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UM POVO MOTIVADO PELO TEMPLO PRESIDENTE HOWARD W. HUNTER (1907–1995) Décimo Quarto Presidente da Igreja O evangelho proclamado ao mundo pelos santos dos últimos dias é o evangelho de Jesus Cristo, conforme restaurado na Terra nesta dispensação, e des- tina-se à redenção de toda a humanidade. O próprio Senhor revelou o essencial para a salvação e exaltação de Seus filhos. Um dos pontos essenciais é que se devem construir templos para a realização de ordenanças que não se pode realizar em qualquer outro lugar. Quando se explicam essas coisas a pessoas de todo o mundo que vêem nossos templos, a pergunta que fazem com mais freqüência é: Quais são as ordenanças realizadas nos templos? Ao responder, normalmente mencionamos em primeiro lugar a ordenança conhecida como batismo pelos mortos. Observamos que, para muitos cristãos, a posição do homem perante o Senhor determina-se para toda a eternidade na hora da morte, pois não disse Cristo a Nicodemos: “Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”? (João 3:5) Sabemos, porém, que muitas pessoas morreram sem a orde- nança do batismo e, portanto, de acordo com a declaração de Cristo a Nicodemos, elas seriam impedidas de entrar no reino de Deus. Isso levanta uma questão: Deus é justo? A resposta é: Deus, naturalmente, é justo. É evidente que a declaração do Salvador pres- supõe que se pode fazer batismos por aque- les que morreram sem ser batizados. Os profetas dos últimos dias nos ensinaram que o batismo é uma ordenança terrena que só pode ser realizada pelos vivos. Como é possí- vel, então, àqueles que já morreram ser bati- zados, se só os vivos podem realizar a ordenança? Foi sobre isso que o Apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, ao fazer a seguinte pergunta: “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os Reproduzido de uma cena provavelmente no outono de 1835, o Profeta Joseph Smith, (ao centro) ajuda Joseph e Brigham Young (ao alto) com a instalação da janela do Templo de Kirtland, o primeiro dos templos dos últimos dias. Oliver Cowdery (à esquerda) e Sidney Rigdon (à direita) ajudaram nos preparativos do templo. 40 Foi o próprio Senhor que, em Suas revela- ções para nós, fez do templo o grande sím- bolo de nosso discipu- lado com Ele. PINTURA DE DAVID LINDSLEY CLÁSSICOS DO EVANGELHO

Um povo motivado pelo templo - Presidente Howard W. Hunter

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Um povo motivado pelo templo - Presidente Howard W. Hunter

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Page 1: Um povo motivado pelo templo -  Presidente Howard W. Hunter

UM POVOMOTIVADO PELO TEMPLOP R E S I D E N T E H O W A R D W. H U N T E R( 1 9 0 7 – 1 9 9 5 )Décimo Quarto Presidente da Igreja

Oevangelho proclamado ao mundopelos santos dos últimos dias é oevangelho de Jesus Cristo, conforme

restaurado na Terra nesta dispensação, e des-tina-se à redenção de toda a humanidade. O próprio Senhor revelou o essencial para asalvação e exaltação de Seus filhos. Um dospontos essenciais é que se devem construirtemplos para a realização de ordenanças quenão se pode realizar em qualquer outro lugar.

Quando se explicam essas coisas a pessoasde todo o mundo que vêem nossos templos,a pergunta que fazem com mais freqüência é: Quais são as ordenanças realizadas nostemplos?

Ao responder, normalmente mencionamosem primeiro lugar a ordenança conhecidacomo batismo pelos mortos. Observamosque, para muitos cristãos, a posição dohomem perante o Senhor determina-se paratoda a eternidade na hora da morte, pois nãodisse Cristo a Nicodemos: “Na verdade, naverdade, te digo que aquele que não nascerda água e do Espírito, não pode entrar noreino de Deus”? (João 3:5) Sabemos, porém,

que muitas pessoas morreram sem a orde-nança do batismo e, portanto, de acordo coma declaração de Cristo a Nicodemos, elasseriam impedidas de entrar no reino de Deus.Isso levanta uma questão: Deus é justo?

A resposta é: Deus, naturalmente, é justo.É evidente que a declaração do Salvador pres-supõe que se pode fazer batismos por aque-les que morreram sem ser batizados. Osprofetas dos últimos dias nos ensinaram queo batismo é uma ordenança terrena que sópode ser realizada pelos vivos. Como é possí-vel, então, àqueles que já morreram ser bati-zados, se só os vivos podem realizar aordenança? Foi sobre isso que o ApóstoloPaulo escreveu aos Coríntios, ao fazer aseguinte pergunta:

“Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os

Reproduzido de uma cena provavelmente no

outono de 1835, o Profeta Joseph Smith, (ao

centro) ajuda Joseph e Brigham Young (ao alto)

com a instalação da janela do Templo de

Kirtland, o primeiro dos templos dos últimos

dias. Oliver Cowdery (à esquerda) e Sidney

Rigdon (à direita) ajudaram nos preparativos

do templo.

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Foi o próprio Senhor

que, em Suas revela-

ções para nós, fez do

templo o grande sím-

bolo de nosso discipu-

lado com Ele.

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mortos não ressuscitam? Por que se batizameles então pelos mortos?” (I Coríntios 15:29)

De fato, ao estudarmos a história eclesiás-tica, descobrimos que o batismo pelos mor-tos era uma prática dos primeiros cristãos.Havia trabalho vicário pelos mortos, comohoje. Na verdade, isto não é algo novo ouestranho para nós. Lembramo-nos de que opróprio Salvador expiou pelos pecados detoda a humanidade de maneira vicária. Hojeem dia, os vivos novamente realizam batis-mos pelos que morreram, assim como rece-bem a imposição das mãos para o dom doEspírito Santo pelos falecidos. As ordenançaspelos mortos, entretanto, só se realizam nacasa do Senhor.

A investidura é outra das ordenanças dotemplo. Consiste em duas partes: primeira-mente, uma série de instruções e, emsegundo lugar, promessas ou convênios fei-tos pela pessoa que recebe as ordenanças— promessas de viver em retidão e obede-cer às condições do evangelho de JesusCristo. A investidura é uma ordenança queabençoa enormemente os santos — tantoos vivos como os mortos. Portanto, é tam-bém uma ordenança realizada pelos vivos a

favor dos mortos, sendo feitapara aqueles por quem obatismo já foi realizado.

Outra ordenançado templo é o

casamento

celestial, em que a mulher é selada aomarido e o marido à mulher para a eterni-dade. Sabemos que o casamento civil ter-mina com a morte; mas o casamentocelestial realizado no templo pode existirpara sempre. Os filhos nascidos de um casalapós um casamento eterno estão automatica-mente selados aos pais para a eternidade. Seos filhos nascerem antes de uma mulher serselada ao marido, há a ordenança do sela-mento no templo que sela (ou une) essesfilhos aos pais para a eternidade. É assim quefilhos podem selar-se vicariamente a pais jáfalecidos.

Nas ordenanças do templo, constroem-seos alicerces da vida eterna. A Igreja tem a res-ponsabilidade — e a autoridade — de pre-servar e proteger a família como o alicerce dasociedade.

Todas as ordenanças do templo são essen-ciais para a salvação e exaltação dos filhos denosso Pai Celestial.

A seção 137 de Doutrina e Convênios regis-tra uma visão dada ao Profeta Joseph Smith noTemplo de Kirtland. Nessa visão, ele viu seuirmão Alvin, já falecido, e seus pais. A voz doSenhor chegou até ele e disse que “todos osque morreram sem um conhecimento desteEvangelho, que o teriam recebido se lhes fossepermitido permanecer na Terra, serão herdei-ros do reino celestial de Deus”. (D&C 137:7)

A seção 138 registra a manifestação divinadada ao Presidente Joseph F. Smith [1838–1918] que também se refere ao trabalho daredenção dos mortos. O Presidente Smithponderou sobre a visita do Senhor ao mundoespiritual, ao ler a Primeira Epístola de Pedro erefletiu sobre os versículos que dizem: “Porquepor isso foi pregado o evangelho também aosmortos, para que, na verdade, fossem julgadossegundo os homens na carne, mas vivessemsegundo Deus em espírito”. (I Pedro 4:6)

O Presidente Smith teve, na época, umavisão que se encontra registrada na seção

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Otrabalho por

outrem é rea-

lizado em

dois estágios: primei-

ramente, pela pes-

quisa de história da

família para encon-

trar os nomes de nos-

sos antepassados; em

segundo lugar, pela

realização das orde-

nanças do templo

para dar-lhes as mes-

mas oportunidades

dos vivos.

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138. O Presidente Smith viu que “o Senhornão foi em pessoa entre os iníquos, entre osdesobedientes que rejeitaram a verdade, paraensiná-los.

Mas eis que, dentre os justos, organizouas suas forças e designou mensageiros,investindo-os com poder e autoridade, ecomissionou-os para que fossem e levas-sem a luz do Evangelho àqueles que esta-vam na escuridão, mesmo a todos osespíritos dos homens. E desse modo, oEvangelho foi pregado aos mortos”. (D&C138:29–30)

Com certeza, nós, que estamos destelado do véu, temos um grande trabalho arealizar. Pois à luz de todos os fatos mencio-nados acima a respeito de ordenanças dotemplo, vemos que a construção de tem-plos tem um significado profundo, tantopara nós como para a humanidade. Nossasresponsabilidades tornam-se claras.Devemos obter as ordenanças do templonecessárias a nossa exaltação; a seguir,temos de fazer o trabalho necessário paraaqueles que não tiveram a oportunidade de

Quãoglorioso étermos o pri-vilégio de irao templopara recebernossas próprias bênçãos! Apósirmos ao templo para receber nos-sas próprias bênçãos, que gloriosoprivilégio é fazer o trabalho para osque se foram! Este aspecto dotrabalho do templo é

As pias batis-

mais dos

templos são

colocadas nas costas

de bois, que signifi-

cam as tribos de

Israel. Hoje em dia,

os batismos são rea-

lizados nessas pias

pelos vivos em favor

de pessoas que

morreram.

aceitar o evangelho em vida. O trabalho poroutrem é realizado em dois estágios: pri-meiramente, pela pesquisa de história dafamília para encontrar os nomes de nossosantepassados; em segundo lugar, pela reali-zação das ordenanças do templo, para dar-lhes as mesmas oportunidades dos vivos.

Além disso, os mortos esperam ansiosa-mente que os santos dos últimos dias pesqui-sem seus nomes e, a seguir, compareçam aostemplos para oficiar em seu lugar, a fim deque possam ser libertados da prisão nomundo espiritual.

A investidura é outra das ordenanças do templo. Consiste em duas partes:

primeiramente, uma série de instruções e, em segundo lugar,

promessas ou convênios feitos pela pessoa que recebe as ordenan-

ças—promessas de viver em retidão e obedecer às condições do

evangelho de Jesus Cristo.

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de altruísmo. No entanto, cada vez que fazemos o traba-lho do templo por outrem, recebemos uma bênção.Assim, não nos causa surpresa o Senhor desejar que Seupovo seja motivado pelo templo.

O Importante Símbolo que Representa os Membros

da Igreja

Foi o Senhor que, em Suas revelações, fez do templo oimportante símbolo que representa os membros da Igreja.Pensem nas atitudes e no comportamento reto que oSenhor pediu que tivéssemos ao aconselhar, por intermé-dio do Profeta Joseph Smith, os santos de Kirtland nomomento em que se preparavam para construir um tem-plo. O conselho aplica-se a nós ainda hoje:

“Organizai-vos; preparai todas as coisas necessárias eestabelecei uma casa, sim, uma casa de oração, umacasa de jejum, uma casa de fé, uma casa de aprendizado,uma casa de glória, uma casa de ordem, uma casa deDeus.” (D&C 88:119) Essas atitudes e comportamentosdescrevem precisamente o que cada um deseja e procura ser?

Não temos registros de que templos fossem construí-dos no Velho ou no Novo Mundo durante o longo períodode apostasia que houve antes da restauração do evangelhode Jesus Cristo nesses últimos dias. O sacerdócio, que éfundamental para a realização das ordenanças do templo,não existia na Terra. Após a Restauração do evangelho porintermédio de um profeta do Senhor, os templos voltarama ser construídos para cumprir esse grande propósito eestabelecer A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos

Dias de acordo com os mandamentos divinos.O Élder Bruce McConkie [1915–1985], do Quórum dos

Doze Apóstolos, disse:“A construção inspirada e o uso adequado dos templos

são as grandes evidências da divindade do trabalho doSenhor. (...) Onde houver templos e o espírito de revela-ção estiver sobre aqueles que o estiverem administrando,lá estará o povo do Senhor; onde não houver templos e oespírito de revelação não estiver presente, não haverá tam-bém Igreja, reino ou verdades celestiais.” (Mormon

Doctrine (Doutrina Mórmon), 2ª ed. [1966], p. 781.)Consideremos algumas das promessas relacionadas ao

templo que nos foram feitas pelo Senhor. Consideremos amaneira pela qual devemos viver, a fim de sermos os bene-ficiários dessas promessas:

“E se meu povo me construir uma casa em nome doSenhor e não permitir que nela entre qualquer coisaimpura, de modo que não seja profanada, minha glóriadescansará sobre ela;

Sim, e minha presença lá estará, porque entrarei nela; etodos os puros de coração que nela entrarem verão aDeus.

Mas se for profanada, não entrarei nela e minha glória lánão estará; porque não entrarei em templos impuros.

E agora, eis que, se fizer estas coisas, Sião prosperará eesparramar-se-á e tornar-se-á muito gloriosa, muito gran-diosa e muito terrível.

E as nações da terra honrá-la-ão e dirão: CertamenteSião é a cidade do nosso Deus e certamente Sião não podecair nem ser removida de seu lugar, porque Deus lá está ea mão do Senhor ali está;

E ele jurou, pelo poder de sua força, ser a sua salvação esua torre alta.

Portanto, em verdade, assim diz o Senhor: Que Sião seregozije, pois isto é Sião — o puro de coração, portanto,que Sião se regozije.” (D&C 97:15–21)

Que maravilhosas promessas recebemos! Que privilégionós — indivíduos, famílias e povo — sermos reconhecidospelo Senhor como os puros de coração!

Considerem os majestosos ensinamentos contidos naoração dedicatória do Templo de Kirtland, uma oraçãoque o Profeta Joseph Smith disse ter recebido por reve-lação. Uma oração que continua sendo respondidaindividualmente, para as famílias ou para o povo, por

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causa do poder do sacerdócio que oSenhor nos deu para ser usado em Seustemplos sagrados.

O Profeta Joseph Smith rogou: “E agora,Pai Santo, pedimos-te que nos assistas, a nós,teu povo, com tua graça (...) que sejamosconsiderados dignos, a teus olhos, de assegu-rar o cumprimento das promessas que fizestea nós, teu povo, nas revelações que nosforam dadas;

Para que tua glória descanse sobre teupovo. (...)

E rogamos-te, Pai Santo, que teus servossaiam desta casa armados de teu poder; eque teu nome esteja sobre eles e a tua glóriaao redor deles e que teus anjos os guardem;

E que deste lugar levem novas sumamentegrandes e gloriosas aos confins da Terra, emverdade para que saibam que esta é tua obrae que estendeste a mão para cumprir o quedisseste pela boca dos profetas, concernenteaos últimos dias. (...)

Rogamos-te que estabeleças outras estacaspara Sião (...) para que a reunião de teu povoprossiga em grande poder e majestade, a fimde que tua obra se abrevie em justiça. (...)

E que todos os remanescentes dispersosde Israel, que foram impelidos para os con-fins da Terra, conheçam a verdade, creiam noMessias e sejam redimidos da opressão eregozijem-se perante ti. (...)

Lembra-te de toda a tua igreja, ó Senhor,com todas as suas famílias e todos os seusparentes próximos, com todos os seus enfer-mos e aflitos, com todos os pobres e mansosda Terra; para que o reino que estabelecestesem mãos se transforme em uma grandemontanha e encha toda a Terra; (...)

Para que, quando a trombeta soar paraos mortos, sejamos arrebatados na nuvempara encontrar-te e estejamos com oSenhor para sempre”. (D&C 109:10–12,22–23, 59, 67, 72, 75)

Terá havido um povo para o qual tenham

sido feitas promessas tão animadoras e mara-vilhosas? Não nos surpreende que o Senhordeseje que Seus seguidores centralizem suavida em Seu exemplo e em Seus templos.Não nos surpreende que Ele tenha dito queem Sua casa, “manifestar-me-ei a meu povocom misericórdia”. (D&C 110:7)

Todos os nossos esforços em proclamar oevangelho, aperfeiçoar os santos e redimir osmortos conduzem-nos ao templo sagrado.Por essa razão, todas as ordenanças do tem-plo são absolutamente importantes, pois,sem elas, não poderemos voltar à presençade Deus.

Na verdade, o Senhor deseja que Seupovo seja um povo motivado pelo templo.Meu desejo mais profundo é de quetodos os membros da Igreja sejamdignos de entrar nele. Gostaria deque todos os membros adultosfossem dignos e tivessem umarecomendação atualizada para otemplo — mesmo que a distân-cia não lhes permitisse fazeruso imediato ou freqüentedessa recomendação.

Sejamos um povo que apre-cia e freqüenta o templo.Vamos ao templo tantas vezesquanto o tempo, os recursos

Sejamos um

povo que

aprecia e fre-

qüenta o templo.

Vamos ao templo

tantas vezes quanto

o tempo, os recursos

e as circunstâncias

nos permitirem. Não

devemos ir ao tem-

plo somente em

favor de nossos

antepassados, mas

também pela bênção

pessoal da adora-

ção, pela santidade

e segurança que nos

são proporcionadas

entre aquelas pare-

des santificadas e

consagradas.

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e as circunstâncias nos permitirem. Nãodevemos ir ao templo somente em favor denossos antepassados, mas também pelabênção pessoal da adoração, pela santidadee segurança que nos são proporcionadasentre aquelas paredes santificadas e consa-gradas. O templo é um lugar de beleza, derevelação e de paz. É a casa do Senhor.Deve ser tão sagrado para nós como o épara o Senhor.

Expressemos a nossos filhos os senti-mentos espirituais que temos quando esta-mos no templo. Ensinemos a eles maissincera e espontaneamente as coisas que,da maneira adequada, pudermos dizer a res-peito dos propósitos da casa do Senhor.Coloquemos em nossa casa a gravura de umtemplo de modo que as crianças a vejam.Ensinemos a elas os propósitos da casa doSenhor. Incentivemo-las a, desde cedo, pla-nejarem ir ao templo e manterem-se dignasde receber essa bênção.

É agradável ao Senhor que os jovenssejam dignos de ir ao templo e realizarbatismos vicários em favor daqueles que

não tiveram a oportunidadede ser batizados em vida. Éagradável ao Senhor quesejamos dignos de ir ao

templo, para fazermos os próprios convê-nios com Ele e sermos selados como casaise famílias e que façamos as mesmas orde-nanças em favor daqueles que morreram,entre os quais muitos aguardam ansiosa-mente que elas sejam concluídas.

Para que o templo seja verdadeiramenteo nosso símbolo, devemos desejar que eleo seja. Devemos viver de modo que seja-mos dignos de entrar no templo. Devemosguardar os mandamentos do Senhor. Seconseguirmos seguir o exemplo do Mestree tomarmos para nós Seus ensinamentos eexemplo como o modelo mais perfeito, nãoacharemos difícil nos mantermos dignos deentrar no templo e sermos firmes e leaisem todos os aspectos da vida, pois estare-mos comprometidos com um único esagrado padrão de conduta e crença.Estejamos nós em casa ou no trabalho, seja-mos nós estudantes ou profissionais, esteja-mos completamente sozinhos ou em meioa uma multidão, nossa conduta será clara enossos padrões óbvios.

O mais importante é sermos fiéis aosnossos princípios, vivermos de maneiraíntegra e termos fé em concordância com oque acreditamos. Essa devoção a um princí-pio verdadeiro — seja em nossa vida pes-soal, em nosso lar e família, em todos oslugares em que encontramos e influencia-mos outras pessoas — é a devoção queDeus nos pede. Essa devoção exige que noscomprometamos: comprometimento decorpo e alma, absoluto e eterno aos princí-pios que sabemos ser verdadeiros e queestão inseridos nos mandamentos queDeus nos deu. Se formos verdadeiros e fiéisaos princípios do Senhor, seremos sempredignos de entrar no templo, e o Senhor eSeus templos sagrados serão grandes sím-bolos de nossa dedicação a Ele. n

Ver o texto original do artigo em A Liahona, maio de1995, págs. 3–7.

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mais sincera e

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pudermos dizer a

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tos da casa do

Senhor. Coloquemos

em nossa casa a gra-

vura de um templo

de modo que as

crianças a vejam.