Uma história de arquitetura expositiva

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Descrição dos elementos básicos que comporiam uma arquitetura expositiva e uma narrativa da história desta forma de arquitetura, considerando arquitetura como ressignificação do espaço.

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  • AULA 1

  • O conceito de expografia: arquitetura, design ou cenografia?

  • Apresentao do CursoVdeo Humberto + Csar Vdeo Stop Motion com imagens de Museus e exposies do curso tipo trailer

  • Lio de CasaNo dicionrio de portugus:

    http://houaiss.uol.com.br/

    EtmologiaMuseuMuseologiaMuseografiaDesenhoDesgnio

    No dicionrio de ingls:

    http://educacao.uol.com.br/dicionarios/

    DrawDesign

  • No existe em nenhum dicionrio:

    Expografia

    http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090601154300AAdEhSs

    Flvio Motta O Mestre dos Mestres

    http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/Enc_Artistas/artistas_imp.cfm?cd_verbete=1784&imp=N&cd_idioma=28555

    Lcio Costa

    http://www.casadeluciocosta.org/

  • AULA 2

  • ELEMENTOS BSICOS DE UMA EXPOSIO

  • Vdeo 2 conceitos base

  • ELEMENTOS BSICOS DE UMA EXPOSIOEsse nosso primeiro espao expositivo tem 3 elementos bsicos:

    O Espao

    2 . Obras a serem expostos nesse espao

    A inteno de dizer algo com elas

    A narrativa espacial a ser construda

  • O EspaoToda exposio acontece em um espao selecionado e definido para que ela acontea.Esse espao deve ter as dimenses adequadas para que caibam as obras e objetos necessrios para que a exposio cumpra seus propsitos.Ele deve ter caractersticas que protejam e preservem o que est sendo exposto.Ele um dos principais componentes de uma exposio e ele conversa com as obras e objetos e com os objetivos da exposio. Logo, jamais existe espao neutro, todos eles so personagens do evento EXPOSIO.

  • Obras a serem expostos nesse espao

    As obras so selecionadas segundo critrios de quem as concebeu, ou seja, de idias que procuram nas obras qualidades e caractersticas, a serem mostradas em uma exposio, que tem o objetivo de dizer algo com a somatria do espao, delas e dos objetivos.

  • A inteno de dizer algo com elas

    Toda exposio tem uma intencionalidade, um objetivo, uma idia a ser dita atravs da somatria e inter-relao entre obras e espao. Esse objetivo o ponto de partida da exposio.

  • O que hoje imaginao amanh ser realidade.

    William Blake

  • AULA 3

  • Linguagens e formas da arte

  • Vdeo 3 lembra aula 1 e anuncia a aula 2

  • As obras de uma exposioAs obras a serem expostas podemos denominar de objetos da exposio. Estes objetos so resultado de processos de criao, que partem de uma concepo prvia na mente, corporificada fisicamente depois.Isto projetar: imaginar e materializar.

  • OBJETOS DE ARTEPara fins didticos vamos comear falando de objetos artsticos dentro de uma viso mais conservadora, da histria da arte oficial. No esqueamos que o curso de Exposies Culturais e Comerciais, e da segunda forma de expor trataremos mais adiante no segundo mdulo.

  • OS OBJETOSEstes objetos so criados atravs de vrias formas de linguagem, como veremos a seguir:

  • PINTURAS RUPESTRESParque da Serra da Capivara, Piau. 12.000 a.C.

  • Os primeiros exemplos de desenho e de pintura usam as paredes de cavernas, e de grutas ou locais de difcil acesso como superfcie.

  • AFRESCOSAfrescos representando a Rainha Nefertari 1570 a 1505 a.C.

  • Aps as pinturas rupestres, surgem os afrescos, que utilizam a superfcie de templos, palcios e tmulos, como este exemplo egpcio.Faa um passeio virtual pela tumba de Nefertari tambm:http://superdownloads.uol.com.br/download/134/tumba-nefertari/

  • Ou esse do Palcio de Knossos Ilha de Creta parte da Grcia atual1550 a 1400 a. C.

  • Quer fazer um tour pelas runas do Palcio de Cnossos

    http://www.bsa.ac.uk/knosos/index.htm

  • Agora vamos continuar nossa sequncia, atravs de um histrico dessa forma de linguagem da arte na cultura ocidental.

  • Pintura GregaPintura em vaso de cermica VI a V a. C.

  • Na Grcia as pinturas eram feitas em vasos, de uso cotidiano, exportados para todo o mundo mediterrneo da poca.No haviam afrescos como em Creta, com uma civilizao denominada creto-micnica que precedeu a grega.

  • Afrescos RomanosHerculano 79 d. C.

  • Com a civilizao Romana temos novamente os afrescos como este exemplo de Herculano, cidade destruda pelo Vesvio junto com Pompia e por isso muito bem preservado. Eles decoravam casas, templos e edifcios pblicos.

  • Alm do afresco, teremos os mosaicos tambm como meio de linguagem extremamente difundido.

  • Mosaico das Termas de Caracala em Roma 212 a 217 d. C.

  • Com a ascenso do Cristianismo, a partir de 314 d.C., como religio oficial do Imprio Romano, pelo Imperador Constantino, os temas religiosos comeam a ser um dos eixos da produo artstica.

  • Mosaico Romano Igreja Santa Prassade Roma Sculo V d. C.

  • AFRESCOS NA IDADE MDIAO Beijo de Judas 1304 a 1306 d. C. Giotto di Bondone

  • Tornando-se dominantes por toda a Idade Mdia, at chegarmos ao Renascimento, quando comea a surgir uma nova viso da arte em que os mitos pagos, ou seja, da antiguidade greco-romana, so retomados.

  • PINTURA EM TELAAlegoria da Primavera de Sandro Botticelli - 1478

  • Alm do tema mitolgico, surge no Renascimento a pintura em tela, passvel de ser transportada e deslocada mais facilmente que as anteriores com base em madeira.Outro uso que se inicia intensivamente no Renascimento o dos retratos, como o que veremos a seguir.

  • Retrato de Battista SforzaDuquesa de UrbinoAutoria de Piero della Francesca1465 a 1472

  • Os retratos iro continuar a reproduzir os patrocinadores dos artistas, sendo importante instrumento de documentao das pocas em que foram realizados. Seguiro as tendncias das artes de cada perodo.

  • Os retratos consagraram o uso da tinta a leo, como neste auto-retrato de Rembrandt. Procurando reproduzir uma realidade.Auto-retrato de Rembrandt - 1642

  • Retrato BarrocoRetrato de Luis XIVHyacinthe Rigaud 1701 Veja os excessos de ornamentos e a dramaticidade do retrato barroco, muito bem exemplificado neste do Rei Sol da Frana, Luis 14. o contrrio de um certo comedimento do retrato renascentista de Battista Sforza.

  • Retrato de Battista SforzaDuquesa de UrbinoAutoria de Piero della Francesca1465 a 1472

  • Retrato Neoclssico Delphine Ramel Pintura de Ingres1859

    No neoclssico voltamosa uma esttica que retomao Renascimento, maiscomedida.

  • Esta procura do realismo comea a ser questionada com o surgimento da fotografia, que seria uma representao real do mundo.

  • A FOTOGRAFIA Paris Vista do Rio Sena no Sculo XIX Realista?

  • Miss Dorothy Draperpor John W Draper 1840 Retrato Fotogrfico Este considerado o primeiro retrato de mulher, feito na cidade de Nova Iorque, nos EUA em 1840, pelo irmo da retratada.

  • A libertao do realismoDa procura do realismo, comeam a surgir novas idias do que seria a pintura, que comea a assumir-se como uma leitura da realidade, deixando sua representao para a fotografia

  • Campo de Papoulas perto de Giverny de Claude Monet - 1885

  • Oliveiras Van Gogh 1889

  • Dora Maar com GatoPablo Picasso 1941E o retrato comea a fugirda representao realista

  • A pintura ento acaba se tornando tambm uma interpretao da realidade.Alis essa uma boa pergunta:

    Pintura deve ser uma expresso da realidade ou uma interpretao da realidade?

  • E a fotografia com o tempo tambm comea a se desvincular desta necessidade de ser realista.

  • Experincia de Cinema - Rosangla RennRealista ou interpretao?

  • A verdadeira pintura realista?Existe um certo preconceito com a pintura no realista, como se a abstrao fosse mais fcil de executar. comum se dizer que qualquer criana seria capaz de fazer uma tela abstrata. No Brasil uma das razes que justificariam esse preconceito com a abstrao que tivemos um marco nas artes plsticas com a vinda da Misso Artstica Francesa em 1816.** A MISSO ARTSTICA FRANCESA por Marcelo O. Uchoa

  • A Misso Artstica trouxe pintores ligados Academia Francesa que eram realistas, ligados ao Neo Classicismo. Um deles, Jean Baptiste Debret ficou no Brasil de 1816 a 1831. Retrato de ndia Jean Baptiste Debret

  • A Misso Artstica FrancesaQuando em 1808 a famlia real se viu obrigada a vir para o Brasil, trouxe com ela, mesmo que inconscientemente, a semente da criao desta, que seria a precursora do ensino de arte no Brasil, a misso artstica francesa de 1816. Composta por importantes nomes das artes francesas veio para ser o marco inicial do ensino de arte no Brasil.

  • E esse marco do ensino das artes plsticas no Brasil deixou sua marca, da pintura realista, depois denominada acadmica, que s foi questionada na dcada de 20 do sculo passado, como na Semana de Arte Moderna de So Paulo.

  • A BobaAnita Malfatti1916Temos no Brasil artistas que entraram em contato com as renovaes da arte na Europa, como Anita Malfatti

  • E outros que ainda esto apegados viso realista e acadmica da pintura.

  • Ramos de Azevedo Oscar Pereira da Silva - 1929

  • Mudanas e ConvivnciasOs movimentos e formas de ver a arte vo se sucedendo e convivendo entre si, de modo que formas de expresso de pocas diversas convivem em cada momento histrico, junto com outras que sero as futuras. No h uma ruptura drstica em que tudo era de um jeito e fica de outro.Poderamos dizer que o OLHAR muda de tempos em tempos gradativamente.

  • As pessoas de gosto nos dizem hoje que Renoir um grande pintor do sculo XVIII. Mas, dizendo isso, esquecem o Tempo e que muito precisou decorrer, mesmo em pleno sculo XIX, para que Renoir fosse saudado como um grande artista. Para desse modo conseguirem ser reconhecidos, o pintor e o artista originais procedem maneira de oculistas. O tratamento pela sua pintura, pela sua prosa, nem sempre agradvel. Quando est acabado, o clnico nos diz: "Olhe agora." E eis que o mundo (que no foi criado s uma vez, mas tantas vezes quantas apareceu um artista original) nos surge inteiramente diverso do antigo, mas perfeitamente claro. Mulheres passam pela rua, diferentes das de outrora, visto que lidamos com Renoirs, esses Renoirs onde nos recusvamos antigamente a ver mulheres. As carruagens tambm so Renoirs, assim como a gua e o cu: temos vontade de passear pela floresta idntica que no primeiro dia nos parecia tudo, menos uma floresta, e como, por exemplo, uma tapearia de numerosos matizes, mas onde faltavam justamente os matizes prprios s florestas. Tal o universo novo e perecvel que acaba de ser criado. H de durar at a prxima catstrofe geolgica que um novo pintor ou um novo escritor originais desencadearo.

    No Caminho de Guermantes - Marcel Proust

  • Mais pinturashttp://vivercomarte2007.blogspot.com/2007_10_01_archive.html

  • Agora vamos linguagem tridimensional das artes plsticas com o desenvolvimento da escultura na tradio ocidental.

  • ESCULTURASAs primeiras esculturas surgem em 30.000 A.C., como a Vnus de Willendorf (ustria) que vemos aqui.So estatuetas femininas de pequenas dimenses, identificadas como possveis dolos para o culto da fertilidade e sexualidade. Estas figuras apresentam caractersticas semelhantes entre si: so representadas nuas, de p e revelam os elementos mais representativos do corpo feminino em linhas exacerbadas.

  • Posteriormente nas primeiras civilizaes que so a base da cultura ocidental: a Egpcia, na frica, e a Sumria na regio onde hoje se situa o Iraque; surgem as primeiras esculturas de pessoas e deuses, procurando representar sua vida cotidiana e suas crenas.

  • ESCULTURASTouro Alado Assria 716 a 713 a. C.Egito Ankhwa2686 a 2613 a. C.

  • A GRCIANa Grcia com seus Deuses semelhantes ao homem, surge toda a escola realista de escultura, que permaneceria como paradigma at o advento das vanguardas artsticas do final do Sculo XIX e incio do Sculo XX, que quebraram essa idia e caminharam para a abstrao.

  • Grcia esculturas tpicasPalas Athenas - 490 a.C. a 430 a.C. Kouros Kroisos 540 a 515 a. C.

  • Esculturas RomanasOs Romanos se apropriaram da escultura grega, inclusive fazendo rplicas que preserveram a imagem dos originais perdidos. Os Imperadores e cidados ricos da sociedade romano foram retratados em esculturas.

  • Caio Jlio CsarCerca 60 a. C.

  • ESTTUAS MEDIEVAISNa Idade Mdia o tema das esttuas como da arte em geral ser religioso e cristo.

  • Construda entre 1283 e 1490. Como na Arquitetura Gtica das Catedrais, onde as esttuas eram feitas por artesos annimos, fazendo parte da decorao.

  • RenascimentoNo Renascimento retoma-se a Antiguidade Greco-Romana que influencia as esculturas produzidas nesse perodo.

  • Davi de Michelngelo 1501 a 1504

  • Moiss de Michelangelo - 1515Observe como esse Moiss lembra uma esttua do Deus Grego Zeus

  • Zeuspelo escultor Fdias sculo V a.C.

  • Estilos e esculturasComo foi tratado na pintura comeamos a ter a influncia dos estilos de cada poca na execuo das esculturas como a que segue.

  • Escultura Barrocaxtase de Santa TeresaGian Lorenzo BerniniSculo XVII Como vimos na pintura, existe na escultura uma dramaticidade e um excesso de elementos formais, fugindo da esttica econmica do Renascimento.

  • Escultura Barroca BrasileiraProfeta Daniel Aleijadinho1795 a 1805

    A Esttica barroca brasileira, como as outras que se seguiro em geral, acontece tardiamente frente ao cenrio das Tendncias Europias. Tem uma cara prpria porm, representada aqui por Antnio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.Quer ver mais: ttp://www.museualeijadinho.com.br/http://www.starnews2001.com.br/aleijadinho.html

  • O PensadorRodin1884 O escultor Rodin comea a se afastar da idia de uma representao realista da escultura, causando polmica na poca.

  • Links legaisMuseu Rodin Paris:

    http://www.musee-rodin.fr/

  • Como na pintura a escultura segue retratando com realismo pessoas e coisas, at que comea a sofrer um processo de abstrao que chega noincio do sculo XX com novos rumos.

  • As Vanguardas

    Cabea de Mulher Pablo Picasso1932Em 1932 Pablo Picasso, se afasta do realismo na escultura, mas no de forma completa, porque ainda podemos nos remeter a uma imagem que o ttulo evoca.

  • Mais Picasso. Veja no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o famosoMoma:

    http://search.moma.org/?q=pablo+picasso&q1=The+Collection&x1=category

  • E hoje temos nessa sequncia, da abstrao, caminhos como o desta escultura do artista britnico de ascendncia indiana Anish Kaapor, que nem ttulo tem.

  • Novamente a convivnciaLembrando novamente: Os movimentos e formas de ver a arte vo se sucedendo e convivendo entre si, de modo que formas de expresso de pocas diversas convivem em cada momento histrico, junto com outras que sero as futuras. Inclusive so ressuscitadas, como o Hiper-Realismo no final dos anos 60 do sculo XX.

  • Big SplashDavid Hockney1967

  • Vanguardas e ModernidadeTodo este processo de questionamento dos parmetros acadmicos realistas, e sua retomada em novas bases, coincide com mudanas que comearam em outras esferas da vida na segunda metade do sculo XIX e comeo do sculo XX: a ascenso de uma nova classe dominante formada pelos burgueses, da industrializao e urbanizao crescente, dos movimentos operrios, etc.

  • Tudo isso era conduzido por pensadores e lderes, tanto polticos como artsticos e intelectuais, e por vezes uma somatria dos trs, que so denominados hoje vanguardas. Elas contestavam um mundo que desvanecia-se, dos nobres e da terra como fonte de riqueza, e apontavam para o futuro, com muitos ideais e um projeto unificador denominado projeto moderno. Assim as vanguardas da pintura estavam associadas ao modernismo na arquitetura. Essa tentativa de contestao seria marca da produo artstica, at que este projeto de um mundo novo no se realizou, e as vanguardas foram virando arte oficial. Dessa crise das vanguardas surge a perspectiva ps-moderna, onde no mais se procura unificao atravs de um projeto coletivo.

  • Vanguardas e autoritarismoVistas com a devida iseno que o tempo nos d, as vanguardas acabavam, por sua tentativa unificadora, se tornando autoritrias, considerando-se a ponta de lana da sociedade e tendo dificuldade em dialogar com a diferena, assim como com a maior parte da populao, que continuou a preferir uma arte e arquitetura mais tradicionais.

  • Voltando ao nosso percurso que parou em Anish Kaapor, chegarmos a novas formas de expresso artstica, que usam intencionalmente o espao onde se situam como parte do trabalho: as instalaes.

  • InstalaesNames de Jac Leiner - 1989

  • E AS PERFORMANCESPerformance de Maurcio Ines na Galeria Vermelho em 2007

  • Surgem ento boas perguntas:O que realidade?Ser que todas as linguagens artsticasno seriam nada mais que interpretaesda realidade.E as exposies seriam ento uma reinterpretao de interpretaes da realidade.

  • Links legaisPerformance de Maurcio Ines:http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI16385-15571,00.html

    Galeria Vermelho:

    http://www.galeriavermelho.com.br/v2/index.asp

  • A DiSSOLUO DA ARTE

  • Isso no quer dizer que a arte se desmaterializou de todo e sim que ela atualmente acontece fora dos ambientes protegidos dos Museus, Galerias e centros culturais.

  • GrafiteO grafite comea nas ruasOs Gmeos Grafite na Av. 23 de maio na cidade de So Paulo - 2008

  • E vai para a galeriaExposio dos Gmeos na Galeria Fortes Villaa na cidade de So Paulo - 2006

  • ARTE E VIDAE temos enfim essa discusso sobre se:

    A vida imita a arte? (frase de Oscar Wilde)

    - A arte imita a vida?

  • Arte e vida interagem, e assim temos as novas aes artsticas denominadas intervenes urbanas.As intervenes urbanas levam a arte para a vida cotidiana, usando de linguagens do teatro, das artes plsticas, da ao poltica, atravs de eventos usando a cidade como cenrio de suas aes.Essas intervenes so propostas por grupos que se denominam Coletivos, que tem formao varivel, sem hierarquias rgidas, que retomam as utopias, mas procurando um dilogo com a populao e com os problemas cotidianos da cidade.

  • Pets de Eduardo Sur rio Tite cidade de So Paulo - 2008

  • Coletivo Poro de Belo Horizontevdeo: http://poro.redezero.org/videos.html

    Coletivo Lotes Vagos de Belo Horizontehttp://lotevago.blogspot.com/

    Um bom site de arte contempornea brasileirahttp://www.canalcontemporaneo.art.br/_v3/site/index.php

  • OUTROS OBJETOSAlm dos objetos artsticos toda sorte de objetos criados pelo homem tem algo a dizer e podem fazer parte de uma exposio.

  • MveisEstilo Lus XV sculo XVIIIThonet Sculo XIX

  • Cadeiras Luis XV cpia de original do sculo XVIII e verso do designer Phillipe Starck -2002

  • VESTURIOIssey MyakeVestido2007

  • DESIGNAbajur Miss Sissi Phillipe Starck1991

  • E como dito no vdeo inicial do mdulo os objetos na sua casa so uma exposio. Podemos expor de tudo, basta adicionar intencionalidade a cada arranjo que fazemos no espao. Agora onde tudo isso comeou? Onde associamos um objeto, um espao e uma inteno primeiramente na histria da humanidade?

  • Arte Rupestre. Lascaux

  • A entrada da GrutaObserve que ela foi construida depois. Antes ela ficava escondida e foi descoberta por acaso, por quatro adolescentes, em 1940. A gruta conhecida como "capela Sistina pr-histrica" e tem pinturas rupestres datadas de 17.000 a 15.000 a.C..

  • Grande Salo ou Salo dos Touros

  • Observe o uso do relvo da caverna no desenho do torso do touro

  • Galeria Lateral

  • Galeria Lateral direita

  • O Alvorecer da ArteUma das grandes discusses da Antropologia o surgimento da civilizao. Para algumas correntes ela surgiu junto com a escrita. Outras correntes porm estabelecem que a expresso artstica foi o incio da civilizao ou, ainda mais enfaticamente, o crescimento da populao do Homo Sapiens que superou o Homus Neanderthalis ocorreu em funo da capacidade do Sapiens em fazer arte.Afora os registros de objetos em tumbas e ferramentas de caa, as primeirascriaes artsticasde impacto criadas pelos homens que foram descobertas so as pinturas rupestres. A Gruta de Lascaux uma das mais impressionantes dessas manifestaes artsticas e pode ser tratada como uma das primeiras exposies feitas pelo homem contemporneo.

    LinkS Antropologia: http://houaiss.uol.com.br/http://www.antropologia.com.br/http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html

  • Como coloca Steven Mithens, em seu livro A pr-histria da Mente Uma busca das origens da arte, da religio e da cincia:

    Os arquelogos frequentemente descrevem a passagem do Paleoltico mdio ao superior como a exploso cultural...durante essa transio, ou logo antes dela, observamos a colonizao da Austrlia, a disseminao dos artefatos de osso...e a criao das pinturas rupestresEmbora essa seja a primeira arte de que o homem tem conhecimento, no h nada primitivo a seu respeito.Arte como produto da fluidez cognitiva, a mente humana moderna criando artefatos/imagens com significados simblicos como meio de comunicao, isto , arte.

  • Vejamos agora uma vdeo sobre Lascaux:

    Link Vdeo de lascaux: http://www.s4web.com.br/videoyoutube.php?ident=DV0xrbvVAQw

  • A Primeira ExposioNo vdeo anterior linkado em gruta de Lascaux voc pode ver a dimenso nada modesta da gruta. Um dado interessante que a primeira exposio comea com perspectivas mgicas, onde os animais representados so ligados a ritos iniciticos das religies Xamnicas primordiais. Lascaux famosa pela qualidade de suas pinturas, porm existem muitas outras grutas com arte rupestre.Todas elas so exemplo das primeiras exposies do homem moderno. Lascaux ganhou fama pela qualidade de suas pinturas, que fascinaram intelectuais como Georges Bataille que disse: "A Caverna de Lascaux, no Vale de La Vzre, a dez quilometros da pequena cidade de Montignac; , em suas origens, o primeiro signo sensvel que encontramos do homem e da arte.

  • Assim o homem comea a dizer coisas com imagens e espaos muito antes de criar qualquer linguagem escrita.

  • Lio de casaArte rupestre:

    http://www.s4web.com.br/videoyoutube.php?ident=bzShXDxm2v8Xamanismo:

    http://www.xamanismo.com.br/Universo/SubUniverso1186617496http://www.sobresites.com/xamanismo/http://www.siberianshamanism.com/inglese/buriaziaing.htmlGeorges Bataille:

    http://www2.ee.ufpe.br/codec/bataille.pdf

  • DO OBJETO AOS ESPAOSDe Lascaux onde tinhamos:1 - Objetos: as pinturas rupestres,2 - Um espao: a gruta3 - A inteno: fins de culto religiosoComea a haver um desenvolvimento histrico do que so os objetos a expor e os espaos onde devem ser exibidos. Iniciamos assim o nascimento da era dos Museus na Grcia, tema da prxima aula.