Uma Confissão Reformada Sobre a Criação - Greg Bahnsen

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    Uma Consso Reformada Sobre a Criao

    Traduzido a partir do orignal em Ingls

    A Reformed Confession Regarding Creation

    Copyright 1990 Greg Bahnsen

    Primeira Edio em Portugus | Julho de 2014.

    Produo Literria e Grca

    www.veritasbr.com

    Todos os direitos desta publicao esto diponveis sob a licena CreativeCommons Attribution-Non-Commercial-NoDerivs 3.0 Unported License epertencem a VeritasBR.com. Voc livre para copiar, distribuir e transmitiresta obra, desde que o crdito seja atribudo ao(s) seu(s) autor(es) - masno de maneira que sugira que este(s) concede(m) qualquer aval a vocou ao seu uso da obra. Voc no pode utilizar esta obra para nalidadescomerciais, nem alterar seu contedo, transforma-lo ou incrementa-lo.

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    INTRODUO

    A teologia reformada conhecida por algumas doutrinas distintivas. Comumente, associada doutrina da predestinao. Porm, sua viso elevada da Escritura comoverdade revelada por Deus que est no centro do seu sistema. A Bblia nossa nicaregra de f e prtica. A verdade est acima de tudo [...]. Por isso, rejeitamos, de todoo corao, tudo que no est de acordo com esta regra infalvel (Consso Belga,Art. 7).

    Ainda que os antigos credos da igreja e as consses de f reformadas falem comclareza sobre o tema da criao, com o tempo, inuncias alheias ao ensino bblicoganharam espao na igreja de Cristo. Associada frouxido confessional, ao ecume-

    nismo e a indiferena doutrinria que to comum em nossos dias, essas inunciasso mais e mais aceitas.

    Esta consso sobre a criao foi preparada para a Confessional Conferences forReformed Unity[Conferncias Confessionais para Unidade entre os Reformados], ealm de promover a unidade, ela estabelece maior clareza sobre o assunto, demons-tra a importncia deste dentro da cosmoviso crist e defende a verdade divina con-forme exposta na Escritura.

    O seu autor, Greg Bahnsen, era um excelente lsofo e telogo, apesar de muitos nomeio reformado discordarem de algumas de suas posies. Sua perspiccia ca clarana abragncia com a qual ele aborda o assunto da criao nestes 11 breves artigos.Sua inquestionvel erudio demonstra que o criacionismo bblico no apenas umafantasia defendida por fanticos e ignorantes.

    com muita alegria que disponibilizamos este excelente material para os cristos delngua portuguesa. Somos gratos a Deus por todos que contriburam de alguma formano preparo deste material. Minha sincera orao que Deus o use para estabeleceressa importante verdade entre o Seu povo.

    Soli Deo GloriaThiago McHertt

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    UMACONFISSOREFORMADASOBREACRIAO

    1. A DISTINOENTREOCRIADOREACRIATURA

    Armamos que Deus existe de forma singular, sendo separado do universo, assimcomo independente de quaisquer condies ou limitaes externas que caracteri-zam a existncia e vida de tudo no universo.

    Negamos que toda a existncia seja uma, que no haja distines fundamentais narealidade, e que Deus seja de alguma forma idntico ao que Lhe oposto.

    Negamos que Deus seja parte ou correlato ao mundo, que Deus deva existir sob to-das as mesmas condies ou restries como qualquer outra coisa existente, e queo processo histrico ou mundial existia dentro de Deus como parte do Seu desenvol-vimento.

    Negamos a existncia de qualquer coisa como um tipo de entidade intermediria entreo Criador e a criao, no sendo completamente divino ou criado.

    2. A ULTIMIDADEDEDEUS

    Armamos que Deus um esprito pessoal, soberano, transcendente e trino; somen-te Ele innito, autossuciente, imutvel e eterno.

    Negamos que Deus seja um ser secundrio, criado, em desenvolvimento ou depen -dente.

    Negamos que Deus seja um ser composto de matria fsica, independentemente dequo aprimorado seja o entendimento da matria.

    Negamos que o ato da criao tenha alterado o ser de Deus, adicionado qualquer coi-sa s Suas perfeies, ou alterado as relaes internas entre as pessoas da Trindade.

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    Negamos que o plano eterno de Deus, Seu propsito ou decreto da criao seja in -separvel da execuo desse plano ou que qualquer coisa criada foi trazida realexistncia desde toda a eternidade.

    Negamos que qualquer coisa alm de Deus seja suprema em sentido absoluto comoEle, e que qualquer coisa criada tenha em si mesma as habilidades ou prerrogativasde Deus.

    Negamos que as idias, as formas, as essncias, os conceitos ou o imaginrio dascoisas possam existir por si mesmos ou que tenham existido eternamente parte deDeus.

    Negamos que a matria, o universo fsico, os anjos e as almas possam existir por simesmos ou tenham existido eternamente.

    Negamos qualquer conceito que arme ou implique que qualquer realidade distinta deDeus independa da Sua vontade criativa e providncia soberana.

    3. CRIAOAPARTIRDONADA

    Armamos que de acordo com o Seu sbio plano e apenas por meio do Seu todo--poderoso ato de falar, Deus criou a partir do nada, e de modo completamente distintode si mesmo, todas as coisas nitas que existem, quer sejam fsicas ou espirituais, eque todas so dependentes da Sua vontade, Seu poder e Sua providncia.

    Negamos que as primeiras palavras de Gnesis 1 so uma orao subordinada, quediga respeito a quando Deus comeou a criar, em vez de uma declarao sobre odivino ato da criao no sentido de origem absoluta ltima.

    Negamos que qualquer ser nito originalmente tenha vindo a existncia a partir dequalquer coisa existente antes da ordem criadora de Deus, ou foi trazido a existnciapor qualquer coisa em adio a ela.

    Negamos que qualquer ser nito seja uma extenso, uma emanao ou tenha sidocriado a partir do prprio ser de Deus.

    Negamos que qualquer coisa nita tenha a habilidade de criar a partir do nada qual-quer ser pessoal independente, qualquer fora ou objeto fsico.

    4. A BONDADEDACRIAO

    Armamos que a criao foi um ato do bel-prazer soberano de Deus, de forma idnti-ca do Pai, do Filho e do Esprito Santo, com o propsito de manifestar Seu esplendor,

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    glria, poder absoluto e sabedoria, e que todas as coisas foram criadas boas.

    Negamos que Deus estivesse tomado de qualquer compulso, necessidade, ou ca-rncia pessoal ao criar o mundo.

    Negamos que o Filho e o Esprito Santo tenham sido apenas agentes secundrios deDeus, o Criador.

    Negamos que possa existir qualquer conscincia, compreenso ou conhecimento daesfera da criao que no revele ao mesmo tempo a existncia, os gloriosos atributose o carter moral de Deus, o Criador.

    Negamos que haja qualquer outra fonte absoluta de unidade racional ou ordem ma-terial no universo, e que haja qualquer outra fonte absoluta de distino racional ediversidade material, alm de Deus, o Criador.

    Negamos que qualquer pessoa ou agente criado exista em sentido absoluto paraservir aos propsitos e glria de qualquer objeto ou qualquer pessoa na esfera dacriao.

    Negamos qualquer conceito que sustente que os objetos materiais so inerentementemaus, de menor valor do que as coisas incorpreas, ou tendam a retardar ou impedira piedade, espiritualidade ou a santicao pessoal.

    Negamos o conceito que o homem tenha sido criado apenas como livre e neutro, ouque na criao ele carecesse de graa para contrariar a diculdade moral de um corpo

    fsico, em vez de ter sido feito justo de forma absoluta imagem de Deus.

    Negamos que o pecado fosse essencial, ou inevitvel realidade nita e dependente,ou uma necessidade surgida a partir da natureza do mundo em geral ou ainda a partirda natureza particular do homem criado.

    5. A CONDIOMADURADACRIAOORIGINAL

    Armamos que o mundo criado por Deus era desde o comeo revestido e habitadocom uma rica diversidade de espcies identicveis de objetos e criaturas j maduras.

    Negamos que as coisas nitas vistas nesse mundo se desenvolveram originariamenteou foram feitas a partir de coisas igualmente visveis.

    Negamos que os objetos nitos, maduros e originrios que Deus criou tenham vindo existncia por qualquer processo natural em adio declarao ou formao diretada parte de Deus.

    Negamos que o fato de Deus ter criado formas vivas maduras exclua processos demudana, elaborao ou variao posteriores e projetados pela providncia.

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    6. A HISTORICIDADEDORELATODACRIAO

    Armamos que o relato da criao no primeiro captulo de Gnesis uma narrativantegra, precisa e histrica, esclarecendo a origem de todas as coisas incluindo a raahumana, enquanto o foco mais especco do relato no captulo 2 de Gnesis a his-tria do primeiro homem e mulher relatado com guras de linguagem antropomrcas.

    Negamos que a esfera da verdade cientca natural e a da verdade religiosa falemde dimenses completamente diferentes da realidade, e que sejam completamenteisoladas, no-relacionadas ou independentes umas das outras.

    Negamos que o primeiro captulo de Gnesis seja poesia, lenda ou mito.

    Negamos que o relato da criao em Gnesis 2 contradiga o relato encontrado noprimeiro captulo.

    Negamos que o relato da criao em Gnesis 2 explique, implique ou justique oconceito de que os eventos da criao narrados no primeiro captulo, quer em parteou no todo, aconteceram por meio de processos normais, correntes ou naturais daprovidncia divina, atuantes ao longo da histria subsequente.

    7. OSDIASDASEMANADACRIAO

    Armamos que os dias numericamente sequenciais da semana da criao em Gne-sis 1, consistindo de uma tarde e uma manh, foram os primeiros dias cronolgicosda histria natural, da mesma durao geral dos dias em uma semana entendida con-vencionalmente, e que passo-a-passo atravs desses dias Deus fez os cus e a terra,um cosmos bem ordenado, habitvel para o homem, depois dos quais Deus cessouseu trabalho de criao fsica.

    Negamos que os dias de Gnesis 1 sejam eras ou longos perodos de tempo.

    Negamos que os seis dias da criao em Gnesis 1 representem uma reconstruode um mundo posterior ao ato original de Deus na criao, e uma catstrofe que tenhavitimado o mundo.

    Negamos que eras ou longos perodos de tempo tenham sucedido entre os dias se-parados mencionados na semana da criao de Gnesis 1.

    Negamos que os dias da semana da criao em Gnesis 1 sejam meramente umagura de linguagem literria ou um recurso potico fornecendo uma estrutura pedag-

    gica para armar que Deus criou todas as coisas.

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    Negamos que cristos possam, em um manejo el da Palavra de Deus, esposar vi-ses no-cronolgicas dos dias mencionados em Gnesis 1 a partir de um desejo deescapar das diculdades que possam existir entre Gnesis 1 e as supostas descober-tas da cincia natural.

    Negamos que a diversidade, ordem, harmonia e a qualidade habitvel do mundo pos-sa ser atribuda a qualquer aspecto inerente ou a foras do prprio mundo, ou a qual-quer outro fator que no a resplandecente sabedoria e supremo poder do prprioDeus.

    8. A SINGULARIDADEESUPREMACIADOHOMEMSOBREOSANIMAIS

    Armamos que o homem foi direta e instantneamente criado por uma ao especial

    do conselho Trino, no segundo a espcie de nenhum animal, mas como a verda-deira imagem do Deus incriado.

    Negamos que o homem tenha evoludo ao longo das eras atravs do desenvolvimen-to contnuo das foras residentes no mundo fsico.

    Negamos que o p do qual o homem foi formado, o qual era sem vida antes do so-pro divino, fosse mais orgnico ou indicativo do reino animal do que o p ao qual eleretorna na morte.

    Negamos que a raa humana tenha qualquer parentesco animal, ancestral biolgicoou de desenvolvimento entre os animais inferiores.

    Negamos que a dignidade, domnio, carter moral ou espiritual mpar do homem pos-sa ser explicado em termos de quaisquer anidades com a siologia, anatomia, con-texto histrico ou condicionamento comportamental dos animais.

    9. O SIGNIFICADOHISTRICOEMORALDOSNOSSOSPRIMEIROSPAIS

    Armamos que Ado e Eva foram guras histricas diretamente criadas por Deus,ambos como Sua imagem, com mandato divino para dominarem o mundo, casarem,trabalharem e o desfrutarem do descanso sabtico.

    Negamos que a Escritura ou a consistncia teolgica permita rejeitar a historicidadeda criao direta do primeiro Ado, enquanto preserva a historicidade da ressurreiomilagrosa do segundo Ado.

    Negamos que aps um longo perodo de desenvolvimento evolucionrio biolgico, umconjunto de criaturas humanides tenha sido transformado espiritualmente, ou tenha

    sido revestido com a imagem de Deus.

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    Negamos que o primeiro homem e a primeira mulher tenham sido criados simultne-amente ou com igual autoridade com respeito um ao outro.

    Negamos que o estado e privilgio de ser feito segundo a imagem de Deus se aplicamais ao homem do que a mulher, que o homem tenha maior valor espiritual do que a

    mulher, e que o homem seja mais completamente humano do que a mulher.

    Negamos que os animais e o mundo vegetal tenham o mesmo valor, dignidade ou di-reitos que o homem criado segundo a imagem de Deus com domnio sobre a criaoinferior.

    Negamos que o domnio do homem sobre a criao inferior permita que ele abuse dequalquer coisa nela de acordo com o seu desejo desenfreado, e de qualquer formacontrria aos ns para os quais Deus ordenou que fossem usados, e de qualquerforma que no seja como cuidador, buscando o cultivo de toda a criao para a glria

    de Deus.Negamos que requerido ou permitido ao homem trabalhar perpetuamente, sem in-gressar nos sbados semanais de descanso fsico no Senhor e oferecer a Ele adora-o consagrada - conforme a ordem de Deus.

    Negamos que a instituio do casamento no originria da humanidade, mas quetenha evoludo historicamente como uma mera necessidade sociolgica.

    10. A IMPORTNCIADADOUTRINADACRIAO

    Armamos que toda teologia piedosa, el e baseada na Bblia pressupe - e a prpriamensagem do evangelho da salvao em si deve ser apresentada dentro do contextoteolgico da verdade indispensvel e fundacional que Deus criou os cus e a terra.

    Negamos que se possa conhecer a Deus de qualquer outra forma seno consciente-mente como criaturas, e que se possa conhecer a Deus de qualquer forma - quer sejana crena conrmada quer na abstrao hipottica - que ignore que Ele o nossoCriador e o Criador de todas as coisas.

    Negamos que qualquer doutrina crist seja concebida com propriedade ou anunciadade forma el caso contradiga, comprometa ou ignore o ensino bblico sobre a criao.

    Negamos que o mundo ou qualquer aspecto dele possa ser entendido com correo parte da cosmoviso teolgica ampla e derivada de seus pressupostos - que declaraser Deus o Criador, com base na sua autorevelao absoluta e detentora de autorida-de - ou que se possa fazer qualquer uso e aplicao apropriada desse conhecimentoem sentido moral e inteligvel.

    11. A ADORAODEVIDAAOCRIADOR

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    Armamos que o entendimento el da gloriosa verdade bblica de que Deus crioutodas as coisas a torna uma incumbncia moral sobre todos os homens, e deveriaincit-los a reverenciar o Deus todo-poderoso e ador-Lo como digno de todo louvor,

    e que isso especialmente verdade para os que desfrutam da graa da recriao se-gundo a imagem de Deus, nosso redentor.

    Negamos que algo ou algum possa ser adorado ou venerado com exceo do Cria-dor, por meio da intercesso de Jesus Cristo, e negamos que essa adorao possaser guiada ou aprimorada por qualquer imaginao, direcionamento ou autoridadehumana, que no esteja prescrita por Deus em Sua vontade revelada.

    Negamos que a obra original da criao de Deus tenha ndado Seu envolvimentocom o mundo, ou Sua intromisso nele, de modo que no haja nenhuma necessidade

    disso, ou da realidade espiritual da recriao, e que a histria tenha qualquer outro malm de uma nova criao de Deus onde habite a justia.

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