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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS CLIMÁTICAS PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA RIO DE JANEIRO 2019

UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Page 1: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS CLIMÁTICAS

PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA

RIO DE JANEIRO

2019

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2

Filipi Magalhães da Silva

Volume único

Trabalho de conclusão apresentado ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional - PROFBIO, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ensino de Biologia

Orientadoras:

Prof. Dra. Sonia Vasconcelos

Profa. Dra. Christiane Coelho Santos

Rio de Janeiro

2019

UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS

CLIMÁTICAS PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA

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3

Z31a Magalhães, Filipi da Silva Uma proposta de abordagem do tema mudanças climáticas para professores de biologia - Rio de Janeiro, 2019. 177 f.

Orientadoras: Sonia Vasconcelos e Christiane Coelho Santos Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional - PROFBIO, 2019.

1. Mudanças climáticas. 2. Investigativo. 3. Criatividade I. Maria Ramos de Vasconcelos, Sonia e Coelho Santos, Christiane, orientadoras. III. Título.

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Filipi Magalhães da Silva

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional (PROFBIO) do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ensino de Biologia.

Aprovado em 27 de setembro de 2019 pela seguinte Comissão Examinadora:

_______________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Sonia Vasconcelos - PROFBIO/UFRJ e MP-EGeD/Instituto de

Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM/UFRJ) – Orientadora

_______________________________________________________________________________________________

Profa. Dra. Christiane Coelho Santos - Colégio Pedro II - Orientadora

_______________________________________________________________________________________________

Prof. Dr. Danilo Oliveira – Faculdade de Farmácia/UFRJ, MP-EGeD/IBqM/UFRJ – Membro Titular Externo

_______________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Margarete de Macedo Monteiro - PROFBIO/UFRJ e Instituto de

Biologia/UFRJ – Membro Titular Interno

_______________________________________________________________________________________________ Profa. Dra. Erika Michele Avelino Negreiros Gonçalves

Instituto de Biologia Carlos Chagas Filho (IBCCF)/UFRJ – Membro Suplente Externa

_______________________________________________________________________________________________

Profa. Dra. Cássia Mônica Sakuragui PROFBIO/UFRJ- Revisora, Membro Suplente Interna

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, por toda a educação que me deram durante a criação, que me permitiu

estudar e enxergar nos estudos um objetivo de um futuro melhor.

As minhas orientadoras Sonia Vasconcelos e Christiane Coelho Santos, pois me deram muito

apoio e forças para a conclusão deste mestrado. Sem esse apoio e toda a orientação para a

condução do TCM não teria conseguido.

A Professora e Coordenadora do PROFBIO-UFRJ/Fundão, Cássia Mônica Sakuragui, pelo

carinho, incentivo e forças dadas durante todo o mestrado, não só a mim, mas a toda a turma.

Ao Junior, por estar do meu lado me dando forças e apoiando durante minha trajetória no

mestrado.

Aos meus amigos, pelas conversas, desestresses e compreensão, principalmente durante a fase

final desse TCM, além do apoio e força que me deram.

À minha turma do PROFBIO, pelo incentivo coletivo e a troca de motivação que sempre deram

uns aos outros.

Aos colaboradores do e-book, Prof. Alfred Sholl e Profa. Erli Schneider Costa, por terem aceitado

gravar os vídeos.

Ao Fábio Alencar, pela edição do e-book, e a Wanessa B. Machado, pela edição dos vídeos, e

Renan Alves, pela ilustração da capa.

Aos Professores Marlon Machado, Carolina Nascimento, Vinicius Zanini, Giselle Fonseca e

Grazielle Pereira, pela avaliação do e-book.

Aos Professores Danilo Oliveira, Margarete de Macedo Monteiro e Erika Michele Avelino

Negreiros Gonçalves, por terem aceitado participar da banca e, novamente, a Profa. Cassia

Mônica Sakuragui pela revisão do TCM.

Page 6: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

6

AGRADECIMENTO A CAPES

Agradeço, em especial, a CAPES por ter me fornecido a bolsa de estudo/pesquisa e por

ter apoiado a criação do PROFBIO que é tão importante para os professores de Biologia e para

a educação no Brasil.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA

Minha experiência no mestrado foi muito positiva. Eu já estava, há alguns

anos, afastado do meio acadêmico e me renovando pouco como professor de

Biologia e Ciências. As experiências com o PROFBIO me fizeram repensar práticas

pedagógicas e reformular algumas aulas. Conheci a proposta do ensino investigativo

e, ao ser estimulado a elaborar um plano de aula com essa abordagem e aplicar em

minhas turmas durante as disciplinas de aplicação em sala de aula, percebi o quanto

que essa abordagem é funcional para a compreensão dos alunos sobre os temas

trabalhados em sala de aula.

A cada semestre tínhamos um tema, que era um conjunto de disciplinas de

áreas afins, ministradas por professores que ao mesmo tempo, nos atualizava sobre

o assunto e nos provocavam a utilizar o ensino investigativo em nossas salas de aula

no ensino básico. Essa abordagem investigativa foi explorada para o

desenvolvimento deste TCM, com foco no tema “mudanças climáticas”.

Sou muito grato à comissão organizadora nacional do PROFBIO pelo

excelente Programa e, também, grato à equipe do PROFBIO da UFRJ pela qualidade

das aulas.

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”

Paulo Freire

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RESUMO MAGALHAES, Filipi da Silva. Uma abordagem criativa sobre o tema “mudanças climáticas” para professores de Biologia. 2019. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional) – Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. A criatividade vem ganhando cada vez mais espaço quando o assunto é educação. Identificar variadas formas para se relacionar com o conhecimento e resolver problemas a partir de novas conexões e perspectivas está associada à ideia de criatividade que se espera fomentar entre os alunos. Com essa visão, órgãos de avaliação da educação mundial, incluindo o Programme for International Student Assessment (PISA), têm intensificado a atenção a essa temática. A partir de 2021, por exemplo, um módulo para avaliar “creativity” será incluída no exame do PISA. Dentre as questões que podemos levantar no contexto de ciências está aquela associada ao ensino de biologia: que estratégias podem ser desenvolvidas para estimular o pensamento criativo e crítico dos alunos? Algumas dessas estão centradas no ensino investigativo de ciências. Neste trabalho, apresentamos uma revisão narrativa da literatura sobre essa estratégia para a exploração do tema “mudanças climáticas”, nas bases Scopus e Google Scholar. Essa revisão foi seguida do delineamento de um material para explorar essa questão, propondo uma abordagem criativa e investigativa do tema. Foi elaborado, como produto deste trabalho, um e-book para professores de biologia da educação básica, onde buscamos estimular o pensamento criativo e crítico dos alunos por meio de uma sequência didática que incorpora características descritas por Toulmin (2006) e Motokane (2015). O material foi apreciado por um grupo de quatro professores de biologia com experiencia na educação básica nas redes municipal, estadual, federal e privada e por um pesquisador atuante no campo da divulgação cientifica. Essa exposição do e-book para além do contexto do ensino de biologia se deu pelo fato do tema ser de interesse público e ter o potencial de contribuir para a compreensão publica da ciência, via abordagem do tema “mudanças climáticas”.

Palavras-chave: Mudanças Climáticas, Ensino Investigativo, Criatividade.

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ABSTRACT MAGALHAES, Filipi da Silva. A creative approach to climate change for biology teachers. MSc Dissertation (Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional ) - Institute of Biology, Federal University of Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

Creativity has been gaining more and more space when it comes to education. Identifying various ways to relate to knowledge and solve problems from new connections and perspectives is associated with the idea of creativity that is expected to be fostered among students. Aligned with this view, global education assessment organizations, including the Program for International Student Assessment (PISA), have given stronger attention to this theme. From 2021, for example, a module for assessing creativity will be included in the PISA exam. Among the questions we may raise in the science context is that associated with biology teaching: what strategies can be developed to stimulate students' creative and critical thinking? Some of these strategies focus on inquiry-based science teaching. In this work, we offer a narrative review of the literature on these strategies for exploring the theme "climate change", based on Scopus and Google Scholar. This review was followed by the design of a material proposing a creative inquiry-based approach to the topic. As a product of this work, an e-book was developed for basic education biology teachers, through which we seek to stimulate students' creative and critical thinking through a didactic sequence that incorporates characteristics described by Toulmin (2006) and Motokane (2015). The material was appreciated by a group of four biology teachers with experience in basic education in municipal, state, federal and private institutions and by a researcher active in the field of public understanding of science. This exposure of the e-book beyond the context of biology teaching has been considered as the theme is of public interest and has the potential to contribute to the public understanding of science through the approach to "climate change".

Keywords: Climate Change, Inquiry-based Teaching, Creativity.

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LISTA DE SIGLAS

BNCC - Base Nacional Comum Curricular

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

EA - Educação Ambiental

GS - Google Scholar

IBSE - Inquiry-Based Science Education

OCDE - Organisation for Economic Co-operation and Development

PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência

PISA - Programme for International Student Assessment

PNLD - Programa Nacional de Livros Didáticos

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

TCM - Trabalho de Conclusão de Mestrado

TIC - Tecnologia de Informação e Comunicação

WISE - Web-Based Inquiry Science Environment

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – CAPTURA DE TELA DA BUSCA PELOS DESCRITORES INDICADOS, COM OS CRITÉRIOS DE PESQUISA NA BASE SCOPUS – 01.08.2019 .........................................23 FIGURA 2 - ESQUEMA DE SELEÇÃO DOS DOCUMENTOS NA BASE SCOPUS – 1989 – PRESENT [2019] A PARTIR DOS 50 DOCUMENTOS COLETADOS PARA O PERÍODO...................................................................................................................................................23 FIGURA 3 - ESQUEMA DE SELEÇÃO DE DOCUMENTOS NA BASE GOOGLE SCHOLAR – 1989 -PRESENTE [2019] - A PARTIR DOS 805 DOCUMENTOS COLETADOS PARA O PERÍODO ..............................................................................................................................................24 FIGURA 4 – REPRESENTAÇÃO DAS SEÇÕES QUE COMPÕEM O E-BOOK “UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA “MUDANÇAS CLIMÁTICAS” PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA A PARTIR DA PERSPECTIVA DO ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO” ..........................................................................................................................27 FIGURA 5 – DISTRIBUIÇÃO DE PUBLICAÇÕES AO LONGO DOS ÚLTIMOS 30 ANOS NA BASE SCOPUS – PARA “CLIMATE CHANGE” AND “TEACHING” AND “INQUIRY” – TOTAL DE 50 DOCUMENTOS ..........................................................................................................35

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LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - DETALHAMENTO DAS 21 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS NA BASE SCOPUS (1989-2019) A PARTIR DA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE INCLUSÃO..... ............................................................................................................. Erro! Indicador não definido.0

QUADRO 2 - DETALHAMENTO DAS 28 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS NA BASE GOOGLE SCHOLAR (1989-2019) A PARTIR DA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ............................................................................................................................................... 36

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LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS

APÊNDICE 1 – MATERIAL SCOPUS ............................................................................................. 66

APÊNDICE 2 – MATERIAL SCOPUS - LISTA SELECIONADOS ............................................. 74

APÊNDICE 3 – MATERIAL GOOGLE SCHOLAR - LISTA SELECIONADOS ...................... 83

APÊNDICE 4 – MATERIAL GOOGLE SCHOLAR - PRINTSCREEN BUSCAS ..................... 93

ANEXO 1 – MATERIAL SCOPUS - LISTA COMPLETA DOS 50 TÍTULOS ......................... 99

ANEXO 2 – DECLARAÇÃO DE NÃO UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTO COM SERES

HUMANOS ............................................................................................................................................ 114

ANEXO 3 – E-BOOK: “UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA “MUDANÇAS

CLIMÁTICAS” PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA A PARTIR DA PERSPECTIVA DO

ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO” .........................................................................116

Page 15: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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SUMÁRIO

Página

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 16

2 OBJETIVO E JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 19

2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................................ 19

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 20

2.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................ 20

3 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 20

3.1 NOTA INTRODUTÓRIA ......................................................................................................... 20

3.2 REVISÃO NARRATIVA .......................................................................................................... 21

3.3 ELABORAÇÃO DO E-BOOK ................................................................................................. 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 29

4.1 NOTA INTRODUTÓRIA ......................................................................................................... 29

4.2 BLOCO I - RESULTADOS QUANTITATIVOS ADVINDOS DA PESQUISA

REALIZADA NAS BASES SCOPUS E GOOGLE SCHOLAR ................................................. 29

4.3 BLOCO II - APRECIAÇÃO DA CONCEPÇÃO E CONTEÚDO DO E-BOOK PELOS

CONSULTORES COLABORADORES ........................................................................................ 44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 56

6 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 57

7 APÊNDICES E ANEXOS ............................................................................................................... 65

8 E-BOOK: “UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA “MUDANÇAS

CLIMÁTICAS” PARA PROFESSORES DE BIOLOGIA A PARTIR DA PERSPECTIVA

DO ENSINO DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO” ......................................................... 116

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1. Introdução

No contexto escolar, Coutinho e Lisbôa (2011) defendem que “a escola e os

seus agentes têm de mudar os métodos e técnicas de ensino e pensar em formas

eficientes e eficazes para preparar os estudantes”, formando neles um pensamento

crítico e reflexivo. Segundo Lucas (2017), em todo mundo, tem se percebido que algo

além do conhecimento é necessário e cita que na Austrália isso é chamado de

“capacidade”, que seria “pensamento criativo, colaboração, perseverança e auto

percepção”. Essa percepção vai de encontro a “um estilo de ensino passivo” que

desperdiça “a curiosidade intrínseca, a imaginação, a criatividade e o fascínio” dos

alunos, levando “as universidades a investir enormes somas em um esforço para

recuperar-se dessas oportunidades perdidas” (HAMMOND et al, 2010). A literatura

acadêmica e diversos documentos governamentais indicam várias iniciativas para

diminuir a lacuna sobre a abordagem desse problema na educação básica, incluindo

o ensino de biologia (HAMMOND et al, 2010). Nesse contexto, fomentar o

pensamento crítico e a criatividade parece ser estimulado, por exemplo, por uma

abordagem “inquiry based”- baseado em investigação. De acordo com DeHaan

(2009, p.172, grifo nosso),

As evidências sugerem que a abordagem que fomenta o desenvolvimento da criatividade requer ensino baseado em investigação, que inclui estratégias explícitas para promover a flexibilidade cognitiva. Os alunos precisam ser lembrados e mostrados repetidamente como ser criativo... questionar suas próprias suposições e imaginar outros pontos de vista e possibilidades.

Num contexto mais amplo, essa ênfase no fomento e ao papel da criatividade

na formação escolar (AKTAMIS & ERGIN, 2008; LIU & LIN, 2014) está refletida em

uma mudança que será vista em 2021 no PISA (Programme for International Student

Assessment), um programa internacional de avaliação de alunos da educação básica,

que possuem entre 15 e 16 anos de idade. Esse exame criado pela Organisation for

Economic Co-operation and Development (OCDE) tem como objetivo avaliar se os

jovens sabem utilizar o que aprenderam na escola em situações reais, no dia a dia

(OECD, 2014; INEP). A partir de 2021, a criatividade será abordada nas avaliações

do Programa (LUCAS, 2017), sob o pressuposto de que é possível medir o

desenvolvimento do pensamento criativo (LUCAS, 2017).

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A criatividade é uma das várias habilidades que podem e devem ser

exploradas na escola e como ela vem sendo incentivada em vários países é uma

questão contemporânea, como indicado em Banaji, Cranmer, Perrota (2013). Esses

mesmos autores destacam que

Uma visão democrática da criatividade como algo que pode ser cultivado em maior ou menor extensão em todos os seres humanos e que aprimora a aprendizagem e as habilidades para a vida, no entanto, é, ultimamente, uma alegação mais comum nas discussões sobre esse tópico. As práticas em sala de aula, no entanto, nem sempre permanecem sincronizadas com os debates mais recentes em qualquer campo. (BANAJI, CRANMER, PERROTA, 2013, p.1, tradução nossa).

Uma das formas de estimular a criatividade nas aulas de Biologia e Ciências

é através do ensino investigativo. Segundo Haigh (2007), a melhoria do pensamento

criativo, se tratando tanto de pensamento de possibilidades quanto resolução de

problemas, é observado na interação aluno-aluno, aluno-pesquisador e aluno-

professor. Para Júnior et al (2018), essas atividades estimulam um senso crítico,

quando realizadas em grupos, onde a individualidade de cada aluno é agregada em

um mesmo objetivo. Citando Pozo (1998), Ferreira, Hartwig e Oliveira (2010,

p.101), descrevem que

No ensino por investigação, os alunos são colocados em situação de realizar pequenas pesquisas, combinando simultaneamente conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais (Pozo, 1998). Essa abordagem também possibilita que o aluno desenvolva (exercite ou coloque em ação) as três categorias de conteúdos procedimentais (Pro, 1998): habilidades de investigar, manipular e comunicar.

Sobre a abordagem em sala de aula, Martins-Loução e colaboradores (2019)

descrevem que o conceito de – inquiry-based science education - educação em

ciências baseada na investigação (IBSE) pressupõe que, para que haja motivação e

interesse dos alunos nas aulas, os conteúdos científicos devem focar não apenas no

conhecimento temático, mas também como eles se relacionam com os problemas da

vida cotidiana. Como descrevem os mesmos autores (MARTINS-LOUÇÃO et al,

2019), para entendermos de onde surgem e como podem ser resolvidos, por

exemplo, problemas ambientais em nosso planeta, uma abordagem pedagógica

explorando os contextos em que se inserem as questões científicas deve ser

privilegiada, em detrimento de um que estimule a memorização mecânica de

conceitos.

Page 18: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

18

O que a literatura vem demonstrando é que, em relação ao interesse dos

alunos em ciências, a pedagogia do ensino que privilegia os questionamentos, como

é o caso da proposta IBSE, seria um caminho para aprimorar a educação científica.

Enquanto destacam essa questão, Martins-Loução e colaboradores (2019)

salientam que, na Europa, por exemplo, foi somente após o relatório Rocard, “Science

Education Now: A New Pedagogy for the Future of Europe, publicado em 2007, que as

escolas foram aconselhadas a adotar o IBSE como uma abordagem metodológica

para a melhoria do interesse dos estudantes pela ciência. Osborne & Dillon (2008),

que publicaram o documento “Science Education in Europe: Critical Reflections. A

Report to Nuffiel Foudation”, são citados pelos autores. De forma geral, os autores

corroboram as conclusões em vários artigos científicos apontando que aprender

ciência por meio da investigação impacta positivamente o interesse na

aprendizagem, a participação nas aulas e a motivação dos alunos em relação a

questões científicas (OSBORNE & DILLON 2008).

Entretanto, desenvolver atividades didáticas alinhadas com uma abordagem

IBSE apresenta-se como um desafio importante para professores da educação básica

(ANDRADE, MASSABNI, 2011). Parte desse desafio se associa a dificuldade de

desenvolver atividades práticas concretas, com experimentos científicos, no espaço

escolar (ANDRADE, MASSABNI, 2011).

Entretanto, contribuições como as do artigo “Beyond the Scientific Method:

Model-Based Inquiry as a New Paradigm of Preference for School Science

Investigations” (WINDSCHITL, THOMPSON E BREATEN, 2008), adicionam uma

importante perspectiva sobre abordagens investigativas tradicionais para o ensino

de ciências e biologia, que exploram atividades práticas experimentais para que os

alunos possam entender e se apropriar do método cientifico (ANDRADE, MASSABNI,

2011). Em diálogo com vários estudos, Windschitl, Thompson e Breaten (2008)

argumentam que

Cientistas se envolvem em uma ampla gama de atividades. Eles observam outros membros de sua profissão realizando demonstrações de novos equipamentos e técnicas, desenvolvem habilidades de laboratório ao longo do tempo (por exemplo, práticas de segurança, uso de equipamentos, aprendem procedimentos específicos), tentam replicar os estudos de outros cientistas, inventam novas tecnologias, conduzem e experimentam pensamentos, pesquisam em bibliotecas e usam o conhecimento para resolver problemas práticos (Bauer, 1992; Kosso, 1992; Pickering, 1995; Rouse, 1987). Todas essas atividades também são valiosas para a aprendizagem das ciências nas escolas. Mas existem

Page 19: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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práticas particulares que são parte integrante do trabalho central da ciência - sendo esse núcleo organizado em torno do desenvolvimento de explicações baseadas em evidências sobre o funcionamento do mundo natural (Giere, 1991; Longino, 1990). Grosso modo, isso envolve o processo criativo de desenvolver hipóteses a partir de teorias ou modelos e testá-las contra evidências derivadas da observação e do experimento. (Tradução nossa, grifo nosso)

Nesse contexto, Windschitl, Thompson e Breaten (2008) relatam resultados

em seu estudo com professores de ciências, em que exploraram “discursos que

conectam evidências com a teoria através do uso de argumentos científicos”.

Descrevem que, para um grupo de professores, “quando perguntado em uma

entrevista posterior: “O que acontece em um estudo após um pesquisador analisar

os dados? ”, vários ignoraram a importância do argumento científico para explicar

um fenômeno.

Mas de que forma esse contexto investigativo, com atividades que fomentem

a compreensão dos alunos sobre como se constrói a ciência estaria relacionado com

o estímulo a criatividade dos alunos? Para os autores Hung e Ko (2017), uma aula

baseada em um modelo investigativo criativo, tem como componentes a

“exploração, explicação, comunicação e avaliação”. Esses quatro componentes

seriam essenciais para as “soluções criativas de problemas”. Os autores (HUNG E KO,

2017, tradução nossa) questionam, “a investigação científica é funcionalmente

idêntica à solução de problemas? Se a resposta for sim, por que não usar a solução

de problemas criativos para o ensino em sala de aula? ”. Nesse contexto a IBSE e o

fomento à criatividade são igualmente importantes para a formação escolar dos

estudantes, para que se tornem cidadãos críticos e reflexivos.

2. Objetivo e Justificativa

2.1 Objetivos Gerais

O objetivo deste trabalho é estimular o professor da educação básica a

promover um ambiente que, ao mesmo tempo, exponha os alunos a uma abordagem

investigativa no ensino de biologia e também estimule a criatividade dos alunos.

Parte-se do pressuposto de que “a abordagem que fomenta o desenvolvimento da

Page 20: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

20

criatividade requer ensino baseado em investigação, que inclui estratégias explícitas

para promover a flexibilidade cognitiva.”. (DEHAAN, 2009, p. XX, tradução nossa).

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 Realizar uma revisão narrativa da literatura acadêmica para oferecer um

panorama de publicações com foco sobre “mudanças climáticas” e abordagem

investigativa no ensino de ciências e biologia.

2.2.2 Desenvolver um e-book, como principal produto do trabalho, explorando

o tema “mudanças climáticas” por meio de uma abordagem investigativa criativa, na

educação básica, especialmente para professores de biologia.

2.3 Justificativa

No Brasil, embora pareça haver uma ideia de que os brasileiros são

naturalmente criativos (FLEITH, 2011), essa pode ser apenas uma percepção

cultural. Se consideramos, por exemplo, o ranking do Brasil no “global innovation

index” de 2018 (CORNELL University, INSEAD and WIPO, 2018), o país está em 64

de 126 países listados, embora possa ser alegado que esse é um índice com um viés

muito particular, econômico, sobre criatividade e “economia criativa” (CORREIA &

COSTA, 2014). Trazer essa discussão por meio da abordagem de um tema de amplo

interesse biológico e social como “mudanças climáticas” pode promover uma

oportunidade objetiva de explorar o problema entre professores de biologia da

educação básica.

3. Metodologia

3.1 Nota Introdutória:

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho será descrita

em duas seções distintas, que abordarão, respectivamente, os processos de

produção de uma revisão narrativa da literatura (3.2) e de um e-book intitulado

“Uma proposta de abordagem do tema “mudanças climáticas” para

Page 21: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

21

professores de biologia a partir da perspectiva do ensino de ciências por

investigação” (3.3). Sobre a revisão narrativa, destaca-se que o objetivo foi

apresentar um panorama geral para o período da busca (LESSA, 2015) nas bases

Scopus e Google Scholar – ou Google Acadêmico.

A base Scopus tem foco maior em artigos acadêmicos e o Google Scholar é

mais abrangente, cobrindo artigos científicos, incluindo livros, teses e conference

proceedings, além de outros documentos (HADDAWAY, 2015). Como descrito no

Sistema da Elsevier (https://www.elsevier.com/pt-br/solutions/scopus), a base

concentra quase 25.000 títulos e Scopus é o maior banco de dados de resumos e citações da literatura com revisão por pares: revistas científicas, livros, processos de congressos e publicações do setor. Oferecendo um panorama abrangente da produção de pesquisas do mundo nas áreas de ciência, tecnologia, medicina, ciências sociais, artes e humanidades.

A base disponibiliza uma ferramenta que analisa os resultados das buscas,

mostrando gráficos onde as publicações são divididas por: ano, ano por fonte, autor,

afiliação, país/território, tipo, área de assunto e patrocinador de financiamento. O

Google Scholar (https://scholar.google.com/) é uma base que fornece uma ampla

gama de trabalhos acadêmicos, como artigos, teses, livros, resumos de eventos

acadêmicos, relatórios de pesquisa, documentos de repositórios on-line e outros.

Uma vantagem é a grande quantidade de produções em português, o que dá uma

dimensão sobre as produções feitas no Brasil. Com o filtro de pesquisa avançada,

podemos refinar a pesquisa, colocando alguns limites. Os detalhes da busca serão

descritos a seguir (3.2).

3.2 Revisão narrativa

Na base Scopus, com predominância de material em língua inglesa,

utilizamos os descritores "climate change", "inquiry" e "teaching" (“mudanças

climáticas”, “investigação” e “ensino”) no Título, Resumo ou Palavras-chave,

publicadas no período entre 1989-present [2019] (Figura 1). Nessa pesquisa

(01.08.2019) foram encontradas 50 publicações. Após aplicados os critérios de

inclusão – foco em ensino de ciências e/ou biologia + uso da abordagem

investigativa para discutir o tema “mudanças climáticas” - foi identificado um total

de 21 publicações (Figura 2).

Page 22: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

22

No site do Google Scholar todas as buscas foram realizadas utilizando dois

termos, de cinco escolhidos: “mudanças climáticas”, “aquecimento global”, “ensino”,

“ensino de ciências” e “ensino de biologia”. Foram realizadas cinco buscas, cada uma

usando combinações diferentes de tópicos. Na primeira, foram utilizados os termos

“aquecimento global” e “ensino de ciências” e a busca foi limitada somente ao título

das publicações. Foram localizados um total de quatro publicações e, depois de

aplicados os critérios de seleção, duas publicações foram selecionadas. Na segunda

busca, foram utilizados os termos “aquecimento global” e “ensino de biologia” e a

busca também foi limitada ao título. Foi localizada apenas uma citação, que foi

descartada, uma vez que não era acessível. Na terceira busca foram utilizados os

termos “aquecimento global” e “ensino de biologia”, mas, nesse caso, os termos

poderiam estar em qualquer lugar do artigo. Foram identificadas em 01/08/2019

um total de 725 publicações, sendo a busca repetida em 17/08/2019, que retornou

733 documentos e após a aplicação dos critérios de seleção, somente 16 foram

selecionados. Na quarta busca foram utilizados os termos “mudanças climáticas” e

“ensino”, limitados ao título do artigo. Nessa busca foram encontradas 28

publicações e, após a aplicação dos critérios de inclusão foram selecionadas cinco.

Na quinta e última busca foram utilizados os termos “aquecimento global” e

“ensino”, também limitadas ao título. Foram encontradas 39 publicações e dessas,

cinco foram selecionadas. No total, pelo Google Scholar, foram encontradas 804

publicações. Após a aplicação dos critérios de inclusão, 28 foram selecionadas

(Figura 3). A lista com todos os artigos selecionados e excluídos estão apresentadas

nos APÊNDICES 1, 2 e 3.

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23

Figura 2 – Captura de tela da busca pelos descritores indicados, com os critérios de pesquisa na base Scopus – 01.08.2019

Figura 2 - Esquema de seleção dos documentos na base Scopus – 1989 – present [2019] a partir dos 50 documentos coletados para o período.

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24

Figura 3 - Esquema de seleção de documentos na base Google Scholar – 1989 - presente [2019] a partir dos 805 documentos coletados para o período.

3.3 Elaboração do E-book

O e-book foi elaborado de forma colaborativa. Como organizadores estão o

autor deste TCM e as orientadoras. Como colaboradores, contou-se com a

participação dos professores Alfred Sholl, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas

Filho (IBCCF), da UFRJ, e Erli Schneider Costa, do Departamento de Ecologia da

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Os professores Marlon Machado,

doutorando do Programa de Educação, Gestão e Difusão em Biociências do Instituto

Page 25: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

25

de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM)/UFRJ, Carolina Nascimento,

professora de biologia da Escola Municipal Desembargador Oswaldo Portella e

Colégio Estadual Mauá, Vinicius Zanini, professor de biologia do Colégio São Bento,

Giselle Fonseca e Grazielle Pereira, professoras de ciências no Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), foram os professores

consultores, que chamamos de consultores colaboradores. Na edição dos vídeos

tivemos colaboradores do Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de

Janeiro (CECIERJ) - Wanessa B. Machado, na ilustração da capa, Renan Alves e no

projeto gráfico e diagramação, Fábio Alencar.

O e-book conta com uma Nota Introdutória e três capítulos. Na Nota

Introdutória foi realizada a apresentação do material com uma breve discussão

sobre a temática abordada. Foram apresentados alguns estudos e relatórios sobre

mudanças climáticas, com um panorama da percepção científica sobre a

interferência humana neste processo. Também foi a apresentada a conceituação da

metodologia que vem sendo tratada pela comunidade científica como “Educação em

Ciências Baseado em Investigação- IBSE”.

No Capítulo 1, um panorama acadêmico sobre como o tema ”mudanças

climáticas” vem sendo trabalhado numa perspectiva do ensino investigativo de

ciências e biologia foi apresentado.

No Capítulo 2, foi apresentado uma proposta de como elaborar uma

sequência didática investigativa e criativa sobre o tema “mudanças climáticas”. Para

essa sequência didática, foi usado como base as características propostas por

Toulmin (2006) e Motokane (2015). Também foi apresentado uma proposta de

elaboração de um mapa conceitual, que compõe a proposta. Para a montagem desse

mapa conceitual foram utilizadas as orientações de Aguiar e Correia (2013).

No Capítulo 3 foi proposta uma sequência didática para que os professores

possam usar como base para abordar o tema “mudanças climáticas”, buscando

estimular o potencial crítico e criativo dos alunos. A sequência foi dividida em seis

momentos. No primeiro momento, intitulado “O que são mudanças climáticas?”, o

professor irá montar um mapa conceitual com os conhecimentos prévios dos alunos.

No segundo momento, “Exibição de vídeo”, o vídeo “mudanças climáticas” da

National Geographic (2019) será utilizado para debate. No terceiro momento,

Page 26: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

26

“Estudo de casos”, foram apresentados dois casos a serem explorados pelo professor

com os alunos. Esses casos são baseados em perguntas, sendo o primeiro caso

intitulado “Os combustíveis fósseis estão relacionados como aumento da potência

dos furacões?” e o segundo caso intitulado “O que causa o aumento do nível do

mar?”. No quarto momento, “Leitura dos textos e discussões”, o professor estimulará

os alunos a discutirem os textos produzidos durante o terceiro momento. No quinto

momento, “Mapa conceitual”, um mapa conceitual será elaborado de forma

colaborativa entre os alunos baseados no criado durante o primeiro momento. No

sexto momento, “Eu deveria me importar com as mudanças climáticas? Por quê?” os

alunos irão responder a essa pergunta também de forma colaborativa. Após esses

momentos, a última etapa da atividade envolverá uma avaliação conjunta

(professores e alunos) dos argumentos científicos apresentados pelos alunos.

A Figura 4 apresenta a composição das seções do e-book:

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27

Figura 4 – Representação das seções que compõem o e-book “Uma proposta de abordagem do tema “mudanças climáticas” para professores de biologia a partir da perspectiva do ensino de ciências por investigação” (o material completo está incluído após a seção de Apêndices e Anexos deste TCM).

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28

O professor Alfred Sholl, que é um neurocientista, gravou um vídeo intitulado

“Estimulando a criatividade: Uma visão das neurociências”, para compor o e-

book, comentando sobre como estimular a criatividade entre os alunos. A professora

Erli Schneider Costa, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul que é

especialista em Antártica, gravou um vídeo intitulado “Antártica e mudanças

climáticas: evidências e incertezas”, onde comentou sobre como a Antártica pode

ser usada como um laboratório natural para investigar as mudanças climáticas.

Os professores, listados no e-book como consultores colaboradores, todos

com experiência de atuação na educação básica - quatro no ensino de ciências e

biologia e uma no ensino de ciências e física - fizeram uma avaliação geral do e-book,

dando uma maior atenção à sequência didática proposta. Comentaram sobre o

potencial de aplicação do material durantes as aulas de ciências e biologia na

educação básica. Um desses consultores colaboradores, além de professora de

ciências e ensino de física na educação básica, também é pesquisadora em

divulgação científica e fez uma apreciação sobre a potencial aplicação do e-book

também no âmbito da compreensão pública sobre “mudanças climáticas”. Os

pareceres, cujas críticas e sugestões foram consideradas para apresentar a versão

de avaliação do TCM aos membros da banca avaliadora, estão indicados na Seção

Resultados e Discussão. A Discussão do conteúdo dos pareceres é apresentada, na

referida seção, na forma de “resposta ao parecer”, indicados de forma anônima.

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29

4. Resultados e Discussão

4.1 Nota Introdutória:

Esta seção está organizada em dois blocos:

O primeiro (BLOCO I) apresenta os resultados quantitativos advindos da

pesquisa realizada nas bases Scopus e Google Scholar (subseção 4.2), como descrito

na Metodologia (subseção 3.2). Os resultados são apresentados com a indicação de

Quadros que, além de listar as publicações selecionadas a partir da aplicação de

critérios de inclusão descritos, também apresenta um resumo que destaca

características e contribuições mais especificas de cada uma. A partir desse resumo,

são discutidas questões que, em vários aspectos, se relacionam a pontos explorados

no e-book (APÊNDICE 1), apresentado como produto deste TCM.

O segundo bloco (BLOCO II) apresenta os resultados da apreciação da

concepção e conteúdo do e-book pelos consultores colaboradores, descrita na seção

de Metodologia (subseção 3.3).

Ao final desta seção, são feitas Considerações Finais sobre o trabalho.

4.2 Bloco I - Resultados quantitativos advindos da pesquisa realizada nas

bases Scopus e Google Scholar

O Quadro 1 apresenta um detalhamento sobre as 21 publicações

selecionadas na base Scopus:

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30

Quadro 1 – Detalhamento das 21 publicações selecionadas na base Scopus (1989-2019) a partir da aplicação de critérios de inclusão

Lista de artigos Autores Detalhes Foco

Teaching climate science to increase understanding & receptivity

Watts, E. (2019) American Biology Teacher, 81 (5), pp. 308-316.

O artigo defende a inclusão de mais temas sobre mudanças climáticas nas aulas de ciências, pois somente metade dos americanos estariam convencidos que ações humanas também são causas do aquecimento global.

Inquiry-based science learning in the context of a continuing professional development programme for biology teachers

Martins-Loução, M.A., Gaio-Oliveira, G., Barata, R., Carvalho, N.

(2019) Journal of Biological Education

O artigo defende uma formação continuada para os professores para ajudar a corrigir equívocos conceituais e ajudar na implementação de aulas baseadas na investigação. Essa formação continuada utilizou como tema a biodiversidade e as mudanças climáticas.

International perspectives on the pedagogy of climate change

Perkins, K.M., Munguia, N., Moure-Eraso, R., Delakowitz, B., Giannetti, B.F., Liu, G., Nurunnabi, M., Will, M., Velazquez, L.

(2018) Journal of Cleaner Production, 200, pp. 1043-1052.

Neste artigo, pesquisadores de seis países em quatro continentes defendem que nenhum pais está livre dos efeitos das mudanças climáticas e que a educação é a principal forma de alcançar a sustentabilidade.

Teaching global climate change to pre-service middle school teachers through inquiry activitie

Namdar, B. (2018) Research in Science and Technological Education, 36 (4), pp. 440-462.

O artigo utilizou atividades investigativas sobre mudanças climáticas com professores durante um curso de educação ambiental para investigar os efeitos sobre suas percepções sobre o assunto.

Think Globally, Act Locally: Teaching Climate Change Through Digital Inquiry

Castek, J., Dwyer, B.

(2018) Reading Teacher, 71 (6), pp. 755-761.

O artigo defende o ensino de uma visão global sobre mudanças climáticas, para que os alunos entendam a dimensão do assunto, o que está sendo feito e discutido e, assim, possa criar metodologias para agir localmente.

University-level teaching of Anthropogenic Global Climate Change (AGCC) via student inquiry

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2017) Studies in Science Education, 53 (2), pp. 113-136.

O artigo analisou os esforços para se ter um ensino investigativo científico nos currículos universitários para melhorar a compreensão sobre as mudanças climáticas globais antropogênicas. Para isso foram analisados 26 artigos que falam de métodos para esse ensino.

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31

What Is Climate Change Education?

Stevenson, R.B., Nicholls, J., Whitehouse, H.

(2017) Curriculum Perspectives, 37 (1), pp. 67-71.

O artigo defende que o ideal seria que a educação sobre mudanças climáticas tivesse como foco o estimulo da criatividade nos alunos, para que esses saibam agir perante esse quadro. No ensino das mudanças climáticas, os professores não deveriam focar somente na parte científica sobre o assunto, mas também nos efeitos sociais que teria.

The teaching of anthropogenic climate change and earth science via technology-enabled inquiry education

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (3), pp. 159-174.

O artigo defende o desenvolvimento e a utilização da tecnologia junto com os professores para melhorar a compreensão dos alunos através de um ensino investigativo sobe mudanças climáticas globais antropogênicas.

Distinguishing complex ideas about climate change: knowledge integration vs. specific guidance

Vitale, J.M., McBride, E., Linn, M.C.

(2016) International Journal of Science Education, 38 (9), pp. 1548-1569.

O artigo compara duas formas de orientação para apoiar a compreensão dos alunos sobre mudanças climáticas: orientação específica e orientação de integração de conhecimentos. Nos dois casos foram trabalhados baseado nas respostas dos alunos durante uma pesquisa on-line. Na orientação específica era informado aos alunos o que ficou faltando na resposta e/ou a correção do que estava errado. Na orientação de integração de conhecimentos os alunos eram orientados a analisar suas respostas e buscarem/formarem novas informações.

Teaching anthropogenic climate change through interdisciplinary collaboration: Helping students think critically about science and ethics in dialogue

Todd, C., O’Brien, K.J.

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (1), pp. 52-59.

O artigo mostra que a exploração dos papeis da ciência e da ética para os alunos, ajudou na compreensão e argumentação sobre mudanças climáticas e sobre as políticas relacionadas às mudanças climáticas. Percebeu-se nos debates um aumento do pensamento crítico.

Bringing global climate change education to middle school classrooms: An example from Alabama

Lee, M.-K., Mitra, C., Thomas, A., Lucy, T., Hickman, E., Cox, J., Rodger, C.

(2016) Handbook of Climate Change Mitigation and Adaptation, Second Edition, 2, pp. 1127-1147.

Neste artigo os módulos criados pela NASA, chamados de NICE, foram utilizados para auxiliar professores e alunos na compreensão sobre temas como mudanças climáticas. Esses módulos foram bem aceitos pelos professores, pois traziam tecnologias inovadoras e dados atuais sobre o tema. Ao final, foi concluído que deveriam existir mais parcerias entre as universidades e o ensino básico.

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Using intervention-oriented evaluation to diagnose and correct students' persistent climate change misconceptions: A Singapore case study

Pascua, L., Chang, C.-H.

(2015) Evaluation and Program Planning, 52, pp. 70-77.

O artigo aborda o uso das avaliações orientadas para intervenções para diagnosticar e corrigir concepções equivocadas dos alunos sobre mudanças climáticas. Essas intervenções orientadas foram aplicadas em três etapas: a linha da base, o tratamento e o acompanhamento. Para os erros que persistiam foi utilizado refutações que foram diretas, explícito, iterativo e centrado da identificação e correção.

Primary student-teachers’ practical knowledge of inquiry-based science teaching and classroom communication of climate change

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S., Kokkonen, T.

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 649-670

Neste artigo foram analisados os conhecimentos práticos dos alunos-professores sobre mudanças climáticas. Eles tiveram que montar dois planos de aula com uma abordagem investigativa e outra com uma abordagem comunicativa. As aulas de abordagem comunicativa não foram tão eficazes.

International peer collaboration to learn about global climate changes

Korsager, M., Slotta, J.D.

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 717-736.

Neste artigo os autores defendem uma colaboração internacional na educação sobre mudanças climáticas. Foi apresentado um módulo de ciências online denominado "Global Climate Exchange" para 157 estudantes de quatro países: Canadá, China, Suécia e Noruega. Esse modulo se mostrou eficaz pelo número de conceitos que os alunos utilizavam para explicar mudanças climáticas ao longo do tempo.

Sixth-Grade Students’ Progress in Understanding the Mechanisms of Global Climate Change

Visintainer, T., Linn, M.

(2015) Journal of Science Education and Technology, 24 (2-3), pp. 287-310.

Neste artigo foi utilizado a plataforma WISE (web-based inquiry science environment), que é uma tecnologia avançada que foi projetada para melhorar a compreensão de assuntos como mudanças climáticas. Quando os alunos são expostos a algumas situações e às consequências destas nas mudanças climáticas, eles conseguem criar soluções inovadoras.

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Using the Socioscientific Context of Climate Change to Teach Chemical Content and the Nature of Science

Flener-Lovitt, C. (2014) Journal of Chemical Education, 91 (10), pp. 1587-1593.

O artigo relata a realização de um curso com contextos sociocientífico sobre mudanças climáticas para alunos universitários de áreas não científicas. Nesse curso foram utilizados a abordagem de quatro componentes: ensino de conhecimento de conteúdo fundamental, ensino de habilidade de pensamento crítico, ensino da natureza da ciência e aplicação por meio de revisão por pares e agnotologia, que é o estudo direto da desinformação. Com esse curso, além de aumenta a compreensão e apreciação pela natureza das ciências, os alunos conseguiriam perceber erros comumente encontrados nas mídias.

Understanding the teacher's role in a knowledge community and inquiry curriculum

Zhao, N., Slotta, J.D.

(2013) Computer-Supported Collaborative Learning Conference, CSCL, 2, pp. 201-204.

Nesta dissertação foram avalias professores de turmas de 9º ano que vão aplicar em um curso de ciências gerais o tema mudanças climáticas. O currículo do curso foi elaborado por um professor. Foi analisado qual o papel dos professores nesse currículo, o conhecimento prévio e a experiências de três professores, a promulgação do currículo pelos professores e a interação desses professores com os alunos. Percebeu-se que os professores gastam muito tempo da aula com questões logísticas e pedagógicas, mas também usavam bastante tem guiando os alunos durante as atividades. Cada professor utilizou um padrão de ensino e não se pode afirmar qual foi o melhor método.

Primary School Student Teachers' Understanding of Climate Change: Comparing the Results Given by Concept Maps and Communication Analysis

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S.

(2013) Research in Science Education, 43 (5), pp. 1801-1823.

O artigo explora as concepções de professores de ensino fundamental sobre mudanças climáticas. Foram analisados redações e desenho desses alunos para analisar as pré e pós-concepções, antes e depois de quatro sessões científicas sobre física, química, biologia e geografia. Com essa análise percebeu-se que o ensino baseado em investigação deve ser usado no ensino de mudanças climáticas. Os processos de construções ativas também estão de acordo com essa metodologia baseada na investigação. Instrumentos válidos e confiáveis devem ser usados para médio o conhecimento dos alunos sobre o assunto.

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Lessons learned through our climate change professional development program for middle and high school teachers

Johnson, R.M., Henderson, S., Gardiner, L., Russell, R., Ward, D., Foster, S., Meymaris, K., Hatheway, B., Carbone, L., Eastburn, T.

(2008) Physical Geography, 29 (6), pp. 500-511.

Segundo o artigo, os professores se sentem inseguros para falar de temas como mudanças climáticas, mas a formação continuada ajuda na restauração dessa confiança. No currículo desse programa que descrevem está a utilização de aulas baseadas em perguntas, a oportunidade de "aprender fazendo" e o compartilhamento entre os alunos.

The use of a mock environment summit to support learning about global climate change

Gautier, C., Rebich, S.

(2005) Journal of Geoscience Education, 53 (1), pp. 5-15.

No artigo é defendido que ao simular uma cúpula internacional para debater temas como mudanças climáticas entre os alunos, onde esses terias de defender pontos de vistas locais e comércio, iria estimular uma maior compreensão do assunto e estimularia o pensamento e a argumentação crítica.

Examining long-term global climate change on the web

Huntoon, J.E., Ridky, R.K.

(2002) Journal of Geoscience Education, 50 (5), pp. 497-514

O artigo aborda uma metodologia onde os alunos conseguem entender a realidade das mudanças climáticas ao analisar dados contidos na web. Partindo de uma pergunta inicial os alunos vão desenvolvendo essa atividade e elaborando relatórios sobre o observado. Alguns pontos podem ser interpretados de forms não tão precisas, como a relação do aumento do gás carbônico com o aumento da população, o que poderia levar o aluno a concluir que seria uma relação direta. Nesse contexto, intervenções pontuais ajudariam a ampliar a compreensão.

A revisão, de forma geral, indicou uma preocupação no meio acadêmico para

a educação sobre “mudanças climáticas” no ensino de ciências. Podemos notar,

entretanto, que a produção acadêmica dentro do recorte definido a partir dos

critérios de busca na base Scopus ganhou mais fôlego a partir de 2013, como pode

ser visto na Figura 5:

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Figura 5 – Distribuição de publicações ao longo dos últimos 30 anos na base Scopus – para “climate change” AND “teaching” and “inquiry” – total de 50 documentos

O Quadro 2 apresenta um detalhamento sobre as 28 publicações

selecionadas no Google Scholar:

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Quadro 2 – Detalhamento das 28 publicações selecionadas na base Google Scholar (1989-2019) a partir da aplicação de critérios de inclusão

Lista de artigos Autores Detalhes Foco

Percepção de alunos da primeira série do ensino médio acerca das mudanças climáticas globais

Santos, M. P., Galvão, L. C. D. M. S., Pinto, A. S.

(2019) Scientia Plena, 15(1).

No artigo os autores buscaram verificar a percepção de alunos sobre mudanças climáticas globais - demonstraram pouco conhecimento sobre o assunto e informaram que a principal fonte de informação sobre o assunto é a escola. Após uma aula utilizando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto para corrigir essas falhas de concepções, não foi notada uma melhora significativa na compreensão.

O Consenso Científico sobre Aquecimento Global Antropogênico: Considerações Históricas e Epistemológicas e Reflexões para o Ensino dessa Temática

Junges, A. L., Massoni, N. T.

(2018) Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(2), 455–491. Agosto 2018

Nesse artigo os autores falam sobre a dificuldade que os professores de ciências têm de separar os elementos controversos dos não-controversos sobre mudanças climáticas. Eles fazem uma discussão histórica e epistemológica sobre o consenso dos cientistas e alertam para que o professor tenha cuidado ao trabalhar controvérsias científicas fabricadas como forma de confundir a população.

Blog educacional de mudanças climáticas: ferramenta tecnológica para a prática docente de professores de ciências dos anos iniciais do ensino fundamental

Foggiatto, K. R. A. (2017) Dissertação - Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias na linha de pesquisa: Formação Docente e Novas Tecnologias na Educação -Centro Universitário Internacional Uninter

Nessa dissertação a autora investigou se a utilização de um blog ajudaria no ensino sobre mudanças climáticas para alunos do ensino fundamental. Para essa análise foram entrevistados 20 professores. Como resultado foi indicado que o blog promoveu a aquisição de conhecimentos e informações, além de ter tornado o aprendizado mais efetivo.

O tema mudanças climáticas nos livros didáticos de ciências da natureza para o Ensino Fundamental II: um estudo a partir do PNLD 2014

Rumenos, N. N. (2016) Dissertação - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Rio Claro

Nessa dissertação foram analisados os conteúdos sobre mudanças climáticas nos livros didáticos aprovados no PNLD 2014. Para a autora, essa abordagem contribui para o enfrentamento de crises ambientais quando são levados a discussões em sala de aula. Essas discussões deveriam ser baseadas na criticidade. A complexidade do tema, envolvendo controversas, não foi observada.

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Licenciandos do pibid e o aquecimento global: redes de actantes na elaboração de atividades didáticas

Delgado, P. C. S. (2016) Tese - Programa de Pós-graduação em Educação Conhecimento e Inclusão Social em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

O objetivo dessa tese foi investigar quais caminhos os licenciando do curso de Ciências Biológicas participantes do PIBID, utilizavam para ensinar aquecimento global para alunos do ensino médio. Todos eles trabalharam o tema utilizando as controvérsias e se preocuparam em não tomar postura para nenhum dos lados. Muitos evitaram entrar no campo político quando essas visões apareciam em algum material.

Desenvolvimento de oficina a partir de um trabalho integrado

Becher, P. F., Doneda, D., Ramos, M. R. S., Paniz, C. M.

(2016) CCNEXT v.3 Ed. Especial- XII EIE- Encontro sobre Investigação na Escola, 2016, p.768– 772

Nesse artigo os autores defendem que a contextualização e a integração das ciências contribuem para o aprendizado dos alunos. Atravéz dessa contextualização pôde-se trabalhar temas cujas informações muitas vezes estavam distorcidas na concepção dos alunos.

Estratégia didática para o ensino dos conhecimentos relacionados às mudanças climáticas globais

Freitas, M. S. (2015) Dissertação - Programa de pós-graduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico

Nessa dissertação a autora propõe uma estratégia didática, utilizando os potenciais recursos na Amazônia, para o ensino de mudanças climáticas. Para investigar a eficácia de sua estratégia, ela aplicou a metodologia à 40 alunos e 5 professores. Os alunos e professores relataram que achar relevante a discussão do assunto.

Licenciandos do pibid e o ensino de controvérsias: as relações entre ciência e política no ensino de ciências

Delgado, P. C. S., Coutinho, F. A.

(2015) X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – X ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2015

Nesse artigo foi investigado a relação que os licenciando tinham com o ensino das controvérsias do aquecimento global e como estes faziam a relação entre o discurso dos leigos, políticos e cientistas. Foi constatado uma dificuldade por partes dos licenciandos na compreensão dessas questões, o que torna necessário a inclusão de controvérsias na formação.

Percepção de alunos do terceiro ano do ensino médio sobre os efeitos do aquecimento global

Silva, D. P. (2014) Monografia - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Fluminense, campus Campos-Centro

Nessa monografia a autora analisa o conhecimento dos alunos do terceiro ano do ensino médio sobre aquecimento global para saber a importância da escola na construção desse conhecimento. Os alunos demostraram um bom conhecimento sobre o assunto, o que levou a interpretar que a escola tem tido um papel importante nessa formação, mas destaca que ainda falta a interdisciplinaridade.

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O clima na escola: a temática acerca das mudanças climáticas na visão de alunos do ensino médio no estado do paraná

Rodrigues, A. (2014) Curso de especialização em projetos sustentáveis, mudanças climáticas e gestão corporativa de carbono do Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias - Universidade Federal do Paraná

Nesse trabalho o autor analisou o conhecimento de alunos do ensino médio sobre mudanças climáticas. Ele percebeu que ao longo dos anos/séries ouve uma melhora no conhecimento, porém ainda muito aquém do ideal. Foi percebido que em assuntos políticos relacionados ao tema, os alunos demostraram maior conhecimento.

Uso da argumentação como ferramenta na educação biológica: o caso do aquecimento global

Araújo, M. P. (2014) Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba

O artigo explora o uso da argumentação como método de aprendizagem de temas como aquecimento global. Numa aula onde o aluno é estimulado a argumentar sobre um fato, para que este possa se apropriar de um argumento com base científico, terá de buscar informações sobre o assunto e compreendê-lo e com isso formar um pensamento crítico sobre.

Educação ambiental no ensino fundamental: as mudanças climáticas no contexto da aprendizagem significativa

Lima, W. S. (2013) pós-graduação em Mudanças Climáticas, Projetos Sustentáveis e Mercado de Carbono da Universidade Federal do Paraná

O trabalho avaliou a eficácia de uma sequência didática sobre mudanças climáticas, para alunos do ensino fundamental. Percebeu-se uma melhora significativa na percepção dos alunos sobre o tema após a sequência didática. Essa sequência durou oito horas/aulas e era composto de textos, vídeos, aula de campo, seminários, debates e produção textual.

Jogo didático para educação ambiental no contexto das mudanças ambientais globais: elementos do processo de apropriação por professores da educação básica

Silva, R. L. F., Liers, L. A.

(2013) Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2013

O artigo apresenta um jogo didático chamado de "Ecoestratégia" que trata de temáticas referentes às mudanças climáticas. O objetivo desse jogo é que o aluno se aproprie de uma linguagem e conhecimentos científicos sobre o assunto, já que normalmente eles acabam absorvendo os discursos da mídia e da religião. Além das habilidades cognitivas, afetivas e sociais que o jogo promove, também é proposto uma postura investigativa, participativa e crítica.

O aquecimento global como conteúdo norteador para ensinar sobre visão sistémica do planeta Terra no ensino médio

Guimarães, A. P. M., Guimarães, M. D. M., Sarmento, A. C. H., Muniz, C. R. R., Silva, N. R., Sá, T. S., El-Hani, C. N.

(2013) Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2013

Nesse artigo foi feita uma investigação sobre uma sequência didáticas que utilizou o tema aquecimento global para estimular a aprendizagem sobre o funcionamento do planeta terra. As utilizações de temas controversos tiveram um lado positivo e outro negativo. O positivo foi o aumento dos argumentos críticos e o lado

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negativo foi uma conscientização ambiental diminuída.

Ciência acrítica: o aquecimento global nos livros didáticos de Biologia

Delaqua, F. A., Bassoli, F.

(2013) IX CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE INVESTIGACIÓN EN DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS: 71-75

Nesse trabalho os autores analisaram a abordagem do tema aquecimento global nos livros didáticos. Eles defendem que a utilização de temas controversos na ciência estimula um posicionamento mais crítico e questionador nos alunos, por não se tratar de uma verdade absoluta.

Problematização na Produção da Situação de Estudo “Aquecimento Global” numa Escola de Ensino Médio.

Machado, A. R., ZANON, L., SANGIOGO, F.

(2011) Anais do VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.

Nesse estudo foi realizado uma pesquisa sobre uma interação entre professores de formação inicial e continuada, junto a uma escola do ensino médio, na produção de uma sequência de estudo sobre aquecimento global. Essa interação se mostrou produtiva, pois permitiu refletir sobre, por exemplo, planejamento e desenvolvimento de propostas, que levou a sinalização das problematizações.

O uso do blog como ferramenta das TICs para o ensino de climatologia com enfoque em aquecimento global

Chagas, M. M. S. (2011)Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade de Brasília

Nesse TCC foi discutida a importância das TICs como aliados do ensino. A autora analisou a utilização de um blog como apoio no ensino do aquecimento global. O blog se mostrou uma ótima ferramenta, pois o mesmo pode ser utilizado durantes as aulas e/ou depois, além de atingir um público que não são alunos.

Aquecimento global: uma proposta de metodologia de ensino de ciências aplicada em um colégio do município de niterói, estado do rio de janeiro

Araújo, D. P. F., Santos M. B. P.

(2010) REMPEC - Ensino, Saúde e Ambiente, v.3 n 2 p.38-49, Agosto 2010

No artigo é abordado o tema aquecimento global de forma transversal e interdisciplinar. A utilização de atividades de oficinas, montagens de vídeo e debates foi importante para motivar e despertar a postura crítica dos alunos, além de possibilitar a troca de experiências.

Educação ambiental, mudanças climáticas e ensino de biologia: análise de concepções e processo de produção de um jogo para o ensino médio

Silva, R. L. F., Freitas, S. R., Araujo, J. N., Liers, L. A., Parajara, V. M., Dandara, A.

(2010) Revista da SBEnBio – Número 03. Outubro de 2010

Neste artigo os autores propõem a elaboração de um jogo para trabalhar o tema mudanças climáticas e algumas controvérsias científicas sobre. A escola não deveria deixar de abordar esses temas conflitantes, pois é importante para a contextualização dos aspectos éticos da problemática ambiental. Além do conhecimento, esse material também permite a discussão de

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atitudes, valores e participação política, por parte do aluno.

Na pauta das aulas de ciências: discussão de controvérsias científicas na televisão

Ramos, M. B. (2010) Tese (doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências.

Nessa tese a autora defende a utilização de discussão de controvérsias sobre mudanças climáticas, para que os alunos compreendam as práticas científicas e perceberem que não existe uma verdade absoluta, como a mídia costuma defender. Os alunos tendem a buscar informações sobre ciências na mídia, que muitas vezes traz ideias erradas ou engessadas, por isso a escola deve passar a ter esse papel de fonte de informação.

O Envolvimento dos estudantes em projeto interdisciplinar frente à problemática das mudanças climáticas

Duso, l., Borges, R. M. R.

(2010) II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, ISSN: 2178-6135, Artigo número: 15

Nesse artigo foi mostrado que ensinar por projetos tem se mostrado eficaz, pois os estudantes têm um envolvimento maior aprendendo, planejando e investigando maneiras de solucionar problemas. Foi trabalhado um projeto relacionado às mudanças climáticas. Os alunos puderam socializar com diferentes grupos de estudantes e refletir sobre suas responsabilidades enquanto cidadãos.

Compreensões elaboradas pelo campo da educação ambiental sobre o tema mudanças climáticas: análise de dissertações e teses brasileiras

Reis, D. A. (2010) Dissertação - Universidade Estadual Paulista, Rio claro

Nessa dissertação, a autora analisou como o tema mudanças climáticas foi abordado por teses e dissertações relacionadas à Educação Ambiental, entre os anos de 1987 e 2010, no banco de teses e dissertações da CAPES. Foram identificadas 17 dissertações sobre o tema. Dessas, apesar de ser interessante a inserção de incertezas e controvérsias sobre o tema, poucas as abordaram, somente 3. Duas deram algumas propostas educativas sobre EA e três fizeram alguma relação entre mudanças climáticas e educação.

Aquecimento global e mudanças climáticas na visão de estudantes do Ensino Médio

Tavares, A. C., Brito, C. A., Rocha, C. L., Andrade, P. A., Oliveira, S. C.

(2010)CLIMEP – Climatologia e Estudos da Paisagem Rio Claro (SP) – Vol.5 – n.1 – janeiro/junho/2010, p. 100

Nesse artigo foi feito um levantamento sobre o conhecimento dos alunos do ensino médio sobre mudanças climáticas e como esses estudantes obtinham essas informações. Constatou-se que estes tinham como principal fonte de informações a televisão e a internet. A escola tem

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contribuído muito pouco para o conhecimento destes sobre o assunto. Para os autores há uma necessidade de os professores reciclarem seus conhecimentos para terem maior influência na opinião dos alunos.

Aquecimento global: percepções dos estudantes do ensino médio

Stürmer, A. B., Trevisol, J. V., Botton, E. A.

(2010) Unoesc & Ciência – ACHS, Joaçaba, v. 1, n. 1, p. 21-28, jan./jun. 2010

Neste artigo foi investigado a percepção dos alunos do ensino médio sobre o tema aquecimento global e o grau de importância em seu cotidiano. Eles perceberam que os alunos têm uma boa percepção sobre o assunto, principalmente relacionado às causas, mas nas consequências ainda mostra uma defasagem. As mídias e aa redes sociais foram as principais fontes de informação e a escola foi teve um papel muito fraco nessa percepção.

Contribuições de um projeto integrado sobre aquecimento global para desenvolver a consciência dos temas atuais nos estudantes

Duso, l., Borges, R. M. R.

(2009 ~2010)Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0057-1.pdf

O artigo investiga a utilização de uma metodologia, que é o projeto integrado sobre aquecimento global, na área de ciências da natureza, matemáticas e suas tecnologias. Nessa investigação os autores analisaram as contribuições na percepção dos alunos quanto ao tema, como se deu o processo de tomada de decisões e como puderam exercer seu papel de cidadãos. Ao estimular os alunos a buscar soluções para as contradições, foi constatado que desenvolveram a racionalidade.

Contribuições de projetos integrados na área das ciências da natureza à alfabetização científica de estudantes do ensino médio

Duso, L. (2009) Diss. (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Faculdade de Física, PUCRS

Nessa dissertação o autor utilizou um projeto interdisciplinar integrado na área de ciências da natureza, matemática e suas tecnologia e avaliou a contribuição dessa metodologia para a alfabetização científica, utilizando o tema aquecimento global. Através de problematização, os alunos buscaram soluções, inclusive utilizando de dados contraditórios e com isso desenvolveram a racionalidade, apropriando-se do pensamento crítico.

Uma relação Entre a Teoria Gaia, o Aquecimento Global e o Ensino de Ciências

MILAZZO, A. D. D., CARVALHO, A. A. F

(2008) ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.1, n.2, p.107-120, jul. 2008

Nesse artigo os autores propõem usar a teoria de Gaia para abordar o aquecimento global com os alunos. Segundo eles, entendendo como funciona o sistema de Gaia, os alunos conseguiriam compreender o sistema da Terra e como funciona, podendo repensar suas práticas e como podem

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reverter o quadro de desequilíbrio ambiental.

Consequências do aquecimento global para a biodiversidade baseado no universo da nova educação ambiental, enfocando valores do desenvolvimento sustentável

Magnavita, F. B. (2008) Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental - Universidade Cândido Mendes

Nessa monografia o autor defende que uma educação ambiental é necessária devido às notícias sobre as consequências catastróficas que o aquecimento global traz. Ele propõe uma educação para o desenvolvimento sustentável, que daria aos alunos ferramentas para lidar com essa nova realidade. Para isso deveria haver discussões mais críticas, para que o aluno traga os problemas para seu cotidiano e assim consiga refletir sobre possíveis soluções.

Como esperado pelos critérios de busca, as publicações selecionadas

demostraram uma atenção para o uso da investigação no ensino de ciências, de

forma geral, embora algumas apenas superficialmente se referissem a essa

abordagem.

Um ponto importante que merece destaque é que as 49 publicações – 21 pela

base Scopus e 28 pelo Google Scholar – apontam para a associação entre o uso de

temas ciência com o estímulo a um posicionamento mais crítico e questionador nos

alunos. Essa postura seria diferente, por exemplo, daquele muitas vezes estimulado

pela mídia, apresentando resultados científicos, incluindo preliminares, como sendo

uma verdade absoluta (DUSO, 2009; DUSO; BORGES, 2010; SILVA et al, 2010;

DELAQUA; BASSOLI, 2013; GUIMARÃES et al, 2013) além de ajudar a compreender

as práticas científicas (RAMOS, 2010).

Esse conjunto de publicações também sugere que para os professores de

ciências e licenciandos separar os elementos controversos dos não-controversos,

como no tema “mudanças climáticas”, não parece ser uma tarefa trivial. Para

professores de biologia, por exemplo, articular o posicionamento de cientistas,

políticos e leigos para trabalhar a questão em sala de aula, requer enorme cuidado

na educação básica (JUNGES; MASSONI, 2018), mas deve ser provocada uma vez que

abrem oportunidade para a formação cientifica dos alunos (DELGADO; COUTINHO,

2015; DELGADO, 2016). Segundo Delaqua e Bassoli (2013) e Rumenos (2016), essa

dificuldade na abordagem das controvérsias é percebida também nos livros

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43

didáticos de biologia aprovados para o Programa Nacional de Livros Didáticos –

PNLD aprovados pelo MEC. Delaqua e Bassoli (2013) alertam que os livros didáticos

estão reforçando a ideia de um aquecimento global antropogênico, porém

acriticamente, contribuindo com a visão de uma “ciência inquestionável”. Por isso

Bush et al (2016), citando outros autores diz que os Alunos podem ter dificuldades em enfrentar o problema da mudança climática antropogênica na literatura porque envolve temperatura média global, mudança acontecendo em grande escala e abstrata, conceitos científicos intangíveis (Kearney, 1994). Estudantes norte americanos também estão expostos a um discurso público em que são baseados na identidade cultural ou política (Leiserowitz et al., 2009; Kahan, 2010; Kahan et al., 2011, 2012) e as informações científicas são vistas com ceticismo (McCright e Dunlap, 2011) (Tradução nossa).

Essa dificuldade de compreensão é demostrada nos trabalhos de Watts

(2019) e Todd e O’Brien (2016). Watts (2019) alega que somente metade dos

americanos estão convencidos que ações humanas também são causas das

mudanças climáticas. Citando Funk & Kennedy (2016), ele aponta que essa

percepção está relacionada com a ideologia política de cada indivíduo. Todd e

O’Brien (2016), através de um questionário aplicado a alunos, observou que 59%

destes reconheceram que a afirmação “É provável que os seres humanos estejam

influenciando o clima da Terra” (tradução nossa), é uma afirmação científica.

Para que o aquecimento global antropogênico seja abordado de forma mais

clara e ao mesmo tempo contribuir para a formação científica dos alunos, Bush et al

(2016) selecionaram mais de 29 ferramentas tecnológicas que pudessem ser

utilizadas, para alunos do ensino médio. Com essas ferramentas os alunos puderam

replicar as práticas dos cientistas e através das evidências puderam formular

questionamentos, elaborar explicações alternativas e compartilhar as descobertas.

Para que haja motivação e interesse dos alunos nas aulas, os conteúdos

científicos devem focar não apenas no conhecimento temático, mas também como

eles se relacionam com os problemas da vida cotidiana (LOUÇÃO et al, 2019).

Citando Giassi e Moraes (2012), Becher et al (2016) justifica que A educação contextualizadora é uma forma de desenvolver a capacidade de pensar e agir de forma crítica e consciente do aluno, deixando claro que esse modo de pensar a educação é diferente daquele processo em que o professor é apenas um repassador de conteúdos, da educação bancária, voltado para a transmissão de conteúdos estanques, dogmáticos e sem referências.

Page 44: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Becher et al (2016) realizaram uma oficina com os alunos onde utilizaram

uma imagem contendo uma cena de uma indústria liberando muita fumaça. Os

alunos tiveram de argumentar sobre o problema, sendo levados à sua própria

realidade. Nesse trabalho, nota-se uma preocupação com a argumentação através

da problematização e a contextualização. Segundo Araújo (2014), numa aula onde o

aluno é estimulado a argumentar sobre um fato, além deste apropriar-se de um

argumento científico, terá de buscar informações sobre o assunto, compreendê-lo e

com isso formar um pensamento crítico sobre. A argumentação é defendida por

Motokane (2015) como um dos componentes de uma sequência didática

investigativa. Na visão de Hung e Ko (2017), caso essa atividade investigativa tenha

como objetivo a busca de soluções de problemas, poderia ser utilizado o método

criativo investigativo, onde os alunos teriam de buscar soluções criativas. O estímulo

à criatividade dos alunos é defendido por Stevenson, Nicholls e Whitehouse (2017).

Para os autores o ideal seria que a educação sobre mudanças climáticas tivesse esse

foco, para que os alunos saibam agir perante essa realidade. No ensino das

mudanças climáticas os professores não deveriam focar somente na parte científica

sobre o assunto, mas também nos efeitos sociais que teria (STEVENSON; NICHOLLS;

WHITEHOUSE, 2017).

4.3 Bloco II - Apreciação da concepção e conteúdo do e-book pelos consultores

colaboradores

A seguir, apresentamos, na forma de ficha, os resultados da avaliação

indicados nos pareceres dos consultores colaboradores (Avaliadores 1, 2, 3 4 e 5)

sobre o conteúdo do e-book, com as respectivas considerações feitas em “resposta

ao parecer”.

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A V A L I A Ç Ã O D O S C O N S U L T O R E S C O L A B O R A D O R E S D O E - B O O K

C O M R E S P O S T A A O S P A R E C E R E S

A V A L I A D O R E S 1 , 2 , 3 , 4 , 5

RESULTADOS E DISCUSSÃO Bloco II

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A V A L I A D O R 1

PARECER DO AVALIADOR 1 E RESPOSTA ÀS

CONSIDERAÇÕES

“O e-book abarcou uma temática extremamente relevante e apresentou uma estratégia de ensino muito interessante, cujo potencial de aplicabilidade em sala de aula será bem significativo. Destaco ainda que esse material ao promover debates sobre argumentação científica, ensino por investigação e o processo de construção da ciência também servirá de referência para outros pesquisadores da área. O material pode ser aplicado não só nas Ciências Biológicas, mas também no ensino da Física, etc. Na nota introdutória vocês destacam a abrangência do material, mas sugiro citar algumas disciplinas, talvez até em negrito para chamar a atenção dos demais professores (coloquei uma observação no texto em pdf.). No capítulo 1, no qual é apresentado um breve panorama da produção acadêmica sobre o tema nas bases de dados Google Scholar e Scopus, importa destacar a qualidade do material e a relevância dessa informação para o professor da educação básica. Sob o viés da divulgação científica e até mesmo visando chamar a atenção do professor/leitor para a importância desse capítulo, sugiro ao final do primeiro parágrafo a inserção de uma frase justificando a importância desse levantamento para a pesquisa científica e para a compreensão mais ampla do tema em questão (talvez esclarecer o motivo que nos leva a fazer esses levantamentos). Na nota introdutória vocês apresentam de modo assertivo o objetivo desse levantamento para o professor,

R E S P O S T A C O M I N D I C A Ç Ã O D E A L T E R A Ç Õ E S A

P A R T I R D O P A R E C E R D O A V A L I A D O R 1

Neste parecer, o Avaliador 1 faz umaapreciação da aplicabilidade do material produzido para além das salas de aula de ciências biológicas. Nessa perspectiva, sugere que destaquemos sua relevância para outras disciplinas,como a física, e outras, o que foi aceito e incorporado ao e-book, na Nota Introdutória. O Avaliador 1 destaca a importância do “breve panorama da produção acadêmica sobre o tema nas bases de dados Google Scholar e Scopus” e sugere que se considere “destacar a qualidade do material e a relevânciadessa informação para o professor daeducação básica.” Consideramos pertinente incorporar a sugestão ao Capítulo 1 do e-book, incluindo um pequeno trecho sobre esse ponto levantado. O Avaliador sugere que haja algumamenção a “zona de desenvolvimento proximal (ZDP)”, entendendo que ofereceria oportunidade para que os professores se familiarizassem com esse conceito, de alguma forma articuladocom o de “aprendizagem colaborativa expandida.” Como não há espaço –

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2

contudo vale uma frase que chame atenção do leitor no próprio capítulo. Por fim, sugiro para esse capítulo traduzir todas a legendas e informações contidas nos gráficos, diagramas e esquemas para a língua portuguesa, tendo em vista que o professor pode ter dificuldades para compreender a informação. No capítulo 2, a apresentação da sequência didática investigativa ficou muito clara e dá subsídios teóricos para o professor explorar essa metodologia em sua prática pedagógica. O capítulo além de esclarecer e orientar o leitor acerca da sequência didática, busca estabelecer relações entre o processo criativo, aprendizagem significativa e a aprendizagem colaborativa expandida. Essa conversa introduz teorias que são fundamentais ao professor em sala de aula. Nesse sentido, minha sugestão é apresentar em forma de nota ou em um parágrafo a definição de zona de desenvolvimento proximal (ZDP), embora muitos professores associem a ZDP à Vygotsky, muitos desconhecem a definição (tópico 2.1). A compreensão acerca da “aprendizagem colaborativa expandida” perpassa pelo entendimento da definição de ZDP. O capítulo 3 está muito bem estruturada e traz ótimos norteamentos para a aplicação de mapas conceituais não só sobre o tema, como também para outras temáticas. Fiz ao longo do texto breves sugestões. Importa destacar a qualidade do material, a importância do tema e da metodologia apresentada ao professor da educação básica. O tema Mudanças Climáticas é de grande interesse público e a forma a qual o conteúdo e as discussões foram apresentados, qualifica esse e-book também como um material de divulgação da ciência.”.

pelo limite do tempo para finalizaçãodo trabalho – para uma exploraçãodessa possível articulação, indicamosduas referências em Nota de Rodapé do Capítulo 2 do e-book.

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A V A L I A D O R 2

PARECER DO AVALIADOR 2 E RESPOSTA ÀS

CONSIDERAÇÕES

O ebook apresentado se enquadra na categoria de um livro paradidático voltado para debater conceitos relacionados ao Aquecimento Global, tema extremamente atual ao considerarmos que algumas pessoas defendem que a existência de tal fenômeno é resultado de fabricação conspiratória, portanto, inexistente. De maneira geral o ebook apresenta uma estrutura clara para os capítulos e organização linear, entretanto peca na superficialidade ou “ligeireza” de tratamento de alguns dados/teorias. Exemplifica-se esse elemento na nota introdutória, momento em que cita que há outros profissionais mais confiáveis do que os cientistas, mas não apresenta argumentos pró ou contra tal situação. Porque os cientistas deveriam ser confiáveis? Essa é uma pergunta importante de ser refletida por docentes e discentes. Afinal, já houve o escândalo do vazamento de informações entre cientistas do IPCC e lobistas estadunidenses sobre a “distorção” de dados para pressionar leis mais duras nos EUA relacionadas a energia limpa e aquecimento global. O capítulo 2 também apresenta passagens com o mesmo problema. Menciona os autores Novak, Ausubel, Vigostky Motokane/Mokatane (aparecem as duas grafias numa mesma página – mas não há paginação) de forma rápida, com breves citações sobre eles, mas sem uma demonstração de como eles estão, de fato, interligados. Essa rapidez pode

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P A R T I R D O P A R E C E R D O A V A L I A D O R 2

O Avaliador 2 faz uma apreciação geral do material classificando-o como um livro “paradidático”, sugerindo sua aplicabilidade para oportunizar a abordagem de distorções nacompreensão publica que considera haver no âmbito do “aquecimentoglobal”. Esse e de fato um dos objetivos do e-book, sugeridos na Nota Introdutória e na própria concepção da sequência didática. Para essa mesma Nota, o Avaliador 2 também chama atenção para a menção aos dados constantes do relatório de pesquisa do CGEE, “A ciência e a tecnologia no olhar dos brasileiros – Percepção Pública daCiência e Tecnologia no Brasil 2019”.Comenta que menciona-se na Notaque “...há outros profissionais maisconfiáveis do que os cientistas, mas não apresenta argumentos pró ou contra talsituação...”. Embora nao seja considerado que haja elementos para um argumento no e-book sobre esses dados divulgados no relatorio do CGEE,o trecho foi editado para deixar mais claro que a interpretacao desses dados pode ser uma oportunidade de ampliar a compreensao sobre os fatores

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2

conduzir os professores da educação básica (futuros usuários) a uma utilização da aprendizagem significa de maneira mais “despreocupada”, o que pode contribuir com a atual panaceia de metodologias didáticas usadas pelos professores. Infelizmente, vivemos num momento de “barafundas metodológicas” fugindo por completo da proposta de pluralismo metodológico indicada por Paul Feyerabend. No capítulo 3, destinado a sequência didática, o passo-a-passo já está melhor descrito, refletindo algo que está na prática cotidiana do mestrando. Aponto aqui como elemento que pode ser incluído, com o intuito de melhorar a obra, um item destinado a avaliação. Como se deu ou se dará a avaliação desse processo de ensinagem? Considerando todos os autores apresentados e as teorias de aprendizagem significativa, qual(is) seria(m) a(s) melhor(es) forma(s) de avaliar o(s) aluno(s)? Outra pergunta essencial que não deve ficar sem reposta. Apesar dos elementos expostos, reforço que a proposta é válida e que merece um novo debruçar para sua melhoria, resultando na elaboração de um material didático que auxiliará docentes em relação a tema controverso da biologia.

asociados aos debates sobre “mudancas climaticas”. O Avaliador 2 indica a importância dainclusão de um item destinado a avaliação ao final da aplicação dasequência didática. Considera-se a colocação bastante pertinente e que completará osobjetivos propostos para a sequênciadidática e, dessa forma, a sugestão foi incorporada ao e- book.

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A V A L I A D O R 3

PARECER DO AVALIADOR 3 E RESPOSTA ÀS

CONSIDERAÇÕES

“Durante a minha pouca experiência em sala de aula como professor de biologia na escola pública, pude perceber empiricamente o que já é citado logo na nota introdutória do e-book ao referenciar o Resumo Executivo do CGEE sobre a Percepção Pública da C&T no Brasil em 2019; os estudantes realmente demonstram interesse por temas científicos, mas não se apropriam do conhecimento oferecido na escola. Os cientistas lhes são confiáveis, mas não mais do que o pastor da sua igreja. De 2013 pra cá, vi surgir movimentos negacionistas da ciência nas redes sociais que distorcem os conceitos e conteúdos de base científica, confundindo os estudantes e encorajando os menos instruídos a se manifestarem como “ativistas da ignorância”. Especialmente, quando se trata de assuntos relacionados ao clima. Dada a complexidade do tema, não é incomum lidarmos com a ignorância e a negação em sala de aula, a despeito das evidências e do consenso da comunidade científica em todo mundo; problema esse que temos que administrar com parcimônia e discernimento. Nesse sentido, concordo que a nossa ação enquanto educadores e cientistas ainda seria preponderante para ampliar a compreensão do público em geral sobre os temas científicos, desde que saibamos como fazê-lo de modo não reativo ou conflitivo. Além disso, como e-book muito bem pontua, a prática demonstra que os conteúdos científicos devem estar intimamente relacionados com os problemas do contexto de vida dos estudantes,

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P A R T I R D O P A R E C E R D O A V A L I A D O R 3

Neste parecer, o Avaliador 3 faz umaapreciação geral do problema posto noâmbito da compreensão publica daciência e o papel do professor da educação básica para lidar com temascontroversos, como “mudançasclimáticas”, em sala de aula. Esse ponto reforça a importância de se tratar dessa temática, por meio de uma abordagem IBSE, como uma oportunidade para se discutir como a ciência se seus processos de legitimação funcionam – oque permeia boa parte da concepçãodo e-book - e que se espera também estimular com a sequência didática proposta. Como indicado por Motokane (2015, p.115), essassequencias investigativas “... se utilizam do processo de alfabetização científicae do ensino por investigação para promover a produção de argumentos em sala de aula e justificar a sua importância para a aprendizagem da ciência. As sequências apresentam problemas científicos que levam à construção de argumentos.”. No trecho “Por fim, o questionamentoproposto no 6º momento poderia até se

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2

o que atrai a sua atenção e gera engajamento por parte deles na maioria dos casos. Ao tomar conhecimento da abordagem da Educação em Ciências Baseada na Investigação (IBSE – sigla em inglês), pude vislumbrar mais uma “ferramenta” com potencial transformador para a temática do clima e seus problemas associados. Da forma como é apresentado no e-book, os estudantes poderiam se apropriar de uma perspectiva crítica sobre assunto na medida em que fossem progredindo na investigação. O que não ocorre quando os conteúdos são ministrados apenas de forma expositiva e descontextualizada. O capítulo 2 do e-book é bastante esclarecedor e até convidativo para elaboração de uma sequência didática baseada em IBSE. Quanto à sequência proposta no capítulo 3 como exemplo, confesso que achei muito bem estruturada e exequível. Só gostaria de enfatizar a importância do aprofundamento na questão lançada no Caso 2, pois não é nada trivial para alunos de Biologia o entendimento da dinâmica das marés e do impacto do derretimento das calotas polares em face ao aumento da temperatura média da terra, isso “da muito pano pra manga!” Da mesma forma, quando utilizei, os Mapas Conceituais têm se mostrado bastante producentes em sala de aula, contudo, a que se observar suas regras básicas de construção para que façam sentido. Por fim, o questionamento proposto no 6º momento poderia até se utilizar de uma abordagem transdisciplinar em parceria com professores de outras disciplinas como língua portuguesa, geografia, etc.”.

utilizar de uma abordagemtransdisciplinar em parceria com professores de outras disciplinas como língua portuguesa, geografia, etc.”, oAvaliador 3 sugere que haja uma interação entre os professores de biologia e de outras disciplinas para o 6 momento, que foi incorporada ao e-book.

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A V A L I A D O R 1

PARECER DO AVALIADOR 4 E RESPOSTA ÀS

CONSIDERAÇÕES

“A nota introdutória traz boas informações, subsidiadas em importantes instituições de pesquisa – nacionais e internacionais – e artigos científicos relativos à temática. Esses referenciais são de fácil exploração pelos leitores, através dos hiperlinks, tornando a investigação, para além do material, bastante dinâmica e consistente. Há a necessidade de algumas correções nos hiperlinks presentes. O capítulo 1 apresenta adequadamente as bases de consulta dos trabalhos acadêmicos e elucida o processo de coleta e triagem dos artigos relacionados ao escopo do trabalho. A única ressalva é sobre a resolução das Figuras 1, 3, 4, 5 e 8. É possível melhorar esse aspecto? O capítulo 2 traz um arcabouço teórico interessante sobre as questões que concernem sequência didática proposta. Ao final do vídeo indicado no capítulo, que traz professor Alfred Scholl, é sugerido um site para maiores informações sobre temática pensamento criativo. Esse link não se encontra na descrição do vídeo e tem difícil compreensão por áudio. Foi necessária uma busca com diversas tentativa e erros. Sugiro, então, deixar o link disponível no próprio e-book, como uma nota de rodapé, por exemplo (http://www.cienciasecognicao.org). O capítulo 3 esclarece oportunamente que a proposta tem finalidade de apoio ao professor, reforçando que não deve ser entendido com algo pronto e engessado. Considero igualmente importante a estimativa de tempo apresentada. Variável em relação ao tempo de aula necessário, uma vez

R E S P O S T A C O M I N D I C A Ç Ã O D E A L T E R A Ç Õ E S A

P A R T I R D O P A R E C E R D O A V A L I A D O R 4

O Avaliador 4 faz uma apreciação gerall do material produzido, chamandoatenção para o acesso adicional e facilitado a materiais de auxílio. Pontua a necessidade de verificação de alguns desses links, o que foi realizado eque permitiu algumas correções. O Avaliador 4, em concordância com osdemais avaliadores – 1, 2, 3, e 5, considera a proposta de sequênciadidática sobre a temática bem estruturada e com potencial de uso para além de alunos do ensino médio. O Avaliador 4 destaca que “a sequência didática em sua totalidade tem melhoraplicabilidade no ensino médio, devido à alguns conceitos de física e química mais próximos desse segmento. Mesmo assim, é possível adaptar a abordagem e aplicar no ensino fundamental,mantendo a lógica global da proposta.”Essa observação corrobora a relevânciado tema “mudanças climáticas” numa perspectiva ampla no contextoeducacional, abrindo oportunidades para se explorar a construção da ciênciapor meio de consensos, controvérsias e dúvidas envolvidas na temática. Essa

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2

que particularidades como tempo de aula, número de alunos e perfil de comportamento da turma interferem diretamente em cada vez que a sequência didática proposta for aplicada. O vídeo sobre anomalia de temperatura, logo no início, traz tanto a curva de variação da temperatura média ao longo do tempo quando a questão geográfica da temperatura nesse período de tempo. Acho válido preparar os alunos previamente para esses dois focos de atenção. A sequência didática apresenta-se muito bem organizada, de maneira clara e com suporte teórico extra suficiente para a apropriação por parte do professor. Os links dão suporte ao professor, com explicações extras e maior detalhamento acerca da temática, auxiliam bastante na apropriação da sequência didática. Entendo que a sequência didática em sua totalidade tem melhor aplicabilidade no ensino médio, devido à alguns conceitos de física e química mais próximos desse segmento. Mesmo assim, é possível adaptar a abordagem e aplicar no ensino fundamental, mantendo a lógica global da proposta. Correções... * “ [*Cada item de correção no texto especificamente, como alguma correção ortográfica, foi incorporada ao texto e-book]

observação é consistente com a ideia compartilhada em todos os cincopareceres de que o e-book, em seu conjunto, pode auxiliar não apenas professores de biologia no ensino médio.

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A V A L I A D O R 5

PARECER DO AVALIADOR 5 E RESPOSTA ÀS

CONSIDERAÇÕES

“O trabalho está muito bem estruturado, detalhado e amarrado. O e-book apresenta atividades com começo, meio e fim e isso possibilitou fechamento e sistematização conforme preconiza Motokane [Motokane] (2005). Vocês foram muito felizes e perspicazes na escolha deste autor para pontuar a sequência didática investigativa. Gostei bastante também da utilização do Ausubel (aprendizagem significativa) e ZDP (Vygotsky). Fez total sentido com tudo o que escreveram. (APRECIAÇÃO GERAL) Quanto aos pontos que merecem maior destaque, cito: a alfabetização científica, assunto muito debatido nos últimos anos, a escolha da sequência didática, a necessidade do professor dominar o assunto denso, subjetivo e interdisciplinar, a construção colaborativa dos MCs e dos argumentos como peças-chave para a criatividade. Surgiram algumas dúvidas que não foram sanadas ao longo da leitura, como por exemplo: haveria tempo hábil para incluir uma conversa com a BNCC (ela já está disponível no âmbito estadual e sugiro a leitura das páginas 318,319,320)? ; o CASO que será utilizado como exemplo e que todos os grupos vão trabalhar para estimular o intercâmbio será o CASO 1? ; o padrão de ARGUMENTAÇÃO será entregue ao professor? Será usado como avaliação? Será um texto por grupo? Cada aluno do grupo deverá ter em seu caderno anotado?

R E S P O S T A C O M I N D I C A Ç Ã O D E A L T E R A Ç Õ E S A

P A R T I R D O P A R E C E R D O A V A L I A D O R 5

O Avaliador 5 faz uma apreciação geraldo e-book, sugerindo que a articulação com a proposta de Motokane (2005) foium elemento exitoso para odesenvolvimento da sequência didática. Como destacado pelo Avaliador 1, menciona a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), como relevante para o contexto da sequência. Como sinalizado pelos demais avaliadores, destaca a aplicabilidade do material para a alfabetização cientifica e, como indicado pelo Avaliador 3, também considera odesafio para os próprios professorespara abordar a temática em sala. Sugere uma articulação com alguns pontos preconizados pela BNCC – BaseNacional Comum Curricular – quemerecem menção no e-book.Buscando um espaço para que os itens sugeridos no parecer sejam contemplados no e-book, incluímos um trecho no Capítulo 3, referenciando a Base. Como sugerido pelos demais avaliadores, a aplicação da sequência

Page 55: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

2

Por fim , acredito ser bastante viável a aplicação do e-book para turmas do Ensino Médio, especialmente, para os alunos do 3º ano(o conteúdo é abordado nesta série pelo Currículo Mínimo) porém, para a realidade da escola estadual onde trabalho, teria que fazer adaptações e simplificações. Além disso, sugeriria a inserção do professor de geografia no debate e no levantamento de material para o estudo do professor mediador desta atividade, podendo a avaliação final ser comum as duas disciplinas. Também sugiro a disponibilização de mais links de artigos, histórias em quadrinho , ...que pudessem ser ofertadas assim como o gráfico era ofertado como material de apoio. Seria uma tentativa de mesclar dados da NASA com um pouco de ludicidade o que poderia aproximar a realidade do aluno com o tema proposto.”.

pode ser explorada por contextos para além do ensino de biologia. Esse pontofoi reforçado no e-book, na NotaIntrodutória.

Page 56: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

5. Considerações Finais

A abordagem do tema “mudanças climáticas” é uma oportunidade para

discutir vários temas em biologia, mas também para os professores e alunos

desenvolverem uma maior reflexão sobre como consensos e controvérsias se

formam em torno de problemas científicos. Nesse contexto, a questão sociopolítica

não deve estar separada da cientifica em sala de aula. A educação é a principal forma

de alcançar esse diálogo e, como reforçado em Perkins et al (2018), nenhum país

está livre dos efeitos das mudanças climáticas.

Deve-se fomentar mais discussões críticas na escola, para que o aluno traga

os problemas para seu cotidiano e assim consiga refletir sobre possíveis soluções

para as quais possa contribuir (MAGNAVITA, 2008). Para isso, o ensino de uma visão

global sobre mudanças climáticas, ajudaria a compreender a dimensão do assunto e

a complexidade de fatores científicos e também políticos envolvidos.

Para os professores de biologia e de outras disciplinas da educação básica,

que devem ser confrontados com a necessidade de abordar o tema, por ser de

interesse público, desenvolver estratégias para agir localmente é fundamental

(SILVA et al, 2010; CASTEK; DWYER, 2018). Debates e questionamentos criados a

partir de situações-problema, envolvendo questões políticas e éticas, por exemplo,

como experimentaram Gautier; Rebich (2005) e Todd; O’Brien (2016), são exemplos

que podem ser considerados. A abordagem investigativa nesse contexto parece

potencializar o posicionamento crítico dos alunos sobre o tema “mudanças

climáticas”. De forma geral, as publicações selecionadas neste trabalho oferecem ao

professor de biologia interessado em aprofundar o entendimento sobre a maneira

como essas abordagens pedagógicas vem sendo exploradas em vários países.

Page 57: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

6. Referências

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APÊNDICES E ANEXOS

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Apêndice 1 Material Scopus

Page 67: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Teaching climate science to increase understanding & receptivity

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Martins-Loução, M.A., Gaio-Oliveira, G., Barata, R.,

Carvalho, N.

(2019) Journal of Biological Education ok

Secondary science and mathematics teachers' environmental issues engagement through socioscientific reasoning

Owens, D.C., Herman, B.C., Oertli, R.T., Lannin, A.A.,

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(2019) Eurasia Journal of Mathematics, Science and Technology Education, 15 (6), art. no. em1693,

não Fora do escopo - Neste artigo os autores somente comparam a utilização de duas abordagens ambientais, que são as SSIs e as SSRs.

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Perkins, K.M., Munguia, N., Moure-Eraso, R.,

Delakowitz, B., Giannetti, B.F., Liu, G., Nurunnabi, M.,

Will, M., Velazquez, L.

(2018) Journal of Cleaner Production, 200, pp. 1043-1052. ok

Teaching global climate change to pre-service middle school teachers through inquiry activitie

Namdar, B. (2018) Research in Science and Technological Education, 36 (4), pp. 440-462.

ok

Think Globally, Act Locally: Teaching Climate Change Through Digital Inquiry

Castek, J., Dwyer, B. (2018) Reading Teacher, 71 (6), pp. 755-761. ok

Braiding history, inquiry, and model-based learning: A collection of open-source historical case studies for teaching both geology content and the nature of science

Dolphin, G., Benoit, W., Burylo, J., Hurst, E.,

Petryshen, W., Wiebe, S.

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Kristjansdottir, R., McDonald, C., Scarampi, P.

(2018) Sustainability Science, 13 (1), pp. 143-162. não Aborda mais a sustentabilidade e pouco as mudanças climáticas

The role of college and university faculty in the fossil fuel divestment movement

Stephens, J.C., Frumhoff, P.C., Yona, L. (2018) Elementa, 6, art. no. 41, não Fora do escopo - mudanças climáticas é pouco abordado

Earth Observations in the classroom

González-Pérez, J.M., Grande, J.

(2018) Proceedings of the International Astronautical Congress, IAC, 2018-October,

não Fora pelo escopo e pelo acesso restrito aos Proceedings

A Question-Based Approach to Teaching Photosynthesis, Carbohydrate Partitioning, and Energy Flow

Lubkowitz, M., Koch, K., Weil, C., Braun, D.M.

(2017) American Biology Teacher, 79 (8), pp. 655-660. não Fora do escopo- climate change tem papel periférico

University-level teaching of Anthropogenic Global Climate Change (AGCC) via student inquiry

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2017) Studies in Science Education, 53 (2), pp. 113-136. ok

What Is Climate Change Education?

Stevenson, R.B., Nicholls, J., Whitehouse, H.

(2017) Curriculum Perspectives, 37 (1), pp. 67-71. ok

Emotional and motivational outcomes of lab work in the secondary intermediate track: The contribution of a science center outreach lab

Itzek-Greulich, H., Vollmer, C.

(2017) Journal of Research in Science Teaching, 54 (1), pp. 3-28.

não Climate change com papel periférico – menção única - atenção do artigo mais voltada para aspectos sobre falta de interesse em ciências, questões motivacionais, pedagógicas etc...

Promotion of system competence based on the syndrome approach in pre-service biology teacher education

Elster, D., Müller, N., Drachenberg, S

(2017) Contextualizing Teaching to Improve Learning: The Case of Science and Geography, pp. 123-142.

não Apresentação do curso INQUIRE for Teachers Students, porém sem foco em climate change

The teaching of anthropogenic climate change and earth science via technology-enabled inquiry education

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (3), pp. 159-174. ok

Metacognitive learning in the ecology classroom: A tool for

Spellman, K.V., Deutsch, A., Mulder, C.P.H., Carsten-

Conner, L.D.

(2016) Ecosphere, 7 (8), art. no. e01411, não Fora do escopo - O foco do artigo é o ensino metacognitivo

Page 69: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

preparing problem solvers in a time of rapid change?

Metacognitive learning in the ecology classroom: A tool for preparing problem solvers in a time of rapid change?

Spellman, K.V., Deutsch, A., Mulder, C.P.H., Carsten-

Conner, L.D.

(2016) Ecosphere, 7 (8), art. no. e01411, não Fora do escopo - O foco do artigo é o ensino metacognitivo

Distinguishing complex ideas about climate change: knowledge integration vs. specific guidance

Vitale, J.M., McBride, E., Linn, M.C.

(2016) International Journal of Science Education, 38 (9), pp. 1548-1569.

ok

Experiential Ecological Investigations as a Vehicle Coupling Teaching &amp; Research in High Schools &amp; Universities

Didden, C., Edmunds, P.J. (2016) American Biology Teacher, 78 (4), pp. 278-284. não Climate change aparece apenas como tema periférico

Teaching anthropogenic climate change through interdisciplinary collaboration: Helping students think critically about science and ethics in dialogue

Todd, C., O’Brien, K.J. (2016) Journal of Geoscience Education, 64 (1), pp. 52-59. ok

Identifying Students' Mechanistic Explanations in Textual Responses to Science Questions with Association Rule Mining

Guo, Y., Xing, W., Lee, H.-S.

(2016) Proceedings - 15th IEEE International Conference on Data Mining Workshop, ICDMW 2015, art. no. 7395680, pp. 264-268.

não Fora do escopo - aborda as explicações mecanicistas e dá pouca ênfase nas mudanças climáticas

Bringing global climate change education to middle school classrooms: An example from Alabama

Lee, M.-K., Mitra, C., Thomas, A., Lucy, T.,

Hickman, E., Cox, J., Rodger, C.

(2016) Handbook of Climate Change Mitigation and Adaptation, Second Edition, 2, pp. 1127-1147.

ok

The effects of teacher-led class interventions during technology-enhanced science inquiry on students' knowledge integration and basic need satisfaction

Raes, A., Schellens, T. (2016) Computers and Education, 92-93, pp. 125-141. não Fora do escopo do e-book, sendo focado em uma iniciativa especifica

– WISE

Page 70: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Making Meaning From Scientific Investigations and Living With the Uncertainties of Teaching Science as Inquiry

Wassermann, S. (2015) Childhood Education, 91 (6), pp. 442-450. não Não explora climate change

Using intervention-oriented evaluation to diagnose and correct students' persistent climate change misconceptions: A Singapore case study

Pascua, L., Chang, C.-H. (2015) Evaluation and Program Planning, 52, pp. 70-77. ok

From Territorial to Temporal Ambitions: The Politics of Time and Imagination in Massive Multiplayer Online Forecasting Games

Avi Brooks, L.J., Meneses, C.V., Keyser, B.

(2015) Social Media and Society, 1 (2), 14 p. não Fora do escopo - aborda vários problemas sociais, não dando ênfase

nas mudanças climáticas

Primary student-teachers’ practical knowledge of inquiry-based science teaching and classroom communication of climate change

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S., Kokkonen,

T.

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 649-670

ok

International peer collaboration to learn about global climate changes

Korsager, M., Slotta, J.D. (2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 717-736.

ok

Sixth-Grade Students’ Progress in Understanding the Mechanisms of Global Climate Change

Visintainer, T., Linn, M. (2015) Journal of Science Education and Technology, 24 (2-3), pp. 287-310.

ok

Fostering structurally transformative teacher agency through science professional development

Rivera Maulucci, M.S., Brotman, J.S., Fain, S.S.

(2015) Journal of Research in Science Teaching, 52 (4), pp. 545-559.

não Foco em critical narrative inquiry, incluindo atividades com um climate change exhibit... Fora do escopo do e-book.

Preparing engineering educators for engineering education research

Borrego, M., Streveler, R.A (2015) Cambridge Handbook of Engineering Education Research, pp. 457-474.

não Fora do foco do e-book

Page 71: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Understanding of high-achieving science students on the nature of science

Kahana, O., Tal, T. (2014) International Journal of STEM Education, 1 (1), art. no. 13,

não Fora do escopo - artigo voltado a natureza do ensino e não mudanças climáticas

Using the Socioscientific Context of Climate Change to Teach Chemical Content and the Nature of Science

Flener-Lovitt, C. (2014) Journal of Chemical Education, 91 (10), pp. 1587-1593.

ok

Adventure learning @ the learning sciences

Miller, B.G., Hougham, R.J., Cox, C., Walden, V., Eitel,

K.B.

(2014) Proceedings of International Conference of the Learning Sciences, ICLS, 3 (January), pp. 1509-1510.

não Fora do escopo - não utiliza o método investigativo

Challenging Beliefs, Practices, and Content: How Museum Educators Change

Allen, L.B., Crowley, K.J. (2014) Science Education, 98 (1), pp. 84-105. não O artigo faz estudo de caso sobre práticas pedagógicas

Understanding the teacher's role in a knowledge community and inquiry curriculum

Zhao, N., Slotta, J.D. (2013) Computer-Supported Collaborative Learning Conference, CSCL, 2, pp. 201-204.

ok

Primary School Student Teachers' Understanding of Climate Change: Comparing the Results Given by Concept Maps and Communication Analysis

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S.

(2013) Research in Science Education, 43 (5), pp. 1801-1823. ok

Teaching the carbon cycle using IBL in the secondary schools

Ugolini, F., Massetti, L. (2013) Causes, Impacts and Solutions to Global Warming, pp. 323-332.

não

Explora indiretamente climate change ao explorar o ciclo de carbono, com detalhes sobre a abordagem IBL para o ensino na escola. Para o e-book me parece realmente fora do escopo. Se fosse para uma dissertação, OK.

Modeling insect outbreaks in forest canopies: Integration of virtual simulations with hands-on ecology for undergraduates

Kaganovskiy, L., Lowman, M.

(2013) Treetops at Risk: Challenges of Global Canopy Ecology and Conservation, pp. 341-352.

não

Climate change entra apenas como uma espécie de pré-requisito para o ensino em ecologia, no caso, desfolha por insetos de copas de espécies florestais, combinando abordagem hands-on com tecnologias virtuais.

Page 72: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Facilitating knowledge communities in science classrooms through scripted collaboration

Najafi, H., Zhao, N., Slotta, J.

(2011) Connecting Computer-Supported Collaborative Learning to Policy and Practice: CSCL 2011 Conf. Proc. - Short Papers and Posters, 9th International Computer-Supported Collaborative Learning Conf., 2, pp. 996-997.

não Foco nas comunidades de conhecimento

Teaching climate science and policy to engineering students

Powers, S., De Waters, J., Dhaniyala, S., Small, M.M.M.

(2011) ASEE Annual Conference and Exposition, Conference Proceedings, 14 p.

não

Embora a abordagem seja interessante, dentro do contexto de ensino investigativo e com foco em climate change, considero fora do escopo do trabalho – se fosse uma dissertação, caberia incluir. Para o e-book deixaria de fora...

Analyzing equality of participation in collaborative inquiry: Toward a knowledge community

Najafi, H., Slotta, J.D.

(2010) Learning in the Disciplines: ICLS 2010 Conference Proceedings - 9th International Conference of the Learning Sciences, 1, pp. 960-967.

não Fora do escopo

Designing science instruction using the Web-Based Inquiry Science Environment (WISE)

Linn, M.C., Slotta, J.D., Terashima, H., Stone, E.,

Madhok, J.

(2010) Asia-Pacific Forum on Science Learning and Teaching, 11 (2), pp. 1-23.

não Apresentação da Plataforma WISE, uma iniciativa que e descrita no artigo como possibilidade de abordar temas que incluem climate change – sem foco no tema.

Participatory design to support students' web-based inquiry of complex, socio-scientific problems

Nicolaidou, I., Kyza, E., Michael, G., Papadouris, N., Constantinou, C., Kolias, V., Davaris, T., Asher, I., Tabak, I., Redfors, A., Hansson, L., Rosberg, M., Oldershaw, C.

(2010) 9th European Conference on eLearning 2010, ECEL 2010, pp. 797-802.

não Foco voltado para uma abordagem investigativa para temas que incluem climate change, mas sem foco especifico nesse tema.

Lessons learned through our climate change professional development program for middle and high school teachers

Johnson, R.M., Henderson, S., Gardiner, L., Russell, R.,

Ward, D., Foster, S., Meymaris, K., Hatheway, B.,

Carbone, L., Eastburn, T.

(2008) Physical Geography, 29 (6), pp. 500-511. ok

The use of a mock environment summit to Gautier, C., Rebich, S. (2005) Journal of Geoscience

Education, 53 (1), pp. 5-15. ok

Page 73: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

support learning about global climate change

Soils and environmental quality

Pierzynski, G.M., Vance, G.F., Sims, J.T.

(2005) Soils and Environmental Quality, pp. 1-521. não Fora do escopo - Sem foco nas mudaças climáticas

Examining long-term global climate change on the web Huntoon, J.E., Ridky, R.K. (2002) Journal of Geoscience

Education, 50 (5), pp. 497-514 ok

Educating engineers for social responsibility: A course proposal

Frezzo, D.C.

(1989) Conference on A Delicate Balance: Technics, Culture and Consequences, TCAC 1989, art. no. 697053, pp. 108-114.

não Artigo de 1989 com foco em engineering ethics, quando nem mesmo havia discussão clara na literatura sobre IBSE.

Page 74: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Apêndice 2 Material Scopus - Lista Selecionados

Page 75: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Lista de artigos Autores Detalhes Foco

Teaching climate science to increase understanding & receptivity Watts, E.

(2019) American Biology Teacher, 81 (5), pp. 308-316.

O artigo defende a inclusão de mais temas sobre mudanças climáticas nas aulas de ciências, pois somente metade dos americanos estão convencidos que ações humanas também são causas do aquecimento global.

Inquiry-based science learning in the context of a continuing professional development programme for biology teachers

Martins-Loução, M.A., Gaio-Oliveira, G., Barata, R.,

Carvalho, N.

(2019) Journal of Biological Education

O artigo defende uma formação continuada para os professores para ajudar a corrigir equívocos conceituais e ajudar na implementação de aulas baseadas na investigação. Essa formação continuada utilizou como tema a biodiversidade e as mudanças climáticas.

International perspectives on the pedagogy of climate change

Perkins, K.M., Munguia, N., Moure-Eraso, R., Delakowitz,

B., Giannetti, B.F., Liu, G., Nurunnabi, M., Will, M.,

Velazquez, L.

(2018) Journal of Cleaner Production, 200, pp. 1043-1052.

Neste artigo, pesquisadores de seis países em quatro continentes defendem que nenhum pais está livre dos efeitos das mudanças climáticas e que a educação é a principal forma de alcançar a sustentabilidade.

Teaching global climate change to pre-service middle school teachers through inquiry activitie

Namdar, B.

(2018) Research in Science and Technological Education, 36 (4), pp. 440-462.

O artigo utilizou de atividades investigativas sobre mudanças climáticas em professores durante um curso de educação ambiental para investigar os efeitos sobre suas percepções sobre o assunto.

Page 76: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Think Globally, Act Locally: Teaching Climate Change Through Digital Inquiry

Castek, J., Dwyer, B. (2018) Reading Teacher, 71 (6), pp. 755-761.

O artigo defende o ensino de uma visão global sobre mudanças climáticas, para que os alunos entendam a dimensão do assunto, o que está sendo feito e discutido e, assim, possa criar metodologias para agir localmente.

University-level teaching of Anthropogenic Global Climate Change (AGCC) via student inquiry

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2017) Studies in Science Education, 53 (2), pp. 113-136.

O artigo analisou os esforços para se ter um ensino investigativo científico nos currículos universitários para melhorar a compreensão sobre as mudanças climáticas globais antropogênicas. Para isso foram analisados 26 artigos que falam de métodos para esse ensino.

What Is Climate Change Education? Stevenson, R.B., Nicholls, J., Whitehouse, H.

(2017) Curriculum Perspectives, 37 (1), pp. 67-71.

O artigo defende que o ideal seria que a educação sobre mudanças climáticas tivesse como foco o estimulo da criatividade nos alunos, para que esses saibam agir perante esse quadro. No ensino das mudanças climáticas os professores não deveriam focar somente na parte científica sobre o assunto, mas também nos efeitos sociais que teria.

The teaching of anthropogenic climate change and earth science via technology-enabled inquiry education

Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (3), pp. 159-174.

O artigo defende o desenvolvimento e a utilização da tecnologia junto com os professores para melhorar a compreensão dos alunos através de um ensino investigativo sobe mudanças climáticas globais antropogênicas.

Page 77: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Distinguishing complex ideas about climate change: knowledge integration vs. specific guidance

Vitale, J.M., McBride, E., Linn, M.C.

(2016) International Journal of Science Education, 38 (9), pp. 1548-1569.

O artigo compara duas formas de orientação para apoiar a compreensão dos alunos sobre mudanças climáticas: orientação específica e orientação de integração de conhecimentos. Nos dois casos foram trabalhados baseado nas respostas dos alunos durante uma pesquisa on-line. Na orientação específica era informado aos alunos o que ficou faltando na resposta e/ou a correção do que estava errado. Na orientação de integração de conhecimentos os alunos eram orientados a analisar suas respostas e buscarem/formarem novas informações.

Teaching anthropogenic climate change through interdisciplinary collaboration: Helping students think critically about science and ethics in dialogue

Todd, C., O’Brien, K.J. (2016) Journal of Geoscience Education, 64 (1), pp. 52-59.

O artigo mostra que ensinar os papeis da ciência e da ética para os alunos, ajudou na compreensão e argumentação sobre mudanças climáticas e sobre as políticas relacionadas às mudanças climáticas. Percebeu-se nos debates um aumento do pensamento crítico.

Bringing global climate change education to middle school classrooms: An example from Alabama

Lee, M.-K., Mitra, C., Thomas, A., Lucy, T., Hickman, E., Cox,

J., Rodger, C.

(2016) Handbook of Climate Change Mitigation and Adaptation, Second Edition, 2, pp. 1127-1147.

Neste artigo os módulos criados pela NASA, chamados de NICE, foram utilizados para auxiliar professores e alunos na compreensão sobre temas como mudanças climáticas. Esses módulos foram bem aceitos pelos professores, pois traziam tecnologias inovadoras e dados atuais sobre o tema. No final foi concluído que deveriam existir mais parcerias entre as universidades e o ensino básico.

Page 78: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Using intervention-oriented evaluation to diagnose and correct students' persistent climate change misconceptions: A Singapore case study

Pascua, L., Chang, C.-H. (2015) Evaluation and Program Planning, 52, pp. 70-77.

O artigo aborda o uso das avaliações orientadas para intervenções para diagnosticar e corrigir concepções equivocadas dos alunos sobre mudanças climáticas. Essas intervenções orientadas foram aplicadas em 3 etapas: a linha da base, o tratamento e o acompanhamento. Para os erros que persistiam foi utilizado refutações que foram diretas, explícito, iterativo e centrado da identificação e correção.

Primary student-teachers’ practical knowledge of inquiry-based science teaching and classroom communication of climate change

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S., Kokkonen, T.

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 649-670

Neste artigo foram analisados os conhecimentos práticos dos alunos-professores sobre mudanças climáticas. Eles tiveram de montar dois planos de aula com uma abordagem investigativa e outra com abordagem comunicativa. As aulas de abordagem comunicativa não foram tão eficazes assim.

International peer collaboration to learn about global climate changes Korsager, M., Slotta, J.D.

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 717-736.

Neste artigo os autores defendem uma colaboração internacional na educação sobre mudanças climáticas. Foi apresentado um módulo de ciências online denominado "Global Climate Exchange" para 157 estudantes de quatro países: Canadá, China, Suécia e Noruega. Este modulo se mostrou eficaz pelo número de conceitos que os alunos utilizavam para explicar mudanças climáticas ao longo do tempo.

Page 79: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Sixth-Grade Students’ Progress in Understanding the Mechanisms of Global Climate Change

Visintainer, T., Linn, M. (2015) Journal of Science Education and Technology, 24 (2-3), pp. 287-310.

Neste artigo foi utilizado a plataforma WISE (web-based inquiry science environment), que é uma tecnologia avançada que foi projetada para melhorar a compreensão de assuntos como mudanças climáticas. Quando os alunos são expostos a algumas situações e às consequências destas nas mudanças climáticas, eles conseguem criar soluções inovadoras.

Using the Socioscientific Context of Climate Change to Teach Chemical Content and the Nature of Science

Flener-Lovitt, C. (2014) Journal of Chemical Education, 91 (10), pp. 1587-1593.

O artigo relata a realização de um curso com contextos sociocientífico sobre mudanças climáticas para alunos universitários de áreas não científicas. Nesse curso foram utilizados a abordagem de quatro componentes: ensino de conhecimento de conteúdo fundamental, ensino de habilidade de pensamento crítico, ensino da natureza da ciência e aplicação por meio de revisão por pares e agnotologia, que é o estudo direto da desinformação. Com esse curso, além de aumenta a compreensão e apreciação pela natureza das ciências, os alunos conseguiriam perceber erros comumente encontrados nas mídias.

Page 80: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Understanding the teacher's role in a knowledge community and inquiry curriculum

Zhao, N., Slotta, J.D.

(2013) Computer-Supported Collaborative Learning Conference, CSCL, 2, pp. 201-204.

Nessa dissertação foram avalias professores de turmas de 9º ano que vão aplicar em um curso de ciências gerais o tema mudanças climáticas. O currículo do curso foi elaborado por um professor. Foi analisado qual o papel dos professores nesse currículo, o conhecimento prévio e a experiências de três professores, a promulgação do currículo pelos professores e a interação desses professores com os alunos. Percebeu-se que os professores gastam muito tempo da aula com questões logísticas e pedagógicas, mas também usavam bastante tem guiando os alunos durante as atividades. Cada professor utilizou um padrão de ensino e não se pode afirmar qual foi o melhor método.

Page 81: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Primary School Student Teachers' Understanding of Climate Change: Comparing the Results Given by Concept Maps and Communication Analysis

Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S.

(2013) Research in Science Education, 43 (5), pp. 1801-1823.

O artigo explora as concepções de professores de ensino fundamental sobre mudanças climáticas. Foram analisados redações e desenho desses alunos para analisar as pré e pós-concepções, antes e depois de quatro sessões científicas sobre física, química, biologia e geografia. Com essa análise percebeu-se que o ensino baseado em investigação deve ser usado no ensino de mudanças climáticas. Os processos de construções ativas também estão de acordo com essa metodologia baseada na investigação. Instrumentos válidos e confiáveis devem ser usados para médio o conhecimento dos alunos sobre o assunto.

Lessons learned through our climate change professional development program for middle and high school teachers

Johnson, R.M., Henderson, S., Gardiner, L., Russell, R.,

Ward, D., Foster, S., Meymaris, K., Hatheway, B.,

Carbone, L., Eastburn, T.

(2008) Physical Geography, 29 (6), pp. 500-511.

Segundo o artigo, os professores se sentem inseguros para falar de temas como mudanças climáticas, mas a formação continuada ajuda na restauração dessa confiança. No currículo desse programa que descrevem está a utilização de aulas baseadas em perguntas, a oportunidade de "aprender fazendo" e o compartilhamento entre os alunos.

Page 82: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

The use of a mock environment summit to support learning about global climate change

Gautier, C., Rebich, S. (2005) Journal of Geoscience Education, 53 (1), pp. 5-15.

No artigo é defendido que ao simular uma cúpula internacional para debater temas como mudanças climáticas entre os alunos, onde esses terias de defender pontos de vistas locais e comércio, iria estimular uma maior compreensão do assunto e estimularia o pensamento e a argumentação crítica.

Examining long-term global climate change on the web Huntoon, J.E., Ridky, R.K.

(2002) Journal of Geoscience Education, 50 (5), pp. 497-514

O artigo aborda uma metodologia onde os alunos conseguem entender a realidade das mudanças climáticas ao analisar dados contidos na web. Partindo de uma pergunta inicial os alunos vão desenvolvendo essa atividade e elaborando relatórios sobre o observado. Alguns pontos podem ser interpretados de forma não tão precisas, como a relação do aumento do gás carbônico com o aumento da população, que poderia levar o aluno a concluir que seria uma relação direta. Para isso intervenções pontuais ajudariam na compreensão.

Page 83: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Apêndice 3 Material Google Scholar - Lista

Selecionados

Page 84: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Lista de artigos Autores Detalhes

Critério de busca

Foco Aquecimento global

Mudanças climáticas Ensino

Ensino de

ciências

Ensino de

biologia

Somente no título

Percepção de alunos da primeira série do ensino médio acerca das mudanças climáticas globais

Santos, M. P., Galvão, L. C.

D. M. S., Pinto, A. S.

(2019) Scientia Plena, 15(1). Sim Não Não Não Sim Não

No artigo os autores buscaram verificar a percepção de alunos sobre mudanças climáticas globais - demonstraram pouco conhecimento sobre o assunto e informaram que a principal fonte de informação sobre o assunto é a escola. Após uma aula utilizando os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto para corrigir essas falhas de concepções, não foi notada uma melhora significativa na compreensão.

O Consenso Científico sobre Aquecimento Global Antropogênico: Considerações Históricas e Epistemológicas e Reflexões para o Ensino dessa Temática

Junges, A. L., Massoni, N.

T.

(2018) Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 18(2), 455–491. Agosto 2018

Sim Não Sim Não Não Sim

Nesse artigo os autores falam sobre a dificuldade que os professores de ciências têm de separar os elementos controversos dos não-controversos sobre mudanças climáticas. Eles fazem uma discussão histórica e epistemológica sobre o consenso dos cientistas e alertam para que o professor tenha cuidado ao trabalhar controvérsias científicas fabricadas como forma de confundir a população.

Blog educacional de mudanças climáticas: ferramenta tecnológica para a prática docente de professores de ciências dos anos iniciais do ensino fundamental

Foggiatto, K. R. A.

(2017) Dissertação - Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias na linha de pesquisa: Formação Docente e Novas Tecnologias na Educação -Centro Universitário Internacional Uninter

Não Sim Sim Não Não Sim

Nessa dissertação a autora investigou se a utilização de um blog ajudaria no ensino sobre mudanças climáticas para alunos do ensino fundamental. Para essa análise foram entrevistados 20 professores. Como resultado foi indicado que o blog promoveu a aquisição de conhecimentos e informações, além de ter tornado o aprendizado mais efetivo.

Page 85: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

O tema mudanças climáticas nos livros didáticos de ciências da natureza para o Ensino Fundamental II: um estudo a partir do PNLD 2014

Rumenos, N. N.

(2016) Dissertação - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Rio Claro

Sim Não Não Não Sim Não

Nessa dissertação foram analisados os conteúdos sobre mudanças climáticas nos livros didáticos aprovados no PNLD 2014. Para a autora, essa abordagem contribui para o enfrentamento de crises ambientais quando são levados a discussões em sala de aula. Essas discussões deveriam ser baseadas na criticidade. A complexidade do tema, envolvendo controversas, não foi observada.

Licenciandos do pibid e o aquecimento global: redes de actantes na elaboração de atividades didáticas

Delgado, P. C. S.

(2016) Tese - Programa de PósGraduação em Educação Conhecimento e Inclusão Social em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.

Sim Não Não Não Sim Não

O objetivo dessa tese foi investigar quais caminhos os licenciando do curso de Ciências Biológicas participantes do PIBID, utilizavam para ensinar aquecimento global para alunos do ensino médio. Todos eles trabalharam o tema utilizando as controvérsias e se preocuparam em não tomar postura para nenhum dos lados. Muitos evitaram entrar no campo político quando essas visões apareciam em algum material.

Desenvolvimento de oficina a partir de um trabalho integrado

Becher, P. F., Doneda, D.,

Ramos, M. R. S., Paniz, C.

M.

(2016) CCNEXT v.3 Ed. Especial- XII EIE- Encontro sobre Investigação na Escola, 2016, p.768– 772

Sim Não Não Não Sim Não

Nesse artigo os autores defendem que a contextualização e a integração das ciências contribuem para o aprendizado dos alunos. Atravéz dessa contextualização pôde-se trabalhar temas cujas informações muitas vezes estavam distorcidas na concepção dos alunos.

Estratégia didática para o ensino dos conhecimentos relacionados às mudanças climáticas globais

Freitas, M. S.

(2015) Dissertação - Programa de PósGraduação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico

Não Sim Sim Não Não Sim

Nessa dissertação a autora propõe uma estratégia didática, utilizando os potenciais recursos na Amazônia, para o ensino de mudanças climáticas. Para investigar a eficácia de sua estratégia, ela aplicou a metodologia à 40 alunos e 5 professores. Os alunos e professores relataram que achar relevante a discussão do assunto.

Page 86: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Licenciandos do pibid e o ensino de controvérsias: as relações entre ciência e política no ensino de ciências

Delgado, P. C. S.,

Coutinho, F. A.

(2015) X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – X ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2015

Sim Não Não Não Sim Não

Nesse artigo foi investigado a relação que os licenciando tinham com o ensino das controvérsias do aquecimento global e como estes faziam a relação entre o discurso dos leigos, políticos e cientistas. Foi constatado uma dificuldade por partes dos licenciandos na compreensão dessas questões, o que torna necessário a inclusão de controvérsias na formação.

Percepção de alunos do terceiro ano do ensino médio sobre os efeitos do aquecimento global

Silva, D. P.

(2014) Monografia - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Fluminense, campus Campos-Centro

Sim Não Sim Não Não Sim

Nessa monografia a autora analisa o conhecimento dos alunos do terceiro ano do ensino médio sobre aquecimento global para saber a importância da escola na construção desse conhecimento. Os alunos demostraram um bom conhecimento sobre o assunto, o que levou a interpretar que a escola tem tido um papel importante nessa formação, mas destaca que ainda falta a interdisciplinaridade.

O clima na escola: a temática acerca das mudanças climáticas na visão de alunos do ensino médio no estado do paraná

Rodrigues, A.

(2014) Curso de especialização em projetos sustentáveis, mudanças climáticas e gestão corporativa de carbono do Programa de Educação Continuada em Ciências Agrárias - Universidade Federal do Paraná

Não Sim Sim Não Não Sim

Nesse trabalho o autor analisou o conhecimento de alunos do ensino médio sobre mudanças climáticas. Ele percebeu que ao longo dos anos/séries ouve uma melhora no conhecimento, porém ainda muito aquém do ideal. Foi percebido que em assuntos políticos relacionados ao tema, os alunos demostraram maior conhecimento.

Uso da argumentação como ferramenta na educação biológica: o caso do aquecimento global

Araújo, M. P.

(2014) Trabalho de conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual da Paraíba

Sim Não Não Não Sim Não

O artigo explora o uso da argumentação como método de aprendizagem de temas como aquecimento global. Numa aula onde o aluno é estimulado a argumentar sobre um fato, para que este possa se apropriar de um argumento com base

Page 87: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

científico, terá de buscar informações sobre o assunto e compreendê-lo e com isso formar um pensamento crítico sobre.

Educação ambiental no ensino fundamental: as mudanças climáticas no contexto da aprendizagem significativa

Lima, W. S.

(2013) PósGraduação em Mudanças Climáticas, Projetos Sustentáveis e Mercado de Carbono da Universidade Federal do Paraná

Não Sim Sim Não Não Sim

O trabalho avaliou a eficácia de uma sequência didática sobre mudanças climáticas, para alunos do ensino fundamental. Percebeu-se uma melhora significativa na percepção dos alunos sobre o tema após a sequência didática. Essa sequência durou oito horas/aulas e era composto de textos, vídeos, aula de campo, seminários, debates e produção textual.

Jogo didático para educação ambiental no contexto das mudanças ambientais globais: elementos do processo de apropriação por professores da educação básica

Silva, R. L. F., Liers, L. A.

(2013) Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2013

Sim Não Não Não Sim Não

O artigo apresenta um jogo didático chamado de "Ecoestratégia" que trata de temáticas referentes às mudanças climáticas. O objetivo desse jogo é que o aluno se aproprie de uma linguagem e conhecimentos científicos sobre o assunto, já que normalmente eles acabam absorvendo os discursos da mídia e da religião. Além das habilidades cognitivas, afetivas e sociais que o jogo promove, também é proposto uma postura investigativa, participativa e crítica.

O aquecimento global como conteúdo norteador para ensinar sobre visão sistémica do planeta Terra no ensino médio

Guimarães, A. P. M.,

Guimarães, M. D. M.,

Sarmento, A. C. H., Muniz,

C. R. R., Silva, N. R., Sá, T. S., El-Hani, C. N.

(2013) Atas do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC Águas de Lindóia, SP – Nov de 2013

Sim Não Não Não Sim Não

Nesse artigo foi feita uma investigação sobre uma sequência didáticas que utilizou o tema aquecimento global para estimular a aprendizagem sobre o funcionamento do planeta terra. As utilizações de temas controversos tiveram um lado positivo e outro negativo. O positivo foi o aumento dos argumentos críticos e o lado negativo

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foi uma conscientização ambiental diminuída.

Ciência acrítica: o aquecimento global nos livros didáticos de Biologia

Delaqua, F. A., Bassoli, F.

(2013) IX CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE INVESTIGACIÓN EN DIDÁCTICA DE LAS CIENCIAS: 71-75

Sim Não Não Não Sim Não

Nesse trabalho os autores analisaram a abordagem do tema aquecimento global nos livros didáticos. Eles defendem que a utilização de temas controversos na ciência estimula um posicionamento mais crítico e questionador nos alunos, por não se tratar de uma verdade absoluta.

Problematização na Produção da Situação de Estudo “Aquecimento Global” numa Escola de Ensino Médio.

Machado, A. R., ZANON,

L., SANGIOGO,

F.

(2011) Anais do VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.

Sim Não Sim Não Não Sim

Nesse estudo foi realizado uma pesquisa sobre uma interação entre professores de formação inicial e continuada, junto a uma escola do ensino médio, na produção de uma sequência de estudo sobre aquecimento global. Essa interação se mostrou produtiva, pois permitiu refletir sobre, por exemplo, planejamento e desenvolvimento de propostas, que levou a sinalização das problematizações.

O uso do blog como ferramenta das TICs para o ensino de climatologia com enfoque em aquecimento global

Chagas, M. M. S.

(2011)Trabalho de Conclusão de Curso - Universidade de Brasília

Sim Não Sim Não Não Sim

Nesse TCC foi discutida a importância das TICs como aliados do ensino. A autora analisou a utilização de um blog como apoio no ensino do aquecimento global. O blog se mostrou uma ótima ferramenta, pois o mesmo pode ser utilizado durantes as aulas e/ou depois, além de atingir um público que não são alunos.

Page 89: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Aquecimento global: uma proposta de metodologia de ensino de ciências aplicada em um colégio do município de niterói, estado do rio de janeiro

Araújo, D. P. F., Santos M.

B. P.

(2010) REMPEC - Ensino, Saúde e Ambiente, v.3 n 2 p.38-49, Agosto 2010

Sim Não Não Sim Não Sim

No artigo é abordado o tema aquecimento global de forma transversal e interdisciplinar. A utilização de atividades de oficinas, montagens de vídeo e debates foi importante para motivar e despertar a postura crítica dos alunos, além de possibilitar a troca de experiências.

Educação ambiental, mudanças climáticas e ensino de biologia: análise de concepções e processo de produção de um jogo para o ensino médio

Silva, R. L. F., Freitas, S. R., Araujo, J. N., Liers, L. A., Parajara, V.

M., Dandara, A.

(2010) Revista da SBEnBio – Número 03. Outubro de 2010

Sim Não Não Não Sim Não

Neste artigo os autores propõem a elaboração de um jogo para trabalhar o tema mudanças climáticas e algumas controvérsias científicas sobre. A escola não deveria deixar de abordar esses temas conflitantes, pois é importante para a contextualização dos aspectos éticos da problemática ambiental. Além do conhecimento, esse material também permite a discussão de atitudes, valores e participação política, por parte do aluno.

Na pauta das aulas de ciências: discussão de controvérsias científicas na televisão

Ramos, M. B.

(2010) Tese (doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências.

Sim Não Não Não Sim Não

Nessa tese a autora defende a utilização de discussão de controvérsias sobre mudanças climáticas, para que os alunos compreendam as práticas científicas e perceberem que não existe uma verdade absoluta, como a mídia costuma defender. Os alunos tendem a buscar informações sobre ciências na mídia, que muitas vezes traz ideias erradas ou engessadas, por isso a escola deve passar a ter esse papel de fonte de informação.

O Envolvimento dos estudantes em projeto interdisciplinar frente à problemática das mudanças climáticas

Duso, l., Borges, R. M.

R.

(2010) II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia, ISSN: 2178-6135, Artigo número: 15

Sim Não Não Não Sim Não

Nesse artigo foi mostrado que ensinar por projetos tem se mostrado eficaz, pois os estudantes têm um envolvimento maior aprendendo, planejando e investigando maneiras de solucionar problemas. Foi

Page 90: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

trabalhado um projeto relacionado às mudanças climáticas. Os alunos puderam socializar com diferentes grupos de estudantes e refletir sobre suas responsabilidades enquanto cidadãos.

Compreensões elaboradas pelo campo da educação ambiental sobre o tema mudanças climáticas: análise de dissertações e teses brasileiras

Reis, D. A. (2010) Dissertação - Universidade Estadual Paulista, Rio claro

Sim Não Não Não Sim Não

Nessa dissertação, a autora analisou como o tema mudanças climáticas foi abordado por teses e dissertações relacionadas à Educação Ambiental, entre os anos de 1987 e 2010, no banco de teses e dissertações da CAPES. Foram identificadas 17 dissertações sobre o tema. Dessas, apesar de ser interessante a inserção de incertezas e controvérsias sobre o tema, poucas as abordaram, somente 3. Duas deram algumas propostas educativas sobre EA e três fizeram alguma relação entre mudanças climáticas e educação.

Aquecimento global e mudanças climáticas na visão de estudantes do Ensino Médio

Tavares, A. C., Brito, C.

A., Rocha, C. L., Andrade,

P. A., Oliveira, S. C.

(2010)CLIMEP – Climatologia e Estudos da Paisagem Rio Claro (SP) – Vol.5 – n.1 – janeiro/junho/2010, p. 100

Não Sim Sim Não Não Sim

Nesse artigo foi feito um levantamento sobre o conhecimento dos alunos do ensino médio sobre mudanças climáticas e como esses estudantes obtinham essas informações. Constatou-se que estes tinham como principal fonte de informações a televisão e a internet. A escola tem contribuído muito pouco para o conhecimento destes sobre o assunto. Para os autores há uma necessidade de os professores reciclarem seus conhecimentos para terem maior influência na opinião dos alunos.

Page 91: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Aquecimento global: percepções dos estudantes do ensino médio

Stürmer, A. B., Trevisol, J. V., Botton,

E. A.

(2010) Unoesc & Ciência – ACHS, Joaçaba, v. 1, n. 1, p. 21-28, jan./jun. 2010

Sim Não Sim Não Não Sim

Neste artigo foi investigado a percepção dos alunos do ensino médio sobre o tema aquecimento global e o grau de importância em seu cotidiano. Eles perceberam que os alunos têm uma boa percepção sobre o assunto, principalmente relacionado às causas, mas nas consequências ainda mostra uma defasagem. As mídias e aa redes sociais foram as principais fontes de informação e a escola foi teve um papel muito fraco nessa percepção.

Contribuições de um projeto integrado sobre aquecimento global para desenvolver a consciência dos temas atuais nos estudantes

Duso, l., Borges, R. M.

R.

(2009 ~2010)Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0057-1.pdf

Sim Não Não Não Sim Não

O artigo investiga a utilização de uma metodologia, que é o projeto integrado sobre aquecimento global, na área de ciências da natureza, matemáticas e suas tecnologias. Nessa investigação os autores analisaram as contribuições na percepção dos alunos quanto ao tema, como se deu o processo de tomada de decisões e como puderam exercer seu papel de cidadãos. Ao estimular os alunos a buscar soluções para as contradições, foi constatado que desenvolveram a racionalidade.

Contribuições de projetos integrados na área das ciências da natureza à alfabetização científica de estudantes do ensino médio

Duso, L.

(2009) Diss. (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática) – Faculdade de Física, PUCRS

Sim Não Não Não Sim Não

Nessa dissertação o autor utilizou um projeto interdisciplinar integrado na área de ciências da natureza, matemática e suas tecnologia e avaliou a contribuição dessa metodologia para a alfabetização científica, utilizando o tema aquecimento global. Através de problematização, os alunos buscaram soluções, inclusive utilizando de dados contraditórios e com isso desenvolveram a racionalidade,

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apropriando-se do pensamento crítico.

Uma relação Entre a Teoria Gaia, o Aquecimento Global e o Ensino de Ciências

MILAZZO, A. D. D.,

CARVALHO, A. A. F

(2008) ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.1, n.2, p.107-120, jul. 2008

Sim Não Não Sim Não Sim

Nesse artigo os autores propõem usar a teoria de Gaia para abordar o aquecimento global com os alunos. Segundo eles, entendendo como funciona o sistema de Gaia, os alunos conseguiriam compreender o sistema da Terra e como funciona, podendo repensar suas práticas e como podem reverter o quadro de desequilíbrio ambiental.

Consequências do aquecimento global para a biodiversidade baseado no universo da nova educação ambiental, enfocando valores do desenvolvimento sustentável

Magnavita, F. B.

(2008) Curso de Pós-graduação em Educação Ambiental - Universidade Cândido Mendes

Sim Não Não Não Sim Não

Nessa monografia o autor defende que uma educação ambiental é necessária devido às notícias sobre as consequências catastróficas que o aquecimento global traz. Ele propõe uma educação para o desenvolvimento sustentável, que daria aos alunos ferramentas para lidar com essa nova realidade. Para isso deveria haver discussões mais críticas, para que o aluno traga os problemas para seu cotidiano e assim consiga refletir sobre possíveis soluções.

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Apêndice 4 Material Google Scholar - Printscreen

Buscas

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Anexo 1 Material Scopus - Lista Completa Dos 50

Títulos

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Search: TITLE-ABS-KEY("Climate change" and "inquiry" and "teaching")

1) Watts, E.

Teaching climate science to increase understanding &amp; receptivity

(2019) American Biology Teacher, 81 (5), pp. 308-316. Cited 1 time.

1) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85063958521&doi=10.1525%2fabt.2019.81.5.308&partnerID=40&md5=433e69ba091331ab224a525ad4164997

DOI: 10.1525/abt.2019.81.5.308

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

2) Martins-Loução, M.A., Gaio-Oliveira, G., Barata, R., Carvalho, N.

Inquiry-based science learning in the context of a continuing professional development programme

for biology teachers

(2019) Journal of Biological Education, .

2) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85064848778&doi=10.1080%2f00219266.2019.1609566&partnerID=40&md5=114b717d8b143ae097eeaaee30c57188

DOI: 10.1080/00219266.2019.1609566

Document Type: Article

Publication Stage: Article in Press

Source: Scopus

3) Owens, D.C., Herman, B.C., Oertli, R.T., Lannin, A.A., Sadler, T.D.

Secondary science and mathematics teachers' environmental issues engagement through

socioscientific reasoning

(2019) Eurasia Journal of Mathematics, Science and Technology Education, 15 (6), art. no. em1693, .

Cited 1 time.

3) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85063728427&doi=10.29333%2fejmste%2f103561&partnerID=40&md5=58c8337056f5eced3dfea3f9f19e6d78

DOI: 10.29333/ejmste/103561

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

4) Perkins, K.M., Munguia, N., Moure-Eraso, R., Delakowitz, B., Giannetti, B.F., Liu, G., Nurunnabi, M.,

Will, M., Velazquez, L.

Page 101: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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International perspectives on the pedagogy of climate change

(2018) Journal of Cleaner Production, 200, pp. 1043-1052. Cited 2 times.

4) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85053083616&doi=10.1016%2fj.jclepro.2018.07.296&partnerID=40&md5=fd9ef0d4fee00b2ff22588f39f98c06f

DOI: 10.1016/j.jclepro.2018.07.296

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

5) Namdar, B.

Teaching global climate change to pre-service middle school teachers through inquiry activities

(2018) Research in Science and Technological Education, 36 (4), pp. 440-462.

5) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85041101879&doi=10.1080%2f02635143.2017.1420643&partnerID=40&md5=164f0975a83ae69d2dbac9c72b163529

DOI: 10.1080/02635143.2017.1420643

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

6) Castek, J., Dwyer, B.

Think Globally, Act Locally: Teaching Climate Change Through Digital Inquiry

(2018) Reading Teacher, 71 (6), pp. 755-761. Cited 1 time.

6) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85045975628&doi=10.1002%2ftrtr.1687&partnerID=40&md5=8e6f21a49f29682675e5acfd6fb0692a

DOI: 10.1002/trtr.1687

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

7) Dolphin, G., Benoit, W., Burylo, J., Hurst, E., Petryshen, W., Wiebe, S.

Braiding history, inquiry, and model-based learning: A collection of open-source historical case

studies for teaching both geology content and the nature of science

(2018) Journal of Geoscience Education, 66 (3), pp. 205-220.

7) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85055699851&doi=10.1080%2f10899995.2018.1475821&partnerID=40&md5=f5c53af844836a2c73d3e3aa06371f12

DOI: 10.1080/10899995.2018.1475821

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

Page 102: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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8) Wamsler, C., Brossmann, J., Hendersson, H., Kristjansdottir, R., McDonald, C., Scarampi, P.

Mindfulness in sustainability science, practice, and teaching

(2018) Sustainability Science, 13 (1), pp. 143-162. Cited 21 times.

8) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85017171277&doi=10.1007%2fs11625-017-0428-2&partnerID=40&md5=a05bedc7f76d710cc2957d60063775d3

DOI: 10.1007/s11625-017-0428-2

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

9) Stephens, J.C., Frumhoff, P.C., Yona, L.

The role of college and university faculty in the fossil fuel divestment movement

(2018) Elementa, 6, art. no. 41, . Cited 2 times.

9) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85048413801&doi=10.1525%2felementa.297&partnerID=40&md5=10847dddf66f2f5571cba8893318287d

DOI: 10.1525/elementa.297

Document Type: Review

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

10) González-Pérez, J.M., Grande, J.

Earth Observations in the classroom

(2018) Proceedings of the International Astronautical Congress, IAC, 2018-October, .

10) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85065304111&partnerID=40&md5=1d8ca5195ab3a3035df39ac5957d9cc3

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

11) Lubkowitz, M., Koch, K., Weil, C., Braun, D.M.

A Question-Based Approach to Teaching Photosynthesis, Carbohydrate Partitioning, and Energy

Flow

(2017) American Biology Teacher, 79 (8), pp. 655-660.

11) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85032278576&doi=10.1525%2fabt.2017.79.8.655&partnerID=40&md5=b08676959bfef82712b82b48de53a375

DOI: 10.1525/abt.2017.79.8.655

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

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12) Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

University-level teaching of Anthropogenic Global Climate Change (AGCC) via student inquiry

(2017) Studies in Science Education, 53 (2), pp. 113-136. Cited 2 times.

12) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85018176229&doi=10.1080%2f03057267.2017.1319632&partnerID=40&md5=bd2c11931e105ccf503c51a2eff8d3be

DOI: 10.1080/03057267.2017.1319632

Document Type: Review

Publication Stage: Final

Source: Scopus

13) Stevenson, R.B., Nicholls, J., Whitehouse, H.

What Is Climate Change Education?

(2017) Curriculum Perspectives, 37 (1), pp. 67-71. Cited 2 times.

13) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85018445413&doi=10.1007%2fs41297-017-0015-9&partnerID=40&md5=4962a59d580360e453ce78215f85353e

DOI: 10.1007/s41297-017-0015-9

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

14) Itzek-Greulich, H., Vollmer, C.

Emotional and motivational outcomes of lab work in the secondary intermediate track: The

contribution of a science center outreach lab

(2017) Journal of Research in Science Teaching, 54 (1), pp. 3-28. Cited 13 times.

14) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85003475390&doi=10.1002%2ftea.21334&partnerID=40&md5=d15bc7a8d41161d4a6c37d7351b64100

DOI: 10.1002/tea.21334

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

15) Elster, D., Müller, N., Drachenberg, S.

Promotion of system competence based on the syndrome approach in pre-service biology teacher

education

(2017) Contextualizing Teaching to Improve Learning: The Case of Science and Geography, pp.

123-142.

15) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85048743792&partnerID=40&md5=0219a7db3e7b6af69c6c8a682d7d5135

Document Type: Book Chapter

Publication Stage: Final

Source: Scopus

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16) Bush, D., Sieber, R., Seiler, G., Chandler, M.

The teaching of anthropogenic climate change and earth science via technology-enabled inquiry

education

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (3), pp. 159-174. Cited 5 times.

16) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84983250989&doi=10.5408%2f15-127&partnerID=40&md5=2e8ed8fa21ad8f5079ba75a84b5dcf86

DOI: 10.5408/15-127

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

17) Spellman, K.V., Deutsch, A., Mulder, C.P.H., Carsten-Conner, L.D.

Metacognitive learning in the ecology classroom: A tool for preparing problem solvers in a time of

rapid change?

(2016) Ecosphere, 7 (8), art. no. e01411, .

17) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84987624076&doi=10.1002%2fecs2.1411&partnerID=40&md5=d3babb553d96d9e3327eee2587bc483e

DOI: 10.1002/ecs2.1411

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

18) Spellman, K.V., Deutsch, A., Mulder, C.P.H., Carsten-Conner, L.D.

Metacognitive learning in the ecology classroom: A tool for preparing problem solvers in a time of

rapid change?

(2016) Ecosphere, 7 (8), art. no. e01411, .

18) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84984869224&doi=10.1002%2fecs2.1411%2fsupinfo&partnerID=40&md5=fac99b759919ef87c96c8a95c14975c3

DOI: 10.1002/ecs2.1411/supinfo

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

19) Vitale, J.M., McBride, E., Linn, M.C.

Distinguishing complex ideas about climate change: knowledge integration vs. specific guidance

(2016) International Journal of Science Education, 38 (9), pp. 1548-1569. Cited 5 times.

19) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84978906313&doi=10.1080%2f09500693.2016.1198969&partnerID=40&md5=910a044502c85f4aa5d51fea82d649b0

DOI: 10.1080/09500693.2016.1198969

Document Type: Article

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Publication Stage: Final

Source: Scopus

20) Didden, C., Edmunds, P.J.

Experiential Ecological Investigations as a Vehicle Coupling Teaching &amp; Research in High

Schools &amp; Universities

(2016) American Biology Teacher, 78 (4), pp. 278-284.

20) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84966549724&doi=10.1525%2fabt.2016.78.4.278&partnerID=40&md5=31514c1c33003c91e9ea0aec0e0fa3e2

DOI: 10.1525/abt.2016.78.4.278

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

21) Todd, C., O’Brien, K.J.

Teaching anthropogenic climate change through interdisciplinary collaboration: Helping students think

critically about science and ethics in dialogue

(2016) Journal of Geoscience Education, 64 (1), pp. 52-59. Cited 4 times.

21) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84957922632&doi=10.5408%2f12-331.1&partnerID=40&md5=1b04e16daf6e69b9e10f756775ecfc8d

DOI: 10.5408/12-331.1

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

22) Guo, Y., Xing, W., Lee, H.-S.

Identifying Students' Mechanistic Explanations in Textual Responses to Science Questions with

Association Rule Mining

(2016) Proceedings - 15th IEEE International Conference on Data Mining Workshop, ICDMW 2015,

art. no. 7395680, pp. 264-268. Cited 1 time.

22) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84964744534&doi=10.1109%2fICDMW.2015.225&partnerID=40&md5=433c2c6ff226d2fc3ff2b60aab904c89

DOI: 10.1109/ICDMW.2015.225

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

23) Lee, M.-K., Mitra, C., Thomas, A., Lucy, T., Hickman, E., Cox, J., Rodger, C.

Bringing global climate change education to middle school classrooms: An example from Alabama

(2016) Handbook of Climate Change Mitigation and Adaptation, Second Edition, 2, pp. 1127-1147.

23)

Page 106: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85024873828&doi=10.1007%2f978-3-319-14409-2_97&partnerID=40&md5=4926ebe2f6ee0a95d6bc4ad74e8081ef

DOI: 10.1007/978-3-319-14409-2_97

Document Type: Book Chapter

Publication Stage: Final

Source: Scopus

24) Raes, A., Schellens, T.

The effects of teacher-led class interventions during technology-enhanced science inquiry on

students' knowledge integration and basic need satisfaction

(2016) Computers and Education, 92-93, pp. 125-141. Cited 4 times.

24) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84946239746&doi=10.1016%2fj.compedu.2015.10.014&partnerID=40&md5=7289dba10db225118258c635698ed28c

DOI: 10.1016/j.compedu.2015.10.014

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

25) Wassermann, S.

Making Meaning From Scientific Investigations and Living With the Uncertainties of Teaching Science

as Inquiry

(2015) Childhood Education, 91 (6), pp. 442-450. Cited 2 times.

25) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85002602727&doi=10.1080%2f00094056.2015.1114795&partnerID=40&md5=79d2d8143c7151ce4e6423fa5815d1d8

DOI: 10.1080/00094056.2015.1114795

Document Type: Note

Publication Stage: Final

Source: Scopus

26) Pascua, L., Chang, C.-H.

Using intervention-oriented evaluation to diagnose and correct students' persistent climate change

misconceptions: A Singapore case study

(2015) Evaluation and Program Planning, 52, pp. 70-77. Cited 1 time.

26) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84928638407&doi=10.1016%2fj.evalprogplan.2015.04.001&partnerID=40&md5=1eb4c75d9889e5bcb621c978106f16fc

DOI: 10.1016/j.evalprogplan.2015.04.001

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

27) Avi Brooks, L.J., Meneses, C.V., Keyser, B.

Page 107: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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From Territorial to Temporal Ambitions: The Politics of Time and Imagination in Massive Multiplayer

Online Forecasting Games

(2015) Social Media and Society, 1 (2), 14 p. Cited 1 time.

27) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85033803002&doi=10.1177%2f2056305115603996&partnerID=40&md5=88bed273aaab7e62aaac0934492d25f9

DOI: 10.1177/2056305115603996

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

28) Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S., Kokkonen, T.

Primary student-teachers’ practical knowledge of inquiry-based science teaching and classroom

communication of climate change

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 649-670. Cited 2

times.

28) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84943551576&doi=10.12973%2fijese.2015.259a&partnerID=40&md5=36687d5ea73b82f8dad5c0323f1ceb4a

DOI: 10.12973/ijese.2015.259a

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

29) Korsager, M., Slotta, J.D.

International peer collaboration to learn about global climate changes

(2015) International Journal of Environmental and Science Education, 10 (5), pp. 717-736. Cited 3

times.

29) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84943526956&doi=10.12973%2fijese.2015.262a&partnerID=40&md5=a09e116741e3e5fdba0308331770241d

DOI: 10.12973/ijese.2015.262a

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

30) Visintainer, T., Linn, M.

Sixth-Grade Students’ Progress in Understanding the Mechanisms of Global Climate Change

(2015) Journal of Science Education and Technology, 24 (2-3), pp. 287-310. Cited 15 times.

30) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84925463202&doi=10.1007%2fs10956-014-9538-0&partnerID=40&md5=205b6ed42e532aff2c779acf359479d7

DOI: 10.1007/s10956-014-9538-0

Page 108: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

31) Rivera Maulucci, M.S., Brotman, J.S., Fain, S.S.

Fostering structurally transformative teacher agency through science professional development

(2015) Journal of Research in Science Teaching, 52 (4), pp. 545-559. Cited 8 times.

31) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84925456947&doi=10.1002%2ftea.21222&partnerID=40&md5=8dbe739cfd733be3959755b47275f08f

DOI: 10.1002/tea.21222

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

32) Borrego, M., Streveler, R.A.

Preparing engineering educators for engineering education research

(2015) Cambridge Handbook of Engineering Education Research, pp. 457-474. Cited 3 times.

32) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84953897526&doi=10.1017%2fCBO9781139013451.029&partnerID=40&md5=99fbe2dbc19ee2a051363a92e838085f

DOI: 10.1017/CBO9781139013451.029

Document Type: Book Chapter

Publication Stage: Final

Source: Scopus

33) Kahana, O., Tal, T.

Understanding of high-achieving science students on the nature of science

(2014) International Journal of STEM Education, 1 (1), art. no. 13, . Cited 1 time.

33) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85051821610&doi=10.1186%2fs40594-014-0013-5&partnerID=40&md5=2171b3782ba1799ed0481e199b8b12f2

DOI: 10.1186/s40594-014-0013-5

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

34) Flener-Lovitt, C.

Using the Socioscientific Context of Climate Change to Teach Chemical Content and the Nature of

Science

(2014) Journal of Chemical Education, 91 (10), pp. 1587-1593. Cited 8 times.

34) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84927652447&doi=10.1021%2fed4006985&partnerID=40&md5=6feb41aa9b73d8d44e94f8831126b298

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DOI: 10.1021/ed4006985

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Access Type: Open Access

Source: Scopus

35) Miller, B.G., Hougham, R.J., Cox, C., Walden, V., Eitel, K.B.

Adventure learning @ the learning sciences

(2014) Proceedings of International Conference of the Learning Sciences, ICLS, 3 (January), pp.

1509-1510.

35) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84937790266&partnerID=40&md5=60c66acf1614fa758887e51fb319ff6e

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

36) Allen, L.B., Crowley, K.J.

Challenging Beliefs, Practices, and Content: How Museum Educators Change

(2014) Science Education, 98 (1), pp. 84-105. Cited 19 times.

36) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84890633445&doi=10.1002%2fsce.21093&partnerID=40&md5=dac86bc8e95319eef4413d6f1919c9e2

DOI: 10.1002/sce.21093

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

37) Zhao, N., Slotta, J.D.

Understanding the teacher's role in a knowledge community and inquiry curriculum

(2013) Computer-Supported Collaborative Learning Conference, CSCL, 2, pp. 201-204.

37) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84886457874&partnerID=40&md5=65c011c5c96073c77396c860396272e0

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

38) Ratinen, I., Viiri, J., Lehesvuori, S.

Primary School Student Teachers' Understanding of Climate Change: Comparing the Results Given

by Concept Maps and Communication Analysis

(2013) Research in Science Education, 43 (5), pp. 1801-1823. Cited 8 times.

38) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84884531281&doi=10.1007%2fs11165-012-9329-7&partnerID=40&md5=92cb2f765bb87bb3546794132281ff3f

DOI: 10.1007/s11165-012-9329-7

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Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

39) Ugolini, F., Massetti, L.

Teaching the carbon cycle using IBL in the secondary schools

(2013) Causes, Impacts and Solutions to Global Warming, pp. 323-332.

39) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84949786106&doi=10.1007%2f9781461475880&partnerID=40&md5=077d0dafdf3ef05a356c6aa3f275b158

DOI: 10.1007/9781461475880

Document Type: Book Chapter

Publication Stage: Final

Source: Scopus

40) Kaganovskiy, L., Lowman, M.

Modeling insect outbreaks in forest canopies: Integration of virtual simulations with hands-on ecology

for undergraduates

(2013) Treetops at Risk: Challenges of Global Canopy Ecology and Conservation, pp. 341-352.

40) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84956673507&doi=10.1007%2f978-1-4614-7161-5_34&partnerID=40&md5=1fedf90011a4bb547dae795ebfec0892

DOI: 10.1007/978-1-4614-7161-5_34

Document Type: Book Chapter

Publication Stage: Final

Source: Scopus

41) Najafi, H., Zhao, N., Slotta, J.

Facilitating knowledge communities in science classrooms through scripted collaboration

(2011) Connecting Computer-Supported Collaborative Learning to Policy and Practice: CSCL 2011

Conf. Proc. - Short Papers and Posters, 9th International Computer-Supported Collaborative Learning

Conf., 2, pp. 996-997. Cited 3 times.

41) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84858392994&partnerID=40&md5=71c23d6dc8ba956febb2659c786c46e5

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

42) Powers, S., De Waters, J., Dhaniyala, S., Small, M.M.M.

Teaching climate science and policy to engineering students

(2011) ASEE Annual Conference and Exposition, Conference Proceedings, 14 p. Cited 2 times.

42) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85029130623&partnerID=40&md5=f77c794649e22e21a9d8583e5be2c03b

Page 111: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

43) Najafi, H., Slotta, J.D.

Analyzing equality of participation in collaborative inquiry: Toward a knowledge community

(2010) Learning in the Disciplines: ICLS 2010 Conference Proceedings - 9th International Conference

of the Learning Sciences, 1, pp. 960-967. Cited 3 times.

43) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84880534637&partnerID=40&md5=cefd4e0ab0e9ee0104b29a383a1d010f

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

44) Linn, M.C., Slotta, J.D., Terashima, H., Stone, E., Madhok, J.

Designing science instruction using the Web-Based Inquiry Science Environment (WISE)

(2010) Asia-Pacific Forum on Science Learning and Teaching, 11 (2), pp. 1-23.

44) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-79951688540&partnerID=40&md5=ae8d892c6becfde5311ab466ddd56cae

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

45) Nicolaidou, I., Kyza, E., Michael, G., Papadouris, N., Constantinou, C., Kolias, V., Davaris, T., Asher,

I., Tabak, I., Redfors, A., Hansson, L., Rosberg, M., Oldershaw, C.

Participatory design to support students' web-based inquiry of complex, socio-scientific problems

(2010) 9th European Conference on eLearning 2010, ECEL 2010, pp. 797-802.

45) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84901981257&partnerID=40&md5=c9a432d3ac5ccbdc68eda8e4108d6f40

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Source: Scopus

46) Johnson, R.M., Henderson, S., Gardiner, L., Russell, R., Ward, D., Foster, S., Meymaris, K.,

Hatheway, B., Carbone, L., Eastburn, T.

Lessons learned through our climate change professional development program for middle and high

school teachers

(2008) Physical Geography, 29 (6), pp. 500-511. Cited 19 times.

46) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-65549160591&doi=10.2747%2f0272-3646.29.6.500&partnerID=40&md5=96d841d7f2e8946495e9df1c8c485074

DOI: 10.2747/0272-3646.29.6.500

Document Type: Article

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Publication Stage: Final

Source: Scopus

47) Gautier, C., Rebich, S.

The use of a mock environment summit to support learning about global climate change

(2005) Journal of Geoscience Education, 53 (1), pp. 5-15. Cited 12 times.

47) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-14844355399&doi=10.5408%2f1089-9995-53.1.5&partnerID=40&md5=b929901d5762991c834e150a871605f3

DOI: 10.5408/1089-9995-53.1.5

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

48) Pierzynski, G.M., Vance, G.F., Sims, J.T.

Soils and environmental quality

(2005) Soils and Environmental Quality, pp. 1-521. Cited 115 times.

48) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-85055767281&partnerID=40&md5=804a25e9b5cd4bc88a004645ed7c8598

Document Type: Book

Publication Stage: Final

Source: Scopus

49) Huntoon, J.E., Ridky, R.K.

Examining long-term global climate change on the web

(2002) Journal of Geoscience Education, 50 (5), pp. 497-514. Cited 2 times.

49) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-0036880566&doi=10.5408%2f1089-9995-50.5.497&partnerID=40&md5=6f55f9f044a9187dda11344264e86e9b

DOI: 10.5408/1089-9995-50.5.497

Document Type: Article

Publication Stage: Final

Source: Scopus

50) Frezzo, D.C.

Educating engineers for social responsibility: A course proposal

(1989) Conference on A Delicate Balance: Technics, Culture and Consequences, TCAC 1989, art.

no. 697053, pp. 108-114. Cited 1 time.

50) https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-8744221570&doi=10.1109%2fTCAC.1989.697053&partnerID=40&md5=82870a77ddf94f419f9ddccd1c996e40

DOI: 10.1109/TCAC.1989.697053

Document Type: Conference Paper

Publication Stage: Final

Page 113: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Source: Scopus

Page 114: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Anexo 2 Declaração De Não Utilização De

Experimento Com Seres Humanos

Page 115: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

DECLARAÇÃO DE NÃO UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTO COM SERES

HUMANOS

Declaro que não houve experimentação com seres humanos para a condução deste TCM e,

por isso, como indicado na seção de Metodologia, não houve submissão de protocolo

ao Sistema CEP (Comitê de Ética em Pesquisa)/CONEP (Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa).

Page 116: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Anexo 3 E-Book: “Uma proposta de abordagem do

tema “mudanças climáticas” para professores de biologia a partir da

perspectiva do ensino de ciências por investigação”

Page 117: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …
Page 118: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Expediente

OrganizadoresFilipi MagalhãesSonia VasconcelosChristiane C. Santos

ColaboradoresAlfred Sholl (IBCCF/UFRJ)Erli Schneider Costa (UERGS)

Professores consultores - ensino de ciências e biologia - educação básica

Marlon Machado (Programa de Educação, Gestão e Difusão em Biociências - IBqM/UFRJ)

Carolina Paulo Nascimento (Escola Municipal Desembargador Oswaldo Portella e Colégio Estadual Mauá)

Vinícius Zanini (Colégio de São Bento)

Giselle Fonseca (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ)

Grazielle Pereira (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ)

Edição de VídeosWanessa B. Machado - Fundação CECIERJ

Ilustração e capaRenan Alves - Fundação CECIERJ

Projeto Gráfico e diagramaçãoFabio Alencar - Fundação CECIERJ

Page 119: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Sumário

Nota Introdutória

Capítulo 1

UM PANORAMA ACADÊMICO GERAL – ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA BASEADO NA INVESTIGAÇÃO

Capítulo 2

ELABORANDO UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA, TENDO COMO BASE A ABORDAGEM “INVESTIGAÇÃO CRIATIVA”

Capítulo 3

PROPOSTA DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA, TENDO COMO BASE A ABORDAGEM DE INVESTIGAÇÃO CRIATIVA

Referências 50

Page 120: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Nota Introdutória

Page 121: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Nota Introdutória

“O consenso científico é esmagador: o planeta está fi-cando mais quente e os humanos estão por trás disso”, (https://www.nationalgeographic.com/environment/global--warming/global-warming-real).

Há poucos meses, foi divulgado o relatório sobre a Percepção Pú-

blica da C&T (Ciência & Tecnologia) no Brasil - 2019, pelo Centro de

Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma organização que tem como

missão “subsidiar processos de tomada de decisão em temas rela-

cionados à ciência, tecnologia e inovação, por meio de estudos em

prospecção e avaliação estratégica baseados em ampla articulação

com especialistas e instituições do SNCTI [Sistema Nacional de Ci-

ências, Tecnologia e Inovação].” Esse relatório tem papel crucial para

que esse panorama seja conhecido e, a partir dele, sejam delineadas

políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da ciência na socie-

dade. Um dos objetivos é aprimorar “ações de popularização científica

e de educação em ciências, assim como contribuir com a formulação

de políticas públicas voltadas para essa temática” (https://www.cgee.

org.br/documents/10195/734063/CGEE_resumoexecutivo_Percep-

cao_pub_CT.pdf). Como principais resultados, o documento destaca

que, comparando com as pesquisas anteriores, os brasileiros continu-

am demonstrando interesse por temas científicos, embora com pouca

apropriação desse conhecimento. O cientista aparece como uma fon-

te confiável de informações, embora não a mais confiável:

Os cientistas não estão em primeiro lugar entre as fontes confiáveis

de informação, mas praticamente nunca aparecem entre as fontes

NÃO confiáveis. Os dados mostram que as fontes de informação

que os entrevistados mais confiam, em primeiro lugar, são os jorna-

listas (26%) e os médicos (26%), seguidos pelos religiosos (15%) e os

cientistas de universidades ou institutos públicos de pesquisa (12%).

Já a segunda opção de maior confiança são os médicos com 23%,

Page 122: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

os religiosos com 14%, os cientistas de universidades ou institutos

públicos de pesquisa com 13% e os jornalistas com 12%. (https://

www.cgee.org.br/documents/10195/734063/CGEE_resumoexecu-

tivo_Percepcao_pub_CT.pdf)

Na seção “Mais Resultados” desse relatório do CGEE há um de-

talhamento sobre esses dados. Um ponto para o qual o relatório

do CGEE chama atenção é a manutenção do interesse dos brasi-

leiros por temas científicos, como o meio ambiente, por exem-

plo. Entretanto, lembra que “declarar interesse significa, de for-

ma mais precisa, a percepção da relevância social ou prestígio da

área, indicando a forma como os brasileiros atribuem importância

para o tema e não significa, necessariamente, ler, participar ou se

informar, embora a correlação exista”. Dessa forma, permanece

fundamental o papel de cientistas, educadores e gestores no de-

senvolvimento de estratégias que ampliem a compreensão públi-

ca sobre temas científicos.

Um dos temas que merece especial atenção no Brasil e no mundo

é “mudanças climáticas”, uma vez que se acumulam evidências de

que a intervenção humana estaria associada ao aquecimento global

(https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/8/3/031003).

Essa hipótese está respaldada por boa parte da literatura científica,

sendo corroborada em extensas revisões sobre resultados de

pesquisa publicados nos últimos anos. Um deles foi publicado

em 2013, no periódico científico Environmental Research Letters

(https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/8/2/024024).

Esse estudo, de acesso aberto, foi conduzido por um grupo de

pesquisadores de diferentes países – Austrália, Estados Unidos,

Reino Unido e Canadá. Os autores Cook e colaboradores (2013)

analisaram 11.944 resumos científicos, publicados no período de 1991

a 2011. Foi identificado que apenas 0.7% rejeitavam o aquecimento

global antropogênico - anthropogenic global warming (AGW) –,

ou seja, influenciado por atividades humanas. Os demais trabalhos

Page 123: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

apontavam para nenhum posicionamento definido (66,4%), para

incerteza (0,3%) e respaldo para AGW (32,6%). Esse é apenas um

dos vários estudos citados pela National Aeronautics and Space

Administration (NASA) - Administração Nacional da Aeronáutica e

Espaço, https://climate.nasa.gov/scientific-consensus/.

Outras publicações e órgãos de consolidada confiabilidade

científica no mundo, como o Painel Intergovernamental sobre

Mudanças Climáticas, Intergovernamental Panel on ClimateChange

(IPCC), sugerem evidências de que é necessária máxima atenção e

medidas urgentes para reduzir os impactos das mudanças climáticas,

https://www.ipcc.ch/sr15/. No Brasil, relatórios e projeções divulgadas

pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – também

vêm corroborando essa necessidade. Um deles é o relatório de

2011:“Dangerous Climate Change in Brazil” – Mudanças Climáticas

Perigosas no Brasil – um estudo colaborativo entre o Centro de

Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do INPE, Brasil, e o Met Office

Hadley Centre, no Reino Unido (http://www.ccst.inpe.br/wp-content/

uploads/relatorio/Climate_Change_in_Brazil_relatorio_ingl.pdf).

O estudo avaliou vários fatores que incluem variabilidades naturais

do clima ao longo de diferentes períodos, mas também extremos do

clima e o papel das florestas na mitigação do problema. O relatório

descreve que o “desmatamento apresenta uma ameaça mais imedia-

ta à Amazônia”, destacando que, considerando seu ciclo hidrológico,

a região “recicla até 50% de sua precipitação, e que se apenas 30%

da Amazônia for desmatada, será incapaz de gerar chuvas suficientes

para se sustentar...” (p. 49). Em um cenário mais amplo, registros “no

último século e meio mostram que a temperatura média da Terra su-

biu mais de 1 grau Fahrenheit (0,9 graus Celsius), e aproximadamente

o dobro disso em partes do Ártico” (https://www.nationalgeographic.

com/environment/global-warming/global-warming-real/). É impor-

tante que seja sempre esclarecido que

Page 124: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

Isso não significa que as temperaturas não flutuaram entre as regiões

do globo ou entre as estações do ano e as horas do dia. Mas, analisan-

do as temperaturas médias em todo o mundo, os cientistas demons-

traram uma tendência ascendente inconfundível. Essa tendência é

parte da mudança climática, que muitas pessoas consideram sinô-

nimo de aquecimento global. Os cientistas preferem usar “mudanças

climáticas” quando descrevem as mudanças complexas que vêm afe-

tando os sistemas meteorológicos e climáticos do nosso planeta. As

mudanças climáticas abrangem não apenas o aumento da tempera-

tura média, mas também eventos climáticos extremos, mudanças nas

populações e habitats da vida selvagem, elevação dos mares e uma

série de outros impactos. (https://www.nationalgeographic.com/en-

vironment/global-warming/global-warming-real/)

Neste e-book, privilegiaremos, portanto, o termo “mudanças cli-

máticas”, em boa parte de sua construção. Esse termo foi o que con-

duziu uma revisão da literatura acadêmica disponibilizada no Google

Acadêmico – Google Scholar - e na base Scopus, uma base de da-

dos que indexa artigos de cerca de 17.000 periódicos científicos em

todas áreas https://www.scopus.com/home.uri. Como será descrito

no Capítulo 1, investigamos publicações acadêmicas sobre “mudan-

ças climáticas”, no período de 1989 a 2019, no contexto do ensino e

com um olhar investigativo para a educação em ciências, especial-

mente na área de biologia. Buscamos oferecer um panorama do ce-

nário brasileiro – mas não limitado a ele – por meio dessa mesma es-

tratégia de busca no Google Acadêmico (https://scholar.google.com.

br/). Essa base concentra trabalhos acadêmicos, mas inclui literatura

escolar e material acadêmico variado, como relatórios e citações. O

objetivo é oferecer uma proposta didática ao professor de biologia

- e de outros que desejem explorar a temática na educação básica

- com base numa revisão atualizada da literatura relacionada.

Aqui é importante pontuar o conceito de investigação – inquiry

– no contexto da educação em ciências. Como descrito por Maria

Martins-Loução e colaboradores, em artigo publicado no Journal of

Biological Education em 2019, https://www.tandfonline.com/doi/ful

Page 125: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

l/10.1080/00219266.2019.1609566/, o conceito de educação em ci-

ências baseada na investigação – inquiry-based science education

(IBSE), pressupõe que, para que haja motivação e interesse dos alu-

nos nas aulas, os conteúdos científicos devem focar não apenas no

conhecimento temático, mas também como eles se relacionam com

os problemas da vida cotidiana. Como descrevem os mesmos au-

tores (MARTINS-LOUÇÃO et al, 2019), para entendermos de onde

surgem e como podem ser resolvidos, por exemplo, problemas am-

bientais em nosso planeta, uma abordagem pedagógica explorando

os contextos em que se inserem as questões científicas deve ser pri-

vilegiada, em detrimento de um que estimule a memorização mecâ-

nica de conceitos.

O que a literatura vem demonstrando é que, em relação ao inte-

resse dos alunos em ciências, a pedagogia do ensino que privilegia os

questionamentos, como é o caso da proposta IBSE, seria um cami-

nho para aprimorar a educação científica. Enquanto destacam essa

questão, Martins-Loução e colaboradores (2019) salientam que, na

Europa, por exemplo, foi somente após o relatório Rocard, “Science

Education Now: A New Pedagogy for the Future of Europe" (https://

ec.europa.eu/research/science-society/document_library/pdf_06/

report-rocard-on-science-education_en.pdf), publicado em 2007,

que as escolas foram aconselhadas a adotar o IBSE como uma abor-

dagem metodológica para estimular o interesse dos estudantes pela

ciência. Osborne & Dillon (2008), que publicaram o documento

Science Education in Europe: Critical Reflections. A report to Nuffiel

Foudation (https://www.nuffieldfoundation.org/sites/default/files/

Sci_Ed_in_Europe_Report_Final.pdf/), são citados pelos autores. De

forma geral, os autores corroboram as conclusões em vários artigos

científicos apontando que aprender ciência por meio da investigação

impacta positivamente o interesse na aprendizagem, a participação

nas aulas e a motivação dos alunos em relação a questões científicas

(OSBORNE & DILLON 2008).

Page 126: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

Como apresentado nos artigos que compõem a construção deste

material, pesquisas em diferentes países vêm indicando que a aborda-

gem IBSE promove uma compreensão mais ampla sobre a importância

e a natureza da ciência, sobre a interpretação de evidências e contro-

vérsias científicas. Entretanto, um retrato sugerido pela apresentação

da temática “mudanças climáticas” em uma amostra de livros didáticos

de biologia, por exemplo, parece tendenciar uma perspectiva acrítica

sobre o problema (https://ddd.uab.cat/pub/edlc/edlc_a2013nExtra/

edlc_a2013nExtrap71.pdf). O mesmo foi sugerido para uma amostra

de livros na área de química (https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect).

Buscando expandir as possibilidades de tratamento do problema na

educação básica, este e-book oferece uma oportunidade para que seja

possível ao professor de ciências e biologia explorar essa temática na

sala de aula de forma não apenas investigativa, estimulando não só a

criticidade, mas também a criatividade – dos professores e dos alunos.

No Capítulo 2, apresentamos uma proposta sobre como desenvolver

uma sequência didática investigativa, que poderá auxiliar professores

de biologia (e de outras disciplinas) interessados nessa estratégia.

No Capitulo 3, propomos uma sequência didática, buscando es-

timular o pensamento criativo e crítico dos alunos sobre a temática

explorada. Essa sequência didática incorpora características des-

critas por Toulmin (2006) e Motokane (2015). O material foi apre-

ciado por um grupo de quatro professores de biologia com expe-

riência na educação básica nas redes municipal, estadual, federal

e privada e por um pesquisador atuante no campo da divulgação

científica. Essa exposição do e-book para além do contexto do en-

sino de biologia se deu pelo fato do tema ser de interesse público e

ter o potencial de contribuir para a compreensão pública da ciên-

cia, via abordagem do tema “mudanças climáticas”.

A sequência didática proposta combina a apresentação de tópicos

centrais sobre “mudanças climáticas”, principais evidências, hipóteses

predominantes, bem como algumas incertezas científicas associadas.

Page 127: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

A ideia é o professor elaborar, juntamente com os alunos, uma propos-

ta criativa para falar sobre “mudanças climáticas” para o público em

geral. De forma a auxiliar o professor a desenvolver essa sequência,

apresentamos dois vídeos de especialistas – um pesquisador da UFRJ

apresentando o conceito de criatividade na perspectiva das neuroci-

ências - e uma pesquisadora da Universidade Estadual do Rio Grande

do Sul (UERGS), ilustrando preocupações com mudanças climáticas

a partir de dados científicos sobre a Antártica nos últimos anos. Esses

vídeos poderão ser usados pelos professores para suas próprias refle-

xões e práticas, bem como para promover a discussão com os alunos.

Ao final da sequência didática, os alunos responderiam à seguinte

pergunta: “Eu deveria me importar com as mudanças climáticas? Por

quê?” – As respostas devem ser coletadas de forma que os alunos

elaborem, em uma atividade colaborativa, uma resposta conjunta.

Devem indicar os pontos que consideram respaldar um posiciona-

mento ou outro, listando algumas evidências e também algumas in-

certezas científicas – dos cientistas e dos próprios alunos.

Por um lado, a concepção deste material se alinha com uma pre-

ocupação atrelada ao ensino de ciências investigativo – a de que o

questionamento é um exercício crucial para a compreensão do pro-

cesso científico. Entretanto, para além desse exercício, a proposta

contida neste e-book busca provocar uma aproximação com a ideia

de investigação criativa. Hung & Ko (2017), no artigo “The Effective-

ness of Creative Inquiry Model on Experimental Teaching” (https://

pdfs.semanticscholar.org/6d4e/5d9cf23ddbf03c5d7a655cc14b6a-

6dbd2ee7.pdf), citam os National Science Education Standards ao

descreverem que

em comparação com o ensino anterior baseado em investigação,

as ênfases de investigação devem ser mais voltadas para atividades

que investigam e analisam questões científicas e menos atividades

que demonstram e verificam conteúdo científico, mais sobre ciência

como argumento e explicação e menos sobre ciência como explora-

Page 128: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

ção e experimento. [Tradução e grifo nosso]

Essa abordagem de investigação criativa nos parece promis-

sora para explorar o tema “mudanças climáticas”. Enfatizando o

processo criativo enquanto trabalham quatro componentes – ex-

ploração, explicação, comunicação e avaliação – os professores

ampliam oportunidades de estimular o pensamento criativo. Esse

exercício investigativo de construção da ciência “como argumen-

to e explicação” trabalha hipóteses, confirmações e refutações,

permitindo a compreensão do próprio processo que legitima (ou

não) uma evidência científica.

Essa compreensão do processo científico ainda parece distante do

público no Brasil, pelos resultados do relatório do CGEE, citado no iní-

cio desta Nota. Desejamos que este material potencialize o papel dos

professores de ciências, especialmente, os de biologia, nesse contex-

to. Como menciona o citado relatório, “se mantém como a [afirmação]

de maior consenso entre os brasileiros...” que “a maioria das pessoas é

capaz de entender o conhecimento científico, se bem explicado”, com

82% de concordância dos respondentes (CGEE, 2019, p.21).

Page 129: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Capítulo 1

UM PANORAMA ACADÊMICO GERAL – ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA BASEADO NA INVESTIGAÇÃO

“A fim de preparar os alunos para as demandas da

vida do século XXI, é amplamente aceito que o ensi-

no de ciências deve promover o desenvolvimento de

conceitos-chave de ciência (grandes ideias) que lhes

permitam entender os eventos e fenômenos os rele-

vantes na vida atual e futura. Os alunos também devem

desenvolver uma compreensão sobre como as ideias e

conhecimentos científicos são obtidos e as habilidades

e atitudes envolvidas na busca e no uso de evidências.”.

(http://www.interacademies.org/File.aspx?id=15174)

Page 130: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

Este capítulo apresenta um breve panorama, a partir de uma pers-

pectiva quantitativa, da produção acadêmica sobre o tema mudanças

climáticas, incluindo o aquecimento global, no ensino investigativo de

ciências e biologia, como mencionado na Nota Introdutória. O quanti-

tativo de publicações em um período de 30 anos (1989–2019) foi ob-

tido a partir de uma coleta de dados em duas bases: Scopus e Google

Scholar. O objetivo foi identificar material acadêmico internacional e

nacional. Nessa análise, selecionamos 49 publicações, sendo 21 pela

base Scopus e 28 pela base Google Scholar (agosto/ 2019).

1.1 Produções acadêmicas na base Scopus

Como descrito no Sistema da Elsevier (https://www.elsevier.com/

pt-br/solutions/scopus), a base concentra quase 25.000 títulos e

Scopus é o maior banco de dados de resumos e citações da literatura

com revisão por pares: revistas científicas, livros, processos de con-

gressos e publicações do setor. Oferecendo um panorama abrangente

da produção de pesquisas do mundo nas áreas de ciência, tecnologia,

medicina, ciências sociais, artes e humanidades.

A base disponibiliza uma ferramenta que analisa os resultados das

buscas, mostrando gráficos onde as publicações são divididas por:

ano, ano por fonte, autor, afiliação, país/território, tipo, área de assunto

e patrocinador de financiamento (Figura 1).

Figura 1. Funcionamento do Scopus.Fonte: https://www.elsevier.com/solutions/scopus.

Page 131: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

O site de busca na base Scopus é apresentado em língua inglesa.

Quanto ao material indexado, apesar de também serem encontrado pu-

blicações em português, são publicações em periódicos em inglês que

prevalecem na base. Utilizamos, portanto, como itens de busca "climate

change", "inquiry" e "teaching" (“mudanças climáticas”, “investigação” e

“ensino”). Nessa pesquisa foram encontradas 50 publicações, que foram

analisadas pelos três organizadores deste e-book, cujos critérios, apli-

cados de forma independente, permitiram o refinamento da seleção do

material, levando a um total de 21 publicações, como listado na Figura 2.

Esquema de seleção de artigos na base Scopus

Total de 50 publicações indicadas pelo Scopus (de

1989-2019) “Climate change”, “inquiry” e “teaching” no título,

resumo e palavra-chave

Total de 29 publicações excluídas por não estarem

de acordo com o escopo do e-book

Total de 21 publicações após aplicação dos critérios de

seleção e selecionados para compor o e-book

Figura 2. Esquema de seleção dos documentos pelo Scopus (1989 - 2019).

Quando analisamos o gráfico sobre os documentos por ano de pu-

blicação, identificamos que os anos que mais tiveram publicações fo-

ram 2015 e 2016. Esses dados podem representar uma maior preocu-

pação no meio acadêmico, sobre o ensino de mudanças climáticas de

forma investigativa no ensino básico (Figura 3).

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0

1

2

3

4

5

Núm

ero

Ano

Publicações por Ano

Figura 3. Distribuição das publicações por ano na base Scopus.

Na análise quanto ao tipo de documento não tivemos uma grande

variação após as seleções. Os artigos acadêmicos representam 85,7%.

Livros, revisões e documentos de conferências representaram 4,8%

em cada categoria (Figura 4).

Artigos85,7%

Capítulo de Livro4,8%

Documento de Conferência

4,8%

Revisão4,8%

Publicações por Tipo

Artigos Capítulo de Livro Documento de Conferência Revisão

Figura 4. Distribuição das publicações por tipo de documentos na base Scopus.

Quanto ao número de publicações por país, os Estados Unidos

representam mais da metade das publicações mundiais sobre o

tema, com 12 das 21 publicações selecionadas. O Canadá aparece

Page 133: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

em segundo lugar, contendo quatro das 21. O Brasil aparece somente

com uma publicação, intitulada “International perspectives on the

pedagogy of climate change”, que foi fruto de uma parceria entre

seis países: Alemanha, Arábia Saudita, Brasil, China, Estados Unidos

e México (Figura 5).

0 2 4 6 8 10 12 14

Estados Unidos

Canadá

Finlândia

Alemanha

Austrália

Brasil

China

México

Noruega

Portugal

Arábia Saudita

Cingapura

Peru

Publicação por País

Figura 5. Distribuição das publicações por país na base Scopus.

Analisando as publicações por área do conhecimento, a catego-

rização dos periódicos se concentra na área das Ciências Sociais, já

que essa é a área que abrange publicações com foco em educação.

As Ciências Sociais representam 38,3% dos artigos - são 18 de 21,

ou seja, somente três publicações não entraram na classificação das

Ciências Sociais, apesar de serem voltados à educação. Essa não ca-

tegorização pelo Scopus ocorreu pelo fato de que dois documen-

tos, “International perspectives on the pedagogy of climate change”

e “Lessons learned through our climate change professional deve-

lopment program for middle and high school teachers”, foram pu-

blicados em revistas sem ênfase em educação, “Journal of Cleaner

Production” e “Physical Geography”, respectivamente, e um docu-

mento, “Bringing global climate change education to middle school

Page 134: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

classrooms: An example from Alabama”, que se trata de um capítulo

de um livro intitulado “Handbook of Climate Change Mitigation and

Adaptation” (Figura 6).

Ciências Sociais38,3%

Ciências da Terra e do Planeta10,6%

Ciência ambiental10,6%

Engenharia8,5%

Ciências Biológicas e Agrícolas

4,3%

Negócios, Gestão e Contabilidade

4,3%

Química4,3%

Energia4,3%

Medicina4,3%

Artes e Humanidades 2,1%

Outros8,5%

DOCUMENTOS POR ÁREA DE INTERESSE

Figura 6. Distribuição das publicações por área de interesse na base Scopus.

Das publicações analisadas, 14 tinham foco no aluno, abordando

metodologias focadas no ensino ou analisando o conhecimento dos

alunos sobre a temática. Outros seis artigos tinham como foco os pro-

fessores, sendo que cinco eram focados em professores regentes, fa-

zendo um levantamento do conhecimento, método didático ou atra-

vés de formações continuadas, e um focado em licenciandos. Uma

das publicações fazia uma revisão narrativa sobre o tema.

1.2 Produções acadêmicas na base Google Acadêmico

O Google Acadêmico (https://scholar.google.com/), é uma base

que fornece uma ampla gama de trabalhos acadêmicos, como artigos,

teses, livros, resumos de eventos acadêmicos, relatórios de pesquisa,

Page 135: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

documentos de repositórios on-line e outros. Uma vantagem é a gran-

de quantidade de produções em português, o que dá uma dimensão

sobre as produções feitas no Brasil. Com o filtro de pesquisa avançada,

podemos refinar a pesquisa, colocando alguns limites.

No site do Google Scholar todas as buscas foram realizadas uti-

lizando dois termos, de cinco escolhidos: “mudanças climáticas”,

“aquecimento global”, “ensino”, “ensino de ciências” e “ensino de bio-

logia”. Foram realizadas cinco buscas, cada uma usando combinações

diferentes de tópicos. Na primeira, foram utilizados os termos “aqueci-

mento global” e “ensino de ciências” e a busca foi limitada somente ao

título das publicações. Foram localizados um total de quatro publica-

ções e, depois de aplicados os critérios de seleção, duas publicações

foram selecionadas. Na segunda busca, foram utilizados os termos

“aquecimento global” e “ensino de biologia” e a busca também foi li-

mitada ao título. Foi localizada apenas uma citação, que foi descartada,

uma vez que não era acessível. Na terceira busca foram utilizados os

termos “aquecimento global” e “ensino de biologia”, mas, nesse caso,

os termos poderiam estar em qualquer lugar do artigo. Foram identi-

ficadas em 01/08/2019 um total de 725 publicações, sendo a busca

repetida em 17/08/2019, que retornou 733 documentos. Dessas 733

publicações foram selecionadas apenas 16, por estarem dentro do es-

copo deste e-book. Na quarta busca foram utilizados os termos “mu-

danças climáticas” e “ensino”, limitados ao título do artigo. Nessa bus-

ca foram encontradas 28 publicações e, após a aplicação dos critérios

de inclusão, foram selecionadas cinco.

Na quinta e última busca foram utilizados os termos “aquecimen-

to global” e “ensino”, também limitadas ao título. Foram encontradas

39 publicações e dessas, cinco foram selecionadas. No total, pelo

Google Scholar, foram encontradas 805 publicações, das quais 28

foram selecionadas. Dentre as 777 que foram excluídas da seleção

encontramos documentos que não se enquadravam no escopo des-

te e-book e que incluem citações e links corrompidos (Figura 7).

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Figura 7. Esquema de seleção de documentos pelos Google Acadêmico para o período de 1989 a 2019.

Quando analisamos o gráfico com os resultados dos documentos

selecionados do Google Scholar, por ano, identificamos que aquele

com maior número de publicações é o de 2010, com uma queda nas

publicações nos anos seguintes (Figura 8).

Page 137: UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM DO TEMA MUDANÇAS …

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Figura 8. Distribuição das publicações por ano na base Google Acadêmico.

Quanto ao tipo de documento, nas análises feitas pelo Google

Scholar, podemos perceber que os artigos científicos representam

a maior parte das publicações, 29%. O tipo de documento que tem

o segundo maior número de publicações é o relativo a conferências,

25%. Quanto aos outros tipos de documento, podemos observar

uma grande fatia de produções acadêmicas, 46% (Tese = 7%, Disser-

tação = 18% e TCC = 21%) (Figura 9).

Quando analisamos o foco das publicações, identificamos que 21

delas são focadas nos alunos, analisando metodologias, sequências

didáticas ou a compreensão dos alunos sobre o assunto. O foco em

professores foi identificado em quatro publicações, onde duas foca-

vam em licenciandos, uma em professores regentes e uma em ambos

os casos. A revisão da literatura era o foco de três artigos, sendo duas

revisões dos livros didáticos e uma revisão de teses e dissertações.

Acesse a lista completa das publicações identificadas na base Scopus

(Lista Scopus) na base Google Scholar (Lista Google Scholar).

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Figura 9. Documentos por tipo coletados no Google Acadêmico (n=805)

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Capítulo 2

ELABORANDO UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA, TENDO COMO BASE A ABORDAGEM “INVESTIGAÇÃO CRIATIVA”

“O conhecimento é significativo por definição. É o pro-

duto significativo de um processo psicológico cognitivo

(“saber”) que envolve a interação entre ideias “logica-

mente” (culturalmente) significativas, ideias anteriores

(“ancoradas”) relevantes da estrutura cognitiva particu-

lar do aprendiz (ou estrutura dos conhecimentos deste) e

o “mecanismo” mental do mesmo para aprender de for-

ma significativa ou para adquirir e reter conhecimentos.”

(David P. Ausubel - Aquisição e retenção de conheci-

mento: uma perspectiva cognitiva, 2003, p. IV)

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Apresentação

“Décadas após o argumento de Joseph Schwab de que a ci-ência deveria ser ensinada como uma 'investigação da inves-tigação' e quase um século desde que John Dewey defendeu a aprendizagem em sala de aula como um processo de inves-tigação centrado no aluno, a ciência da escola ainda luta para alcançar essa perspectiva da alfabetização científica.” (ERDU-RAN, OSBORNE, SIMON, 2005)

Neste Capítulo iremos apresentar uma proposta de como elaborar

uma sequência didática sobre o tema “mudanças climáticas”, tendo

como base uma abordagem de investigação criativa. Como já mencio-

nado na Nota Introdutória deste e-book, o foco é mais voltado para a

análise de questões científicas “... e menos atividades que demonstram

e verificam conteúdo científico, mais sobre ciência como argumento e

explicação” (HUNG & KO, 2017, p. 353).

No Capítulo 3, uma sequência didática é proposta para uma aula

sobre o tema, que pode ser adaptada, de acordo com o contexto,

tempo de aula ou mesmo número de alunos.

Nessa proposta de sequência didática, compartilhamos a concep-

ção de Araújo (2013, p. 323), quando discute “O que é (e como faz)

sequência didática?” [http://ead.bauru.sp.gov.br/efront/www/con-

tent/lessons/46/texto%201%20Aula%205.pdf]. A sequência seria “...

um modo de o professor organizar as atividades de ensino em função

de núcleos temáticos e procedimentais”. Zabala (1998, p.18) um dos

autores mais citados sobre sequências didáticas, define essa ativi-

dade como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e

articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que

têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como

pelos alunos...”. Essas são questões gerais que permeiam sequências

didáticas em várias áreas e perspectivas de ensino. Para o desen-

volvimento de uma sequência didática investigativa criativa para o

tema “mudanças climáticas”, proposta neste material, é importante

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

ressaltar dez características apresentadas por Motokane (2015), que

indicaremos na próxima seção.

2.1 Elementos para o planejamento de uma Sequência Didática

Investigativa Criativa

Citando (KUHN, 1993; DRIVER; NEWTON; OSBORNE, 2000; OS-

BORNE; ERDURAN; SIMON, 2004), Motokane (2015, p. 128), www.

scielo.br/pdf/epec/v17nspe/1983-2117-epec-17-0s-00115.pdf, escla-

rece que “o desenvolvimento de habilidades argumentativas em aulas

de ciências é uma necessidade premente apontada e defendida por

vários pesquisadores.” O mesmo autor considera que “... a produção

de argumentos em sala de aula oferece uma forma de entendermos

como é a apropriação do conhecimento científico e ajuda-nos a iden-

tificar quais são as dificuldades que os alunos apresentam na produção

do texto escrito” e que “ao exercitar suas habilidades argumentativas,

os alunos aprendem como é a estrutura de um argumento e podem

utilizá-la para a construção de opiniões mais bem-fundamentadas.

Isso ocorre de diversas formas nas SDIs [Sequências Didáticas Inves-

tigativas]...” (MOTOKANE, 2015, p.128). Essa perspectiva nos parece

alinhada com a de Hung & Ko (2017), quando ressaltam a importância

de estimular a “ciência como argumento e explicação”. Novamente,

consideramos que essa perspectiva é apropriada e promissora para o

desenvolvimento de uma sequência com foco em “mudanças climá-

ticas”. Para Motokane (2015, p.129), o padrão de Toulmin (2006), que

consideramos para explorar o tema “mudanças climáticas” na sequ-

ência didática proposta no Capítulo 3, é bastante utilizado em estudos

que discutem estratégias para estimular o pensamento crítico na edu-

cação em ciências. (MOTOKANE, 2015, http://citeseerx.ist.psu.edu/

viewdoc/download?doi=10.1.1.463.9918&rep=rep1&type=pdf, FAIZE &

HUSAIN, 2017) Como descreve Motokane, a ideia de incorporar qua-

lificadores ou refutações promoveria “... uma compreensão clara do

papel dos modelos na ciência e a capacidade de ponderar diante de

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diferentes teorias a partir das evidências apresentadas por cada uma

delas...” Nesse sentido, os seguintes elementos compõem o argumen-

to a ser trabalhado com os alunos (MOTOKANE, 2015, p. 129):

Dado ou informações factuais que se invocam para validar a afirmação;

- Conclusão, que é a tese estabelecida; - Garantias, que são proposições

que autorizam as relações entre os dados e a conclusão. - Apoios, que são

os conhecimentos formais que asseguram as garantias. - Qualificadores

modais, que são elementos que dão suporte às conclusões, tornando-

as mais fortes. - Refutadores, que consistem nas circunstâncias ou nas

condições para as quais as garantias não se aplicam.

Nesse contexto, Motokane (2015, p.131) cita Motta (2014, p.70), ao

indicar uma ilustração desses elementos presentes em uma situação

de análise de uma questão científica:

Dado que (dado): O número de plantas é de mais ou menos 13 na flo-

resta. As árvores são mais altas na floresta. A floresta é um local fresco.

No canavial a serrapilheira variou de 1 cm até 14 cm, Assim (conclusão):

A floresta tem maior diversidade. Já que (garantias): Árvores mais altas

possibilitam mais vida. Locais frescos são locais de maior diversidade.

No canavial as pessoas jogam folhas enquanto na floresta a serrapilhei-

ra é produzida naturalmente. A menos que (refutador): Alguém tenha se

confundido na coleta de dados.

Note que, nesse processo de construção com os alunos,

... as demonstrações, explicações, justificativas, abstrações e questio-

namentos do professor são fundamentais no processo... Isto não quer

dizer que ele deva dar sempre a resposta pronta. Tão importante quan-

to seu fornecimento de informações e pistas, é a promoção de situa-

ções que incentivem a curiosidade...” (REGO, 2013, p. 115-116)

Motokane (2015, p. 133-134) ressalta que em uma sequência didá-

tica investigativa, temos como característica os dez pontos presentes

na Quadro 1.

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Quadro 1Itens elencados por Motokane (2015, p. 133-134) como importantes para o

desenvolvimento de um sequência didática investigativa

Característica Importância

1 Participação ativa do alunoPara que o aluno possa discutir, propor problema e resoluções, junto com seus colegas

2Atividades com começo, meio e fim

Possibilita fechamento e sistematização por cada aula

3Conceitos científicos presentes no conteúdo programático, como foco da aprendizagem

Estimula o uso das sequências didáticas investigativas pelos professores

4Produção de textos que são corrigidos e partilhados em sala aula

Permite a aquisição de elementos da linguagem científica pelos alunos

5 Leituras de textos

Complementam informações, sistematizam conhecimentos, promovem novos questionamentos e aproximam o assunto ao dia a dia do aluno

6Questão problematizadora com base na ciência

Serve como ponto de partida para as atividades

7Ter um conjunto de dados claros

Ajudam na interpretação dos dados para embasar a conclusão

8Materiais de apoio de diferentes tipos

Irá ajudar ao aluno a construir as justificativas no campo de conhecimento científico

9Professor como mediador em todas as atividades e produções

Essa mediação ajuda ao aluno utilizar terminologia e conceitos adequados, além de proporcionar o compartilhamento das informações entre eles

10Flexibilidade de inclusões e adaptações

Desta forma pode ser adaptado a qualquer realidade de escola e turma

2.2 Trabalhando com Pré e Pós-concepções

Nas sequências didáticas, a ideia de trabalhar com as pré e pós-

-concepções permite ao professor um melhor delineamento da ativi-

dade. Segundo Ausubel, Novak e Hanesian (1980, p. VIII),

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Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único

princípio, diria isto: o fator isolado mais importante que influencia a

aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele

já sabe e baseie nisso seus ensinamentos.

Segundo Rego (2013, p. 108), “ensinar o que o aluno já sabe ou

aquilo que está totalmente longe da sua possibilidade de aprender é

totalmente ineficaz” (grifo nosso). Em sua tese “Conhecimento pré-

vio e aprendizagem significativa de conceitos históricos no ensino

médio”, Alegro (2008, https://repositorio.unesp.br/bitstream/hand-

le/11449/102251/alegro_rc_dr_mar.pdf?sequence=1) argumenta que

em um processo de aprendizagem significativa, tanto o conhecimento

prévio como o novo conhecimento são modificados, pois um acaba

tendo influência sobre o outro. Para Ausubel (2003, p.156)

Estas ideias preconcebidas são extraordinariamente tenazes e resisten-

tes à mudança, devido à influência de factores tais como a primazia e a

frequência e porque estão, geralmente, ancoradas a ideias preconcebi-

das altamente relacionadas, estáveis e antecedentes de natureza inclu-

siva (por exemplo, proposições gerais e não qualificadas expressivas de

uma relação positiva, em vez do inverso, predicadas numa causalidade

única e não múltipla, ou numa variabilidade dicotómica e não contínua).

O levantamento das pré-concepções pode ser realizado utilizando

diversos métodos. O método mais tradicional é a utilização de um ques-

tionário com perguntas direcionadas à cada tópico do assunto. Essas

perguntas podem ser aplicadas de forma individual ou em grupo. Na

forma individual tem a vantagem de ser mais precisa do que em grupo,

já que o aluno que não conhece ou domina o assunto pode não trazer

suas dúvidas para a aula. Além do questionário, que seria o pré-tes-

te, há outros métodos que também se mostram bastante interessantes.

Ausubel (2003, p. 156) sugere que o levantamento dos conhecimentos

prévios pode ser feito “através de pré-testes, entrevistas clínicas ou ma-

pas de conceitos apropriados”. As entrevistas clínicas são uns proce-

dimentos feitos por psicólogos e psicanalistas que utilizam técnicas de

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

investigação para conhecer melhor seus pacientes, logo, esse método

não condiz com a prática pedagógica da maioria dos professores.

Os mapas de conceitos ou mapas conceituais, são mapas (diagra-

mas) feitos utilizando conceitos e definições que estão ligadas umas

nas outras utilizando palavras ou frases que fazem a conexão entre es-

ses conceitos, podendo até formar novas frases. Através desse mapa

podemos ter uma ideia de conceitos que são próximos ou distantes

entre si. Como descreve Alegro (2008, p. 49), os mapas conceituais

foram desenvolvidos por Novak e sua equipe de pesquisa durante a

década de 1970, baseado nas teorias de Ausubel (2003) sobre apren-

dizagem significativa. Novak e Canas (2010, http://www.redalyc.org/

pdf/894/89413516002.pdf) discutem a “teoria subjacente aos mapas

conceituais”, em que mencionam a Zona de Desenvolvimento Proxi-

mal (ZDP) descrita por Vigotsky (1978 APUD Novak e Canas, 2010, p.18):

Vygotsky (1978) introduziu a ideia de que a linguagem e o diálogo social

podem auxiliar no aprendizado, especialmente quando os membros do

grupo social estão mais ou menos na mesma Zona de Desenvolvimen-

to Proximal (ZDP). Ele descreve a ZDP como um nível de compreensão

para um determinado assunto, a partir do qual o aprendiz pode progre-

dir por conta própria, com o mínimo de ajuda de um professor.

Os mapas conceituais são muito úteis para a avaliação dos conhe-

cimentos prévios dos alunos, pois teremos uma visão sobre quais

conceitos eles possuem e quais conexões mentais conseguem fazer.

2.3 Desenvolvendo Mapas Conceituais

Aguiar & Correia (2013) oferecem orientações sobre “Como fazer

bons mapas conceituais? Estabelecendo parâmetros de referências e

propondo atividades de treinamento” (https://edisciplinas.usp.br/plu-

ginfile.php/3233569/mod_resource/content/1/Artigo%20Mapas%20

Conceituais.pdf).

Como descrevem os autores (AGUIAR & CORREIA, 2013, p. 147),

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O conceito “Teoria de Ausubel” é o conceito mais geral ou “raiz” do MC

[Mapa Conceitual], sendo esse o ponto de partida de leitura da rede

proposicional. Esse conceito é progressivamente diferenciado até che-

gar ao último nível hierárquico, representado pelo conceito “atividades

de treinamento”. Esse é o conceito mais específico do MC...

O desenvolvimento dos MCs é considerado um potencial fomentador

do pensamento criativo (assista ao vídeo do Prof. Alfred Sholl (https://

youtu.be/OAczpiy8-LI), uma vez que estimula, pelos estudos de Ausubel

(2000) e Novak (2010), uma espécie de “reconciliação integrativa”, na

qual as dimensões afetiva e cognitiva, por exemplo, são combinadas às

de significado e experiência (AGUIAR & CORREIA, 2013).

Para elaboração de uma sequência didática ancorada na proposta

de investigação criativa, o espaço com os alunos deve ser fomentador

de criticidade para análise e questionamentos para a elaboração de

argumentos científicos. Entendemos que esse processo de construção

por meio da utilização de MCs parece consistente.

Para promover esse ambiente de questionamento científico, ado-

taremos a Aprendizagem Colaborativa Expandida (ACE). A ACE é uma

possibilidade apresentada por Aguiar & Correia (2013), balizada em

Novak (2010) e Vygotsky (1978). Segundos os autores,

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

A Aprendizagem Colaborativa Expandida (ACE) envolve a revisão por

pares de MCs elaborados de forma colaborativa... A revisão por pares é

pouco explorada, apesar de ser uma forma de romper com o paradig-

ma tradicional da avaliação na sala de aula. Ela apresenta duas carac-

terísticas que merecem destaque: • a redução da assimetria de poder

entre professor e alunos, • a possibilidade de interação aluno-aluno,

permitindo colaboração entre sujeitos que estão em zonas de desen-

volvimento proximal (ZDP)... (AGUIAR & CORREIA, 2013, p. 151).

A Figura 10 ilustra a ACE:

Figura 10. “Etapas da Aprendizagem Colaborativa Expandida (ACE) como atividade de treinamento em mapeamento conceitual: (1) elaboração dos MCs individuais (figuras diferentes indicam modelos mentais idiossincráticos), (2) formação dos grupos A-C

(cada grupo possui pelo menos um aluno que domina o conteúdo - figuras escuras) para elaboração de MCs colaborativos, (3) expansão da colaboração pela revisão por alunos

de outros grupos e (4) retorno dos MCs comentados aos autores para revisão final.” (AGUIAR & CORREIA, 2013)

Fonte: Adaptada de AGUIAR & CORREIA, 2013.

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Capítulo 3

PROPOSTA DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA, TENDO COMO BASE A ABORDAGEM DE INVESTIGAÇÃO CRIATIVA

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Apresentação

A proposta dessa sequência didática é para estimular o pensamen-

to criativo e científico nos alunos. Não queremos que o material dis-

ponível nessa sequência didática seja visto como uma receita pronta

de uma aula, mas sim uma proposta que tem como objetivo te ajudar,

professor, fornecendo ferramentas, dicas e sugestões para uma sequ-

ência de atividades tendo como base o tema “mudanças climáticas”.

Nesta sequência estão incorporadas as dez características para uma

sequência didática investigativa propostas por Motokane (2015), des-

critas na "Quadro 1" do capítulo 2, os elementos que compõem o ar-

gumento propostos por Toulmin (MOTOKANE, 2015), além dos mapas

conceituais propostos por Novak (AGUIAR & CORREIA, 2013).

Esta proposta de sequência didática é sugerida para ser aplicada

em duas ou três aulas de dois tempos cada, totalizando de quatro a

seis tempos, que são aproximadamente três a cinco horas. O profes-

sor poderá adaptar essa sequência com base em seu currículo, con-

teúdo a ser privilegiado e tempo disponível. Vale lembrar que auto-

res como Monroe et al (2017, https://www.colorado.edu/cumuseum/

sites/default/files/attached-files/ojala5.pdf) em uma extensa revisão

de artigos que discutiam estratégias didático-pedagógicas para abor-

dar o tema “mudanças climáticas”, identificaram várias bem sucedi-

das que sugeriram que alunos com oportunidade de explicar e pen-

sar criticamente sobre o que sabem sobre o tema, tendo espaço para

defenderem e estenderem suas ideias, teriam demonstrado uma me-

lhor compreensão da ciência das mudanças climáticas, além de maior

confiança na argumentação frente a diferentes percepções.

Nessa sequência didática proposta, a ideia seria oportunizar

esse ambiente e o desenvolvimento do argumento científico no

contexto do tema.

1º momento: O que são mudanças climáticas?

A ideia dessa pergunta inicial é fazer um levantamento do co-

nhecimento prévio dos alunos e já introduzir a ideia de construir um

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mapa conceitual. As respostas dos alunos deverão ser registradas

no quadro, independentemente de serem corretas, a não ser que a

turma intervenha para corrigir antes. Respostas como “é quando o

clima muda” podem surgir, mas não devem ser descartadas. A pro-

vocação inicial pode ser feita por meio deste vídeo sobre anomalias

na temperatura do planeta desde o século 19, https://www.youtube.

com/watch?v=JObGveVUz7k.

Você poderá provocar os alunos fazendo perguntas como “o aque-

cimento global está relacionado com as mudanças climáticas? ”, “quais

as consequências do aquecimento global? ”, “o aquecimento global é

algo natural? ”, “o ser humano tem influência? ”.

Com as respostas dos alunos, monte um mapa conceitual no pró-

prio quadro, registrando tudo para poder usar no final da aula (Fi-

gura 1). Esse registro pode ser no próprio caderno dos alunos e/ou

através de foto. Caso você tenha dúvidas sobre questões práticas

para desenvolver um mapa conceitual, além da discussão presente

no "Capítulo 2" recomendamos que acesse este vídeo, https://www.

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

youtube.com/watch?v=F54SWctP7-E, e se familiarize com a cons-

trução de mapas conceituais antes de desenvolver esta sequência.

Mudanças climáticas

Aquecimento global

Derretimento das geleiras Ser humano

Efeito estufa

Buraco na camada de

ozônio

Gás carbônico

causam o

é causado pelo

causa o

é causado pelo

é causado pelocausa o

→→

Figura 11. Quadro fictício contendo um mapa conceitual elaborado com concepções prévias dos alunos. Notem algumas concepções equivocadas e limitadas.

2º momento: Exibição de vídeo.

Exibição do vídeo “mudanças climáticas” (https://www.

nationalgeographicbrasil.com/video/tv/101-mudancas-climaticas-

aquecimento-global-efeito-estufa-conservacao), a partir do qual os

alunos podem enriquecer o mapa conceitual iniciado. Após o vídeo

um debate pode ser realizado sobre as informações contidas, onde os

alunos seriam estimulados a comentar e debater os pontos que mais

chamaram a atenção destes.

3º momento: Estudo de Casos.

Neste momento, os alunos serão divididos em grupos. Cada grupo

terá que desenvolver uma hipótese para explicar/solucionar o pro-

blema apresentado no caso relatadopor você. Aqui é interessante que

todos os grupos trabalhem com o mesmo caso, para estimular o in-

tercâmbio de informações. Para cada caso será interessante que seja

disponibilizado um gráfico com dados que tenham relação com o as-

sunto. Baseadas em todas as informações disponibilizadas aos alunos

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devem formular hipóteses sobre a questão posta. Após elaborarem a

hipótese, você poderá incentivá-los a trocar informações com outros

grupos, para introduzir a ideia de trocas de informações e colaboração

existente no meio científico, mas esse intercâmbio deverá ser mediado

pelo professor para evitar que um grupo copie todas as informações

do outro sem se preocupar em analisar seus dados. Os alunos também

serão estimulados a criar soluções para cada caso. Na aula seguinte, os

alunos terão que apresentar dados e argumentos para apresentar uma

proposta de resolução para os Casos sugeridos a seguir. Esses casos

deverão ser entregues aos alunos, exceto os comentários, pois servem

como base para sua utilização. Em cada caso, será interessante que

você estimule os alunos a refletirem sobre os possíveis impactos para

a vida dos seres humanos.

Caso 1: Os combustíveis fósseis estão relacionados com aumento

da potência dos furacões?

Durante uma pesquisa sobre as mudanças climáticas do planeta,

um leitor de uma revista, na qual você e sua equipe são os cientis-

tas responsáveis pela coluna de ciências, encontrou uma reportagem

em um site de notícias e queria saber se haveria alguma relação entre

os dados contidos nestes. Ele enviou um e-mail com um trecho da

reportagem, alguns comentários e pediu um posicionamento sobre o

assunto, onde vocês irão esclarecer se tem alguma relação e o porquê.

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(https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/05/28/subsidios-de-combustiveis-fosseis-estao-destruindo-o-mundo-diz-secretario-geral-da-onu.ghtml)

O leitor não compreendeu qual seria a relação entre a utilização dos

combustíveis fósseis com o fortalecimento dos furacões.

Baseado nos dados enviados pelo leitor, em suas pesquisas e em

seus conhecimentos sobre mudanças climáticas, elabore uma hipóte-

se sobre a existência ou não dessa relação, indique indícios que com-

provem essa hipótese e possíveis soluções para evitar o aumento da

potência dos furacões.

Comentário sobre a atividade “Caso 1”:

Para os alunos desenvolverem suas respostas, conhecimentos ad-

quiridos nas aulas de ciências, biologia e química - além da análise de

gráficos - serão necessários.

Você pode usar um dos gráficos abaixo, demostrando o nível de

CO2 na atmosfera, mais especificamente na troposfera, que é a ca-

mada mais próxima à superfície terrestre. No primeiro, indique a va-

riação ao longo de milhares de anos atrás. Esses dados foram obtidos

através de análises das geleiras da Groelândia e Antártica. Segundo

o site da NASA, “evidências antigas também podem ser encontradas

em anéis de árvores, sedimentos oceânicos, recifes de coral e cama-

Subsídios de combustíveis fósseis estão destruindo o mundo, diz secretário-geral da ONU

Subsídios que fomentam o uso de combustíveis fósseis estão aju-dando a "destruir o mundo" e são uma maneira ruim de aplicar o di-nheiro dos contribuintes, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, nesta terça-feira (28). [...]

"Não há nada mais errado do que isso. O que estamos fazendo é usar o dinheiro dos contribuintes, o que significa nosso dinheiro, para fortalecer furacões, para espalhar inundações, para derreter geleiras, para descolorir corais. Em uma palavra: para destruir o mundo", disse António Guterres, secretário-geral da ONU.

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das de rochas sedimentares”. No segundo gráfico, é demostrada a

variação do CO2 ao longo dos últimos 15 anos.

Figura 12. Este gráfico, com base na comparação de amostras atmosféricas contidos nos núcleos de gelo e medições diretas mais recentes, fornece evidências de que o CO2 atmosférico tem aumentado desde a revolução industrial. Crédito: Luthi, D., et al. 2008;

Etheridge, DM, et al. 2010; dados do núcleo de gelo Vostok/JR Petit et al.; registro de CO2 NOAA Mauna Loa. (https://climate.nasa.gov/evidence/)

Figura 13. Medição de quantidade de Gás Carbônico na atmosfera entre os anos de 2005 e 2019. Fonte de dados: medições mensais. Crédito: NOAA. (https://climate.nasa.gov/

vital-signs/carbon-dioxide/ - modificado)

Neste outro gráfico, que também foi elaborado pela NASA, com

base nas medições de temperaturas realizadas por cinco organi-

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

zações pelo mundo, é possível observar a variação das médias de

temperatura globais, terrestre e oceânicas, ao longo dos últimos 139

anos. Pode-se observar que neste período ocorreu uma variação

térmica de 1,5°C (entre -0,5°C e 1,0°C), tendo, nos últimos anos, as

maiores médias de temperatura.

Figura 14. Dados de temperatura terrestre e oceânica mostrando aquecimento rápido nas últimas décadas, os dados mais recentes até 2018. Todos os 10 anos mais quentes do recorde de 139 anos ocorreram desde 2005. Crédito: Observatório da Terra da NASA.

(https://climate.nasa.gov/scientific-consensus/ - modificado)

Furacões são ciclones tropicais com ventos acima de 119 km/h. Os

ciclones tropicais são formados quando a temperatura do mar au-

menta. Com esse aumento a água evapora, chegando na alta atmos-

fera esse vapor d’água esfria e condensa-se em forma de nuvens.

Quando o ar quente da superfície do mar sobe, no local fica uma

região com pouco ar, também chamado de baixa pressão. O ar dos

locais próximos mais frios, que possui uma maior pressão, se deslo-

ca para o local de menor pressão, porém esse ar também fica quen-

te e úmido e acaba subindo. Conforme mais ares quentes e úmidos

sobem, mais nuvens são formadas. Esse sistema de nuvens e ventos

giram por causa do calor e do movimento de ar dos oceanos, que

aumenta com a temperatura. Conforme ganham velocidade, um olho

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é formado no centro da tempestade. Para que um furacão aconteça

é necessário que a água do oceano esteja acima dos 27°C. A figura a

baixo mostra um esquema sobre a formação de furações. A imagem

e a informação podem ser encontradas no site do Brasil Escola, cujo

link se encontra na legenda da figura 15.

Figura 15. Esquema sobre a formação dos furacões. (https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/como-se-formam-os-furacoes.htm)

Pode ser importante incentivar os alunos a relembrarem conceitos

sobre combustão, pois dessa forma eles irão ligar a queima de com-

bustíveis fósseis, com a liberação de CO2 na atmosfera. Neste momen-

to também pode ser abordado de forma rápida a nível de curiosidade

os tipos de energias.

Para a criação do argumento pelos grupos, sugerimos a utilização

dos elementos que compõem um argumento proposto por Toulmin

(2006) segundo Motokane (2015), apresentado no capítulo 2. A seguir

sugerimos um padrão de argumentação utilizando esses elementos:

“DADO QUE a combustão de combustíveis fósseis libera gás car-

bônico. O nível de CO2 na atmosfera tem aumentado desde a re-

volução industrial. A temperatura do planeta e dos oceanos tem

aumentado nos últimos anos. Os furacões são formados sobre as

águas quentes do oceano e aumentam com a temperatura, ASSIM

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

o aumento da potência dos furacões está relacionado ao aumento

da queima de combustíveis fósseis. JÁ QUE as águas oceânicas es-

tão ficando mais quentes, POR CONTA da quantidade de CO2 que a

combustão dos combustíveis fósseis tem liberado na atmosfera. A

MENOS QUE os dados estejam incorretos.”

É importante que você incentive os alunos a explorarem possíveis

alternativas para prevenir o aumento da potência dos furacões através

de debates dentro do grupo - e não por pesquisa na internet.

Caso 2: O que causa o aumento do nível do mar?

Vocês estão passeando por uma cidade litorânea e observam uma

construção que não deveria estar dentro da água. Nesse momen-

to uma mulher de uns 60 anos, vendo suas curiosidades, conta que

aquela estrutura, a uns 30 anos atrás, ficava fora d’agua e colocou a

culpa no aumento do nível do mar. Indignados vocês vão procurar

mais informações na internet e nos livros sobre o caso.

Com base nas informações coletadas, qual hipóteses vocês po-

deriam criar sobre o porquê da estrutura, que antes não estava,

agora estar dentro da água? Como podemos testar a veracidade

dessa hipótese? É possível evitar a intensificação do aumento do

nível do mar? Se sim, como? Qual impacto na vida dos seres huma-

nos, considerando aspectos biológicos, sociais e econômicos?

Comentário sobre a atividade “Caso 2”:

Nessa atividade os alunos têm de ser estimulados a buscarem in-

formações mais precisas, pois é muito provável que estes já queiram

fazer o argumento final afirmando ser por conta do derretimento das

geleiras, mas os estudos mostram que este não é o único fator. Incenti-

vá-los a criar o argumento sobre o derretimento das geleiras utilizando

como base os dados sobre massa contidas e fotos ao longo dos anos,

é importante para a criação da argumentação científica defendida por

Hung e Ko (2017, p. 353).

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Neste Caso, o vídeo “Antártica e Mudanças Climáticas” da Profes-

sora Erli Schneider Costa (https://www.youtube.com/watch?v=wL-

tPaq8p_y0) poderia ser utilizado como provocação aos alunos em

algum momento da atividade, por exemplo, antes de iniciar. Após a

exibição desse vídeo, estimular o debate sobre como é desenvol-

vida a ciência do clima, destacando, por exemplo, a natureza desse

tipo de pesquisa e como seus resultados podem estar relacionados

com, por exemplo, conceitos de evolução. Você pode explorar como

diferentes “... ecossistemas podem ser especialmente sensíveis às

mudanças climáticas e responder diferentemente em diferentes es-

calas temporais” (MEREDITH et al, 2013, https://documents.ats.aq/

ATCM36/att/ATCM36_att125_e.pdf).

A primeira informação que poderia ser utilizada é o gráfico da Fi-

gura 16, onde é demostrada a variação do nível do mar ao longo dos

últimos anos.

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Figura 16. Variação do nível do mar entre o ano 1993 e 2019. A taxa de variação anual é de 3,3 mm por ano. Fonte de dados: observações do nível do mar por satélite. Crédito:

NASA Goddard Space Flight Center. (https://climate.nasa.gov/vital-signs/sea-level/)

Informações sobre a água, como disponibilidade e propriedades

físico-químicas, têm de ser buscadas pelos alunos como forma de

compreensão e refinamento em seus argumentos. Por exemplo: es-

tima-se que 97,5% da água em nosso planeta é água salgada e 2,5%

é “água doce” e dessa “água doce” 69,2% estão nas geleiras e neves

eternas. Essa informação é importante para a criação do argumento

científico a ser desenvolvido pelos alunos. O gráfico a seguir (Figura 17)

mostra essa distribuição.

Figura 17. Distribuição de água no planeta. (https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agua.htm)

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Visto que a maior parte da “água doce” do planeta é encontrada

nas geleiras, vale a pena buscar maiores informações sobre a situa-

ção destas. No site da NASA há uma imagem comparando a calota

de gelo sobre o Ártico no ano de 1979 com a calota de gelo em 2018.

Essas imagens podem ser reproduzidas na forma de vídeo pelo pró-

prio site. O link está na legenda da Figura 18. Parte dessa geleira está

sobre as águas do oceano Ártico e parte sobre poções de terra, como

por exemplo a Groelândia.

Figura 18. Registro de satélite do gelo no Ártico no mês de setembro dos anos 1979 e 2018. Fonte de dados: observações de satélite.

Crédito: NSIDC / NASA. (https://climate.nasa.gov/vital-signs/arctic-sea-ice/)

Ainda no site da NASA você pode encontrar dois gráficos demons-

trando a variação de massa das camadas de gelo da Antártica e Groe-

lândia durante 16 anos (Figura 19). Seria importante lembrar os alunos

que a massa da camada de gelo é a água congelada presente nestes.

Figura 19. Variação em massa das camadas de gelo, entre os anos de 2002 e 2017, da Antártica (esquerda) e Groelândia (direita). Na Antártica a taxa de variação foi de -127

Gigatoneladas (Gt) por ano e na Groelândia foi de -286 Gt por ano. Fonte de dados: medição da massa de gelo pelos satélites GRACE da NASA. Crédito: NASA.

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Dependendo do ano escolar da turma o conceito de “dilatação vo-

lumétrica dos líquidos” poderá ter sido abordado ou não. Esse concei-

to é fundamental para que o aluno entenda que o aumento da tempe-

ratura dos oceanos causa a dilatação da água e consequentemente o

aumento do nível do mar. Essa regra, “dilatação volumétrica dos líqui-

dos”, que é aplicada à agua a partir dos 4°C, é assim descrita:

Novamente, utilizando os elementos que compõem um argumento

proposto por Toulmin (MOTOKANE, 2015), você pode usar o seguinte

argumento como padrão:

“DADO QUE a temperatura terrestre e dos oceanos está aumen-

tando. As geleiras estão derretendo. As calotas do Ártico estão di-

minuindo ao longo dos anos. As geleiras da Groelândia e Antártica

estão perdendo massa. A maior parte da água doce do planeta é

encontrado nas geleiras. A água se expande com o calor, ASSIM o

aumento do nível do mar é causado pelo derretimento das geleiras

e pela expansão da água. JÁ QUE as geleiras estão derretendo e a

água expandindo, POR CONTA do aumento da temperatura global e

da dilatação volumétrica dos líquidos. A MENOS QUE outros fatores

tenham maior influência.”

“A dilatação sofrida pelos líquidos é cha-mada de dilatação volumétrica. Nesse tipo de dilatação, todas as dimensões de um corpo ou fluido, como líquidos e gases, sofrem aumen-tos significativos em resposta a um aumento de temperatura. Tal fenômeno surge em razão da agitação térmica das moléculas do corpo: quanto maior a temperatura, maior é a amplitu-de da agitação dessas moléculas, que passam a deslocar-se em um espaço maior.”

(https://brasilescola.uol.com.br/fisica/dilatacao-liquidos.htm)

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Assim como no Caso 1, procure incentivar os alunos a criarem so-

luções para minimizar o aumento do nível do mar através de debates

e não pela internet.

4º momento: Leitura dos textos e discussão

Cada grupo vai expor para a turma o seu estudo de caso, analisar

os gráficos recebidos, trazer as informações adicionais que pes-

quisaram, suas ideias e hipóteses. Além dos argumentos em forma

de texto criados e da análise dos gráficos, você pode trazer essa

imagem (Figura 20) elaborada pela organização WWF, para en-

riquecer o debate. Nesta imagem é comparado os efeitos de um

possível aquecimento global de 1,5°C com um aumento de 2°C. O

comentário sobre as informações e as fontes estão presentes na

página da própria organização (https://www.wwf.org.br/?67822/

Relatrio-do-IPCC-2018-sobre-aquecimento-global-de-15C-inci-

ta-mais-esforos-para-ao-climtica-global). Ao utilizar a imagem, é

importante que os impactos sociais e econômicos também tenham

destaque no debate. Nesse caso você poderá estimular o debate

com perguntas como “Quais as consequências sobre a população

humana?” e “Quais as consequências sobre a população mais po-

bre?” No link presente na legenda da Figura 20, você poderá obter

essa imagem em alta resolução.

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Figura 20. Consequências do aquecimento global. (https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/climaterisks1_5cvs2c_b_portugues_01_1.png)

Para essa etapa, os alunos devem ser estimulados a se engaja-

rem em conversas para gerar hipóteses testáveis, como indicado

em Windschitl, Thompson e Breaten (2008, tradução nossa, p.957,

959) (https://onlinelibrarywiley-com.ez29.capes.proxy.ufrj.br/doi/

epdf/10.1002/sce.20259):

“O objetivo das conversas para “gerar hipóteses testáveis” é usar o mo-

delo para articular um possível conjunto de relações ou eventos para

teste. É importante que a hipótese seja testável, mas esse critério é se-

cundário à ideia de que a hipótese deve fazer sentido no contexto de

um entendimento maior do fenômeno”.

“...argumentos causais devem ser construídos que não apenas tentem

validar a existência de padrões nos dados, mas, finalmente, apoiar ou

refutar afirmações sobre os processos... um argumento autêntico tem

quatro características: primeiro, descreve uma explicação potencial

para o fenômeno de interesse; segundo, usa os dados coletados como

evidência para apoiar essa explicação; terceiro, reconhece outras ex-

plicações possíveis que se ajustariam aos dados; e, finalmente, des-

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creve se e como o modelo inicial do fenômeno deve mudar à luz das

evidências... Essa estrutura é baseada em elementos da estrutura de

argumento de Toulmin (1958) ... para uso em ambientes educacionais.

Essas adaptações incluíram dois objetivos gerais do discurso: (1) arti-

culação de reivindicações causais que explicam o fenômeno de inte-

resse em que as cadeias da lógica coexistem sensatamente; e (2) uso

de evidências para apoiar ou refutar essas reivindicações, incluindo

declarações de como os dados se relacionam com reivindicações”.

5º momento: Mapa conceitual

Tendo como ponto de partida o primeiro mapa conceitual elabora-

do pela turma no início da aula, cada grupo irá criar/modificar o mapa

conceitual, baseado nos conhecimentos adquiridos durante as aulas.

Porém, para estimular o potencial crítico e criativo dos alunos, eles

devem eleger (e justificar a escolha com argumentos) o mapa concei-

tual que melhor explica o problema. A partir desse mapa conceitual

selecionado, o grupo deve explicar como se relacionam com um ou

mais gráficos apresentados. Devem tentar explicar como o dado cien-

tífico os auxiliou a esclarecer dúvidas e quais as que ainda têm – você

pode aproveitar essa oportunidade para falar sobre como os cientistas

desenvolvem hipóteses e como lidam com as dúvidas, chamando a

atenção para o que poderíamos chamar de “consensos” e sobre con-

trovérsias sobre as mudanças climáticas.

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

Mudanças climáticas

Aquecimento global

Derretimento das geleiras Ser humano

Efeito estufa

Buraco na camada de

ozônio

Gases estufas

causa o

é consequência do

não influencia no

é causado por

tem influência docausa o

→→

Aumento do nível do mar

Dilatação volumétrica

causa o

causa o

Gasolina Carvão mineral

incluemincluem

→ →

Combustíveis fósseis

incluem

→Gás natural

intensificam o

utilizam os

→ liberam

→→

→ Gás carbônico

Vapor d’água

Metanoincluem

incluem

incluem

Figura 21. Quadro fictício contendo um mapa conceitual reelaborado com base no realizado pelos alunos no início da sequência didática já considerando os

conhecimentos construídos ao longo da atividade.

6º momento: “Eu deveria me importar com as mudanças climáti-

cas? Por quê?”

Como mencionado na Nota Introdutória, essa seria a pergunta que

os alunos responderiam ao final da sequência. As respostas devem ser

elaboradas pelos alunos, em uma atividade colaborativa, uma respos-

ta conjunta, construindo um argumento científico. Devem indicar os

pontos que consideram respaldar um posicionamento ou outro, lis-

tando algumas evidências e também algumas incertezas científicas –

dos cientistas e dos próprios alunos.

Proposta de Avaliação

De forma a estimular a produção colaborativa e posicionamen-

to investigativo dos alunos, propõe-se uma avaliação conjunta dos

argumentos científicos desenvolvidos ao final da atividade. Sozi-

nhos no primeiro momento, os alunos elaboram critérios para essa

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apreciação, levando em consideração as questões trabalhadas ao

longo da sequência. Em seguida, fazem as avaliações em articula-

ções com o professor, a fim de eleger o melhor argumento científi-

co apresentado, de acordo com esses critérios. Nesse contexto, as

BNCC, (2019, p. 9, http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/

BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf), são uma fonte de con-

sulta que também deve ser considerada pelo professor:

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para

formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões co-

muns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência

socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e

global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,

dos outros e do planeta.

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Referências

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Organizadores: Filipi Magalhães, Sonia Vasconcelos, Christiane C. Santos

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Uma proposta de abordagem do tema "mudanças climáticas" para professores de biologia ...

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