e

ab

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par

a p

rofe

sso

res,

alu

no

s e

auto

did

atas

em

tod

o o

mu

nd

o.

São

ofe

reci

do

s cu

rso

s em

Ed

uca

ção

em

Co

mp

uta

ção

e

Tec

no

log

ia I

nst

ruci

on

al,

Eng

enh

aria

da

Co

mp

uta

ção,

Ciê

nci

as d

a E

du

caçã

o,

Edu

caçã

o e

m

Lín

gu

as E

stra

ng

eira

s, I

nfo

rmát

ica,

En

gen

har

ia M

ecân

ica

e F

ísic

a.

UR

L

htt

p:/

/web

.kn

ust

.

edu

.gh

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p:/

/ocw

.

ky

oto

-u.a

c.jp

/?se

t_

lan

gu

age=

en

htt

p:/

/ocw

.kh

u.

ac.k

r:8

080

/CT

L

htt

p:/

/ocw

.ud

em.

edu

.mx

ww

w.m

sug

lob

al.

com

/ocw

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u.

edu

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Nom

e

Kw

ame

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rum

ah

Un

iver

sity

of

Sci

ence

an

d

Tec

hn

olo

gy

Ky

oto

-U

Op

enC

ou

rseW

are

Ky

un

g H

ee

Un

iver

sity

La

Un

iver

sid

ad d

e

Mo

nte

rrey

Mic

hig

an S

tate

Un

iver

sity

Mid

dle

Eas

t

Tec

hn

ical

Un

iver

sity

(M

ET

U)

Op

enC

ou

rseW

are,

Tu

rqu

ia

97

Page 105: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Co

m u

ma

das

mai

ore

s e

mai

s po

pu

lare

s co

leçõ

es d

e m

ater

iais

de

curs

os

aber

tos

(OC

W),

o M

IT

ofe

rece

1.9

00

cu

rso

s em

qu

ase

tod

as a

s d

isci

pli

nas

. O

sit

e co

nté

m a

no

taçõ

es d

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las

gra

tuit

as,

pro

vas

e v

ídeo

s e

não

req

uer

reg

istr

o.

Co

nté

m a

no

taçõ

es e

mat

eria

is d

e p

ales

tras

dad

as n

a U

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ersi

dad

e d

e N

agoy

a. A

s es

tru

tura

s

ger

ais

do

s cu

rso

s e

ativ

idad

es d

e av

alia

ção

são

em

in

glê

s, m

as a

s an

ota

ções

das

pal

estr

as s

ão

em j

apo

nês

.

Ap

rese

nta

mat

eria

is d

e cu

rso

s em

in

glê

s e

chin

ês.

Dis

po

nib

iliz

a o

s O

CW

da

un

iver

sid

ade

(em

esp

anh

ol)

.

O s

ite

do

Op

enL

earn

per

mit

e o

ace

sso

gra

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o a

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mat

eria

is d

os

curs

os

da

Op

en U

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ersi

ty.

No

Lea

rnin

gS

pac

e u

suár

ios

po

dem

en

con

trar

cen

ten

as d

e un

idad

es

de

estu

do g

ratu

itas

, ca

da

um

a co

m s

eu f

óru

m d

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iscu

ssão

.

Co

nté

m c

urs

os

aber

tos

e g

ratu

ito

s, b

em c

om

o

“ver

sões

aca

dêm

icas

” d

e cu

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s m

inis

trad

os

po

r

um

in

stru

tor

(os

últ

imo

s re

qu

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pag

amen

to d

e ta

xa

de

man

ute

nçã

o).

O d

iret

óri

o d

e C

on

teúd

o A

ber

to d

a U

CT

é o

po

rtal

web

par

a ac

esso

ao

s co

nte

úd

os

de

ensi

no e

apre

nd

izad

o a

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to d

a U

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. P

rod

uzi

do

pel

o p

roje

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e R

ecu

rso

s E

du

caci

on

ais

Ab

erto

s d

o

Cen

tro

de

Tec

no

log

ia n

a E

du

caçã

o d

a U

CT

, co

m o

ap

oio

da

Fu

nd

ação

Sh

utt

lew

ort

h,

seu

ob

jeti

vo

é a

pre

sen

tar

os

esfo

rços

de

ensi

no

do

s ac

adêm

ico

s d

a U

CT

e p

rom

ov

er a

pub

lica

ção

de

recu

rso

s ab

erto

s.

Dis

po

nib

iliz

a o

s O

CW

da

un

iver

sid

ade

(em

ho

lan

dês

).

UR

L

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p:/

/ocw

.mit

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u

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p:/

/ocw

.

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oy

a-u

.jp

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ex.

ph

p?l

ang

=en

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u.e

du

.

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ocw

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p:/

/ocw

.un

ican

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enle

arn

.

op

en.a

c.u

k/c

ou

rse

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p:/

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u.

edu

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arn

ing

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p:/

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nte

nt.

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.ac.

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w.o

pen

er.o

u.n

l

Nom

e

MIT

Op

enC

ou

rseW

are–

Mas

sach

use

tts

Inst

itu

te o

f

Tec

hn

olo

gy

Nag

oy

a U

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ersi

ty

Op

enC

ou

rsew

are

(NU

OC

W),

Jap

ão

Nat

ion

al T

sin

g H

ua

Un

iver

sity

OC

W U

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ersi

dad

de

Can

tab

ria

Op

en L

earn

( (

Th

e

Op

en U

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ty

UK

)

Op

en L

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ing

Init

iati

ve

Op

en C

on

ten

t U

CT

Op

en U

niv

ersi

teit

Ned

erla

nd

98

Page 106: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Dis

po

nib

iliz

a o

s O

CW

da

un

iver

sid

ade

(em

esp

anh

ol)

.

Cad

a cu

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in

clu

i u

m c

on

jun

to c

om

ple

to d

e au

las

pro

du

zid

as e

m v

ídeo

de

alta

qu

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ade,

aco

mp

anh

ado d

e ou

tro

s m

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iais

de

curs

os

com

o p

rog

ram

as,

leit

ura

s su

ger

idas

e c

on

jun

tos

de

pro

ble

mas

. A

s p

ales

tras

est

ão d

isp

on

ívei

s em

fo

rmat

o d

e v

ídeo

s q

ue

po

dem

ser

bai

xad

os

e sã

o

ofe

reci

das

ver

sões

so

men

te e

m á

ud

io. A

lém

dis

so,

tran

scri

ções

de

tod

as a

s p

ales

tras

est

ão

dis

pon

ívei

s p

ara

pes

qu

isa.

A

in

icia

tiv

a d

a U

niv

ersi

dad

e de

Mic

hig

an d

e cr

iar

e co

mp

arti

lhar

co

nh

ecim

ento

s, r

ecu

rso

s e

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com

a c

om

un

idad

e m

un

dia

l d

e en

sin

o i

ncl

ui

info

rmaç

ões

, at

ual

izaç

ões

, d

iscu

ssõ

es,

blo

gs,

víd

eos

e p

od

cast

s d

etal

han

do

os

seu

s es

forç

os.

O S

ite

Pil

oto

de

Op

en C

ou

rse

War

e d

a U

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ersi

dad

e d

e O

sak

a é

um

a co

leçã

o d

e m

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iais

edu

caci

on

ais

qu

e sã

o d

e fa

to u

tili

zad

os

no

s cu

rso

s m

inis

trad

os

na

un

iver

sid

ade.

A e

stru

tura

ger

al d

os

curs

os

está

em

ing

lês,

e a

s an

ota

ções

de

aula

s ,

em j

apo

nês

.

Ofe

rece

cu

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s em

saú

de

bli

ca a

par

tir

de

apre

nd

izad

o b

asea

do

na

Inte

rnet

. O

co

nte

úd

o d

os

curs

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é ac

essí

vel

med

ian

te r

egis

tro

/ lo

gin

.

As

estr

utu

ras

ger

ais

do

s cu

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s es

tão

em

in

glê

s, m

as a

s au

las

são

em

co

rean

o.

Rai

Op

enC

ou

rsew

are

é a

inic

iati

va

da

Fac

uld

ade

da

Fu

nd

açã

o R

ai d

e o

fere

cer

edu

caçã

o d

e

alta

qu

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ade

ao a

lcan

ce d

e to

do

s. I

nst

itu

içõ

es d

e en

sin

o q

ue

des

ejam

uti

liza

r o

Op

enC

ou

rseW

are

da

Rai

co

m s

eus

alu

no

s ta

mb

ém p

od

em f

azê-l

o r

eco

nh

ecen

do

a F

acu

ldad

e

da

Fu

nd

ação

Rai

co

mo

fo

nte

.

UR

L

htt

p:/

/ocw

.

un

iver

sia.

net

/en

/

inst

itu

cion

es/8

/ o

pen

-

un

iver

sity

-of-

cata

lon

ia

htt

p:/

/oy

c.y

ale.

edu

/

cou

rsel

ist?

htt

ps:

//op

en.u

mic

h.

edu

/ed

uca

tio

n/

cou

rses

-res

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rces

htt

p:/

/ocw

.osa

ka-

u.

ac.j

p

ww

w.p

eop

les-

un

i.

org

htt

p:/

/ocw

.pu

san.

ac.k

r

ww

w.r

ocw

.

raif

ou

nd

atio

n.o

rg

Nom

e

Op

en U

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ersi

ty o

f

Cat

alo

nia

, E

span

ha

Op

en Y

ale

Co

urs

es

Op

en.M

ich

igan

Un

iver

sid

ade

de

Osa

ka,

Jap

ão

Peo

ple

s-u

ni.

org

Pu

san

Nat

ion

al

Un

iver

sity

Rai

Op

enC

ou

rsew

are,

Índ

ia

99

Page 107: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Est

e si

te c

on

tém

OC

W e

m d

iver

sas

dis

cip

lin

as.

Os

resu

mo

s d

as p

ales

tras

est

ão e

m i

ng

lês.

TU

Del

ft O

pen

Co

urs

eWar

e é

um

a p

ub

lica

ção

gra

tuit

a, d

igit

al d

e m

ater

iais

ed

uca

cio

nai

s

de

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qu

alid

ade,

org

aniz

ados

em c

urs

os.

A U

niv

ersi

dad

e d

a O

NU

est

á co

mp

rom

etid

a co

m o

des

envo

lvim

ento

des

te s

ite

de

OC

W q

ue

exib

e p

rog

ram

as d

e tr

ein

amen

to e

ed

uca

cio

nai

s im

ple

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tad

os

pel

a u

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e em

div

ersa

s

área

s re

lev

ante

s p

ra o

tra

bal

ho

da

Org

aniz

ação

das

Naç

ões

Un

idas

.

Co

nté

m m

ater

iais

de

curs

os

em e

span

ho

l

Ofe

rece

cu

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s p

rep

arat

óri

os

dis

po

nív

eis

gra

tuit

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te p

ara

alun

os

e ed

uca

do

res

uti

liza

rem

com

o m

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iais

co

mp

lem

enta

res

ou

su

ple

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tare

s. U

suár

ios

pod

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acil

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te p

assa

r p

or

um

curs

o i

nte

iro

da

UC

CP

, o

u u

m p

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tran

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od

e en

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r u

m c

urs

o a

ber

to a

os

alu

nos

par

a

pro

po

rcio

nar

-lh

es o

po

rtu

nid

ades

ad

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nai

s d

e ap

rend

izad

o.

Po

dca

sts

e w

ebca

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do

s cu

rsos

atu

ais

e p

reg

ress

os

da

UC

Ber

kel

ey.

Cu

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s em

ing

lês,

esp

anho

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port

ug

uês

.

UR

L

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p:/

/ocw

.um

b.e

du

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cou

rsel

ist

ww

w.o

cw.t

itec

h.

ac.j

p/i

nd

ex.

ph

p?l

ang

=E

N

htt

p:/

/ocw

.tu

del

ft.n

l

htt

p:/

/ocw

.un

u.e

du

/

Co

urs

es_

list

ing

htt

p:/

/ocw

.uca

.es

ww

w.u

cop

enac

cess

.

org

htt

p:/

/web

cast

.

ber

kel

ey.e

du

htt

p:B

31

//o

cw.u

ci.

edu

/B39

Nom

e

Th

e U

Mas

s B

ost

on

Op

enC

ou

rseW

are

(Un

iver

sity

of

Mas

sach

use

tts,

Bo

ston

)

To

ky

o I

nst

itu

te o

f

Tec

hn

olo

gy

TU

Del

ft

Op

enC

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rsew

are,

Ho

lan

da

Un

ited

Nat

ion

s

Un

iver

sity

, U

NU

Op

enC

ou

rseW

are

(Jap

ão)

Un

iver

sid

ad C

adiz

Un

iver

sity

of

Cal

ifo

rnia

Co

lleg

e

Pre

p (

UC

CP

) O

pen

Acc

ess

Un

iver

sity

of

Cal

ifo

rnia

, B

erk

eley

Un

iver

sity

of

Cal

ifo

rnia

, Ir

vin

e

100

Page 108: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O N

otr

e D

ame

Op

enC

ou

rseW

are

é u

m r

ecu

rso

ed

uca

cio

nal

gra

tuit

o e

ab

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par

a

pro

fess

ore

s, a

lun

os

e au

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idat

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m t

od

o o

mu

nd

o.

Usu

ário

s po

dem

ace

ssar

cu

rso

s d

e 2

0

dep

arta

men

tos.

D

iver

sos

curs

os

em

po

rtug

uês

.

A U

WC

tem

um

lo

ngo

his

tóri

co d

e ap

oia

r o u

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esen

vo

lvim

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e d

ifu

são

de

soft

war

e li

vre

/ d

e

cód

igo

ab

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e r

ecu

rso

s ed

uca

cio

nai

s. E

m 2

00

5, o

Co

nse

lho

Aca

dêm

ico

ap

rov

ou u

ma

amb

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sa p

olí

tica

de

Co

nte

údo

Liv

re,

Mat

eria

is d

e C

urs

o L

ivre

/ A

ber

tos,

qu

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mo

veu

os

ob

stác

ulo

s in

stit

uci

on

ais

à pu

bli

caçã

o d

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curs

os

edu

caci

on

ais

aber

tos.

O p

roje

to F

ree

Co

urs

ewar

e é

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te d

e u

m m

ov

imen

to n

o s

enti

do

de

imp

lem

enta

r es

sa e

stra

tég

ia.

Est

e si

te c

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tém

OC

W e

m d

iver

sas

dis

cip

lin

as.

O c

on

teúd

o d

os

curs

os

está

dis

pon

ível

em

ing

lês

e ja

po

nês

.

O p

roje

to d

e O

pen

Co

urs

eWar

e d

a U

niv

ersi

dad

e d

e U

tah

é u

m r

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rso

ed

uca

cion

al g

ratu

ito e

aber

to p

ara

pro

fess

ore

s, a

lun

os

e au

tod

idat

as e

m t

od

o o

mun

do. T

amb

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hec

ido

co

mo

U M

oo

dle

, a

Un

iver

sid

ade

de

Uta

h t

em c

urs

os

de

arte

s, i

ng

lês,

eco

no

mia

, ed

uca

ção

, h

istó

ria

e ci

ênci

as.

U-N

ow

é a

in

icia

tiv

a fo

rmal

de

OC

W d

a U

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ersi

dad

e d

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ott

ing

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emb

ro d

o

Co

nsó

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OC

W.

A U

SQ

est

á o

fere

cen

do

in

icia

lmen

te a

mo

stra

s d

e cu

rso

s d

e ca

da

um

dos

seu

s ci

nco

co

rpo

s

do

cen

tes,

bem

co

mo

seu

Pro

gra

ma

de

Pre

par

ação

par

a o

En

sin

o S

up

erio

r.

UR

L

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w.o

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org

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cw

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free

cou

rsew

are.

uw

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free

cou

rsew

are/

cou

rsel

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ok

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.

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p/e

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htt

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/my

.cou

rses

.

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h.e

du

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urs

e/

cate

go

ry.p

hp

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3

htt

p:/

/un

ow

.

no

ttin

gh

am.a

c.u

k

htt

p:/

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u.

au

Nom

e

Un

iver

sity

of

No

tre

Dam

e

Un

iver

sity

of

Pu

erto

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o

Un

iver

sity

of

the

Wes

tern

Cap

e–F

ree

Co

urs

ewar

e P

roje

ct

Un

iver

sity

of

Tok

yo

Op

enC

ou

rseW

are

(Jap

ão)

Un

iver

sity

o

f U

tah

Op

enC

ou

rseW

are

Pro

ject

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ow

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niv

ersi

ty

of

No

ttin

gh

am

Op

enC

ou

rseW

are

US

Q

Op

enC

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rseW

are

(Un

iver

sity

of

So

uth

ern

Qu

een

slan

d)–

Au

strá

lia

101

Page 109: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O O

pen

Cou

rseW

are

da

Est

adu

al d

e U

tah

é u

ma

cole

ção

de

mat

eria

is e

du

caci

on

ais

uti

liza

do

s no

s

curs

os

form

ais

min

istr

ado

s n

a u

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dad

e,.

Co

nte

nd

o d

iver

sos

OC

W e

m d

ifer

ente

s d

isci

pli

nas

, es

te s

ite

requ

er q

ue

usu

ário

s cr

iem

um

a co

nta

par

a v

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eria

is O

CW

.

Co

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W.

Div

erso

s cu

rso

s em

in

glê

s.

Mem

bro

do

Con

sórc

io O

CW

, a

un

iver

sid

ade

ofe

rece

OC

W l

imit

ado

s em

Tec

no

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ia

Au

tom

ob

ilís

tica

, Ju

stiç

a C

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inal

, P

rom

oçã

o d

a S

aúd

e In

gle

sa e

Des

emp

enh

o H

um

ano

e S

iste

mas

de

Info

rmaç

ão e

Tec

no

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ia.

A U

niv

ersi

dad

e W

este

rn G

ov

ern

ors

é u

ma

un

iver

sid

ade

on

lin

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ins

lucr

ativ

os,

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a ú

nic

a

reco

nh

ecid

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s E

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ao

fere

ce r

dip

lom

as o

nli

ne

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co

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etên

cias

, A

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te e

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so a

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W e

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cias

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anas

.

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hin

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pen

Res

ou

rces

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du

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E)

é u

m c

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sórc

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iver

sid

ades

. É

um

a

org

aniz

ação

sem

fin

s lu

crat

ivo

s cu

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issã

o é

pro

mo

ver

mai

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inte

raçã

o e

o c

om

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tilh

amen

to

aber

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curs

os

edu

caci

on

ais

entr

e u

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es c

hin

esas

e e

stra

ng

eira

s.

JOC

W é

o c

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sórc

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es j

apo

nes

as

qu

e fo

rnec

e O

CW

no

Jap

ão.

UR

L

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vsc

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u

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er.

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sity

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y S

tate

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lleg

e

Uta

h V

alle

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Un

iver

sity

Was

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Un

iver

sity

Web

er S

tate

Op

enC

ou

rseW

are

(Web

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Un

iver

sity

)

Wes

tern

Go

ver

no

rs

Un

iver

sity

Ch

ina

Op

en

Res

ou

rces

fo

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Ed

uca

tio

n (

CO

RE

)

Jap

an

Op

enco

urs

ewar

e

Co

nso

rtiu

m

102

Page 110: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

A I

nd

ira

Gan

dh

i N

atio

nal

Op

en U

niv

ersi

ty (

IGN

OU

) é

um

a u

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dad

e fe

der

al a

ber

ta q

ue

ofe

rece

ed

uca

ção

ab

erta

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dis

tân

cia

na

Índ

ia e

em

ou

tro

s p

aíse

s. A

IG

NO

U i

nic

iou

a c

riaç

ão

de

um

Rep

osi

tóri

o N

acio

nal

Dig

ital

de

recu

rso

s d

e ap

ren

diz

ado,

eGy

anko

sh. O

rep

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o

vis

a ar

maz

enar

, li

star

, p

rese

rvar

, d

istr

ibu

ir e

co

mp

arti

lhar

os

recu

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s d

as i

nst

itu

içõ

es d

e

apre

nd

izad

o a

ber

to e

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istâ

nci

a (A

AD

) d

o p

aís.

O r

epo

sitó

rio

po

ssib

ilit

a ag

reg

ação

e i

nte

gra

ção

con

tín

ua

de

recu

rso

s d

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ren

diz

ado

em

dif

eren

tes

form

ato

s, c

om

o m

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iais

de

auto

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nd

izad

o, p

rog

ram

as a

ud

iov

isu

ais,

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uiv

os

de

rád

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ses

sões

tel

evis

ivas

in

tera

tiv

as a

o v

ivo

.

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is e

feti

vam

ente

uti

liza

do

s n

as a

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s d

a U

niv

ersi

dad

e d

e D

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ish

a no

Jap

ão s

ão

dis

pon

ibil

izad

os

aber

tam

ente

na

Inte

rnet

. O

s cu

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s v

aria

m e

ntr

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fac

uld

ad

es,

com

o a

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ade

de

Teo

log

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u o

In

stit

uto

de

Lín

gu

a e

Cu

ltu

ra,

e sã

o o

fere

cid

os

em j

apo

nês

.

A U

nal

ofe

rece

um

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ran

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ied

ade

de

curs

os

dis

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ívei

s p

ara

alu

no

s fa

lan

tes

de

esp

anho

l.

As

dis

cip

lin

as q

ue

pod

em s

er e

stu

dad

as i

ncl

uem

ad

min

istr

ação

, ci

ênci

a, e

nfe

rmag

em,

arte

s,

agro

no

mia

, en

gen

har

ia,

med

icin

a e

od

on

tolo

gia

.

A U

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ber

ta d

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ong

Ko

ng

ofe

rece

op

ort

un

idad

es g

ratu

itas

a a

lun

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inte

ress

ado

s em

ter

um

a ex

per

iên

cia

real

do

qu

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edu

caçã

o a

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tân

cia.

Alg

un

s cu

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s

são

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reci

do

s em

ch

inês

.

UR

L

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w.e

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.

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ha.

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l

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al.

un

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du

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un

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rses

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Co

urs

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sid

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ng

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Nom

e

Ind

ira

Gh

and

i

Nat

ion

al O

pen

Un

iver

sity

Do

shis

ha

Un

iver

sity

Op

en C

ou

rsew

are

Un

iver

sid

ad

Nac

ion

al

da

Co

lôm

bia

Op

en U

niv

ersi

ty o

f

Ho

ng

Ko

ng

103

Page 111: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O o

bje

tivo

do

Pro

jeto

AC

EM

ath

s do

Sai

de

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lid

erar

um

pro

cess

o c

ola

bo

rati

vo

de

sele

ção

,

adap

taçã

o e

uso

de

mat

eria

is R

EA

em

pro

gra

mas

de

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açã

o d

e p

rofe

sso

res

na

Áfr

ica d

o S

ul.

O

du

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CE

Mat

hs,

En

sino

e A

pre

nd

izad

o d

e M

atem

átic

a em

Sal

as d

e A

ula

s D

iver

sas,

est

á

dis

pon

ível

par

a d

ow

nlo

ad

gra

tuit

o e

m d

ois

fo

rmat

os

– p

ara

imp

ress

ão (

PD

F)

e p

ara

adap

taçã

o

(Wo

rd).

O T

uft

s O

pen

Cou

rseW

are

ofe

rece

ace

sso

liv

re a

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con

teúd

os

de

curs

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a q

uem

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iver

on

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e.

O T

uft

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CW

:

• p

ub

lica

mat

eria

is d

os

curs

os

da

Tu

fts;

• n

ão r

equ

er i

nsc

riçã

o;

• n

ão d

á d

irei

to a

cré

dit

os,

dip

lom

as o

u c

erti

fica

do

s;

• n

ão d

á ac

esso

ao

co

rpo

do

cente

da

Tu

fts,

mas

o f

eedb

ack

é c

om

par

tilh

ado

.

A H

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h E

du

cati

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Ass

ets

Lib

rary

(H

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L)

(Bib

lio

teca

de

Co

nte

úd

os

de

Ed

uca

ção à

Saú

de)

é u

ma

bib

lio

teca

dig

ital

qu

e d

á ac

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re a

rec

urs

os

did

átic

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da

mel

ho

r

qu

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ade,

qu

e at

end

em à

s n

eces

sid

ades

do

s at

uai

s ed

uca

do

res

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un

os

de

ciên

cias

bio

lóg

icas

.

UR

L

ww

w.o

eraf

rica.

org

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acem

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s

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Nom

e

AC

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s P

roje

ct

Tu

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en

Co

urs

ewar

e

Hea

lth

Ed

uca

tio

n

Ass

ets

Lib

rary

(HE

AL

)

RE

A-O

CW

Tem

áti

cos

104

Des

criç

ão

A U

niv

ersi

dad

e d

e H

ong

Kon

g o

fere

ce d

iver

sos

curs

os

on

lin

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os

em u

ma

arq

uit

etu

ra s

ust

entá

vel

e m

od

elo

en

erg

etic

amen

te e

fici

ente

. O

s m

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iais

do

s cu

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s sã

o

tod

os

em i

ng

lês.

UR

L

ww

w.a

rch

.hk

u.

hk

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hu

i/

teac

h/#

Co

urs

es

Nom

e

Un

iver

sid

ade

de

Ho

ng

Ko

ng

Page 112: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Aq

ui

vo

cê e

nco

ntr

a au

las

gra

tuit

as d

e m

úsi

ca q

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pod

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aix

ar,

com

par

tilh

ar o

u t

roca

r co

m

amig

os

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ole

gas

sico

s. O

Ber

kle

e S

har

es c

on

sist

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au

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de

sica

ind

ivid

uai

s

des

envo

lvid

as p

or

pro

fess

ore

s e

alu

no

s d

a B

erk

lee.

Gra

tuit

o e

ab

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par

a a

com

un

idad

e m

usi

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od

o o

mu

ndo

. U

ma

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teca

de

áud

io e

m M

P3

, fi

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Qu

ick

Tim

e e

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uiv

os

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DF

.

O C

S C

urr

icu

lum

Sea

rch

(B

usc

ado

r d

e C

urr

ícu

los)

o a

jud

ará

a en

con

trar

mat

eria

is d

idát

ico

s

pu

bli

cado

s n

a w

eb p

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fess

ore

s d

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dep

arta

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tos

da

CS

em

to

do

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un

do

. V

ocê

pod

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refi

nar

su

a p

esq

uis

a p

ara

mo

stra

r ap

enas

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estr

as,

ativ

idad

es o

u m

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de

refe

rên

cia

par

a u

m

con

jun

to d

e cu

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s.

O F

ET

P O

pen

Co

urs

eWar

e é

um

rec

urs

o p

ara

qu

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rab

alh

a co

m o

u e

stu

da

ciên

cias

po

líti

cas

e ár

eas

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cio

nad

as p

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aum

enta

r se

us

conh

ecim

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s e

exp

lora

r n

ov

as a

bo

rdag

ens

de

apre

nd

izad

o e

des

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olv

imen

to d

e cu

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ulo

s. I

nst

ruto

res

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stim

ula

do

s a

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tar

os

mat

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icu

lare

s d

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ET

P p

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seu

s p

róp

rios

curs

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Alu

no

s po

dem

uti

liza

r o

s

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P p

ara

dir

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est

ud

o i

nd

ivid

ual

. P

rog

ram

as d

e cu

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s, a

no

taçõ

es d

e

aula

, li

stas

de

leit

ura

e c

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jun

tos

de

pro

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mas

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div

erso

s p

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ram

as d

e at

ual

izaç

ão

pro

fiss

ion

al d

e u

m a

no

e c

urs

os

de

edu

caçã

o e

xec

uti

va

estã

o d

isp

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ívei

s n

a In

tern

et.

A I

nic

iati

va

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aúd

e P

úb

lica

na

Áfr

ica

Ori

enta

l (I

nit

iati

ve

for

Pu

bli

c H

ealt

h i

n E

ast

Afr

ica,

ou

LIP

HE

A)

tem

o o

bje

tiv

o d

e fo

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apac

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a F

acu

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e P

úb

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da

Un

iver

sid

ade

Mak

erer

e (M

US

PH

) e

da

Fac

uld

ade

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Ciê

nci

as M

édic

as d

a U

niv

ersi

dad

e

Mu

him

bil

i (M

UC

HS

) n

ão s

ó d

e fo

rmar

lid

eran

ças

efic

azes

em

saú

de

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ca p

ara

Ug

and

a e

Tan

zân

ia,

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tam

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de

cata

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r o

tre

inam

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de

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eres

em

saú

de

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ca e

m t

od

a a

reg

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. O

sit

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fere

ce u

ma

séri

e d

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EA

em

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atro

id

iom

as p

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apo

iar

o t

rein

amen

to e

form

ação

de

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fess

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s n

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sco

las.

UR

L

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w.b

erk

lees

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e.

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le.c

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curr

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ch

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.fet

p.e

du

.

vn

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ww

w.l

iph

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rg

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essa

fric

a.n

et

Nom

e

Ber

kle

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Pes

qu

isa

Esp

ecíf

ica

de

Cu

rríc

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s em

Ciê

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Co

mp

uta

ção

do

Go

og

le

Fu

lbri

gh

t

Eco

no

mic

s

Tea

chin

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ram

(FE

TP

) O

CW

(Vie

tnã)

Lea

der

ship

In

itia

tiv

e

for

Pu

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c H

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h i

n

Eas

t A

fric

a

(LIP

HE

A)

Tea

cher

Ed

uca

tio

n

in S

ub

-Sah

aran

Afr

ica

(TE

SS

A)

105

Page 113: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Ass

ista

pal

estr

as e

m v

ídeo

, ac

esse

lis

tas

de

leit

ura

e o

utr

os

mat

eria

is d

e cu

rso

, re

spo

nd

a

qu

esti

on

ário

s, f

aça

pro

vas

e c

om

un

iqu

e-s

e co

m o

utr

os

alun

os

da

SE

E.

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niv

ersi

dad

e en

cora

ja

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ed

uca

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tili

zar

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mat

eria

is d

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aria

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nfo

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uas

pró

pri

as

aula

s. U

ma

lice

nça

Cre

ati

ve C

om

mo

ns

per

mit

e o

uso

gra

tuit

o e

ab

erto

, re

uti

liza

ção

, ad

apta

ção e

red

istr

ibu

ição

do

s m

ater

iais

Eve

ryw

her

e do

cu

rso d

e E

ng

enh

aria

de

Sta

nfo

rd.

Est

a é

um

a in

icia

tiv

a d

e co

lab

ora

ção

de

inst

itu

içõ

es p

ara

des

envo

lver

um

mo

del

o s

ust

entá

vel

e

esca

láv

el p

ara

a d

isse

min

ação

sis

têm

ica

de

RE

A p

ara

apo

iar

a ed

uca

ção

par

a a

saúd

e no

con

tin

ente

. O

s m

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iais

RE

A p

rod

uzi

do

s n

essa

in

icia

tiv

a se

rão d

ispo

nib

iliz

ado

s g

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itam

ente

a al

un

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pro

fess

ore

s e

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un

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, p

or

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cen

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rea

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mm

on

s.

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da

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man

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pel

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ance

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mag

ing

Lab

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tory

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MIL

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IL

é u

ma

equ

ipe

mu

ltid

isci

pli

nar

ded

icad

a à

pes

qu

isa,

ed

uca

ção

e a

van

ço d

os

cuid

ado

s ao

s p

acie

nte

s

po

r m

eio d

e ex

ames

de

imag

ens

com

ên

fase

em

TC

esp

iral

e i

mag

ens

3D

. O

AM

IL é

par

te d

o

Dep

arta

men

to d

e R

adio

log

ia d

o J

ohn

s H

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kin

s M

edic

al I

nst

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ns

, em

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ore

(E

UA

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O I

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Man

agem

ent

Res

ou

rce

Kit

(IM

AR

K)

(Kit

de

Recu

rso

s d

e G

estã

o d

e In

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ação

)

é u

ma

inic

iati

va

de

apre

nd

izad

o o

nli

ne

bas

ead

a em

par

ceri

as p

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trei

nar

in

div

íduo

s e

apo

iar

inst

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içõ

es e

red

es e

m t

odo

o m

un

do

na

ges

tão

efe

tiv

a d

e in

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açõ

es a

grí

cola

s. O

IM

AR

K é

um

co

nju

nto

de

recu

rso

s d

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ren

diz

ado

a d

istâ

nci

a, f

erra

men

tas

e co

mu

nid

ad

e d

e g

estã

o d

e

info

rmaç

ão.

O I

MA

RK

vem

sen

do

des

envo

lvid

o c

om

o u

ma

séri

e d

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ulo

s em

CD

-RO

M e

na

Inte

rnet

, o

fere

cid

os

gra

tuit

amen

te,

qu

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rese

nta

rão

os

últ

imo

s co

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ito

s, a

bo

rdag

ens

e

ferr

am

enta

s d

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estã

o d

e in

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. C

ada

du

lo d

o I

MA

RK

se

con

cen

tra

em u

ma

área

esp

ecíf

ica

da

ges

tão

da

info

rmaç

ão,

com

um

cu

rríc

ulo

ela

bo

rado

, d

esen

vo

lvid

o e

rev

isad

o p

or

esp

ecia

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as n

o a

ssun

to.

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du

los

estã

o s

end

o d

esen

vo

lvid

os

usa

nd

o o

s m

éto

do

s m

ais

mo

der

no

s d

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ren

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ado

na

Inte

rnet

, o

fere

cen

do

um

am

bie

nte

in

tera

tiv

o d

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ado n

o

ritm

o d

o a

luno

.

UR

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gen

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od

acst

s)

IMA

RK

(In

form

atio

n

Man

agem

ent

Res

ou

rce

Kit

)

106

Page 114: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Par

a co

mp

arti

lhar

cu

rso

s d

e q

ual

idad

e ch

ines

es e

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od

o o

mun

do

, o

Ch

ina

Op

en R

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urc

es

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Ed

uca

tio

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u o

pro

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de

trad

uzi

r o

Ch

ines

e Q

ual

ity

Op

en C

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rsew

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OC

W)

par

a o

in

glê

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200

6.

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vár

ios

curs

os

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mat

emát

ica

pu

bli

cado

s n

os

term

os

de O

pen

Co

urs

eWar

e.

O G

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ibil

ita

a in

teg

raçã

o d

e en

gen

hei

ros,

cie

nti

stas

das

áre

as b

ioló

gic

as e

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fiss

ion

ais

da

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méd

ica,

po

r m

eio

de

recu

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s co

mp

arti

lhad

os

e re

un

ião

de

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no

s e

pós-

do

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ran

do

s,

abo

rdan

do

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ble

mas

fu

nd

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tais

no

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nte

xto

da

saú

de

hu

man

a e

do

ença

s qu

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ferr

am

enta

s co

mp

uta

cio

nai

s d

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ecân

ica

mo

lecu

lar,

bio

log

ia e

med

icin

a d

e ú

ltim

a g

eraç

ão.

O R

ob

oti

csC

ou

rseW

are.

org

é u

m r

ecu

rso

ed

uca

cio

nal

gra

tuit

o e

ab

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par

a p

rofe

sso

res,

alu

no

s e

auto

did

atas

em

tod

o o

mu

nd

o.

Est

e si

te f

oi

cria

do

pri

mo

rdia

lmen

te p

ara

forn

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recu

rso

s p

ara

pro

fess

ore

s em

inst

itu

içõ

es d

e en

sin

o s

up

erio

r e

un

iver

sid

ades

, fa

cili

tan

do

a

imp

lem

enta

ção

de

curs

os

de

robó

tica

, o

u m

elh

ori

a d

os

curs

os

exis

ten

tes.

O o

bje

tiv

o é

po

ssib

ilit

ar q

ue

as i

nst

itu

içõ

es s

em t

rad

ição

em

ro

tica

co

mec

em a

in

tro

du

zir

esse

s co

nce

ito

s

no

seu

cu

rríc

ulo

.

No

des

env

olv

imen

to e

po

pu

lari

zaçã

o d

o s

ite

pri

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zou

-se

o s

egu

inte

: fo

rnec

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on

teúd

os

curr

icu

lare

s o

rig

inai

s, f

ácei

s d

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od

ific

ar,

ger

alm

ente

em

fo

rmat

o .

pp

t ou

.do

c,

cob

rin

do

um

a sé

rie

de

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s p

rim

ária

s d

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nsi

no d

e ro

tica

, in

clu

indo

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ânic

a d

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bôs,

pla

nej

amen

to d

e m

ov

imen

tos,

vis

ão e

lo

cali

zação

, co

m m

eno

s ên

fase

em

áre

as s

ecu

nd

ária

s e

curs

os

em q

ue

a ro

tica

é u

tili

zad

a co

mo

pla

tafo

rma

par

a en

sin

ar c

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ceit

os

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utr

as á

reas

acad

êmic

as.

UR

L

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p:/

/ocw

.co

re.o

rg.

cn/C

OR

E

ww

w.m

ath

s.o

x.a

c.

uk

/op

enco

urs

ewar

e

htt

p:/

/gem

4.

edu

com

mo

ns.

net

htt

p:/

/

rob

oti

csco

urs

ewar

e.

org

Nom

e

Ch

ines

e Q

ual

ity

Op

en C

ou

rsew

are

(CQ

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W)

Ox

ford

Un

iver

sity

Mat

hem

atic

s

Op

enC

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rseW

are

GE

M4

Op

enC

ou

rseW

are

Ro

bo

tics

Co

urs

eWar

e

107

Page 115: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Um

rec

urs

o d

e n

ano

ciên

cia

e te

cno

log

ia,

o n

ano

HU

B f

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cria

do p

ela

Net

wo

rk f

or

Co

mp

uta

tion

al N

ano

tech

no

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y (

Red

e d

e N

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tecn

olo

gia

Co

mp

uta

cio

nal

), p

atro

cin

ada

pel

a

NS

F.

É u

m r

ecu

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ric

o b

asea

do

na

web

par

a p

esq

uis

a, e

du

caçã

o e

co

labo

raçã

o e

m

nan

ote

cno

log

ia.

O n

ano

HU

B a

bri

ga

mai

s d

e 1

60

0 r

ecu

rso

s q

ue

aux

ilia

m n

o a

pre

nd

izad

o d

e

nan

ote

cno

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incl

uin

do

ap

rese

nta

ções

, cu

rsos,

du

los

de

apre

nd

izad

o, p

od

cast

s, a

nim

açõ

es,

mat

eria

is d

idát

ico

s e

mai

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a In

tern

et.

O m

ais

imp

ort

ante

é q

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ano

HU

B o

fere

ce f

erra

men

tas

de

sim

ula

ção

qu

e p

od

em s

er a

cess

adas

de

um

nav

egad

or

da

web

, p

ara

qu

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un

os

po

ssam

apre

nd

er s

ob

re e

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r o

uso

de

dis

po

siti

vo

s n

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tecn

oló

gic

os.

O S

cien

ce C

om

mo

ns

tem

trê

s in

icia

tiv

as i

nte

rlig

adas

pro

jeta

das

par

a ac

eler

ar o

cic

lo d

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pes

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isa

, p

rod

uçã

o e

reu

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zaçã

o d

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nh

ecim

ento

, q

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sust

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culo

do

mét

odo

cie

ntí

fico

.

Jun

tos,

ele

s sã

o o

s ti

jolo

s d

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ruçã

o d

e u

ma

nov

a in

frae

stru

tura

co

lab

ora

tiv

a p

ara

torn

ar a

s

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isas

cie

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fica

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nd

amen

talm

ente

mai

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ceis

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reu

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záv

eis"

. A

jud

amo

s in

div

íduo

s e

org

aniz

açõ

es a

se

abri

rem

e d

isp

on

ibil

izar

em s

uas

pes

qu

isas

e d

ado

s p

ara

reu

tili

zaçã

o.

Per

mit

ir

o a

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m "

um

cli

qu

e" a

mat

eria

is d

e p

esqu

isa

- N

ós

aju

dam

os

a to

rnar

o p

roce

sso

de

tran

sfer

ênci

a d

e m

ater

iais

mai

s ef

icie

nte

, d

e m

od

o q

ue

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isad

ore

s po

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fac

ilm

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rep

lica

r, v

erif

icar

e e

xp

and

ir p

esq

uis

as. In

teg

ran

do

fo

nte

s d

e in

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ação

fra

gm

enta

das

-

Aju

dam

os

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qu

isad

ore

s a

enco

ntr

ar,

anal

isar

e u

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zar

dad

os

de

fon

tes

dis

tin

tas,

mar

can

do

e

rotu

lan

do

as

info

rmaç

ões

co

m l

ing

uag

em c

om

um

, q

ue

po

de

ser

lid

a p

or

com

pu

tad

ore

s.

O A

gE

con

Sea

rch

é u

m r

epo

sitó

rio

gra

tuit

o d

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esso

ab

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de

arti

go

s ac

adêm

ico

s co

mp

leto

s

nas

áre

as d

e ag

ricu

ltu

ra e

eco

nom

ia a

pli

cad

a, i

ncl

uin

do

do

cum

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s d

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ho,

arti

go

s d

e

con

ferê

nci

as e

art

igo

s d

e p

erió

dic

os

cien

tífi

cos.

O r

epo

sitó

rio c

on

tém

68

pic

os

qu

e ab

ran

gem

tod

o o

esc

op

o d

a ec

ono

mia

ag

ríco

la e

do

ag

ron

egó

cio

.

UR

L

htt

p:/

/nan

ohu

b.o

rg

htt

p:/

/

scie

nce

com

mo

ns.

org

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p:/

/ag

econ

sear

ch.

um

n.e

du

Nom

e

nan

oH

UB

Sci

ence

Co

mm

on

s

Ag

Eco

n S

earc

h

108

Page 116: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Fer

ram

enta

s d

e R

EA

Des

criç

ão

Um

sit

e em

qu

e a

com

un

idad

e co

mp

arti

lha

e co

lab

ora

co

m c

urr

ícu

los

gra

tuit

os

e d

e có

dig

o

aber

to.

Cu

rrik

i é

um

a co

mu

nid

ade

de

edu

cad

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s, a

lun

os

e es

pec

iali

stas

em

ed

uca

ção

en

gaj

ado

s

qu

e tr

abal

ham

ju

nto

s p

ara

cria

r m

ater

iais

de

qu

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ade

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enef

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pro

fess

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s e

alu

no

s em

tod

o o

mu

nd

o. É

um

am

bie

nte

on

lin

e cr

iad

o p

ara

apo

iar

o d

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vo

lvim

ento

e d

istr

ibu

ição

gra

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a d

e m

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iais

ed

uca

cio

nai

s d

e al

ta q

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idad

e a

qu

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uer

qu

e n

eces

site

del

es.

Ed

uC

om

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ns

é u

m s

iste

ma

de

ges

tão

de

con

teúd

os

elab

ora

do e

spec

ific

amen

te p

ara

apo

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pro

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s O

pen

Cou

rseW

are.

O E

du

Co

mm

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s o

aju

dar

á a

des

envo

lver

e g

erir

um

a co

leçã

o d

e

mat

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e cu

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s co

m a

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o a

ber

to.

É c

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stru

ído

co

m b

ase

em u

m p

roce

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de

flux

o d

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trab

alh

o q

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gu

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vo

lved

ore

s d

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nte

úd

o p

elo

pro

cess

o d

e p

ub

lica

ção

de

mat

eria

is e

m

form

ato

ace

ssív

el a

ber

tam

ente

.

Ed

ufo

rge

é u

m a

mb

ien

te a

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ceb

ido

par

a o

co

mp

arti

lham

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de

idei

as,

resu

ltad

os

de

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isa,

co

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údo

ab

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e s

oft

war

es d

e có

dig

o a

ber

to p

ara

a ed

uca

ção

. U

suár

ios

po

dem

usa

r o

s

recu

rso

s d

a co

mu

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ade

par

a cr

iar

o s

eu p

róp

rio

pro

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de

esp

aço

. O

Ed

ufo

rge

é co

nce

bid

o p

ara

forn

ecer

fer

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enta

s co

lab

ora

tiv

as e

m d

ois

nív

eis.

A C

om

un

idad

e E

du

forg

e é

par

a to

do

s o

s

inte

ress

ado

s em

ed

uca

ção

co

mpar

tilh

arem

su

as i

dei

as e

ex

per

iên

cias

. O

s P

roje

tos

Ed

ufo

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apo

iam

pes

qu

isas

mai

s fo

cad

as, d

iscu

ssõ

es e

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vo

lvim

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de

soft

war

es p

ara

a ed

uca

ção

.

Usu

ário

s po

dem

reg

istr

ar s

eus

pró

pri

os

pro

jeto

s, o

u p

edir

par

a fa

zer

par

te d

e al

gu

um

a d

as m

uit

as

com

un

idad

es d

e p

roje

to i

no

vad

ora

s.

UR

L

ww

w.c

urr

iki.

org

htt

p:/

/edu

com

mo

ns.

com

htt

ps:

//ed

ufo

rge.

org

Nom

e

Cu

rrik

i

Ed

uC

om

mo

ns

Ed

ufo

rge,

Inn

ov

atio

n f

or

Ed

uca

tio

n

109

Page 117: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Nav

egu

e e

pes

qu

ise

mai

s d

e 1

10

.000

Rec

urs

os

Ed

uca

cion

ais

Ab

erto

s (R

EA

). "

Est

a é

um

a

ferr

am

enta

qu

e re

com

end

a re

curs

os

edu

caci

on

ais

aber

tos.

tam

bém

um

wid

get

par

a si

tes

e um

a

exte

nsã

o p

ara

Fir

efo

x.

O s

iste

ma

aces

so b

asic

amen

te a

rec

urs

os

do

NS

DL

, m

as t

amb

ém d

o

Joh

ns

Ho

pk

ins

[Med

ical

In

stit

uti

on

s],

ME

RL

OT

e M

IT-O

CW

. O

rec

om

end

ado

r d

e R

EA

ag

ora

tem

um

a fe

rram

enta

de

anál

ise

de

recu

rso

s R

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rel

acio

nad

os

com

o o

utr

as p

ágin

as d

a w

eb (

po

r

exem

plo

, A

maz

on

) em

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po

rea

l. É

tu

do g

ratu

ito e

de

cód

igo

ab

erto

, e

o c

ód

igo

est

á

dis

pon

ível

”– S

tep

hen

Do

wn

es. E

le t

amb

ém p

erm

ite

qu

e u

suár

ios

conh

eçam

pes

soas

, d

iscu

tam

,

rem

ixem

e d

esen

vo

lvam

rec

urs

os

de

apre

nd

izad

o.

A m

issã

o d

o O

ER

Gra

pev

ine

é p

rom

ov

er d

ebat

e e

coo

per

ação

en

tre

pro

jeto

s re

laci

on

ado

s a

recu

rso

s ed

uca

cio

nai

s ab

erto

s (R

EA

). O

sit

e fo

i cr

iad

o e

m 2

006

, po

r R

ob

Lu

cas,

e i

ncl

ui

um

a

list

a d

e e-

ma

ils

e es

se w

iki.

Ess

e w

iki

será

uti

liza

do

par

a m

ante

r a

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a e

bre

ves

res

um

os

do

s

pro

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s R

EA

. O

ob

jeti

vo

des

te p

roje

to é

cri

ar u

m a

rqu

ivo

de

con

trib

uiç

ões

de

clip

art

de

usu

ário

s, q

ue

po

dem

ser

usa

das

liv

rem

ente

.

Op

en E

ver

yth

ing

é u

m d

iálo

go

glo

bal

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bre

art

es,

ciên

cia

e o

esp

írit

o d

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ber

tura

”.

Ele

ag

reg

a p

esso

as q

ue

estã

o s

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alen

do d

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ra p

ara

cria

r e

mel

ho

rar

soft

war

es,

edu

caçã

o,

míd

ia,

fila

ntr

op

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arq

uit

etu

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viz

inh

ança

s, l

oca

is d

e tr

abal

ho

e a

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cied

ade

em q

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viv

emo

s: t

ud

o. É

so

bre

pen

sar,

faz

er e

ser

ab

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.

O o

bje

tivo

do

pro

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Op

en F

ont

Lib

rary

é c

ole

tar

fon

tes

de

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es l

ivre

s, q

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po

dem

ser

usa

do

s, m

od

ific

ados

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mp

arti

lhad

os

liv

rem

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.

O O

pen

sou

rce

Op

enco

urs

ewar

e P

roto

typ

e S

yst

em (

OO

PS

) ap

oia

esf

orç

os

vo

lun

tári

os

par

a

amp

liar

o a

cess

o a

co

nh

ecim

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s d

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tíss

ima

qu

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ade

a fa

lan

tes

da

lín

gu

a ch

ines

a em

tod

o o

mu

nd

o.

A m

issã

o d

o O

OP

S t

em t

rês

fren

tes:

rem

ov

er a

s b

arre

iras

lin

gu

ísti

cas

trad

uzi

nd

o e

leg

end

and

o m

ater

iais

; d

isse

min

ar o

co

nce

ito

de

RE

A e

est

imu

lar

o u

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or

mei

o d

o d

iscu

rso

,

cob

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ra m

idiá

tica

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esen

vo

lvim

ento

de

com

un

idad

es.

Pro

mov

e co

ntr

ibu

içõ

es o

rig

inal

men

te

em c

hin

ês d

e R

EA

po

r m

eio

de

par

ceri

as e

co

nsu

ltas

.

UR

L

ww

w.f

olk

sem

anti

c.

com

ww

w.o

erg

rap

evin

e.

org

/OE

R_

pro

ject

s

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w.o

pen

clip

art.

org

htt

p:/

/

op

enev

ery

thin

g.w

ik.

is

htt

p:/

/

op

enfo

ntl

ibra

ry.o

rg

ww

w.m

yo

op

s.o

rg

Nom

e

Fo

lkse

man

tic

OE

R G

rap

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Op

en C

lip A

rt

Lib

rary

Op

en E

ver

yth

ing

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en F

on

t L

ibra

ry

Op

en S

ou

rce

Op

en

Co

urs

ewar

e

Pro

toty

pe

Sy

stem

(OO

PS

)

110

Page 118: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

A c

om

un

idad

e O

pen

cast

é u

ma

inic

iati

va

de

cola

bo

raçã

o e

ntr

e in

div

ídu

os,

in

stit

uiç

ões

de

ensi

no

sup

erio

r e

org

aniz

açõ

es t

rab

alh

and

o j

un

tas

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a ex

plo

rar,

des

envo

lver

, d

efin

ir e

do

cum

enta

r m

elh

ore

s p

ráti

cas

e te

cno

log

ias

de

ges

tão

de

con

teúd

o a

ud

iov

isu

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o m

eio

acad

êmic

o.

Po

r m

eio

de

um

a li

sta

de

e-m

ail

s, u

m s

ite

e co

lab

ora

ção

en

tre

os

seu

s m

emb

ros,

a

com

un

idad

e o

fere

ce d

iret

rize

s e i

nfo

rmaç

ões

par

a aj

ud

ar n

a es

colh

a d

a m

elh

or

abo

rdag

em d

e

dis

pon

ibil

izaç

ão e

uso

de

míd

ias

rica

s n

a In

tern

et.

O P

eer

2 P

eer

Un

iver

sity

(P

2P

U)

é u

ma

com

un

idad

e on

lin

e d

e gru

po

s d

e es

tud

o a

ber

tos

par

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curs

os

curt

os

de

nív

el u

niv

ersi

tári

o.

Imag

ine

um

a sé

rie

de

clu

bes

do

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ro o

nli

ne

par

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recu

rso

s ed

uca

cio

nai

s ab

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s. O

P2

PU

o a

jud

a a

nav

egar

p

elos

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erso

s m

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iais

de

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caçã

o a

ber

ta d

isp

on

ívei

s, c

ria

peq

uen

os

gru

po

s d

e al

uno

s m

oti

vad

os

e ap

oia

o

des

envo

lvim

ento

e f

acil

itaç

ão d

e cu

rso

s. A

lun

os

e tu

tore

s sã

o r

eco

nh

ecid

os

pel

o s

eu t

rab

alh

o,

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tam

os

con

stru

ind

o c

amin

hos

tam

bém

par

a a

ob

ten

ção

de

créd

ito

s fo

rmai

s.

O B

azaa

r é

um

po

rtal

co

mu

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ário

par

a in

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ídu

os

qu

e q

uer

em u

sar,

tro

car

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mp

arti

lhar

soft

war

es d

e có

dig

o a

ber

to e

rec

urs

os

par

a ap

oia

r o

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rend

izad

o.

Est

e si

te f

oi

cria

do

ori

gin

alm

ente

pel

o I

nst

itu

to I

nte

rnac

ion

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e P

lan

ejam

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Ed

uca

cio

nal

(II

EP

)

da

UN

ES

CO

, u

m l

ug

ar o

nd

e os

mem

bro

s d

a C

om

un

idad

e R

EA

da

UN

ES

CO

po

dem

tra

bal

har

jun

tos

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úv

idas

, q

ues

tões

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ocu

men

tos.

O s

ite

con

tém

rec

urs

os

úte

is n

eces

sári

os

par

a o

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nd

imen

to d

o q

ue

são

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RE

A e

co

mo

uti

lizá

-lo

s/ c

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trib

uir

/ co

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ora

r.

O W

ikiE

du

cato

r é

um

a co

mu

nid

ade

em e

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luçã

o q

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vis

a co

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ora

tiv

amen

te:

pla

nej

ar p

roje

tos

edu

caci

on

ais

rela

cio

nad

os

com

o d

esen

vo

lvim

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de

con

teúd

os

gra

tuit

os,

des

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olv

er

con

teú

do

s g

ratu

ito

s n

o W

ikie

duca

tor

par

a o

ap

ren

diz

ado

na

Inte

rnet

, tr

abal

har

par

a a

con

stru

ção

de

recu

rso

s ed

uca

cio

nai

s ab

erto

s (R

EA

) e

com

o c

riar

RE

A,

inte

gra

r p

esso

as e

m t

orn

o d

e

pro

po

sta

des

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olv

idas

co

mo c

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teúd

o l

ivre

.

UR

L

ww

w.

op

enca

stp

roje

ct.o

rg

ww

w.p

2p

u.o

rg

ww

w.b

azaa

r.o

rg

htt

p:/

/oer

wik

i.ii

ep-

un

esco

.org

htt

p:/

/wik

iedu

cato

r.

org

Nom

e

Op

enC

ast

Co

mm

un

ity

Pee

r 2

Pee

r

Un

iver

sity

Th

e B

azaa

r

UN

ES

CO

OE

R

Co

mm

un

ity

Wik

iEd

uca

tor

111

Page 119: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

Est

e w

iki

de

pla

no

s d

e au

la é

par

a p

rofe

sso

res

qu

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uer

em

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mp

arti

lhar

as

suas

au

las

com

ou

tro

s. P

ense

nel

e co

mo

um

a W

ikip

edia

de

con

teú

do i

nst

ruci

onal

. N

ão é

nec

essá

rio

se

reg

istr

ar

no

sit

e, m

as v

ocê

po

de

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-lo

par

a ap

rov

eita

r o

s re

curs

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avan

çad

os.

Os

pla

no

s d

e au

la

gra

tuit

os

dis

po

nív

eis

nes

te s

ite

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var

iad

os,

in

clu

indo

pla

no

s d

e au

la p

ara

a p

ré-e

sco

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ensi

no

fu

nd

amen

tal,

pla

no

s d

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la p

ara

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nsi

no m

édio

, se

cun

dár

io e

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en

sin

o s

up

erio

r.

As

dis

cip

lin

as c

on

tem

pla

das

nes

ses

pla

no

s d

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gra

tuit

os

po

dem

ser

em

qu

alq

uer

áre

a

incl

uin

do

mat

emát

ica,

in

glê

s, i

dio

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, h

istó

ria,

ciê

nci

as s

oci

ais,

art

es,

ciên

cias

e m

ais.

O c

amp

o d

a ed

uca

ção

ab

erta

vem

gan

han

do

rit

mo

e e

ner

gia

. C

on

form

e n

ov

os

pro

jeto

s,

fun

daç

ões

, u

niv

ersi

dad

es e

ou

tro

s p

arti

cip

ante

s se

un

em a

o m

ov

imen

to,

aum

enta

a n

ece

ssid

ade

de

um

a ú

nic

a fo

nte

qu

e re

ún

a, o

rgan

ize,

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alis

e, s

inte

tize

e d

ivulg

ue

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idad

es r

elac

ion

adas

à

edu

caçã

o a

ber

ta.

A O

pen

Ed

uca

tio

n N

ews

ofe

rece

do

ses

diá

rias

das

nov

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es m

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imp

ort

ante

s

em e

du

caçã

o a

ber

ta e

m t

od

o o

mu

nd

o.

O O

pen

Ed

uca

tion

.net

é u

m s

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ded

icad

o a

mo

nit

ora

r as

mu

dança

s o

corr

end

o a

tual

men

te n

a

edu

caçã

o.

Seu

ob

jeti

vo

é c

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ruir

um

cen

tro

(o

nli

ne)

de

info

rmaç

ão e

ob

serv

ação

par

a a

pro

mo

ção

do

co

nce

ito,

pro

du

ção

e

uso

d

e re

curs

os

edu

caci

on

ais

aber

tos,

es

pec

ialm

ente

co

nte

údo

edu

caci

on

al d

igit

al a

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to (

CE

DA

) n

a E

uro

pa.

Atu

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os

ben

efíc

ios

e ca

ract

erís

tica

s d

os

soft

war

es d

e có

dig

o a

ber

to n

a ed

uca

ção

são

evid

ente

s e

amp

lam

ente

rec

on

hec

ido

s, o

qu

e n

ão é

o c

aso

do

con

ceit

o d

e co

nte

úd

o d

igit

al

aber

to q

ue

pod

e b

enef

icia

r es

pec

ific

amen

te m

od

elo

s d

e ap

ren

diz

ado

fle

xív

eis

e ab

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s (p

or

exem

plo

, co

nh

ecim

ento

co

labo

rati

vo

e d

esen

vo

lvim

ento

de

hab

ilid

ades

) em

esc

ola

s,

inst

itu

içõ

es d

e en

sin

o s

up

erio

r e

curs

os

pro

fiss

ion

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ante

s. C

onté

m u

m c

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jun

to ú

til

de

tuto

riai

s on

lin

e qu

e o

fere

cem

in

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açõ

es e

dir

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nam

ento

sob

re c

om

o t

rab

alh

ar c

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CE

DA

na

prá

tica

.

UR

L

ww

w.w

ikit

each

.org

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p:/

/

op

ened

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tio

nn

ews.

org

ww

w.

op

ened

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n.n

et

ww

w.o

lco

s.o

rg

Nom

e

Wik

iTea

ch

Op

en E

du

cati

on

New

s

Op

en E

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Fre

e E

du

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Fo

r

All

OL

CO

S,

(Op

en

eLea

rnin

g C

on

ten

t

Ob

serv

ato

ry

Ser

vic

es)

112

Page 120: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Des

criç

ão

O C

OL

est

eve

env

olv

ido

na

cria

ção

de

mat

eria

is d

e cu

rso

co

m m

uit

os

dos

seus

par

ceir

os

ao

lon

go

do

s an

os.

A m

aio

r p

arte

do

s se

us

mat

eria

is e

stá

dis

pon

ível

par

a d

ow

nlo

ad

e a

dap

taçã

o,

mas

mu

ito

s tê

m l

icen

ças

rest

riti

vas

.

Co

lab

ora

ção

in

tern

acio

nal

en

tre

edu

cad

ore

s, p

esqu

isad

ore

s, m

édic

os,

alu

nos,

pro

gra

mad

ore

s,

des

ign

ers

inst

ruci

on

ais

e ar

tist

as g

ráfi

cos

qu

e tr

abal

ham

em

co

nju

nto

par

a co

nst

ruir

mat

eria

is d

e

curs

os

inte

rati

vo

s e

din

âmic

os

de

fisi

olo

gia

hu

man

a n

a w

eb.

Fun

dad

o e

m 1

998

, o

Pro

jeto

Har

vey

tem

mai

s d

e 1

00

par

tici

pan

tes

em q

uas

e 2

0 p

aíse

s. R

eceb

eu a

poio

fin

ance

iro

da

Fu

nd

ação

Nac

ion

al d

e C

iên

cia

do

s E

UA

. O

Pro

jeto

Har

vey

des

env

olv

eu m

ais

de

40

ob

jeto

s d

e ap

rend

izad

o,

em s

ua

mai

ori

a si

mu

laçõ

es e

m j

ava

e an

imaç

ões

em

fla

sh(t

m).

Seu

fo

co é

em

in

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açõ

es e

du

caci

on

ais

das

qu

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as p

esso

as p

od

em s

e b

enef

icia

r em

sua

vid

a co

tid

ian

a.

A m

aio

ria

do

s cu

rso

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113

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68

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Page 121: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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114

Page 122: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Sete:

Algumas questões relativas a políticas de

REA em Educação a Distância30

Algumas instituições interessadas em REA estão também interessadas e já atuando

ativamente em educação a distância. Há uma sinergia natural entre os dois, uma vez que a

educação a distância requer investimentos contínuos no desenvolvimento de recursos de

aprendizado. O uso de REA no processo de desenvolvimento deve ajudar a reduzir o tempo e

os custos do desenvolvimento: compartilhar os recursos de educação a distância como REA

ajudará a abrir ainda mais o acesso a oportunidades de aprendizado de boa qualidade e fará

com que o diferencial das instituições de ensino a distância seja a natureza e a qualidade dos

serviços de apoio que oferecem. Isso deve ajudar a melhorar a qualidade tanto dos recursos

compartilhados como REA como dos serviços de educação a distância.

A estrutura a seguir foi adaptada de Lentell31 (2004: 249-259) e Welch & Reed32 (Eds)

(c.2005) para uma melhor compreensão de um possível elo entre educação a distância e

REA. A tabela foi desenvolvida originalmente para dar feedback às instituições sobre seus

quadros de políticas existentes.

30Obtido com permissão do site do OER África: www.oerafrica.org/policy/

OERsanddistanceeducationsomepolicyissues/tabid/1091/Default.aspx. 31Lentell, H. 2004. Chapter 13: Framing policy for open and distance learning in Perraton, H. & Lentell, H.

2004. Policy for Open and Distance Learning. World review of distance education and open learning: Volume 4. Londres: RoutledgeFalmer/COL. 249-259

32Welch, T. & Reed, Y. c2005. Designing and Delivering Distance Education: Quality Criteria and Case Studies from South Africa. Johanesburgo: Nadeosa.

115

Page 123: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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o d

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Id

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a

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gia

apro

pri

ada

de

dis

trib

uiç

ão e

mat

eria

is p

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inte

raçõ

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om

alu

no

s

116

Page 124: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• M

anu

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ção e

atu

aliz

ação

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inan

ciam

ento

pró

pri

o o

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sid

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vo

lvim

ento

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ção

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curs

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o

curs

o

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etin

g

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ção

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icaç

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cla

ras

nas

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e o

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nsi

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ort

ante

pel

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inst

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ição

e q

ue

a m

esm

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tá c

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pro

met

ida

em i

nv

esti

r n

ele.

• P

osi

ções

po

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ess

enci

ais

par

a g

aran

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a al

ta q

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e d

os

mat

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is e

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bo

raçã

o e

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va,

e i

sso

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nd

icad

o p

ela

alo

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o d

os

dev

ido

s re

curs

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in

clu

ind

o t

emp

o d

a eq

uip

e.

• P

od

e se

r n

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sári

o i

ncl

uir

ref

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cias

esp

ecíf

icas

a a

tiv

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es

cola

bo

rati

vas

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a g

aran

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qu

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nd

os

seja

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nad

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bri

r o

tem

po

da

equ

ipe

acad

êmic

a n

a in

stit

uiç

ão p

ara

par

tici

par

em

tai

s

mat

eria

is c

ola

bo

rati

vo

s.

• O

co

mp

arti

lham

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de

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e cu

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co

m m

emb

ros

da

com

un

idad

e p

od

e re

du

zir

a n

eces

sid

ade

de

pag

ar t

erce

iro

s p

elo

des

envo

lvim

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de

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is,

po

is p

od

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rir

o a

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curs

os

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esen

vo

lvid

os

em á

reas

de

extr

ema

nec

essi

dad

e.

• A

par

tici

paç

ão n

o d

esen

vo

lvim

ento

de

mat

eria

is/

cola

bo

raçõ

es

par

a a

pro

du

ção d

e R

EA

po

de

ger

ar r

end

a d

e co

nsu

lto

ria,

cri

ando

um

a fo

nte

alt

ern

ativ

a d

e re

nd

a par

a a

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ição

e s

ua

equ

ipe,

bem

co

mo

ret

orn

o f

inan

ceir

o s

ob

re o

inv

esti

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e ca

pit

al.

Qu

estõ

es/

Ob

jeti

vos

de

Polí

tica

s

• F

ilo

sofi

a e

ob

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s

• C

apit

al e

cu

sto

s re

corr

ente

s

• P

lan

ejam

ento

• I

mp

lem

enta

ção

• F

ixo e

var

iáv

el

Po

rtfó

lio

de

curs

os

(du

raçã

o d

o e

stu

do

etc

.)

p

roce

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(eq

uip

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trat

o i

nd

ivid

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Mat

rícu

la

• S

iste

ma

de

tuto

riai

s

• E

nv

io d

e m

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iais

• A

val

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o

• C

on

tro

le d

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gis

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Fin

anci

amen

to

Áre

a d

e

Polí

tica

P

lan

ejam

ento

do

neg

óci

o e

cust

os

117

Page 125: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Rel

evân

cia p

ara

a c

ola

bora

ção

e/o

u R

EA

• A

mai

or

par

te d

os

pro

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ion

ais

acad

êmic

os

será

esp

ecia

list

a em

su

a

área

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ão d

esen

vo

lved

ore

s d

e m

ater

iais

– a

co

mu

nid

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RE

A p

od

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aju

dá-

los

a d

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lver

as

hab

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ades

nec

essá

rias

par

a o

des

envo

lvim

ento

de

mat

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is.

• P

roce

sso

s d

e co

nsc

ien

tiza

ção

da

equ

ipe

dev

em i

ncl

uir

con

scie

nti

zaçã

o s

ob

re a

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ud

ança

s co

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ante

s n

os

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âmet

ros

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pro

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ctu

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o a

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resc

imen

to d

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IC e

intr

od

uçã

o a

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ença

s ab

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mo

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Co

mm

on

s.

• D

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se c

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sid

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a d

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ue

pro

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ion

ais

qu

e p

arti

cip

arem

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es c

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bo

rati

vas

e d

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lvim

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de

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is m

uit

o

além

da

sua

carg

a d

e tr

abal

ho n

orm

al d

ever

ão s

er r

emu

ner

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118

Page 126: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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119

Page 127: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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120

Page 128: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

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121

Page 129: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)
Page 130: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Oito:

Processo de Revisão de Políticas

de REA33

Os passos a seguir podem ser úteis na avaliação do quadro de políticas de uma instituição.

1. Explique o objetivo da revisão das políticas.

2. Reúna informações sobre a missão, planos estratégicos, ensino e aprendizado,

recursos humanos e políticas e processos de TIC.

3. Determine o contexto e indique se a visão, missão e planejamento estratégico

promovem a cooperação e o uso de REA.

4. Identifique os desafios e oportunidades.

Por exemplo:

Desafio Relevância para a Colaboração

e/ou REA

Desafios do currículo/ materiais de curso

• O comitê descobriu que em alguns

departamentos o currículo não era

revisto havia muitos anos. (2b) –

Visitation Report, Executive

Summary)

• Em relação ao ensino de pós-

graduação, o Comitê recomenda: uma

revisão urgente dos programas de

pós-graduação pelos departamentos

em relação à relevância, escopo dos

cursos... (2d –ibidem)

• ... Biblioteca... coleção de livros... é

inadequada... (Council Statement,

Infrastructure and Resources, (viii)

• O desenvolvimento de novos cursos

pode ser acelerado a partir de processos

colaborativos, compartilhamento de

materiais e apropriação dos REA

existentes (um objetivo do REA Saúde);

• A auditoria sistemática e o re-

licenciamento de materiais podem ser

utilizados para monitorar a relevância

dos currículos e materiais de estudo;

• As bibliotecas existentes de REA

podem ser disponibilizadas

localmente e atualizadas

regularmente, sem custo de

licenciamento/ aquisição.

33Obtido com permissão do site do OER África: www.oerafrica.org/policy

123

Page 131: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Desafio Relevância para a Colaboração

e/ou REA

• Relações turvas entre membros do

corpo docente e entre departamentos

com repetição de atividades (CSP,

p.13)

• Tecnologias de informação e

comunicação inadequadas e

descoordenadas, caracterizadas pelo

acesso e uso reduzidos (CSP, p.13)

• Incapacidade de admitir todos os

candidatos qualificados (CSP,

p.13)

• Financiamento insuficiente para

pesquisa, parcialmente devido à má

divulgação de projetos de pesquisa e

inabilidade de escrever propostas (CSP,

p.14)

• A revisão das políticas dá a oportunidade

de responder à Missão – promover

inovação, tecnologias relevantes e de

última geração – a partir do

reconhecimento da mudança na

realidade de gestão de IP na era digital.

• A criação de políticas de REA que

afetem a instituição como um todo é

uma excelente oportunidade de

introduzir novos sistemas para a

gestão mais eficaz dos recursos

(humanos e físicos) da instituição,

bem como seu IP.

Desafios de recursos humanos e currículo/ materiais de curso

• Professores em idade avançada, alta

taxa de substituição do corpo docente e

a ausência de tutoria, juntos, indicam

uma crise na Oferta de Recursos

Humanos, que poderia afetar

negativamente a qualidade da produção

da instituição... (CSP, p.18)

• A falta de ética de trabalho de alguns

professores somada a um sistema

deficitário de suporte e supervisão

(CSP, p.14)

• O planejamento de carreira do corpo

docente requer gestão eficaz do capital

intelectual.

• Marcos de licenciamento abertos criam

mecanismos simples para garantir que,

no longo prazo, as instituições tenham

acesso efetivo aos frutos do capital

intelectual do corpo acadêmico.

• Impor uma disciplina de licenciamento

de todos os materiais em um quadro

aberto que garantirá que os produtos do

conhecimento sejam armazenados e

rotulados

continuamente, ajudando portanto a

gestão mais eficaz da renovação do

corpo docente e introdução de novos

funcionários.

124

Page 132: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Desafio Relevância para a Colaboração

e/ou REA

• Ausência de formação para o

magistério e materiais de apoio/

equipamentos de laboratório ruins

(CSP, p.14)

• Sistema deficitário de

reconhecimento e recompensa ...

(CSP, p.14)

• Financiamento insuficiente para

pesquisa, parcialmente devido à má

divulgação de projetos de pesquisa e

inabilidade de escrever propostas (CSP,

p.14)

• Necessidade de “fazer mais com

menos” repensando as premissas

dos sistemas de ensino, currículos,

estruturas organizacionais e quadro

de funcionários. (CSP, p.6)

• Um processo de adaptação de REA

pode ser utilizado para desenvolver

competências na criação/

desenvolvimento e uso de materiais

educacionais, ou seja, design

instrucional.

• Acesso a conjuntos de materiais de

alta qualidade e materiais de apoio

em diversas mídias é essencial para

aliviar a pressão da carga de

trabalho sobre acadêmicos

sobrecarregados.

• Investimento no corpo docente pela

universidade é essencial – os REA não

são uma panaceia para a falta estrutural

de recursos.

5. Identifique os principais posicionamentos das políticas

Por exemplo:

Tendo analisado alguns dos principais desafios relativos aos REA e ao

desenvolvimento colaborativo de materiais, pode-se agora explorar as principais

posições e objetivos das políticas para determinar sua relevância. Isso foi feito abaixo:

Posicionamento/ Objetivo de

Políticas Relevância para a Colaboração

e/ou REA

Posições/ objetivos relativos a currículos/ materiais de curso

• 8.6. Uma biblioteca digital – acessível na

Internet, operacional até junho

2009 [Rolling Strategic Plan, p. 83]

• É essencial definir os termos de

uso de todos os materiais em uma

biblioteca digital, o que será

facilitado

por uma auditoria sistemática dos

materiais e pela implantação de sistemas

de gestão da base de conhecimentos da

instituição.

• Materiais de curso e REA

compartilhados podem ser utilizados

para aumentar o número de materiais

disponíveis na biblioteca digital, sem

custos adicionais significativos.

125

Page 133: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Posicionamento/ Objetivo de

Políticas Relevância para a Colaboração

e/ou REA

• 13.7. Materiais de estudo

digitalizados regularmente [Rolling

Strategic Plan, p. 84]

• Digitalizar todos os materiais de

estudo e fazer CDs [Rolling Strategic

Plan, p. 64]

• Estabelecer marcos de licenciamento

relevantes para os materiais

digitalizados (ex.: Creative Commons)

será essencial à proteção dos direitos

da instituição.

Posições/ objetivos financeiros/ de recursos humanos

• Pagar devida e oportunamente os

autores e revisores de materiais, com

base no orçamento garantido do

governo e das taxas pagas pelos alunos

[Rolling Strategic Plan, p. 60]

• Reduzir o tempo de desenvolvimento

de materiais de estudo contratando

profissionais acadêmicos em tempo

integral e meio período [Rolling

Strategic Plan, p. 60]

• Em instituições de ensino a distância,

as principais atividades do membros

da equipe acadêmica em período

integral são desenvolver novos

programas e revisar os programas

existentes,

desenvolver e revisar materiais

didáticos, moderar o trabalho feito

pelos profissionais acadêmicos

trabalhando meio período e tutores,

bem como pesquisa e consultoria

[Formula for Evaluation of Workload,

p. 3 – destaque nosso]

• A definição do ensino para fins de

cálculo da carga de trabalho inclui:

• Suplementar os materiais de estudo

existentes (Uma vez por ano - 4 horas

alocadas por palestra).

• Escrever roteiros para transmissões de

rádio e outras mídias de TIC (se cabível

– seis horas alocadas por roteiro).

[Formula for Evaluation of Workload, p.

4]

• Indicações claras nas políticas de que o

desenvolvimento de materiais é

considerado importante pela instituição e

que a mesma está comprometida em

investir nele.

• Os posicionamentos nas políticas são

essenciais para garantir a alta qualidade

dos materiais e colaboração efetiva.

• Pode ser necessário incluir referências

específicas a atividades colaborativas

para garantir que fundos sejam

destinados a

cobrir o tempo da equipe acadêmica de

instituição para participar em tais

materiais colaborativos.

• O compartilhamento de materiais de

curso com membros da ACDE pode

reduzir a necessidade de pagar

provedores de serviços para o

desenvolvimento de materiais,

pois isso pode abrir o acesso a

materiais de cursos já desenvolvidos

em áreas críticas.

126

Page 134: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Posicionamento/ Objetivo de

Políticas Relevância para a Colaboração

e/ou REA

• Consultoria acadêmica é um trabalho

feito por membros da equipe agindo na

qualidade de funcionários da

instituição. O trabalho feito pode ser

adicional aos deveres usuais e pode ser

pago adicionalmente ao salário regular

do funcionário/ pode ser parte dos

deveres usuais e, nesse caso, não será

feito pagamento adicional

[Consultancy Services Policy, p. 2].

• Possibilitar que os funcionários cujo

conhecimento

tem valor comercial se beneficiem

economicamente, bem como

profissionalmente do seu trabalho

externo. Dessa forma, a instituição

também sustentará

as suas operações, por meio da maior

geração de renda [Consultancy

Services Policy, p. 3].

• Serviços de consultoria acadêmica

deverão ser contratados por meio do

Bureau de Consultoria (CB) proposto

pela instituição e receberão um

número de registro formal

[Consultancy Services Policy, p. 5].

• Como regra, a instituição reterá

20% da receita líquida pela Consultoria

Acadêmica, após dedução dos custos

diretos relacionados e aprovados

[Consultancy Services Policy,

p. 8].

• A participação no desenvolvimento de

materiais/ colaborações para a

produção de REA pode gerar renda de

consultoria, criando uma fonte

alternativa de renda para a universidade

e sua equipe, bem como retorno

financeiro sobre o investimento de

capital.

• A política de consultoria estabelece

estruturas claras para garantir que

funcionários participantes de atividades

colaborativas e desenvolvimento de

materiais, além da sua carga de trabalho

normal, possam ser remunerados pelo

tempo gasto.

127

Page 135: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Posicionamento/ Objetivo de

Políticas Relevância para a Colaboração

e/ou REA

Questões de Propriedade Intelectual

• Desenvolvimento de um sistema

estruturado que coíba práticas de plágio,

violação de direitos autorais e outras

formas de fraude entre membros da

equipe e alunos [Quality Assurance and

Control Policy, p. 22].

• Direitos Autorais: alunos são proibidos

de copiar e colar textos, imagens ou

gráficos de sites protegidos por direitos

autorais, sem o “devido

reconhecimento” ou permissão do

detentor dos direitos de propriedade

intelectual [ICT Guidelines for

Students].

• Alunos devem obedecer as restrições

legais e impostas pela Universidade

relativas ao plágio e citação de fontes de

informação [ICT Guidelines for

Students].

• A realização de uma auditoria

sistemática dos materiais e suas

licenças embasará um marco legal

que guiará professores e alunos.

• Manter as devidas licenças que

facilitam o uso e adaptação de

materiais dá ainda mais apoio a isso.

6. Identifique as questões a serem consideradas

Por exemplo:

Algumas questões fundamentais derivam da revisão acima. Elas são as seguintes:

1. Um política deve reger claramente o desenvolvimento de materiais. É útil garantir que

ela leve em consideração a análise acima para criar um ambiente de políticas que

apoie a colaboração e compartilhamento e que garanta a rigorosa

gestão da propriedade intelectual da universidade. É importante fazer algumas

observações adicionais a serem consideradas no desenvolvimento desta política:

a. a política de Gestão de Recursos Humanos deve incluir referências a direitos

autorais ou de propriedade intelectual;

b. O feedback de oficinas sugere que o desenvolvimento de materiais não conta

explicitamente na redefinição de cargos e promoções, incentivos baseados no

desempenho e cartas de recomendação, e pode ser necessário prestar atenção a

isso. É interessante que as avaliações de desempenho incluam contribuições em

REA;

128

Page 136: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

c. Não está claro se as descrições dos cargos/ contratos de emprego levam em

consideração a necessidade de transferir direitos autorais para a instituição.

2. Será importante incluir licenças abertas (como as do marco Creative Commons)

na organização e execução de treinamentos para funcionários e autores de cursos

sobre questões relativas a direitos autorais e plágio. Isso servirá para

aprofundar o conhecimento sobre as opções disponíveis para gerir propriedade

intelectual efetivamente.

3. É bom que a instituição se comprometa inicialmente com o compartilhamento

limitado de recursos, para testar seu potencial e explorar as implicações nas

políticas a partir de estudos práticos.

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Page 137: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)
Page 138: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

Apêndice Nove:

Habilidades Necessárias para o

Trabalho com Recursos Educacionais

Abertos

Temos abaixo uma lista das habilidades essenciais que as instituições terão que

desenvolver para fazer uso efetivo de Recursos Educacionais Abertos a fim de melhorar a

qualidade e rentabilidade deles:

Conhecimentos em defesa e promoção dos REA como veículo de melhoria da qualidade

do ensino e aprendizado na educação (com um bom entendimento das questões

conceituais e práticas, implicações para as políticas etc.). Isso requer:

• paixão pelo conceito de abertura, sem a qual quaisquer tentativas de advogar os

REA terão poucas chances de sucesso;

• habilidade de envolver realmente o público durante as apresentações;

• compreensão dos prós e contras de diferentes arranjos de licenças abertas, somada

ao entendimento de como os ambientes atuais de políticas restringem o uso de REA

e licenciamento aberto de capital intelectual (com foco específico nos desafios de

convencer tomadores de decisões nos ambientes em que as políticas de propriedade

intelectual não incluem provisões para o licenciamento aberto);

• clareza sobre os benefícios econômicos dos REA, tanto em termos da promoção

das instituições, programas e indivíduos, como em termos da produção

economicamente viável de materiais;

• conhecimentos sólidos de exemplos práticos de uso de REA para ilustrar os

pontos principais;

• conhecimento atualizado dos argumentos em favor e contra os REA;

• habilidade de se envolver na argumentação e responder as dúvidas que

inevitavelmente surgirão, pois os REA desafiam veementemente muitos conceitos

arraigados.

Conhecimentos jurídicos que permitam:

• aconselhar indivíduos sobre o licenciamento de materiais;

• analisar os regimes de direitos autorais e propriedade intelectual (DPI) em vigor;

• desenvolver e adaptar políticas de direitos autorais e DPI;

131

Page 139: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• estabelecer requisitos para liberação de direitos autorais e disponibilização de

materiais com licenças Creative Commons;

• negociar direitos de uso de materiais com licenças Creative Commons;

• fazer com que as declarações de direitos autorais sejam refletidas com precisão em

diferentes tipos de materiais e diversas mídias.

Habilidades em desenvolver e explicar modelos de negócios que justifiquem o uso de

licenças abertas para instituições, educadores e outros criadores de conteúdos educacionais

(incluindo editoras), bem como o uso de licenças abertas e que demonstrem outros

benefícios.

Conhecimentos em criação e desenvolvimento de programas, cursos e materiais, com foco

específico em ajudar educadores a se apropriarem do aprendizado baseado em recursos nos

seus programas e cursos. Isso requer uma compreensão aprofundada da educação

(pedagogia, sendo capaz de distinguir entre aprendizado aberto, a distância, eletrônico e

misto, bem como suas respectivas vantagens etc.),e do contexto do ensino, adaptado ao

setor específico em que o trabalho está sendo feito. Além disso, requer habilidades para:

• conduzir avaliações das necessidades educacionais;

• gerir processos de desenvolvimento de currículo;

• identificar efetivamente os públicos-alvo;

• definir desfechos de aprendizado efetivos e significativos;

• identificar áreas de conteúdo relevantes para programas, cursos e módulos;

• selecionar combinações adequadas de estratégias de ensino e aprendizado para

alcançar os desfechos de aprendizado identificados;

• fazer o planejamento financeiro para garantir a sustentabilidade das estratégias de

ensino e aprendizado selecionadas no longo prazo;

• desenvolver materiais de ensino e aprendizado eficazes e cativantes;

• integrar mecanismos eficazes de apoio aos alunos no desenvolvimento de materiais;

• criar estratégias de avaliação eficazes e adequadas;

• utilizar as mídias e tecnologias mais adequadas para apoiar os desfechos de

aprendizado;

• utilizar mídias e tecnologias para apoiar o ensino, interação e suporte

aos alunos;

• prospectar REA, incluindo compreensão das vantagens e recursos dos principais

repositórios, de repositórios especializados e de ferramentas de busca de REA;

• adaptar e integrar REA coerentemente em programas e currículos de cursos

contextualizados;

• negociar com indivíduos/organizações externos a emissão ou reemissão de

recursos sob licenças abertas;

132

Page 140: Um Guia Básico sobre Recursos Educacionais Abertos (REA)

• criar novas versões de recursos existentes utilizando reconhecimento óptico de

caracteres quando estes não estiverem em formato digital;

• implementar os processos necessários à produção de textos para pronta

impressão.

Conhecimentos técnicos. Esse conjunto de habilidades está profundamente relacionado

com as habilidades necessárias à criação e desenvolvimento de materiais. Cada vez mais,

as estratégias de aprendizado baseado em recursos estão se apropriando de diversas

mídias e ambientes estabelecidos de aprendizado na Internet, o que é facilitado pela

pronta disponibilidade de conteúdos educacionais digitalizados, com licenças abertas. Isto

requer habilidades em:

• aconselhar instituições sobre os prós e contras de criarem repositórios próprios, e

outras possibilidades de compartilhamento dos seus REA;

• criar Ambientes de Aprendizado Virtual (AAV) estáveis e operacionais, bem

como repositórios de conteúdo;

• apoiar educadores no desenvolvimento de cursos dentro de AAV novos ou já

operacionais;

• desenvolver materiais em multimídia e vídeo para computadores.

Conhecimentos em gestão de redes/ consórcios de pessoas e instituições para colaborarem

em diversos projetos de melhoria do ensino e aprendizado (incluindo a habilidade de se

adaptar a ambientes desafiadores – por exemplo, falta de energia, desconforto físico,

personalidades difíceis, políticas institucionais – e continuar focado na tarefa em mãos).

Monitorar e avaliar o conhecimento para a criação e execução de processos formativos

de avaliação, bem como avaliação somativa de longo prazo e/ou atividades de avaliação

de impacto que determinem a extensão das melhorias provocadas pelo uso de licenças

abertas na qualidade do ensino e aprendizado, aumento da produtividade, melhor custo-

benefício etc.

Conhecimentos em curadoria e compartilhamento efetivo de REA. Isso inclui:

• habilidades técnicas no desenvolvimento e manutenção de plataformas web

para abrigar REA online e para compartilhar conteúdos e metadados com

outras plataformas web;

• habilidade de gerar metadados relevantes e significativos para os REA;

• conhecimentos e habilidades em implantar taxonomias padronizadas globais para

descrever recursos em diferentes disciplinas e domínios;

• habilidade de criar sites e gerir competências para criar ambientes online em que

conteúdos podem ser facilmente encontrados e baixados.

Habilidades de comunicação e pesquisa para permitir o compartilhamento de informações

sobre REA, na forma de atualizações na web, informativos, brochuras, estudos de caso,

relatórios de pesquisa etc. Isso inclui um conjunto completo de habilidades necessárias

para tais atividades de comunicação, da pesquisa e documentação de melhores práticas,

conceitos centrais de design gráfico e conhecimentos em layout.

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Este Guia contém três seções. A primeira,

que resume as questões principais, é apresentada

na forma de um conjunto de “Perguntas

Frequentes”. O seu objetivo é apresentar o

conceito de Recursos Educacionais Abertos

(REA) aos leitores de modo rápido e fácil, bem

como as questões-chave a serem consideradas para

exploração mais efetiva dos REA.

A segunda seção consiste de uma análise mais

completa dessas questões, apresentada no formato

tradicional de um artigo científico. Para aqueles

que têm um interesse mais aprofundado nos REA,

esta seção ajudará a argumentar com mais

propriedade em favor dos REA.

A terceira seção inclui um conjunto de apêndices

contendo informações mais detalhadas sobre

áreas particularmente importantes relativas aos

REA. Estas são destinadas àqueles que buscam

informações substanciosas sobre determinada

área de interesse.

Impresso 100% em Papel Reciclado.