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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia ALEXANDRA PINTO GONÇALVES TATIANE PRISCILA DAS DORES MORAES PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO BRAGANÇA PAULISTA Bragança Paulista 2015

PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA CLÍNICA …lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2636.pdf · 2015-07-22 · mudanças relacionadas a abordagem, formato e modo

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Fisioterapia

ALEXANDRA PINTO GONÇALVES

TATIANE PRISCILA DAS DORES MORAES

PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA

CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE

SÃO FRANCISCO – BRAGANÇA PAULISTA

Bragança Paulista

2015

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ALEXANDRA PINTO GONÇALVES - 001201100338

TATIANE PRISCILA DAS DORES MORAES - 001201101343

PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA

CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE

SÃO FRANCISCO – BRAGANÇA PAULISTA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel em Fisioterapia.

Orientadoras temáticas: Profa. Mª

Carolina Camargo Oliveira, Profa. Esp.

Simone Borba do Carmo Silva

Orientadora Metodológica: Profa. Mª

Grazielle Aurelina Fraga de Souza

Bragança Paulista

2015

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ALEXANDRA PINTO GONÇALVES

TATIANE PRISCILA DAS DORES MORAES

PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA

CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE

SÃO FRANCISCO – BRAGANÇA PAULISTA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, como

requisito parcial para obtenção do título de

Bacharel em Fisioterapia.

Data de Aprovação: / /

Banca Examinadora:

________________________________________________________________

Profª Mª. Carolina Camargo de Oliveira (Orientadora Temática)

Universidade São Francisco

________________________________________________________________

Profª Mª. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica)

Universidade São Francisco

________________________________________________________________

Profª Especialista Juliana Seraphin Piera (Examinadora - Convidada)

Universidade São Francisco

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A minha família que me deu apoio e forças

para chegar até aqui, em especial a minha mãe Maria

Antônia que se fez tão compreensiva devido a minha

ausência, e ao meu esposo Julio Cesar por toda a

dedicação que a mim foi dada, mesmo nos momentos

difíceis dessa jornada, não permitiu que eu desistisse.

Ao meu filho Kawan, que suportou minha

ausência e me deu forças para seguir, ao meu pai José

e meu amor Joemar por me apoiar e acreditar em mim,

permitindo que alcançasse esse sonho.

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AGRADECIMENTOS

Há Deus por ter me proporcionado viver está realidade e por ter me feito forte durante

os momentos difíceis que fizeram parte dessa jornada. A minha família que é o meu sustento

o meu pilar. Aos queridos professores que fizeram parte essencial desta conquista, por todo

ensinamento e vivência que a mim foi proporcionado. Em especial Professora Patrícia pela

sua firmeza e garra com os alunos, a Professora Carolina por ter aceito finalizar este trabalho

e ter nos acompanhado nestes últimos momentos com muita dedicação. A minha amiga e

dupla no trabalho de conclusão de curso Tatiane pela parceria e amizade. Agradeço ao meu

esposo por todo carinho e apoio sem duvidas não teria conseguido se assim não o fizesse

forte.

Alexandra Pinto Gonçalves

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus que se mostrou criador, que foi criativo. Seu fôlego de vida em

mim me foi sustento е me deu coragem para questionar realidades е propor sempre um novo

mundo de possibilidades. Agradeço também а todos os professores que me acompanharam

durante а graduação, e as professoras orientadoras, em especial a Carolina, pelo suporte no

pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções е incentivos. A esta universidade e seu

corpo docente, que oportunizaram а janela em que hoje vislumbro um horizonte superior.

Agradeço а meu filho, pelo amor que me proporcionou me dando forças para concluir essa

conquista, ao meu pai, herói que me deu a oportunidade de saber o que é uma família, e ao

meu esposo pelo apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo е cansaço. A minha amiga e

companheira Alexandra, pela amizade e parceria.

Tatiane Priscila das Dores Moraes

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A persistência é o caminho do êxito.

Charles Chaplin

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 4

2 OBJETIVOS............................................................................................ 6

2.1 Objetivo geral........................................................................................ 6

2.2 Objetivos específicos............................................................................. 6

3 REFENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 7

4 ARTIGO CIENTÍFICO......................................................................... 8

APENDICE................................................................................................ 24

ANEXOS.................................................................................................... 26

Anexo A: Normas da Revista Fisioterapia em Movimento.................... 26

Anexo B: Cópia do parecer do CEP......................................................... 31

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em tempos de paz,

pelo menos 10% das crianças de qualquer país nascem ou adquirem impedimentos físicos,

mentais ou sensoriais, que interferirão no seu desenvolvimento. (1)

A população pediátrica, que é toda pessoa com até doze anos de idade incompletos,

diferencia-se das demais por possuir características bastante peculiares necessitando de

serviços especializados e apropriados a idade, habilidade cognitiva, bagagem cultural e

circunstâncias familiais. E ainda as equipes devem atender ás necessidades das crianças e

adolescente nos diversos ambientes, como hospitalar e ambulatorial, além do escolar e

domiciliar. De acordo com Pountney (3), os serviços pediátricos passam por contínuas

mudanças relacionadas a abordagem, formato e modo de prestação, repensando seus modelos,

suas prioridades e repensando o direcionamento de desenvolvimentos futuros. (2)

A morbimortalidade infantil tem como reconhecida ferramenta de prevenção o

acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. As afecções do período

perinatal, as doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho respiratório destacam-se

entre as principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Desta forma determinadas

intercorrências no processo saúde doença poderiam ser evitadas com ações dirigidas a saúde

da população infantil, considerando seu desenvolvimento, visando uma maior promoção de

saúde. (4,5)

Pode-se considerar que três sistemas, social, ecológico e biológico, influenciam e

interferem na saúde infantil. Tais sistemas são responsáveis por originar fatores de risco ou de

proteção a saúde. A identificação desses sistemas permite um planejamento de ações de

prevenção, tratamento e recuperação necessárias a saúde dessa população. (6)

O conhecimento dos possíveis agravos que acometem a saúde da população infantil é

uma ferramenta que proporciona condições de garantia da recuperação e manutenção da

saúde, bem como a prevenção de doenças, cumprindo assim com os deveres previstos na

legislação brasileira. Segundo a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências, Título I (Das

disposições Preliminares), o art 4º dispõem que é dever da família, da comunidade, da

sociedade em geral e do poder público assegurar a efetivação dos direitos referentes a vida, a

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saúde, a alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. (2)

Considerando, portanto, todas as crianças que apresentam algum comprometimento do

sistema nervoso, musculoesquelético e/ou cardiorrespiratório frequentemente apresentam

disfunção motora e/ou respiratória, havendo necessidade de tratamento fisioterapêutico.

A atuação da fisioterapia clínica abrange hospitais, incluindo unidades de terapia

intensiva, enfermarias e ambulatórios, centros de reabilitação e clínicas, com abordagem

específica em cada local. Além do atendimento propriamente dito, faz parte das ações do

fisioterapeuta, estabelecer rotinas para assistência fisioterapêutica adequações, reformulação

do programa terapêutico quando houver necessidade e desenvolvimento de estudos e

pesquisas relacionadas a área de atuação, entre outros. (7)

Dentro deste contexto, o conhecimento de variáveis como idade, gênero, condições ao

nascimento, diagnósticos, características pré, peri e pós-natais, são úteis para adequação do

atendimento para a população em questão.

A grande maioria dos estudos encontrados na literatura traz um perfil epidemiológico

das crianças atendidas em nível hospitalar. Todavia o que se encontra hoje disponível na

literatura científica é um limitado número de estudos que identifique o perfil de crianças

atendidas pela fisioterapia em nível ambulatorial. Segundo Ramos (8), o perfil clínico

epidemiológico de crianças e adolescentes em ambiente ambulatorial é pouco explorado pela

literatura científica.

A partir dessa revisão de literatura, o objetivo do presente estudo foi identificar o

perfil da população infantil atendida na Clinica Escola de Fisioterapia da Universidade São

Francisco, considerando dados de identificação, clínicos e relacionados à rotina de

atendimento.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Identificar o perfil clínico das crianças atendidas na Clínica Escola de Fisioterapia da

Universidade São Francisco de Bragança Paulista

2.2 Objetivos específicos

- Identificar as características gerais (gênero, idade, procedência) da população estudada;

- Identificar a frequência dos diagnósticos; dos antecedentes pré-natais, perinatais e neonatais;

setor de atendimento; tempo de atendimento; e motivo de alta;

- Correlacionar os resultados entre si e com a literatura;

- Sugerir melhorias para o setor, com base nos resultados encontrados.

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3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 OMS - Organização Mundial da Saúde. Programa de ação Mundial para as Pessoas com

Deficiência – Resolução 37/52 de 03 de dezembro de 1982 – Assembleia Geral das Nações

Unidas. Disponível em http://www.cedipod.org.br/w6pam.htm

2 Brasil. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) e dá outras providências. Coordenadoria Estadual da Infância e da

Juventude. 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm

3 Pountney T. Fisioterapia pediátrica. 1ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008.

4 DATASUS [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2010 [citado 2015 jun 10].

Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/cadernosmap.htm

5 Sena RR, Leite CR, Santana JJF, Vieira MA. Perfil das crianças atendidas na unidade de

pediatria do Hospital Universitário Clemente de Faria, Montes Claros – MG. Unimontes

Científica. 2006; volume 8: 117-128

6 Leão E, Corréa EJ, Mota JAC, Vianna MB, Vasconcellos MC. Pediatria ambulatorial. 5ª

edição. Belo Horizonte: Editora de Cultura Médica; 1997.

7 COFFITO [Internet]. Ministério da Educação, atribuições profissionais [citado 2015 jun

10]. Disponível em: http://www.coffito.org.br/site/index.php/fisioterapia/formacao-

academica-profissional.html

8 Ramos KR, Botélho SM, Amorim CR. Perfil das crianças e adolescentes atendidos na

Clínica-Escola de fisioterapia da UESB. Revista Baiana de Saúde Publica jun 2012; volume

36: 386-395

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4 ARTIGO CIENTÍFICO

Perfil clínico das crianças atendidas na Clinica Escola de Fisioterapia da

Universidade São Francisco

Clinical profile of children attending the School Clinic Physiotherapy Universidad San

Francisco

Gonçalves, Alexandra Pinto [a]

, Moraes, Tatiane Priscila das Dores [a]

, Silva, Simone do

Borba do Carmo [b]

, Oliveira, Carolina Camargo de. [b]

[a] Graduando em Fisioterapia pela Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista,

SP-Brasil, e-mail: [email protected]

[a] Graduando em Fisioterapia pela Universidade São Francisco (USF), Bragança Paulista,

SP-Brasil, e-mail: [email protected]

[b] Docente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança

Paulista, SP-Brasil, e-mail: [email protected]

[b] Docente do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF), Bragança

Paulista, SP-Brasil, e-mail: [email protected]

Resumo:

Introdução: Alterações e doenças adquiridas no decorrer do desenvolvimento das crianças podem

levar a vários acometimentos. O conhecimento dos possíveis agravos que acometem á saúde da

população infantil é uma ferramenta que proporciona condições de garantia, da recuperação e

manutenção da saúde, sendo de grande importância para o fisioterapeuta. Objetivo: Identificar o perfil

clínico da população infantil atendida na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade São

Francisco. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da

Universidade São Francisco. A população da pesquisa compreendeu os pacientes que foram atendidos

nas áreas de neuropediatria ortopedia infantil e cardiorrespiratória de 2004 a Fevereiro de 2015, com

idade até 12 anos. Utilizou-se formulário para a coleta de dados demográficos e dados clínicos através

de análise dos prontuários Resultado: Foram analisados 239 prontuários, com média de idade de 4,41

(± 3,98) anos, sendo a maioria (60,7%) do gênero masculino. A disfunção predominante foi a

cardiorrespiratória (48,1%). Permanecem em atendimento 11,3% dos pacientes, e a maioria reside em

Bragança Paulista (50,3%). A Asma foi o diagnóstico clínico mais predominante (22,1%), seguida de

encefalopatia crônica não progressiva da infância (14,7%). O antecedente pré-natal mais frequente foi

a infecção urinária (50,7%). Conclusão: Conclui-se com esse estudo que a maioria das crianças

atendidas na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade São Francisco são do sexo masculino,

com problemas respiratórios, sendo a asma diagnóstico mais predominante.

Palavras-Chave: perfil, ambulatório, criança, fisioterapia

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Abstract

Introduction: Changes and diseases acquired during the development of children can lead to various

bouts. Knowledge of possible diseases that affect to health of the child population is a tool that

provides warranty conditions, recovery and maintenance of health and that of great importance to the

physiotherapy. Objective: To identify the clinical profile of children seen in the clinic at the University

Physiotherapy School of San Francisco. Method: This was a retrospective study conducted at the

University Clinic Physiotherapy School San Francisco. The research population comprised patients

who were seen in the areas of orthopedics and pediatric neurology child cardiopulmonary 2004 to

February 2015, aged 12 years. Forms were used to collect demographic and clinical data through

analysis research population comprised patients who were seen in the areas of orthopedics and

pediatric neurology child cardiopulmonary 2004 to February 2015, aged 12 years. Forms were used

to collect demographic and clinical data through analysis. Result: 239 medical records were

analyzed, with a mean age of 4.41 (± 3,98 ) years, with the majority (60.7%) were male. The

predominant dysfunction is respiratory (48.1%). Remain in service 11.3% of patients, and most reside

in Bragança Paulista (50.3%). Asthma is the most common clinical diagnosis (22.1%), followed by

progressive encephalopathy not childhood (14.7%). The most frequent antenatal antecedent is urinary

tract infection (50.7%), the most frequent personal history is pneumonia (42,3%).Conclusion: We

conclude with this study that most children treated at Clinic Physiotherapy School of Universidade

São Francisco are male, with respiratory problems, asthma being the most prevalent disease.

Keywords: Profile, outpatient, child, physiotherapy

INTRODUÇÃO

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em tempos de paz,

pelo menos 10% das crianças de qualquer país nascem ou adquirem impedimentos físicos,

mentais ou sensoriais, que interferirão no seu desenvolvimento. (1)

A população pediátrica, que é toda pessoa com até doze anos de idade incompletos,

diferencia-se das demais por possuir características bastante peculiares necessitando de

serviços especializados e apropriados a idade, habilidade cognitiva, bagagem cultural e

circunstâncias familiais. E ainda as equipes devem atender ás necessidades das crianças e

adolescente nos diversos ambientes, como hospitalar e ambulatorial, além do escolar e

domiciliar. De acordo com Pountney (3), os serviços pediátricos passam por contínuas

mudanças relacionadas a abordagem, formato e modo de prestação, sendo que os serviços de

saúde repensam seus modelos de prestação de serviço, as prioridades de fornecimento e

direcionamento de desenvolvimentos futuros. (2)

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A morbimortalidade infantil tem como reconhecida ferramenta de prevenção o

acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. As afecções do período

perinatal, as doenças infecciosas e parasitárias, doenças do aparelho respiratório destacam-se

entre as principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Desta forma determinadas

intercorrências no processo saúde doença poderiam ser evitadas com ações dirigidas a saúde

da população infantil, considerando seu desenvolvimento, visando uma maior promoção de

saúde. (4,5)

Pode-se considerar que três sistemas, social, ecológico e biológico, influenciam e

interferem na saúde infantil. Tais sistemas são responsáveis por originar fatores de risco ou de

proteção a saúde. A identificação desses sistemas permite um planejamento de ações de

prevenção, tratamento e recuperação necessárias a saúde dessa população. (6)

O conhecimento dos possíveis agravos que acometem a saúde da população infantil é

uma ferramenta que proporciona condições de garantia da recuperação e manutenção da

saúde, bem como a prevenção de doenças, cumprindo assim com os deveres previstos na

legislação brasileira. Segundo a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o

Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências, Título I (Das

disposições Preliminares), o art 4º dispõem que é dever da família, da comunidade, da

sociedade em geral e do poder público assegurar a efetivação dos direitos referentes a vida, a

saúde, a alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária. (2)

Considerando, portanto, todas as crianças que apresentam algum comprometimento do

sistema nervoso, musculoesquelético e/ou cardiorrespiratório frequentemente apresentam

disfunção motora e/ou respiratória, havendo necessidade de tratamento fisioterapêutico.

A atuação da fisioterapia clínica abrange hospitais, incluindo unidades de terapia

intensiva, enfermarias e ambulatórios, centros de reabilitação e clínicas, com abordagem

específica em cada local. Além do atendimento propriamente dito, faz parte das ações do

fisioterapeuta, estabelecer rotinas para assistência fisioterapêutica adequações, reformulação

do programa terapêutico quando houver necessidade e desenvolvimento de estudos e

pesquisas relacionadas a área de atuação, entre outros. (7)

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Dentro deste contexto, o conhecimento de variáveis como idade, gênero, condições ao

nascimento, diagnósticos, características pré, peri e pós-natais, são úteis para adequação do

atendimento para a população em questão.

A grande maioria dos estudos encontrados na literatura traz um perfil epidemiológico

das crianças atendidas em nível hospitalar. Todavia o que se encontra hoje disponível na

literatura científica é um limitado número de estudos que identifique o perfil de crianças

atendidas pela fisioterapia em nível ambulatorial. Segundo Ramos, o perfil clínico

epidemiológico de crianças e adolescentes em ambiente ambulatorial é pouco explorado pela

literatura científica. (8)

A partir dessa busca na literatura pertinente, o objetivo do presente estudo foi

identificar o perfil da população infantil atendida na Clinica Escola de Fisioterapia da

Universidade São Francisco, considerando dados de identificação, clínicos e relacionados à

rotina de atendimento.

MÉTODO

Trata-se de um estudo analítico retrospectivo realizado na Clínica Escola de

Fisioterapia da Universidade São Francisco (CEF-USF). O estudo foi submetido e aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco, sob o número 810.074,

tendo posterior início à busca de prontuários e coleta de dados.

Foram rastreados todos os prontuários, do período de 2004 a fevereiro de 2015 no

setor de Saúde da Criança e Adolescente, sendo selecionados apenas prontuários de pacientes

com até 12 anos de idade, considerando a data da última avaliação fisioterapêutica, atendidos

na CEF-USF de Bragança Paulista, nas áreas de neuropediatria, ortopedia e cardiorrespiratória

infantil.

Utilizou-se um formulário próprio para coleta dos dados demográficos e clínicos,

elaborados pelas autoras desse trabalho, constando as seguintes informações: gênero, idade,

data de nascimento, etnia, diagnósticos clínicos, tempo de tratamento na instituição, idade

materna ao nascimento, antecedentes pré-natais (uso de drogas, tabaco ou álcool, hemorragia,

entre outros), antecedentes perinatais (tipo de parto, problemas no decorrer do parto, choro

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reduzido ou ausente, sofrimento fetal ou outros) e antecedentes pós-natais (desconforto

respiratório, cianose, crises convulsivas, infecções).

Para o cálculo do tempo de tratamento utilizou-se como data de início a da primeira

avaliação e a data final a da última evolução; nos casos de pacientes ainda em atendimento

considerou-se a data da coleta de dados do presente estudo como sendo o último dia de

atendimento.

Os dados coletados foram transcritos para o programa estatístico SPSS versão 22.0,

sendo realizada análise descritiva, com cálculo de frequência absoluta e relativa,

porcentagem, média, e desvio padrão.

RESULTADOS

Foram rastreados 287 prontuários, sendo analisados 239. Das crianças atendidas,

60,7% (n=145) eram do gênero masculino e 39,3% (n=94) do gênero feminino. Dos

prontuários analisados 88,7% (n=211) correspondiam a crianças que não estavam mais em

tratamento e 11,3% (n=27) ainda em atendimento; o tempo médio de tratamento na instituição

foi de 362,08 dias (± 480,93); as características gerais da população estão representadas na

Tabela 1.

Tabela 1: Apresentação das características gerais da população estudada. Observa-se predomínio do

gênero masculino.

Características Frequência Porcentagem

Gênero (n=239)

Masculino 145 60,7

Feminino 94 39,3

Procedência (n=153)

Bragança paulista 77 50,3

Outras cidades 76 49,7

Em atendimento (n=239)

Sim 27 11,3

Não 211 88,7

A distribuição por setores de atendimento dentro da Saúde da Criança e do

Adolescente foi de 48,4% (n=120) na área de cardiorrespiratória, 40,3% (n=100) na

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neuropediatria e 11,3% (n=28) na ortopedia Infantil. O total maior que 100% se deve ao fato

de 9 pacientes serem atendidos em mais de um setor, sendo 8 na cardiorrespiratória e

neuropediatria e 1 paciente na ortopedia e cardiorrespiratória (Figura 2).

Figura 2 – Distribuição por o setor em que estiveram ou estavam alocados

durante o tratamento fisioterapêutico na CEF.

Na distribuição demográfica 50,3% (n=77) das crianças que estão ou já estiveram em

atendimento na CEF são moradoras da cidade de Bragança Paulista, seguida de 19,0% (n=29)

da cidade de Atibaia, 6,5% (n=10) de Piracaia e 15,4% de outras cidades vizinhas próximas;

36% (n=86) dos prontuários não apresentavam essa informação. Na variável alta do

tratamento 47,1% (n=64) obtiveram alta por abandono registrado, os demais receberam alta

por motivos diversos.

Os diagnósticos clínicos específicos mais frequentes foram asma 22,1% (n=51),

encefalopatia crônica não progressiva da infância (ECNPI) 14,7% (n=34), lactente chiador

5,2% (n=12), asma e rinite 4,8% (n=11) e síndrome de Down 2,9% (n=7). Na variável

categoria do diagnóstico clínico por setor a maioria dos pacientes tem diagnóstico

cardiorrespiratório 47,6% (n=110) seguido de diagnostico neurológico 31,6% (n=73),

ortopédico 11,3% (n=26), diagnóstico neurológico e respiratório 7,8% (n=18), neurológico e

ortopédico 0,9% (n=2) e cardiorrespiratório e ortopédico 0,9 (n=2), esses dados estão

representados na Tabela 3.

48,4%

40,3%

11,3%

0

10

20

30

40

50

60

Cardiorrespiratorio Neuropediatria Ortopedia infantil

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Tabela 3 – Distribuição da amostra em frequência e porcentagem, de acordo com os tipos de

diagnósticos e suas possíveis combinações.

Diagnóstico por setores de atendimento

Diagnóstico Frequência Porcentagem válida

Cardiorrespiratório 110 47,6

Neurológico 73 31,6

Ortopédico 26 11,3

Neurológico e

Cardiorrespiratório

18 7,8

Neurológico e ortopédico 2 0,9

Cardiorrespiratório e

ortopédico

2 0,9

Em antecedentes pré-natais a maioria dos prontuários não apresentava registro das

variáveis pesquisadas, porém, mesmo com um número pequeno de registros podemos

observar que 50% (n=22) das mães tiveram infecção urinária durante a gestação.

Em relação ao tipo de parto pode-se observar que houve discreta prevalência de parto

cesária 50,7% (n=68) em relação ao parto vaginal 49,3% (n=66). Nos antecedentes perinatais

55,6% (n=69) são prematuros e 44,4% (n=55) são de termo, apenas 51,9% dos prontuários

obtinham essa informação.

Grande parte das variáveis questionadas no formulário não pode ser analisada por não

constarem em mais da metade dos prontuários; estas estão descritas na Tabela 4.

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15

Tabela 4 - Variáveis não analisadas por estarem ausentes na maioria dos prontuários.

Variável Presente Ausente

Antecedentes Pessoais 71 168

Etnia 39 200

Antecedentes pré-natais

Idade Materna 22 217

Uso de drogas na gestação 87 152

Hemorragia 52 187

Outros antecedentes pré-

natais

44 195

Antecedentes perinatais

Problemas no decorrer do

parto

72 167

Quais problemas 22 217

Sofrimento fetal 26 213

Choro reduzido 61 178

Choro ausente 58 191

Antecedentes pós-natais

Desconforto respiratório 26 213

Cianose 50 189

Crises convulsivas 48 191

Infecções 28 211

Outros pós-natais 37 202

DISCUSSÃO

No presente estudo observa-se que a população atendida na CEF-USF é em sua

maioria do sexo masculino, com idade média de 4,41 (±3,98), moradores de Bragança

Paulista, sendo o setor e diagnóstico cardiorrespiratório mais frequente, dentre esses o

diagnóstico clinico mais prevalente foi a asma.

As enfermidades respiratórias em pediatria se diferenciam das apresentadas pela

população adulta. As crianças sofrem de diferentes processos patológicos que podem piorar

num primeiro momento e logo depois melhorar principalmente devido a fatores fisiológicos e

anatômicos inerentes a idade, que é observado no sistema respiratório ainda imaturo, o que

torna essa população suscetível a infecções respiratórias. (3)

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16

Um estudo que avaliou um programa de estratégia para o controle de doenças

respiratórias em crianças no estado de São Paulo em diferentes níveis, incluindo hospitais,

identificou que o grande encargo para os serviços de saúde vem de crianças com menos de 5

anos, e que as principais doenças atendidas pelo programa foram as que apresentam chiado e

a pneumonia. Além disso, os resultados demonstraram que uma criança que tenha uma doença

com chiado tem cinco vezes mais chances de apresentar pneumonia. (9) O presente estudo

também demonstra prevalência de doenças com chiado, como asma e lactente chiador na

população estudada.

Taquary et al (10) investigaram o perfil clínico em pacientes atendidos na emergência

pediátrica de um hospital público, encontraram uma maior incidência das doenças

respiratórias e dentre essas foi mais frequente a crise asmática, em faixa etária pré escolar e

escolar. Apesar da busca ter sido em ambiente hospitalar, o paciente asmático necessita de

atendimento não só em momentos de crise, portanto, o controle da doença faz-se necessário

para manter a qualidade de vida dos pacientes.

O estudo de Ventura et al (11) sobre avaliação do programa de atenção a criança

asmática, analisou 434 crianças e encontrou a prevalência do gênero masculino (62,7%),

tendo como doença associada a rinite alérgica em 62,5% dos casos, além disso 21,8% das

crianças atendidas no programa tinham diagnóstico de lactente chiador. O estudo de Nunes

(12) sobre fatores de risco e evolução clínica da asma apresentou resultados semelhantes com

os de Ventura, houve prevalência do sexo masculino e entre as doenças alérgicas associadas à

asma, houve predomínio de rinite alérgica sobre as demais.

O presente estudo apresentou resultados parecidos, quando avaliou os diagnósticos de

maneira ampla, observou-se que a presença de asma e rinite alérgica foi recorrente, além do

diagnóstico lactente chiador, o que se mostra em acordo com os resultados presentes na

literatura.

Moraes et al (13) avaliaram o aspecto clínico, laboratorial, fatores de risco associados

a asma, em 163 crianças atendidas no ambulatório de pediatria de um hospital com idade

entre 4 e 14 anos, encontrando também predomínio do gênero masculino.

Um estudo analisou aspectos evolutivos da asma em crianças acompanhadas em

ambulatório e também encontrou predomínio dessa patologia em crianças para esse gênero.

Há uma dificuldade em definir o motivo dessa prevalência, pois esse assunto é pouco

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17

explorado pela literatura cientifica. Segundo schachter et al (14) um fator que pode explicar

essa achado é a diferença existente entre a geometria das vias aéreas presente em pessoas do

gênero masculino. (12,14)

Ramos et al (8) identificaram o perfil de 60 crianças e adolescentes atendidos em uma

clínica escola de fisioterapia de Jequié, considerando as categorias: patologias neurológicas,

afecções que acometem o sistema nervoso central, fatores de risco neurológico e patologias

ortopédicas, encontrou que a maioria da população estudada é procedente de Jequié, com

diagnósticos neurológicos predominantes. No presente estudo observa-se que os diagnósticos

neurológicos prevaleceram sobre os ortopédicos e grande parte dos pacientes atendidos

também procederam do próprio município.

Santos e Ghisleni (15) identificaram o perfil de pacientes neurológicos atendidos na

clínica escola de fisioterapia da UNIVATES através da análise de 218 prontuários, sendo

consideradas duas faixas etárias (adultos com 19 anos completos e infanto-juvenis aqueles

com idade inferior). Em relação a população infanto-juvenil, que correspondeu a 79 sujeitos,

60,76% eram do gênero masculino, com diagnóstico predominante a ECNPI.

Esse resultado corrobora nossos achados, já que dentre os diagnósticos neurológicos

encontrados a ECNPI foi a mais prevalente, esta abrange um grupo de síndromes de

deficiência motora não progressivas, mas em constante mudanças, decorrente de lesões ou

anomalias do cérebro ocorridas em um estágio precoce de seu desenvolvimento. (16)

Quando considerado os diagnósticos associados, este estudo demonstrou que 18

pacientes apresentaram diagnóstico neurológico e respiratório associados, dentre esses

neurológicos a ECNPI foi a mais frequente. Os dados encontrados na literatura corroboram

com o presente estudo, onde a maior parte das crianças com diagnósticos neurológicos e

respiratórios apresentavam ECNPI e asma. Claudino e Silva (17) descreveram a relação de

distúrbios motores e respiratórios em pacientes com diagnostico neurológico (ECNPI), e

relata que esse perfil de paciente além dos diversos déficits motores como as alterações de

tônus e trofismo podem apresentar distúrbios de deglutição que, associados às deformidades

posturais podem resultar em um mau posicionamento de cabeça, de membros superiores e de

tórax, como a cifoescoliose, podendo desencadear sérias complicações respiratórias. Esse

perfil de pacientes mostra a necessidade de equipes interdisciplinares para um atendimento

mais abrangente o que, infelizmente ainda é uma realidade distante para a maioria.

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18

Borges et al (18) estudaram a prevalência de distúrbios respiratórios em crianças com

ECNPI atendidas em uma clínica escola de fisioterapia com o objetivo de relacionar as

sequelas incapacitantes e inerentes a lesão cerebral e à ocorrência de agravos no sistema

respiratórios, observaram que 56,14% das crianças estudadas tiveram pneumonia em algum

momento de sua vida, 47,36% têm ou tiveram refluxo gastroesofágico e 40,35% têm

patologia de vias aéreas superiores (rinite, sinusite, adenóide inflamada, gripes constantes

com produção de coriza) ou de vias aéreas inferiores (bronquite, asma e broncodisplasia).

Acredita-se que o fato de a maioria da população da CEF ser atendida no setor

cardiorrespiratório seja por ocorrer maior rotatividade de pacientes nesse setor. A CEF recebe

pacientes encaminhados do hospital universitário da instituição, onde as afecções respiratórias

são frequentes, fazendo com que a demanda de pacientes para esse setor seja maior. Além

disso, os pacientes com diagnóstico neurológico, principalmente os pacientes com ECNPI

necessitam de atendimento contínuo, o que faz com que a mesma pessoa ocupe a vaga do

setor por muito tempo, o que não acontece no caso das afecções respiratórias, que podem

apresentar melhora ou cura, fazendo com que o paciente receba alta do setor ou até mesmo

abandone o tratamento, e dessa foram a vaga é ocupada por outro paciente.

Os estudos analisados, mesmo comparando os diagnósticos de maneira independente,

mostram a prevalência do gênero masculino em afecções neurológicas, cardiorrespiratórias e

ortopédicas, e corroboram os dados do presente estudo.

Durante a coleta de dados observou-se que o registro de alta por abandono foi

relevante, sendo que a maioria dos abandonos registrados aconteceu no setor de fisioterapia

cardiorrespiratória. Outras possíveis causas para o desprendimento do serviço ou abandono na

CEF são a recuperação ou cura, óbito, dificuldades sociais, mudança de cidade passando a ser

atendido no local de origem ou por procura em outros serviços fisioterapêuticos. As afecções

respiratórias apresentam períodos agudos com posterior melhora, o que pode levar a não

adesão ao tratamento fisioterapêutico contínuo ou até a alta terapêutica. Outro motivo é o

pouco entendimento por parte da sociedade em relação a continuidade do tratamento mesmo

nos períodos de melhora. A adesão ao tratamento é essencial para que se alcance um resultado

positivo, sendo considerada difícil principalmente em doenças crônicas como a asma. (19)

Em 2005 Mendonça e Ferreira (20) identificaram e analisaram quais as principais

dificuldades em aderir ao tratamento pediátrico da asma e mostrou que a dificuldade em

aderir ao tratamento está relacionada a fatores como a compreensão do cuidador em relação a

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19

doença e ao tratamento além da dificuldade em seguir as regras indicadas, vale ressaltar que o

estudo analisou a adesão através de questionamentos feitos para as mães das crianças.

Embora não apresentado número tão expressivo, o antecedente materno gestacional

mais frequente foi a infecção do trato urinário (ITU). A infecção urinária na gravidez é uma

complicação relevante, para a mãe e para o feto, agravando seu prognóstico. Além disso,

durante a gestação, o número de antibióticos se reduz, o que dificulta o tratamento dessa

complicação. O trabalho de parto e parto pré-termo, recém-nascidos de baixo peso, ruptura

prévia de membrana, restrição de crescimento intra-útero, ECNPI e óbito perinatal são

descritos como possíveis complicações da ITU gestacional. (21)

A prematuridade foi frequente neste estudo, essa condição leva a possíveis

intercorrências no desenvolvimento da população infantil. Segundo Leão et al (6) o recém-

nascido (RN) pré-termo é o bebe que nasceu com idade gestacional menor que 37 semanas.

Essa condição faz com que essa criança possa apresentar hipóxia, síndrome da membrana

hialina, hemorragias intracranianas, encefalopatias, infecções e atraso no desenvolvimento

neuropsicomotor (ADNPM).

Tecklin (22) refere que os bebes prematuros tem maior risco para déficits de

desenvolvimento e condições de incapacidade do que bebes que nasceram termo. A detecção

e a resolução precoce de déficits neuromorotores podem minimizar ou prevenir maiores

deficiências que surjam como compensações para os distúrbios do movimento. O risco de

alterações neurológicas no RN prematuro é grande. A estrutura vascular encefálica é frágil,

oscilações na pressão e na perfusão sanguínea podem tencionar a frágil estrutura a ponto de

rompê-la e alguns dos resultados neurológicos são: ADNPM, hidrocefalia e ECNPI.

O parto cesária teve uma discreta prevalência sobre o parto vaginal nesse estudo.

Partos cesárias aumentam a morbidade e mortalidade perinatal, e há o fato de que

traumatismos fetais também ocorrem em cesarianas, especialmente em casos de

prematuridade. Neste contexto, também é consenso que o parto vaginal é o mais seguro para a

mulher e a criança. O tipo de parto apresenta uma série de implicações em termos de

necessidade e indicação, riscos e benefícios, dependendo de cada situação, tempo de

realização, complicações e repercussões futuras, dentre essas, o parto cesária pode causar

maior risco alterações respiratórias. (23)

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20

Uma dificuldade foi encontrada neste estudo, pois grande parte dos dados não estava

registrada nos prontuários. Peraça et al (24) que analisaram 89 prontuários para identificar o

perfil da população atendida em um centro universitário com diagnósticos ortopédicos e

traumatológicos relatou dificuldade em encontrar informações nos prontuários, em um

número bastante expressivo da amostra, e enfatiza que um bom preenchimento desses

documentos é essencial para compreensão adequada de outros acadêmicos e profissionais da

saúde.

Identificar o perfil clínico das crianças atendidas no ambiente ambulatorial é de grande

importância para o planejamento e construção de ações que possibilitem melhoras no

tratamento e atendimento a essa população, bem como da organização e preenchimento dos

prontuários. O presente estudo colabora para a ampliação da discussão critica sobre a

organização das clínicas de fisioterapia quanto o armazenamento dos dados clínicos dos

pacientes, pois os prontuários devem ser claros e completos para bom entendimento de outro

profissional que o utilize, assim como do próprio paciente, bem como para possíveis

pesquisas futuras.

CONCLUSÃO

Com esse estudo pode-se identificar o perfil clínico da população infantil atendida na

CEF-USF de Bragança Paulista, sendo a maioria do gênero masculino, com idade média de

4,41 anos, com predomínio dos diagnósticos cardiorrespiratórios seguido dos neurológicos,

sendo a asma e a ECNPI as mais prevalentes.

O presente estudo deparou-se com algumas limitações, dentre elas, a dificuldade de

encontrar na literatura outros trabalhos que investigassem o perfil clínico da população

estudada a nível ambulatorial. Outra dificuldade refere-se à falta de importantes informações

nos prontuários clínicos, revelando o pouco cuidado com o registro nas fichas de triagem,

avaliação e evolução.

Espera-se com esses resultados promover uma visão crítica sobre a organização do

serviço, gerando importantes reflexões quanto a necessidade de maior atenção na coleta,

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21

organização e armazenamento das informações, além de ações de promoção e prevenção de

saúde voltadas a essa população.

REFERÊNCIAS

1 OMS - Organização Mundial da Saúde. Programa de ação Mundial para as Pessoas com

Deficiência – Resolução 37/52 de 03 de dezembro de 1982 – Assembleia Geral das Nações

Unidas. Disponível em http://www.cedipod.org.br/w6pam.htm

2 Brasil. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) e dá outras providências. Coordenadoria Estadual da Infância e da

Juventude. 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8069.htm

3 Pountney T. Fisioterapia pediátrica. 1ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008.

4 DATASUS [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2010 [citado 2015 jun 10].

Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/cadernosmap.htm

5 Sena RR, Leite CR, Santana JJF, Vieira MA. Perfil das crianças atendidas na unidade de

pediatria do Hospital Universitário Clemente de Faria, Montes Claros – MG. Unimontes

Científica. 2006; volume 8: 117-128

6 Leão E, Corréa EJ, Mota JAC, Vianna MB, Vasconcellos MC. Pediatria ambulatorial. 5ª

edição. Belo Horizonte: Editora de Cultura Médica; 1997.

7 COFFITO [Internet]. Ministério da Educação, atribuições profissionais [citado 2015 jun

10]. Disponível em: http://www.coffito.org.br/site/index.php/fisioterapia/formacao-

academica-profissional.html

8 Ramos KR, Botélho SM, Amorim CR. Perfil das crianças e adolescentes atendidos na

Clínica-Escola de fisioterapia da UESB. Revista Baiana de Saúde Publica jun 2012; volume

36: 386-395

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22

9 Pereira JCR, Stuginsky LA, Ribeiro TVM. Assessment of a strategy for the control of

respiratory diseases in children. Rer saúde públ 1992; volume 26: 414-423

10 Taquary SAS, Ataíde DS, Vitorino PVO. Perfil clínico e atuação fisioterapêutica em

pacientes atendidos na emergência pediátrica de um hospital público de Goiás. Fisioter Pesq

2013; volume 20: 262-267

11 Ventura RN, Naspitz C, Puccini RF, Silva EMK. Avaliação do programa de atenção a

crianças asmáticas acompanhadas nas unidades de saúde do município do Embú, São Paulo,

no período de 1988 a 1993. Cad. Saúde Publ 1998; volume 14: 117-128

12 Nunes ICC, Solé D, Naspitz CK. Fatores de risco e evolução clínica da asma em crianças.

J Pediatr 1997; volume 73: 151-160

13 Moraes LSL, Barros MD, Takano AO, Assami NMC. Fatores de risco, aspectos clínicos e

laboratoriais da asma em crianças. J Pediatr 2001; volume77: 447-454

14 Schachter EN, Doyle CA, Beck GJ. A prospective study of asthma in a rural community.

Chest 1984; volume 85: 623-30

15 Santos MV, Ghisleni MM. Perfil epidemiológico de pacientes da clínica-escola de

fisioterapia UNIVATES. Destaques acadêmicos 2012; volume 4: 129-136

16 Mutch L, Alberman E, Hagberg B, Kodama K, Perat MV. Cerebral palsy epidemiology:

where are we now and where are we going?. 2º ed. Dev Med Child Neurol; 1992

17 Claudino KA, Silva LVC. Complicações respiratórias em pacientes com encefalopatia

crônica não progressiva. Rev neurocienc 2012; volume 20: 94-100

18 Borges MBS, Galigali AT, Assad RA. Prevalência de distúrbios respiratórios em crianças

com paralisia cerebral na clínica escola de fisioterapia da universidade católica de Brasília.

Fisioterapia em movimento 2005; volume 18: 37-47

19 Stirbulov R, Bernd LAG, Solé D. Diretrizes brasileiras para o manejo da asma. Rev bras

alerg imunopatol 2006; volume 29: 222-245

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23

20 Mendonça MB, Ferreira EAP. Adesão ao tratamento da asma na infância: dificuldades

enfrentadas por cuidadoras. Rer bras cresc desenv hum 2005; volume 15: 56-68

21 Duarte G, Marcolin AC, Quintana SM, Cavalli RC. Infecção urinária na gravidez. Rev bras

ginecol obstet 2008; volume 30: 93-100

22 Tecklin JS. Fisioterapia pediátrica. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed; 2002.

23 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica

de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. 1ª edição.

Brasília: Ministério da Saúde, 2001

– Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

24 Peraça DVL, Vendrusculo AP. Perfil da população atendida pelos acadêmicos de

fisioterapia do centro universitário franciscano no centro de diagnóstico e atenção secundária.

Disc Scientia 2006; volume 7: 41-49

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24

APÊNDICE

APÊNDICE - Formulário para coleta de dados

FORMULÁRIO PARA COLETAS DE DADOS

1 - Informações Gerais:

Setor de atendimento na Clínica:

( ) Neuropediatria

( ) Ortopedia infantil

( ) Cardiorrespiratório

Em atendimento ( ) SIM ( )NÃO

DN:___/___/___ Idade:____anos

Sexo: F( ) M( )

Etnia: BR ( ) AM ( ) Negra ( ) Parda ( )

Procedência (cidade): _______________________________________________

Diagnóstico Clínico:_________________________________________________

Tempo de tratamento na Instituição: ____________________________________

Antecedentes pessoais: ______________________________________________

Alta por abandono: ( ) SIM ( ) NÃO

2 – Antecedentes pré natais:

Idade materna ao nascimento: _____ anos

Uso de drogas, tabaco ou álcool SIM ( ) NÃO ( )

Hemorragia SIM ( ) NÃO ( )

Outros:_________________________________________________________

3 - Antecedentes perinatais:

Tipo de parto: Normal ( ) Cesária ( )

Problemas no decorrer do parto: ( ) SIM ( ) NÃO

Quais ___________________________________________________________

( ) Outros:______________________________________________________

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Sofrimento fetal SIM ( ) NÃO ( )

( ) Choro reduzido

( ) Choro ausente

4 - Antecedentes Pós-natais:

Prematuridade ( )SIM ( )NÃO

Desconforto Respiratório SIM ( ) NÃO ( )

Cianose SIM ( ) NÃO ( )

Crises Convulsivas SIM ( ) NÃO ( )

Infecções SIM ( ) NÃO ( )

Outros__________________________________________________________

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ANEXOS

ANEXO A – Normas da revista fisioterapia e pesquisa

ISSN 0103-

5150 versão impressa

ISSN 1980-5918 versão on-

line

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Escopo e política

Forma e preparação de manuscritos

Envio de manuscritos

Escopo e política

A Revista Fisioterapia em Movimento publica trimestralmente artigos científicos na área da

Fisioterapia e saúde humanaOs artigos recebidos são encaminhados a dois revisores (pareceristas) das

áreas de conhecimento às quais pertence o estudo para avaliação pelos pares (peer review). Os editores

coordenam as informações entre os autores e revisores, cabendo-lhes a decisão final sobre quais

artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos revisores. Quando recusados, os

artigos serão devolvidos com a justificativa do editor. Todos os artigos devem ser inéditos e não

podem ter sido submetidos para avaliação simultânea em outros periódicos. É obrigatório anexar uma

declaração assinada por todos os autores quanto à exclusividade do artigo, na qual constará endereço

completo, telefone, fax e e-mail. Na carta de pedido de publicação, é obrigatório transferir os direitos

autorais para a Revista Fisioterapia em Movimento. Afirmações, opiniões e conceitos expressados nos

artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. A Revista Fisioterapia em Movimento está

alinhada com as normas de qualificação de manuscritos estabelecidas pela OMS eInternational

Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), disponíveis em <http://www.who.int/ictrp/en/> e

<http://www.icmje.org/faq.pdf>. Somente serão aceitos os artigos de ensaios clínicos cadastrados em

um dos Registros de Ensaios Clínicos recomendados pela OMS e ICMJE. Trabalhos contendo

resultados de estudos humanos e/ou animais somente serão aceitos para publicação se estiver claro que

todos os princípios de ética foram utilizados na investigação (enviar cópia do parecer do comitê de

ética). Esses trabalhos devem obrigatoriamente incluir a afirmação de ter sido o protocolo de pesquisa

aprovado por um comitê de ética institucional (reporte-se à Resolução 196/96, do Conselho Nacional

de Saúde, que trata do Código de Ética da Pesquisa envolvendo Seres Humanos). Para experimentos

com animais, considere as diretrizes internacionais Pain, publicada em: PAIN, 16: 109-110, 1983.

Os pacientes têm direito à privacidade, o qual não pode ser infringido sem consentimento

esclarecido. Na utilização de imagens, as pessoas/pacientes não podem ser identificáveis ou as

fotografias devem estar acompanhadas de permissão específica por escrito, permitindo seu uso e

divulgação. O uso de máscaras oculares não é considerado proteção adequada para o anonimato.

É imprescindível o envio da declaração de responsabilidade de conflitos de interesse,

manifestando a não existência de eventuais conflitos de interesse que possam interferir no resultado da

pesquisa.

Forma e preparação de manuscritos

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A Revista Fisioterapia em Movimento recebe artigos das seguintes categorias:

Artigos Originais: oriundos de resultado de pesquisa de natureza empírica, experimental ou

conceitual, sua estrutura deve conter: Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão,

Conclusão, Referências. O texto deve ser elaborado com, no máximo, 6.000 palavras e conter até 5

ilustrações.

Artigos de Revisão: oriundos de estudos com delineamento definido e baseado em pesquisa

bibliográfica consistente com análise crítica e considerações que possam contribuir com o estado da

arte (máximo de 8.000 palavras e 5 ilustrações).

Os trabalhos devem ser digitados em Word for Windows, fonte Times New Roman, tamanho

12, com espaçamento entre linhas de 1,5. O número máximo permitido de autores por artigo é seis (6).

• As ilustrações (figuras, gráficos, quadros e tabelas) devem ser limitadas ao número máximo de cinco

(5), inseridas no corpo do texto, identificadas e numeradas consecutivamente em algarismos arábicos.

A arte final, figuras e gráficos devem estar em formato .tiff. Envio de ilustrações com baixa resolução

(menos de 300 DPIs) pode acarretar atraso na aceitação e publicação do artigo.

• Os trabalhos podem ser encaminhados em português ou inglês.

• Abreviações oficiais poderão ser empregadas somente após uma primeira menção completa. Deve

ser priorizada a linguagem científica para os manuscritos científicos.

• Deverão constar, no final dos trabalhos, o endereço completo de todos os autores, afiliação, telefone,

fax e e-mail (atualizar sempre que necessário) para encaminhamento de correspondência pela

comissão editorial.

Outras considerações:

• sugere-se acessar um artigo já publicado para verificar a formatação dos artigos publicados pela

revista;

• todos os artigos devem ser inéditos e não podem ter sido submetidos para avaliação simultânea em

outros periódicos (anexar carta assinada por todos os autores, na qual será declarado tratar-se de artigo

inédito, transferindo os direitos autorais e assumindo a responsabilidade sobre aprovação em comitê de

ética, quando for o caso);

• afirmações, opiniões e conceitos expressados nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos

autores;

• todos os artigos serão submetidos ao Conselho Científico da revista e, caso pertinente, à área da

Fisioterapia para avaliação dos pares;

• não serão publicadas fotos coloridas, a não ser em caso de absoluta necessidade e a critério do

Conselho Científico.

No preparo do original, deverá ser observada a seguinte estrutura:

Cabeçalho

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Título do artigo em português (inicial maiúsculo, restante minúsculas – exceto nomes

próprios), negrito, fonte Times New Roman, tamanho 14, parágrafo centralizado, subtítulo em letras

minúsculas (exceto nomes próprios).

Título do artigo em inglês, logo abaixo do título em português, (inicial maiúsculo, restante

minúsculas – exceto nomes próprios), em itálico, fonte Times New Roman, tamanho 12, parágrafo

centralizado. O título deve conter no máximo 12 palavras, sendo suficientemente específico e

descritivo.

Apresentação dos autores do trabalho

Nome completo, afiliação institucional (nome da instituição para a qual trabalha), vínculo (se

é docente, professor ou está vinculado a alguma linha de pesquisa), cidade, estado, país e e-mail.

Resumo estruturado / Structured Abstract

O resumo estruturado deve contemplar os tópicos apresentados na publicação. Exemplo:

Introdução, Desenvolvimento, Materiais e Métodos, Discussão, Resultados, Considerações Finais.

Deve conter no mínimo 100 e no máximo 250 palavras, em português/inglês, fonte Times New Roman,

tamanho 11, espaçamento simples e parágrafo justificado. Na última linha deverão ser indicados os

descritores (palavras-chave/keywords). Para padronizar os descritores, solicitamos utilizar

os Thesaurus da área de Saúde (DeCS) (<http://decs.bvs.br>). O número de descritores desejado é de

no mínimo 3 e no máximo 5, os quais devem ser representativos do conteúdo do trabalho.

Corpo do Texto

• Introdução: Deve apontar o propósito do estudo, de maneira concisa, e descrever quais os avanços

alcançados com a pesquisa. A introdução não deve incluir dados ou conclusões do trabalho em

questão.

• Materiais e Métodos: Deve ofertar, de forma resumida e objetiva, informações que permitam ser o

estudo replicado por outros pesquisadores. Referenciar as técnicas padronizadas.

• Resultados: Devem oferecer uma descrição sintética das novas descobertas, com pouco parecer

pessoal.

• Discussão: Interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos existentes, principalmente os

indicados anteriormente na introdução. Esta parte deve ser apresentada separadamente dos resultados.

• Conclusão ou Considerações Finais: Devem limitar-se ao propósito das novas descobertas,

relacionando-as ao conhecimento já existente. Utilizar apenas citações indispensáveis para embasar o

estudo.

• Agradecimentos: Sintéticos e concisos, quando houver.

• Referências: Numeradas consecutivamente na ordem em que são primeiramente mencionadas no

texto.

• Citações: Devem ser apresentadas no texto por números arábicos entre parênteses. Exemplos:

“o caso apresentado é exceção quando comparado a relatos da prevalência das lesões

hemangiomatosas no sexo feminino (6, 7)” ou “Segundo Levy (3), há mitos a respeito da recuperação

dos idosos”.

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Referências

Todas as instruções estão de acordo com o Comitê Internacional de Editores de Revistas

Médicas (Vancouver), incluindo as referências. As informações encontram-se disponíveis em:

(<http://www.icmje.org>). Recomenda-se fortemente o número mínimo de 30 referências para artigos

originais e 40 para artigos de revisão. As referências deverão originar-se de periódicos com

classificação Qualisequivalente ou acima da desta revista.

Artigos em Revistas

- Até seis autores

Naylor CD, Williams JI, Guyatt G. Structured abstracts of proposal for clinical and epidemiological

studies. J Clin Epidemiol. 1991;44:731-737.

- Mais de seis autores

Listar os seis primeiros autores seguidos de et al.

Parkin DM, Clayton D, Black RJ, Masuyer E, Friedl HP, Ivanov E, et al Childhood leukaemia in

Europe after Chernobyl: 5 year follow-up. Br J Cancer. 1996;73:1006-12.

- Suplemento de volume

- Suplemento de número

Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women´s psychological reactions to breast cancer. Semin

Oncol. 1996;23(1 Suppl 2):89-97.

- Artigos em formato eletrônico

Al-Balkhi K. Orthodontic treatment planning: do orthodontists treat to cephalometric norms. J

Contemp Dent Pract. [serial on the internet] 2003 [cited 2003 Nov. 4]. Available from: URL:

www.thejcdp.com.

Livros e monografias

- Livro

Berkovitz BKB, Holland GR, Moxham BJ. Color atlas & textbook of oral anatomy. Chicago:Year

Book Medical Publishers; 1978.

- Capítulo de livro

Israel HA. Synovial fluid analysis. In: Merril RG, editor. Disorders of the temporomandibular joint I:

diagnosis and arthroscopy. Philadelphia: Saunders; 1989. p. 85-92.

- Editor, Compilador como Autor

Norman IJ, Redfern SJ, editors. Mental health care for elderly people. New York: Churchill

Livingstone; 1996.

- Livros/Monografias em CD-ROM

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CDI, clinical dermatology illustrated [monograph on CD-ROM], Reeves JRT, Maibach H. CMEA

Multimedia Group, producers. 2 nd ed. Version 2.0. San Diego: CMEA; 1995.

- Anais de congressos, conferências congêneres

Damante JH, Lara VS, Ferreira Jr O, Giglio FPM. Valor das informações clínicas e radiográficas no

diagnóstico final. Anais X Congresso Brasileiro de Estomatologia; 1-5 de julho 2002; Curitiba, Brasil.

Curitiba, SOBE; 2002.

Bengtsson S, Solheim BG. Enforcement of data protection, privacy and security in medical

informatics. In: Lun KC, Degoulet P, Piemme TE, Rienhoff O, editors. MEDINFO 92. Proceedings of

the 7th World Congress of Medical Informatics;1992 Sept 6-10; Geneva, Switzerland.

Amsterdam:North-Holland; 1992. p. 1561-5.

Trabalhos acadêmicos (Teses e Dissertações)

Kaplan SJ. Post-hospital home health care: the elderly´s access and utilization [dissertation]. St. Louis:

Washington Univ.; 1995.

Envio de manuscritos

Os manuscritos deverão ser submetidos à Revista Fisioterapia em Movimento por meio do site

<www.pucpr.br/revfisio> na seção “submissão de artigos”.

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ANEXO B – Copia do parecer de aprovação do CEP

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