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Uma ferramenta de autoria síncrona acessível para cegos: um estudo de caso no curso PROINESP Profa. Dra. Lucila Maria Costi Santarosa – Orientadora Profa. Dra. Liliana Passerino – Co- orientadora XII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação Regina Barwaldt

Uma ferramenta de autoria síncrona acessível para …...2. Orientação Técnica: Questionamentos e esclarecimentos com relação ao uso de recursos tecnológicos. 3. Diálogo: Seqüência

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Uma ferramenta de autoria síncrona acessível

para cegos: um estudo de caso no curso

PROINESP

Profa. Dra. Lucila Maria Costi Santarosa – OrientadoraProfa. Dra. Liliana Passerino – Co- orientadora

XII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação

Regina Barwaldt

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Roteiro

� Motivação

� Inclusão social e digital das pessoas cegas

� EAD através dos Ambientes virtuais de aprendizagem

� Ferramentas de interações síncronas

� Ferramenta Implementada

� Resultados evidenciados pela ferramenta nas interações

� Considerações Finais

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� Conforme a Organização Mundial de Saúde, existem

mais de 50 milhões de pessoas com cegueira e 135 milhões

com baixa visão ao redor do mundo.

� Segundo dados do IBGE, no Brasil existem cerca de 16 milhões de deficientes visuais. Destes, 2 milhões possuem baixa visão e 160 mil são cegos.

Motivação

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� Inclusão social e tecnológica: direito de todos;

� Informática tem se mostrado uma grande aliada das PNEE's atravessando barreiras e quebrando obstáculos através das TIC’s que são adaptadas para compensar as mais diversas incapacidades;

� TIC’s vêm permitindo a utilização cada mais dos recursos tecnológicospelos cegos.

� Falta de acessibilidade em parte dos AVA’s principalmente nas ferramentas síncronas.

Motivação

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Por que estudar IHC ? Heloísa Vieira da Rocha -IHC'2002

Motivação

Mercado crescente em EAD

� Brasil: De acordo com as estatísticas da ABED (2007) cerca de 2,5 milhões

de alunos foram matriculados em cursos de EaD, nos segmentos de graduação,

pós-graduação e educação corporativa.

� Sistema UAB: A Universidade Aberta do Brasil oferece cursos de

graduação, especialização e educação continuada a distância. Resultado de

parcerias com universidades federais, estaduais e municipais, estão

matriculados em torno de 45.000 alunos (ABED).

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Inclusão social e digital das pessoas cegas

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A Caminho da Inclusão Digital através das TIC’s

� Ao combinar as duas palavras “inclusão” e “digital” defende-se a proposta que a inclusão vai além do uso de instrumentos em informática, ou seja, a inclusão digital deve favorecer a apropriação da tecnologia de forma consciente, que torne o indivíduo capaz de decidir quando, como e para que utilizá-la.

� Inclusão digital é uma forma de inserção dos cegos na sociedade da informação, através da dualidade de esforços, por um lado, a aplicação de políticas públicas adequadas de desenvolvimento tecnológico e, por outro, a inserção destes sujeitos através de ações em conjunto por instituições de ensino, iniciativas privadas ou públicas.

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Contribuem com a Inclusão Digital e Social

�Órgãos Governamentais:

�Outras instituições: trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Informática na Educação Especial (NIEE), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordenado pela Prof. Drª Lucila Maria Costi Santarosa, para atender parte destas pessoas especiais.

�Maiores informações: http://www.niee.ufrgs.br/

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Por que estudar IHC ? Heloísa Vieira da Rocha -IHC'2002

� É um espaço onde as pessoas e objetos técnicos interagem, potencializando assim, a construção do conhecimento.

�Possibilidade de formação profissional e pessoal, como forma de inclusão no mercado de trabalho das pessoas cegas.

� Inclusão dos cegos a partir de uma política de acessibilidade e usabilidade, em cursos a distância.

� O cego consegue interagir em parte com o conteúdo virtual, porque os leitores de telas não são acessíveis aos ambientes de EAD.

EAD através de Ambientes Virtuais de Aprendizagem

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Por que estudar IHC ? Heloísa Vieira da Rocha -IHC'2002

Acessibilidade e Usabilidade em AVA’s

� Acessibilidade e usabilidade são conceitos que se inter-

relacionam, pois ambos buscam a eficiência e eficácia no uso

de uma interface.

� Seguir padrões da W3C, recomendações ergonômicas,

critérios e outras orientações no desenvolvimento de um

sistema acessível. Possibilita a geração de um ambiente com

um grau aceitável de qualidade, além de reduzir ou até mesmo

evitar problemas de usabilidade e acessibilidade.

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Por que estudar IHC ? Heloísa Vieira da Rocha -IHC'2002

Eduquito: um AVA acessível por projetos

� Interfaces desenvolvidas de acordo com as recomendações da W3C e a validação automática de seus códigos, através do avaliador de acessibilidade, denominado DaSilva. Acessível para usuários cegos.

� O Eduquito é um ambiente desenvolvido pela equipe do NIEE,

coordenado pela Profa. Lucila Santarosa, inspirado no ambiente

TelEduc, com base na teoria de Vygotsky.

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Ferramentas de interações síncronas

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Permite uma conversa com áudio e vídeo com uma pessoa de cada vez (necessita de instalação).A versão do Web Messenger possibilita conversas somente em texto, através de um navegador Web.

Características de alguns

Necessita ser instalado, permite conversa até 5 pessoas com áudio e vídeo. Ferramenta mais difundida pelos cegos.

Também necessita de instalação, recentemente foi lançado na versão com áudio e vídeo.

Nenhum destes, possui acionamento de gravação de áudio

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Ferramenta Implementada

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A ferramenta EVOC

� Uma ferramenta de

interação com recursos

sonoros acessíveis,

inspirados em

ferramentas de

softwares instantâneos

como o MSN e do

SKIPE integrada em um

AVA.

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EVOC: Desenvolvimento de uma ferramenta de interação e inclusão digital com recurso de voz via Internet para cegos

� Ferramenta foi desenvolvida a partir de um conjunto de tecnologias, como a W3C/WAI. Distribuído sob licença GPL, base de dados MySQL, desenvolvida na linguagem PHP e Flash Server MX.

�Para fazer uso dessa ferramenta, é necessário um computador conectado a Internet, uma placa de som, fone de ouvido e microfone. A interface do EVOC é toda pensada para o usuário cego.

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Interface do EVOC onde ocorrem as interações

� Participação de 8 usuários cegos e videntes interagindo durante um curso a distância por voz e por texto.

� A ferramenta também prevê a utilização para deficientes auditivos, que necessitam usar vídeo.

� As janelas em preto indicam que dois usuários estão com recurso de vídeo acionado.

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Administrador cadastra o tema e as palavras-chave

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Interface de Gerenciamento da Ferramenta pelo Administrador

�Permite que o administrador do curso possa gravar o chat em um arquivo de áudio, para futuras pesquisas por palavras-chave ou data.

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Busca do diálogo gravado

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Chat’s gravados em arquivo de áudio

� O aluno tem a possibilidade de acessar o arquivo em formato áudio gravado durante as seções de interações pelo EVOC mostrado a partir das palavras-chave ou por data.

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EVOC integrada em um AVA

.No AVA Eduquito, observa-se a integração do EVOC pela opção Chat Falado.

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Validação do Modelo

� Os testes sob ponto de vista de acessibilidade e usabilidade foram

feitos desde sua implantação, com base nas regras de acessibilidade do

W3C/WAI, uma vez que a interface é voltada para o usuário cego.

� Em paralelo ocorreram as interações (chat’s), na qual os cegos e

videntes realizam através da ferramenta EVOC, durante 28 encontros, 2

vezes por semana, com duração em média de 1 hora de diálogo,

durante 3 meses. Gravadas em formato áudio e as mesmas transcritas e

os dados analisados dentro das categorias e interpretados de a partir de

bases teóricas por Vygotsky (1997), Santarosa (2001), Primo (1999),

Passerino (2005) entre outros autores interacionistas.

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Resultados evidenciados pela ferramenta nas interações

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Categorias de Análise

1. Organização do Grupo: Com finalidade de caráter organizacional e operacional. Foram questões que surgiram no decorrer da organização do grupo com relação às questões técnicas, em relação ao uso do EVOC.

2. Orientação Técnica: Questionamentos e esclarecimentos com relação ao uso de recursos tecnológicos.

3. Diálogo: Seqüência de enunciados emitidos pelos participantes, troca das falas.

4. Colaboração: É vista como uma ação conjunta. Uma interação de dois ou mais participantes.

5. Forma de Participação: Permite ao participante coordenar seus diálogos com perguntas e respostas, ações como: problematizar, discordar e questionar.

6. Feedback: É identificada como uma confirmação sobre o andamento de uma determinada tarefa, ou seja os resultados obtidos.

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Sujeitos Participantes da Pesquisa

PROINESP - Turma VI- 2008

� Programa Nacional de Informática na Educação Especial ( 2008), promovido pela Secretaria da Educação Especial do MEC/BR, executado e ministrado pela equipe do Núcleo de Informática na Educação Especial (NIEE/UFRGS), Coordenado pela Profa. Dra. Lucila Maria Santarosa;

� Participantes: professores escolas públicas e instituições não-governamentais contempladas com laboratórios de informática.

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� 5 sujeitos: CA, LI, PA (cegos), NA, AC(videntes)

�Ambos os sexos

�Idades: 30 a 50 anos

�Com cegueira congênita ou adquirida

�Grau de escolaridade: ensino médio, ensino

superior incompleto, ensino superior completo

�Pequeno e médio conhecimento em informática e

TA’s

Usuários Cegos e Não-cegos

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�LI, PA e CA demonstraram que através da ferramenta, trocaram

idéias, solucionaram dúvidas em grupo.

�Favoreceu a realização das tarefas.

�Aproximou o grupo, fez com que os cegos se sentissem incluídos.

�Por se tratar de uma ferramenta acessível, a pessoa cega não era

percebida nas interações, quando interagia com seus pares.

Destaque dos sujeitos cegos durante as sessões de chat’s

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0

50

100

150

200

250

300

Organizaçãodo Grupo

OrientaçãoTécnica

Diálogo Colaboraçao Forma deParticipação

Feedback

Distribuiçao geral das categorias nas sessões analisadas

Sessão 01 Sessão 03

Sessão 05 Sessão 08

Sessão 10 Sessão 12

Sessão 13

Distribuição geral das categorias

�Diálogo: Oportunidade de socialização, demonstraram maior afinidade.�Colaboração: Atitudes de parceria, apresentando idéias, troca de experiência, agregando fatos e informações.�Forma de participação:Ações como discordar, problematizar, questionar sobre suas idéias e a dos outros.

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Desempenho individual dos sujeitos

0

5

10

15

20

25

Sessão01

Sessão05

Sessão08

Sessão10

Sessão11

Sessão13

Desempenho nas Interaçoes de LI

Feedback

Forma deParticipação

Colaboraçao

Diálogo

OrientaçãoTécnica

Organização doGrupo

05

1015202530

Sessão 08 Sessão 11 Sessão 13

Feedback

Forma deParticipaçãoColaboraçao

Diálogo

OrientaçãoTécnicaOrganização doGrupo

Desempenho nas Interaçoes PADesempenho nas interações de PA Desempenho nas interações de LI

0

5

10

15

Sessão01

Sessão03

Sessão05

Sessão08

Sessão10

Sessão11

Desempenho nas Interaçoes de CA

Feedback

Forma de Participação

Colaboraçao

Diálogo

Orientação Técnica

Organização do Grupo

Desempenho nas interações de CA

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Comportamento de LI

� LI teve maior participou dos sujeitos observados, demonstrou um

encanto com a descoberta da tecnologia. Quase em todas as

sessões convidava amigos cegos, deficientes visuais e colegas de

escola para participarem dos chat’s.

�Sua forma de colaboração e participação eram com suas próprias

experiências e situações que passava como cega.

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Comportamento de CA

� CA apresentou comportamento diferente do demais sujeitos,

geralmente discordava dos demais, problematizando situações.

Costumava citar exemplos de pessoas cegas com experiências sem

sucesso. Seu maior descontentamento era em relação a inclusão,

pois ainda considerava uma utopia.

�CA e PA eram conhecidos virtuais, fez com que o diálogo

apresentasse maior sincronia e afinidade.

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Comportamento de PA

� PA não teve sua participação inicial nas sessões, pois havia sido

substituído no curso.

� Sempre iniciava o diálogo, pedia licença para dar suas primeiras

contribuições. Por várias vezes assumiu posição de mediador.

Demonstrava maior conhecimento em TIC’s entre os cegos,

principalmente em relação a acessibilidade, tema polêmico entre a

comunidade de cegos atualmente.

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Relatório de desempenho nas disciplinas no curso

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Depoimento de LI na ferramenta perfil

Eu nunca tinha participado de nenhum curso à distância, pois eu

sempre achei que meus conhecimentos não eram suficientes. Eu

estou adorando!! Nunca vou esquecer da minha alegria quando

falei pela primeira vez pelo EVOC, pois não sei usar o MSN e o

SKIPE. Enfim, acho que as contribuições do curso são muitas,

conseguimos formar um grupo unido, crítico e participativo. Tudo

isso, graças a você, Pesquisadora e ao seu grupo.

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Algumas Considerações

� Pode-se dizer que o EVOC oportunizou o processo de inclusão digital e social dos cegos. Evidenciado quando LI relata que usa o EVOC para comunicar-se com seu filho, residente em outro estado;

�Apropriação da ferramenta EVOC é visível quando os cegos

interagiam com videntes sem serem percebidos;

�Oportunidade de uma formação a distância.

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Algumas Considerações

EVOC se diferencia do MSN, Skipe e de outros, pela:

� Portabilidade e facilidade de ser integrada em um AVA;

� Maior número de participantes;

� Opção de gravar o diálogo;

� Roda via web sem a necessidade de ser instalado;

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Algumas Considerações

� Pois a maior dificuldade observada pelos cegos e a falta de acessibilidade dos programas. Além de não possuírem a opção das teclas de atalho para facilitar o acesso.

� O processo de inclusão foi reforçado quando os cursistas cegos do PROINESP VI finalmente participaram dos bate-papos juntamente com os videntes. Pois desde o PROINESP I, isto não era possível, pois o bate-papo do ambiente TELEDUC não é acessível aos leitores de telas utilizados pelos cegos.

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Algumas Considerações

� Desta forma, pode-se dizer que as ferramentas síncronas com voz

através dos AVA’s servem como meio para a aplicação da teoria

sócio-histórica de Vygotsky, pois apresentam características que

correspondem aos conceitos sobre interação.

� Implementar uma ferramenta com voz via Internet acessível em

AVA’s favorece a interação numa perspectiva de inclusão digital,

social e conseqüente educacional aos cegos.

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A palavra vence a cegueira, na medida em que a pessoa com limitação visual, ao fazer uso destes signos através da fala,consegue se comunicar com o outro. (VYGOTSKY, 1997, p.108).

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Uma ferramenta de autoria síncrona acessível para cegos:

um estudo de caso no curso PROINESP

Obrigada!