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No livro “Uma introdução à História”, Ciro Flamarion S. Cardoso, traz vários questionamentos acerca do que é Historia, do papel do historiador, dos problemas enfrentados por esse na construção de um projeto de pesquisa, e também os itens que são necessários para que a mesma possa se tornar uma pesquisa histórica. Cardoso mostra que vários pensadores negam a cientificidade da Historia. O neo-positivismo não a aceitou como uma ciência, pois afirmam que o fato da História humana são acontecimentos únicos e por isso não podem ser verificados. Para eles só é ciência o que se pode provar como é o caso da matemática. O autor também mostra que o problema da cientificidade da História - discutido por historiadores como é o caso de Paul Veyne- ocorre porque ela tem um grande número de acontecimentos, por essa razão só seria possível fornecer explicação científica de alguns fatos. Sendo assim, ela não seria totalmente científica. Vários são os significados da palavra História, ela pode ser usada para designar uma disciplina e dentro dela existem subdisciplinas, cada uma com significados diferentes, por exemplo: História do Brasil e História das sociedades pré - colombianas, e história com inicial minúscula que quer dizer a história dos homens e das diversas sociedades. Além disso, pode ser encarada como uma ciência, enfim o termo história está inserido em diferentes contextos.

Um Introdução a Historia e o Antimanual do mau historiador

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resenhas de ambas as obras

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Page 1: Um Introdução a Historia e o Antimanual do mau historiador

No livro “Uma introdução à História”, Ciro Flamarion S. Cardoso, traz vários

questionamentos acerca do que é Historia, do papel do historiador, dos problemas

enfrentados por esse na construção de um projeto de pesquisa, e também os itens que

são necessários para que a mesma possa se tornar uma pesquisa histórica.

Cardoso mostra que vários pensadores negam a cientificidade da Historia. O neo-

positivismo não a aceitou como uma ciência, pois afirmam que o fato da História

humana são acontecimentos únicos e por isso não podem ser verificados. Para eles só é

ciência o que se pode provar como é o caso da matemática.

O autor também mostra que o problema da cientificidade da História - discutido

por historiadores como é o caso de Paul Veyne- ocorre porque ela tem um grande

número de acontecimentos, por essa razão só seria possível fornecer explicação

científica de alguns fatos. Sendo assim, ela não seria totalmente científica.

Vários são os significados da palavra História, ela pode ser usada para designar

uma disciplina e dentro dela existem subdisciplinas, cada uma com significados

diferentes, por exemplo: História do Brasil e História das sociedades pré - colombianas,

e história com inicial minúscula que quer dizer a história dos homens e das diversas

sociedades. Além disso, pode ser encarada como uma ciência, enfim o termo história

está inserido em diferentes contextos.

Para o autor a História ainda é uma ciência em construção, pois os historiadores

ainda estão fazendo descobertas aos meios de análise adequada.

Ciro Flamarion mostra os itens que são importantes para a elaboração de um

projeto de pesquisa, destacando: identificação do problema a pesquisar, formulação e

delimitação do tema de pesquisa-essa parte deve ter o tema formulado e saber quais os

pontos q eu vão ser abordados ao longo do estudo e por fim a justificativa.

Os passos do método científico estão divididos em cinco etapas: colocação do

problema, no qual é preciso reconhecer os elementos importantes para estudo, isso é

feito através da avaliação e classificação dos fatos disponíveis, em seguida faz o

descobrimento do problema. Na construção de um modelo teórico, depois de

identificado o problema passa a identificar os fatores pertinentes, em seguida criam-se

as hipóteses, onde são colocadas as possíveis respostas, depois se da à dedução das

consequências particulares, depois da avaliação das hipóteses é a hora de fazer a prova

Page 2: Um Introdução a Historia e o Antimanual do mau historiador

destas e por fim proceder a introdução das conclusões obtidas na teoria, o pesquisador

fará a comprovação das provas com as consequências que tinha deduzido das suas

hipóteses.

O desenvolvimento da quantificação sistemática começou a partir de 1930. A

utilização desse método faz com que os historiadores percebam que igual a outros

cientistas eles podem selecionar recortar o seu objeto pesquisado e fazer uso dela de

maneira adequada aumentando a objetividade do trabalho histórico.

Em seu “Antimanual do Mau Historiador ou como se fazer uma boa história

crítica?”, Carlos Antonio Aguirre Rojas toma como ponto de partida a história dos

indígenas zapatistas. Segundo o autor, tais indígenas foram sujeitos a relatos oficiais

preconceituosos. O objetivo central do Antimanual é reverter a grande divulgação da

Escola Metódica, sobretudo no México, que resultou na produção de uma história sem

espaços para as massas e os personagens anônimos, o autor também deseja despertar no

leitor uma reflexão crítica sobre a disciplina História. Essa obra visa lançar como

desafio ao historiador esse repensar sobre a história, o fazer histórico e a historiografia.

Segundo Aguirre, devemos repensar a historiografia e o “fazer história” de formas

diferentes do que o criado no Séc. XIX, refletindo sobre dois aspectos: a crítica

permanente da história oficial (positivista) e a indicação dos outros caminhos que essa

ciência deve seguir.Estruturado em seis capítulos, o livro permite que o leitor faça uma

reflexão teórica e metodológica de como a história deve ser elaborada corretamente,

seguindo um viés interdisciplinar, crítico e social.

Aguirre Rojas, enfatiza a “história problema”, deixando específico que cada

geração vai propor questionamentos a determinados fatos e dessa maneira a história está

em constante construção. Hoje nós temos noções sobre o Iluminismo diferente das que

tínhamos há cem anos, por exemplo. A problematização da história nos torna capaz de

evoluir cientificamente a cada geração, pois a cada nova indagação obteremos novas

repostas que serão, a primeira vista, mais completas das que foram proferidas há certo

tempo.

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Como proposta para a resolução do questionamento sugerido no título da obra,

Antônio Rojas delimita que a “boa história” deve ter, antes de tudo, um viés crítico

através de análises sociais, culturais, e econômicas das camadas populares. Deixando de

lado as metodologias positivistas dos “maus historiadores”, a fim de eliminar a “história

enfadonha” que é transmitida em várias regiões do mundo.

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Referências Bibliografias

AGUIRE ROJAS, Carlos Antonio. Antimanual do mau historiador. Ou como se

fazer uma boa história crítica? In: AGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio (ORG);

tradução Jurandir Malerba. Londrina: Eduel, 2007.

CARDOSO, Ciro Flamarion.”Uma introdução a História”. São Paulo: Ed. Brasiliense,

1981.