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INFOUSP Ano XI Edição nº 29 Outubro a Dezembro de 2015 Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo comemora 115 anos Casa de Montenegro Tributo e Reconhecimento Uma publicação da Faculdade de Odontologia da USP Em constante busca da excelência Em constante busca da excelência Benedicto Augusto de Freitas Montenegro Júlia Moura

Uma publicação da Faculdade de Odontologia da USP … · da “Escola de Cirurgia” da Faculdade de Medicina da USP. Fez parte do corpo docente da Faculdade de Farmácia e Odontologia

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INFOUSPAno XI

Edição nº 29Outubro a

Dezembro de 2015

Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo comemora 115 anos

Casa de MontenegroTributo e Reconhecimento

Uma publicação da Faculdade de Odontologia da USPEm constante busca da excelênciaEm constante busca da excelência

Benedicto Augusto de Freitas MontenegroJúlia Moura

2Editorial

Nascido na fazenda de Rio Pardo, município de Comarca de Jaú, Estado de São Paulo, em 07 de abril de 1888, iniciou seus estudos na Escola Americana, seguindo para o Macke-nzie College em 1902, na cidade de São Paulo. Em junho de 1905 partiu para os Estados Unidos para estudar Medicina na Universidade de Pensilvânia, Filadélfia, onde se formou no dia 16de junho de 1909, aos 21 anos de idade.

Após a graduação, cumpriu um ano de internato no Hospital Saint Agnes, Baltimore e aos 23 anos, em 5 de fevereiro de 1914, tornou-se demonstrador de Anatomia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Antes mesmo de se graduar, em 1908 nos Estados Unidos, conheceu o Doutor Alexandrino Pedroso, professor do Hos-pital Santa Casa de Misericórdia, que prontamente o apre-sentou ao Doutor Diogo de Faria, então Diretor Clínico que substituía o Doutor Arnaldo Vieira de Carvalho na 1ª Cirurgia de Homens.

Pelo seu grande desempenho e esforço, logo foi admitido na 1ª Cirurgia de Homens e lá realizou inúmeras modificações, padronizando os procedimentos e organizando o departamento. O reconhecimento era dado de acordo com os passos que ele dava.

De 1916 a 1935 passou de Professor Substituto, a Professor Catedrático de Clínica Cirúrgica, onde permaneceu até 1957, momento de sua aposenta-doria. É considerado o pioneiro da cirurgia do aparelho digestivo no Brasil e foi um dos professores que contribuiu de forma relevante para a criação da “Escola de Cirurgia” da Faculdade de Medicina da USP.

Fez parte do corpo docente da Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo situada na Rua Três Rios, Bairro da Luz, na qualidade de professor da Cátedra de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial , sendo diretor da Faculdade durante os três primeiros anos (1934-1937) como uma das 7 unidades fundadoras da USP. De forma incisiva contribuiu para a consolidação da recém-criada Universidade de São Paulo.

Teve papel fundamental na ampliação, planejamento e organização do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina. Foi ainda, Diretor da Fa-

culdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de junho de 1942 à junho 1947. No dia 24/04/1981 a sala da Congregação da FOUSP recebe em homenagem o seu nome. Também foi agraciado com o título de Professor Honoris Causa da Universidade de São Paulo.

Em 22 de agosto de 1979, deixa uma lacuna no coração de cada um de seus assistentes, amigos e familiares, mas deixa este mun-do com a certeza de dever cumprido.

O Prof. B. Montenegro não media esforços ao ensinar, trans-mitindo sua experiência, e estabelecendo novas normas para pesquisa. Formou discípulos que pudessem ser multiplicadores, continuando uma “linhagem” de cirurgiões que se segue até os dias atuais em sua 3ª e 4ª gerações com a mesma competência e dignidade.

É impossível não se alongar ao falar da história de vida do Pro-fessor Benedicto Montenegro, pois este foi um líder, um guia, um orientador, um exímio cirurgião e inspirador da Cirurgia em

Benedicto Augusto de Freitas Montenegro

Editorial3

Prof. Dr. Waldyr Antônio JorgeDiretor da Faculdade de Odontologia da USP

nosso país, mas acima de tudo, um humanista, verdadeiro e exem-plar cidadão.

Seus assistentes faziam questão de lembrá-lo de forma honrada, saudosa e afirmavam com orgulho serem “discípulos” de Monte-negro.

-“... o mestre era para nós, um livro aberto, um livro escrito como de múltiplas facetas e autores transmitido com simplicidade e segurança.”.

-“... buscava patriotismo e benefícios para São Paulo e para a coletividade.”

-“Era para nós, o Conselheiro”.-“Cidadão digno e benevolente, além de um mestre no sentido

mais completo da palavra.”-“Seguir seus passos é fazer jus à profissão e perpetuar a benevolência em suas atitudes.”

Devemos gratidão e sentimos orgulho em relação à figura do Mestre que se encontra na entrada de nossa Faculdade. O respeito e o apreço por tudo que ele fez pela área da saúde, sendo um indivíduo tão dedicado e exemplar no compromisso de pro-ver o benefício ao próximo acima de tudo. Se não fosse a incisiva participação do Mestre, não tería-mos o “status” de nossa profissão atual. Nós, futu-ros cirurgiões, “discípulos” de Montenegro, temos a tarefa

de carregar a chama sagrada que o guiou em toda sua vida. É claro, de maneira mais modesta e sem o brilho intenso do mestre.

Em seu quadro pintado a óleo que emoldura nossa Con-gregação, à qual empresta seu nome, há a placa que é a síntese que traduz seu desempenho e caráter... “Esta sala é dedicada à memória do Prof. Dr. Benedito Montenegro, pelos professores, alunos e funcionários da Faculdade de Odonto-logia da Universidade de São Paulo, em reconhecimento aos inestimáveis serviços recebidos desse ilustre cirurgião, mes-tre e administrador”.

Entrada da Sala da Congregação, que leva o nome do Prof. Dr. Benedito Montenegro

Colaboração: acadêmico Fabio Lopes Duarte, graduado pela FOUSP em 2012.

Sala da Congregação

NOTÍCIAS 4

A expansão do CUBO

20 Biópsias por dia

EditorialMensagem do Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge

Laboratório de Patologia Cirúrgica e seus diagnósti-cos bucais. PÁG. 8

Conheça os profissionais que auxiliam no atendimen-to clínico. PÁG. 14

Além da odontologia

39º edição do evento am-plia o seu alcance. PÁG. 10

Inovações na OdontologiaFOUSP encabeça seis patentes PÁG. 16 e 17

OFLab e suas pesquisasLaboratório de Odontologia Forense ambienta diferen-tes estudos PÁG. 11

VI Encontro de Pós Graduação e I Encontro de Egressos

Professores Doutores Leonardo Eloy Rodrigues Filho, Giorgio de Micheli, Waldyr Antônio Jorge, Flávio Fava de Moraes e Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani prestigiam a entrega de prêmios Pág. 12 e 13

NOTÍCIAS5

Projeto Cananéia leva atendimento à população carente

De 9 a 12 de setembro, aconteceu o Projeto Ca-nanéia, uma parceria da FOUSP com os departa-mentos de saúde e educação da Prefeitura de Ca-nanéia, como projeto de cultura e extensão para os alunos de graduação. O Prof. Dr. Antônio Car-los Frias, do Departamento de Odontologia Social, coordenou 21 alunos do primeiro ao último ano, selecionados através de uma avaliação teórica, em viagem ao litoral de São Paulo para atender à população em situação de vulnerabilidade.

Participou também a Profa. Dra. Mary Caroli-ne Skelton Macedo, do Departamento de Den-tística, além de Mariste-la Villas Boas e Rodrigo Elias Decara, ex pós gra-duandos da FOUSP, que integram o projeto desde 2006. O Centro Acadêmi-co XV de Janeiro e a FFO FUNDECTO emprestaram o instrumental e o ma-terial utilizados.

Esta é a 22ª visita a comunidade, formada por ín-dios, caiçaras, quilombolas e mestiços. Desta vez foram visitadas 12 escolas estaduais, sendo que 3 também eram creches, além das comunidades Sí-tio Mandira (quilombola) e Santa Maria (rural). O grupo ficou alojado na unidade do Instituto Ocea-nográfico (IO) da USP de Cananéia.

Dentre os procedimentos realizados, com o au-xílio do consultório móvel d-espress, que funcio-na como um equipo, estão restaurações (ART), extrações de dentes decíduos e permanentes, tratamento periodontal, tratamento endodônti-co (pulpotomia), escovação com flúor, triagem de risco, identificação de cárie, periodontites e encaminhamento para maiores tratamentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cananéia.

Os alunos também fize-ram apresentações de te-atro, atividades com pin-tura, colagem e desenho, elaboração de cartazes, slides e painéis, sessão de filmes educativos e forma-ção de grupos de discus-são, para a população tirar suas dúvidas.

Não é só a comunidade atendida que tem melho-rias. Além dos créditos de

60 horas de estágio, com certificado de participa-ção, os discentes também ganham experiência.

Os Professores percebem uma mudança acadê-mica naqueles que participam do projeto. “Bus-camos possibilitar que o discente tenha um outro cenário de prática, mais próximo da realidade do Brasil”. Ir para o campo muda a postura do es-tudante, que passa a ter “outro olhar como pes-soa”, diz o Professor Antônio.

Alunos passaram 4 dias em Cananéia e atenderam por volta de 1000 crianças

Alunos de graduação proporcionaram atendimentos e aulas sobre higiene bucal

Acervo Pessoal

Acervo Pessoal

O d-espress auxilia no atendimento

Acervo Pessoal

Semana de Arte e Cultura revela os talentos escondidos da FOUSPDe 14 a 18 de setembro deste ano, a FOUSP promo-

veu mais uma edição da Semana de Arte e Cultura, que contou com exposições de professores e fun-cionários. Um deles foi Aldo Francisco Gomes, téc-nico do Departamento de Dentística e autor do qua-dro que representa a antiga sede da FOUSP na Rua Três Rios. Ele se aventurou no meio artístico, apenas como hobby. Já pintou por volta de 80 quadros que retratam paisagens, construções e alguns até rumam para o abstracionismo.

Aldo aprendeu a pintar em um ateliê, quando pro-curou as aulas para finalmente saber “por tinta no quadro” diz. Isso porque, à época, suas obras eram desenhos sem cor, frutos do curso de projeto arqui-tônico que havia concluído.

O quadro da Três Rios surgiu a pe-didos do en-tão diretor, Prof. Dr. Ed-mir Matson, em 1994. O P r o f e s s o r lhe deu uma foto do pré-dio de 1935

e solicitou que a representasse em uma tela para decorar a Di-retoria. Aldo levou seis meses para finalizar a tarefa, que satisfez o Professor.

Desde então parou de pintar por falta de tempo, mas pretende voltar em algum momento futuro. “Eu tenho o maior carinho pelos meus quadros, guardo todos em casa”, diz orgulhoso.

A Profa. Dra. Maria Luiza Moreira Arantes Frigerio, responsável pelas primeiras Semanas de Arte e Cultu-

ra da FOUSP, é uma das maiores entu-siastas do assunto, ao lado do Prof. Dr. Moacyr Domingos Novelli.

Para ela, a “arte é fundamental, como o ar que respira-

mos, é algo que transcende, uma espécie de lingua-gem universal”. Até mesmo a Odontologia tem uma estreita relação com a Arte, segundo a Professora. “Ambas priorizam harmonia, estética e perfeição. Mas a Odontologia é mais que Arte, é sensibilidade, é quase uma religião, na qual você faz bem ao próxi-mo”.

Além da profissão, ela também faz arte com bordados em ponto cruz, hábito que nasceu junto com a primeira neta, a pedidos da filha, que pediu um pre-sente especial. A par-tir de então, a Profes-sora borda todos os dias, para aliviar o stress. Alguns de seus trabalhos foram expostos na Semana de Arte deste ano, como o quadro sobre café, que ela fez para o filho, e a saco-la com desenhos, para o neto que ainda não sabe ler.

Ela também trouxe uma obra provocativa, na qual colou dentes protéticos inutilizáveis em uma emba-lagem de creme, de forma a representar a estética e a vaidade e promover uma reflexão. “As pessoas querem parar o tempo, evitar o envelhecimento, não abraçam, nem aceitam isso”.

A Professora, responsável pelo Envelhecer Sorrin-do, também trouxe a Arte para o programa. Ela ins-tituiu a arte terapia para os pacientes na sala de es-pera, antes do atendimento. Esta simples medida fez com que o uso de prótese fosse mais proveitoso, já que os pacientes se tornaram mais honestos/ realis-tas e cuidadosos; além do profissional aprender um pouco sobre quem irá atender. Os pacientes gostam tanto do projeto que voltam mesmo depois da alta.

Outros funcionários da Faculdade também tiveram seus dotes artísticos incentivados pela Professora Maria Luiza. Em especial, a servidora Ana Claudia Nascimento Gomes, do Departamento de Prótese, a quem ela acompanha como fã do seu trabalho, ven-do sua evolução de perto. “Tenho sete quadros da Aninha e vou em todas as exposições que posso”.

Ana já é uma reconhecida e experiente artista plás-tica. Tudo começou quando tinha apenas 9 anos e as-

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Antiga sede na Rua Três Rios , Aldo Gomes, 1994

Júlia Moura

Júlia Moura

Alguém do surreal, além do escatológico, Malu Frigerio, 2015

Café, Malu Frigerio, 2015

Júlia Moura

Semana de Arte e Cultura revela os talentos escondidos da FOUSPsistia ao p r o g r a -ma da TV C u l t u r a “Mão Li-vre”, que ensinava c r i a n ç a s a dese-n h a r e m , então co-

meçou a praticar sozinha em casa.Na adolescência, começou a frequentar ateliês no

Embu das Artes, onde observava os artistas em prá-tica, aprendendo técnicas de pintura em tela, “lá fui descobrindo os materiais”. Com a internet, seu aces-so ao conhecimento ficou ainda mais fácil, sendo que até hoje procura informações e estuda muito sobre o assunto.

Ana representa a infância em suas obras, com tra-ços delicados e muitas cores. “Estou esmiuçando o universo infantil, faço um estudo de observação e tento expressar na tela o sentimento da criança, um gesto, a postura, que muitas vezes dizem mais do que as centenas de palavras que elas falam por minuto”.

Apesar da sede de aprendizado, Ana nunca chegou a fazer um curso, pela falta de tempo e recursos. Seu sonho é graduar-se por alguma Faculdade de Artes Plásticas. Atualmente, realiza duas exposições ao ano. No entanto, em 2015, já fez seis. “Agora vou po-der me firmar como artista plástica”, diz confiante.

Já produziu 225 quadros e tem todos listados e catalogados, sabendo onde cada um deles está. Na Semana de Arte e Cultura desde ano expôs apenas sete obras, pois já vendeu todas as outras. Apesar do sucesso, suas pinturas ainda não a sustentam finan-ceiramente.

Além de to-das as Sema-nas de Arte e Cultura da fa-culdade, tam-bém já expôs em lugares de destaque como Memo-rial da Améri-

ca Latina, Galeria N1 em Búzios, Centro Brasileiro Britânico, Boca Raton em Miami, Clube Pinheiros, Mostra de Arte da Granja Viana, Salão Nacional G. Matteo de Arte, Embu ao Vivo, entre outros.

Também participaram da semana, a Profa. Dra. Isabel de Freitas Peixoto, que trouxe imagens e um pouco da história dos quadros do russo, Was-sily Kandinsky, um dos mentores do Abstracionis-mo. A funcionária da FFO – FUNDECTO, Salete dos Santos, expôs as bolsas que fez à mão em crochê.

XV JOCAPEA XV Jornada Odontológica do CAPE acon-

teceu no dia 24 de novembro e contou com palestras sobre o diferencial no tratamento de pacientes especiais. Dentre elas, o debate internacional acerca dos Desafios na Medici-na Oral” com os Professores Doutores Mats Jonatell e Bengt Hasseus, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

Além disso foram abordados o uso de la-sers nestes pacientes, a relação entre o con-trole periodontal e o glicêmico em diabéticos, como evitar a cárie nesses casos e a impor-tância do cirurgiâo dentista em transplantes de medula.

O evento também contou com a apresen-tação e premiação de painéis sobre pesqui-sas e casos clínicos elaborados por alunos de pós graduação e professores da FOUSP, bem como participantes externos.

A Profa Dra. Marina Helena Cury Gallottini agradeceu ao CAPE e à Jornada por propiciar a reciclagem de conhecimento e o reencon-tro de amigos.

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Arteiros, Ana Claudia Nascimento Gomes , 2015

Passando, Ana Claudia Nascimento Gomes, 2015

Acervo Pessoal

Júlia Moura

Café, Malu Frigerio, 2015

Mats Jonatell e Bengt Hasseus, Docentes da Universidade de Gotem-burgo sendo recepcionados pelo Diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge e Profa. Dra. Marina Gallottini

Laboratório de Patologia Cirúrgica: centro de diagnósticos bucais

O Laboratório de Patologia Cirúrgica, do Departa-mento de Estomatologia, coordenado pela Profa. Dra. Suzana Cantanhede Orsini Machado de Sousa, realiza, em media, 20 biópsias por dia, de tecidos moles (epiderme e músculos) e duros (dentes e os-sos), envolvendo apenas doenças bucais. A deman-da é elevada por ser um dos poucos lugares espe-cializados em diagnóstico histopatológico (exame microscópico) de doenças bucais.

Além do atendimento à população, outro pilar do laboratório é a pesquisa, aponta a Professora Suza-na. O acervo conta com mais de 85.000 casos diag-nosticados em blocos de parafina e lâminas que se tornam material de pesquisa de alunos de gradua-ção e pós. Desta forma, já foram realizados mais de 3000 projetos de pesquisa desde que o Laboratório teve início, há mais de 50 anos. O intercâmbio com outras instituições do Brasil e exterior também é va-lorizado, e alguns trabalhos são feitos em conjunto com unidades da Unicamp, UNESP, Universidades Federais, além de outros países como Estados Uni-dos, Inglaterra, França, Canadá, entre outros.

As biópsias bucais que chegam ao laboratório são analisadas por cinco professores responsáveis pelos diagnósticos, que se revezam semanalmente. São eles: os Professores Doutores Fábio Daumas Nu-nes, Décio Santos Pinto Junior, Marina Helena Cury Gallottini, Marília Trierveiler Martins e Paulo Henri-que Braz da Silva, que também orientam alunos da pós-graduação. Na equipe há dois médicos pato-logistas que analisam biópsias extrabucais, o Prof. Dr. Fernando Augusto Soares e a Profa. Dra. Maria Izete Fares Franco, da Disciplina de Patologia Geral.

O apoio téc-nico é rea-lizado por Adriana Fra-ga Costa Pa-ris, Elisa dos Santos e Ju-vani Saturno Lago.

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O material biológico é analisado através de cor-tes histológicos no bloco de parafina ou de exa-mes citológicos, para os materiais líquidos, com esfregaços da lesão. Para o processamento dos tecidos, o laboratório é equipado com máquinas de inclusão e coloração, que podem ser utilizadas para análise imuno-histoquímica ou para a reali-zação de patologia molecular (PCR, hibridização in situ), quando necessárias. Vale ressaltar que a maioria destes equipamentos foi adquirida com projetos em parceria com agências de fomento como FAPESP e CNPq.

O serviço de Patologia Cirúrgica serve à popu-lação diagnosticando gratuitamente doenças bucais, utilizando técnicas de ponta. O resultado preciso e rápido é importante para que o quan-to antes seja instituído o tratamento da doen-ça, como em neoplasias malignas ou até mesmo doenças infecciosas. Desta forma, a constante modernização do Serviço é o objetivo dos docen-tes envolvidos e da FOUSP.

Júlia Moura

Prof. Dr. Paulo Braz e a aluna de pós-graduação Fabiana Mesquita

Júlia Moura

Júlia Moura

Maquina de coloração de lâminas para análiseProcessador Automático de Tecidos

Saúde bucal e qualidade de vida de pré-escolares e suas famílias

A linha de pesquisa de qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) é relativamente nova no meio acadêmico, principalmente a voltada para a idade pré-escolar. Nos últimos anos, os indicadores clínicos utilizados estavam restritos à presença e severidade das doenças bucais, à dor e a aspectos estéticos, negli-genciando o impacto psicossocial que estas condições têm na vida da criança e sua família, explica Jenny Abanto, pós-doutoranda da Disciplina de Odontope-diatria da FOUSP, orientada pelo Prof. Dr. Marcelo José Strazzeri Bönecker.

Ela estuda como as doenças e os seus tratamentos afetam a qualidade de vida de crianças de 1 a 5 anos e de seus responsáveis. “Os instrumentos de avaliação da QVRSB consideram a percepção das pessoas, neste caso, das crianças e, quando possível, de seus familia-res, não se restringindo apenas ao discernimento de profissionais de saúde e pesquisadores”, diz Jenny.

Do ponto de vista clínico, estas informações auxi-liam na elaboração do planejamento e tratamento necessário para melhorar a saúde bucal do paciente, viabilizando uma melhor QVRSB, e, consequentemen-te, possibilidades e expectativas psicossociais mais elevadas. Do ponto de vista epidemiológico, a mensu-ração pode auxiliar na elaboração, e/ou modificação, de políticas de Saúde Pública, destinando os recursos humanos, técnicos e econômicos para aspectos que sejam efetivamente considerados como problemas de saúde, aponta a pesquisadora.

Estes estudos foram realizados, tanto com crianças que frequentam as triagens da Disciplina de Odonto-pediatria, quanto com amostras representativas da população em Diadema e São Paulo, realizados duran-te as Campanhas de Multivacinação Infantil. Foram fei-tos exames clínicos bucais e aplicados questionários de QVRSB aos pais e, dependendo do formulário em-pregado, também às próprias crianças. Assim como foram avaliadas as influências das condições socioeco-nômicas, comportamentais e religiosidade na QVRSB.

Dentre as doenças estudadas, a cárie dentária é a que apresenta maior impacto negativo na qualidade de vida dos pré-escolares. Além da dor, desconforto e custos gerados pelo tratamento, ela provoca, desde sintomas orais e limitações funcionais, como o declí-nio do bem-estar emocional e social. Assim, os afeta-

dos deixam de comer, beber, falar, dormir, ficam irri-tados, evitam sorrir e brincar. Os pais destas crianças também podem ter alguns sentimentos negativos e atividades restritas tais como perda de dias de traba-lho, menor tempo para cuidarem deles mesmos, sono e/ou atividades familiares interrompidas, sentimentos de culpa e, inclusive, de constrangimento em lugares públicos.

A erosão dentária (desgaste químico do dente), por sua vez, não apresentou qualquer impacto nos pré-escolares e seus pais, isto provavelmente porque sua maior parte estava restrita ao esmalte, e não a dentina. Assim, ainda devem ser realizados mais estu-dos avaliando o impacto da erosão de alta gravidade (aquela que envolve dentina e proximidade pulpar), para se chegar a uma conlcusão.

Já as lesões dentárias traumáticas mais complicadas, como a perda ou deslocamentos dos dentes e a expo-sição pulpar, afetam negativamente a QVRSB devido ao seu maior impacto estético e dor. Elas também estão associadas a problemas de autoimagem e inte-ração social da criança, sendo que esta chega a não querer mais sorrir, falar ou brincar, aponta a pesquisa.

As maloclusões (falta de harmonia na mordida dos dentes) não causam impactos negativos na QVRSB de pré-escolares na maioria dos estudos, já que são nor-malmente causados por hábitos como chupar o dedo ou chupeta. Assim, o apego a estes comportamentos se torna muitas vezes de maior importância e depen-dência para o núcleo familiar que o impacto da própria maloclusão, sendo este subestimado. É importante destacar a relevância de prevenir o impacto negativo futuro na QVRSB observado em crianças com denti-ção mista e permanente.

O último estudo epidemiológico nacional indicou que a prevalência da cárie dentária aos 5 anos de ida-de é de 53,4%, sendo que mais de 80% das lesões não têm sido tratadas nesta faixa etária. Assim, Jenny e o Professor Bönecker estão conduzindo um ensaio clí-nico randomizado, ou seja, experimental, que testa a efetividade de diferentes tratamentos para a cárie dentária em termos de melhora da QVRSB em pré-es-colares. Com os resultados, será possível melhorar o atendimento odontológico e a qualidade de vida a essa população.

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Em setembro, o Congresso Universitário Brasilei-ro de Odontologia chegou a sua 39º edição com o tema Expansão, sugerido pelo Diretor Prof. Dr. Wal-dyr Antônio Jorge. Já consolidado, o evento buscou expandir seu alcan-ce e abrangência, com um maior nú-mero de palestras e workshops.

Este ano foram 62 palestrantes, 40 painéis e 827 inscri-tos. Com tais expo-sições, debates e Hands on, o público pode aprender diferentes for-mas de abordar e tratar os pacientes, o uso novas tecnologias e procedimentos e outras áreas de atu-ação do dentista que não no consultório.

Esta foi também a maior gestão do CUBO até en-tão, com 42 membros coordenados pelas alunas de graduação Mayara Macheldey, na presidência, e Mayra Baracho, na vice presidência.

O maior Congresso Universitário Brasileiro de Odontologia surgiu em 1975 de forma a complemen-tar a formação acadêmica dos alunos da FOUSP, que, até hoje, não tem custos com o evento. Muitos dos palestrantes desta edição inclusive já haviam participado de CUBOs anteriores, durante suas gra-duações. Ele teve seu auge nos anos 90, quando os participantes vinham de todas as regiões do Brasil e se alojavam na Faculdade para a semana de ativi-dades.

Com o intuito de voltar, aos poucos, a grandiosi-dade que a atividade já havia alcançado, a gestão de 2015 se empenhou no crescimento do projeto. “Nós

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39º CUBO em busca de expansãotínhamos a responsabilidade de fazê-lo crescer. De fazer o nosso melhor para o CUBO”, conta Mayara.

Um dos aspectos das últimas edições havia sido a baixa participação dos

discentes. Para mudar este cenário, o CUBO participou pela primei-ra vez da Semana de recepção aos Calou-ros, além de outros eventos do ano, como a Festa Junina orga-nizada pelos alunos. Assim, a imagem do

congresso dentre os alunos melhorou. “O CUBO foi visto e vivo no ano inteiro”, conta Mayra. Elas tam-bém ressaltam que a ajuda dos professores e fun-cionários da FOUSP é sempre fundamental.

Assim, aumentaram em 30% as inscrições de 2014 para 2015. “Faltam palavras para descrever como é organizar algo tão grandioso. É muito bom poder contribuir para a Faculdade” diz a vice Mayra. Além da satisfação pessoal, fazer parte da organização do projeto é um diferencial no mundo profissional. A antiga presidente, Sahar Ganz Riman, atualmen-te trabalha em uma grande empresa odontológica e afirma que esta experiência abriu muitas portas, “conta muito para o currículo”, contam Mayara e Mayra, empolgadas ainda com o sucesso deste ano.

A nova gestão do CUBO já está formada . No en-tanto, ainda dá tempo de participar da organização da próxima edição. Basta comparecer as reuniões que acontecem todas as segundas às 17h, em locais variados.

O evento promoveu Hands On, aulas, palestras e workshops

Júlia Moura

Júlia Moura

O Congresso teve diversas palestras, das quais participaram estudantes e profissionais

imitam aparelhos ortodônticos, apreendidos pela Polícia Federal na Rua 25 de março, em 2014.

Constatou-se que nenhum dos fios é de fato ma-terial odontológico. Apesar das ligaduras serem próprias para o uso do cirurgião dentista, a forma como eram comercializadas, as inutilizava, já que não eram esterilizadas e tampouco embaladas cor-retamente.

Além de contaminado, podendo causar infecção, o material era colorido com tinta desconhecida, que pode causar alergias e intoxicações. Afora que o seu uso indevido acarreta em alterações estéti-cas, funcionais e até gengivais, podendo gerar o acúmulo de placa, causando doenças.

A mestranda Raíssa tem como tema de sua dis-sertação a reconstrução da asa do nariz com aber-tura periforme (cartilagem) e o tipo facial para reconstruções faciais, de modo a evidenciar seu posicionamento correto no crânio, já que ele não tem estrutura óssea.

Já Lara estuda qual das quatro tabelas de espes-suras de tecidos faciais moles para brasileiros é a mais adequada para o processo de reconstrução, bem como o melhor método de reprodução. A alu-na de mestrado Alice Alpino Zanim, por sua vez, fez apostilas para alunos de graduação, de modo a trabalhar metodologias de ensino segundo a per-manente atualização.

Ramon Navarrete , aluno de IC, conduz uma aná-lise de padrões de rugoscopia (rugosidade do céu da boca) e sua diferença entre homens e mulheres em número, formato e proeminência, compararan-do-as com resultados obtidos em outras regiões do mundo, que variam de um país para outro.

OFLab e sua vasta produção científicaO Laboratório de Antropologia e Odontologia Fo-

rense (OFLab) do Departamento de Odontologia Social, além das perícias em âmbito criminal, civil e administrativo, desenvolve diversos projetos e pes-quisas voltados a reconstrução facial e identificação de crânios.

O Prof. Dr. Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani, co-ordena o OFLab, que ainda conta com três alunas de mestrado, dois alunos de doutorado e um de inicia-ção científica em sua equipe. Eles auxiliam na produ-ção de laudos técnico científicos, prestando assistên-cia para a polícia e para o âmbito jurídico, podendo ser acerca de identificação humana através de ossos, marcas de mordida e materiais odontológicos.

As mestrandas Raíssa Amanda Paim Strapasson e Lara Maria Herreira também redigiram recentemente uma cartilha para reconhecimento de violência infan-til, de forma a orientar os cirurgiões dentistas.

Elas também conduzem um trabalho com Hospital Universitário da USP (HU), sobre a estimativa da cor da pele para determinar o perfil biológico do brasilei-ro, entrevistando pacientes que passam pela tomo-grafia computadorizada (TC).

Na imagem obtida através deste exame, elas men-suram as angulações do crânio e as aplicam em três equações diferentes, uma para indivíduos leucoder-mas (pele branca), outra para indivíduos melanoder-mas (pele negra) e a outra para xantodermas (pele amarela).

O resultado das equações é comparado aos dados da tabela de cor, para identificar qual a aparência do indivíduo analisado. As fórmulas foram feitas pelo Professor Rodolfo em sua dissertação de mestrado e servem na reconstrução facial a partir da ossada, para o reconhecimento de vítimas.

O Laboratório também trabalhou recentemente na perícia de fios metálicos e ligaduras elásticas, que

Júlia Moura

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Parte da equipe do OFLab: Lara , Raíssa, Prof. Dr. Rodolfo e Ramon

Material apreendido na 25 de março

Acervo OFLab

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No dia 5 de novembro, aconteceu o VI Encon-tro de Pós-Graduação da FOUSP e I Encontro com os Egressos dos Programas de Pós Graduação e Áreas de Concentração, que teve como tema cen-tral os ex alunos e seu desempenho após conclui-rem a Faculdade.

A Profa. Dra. Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, Pró--Reitora de Pós-Graduação pres-tigiou o evento introduzindo o novo método de avaliação dos cur-sos de pós, ideali-zado pela Pró-Reito-ria, tendo em vista a melhoria dos programas da USP.

O Diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge elen-cou a relevância da FOUSP para a produção científica do Brasil, que, em busca da excelência cresce constantemente. O encontro de egressos também contribui para esta permanente melho-

ra, já que, segundo o Diretor, é uma auto avaliação anual.

A Profa. Dra. Marcia Martins Marques, Presidente da Comissão de Pós Graduação, contou brevemen-te a história desta parte da Faculdade que, hoje,

possui quatro pro-gramas, três deles com nota máxima da CAPES (Coordena-ção de Aperfeiçoa-mento de Pessoal de Nível Superior). Ela também agrade-ceu a Profa. Dra. Ma-rina Helena Cury Gal-lottini por ter criado este encontro.

Além de palestras e reuniões informais, foram entregues, durante o evento, os prêmios Vera Cavalcanti de Araújo, Flá-vio Fava de Moraes e FOrmiga de Ouro.

O Prof. Dr. Paulo Francisco César, Presidente da Comissão de Pesquisa, entregou o prêmio de Exce-lência em Pesquisa Vera Cavalcanti de Araújo, para as melhores teses defendidas em 2014. Ficaram em

Professores Doutores Leonardo Eloy Rodrigues Filho e Flávio Fava de MoraesProfessores Doutores Giulio Gavini, Leonardo Eloy Rodrigues Filho, Giorgio de Micheli, Waldyr Antônio Jorge, Flávio Fava de Moraes, Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani e Miriam Lacalle Turbino

Docentes e discentes são premiados

Júlia Moura

Vencedores do prêmio Vera Cavalcanti de Araújo. Foto 1: Ecinele Francisca Rosa e seu orientador Prof. Dr. Claudio Mendes Pannuti. Foto 2: Andreia Tami Abe e sua orientadora Profa. Dra. Miriam Lacalle Turbino. Foto 3: Flávia Kazue Ibulki e seu orientador Prof. Dr. Fernando Neves Nogueira

Júlia Moura

Júlia Moura

Júlia Moura

NOTÍCIAS13

durante o Encontro de Pós Graduação

Prêmio de Publicação de Maior Impacto:

1º lugar: Fabio Daumas Nunes e Suza-na C. Orsini Machado de Souza

2º lugar: Ana Cecilia Correa Aranha3º lugar: Paulo Francisco César

Prêmio de Produtividade Científica (RTP/RTC):

1º lugar: Fábio de Abreu Alves2º lugar: Giulio Gavini

3° lugar Giuseppe Alexandre Romito

Prêmio de Produtividade Científica (RDIP):1º lugar: Fausto Medeiros Mendes2º lugar: Daniela Prócida Raggio3º lugar: Mariana Minatel Braga Fraga

Prêmio Pesquisa Clínica:1º lugar: Alyne Simões Gonçalves2º lugar: Cláudio Mendes Pannuti3º lugar: Marinella Holzhausen Caldeira

Foto 1: Mestrando Osias Santos Junior, 1 lugar do FOrmiga de Ouro. Foto 2: Doutoranda Jenny Abanto 1º lugar do FOrmiga de Ouro, com seu orientador Prof. Dr. Marcelo José Strazzeri Bönecker

Prêmio Flavio Fava de MoraesPrêmio Qualidade de Produção Científica:1º lugar: Roberto Ruggiero Braga2º lugar: Márcia Martins Marques3º lugar: Marcelo de Gusmão Paraiso Cavalcanti

primeiro lugar, Ecinele Francisca Rosa, orien-tada pelo Prof. Dr. Claudio Mendes Pannuti, em segundo lugar, a aluna Flávia Kazue Ibulki, orientada pelo Prof. Dr. Fernando Neves No-gueira e, em terceiro, Andreia Tami Abe, orien-tada pela Profa. Dra. Miriam Lacalle Turbino.

Em seguida, o Prof. Dr. Décio Santos Pinto Junior fez a entrega do prêmio de incentivo à publicação discente “FOrmiga de Ouro” aos alunos de pós graduação:

Mestrado:1º lugar: Osias Santos Junior, orientado pelo Prof. Dr. Marcelo de Gusmão Paraíso Cavalcan-ti2º lugar: Fernanda Rosche Ferreira, orientada pela Profa. Dra. Mariana Minatel Braga Fraga3º lugar: Ivan Onone Gialain, orientado pelo Prof. Dr. Reinaldo Brito e Dias4º lugar: Thaís Crodeschi, orientada pelo Prof. Dr. Marcelo José Strazzeri Bönecker

Doutorado:1º lugar: Jenny Abanto, orientada pelo Prof. Dr. Marcelo José Strazzeri Bönecker2º lugar: Tamara Kerber Tedesco, orientada pelo Profa. Dra. Daniela Prócida Raggio3º lugar: Tathiane Lenzi, orientada pela Profa. Dra. Daniela Prócido Raggio4º lugar: Ana Flávia Bissoto Calvo, orientada pela Profa. Dra. Daniela Prócido Raggio5º lugar: Bruno Tavares Sedassari, orientado pela Profa. Dra. Suzana Cantanhede Orsini Ma-chado de Sousa

O Prof. Dr. Leonardo Eloy Rodrigues Filho, por sua vez, apresentou o prêmio Prof. Dr. Flá-vio Fava de Moraes, acompanhado do própio egresso da casa e reitor da USP na gestão 1993-1997.

O Diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge, parabenizou a todos os presentes pelo traba-lho, honestidade, competência e amor ao que fazem. “São estes simples eventos e o traba-lho feito pela Universidade que perpetuam em boas lembranças”, disse.

Fotos: Arquivo Pingonoi

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A Clínica Odontológica é composta pelas seções de Apoio ao Paciente e Apoio Técnico aos professo-res e alunos. Estas equipes são formadas por profis-sionais de diversas áreas para proporcionar o me-lhor atendimento em variados aspectos.

A Seção de Apoio ao Paciente, que conta com tria-gem, psicóloga, assistentes sociais e fonoaudióloga é coordenada por Evelin Regina de Freitas, que tam-bém realiza o tratamento psicológico dos pacientes. Alguns deles demonstram a vontade espontânea, mas a maioria é encami-nhada pelos Professores e alunos, que observam essa necessidade.

Ela atende qualquer pes-soa cujo comportamento interfira no auxílio clínico, desde os que não colabo-ram, ou sempre chegam atrasados até aqueles cujo problema odontológico tem causa emocional.

A pediatria costuma encaminhar muitas crianças que chupam o dedo ou a chupeta (sucção não-nutri-tiva), ou que tem medo de ir ao dentista. Ela as trata com a ludoterapia, na qual explica os procedimen-tos como auxílio de brinquedos.

Os adultos vêem geralmente da Traumatologia e apresentam a Disfunção Temporomandibular (DTM), cuja causa é, muitas vezes, emocional, bem como a ardência bucal. Há também o atendimento aos diagnosticados com câncer, especialmente à fa-mília no momento de descoberta da doença. Já na urgência, Evelin intervém para aliviar o medo do pa-ciente ou ajudar na compreensão do procedimento.

O tratamento consiste geralmente em uma psico-terapia breve e pontual, com resultados positivos, sempre de modo dar suporte a parte odontológica, “equilibrando a interação entre paciente e aluno”, diz a psicóloga.

Em alguns casos, mesmo com a alta odontológica, há a continuidade na terapia. No entanto, aqueles que apresentam necessidades específicas são en-

caminhados para Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Postos de Saúde.

A fonoaudióloga Ana Paola Nicolleto atende tanto os pacientes encaminhados por alunos e Professo-res, como aqueles que apresentam a demanda es-pontânea. Na maior parte, a mobilidade orofacial está interligada ao quadro odontológico, ou seja, os procedimentos clínicos devem ser conciliados entre

fonoaudioterapia e odonto-logia.

Ela recebe principalmen-te crianças com o hábito de sucção não-nutritiva, pacientes com a respiração inadequada, com disfagia (dificuldade de engolir), ou com DTM. Além disso, Ana Paola auxilia na elaboração e adaptação de próteses, visando o desempenho fo-noaudiólogo e no desen-volvimento da linguagem

oral das crianças, trabalhando a pronúncia.

Há também situações nas quais Ana Paola atende junto a psicóloga Evelin e as assistentes Adriana e Bruna.

O processo exige a mudança de hábitos e exercí-cios regulares e, em alguns casos, há o encaminha-mento para o otorrinolaringologista, neurologista, ou fisioterapeuta. A alta não é imediata, mas grada-tiva. As sessões vão diminuindo de frequência até pararem. Dependendo da situação, mesmo com o fim do tratamento odontológico, o paciente pode continuar o fonoaudiólogo, especialmente aqueles com DTM.

As assistentes sociais Adriana Mota Gusmão da Sil-va e Bruna Cristina Scapim da Silva, fornecem as in-formações necessárias para o melhor atendimento dos pacientes. Elas os orientam e auxiliam acerca de serviços gratuitos. “A grande maioria não conhece os direitos que tem”, aponta Bruna.

Dentre os auxílios estão descontos em próteses, apoio para o transporte e até estadia para os pacien-tes de outros estados que tem o Tratamento Fora

Júlia Moura

Da esquerda para a direita: Rosemary, Adriana, Evelin, Bruna e Ana Paola

Além da odontologia: profissionais

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que auxiliam no atendimento clínico

Júlia Moura

Selma Regina dos Santos Marques

de Domicílio (TFD), agendamento de procedimen-tos e consultas, encaminhamento para outras re-des de saúde com a elaboração de relatórios em alguns casos.

Quando os alunos e professores identificam a suspeita de maus tratos e abusos em alguns pa-cientes, Adriana e Bruna fazem a denúncia junto aos órgãos competentes. Em caso de pacientes faltosos, elas entram em contato com a família, para identificar e solucionar o problema. Há tam-bém acolhimento dos pacientes com câncer, junto a Liga de Neoplasias Bucais (LINB). Ademais, a du-pla presta assistência junto ao Conselho de Ética em Pesquisa para regulamentar os trabalhos de estudo clínico.

Selma Regina dos Santos Marques responde pelo Serviço de Apoio aos Técnico, que inclui al-moxarifado, en-fermaria, central de material e este-rilização, serviço de urgência, servi-ço de atendimen-to odontológico ao servidor da unidade e ambu-latório clínico. Ela também cuida da dinâmica e dispo-sição das clínicas e da supervisão da limpeza feita por uma empresa terceirizada, “para que não falte nada”, como ela mesma diz.

A enfermeira Rosemary Aparecida Fracolli Pé-cora é responsável pela Biossegurança da clínica, junto ao setor de esterilização e a Comissão de Biossegurança. Ela realiza periodicamente os tes-tes autoclaves e bioquímicos, estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de modo a verificar o funcionamento dos equipa-mentos e materiais de uso clínico. Além da orien-tação e verificação junto aos alunos e funcionários acerca destes padrões, Rosemary faz o primeiro socorro, em caso de intercorrência do paciente.

Desde janeiro deste ano a FOUSP realiza uma campanha de doação de instrumentais odontoló-gicos, coordenada pela Profa. Dra. Miriam Lacal-le Turbino, para uso dos alunos de graduação em situação de vulnerabilidade.

Já foram arrecadados muitos materiais, atra-vés dos doadores: Ana Paula Aranha de Barros Santoro, Andréa Carla Melani, Antonio Carlos Lorenz Saboia, Antonio Figueiredo Soares Arthur Loureiro Dantas, Bianca Prado Tibério, Daniela Araújo, Flávia Diaz Pimentel, Giorgio de Micheli, Giovanna da Silva, Janaína Relvas Rocha Lima, Marcelo Huberman, Maria Ângela Pita Sobral, Maria Luiza Moreira Arantes Frigério, Marlene Fenyo Soeiro de Matos Pereira, Mary Caroline Skelton Macedo, Moacyr Domingos Novelli, Mônica Magalhães Pereira da Silva, Pe-dro Paulo Olivieri, Rebeca Barros, Rosa Helena Miranda Grande, Sérgio Delonero, Sílvia Virgínia Tedeschi, Solange Fantini, Waldyr Antônio Jorge e da empresa Dental Solidente.

No dia 27/10/2015, a Diretoria os encaminhou para a Comissão de Doação de Instrumentais, presidida pelo aluno de graduação Marcelo Moreira de Jesus, que trabalha em conjunto com o Centro Acadêmico XXV de Janeiro e com a Comissão de Permanência Estudantil. Esta Comissão irá efetuar a logística dos emprésti-mos com a surpevisão da Professora Miriam e da Diretoria.

A FOUSP agradece a todos os doadores e con-tinua com a campanha, esperando receber cada vez mais doações.

Doações de instrumentais

Vice diretor Prof Dr. Giorgio De Micheli entrega os materiais aos alunos Pedro Mollo, presidente no C. A. e Marcelo Moreira de Jesus

Leticia Acquaviva

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Inovações na Odontologia: FOUSP encabeça seis patentesA FOUSP, como polo de inovação em Odontologia,

produz uma ampla gama de pesquisas e estudos, que contribuem para a melhoria da saúde bucal. De 2014 a 2015 foram desenvolvidas seis inovações científicas, patenteadas junto ao Ministério de Ciên-cia e Tecnologia.

Dentre elas estão as patentes do Depto. de Cirur-gia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais, concer-nindo o protetor facial e olhos e movimentação pal-pebral artificias, já aboradas em InfoUSP anteriores.

Outra patente é do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral, resultado da tese de doutorado da aluna Flávia Kazue Ibuki, orientada pelo Prof. Dr. Fernando Neves Nogueira, que abrangeu um novo nanomaterial a ser utilizado durante o procedimen-to adesivo de restaurações com resina composta e um kit de aplicação para o mesmo.

A pesquisa, feita em parceria com o Instituto de Química, teve por objetivo melhorar a qualidade e durabilidade adesiva da restauração, evitando a de-gradação de proteínas da camada híbrida (formada pela dentina e adesivo dentinário). Para isso, a equi-pe utilizou a hidroxiapatita nanoparticulada (mi-neral presente no organismo), unindo -a ao ácido deoxicólico (ácido biliar), de forma a melhorar sua ligação com o colágeno, resultando em um material mais resistente e aderente.

Nos experimentos, realizados com dentes bovi-nos, foi aplicada esta nova nanopartícula durante o processo de restauração. Em seguida, eles foram submetidos a tratamento térmico, que simula o en-velhecimento da restauração, teste de cisalhamento (semelhante ao corte de tesoura) e de espectrome-tria Confocal Raman (técnica de alta resolução que fornece informação química e estrutural de qual-quer material). Os resultados demonstraram um au-mento de resistência ao cisalhamento inicial e uma não ocorrência de redução após o envelhecimento, sem alteração morfológica da camada híbrida.

A pesquisadora Flávia Kazue Ibuki continuará os experimentos e irá testar a nova partícula na den-tina de dentes humanos, para confirmar os dados promissores obtidos nos exemplares bovinos e via-bilizar seu uso no mercado. Também em relação à restauração, a resina composta é muito utilizada no processo por ser estética e substituir o amálgama, composto metálico que contém mercúrio, extre-

mamente tóxico. No entanto, apesar de segura, ela falha quando, por deficiência na higiene oral, se de-senvolvem novas lesões no seu entorno, através da degradação causada pela placa bacteriana.

Em busca de um material que liberasse cálcio e fos-fato de modo a diminuir as chances de cárie, atra-vés da remineralização do esmalte, a pesquisadora Marcela Rodrigues, orientada pelo Prof. Dr. Roberto Ruggiero Braga, do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral, estudou o efeito da adição de partícu-las de fosfato de cálcio em materiais restauradores em sua dissertação de doutorado.

Tal estudo, que contou com a participação de alu-nos de iniciação científica, além de pesquisadores dos Institutos de Física e Química da USP, resultou na patente que descreve a síntese de partículas de fosfato de cálcio recobertas com o dimetacrilatos de trietilenoglicol (TEGDMA), um dos monômeros (composto de moléculas capazes de se combina-rem) comumente utilizado na formulação de resi-nas compostas.

Além deste novo material aumentar a reminerali-zação do dente, evitando a incidência de cárie, a fun-

cionalização das partículas com TEGDMA também tem como objetivo melhorar sua união com a matriz resinosa, evitando a redução em suas propriedades mecânicas, uma vez que, quando não estão unidas quimicamente à fase em resina, agem como “defei-tos” no interior do material, tornando-o mais susce-tível à fraturas.

Durante o desenvolvimento do projeto, Thiago Hewer, pós doutorando do Instituto de Química, na área de Química Ambiental e integrante do grupo de pesquisa, coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Braga, sugeriu a adição de fosfato de prata, material muito utilizado na química ambiental por sua propriedade

Imagem feita em microscopia eletrônica de transmissão mostrando as partículas de fosfato de cálcio em formato de placas

Prof. Dr. Roberto Ruggiero Braga

antibacteriana, ao fosfato de cálcio.

A aluna de pós graduação Lívia Natale baseou sua tese de mestrado nesta nova combinação de bioma-teriais, que também está em processo de patentia-ção. Assim, além do efeito remineralizador, o com-posto apresenta o efeito antimicrobiano.

Este novo material foi enviado a Universidade de Oklahoma nos EUA, que constatou sua capacida-de antimicrobiana, já que a adição de 20% em peso destas partículas (sendo que o conteúdo em prata das partículas é de 1,2% em peso) foi capaz de redu-zir significantemente a contagem de Streptococcus mutans. Entretanto, a presença da prata promove o escurecimento do material, o que restringe seu uso em áreas onde a estética é um requisito importante.

O Prof. Dr. Giulio Gavini, do Departamento de Den-tística e a pesquisadora Ceci Nunes Carvalho, em conjunto com o Prof. Dr. José Roberto Martinelli, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) desenvolveram uma patente referente a adi-ção de vidro niobofostato bioativo à guta-percha (borracha obtida a partir do látex), para melhorar a obturação de canais radiculares.

O selamento do canal é feito com guta-percha e ci-mentos de preenchimento, em geral, resinosos, que falham no quesito adesão, por se contraírem ao en-durecer, deixando espaços livres entre si e a denti-na, o que pode causar infiltração e recontaminação, ocasionando a falha do tratamento.

Para melhorar esse quesito, os pesquisadores de-senvolveram um compósito formado por 70% de guta-percha e 30% de partículas de vidro niobofos-

tato bioativo. Testes in vitro demonstraram ótimos resultados, já que, o biovidro, em contato com a dentina levemente umidecida forma hidroxiapatita, o que melhorou muito a adesão da guta-percha às paredes do canal ra-dicular, sem a necessi-dade de utilizar cimen-tos obturadores.

Este biovidro é uma

Inovações na Odontologia: FOUSP encabeça seis patentespatente do Cen-tro de Ciência e Tecnologia de Materiais do IPEN e já é utilizado como material de pre-enchimento em exertos ósseos. Além disso, o Brasil é a maior fonte de nióbio do mundo com 98,43% das reservas, barateando o custo do material.

No entanto, em razão da complexa anatomia in-terna dos canais radiculares e pelas técnicas atuais de obturação, é necessária a utilização de cimentos associados a guta-percha, pois o uso desse material sólido sem termoplastificação não preenche ade-quadamente todos os espaços, pela sua forma em bastão, o que interfere na qualidade do selamento.

Dessa forma, o grupo pesquisa atualmente como desenvolver um cimento biocerâmico, com o vidro niobofostato em sua fórmula. O resultado destes es-tudos provavelmente gerará outra patente.

Por ter a forma em bastonetes, a adesão da Guta-per-cha ao canal é limitada

Guta-percha com biovidro incorporado (pontos roxos)

Prof. Dr. G

iulio Gavini

Prof. Dr. G

iulio Gavini

Este ano a FOUSP completa 115 anos e, para celebrar a data, a Comissão Organizadora de-senvolveu inúmeras atividades e homenagens.

Visando resgatar a história da Faculdade, fo-ram expostos banners com imagens e docu-mentos das decadas passadas, além de um to-tem com os nomes de todos que já passaram pela Casa de Montenegro e contribuiram para o seu sucesso. No site é possível acessar este conteúdo e visualizar as demais ações come-morativas.

Em dezembro, a Diretoria lacrará um baú de memórias, contendo informações atuais sobre a FOUSP e um livro de mensagens, para ser aberto em 1º de dezembro de 2050, data em que a instituição completará 150 anos. Assim que fechado, o baú ficará exposto no Serviço de Documentação Odontológica (SDO).

115 anos de fousp

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2015: um ano de muitas homenagens a docentes e funcionáriosO Diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge, teve a

iniciativa de homenagear os aposentados da FOUSP nas reuniões da Congregação ao longo deste ano. Ele destaca a importância de se resgatar a memó-ria da Faculdade e lembrar as ações passadas, cele-brando aqueles que contribuíram para que a Odon-tologia fosse o melhor curso da USP. “Devemos reconhecer o esforço dos que nos procederam. Só respeitando o passado, preservamos o presente e garantimos o futuro”, disse. Os homenageados foram presenteados com uma pasta contendo os materiais atualizados da FOUSP, um certificado de reconhecimento e uma placa de recordação.

Na reunião de fevereiro, foram homenageados dois ex-funcionários: a Sra. Hilma Augusta dos San-tos, que serviu à faculdade como copeira e o Prof. Dr. José dos Santos Júnior, do departamento de dentística. Em abril foram celebrados os docentes Prof. Dr. Nélson Santos Pugliese e Prof. Dr. Walter

João Genovese, ambos do Departamento de Esto-matologia, além da Sra. Neide Rodrigues Alves, fun-cionária da Clínica Odontológica e o Sr. Urias Alves de Oliveira, auxiliar administrativo. O Prof. Geno-vese, muito emocionado, enalteceu que desde sua aposentadoria esperava uma homenagem desta

Diego Zuqueto

Prof. Dr. José dos Santos Júnior e a Sra. Hilma Augusta dos Santos

Prof. Dr. Nélson Santos Pugliese, Prof. Dr. Walter João Genovese, Sra. Neide Rodrigues e Sr. Urias Alves de Oliveira

As Senhoras Fernanda Ferreira Cortes de Vasconcellos, e Olivia Mecia Ferreira Cortes e o Sr. Lorival Polido receberam os agradecimentos.

Professores Doutores Carlos Gil, Sunao Taga Tamaki, e Moacyr da Silva

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casa e agradecia muito a iniciativa do Prof. Dr. Wal-dyr Antônio Jorge.

Em junho, os Professores Doutores Carlos Gil e Sunao Taga Tamaki, ambos do do Departamento de Prótese, além do Prof. Dr. Moacyr da Silva, do Departamento de Odontologia Social e as Senho-ras Fernanda Ferreira Cortes de Vasconcellos e Oli-via Mecia Ferreira Cortes e o Sr. Lorival Polido, ex servidor da Clínica, receberam os agradecimentos.

O Professor Titular, Carlos Gil, do Departamento de Prótese, agradeceu a oportunidade de partici-par novamente de uma reunião de congregação da “escola que ama”. A Profa. Dra. Sunao Taga Ta-maki agradeceu imensamente e disse que jamais imaginava tamanha homenagem para si e seu ma-rido Prof. Dr. Tadashi Tamaki, cujos legados são de extrema importância para a odontologia. Ela men-cionou também a 12ª posição da FOUSP no ranking da Quacquarelli Symonds, sendo esse “um motivo que nos enche de orgulho”, disse emocionada.

A servidora Fernanda Ferreira Cortes de Vascon-cellos, que exerceu a Secretaria Geral por mais de 25 anos, lembrou-se da época em que os presentes eram alunos de graduação e hoje são chefes de de-partamento e diretores, mencionando o Prof. Dr. Waldyr e agradecendo-o. A Sra. Olivia Mecia Ferrei-ra Cortes, ex funcionária da administração, enalte-ceu a importância de se lembrar dos aposentados e se disse muito agradecida.

A reunião de agosto home-nageou os Pro-fessores Dou-tores AAntonio Muench, do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral, Biagio Attilio

2015: um ano de muitas homenagens a docentes e funcionários

Professores Doutores Antonio Muench, Biagio Attilio Georgetti, Tetsuo Saito, Narciso Garone Netto e o funcionário Alfredo Batista Filho

Professores Doutores Wilson Garone Filho e Sebastião Interlandi e as Senhoras Bernadete de Jesus Almeida Silva e Sandra Aparecida Maria.

Fotos: Júlia Moura

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Georgetti e Tetsuo Sai-to, ambos do Depar-t a m e n t o de Prótese,

Narciso Garo-ne Netto, do Departamento de Dentística e o funcionário Alfredo Batis-ta Filho, que atuou no la-boratório do Departamento de Dentística. O Professor Biagio se disse surpreso com a homenagem e

agradeceu, “tenho orgulho de ter sido um aluno da FOUSP”, disse.

Em outubro, foram homenagesados os Professo-res Doutores Wilson Garone Filho, do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral e Sebastião Interlan-di, do Departamento de Ortodontia, além das Se-nhoras Rosaly Favero Krzyzanowski, ex Diretora do Serviço de Documentação Odontológica (SDO), Ber-nadete de Jesus Almeida Silva e Sandra Aparecida Maria, ambas da Clínica Odontológica.

O Professor Wilson agradeceu imensamente pe-las palavras e pelo caráter humano que o Professor Waldyr imprimiu a Faculdade, a qual chamou de

família. Já o Professor Interlandi agradeceu a ocasião na qual pode relembrar os amigos. A ex-Diretora do Serviço de Documentação Odonto-lógica (SDO), Sra. Rosaly se disse imensamente feliz e a exfuncionária da Clínica Odontológica, Sra. Bernadete, lisonjeada. Por fim, a Sra. San-dra Aparecida Maria, que serviu a Radiologia da Clínica Odontológica que se emocionou com a surpresa, agradecendo ao Professor Waldyr e de-mais presentes.

Sra. Rosaly Favero Krzyzanowski recebe o abraço do Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge

1ª Reunião do Grupo de Apoio aos Pacientes com Síndrome de Sjögren

No dia 30/11, o Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP Saliva) e o Programa de Pós-Graduação em Diagnóstico Bucal, promoveram o 1ª Reunião do Grupo de Apoio aos Pacientes com Síndrome de Sjögren (GAPSS), no Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da USP.

O evento é fruto da parceria firmada entre a FOUSP, representada pelas Professoras Dou-toras Silvia Vanessa Lourenço, Luciana Saraiva de Campos e Marinella Holzhausen Caldeira, e o Ambulatório de Reumatologia do HCFMUSP, com grande colaboração da Dra. Sandra Pasoto.

O Grupo de Apoio visa aproximar os pacien-tes, criando um ambiente de compreensão mú-tua e facilitador da troca de experiências, além de ser uma fonte de informação sobre a doen-ça, melhorando a relação entre profissionais da saúde e os pacientes.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Reitor: Prof. Dr. Marco Antonio Zago. Vice Reitor: Prof. Dr. Vahan Agopyan.

FACULDADE DE ODONTOLOGIA - Diretor: Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge. Vice Diretor: Prof. Dr. Giorgio de Micheli.

Assessoria de Comunicação: Anna Leticia Fogaça Gomes Acquaviva. Texto e diagramação: Júlia Moura (estagiária). Tiragem: Mil exemplares.

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17º Envelhecer Sorrindo

No dia 2 de dezembro, aconteceu a 17ª edição da Jornada de Estudos sobre a Pessoa Idosa e a Saúde Bucal do Programa Envelhecer Sorrindo. O evento, que teve como tema as olimpíadas, ocorreu no an-fiteatro da FOUSP e contou com palestras e ativida-des físicas.

A Profa Dra. Maria Luiza Moreira Arantes Frigerio, organizadora da jornada, compôs a mesa de aber-tura ao lado dos Professores Doures Atlas Edson Moleros Nakamae, Roberto Chaib Stegun e Maria Cecília Miluzzi Yamada, todos do Departamento de Prótese.

A Professora Maria Luiza clamou pela grandeza dos gestos, que devem se estender aos outros, assim como o Envelhecer Sorrindo. Já o Professor Atlas ressaltou a importância do idoso, pela segu-rança e conhecimento que transmitem aos jovens. “Os idosos são nossas reservas de moral e ética”.

Em seguida, o Prof. Dr. Roberto Chaib Stegun proferiu a primeira palestra, abordando a Odon-tologia na terceira idade e seus acometimentos, como a perda do corte e trituração. Ele também apresentou soluções como as próteses removíveis termoplásticas e exercícios para uma melhor mas-tigação. “É preciso aprender a envelhecer”, disse.

A fonoaudióloga Nadja Nascimento, por sua vez, falou sobre os comprometimentos na audição nes-ta fase da vida e como contorná-los. A psiquiatra Rita Cecília Reis Ferreira, elucidou os processos demenciais, alertando para sinais de perda de me-mória como dificuldades de se realizar tarefas do dia a dia, esquecimento do nome dos netos ou do

número da conta no banco, além de mudanças na personalidade.

Os participantes puderam, ao fim das palestras, aprender capoeira e dançar com o professor Gladson de Oliveira Silva e fazer alongamentos com o professor de educação física Wellington Souza Siqueira Lins Leite.

Os alunos da Liga Interdisciplinar de Neopla-sias Bucais (LINB), com a coordenação da Profa. Dra. Camila de Barros Gallo também participa-ram do evento. Eles promoveram o exame clíni-co dos presentes, para se averiguar a presença de lesões nas mucosas, de forma a prevenir o câncer bucal.

Ao fim, os participantes receberam medalhas e brindes.

Júlia Moura

Júlia Moura

Cerimônia de abertura

Roda de capoeira

Júlia Moura

Os participantes dançaram ao som de músicas típicas, como o samba e cantigas