36
Ano XVII - Nº 105 - Novembro/Dezembro Associação Brasieira dos Revendedores de Pneus Uma trajetória de sucesso Em entrevista exclusiva, Dirceu Delamuta expõe seus planos para a Abrapneus Adolfo Melito, da Fecomercio, destaca a criatividade nas novas tendências de gestão Pág.22 Pág.34

Uma trajetória de sucesso - sicopneus.com.br · Consultor técnico da Anip alerta motoristas sobre os riscos do uso de pneus carecas ... incluindo o estepe –, o ba-lanceamento

Embed Size (px)

Citation preview

Ano XVII - Nº 105 - Novembro/Dezembro Associação Brasieira dos Revendedores de Pneus

Uma trajetória de sucesso

Em entrevista exclusiva, Dirceu Delamuta expõe seus planos para a Abrapneus

Adolfo Melito, da Fecomercio, destaca a criatividade nas novas tendências de gestão

Pág.22 Pág.34

Boas Festas!A Abrapneus/Sicop deseja a todos um Feliz

Natal e um Ano Novo repleto de muita paz, ale-gria e prosperidade.

Que o espírito natalino traga aos corações a fé inabalável dos que acreditam em um novo co-meço. E que a chegada do Ano Novo renove em cada um de nós a esperança e a fraternidade.

Novembro/Dezembro 2010 3

Estamos às vésperas de um novo ano e com novidades para os nossos associados. Depois de 18 anos à frente da Abrapneus, deixo a presidência da entidade.

Durante quase duas décadas acompanhei de perto as mudanças ocorridas em nosso mercado e tive o privilégio de participar das decisões que as envolveram e que foram decisivas para o fortalecimento das empresas.

Entretanto, apesar do meu desligamento da associa-ção, não me afastarei das atividades sindicais; continuarei atuando ativamente na presidência do Sicopneus, em prol dos interesses do nosso setor, como sempre tenho procu-rado fazer.

Dirceu Delamuta, eleito em 9 de novembro, juntamente com demais membros da diretoria e dos conselhos delibe-

rativo e fiscal, é quem assumirá a tarefa de conduzir a associação nos próximos três anos. Parceiro de longa data na diretoria da Abrapneus, tenho certeza de que ele não só dará continuidade aos projetos em curso como também impulsionará outros, revitalizando a entidade.

Nesta edição divulgamos a cobertura completa das eleições, bem como da apresentação dos novos dirigentes ao mercado, o que ocorreu na tradicional festa de confraternização Abrap/Sicop, realizada no dia 22 de novembro.

Esse é apenas um dos temas abordados neste número. Na seção Tecnologia, a Revis-ta Abrapneus traz informações sobre novas práticas de gerenciamente e em Opinião, o artigo A era do talento, do economista e presidente do Conselho de Economia Criativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Adolfo Melito, que aborda as transformações que vem sendo verificadas nas empresas a partir do desenvolvimento de novos conceitos de gestão.

Já as indústrias de pneus divulgam seus lançamentos, prêmios recebidos e estratégias de mercado, com ênfase na questão ambiental. A Goodyear, por exemplo, lançou a cam-panha Natureza de Campeão – Atitude nas Vendas. Reflexo no Planeta, que, mais do que estimular as vendas, tem por objetivo disseminar ideias e práticas voltadas à sustentabilidade.

A Michelin apostou no lançamento do Michelin Pilot Sport 3, pneu esportivo que combina performance excepcional e controle da direção na estrada com características ecológicas jamais vistas na categoria.

A Bridgestone divulga a indicação de “alta recomendação” conferida pela revista Auto Bild ao pneu Turanza ER300 Ecopia. Entre as principais características do produto está a capacidade de manter a segurança mesmo em pistas molhadas.

Já a Pirelli recebeu, pela segunda vez consecutiva, o prêmio Top Masculino da pesquisa anual Top of Mind, do jornal Folha de S. Paulo. A categoria elege a marca mais lembrada pelo público masculino entre todas as mencionadas durante o levantamento da pesquisa.

Mas há ainda outras novidades nesta edição.

Boa leitura!Márcio O. Fernandes da Costa

Presidente

Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída gratuitamente a revende-dores, distribuidores e fabricantes de pneus, enti-dades de classe, órgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às revendas e órgãos de imprensa

ABRAPNEUSPresidente: Márcio Olívio Fernandes da CostaVice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, João Faria da Silva e Itamar Laércio Grotti.Secretário: Rodrigo F. Araújo CarneiroTesoureiro: Airton ScarpaDiretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre Quadrado, Geraldo Gusmão Bastos Filho, José Manuel Pedroso da Silva, Sérgio Carlos Ferreira, Gláucio Telles Salgado, Horácio Franco Zacharias, Henrique Koroth, Carlos Alberto D. P. Costa, João Ibrahim Jabur, Antônio Augusto, Célio Gazire, Ivo Giunti Yoshioka.

SICOPPresidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa1° e 2º Vice-presidentes: Walter Paschoal e Horácio ZachariasSecretário: Carlos Alberto D. P. CostaTesoureiro: Dirceu DelamutaDiretoria: Paulo Sérgio Paschoal, Fábio Grotti e Vicente Goduto Filho Conselho Fiscal: Aírton Scarpa, José Linhares, Ivo Giunti Yoshioka, Itamar Grotti e André Linhares Delegação junto à Fecomercio-SP: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Rodrigo Fernandes da Costa, Walter Paschoal e Dirceu Delamuta

Revista AbrapneusConselho Editorial: Márcio Olívio Fernandes da Costa, Dirceu Delamuta, Walter Paschoal e Silvana Coelho (MTb. 19 021)Edição: Cristiane Collich Sampaio (MTb 14 225)Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli Produção e Impressão: Formato EditorialFone: (11) 4224-5850

Atualização de endereço, solicitação de remessa da revista ou envio de material de informações à redação, escreva para Revista Abrapneus: Av. Pau-lista, 1499 – 5º Andar, cj. 506, São Paulo, Capital, CEP: 01311-928 Telefax: 3284-9266 ou mande um e-mail para:[email protected], [email protected]: www.abrapneus.com.br

É permitida a reprodução de matérias e artigos, desde que citada a fonte. As matérias e os artigos não refletem, necessariamente, a opinião e o pen-samento da entidade.

EDITORIAL

ÍNDICE

Boas Festas!

4 – Anip: Giovanni Carlo Rossi, consultor técnico da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos

(Anip), alerta motoristas sobre itens a observar antes de viajar

6 – Tecnologia: Novas tecnologias oferecem mais segurança e agilidade na gestão e redução de custos,

favorecendo o aumento da competitividade das empresas.

8 – Goodyear

14 – Capa: Cobertura completa das eleições da Abrapneus, realizadas em 9 de novembro, e da festa de

confraternização.

22 – Entrevista: O presidente eleito da Abrapneus, Dirceu Delamuta, comenta as realizações da entidade

e fala das prioridades de sua gestão.

30 – Pirelli

34 – Opinião: No artigo A era do talento, o presidente do Conselho de Economia Criativa da Federação

do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Adolfo Melito, fala da

aproximação entre arte e tecnologia no mundo empresarial.

Abrapneus4

ANIP

Uma viagem tranqüilarequer cuidados

Consultor técnico da Anip alerta motoristas sobre os riscos do uso de pneus carecase relaciona itens que devem ser observados antes de pegar a estrada

As férias escolares e as festas de fim de ano estão chegando. Se as boas condições dos veículos são importantes para a segurança de motoristas, pas-sageiros e de todos os que circulam no perímetro urbano, numa estrada esses aspectos são essenciais. Ainda mais que nem todas possuem traçado, pa-vimentação e sinalização adequados.

Assim, antes de entrar na rodovia a revisão do veículo é fundamental, bem

Abrapneus4

como a de seus itens de segurança. En-tre esses, os pneus estão entre os que carecem de atenção especial. Trafegar com pneus carecas, por exemplo, é extremamente perigoso e imprudente, principalmente em dias de chuva ou ga-roa, além de ser uma infração de trân-sito. Por isso, nunca é demais repetir: pneus carecas precisam ser trocados.

Além disso, a adequada calibragem dos pneus – incluindo o estepe –, o ba-

lanceamento das rodas e o alinhamen-to da direção também não podem ser esquecidos, pois também influem, de forma significativa, na dirigibilidade. O assunto é sério e merece atenção.

Entrevistado sobre o tema, Giovan-ni Carlo Rossi, consultor técnico da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), comenta aspectos da conservação dos pneus e dá dicas aos motoristas.

Foto

: Mar

cel M

arra

/Sto

ck Im

ages

Novembro/Dezembro 2010 5

Anip – Que cuidados o motorista deve ter com os pneus antes de via-jar?

Giovanni Carlo Rossi – Em primeiro lugar, deve verificar o desgaste dos pneus. Para fazer isso, é simples: é só checar se o limite de 1,6mm de profundidade dos sulcos dos pneus foi atingido ou superado. Se isso tiver ocorrido, a troca deve ser providen-ciada antes da viagem.

Vale considerar que se for uma viagem longa e o motorista verificar que o pneu está quase chegando à marca de segurança, mas ainda da-ria para rodar um pouco mais, o mais seguro é trocar antes da viagem para evitar que o pneu fique careca no meio do caminho.

Ele também não deve esquecer o estepe, que tem de estar em boas condições e pronto para o uso no caso de necessidade.

Embora a maioria dos motoris-tas saiba que é importante calibrar os pneus levando em consideração o peso que o veículo está levando, nunca é demais lembrar que um car-ro carregado de malas e com quatro passageiros, por exemplo, pode exi-gir uma calibragem diferente do que um automóvel sem bagagem e ape-nas com o condutor.

Anip – Como é este indicador da marca de 1,6mm que sinaliza quan-do o pneu deve ser trocado?

Rossi – Para ajudar os motoristas quanto à hora de trocar o pneu, exis-te um indicador na banda de roda-gem. Tecnicamente, ele é chamado de Tread Wear Indicator (TWI). É uma saliência de borracha com altura de 1.6mm que é colocada dentro do sulco do pneu. Quando o desgaste do pneu atinge esse indicador, signifi-ca que já está no limite de segurança e é hora de trocá-lo.

A parte que fica em contato com o solo, que é a banda de rodagem, é a área que deve ser observada com mais atenção. É onde há o “de-senho” do pneu, como os motoris-tas costumam chamar. Quando este

“É importante calibrar os pneus levando em

consideração o peso que o veículo está levando.”

“desenho” estiver perto do limite de segurança, o pneu já passa a ser considerado careca e aí é hora de substituí-lo.

Anip – Qual a calibragem ideal?Rossi – Os pneus devem ser ca-

librados semanalmente, de acordo com a indicação do manual do fabri-cante. É importante levar em conside-ração também o peso que o veículo carrega.

mesmo carro nas mãos de alguém que o conduz numa estrada sinuo-sa, com muitos aclives e declives, em elevada velocidade e não mantendo uma regularidade de marcha, podem ter duração menor.

Além disso, a vida útil dos pneus depende de manutenção cuidadosa, que inclui, por exemplo, não sobre-carregá-los e checar periodicamente a calibragem.

Como não é possível determinar uma quilometragem específica para a troca, é muito importante que o mo-torista fique atento para o limite de segurança de desgaste dos sulcos, como explicado anteriormente. A re-solução do Contran 558/80 estabe-lece que trafegar com pneus abaixo desse limite é ilegal e, por conta dis-so, o veículo pode ser apreendido.

Anip – Quando o motorista deve realizar o balanceamento das rodas e o alinhamento da direção?

Rossi – O balanceamento das ro-das e dos pneus e o alinhamento do veículo devem ser realizados regu-larmente a cada 10 mil quilômetros rodados. Além disso, esses quesitos também devem ser checados quan-do surgirem vibrações, após troca ou conserto de pneu, quando o veículo sofrer impactos na suspensão, apre-sentar desgastes irregulares, houver a substituição de componentes da sus-pensão ou quando a direção estiver puxando para um lado.

Anip – Pneus têm garantia?Rossi – Os pneus têm garantia

contratual, de cinco anos, a partir da data da nota fiscal de compra do pneu ou do veículo (no caso de pneus de primeiro equipamento), oferecida pelos fabricantes. Na ausência des-tas, a garantia de cinco anos é váli-da a partir da data de fabricação do pneu, a qual está gravada na lateral, após o código DOT, constituída de quatro algarismos, em que os dois primeiros identificam a semana de produção e os dois últimos, o final do ano de fabricação.

Anip – Como identificar o pneu mais adequado para o meu carro?

Rossi – Pneus são desenvolvidos para fazer parte das características do automóvel, seja ele um carro pe-queno e econômico seja um esportivo de alto desempenho. Diferentes car-ros, portanto, necessitam de pneus com concepções absolutamente dife-rentes, coerentes com as exigências e especificações de cada um. Para saber o pneu adequado para um carro, o proprietário deve consultar, sempre, o manual do veículo.

Anip – Qual a vida útil dos pneus?Rossi – Não é possível determi-

nar até qual quilometragem um pneu pode ser usado, porque isso depen-de de vários fatores. Sua duração depende da carga sobre o pneu, da pressão utilizada, da maneira de di-rigir do motorista, da velocidade, da regularidade de marcha, das condi-ções mecânicas do veículo e da pis-ta de rodagem, da concentração de tráfego e ainda outros fatores como clima e temperatura ambiente.

Os pneus do carro de um motoris-ta que, por exemplo, sempre condu-za em boas rodovias, com velocidade constante na maior parte do tempo, têm duração “x”. Os pneus deste

Abrapneus6

TECNOLOGIA

Novas tecnologias potencializam processos administrativos

Mais segurança e agilidade na administração, com custos menores, contribuem para aumentar a eficiência e a rentabilidade das empresas

Hoje, em todas as áreas, admi-nistradores buscam, cada vez mais, investir em processos que facilitem sua atuação, maximizem o tempo e reduzam custos. Devido aos cres-centes avanços tecnológicos, vários destes processos já fo-ram automatizados. O IPho-ne, um dos smartphones mais desejados em todo o mundo, e o IPad, dispositivo em for-mato tablet, ainda não lan-çado no Brasil, são deten-tores de grande parte dos aplicativos facilitadores, re-centemente criados. Além de possibilitarem mobili-dade e interatividade, os produtos são referência em design e tecnologia na sua área.

A rotina de uma revenda de pneus requer diversos processos que exigem altos investimentos e disponibilidade de tempo. Além dis-to, é necessário extremo empenho e organização para administrar o estoque, controlar os serviços de pós-venda e coordenar vendedores e demais funcionários. Neste senti-do, o desenvolvimento de aplicati-vos que potencializam os processos nessas áreas é de grande utilidade.

Facilidades, segurança e custos

A Spress Software, software house especializada em soluções de gestão, com atuação nacional, tem acompanhado tendências e in-vestido em novas tecnologias. Pro-va disto é a criação do Dealer Pad,

aplicativo que viabiliza o acesso dos executivos às informações so-bre as suas empresas por meio do IPad ou do IPhone. Outra novida-

de são os seminários online, que consistem em treinamentos téc-nicos, viabilizados pela Internet, com curta duração e baixo custo. Esses treinamentos capacitam as concessionárias, sem a necessida-de de envio de profissional técnico da Spress às sedes das clientes.

Ambos os serviços facilitam o acesso às informações, além de produzir, com segurança, o conhe-cimento necessário não só à gestão da empresa, como também para a tomada de decisões. “Estes ser-viços geram e alinham, com baixo custo e praticidade, informações relevantes para os resultados das empresas”, afirma o presidente da Spress, Antônio Vidigal.

Esse aplicativo permite, por exemplo, acompanhamento, de forma ágil e prática, das vendas, dos estoques e das análises finan-ceiras. “Com o Dealer Pad os ges-tores podem consultar, de qualquer lugar do mundo e em tempo real, as operações de suas empresas. Assim, eles terão mais segurança para tomar decisões rápidas e até mesmo mudar as estratégias das concessionárias”, ressalta o presi-dente.

Treinamento via rede

Já os seminários online re-presentam, principalmen-te, redução de custos e do tempo com treinamen-

tos. De forma ágil, segura, com qualidade e menor custo,

os usuários dos softwares e servi-ços Spress podem participar dos cursos na própria mesa e utilizar as ferramentas de trabalho que já possuem. Com o serviço, os treina-mentos são promovidos com trans-missão de áudio e vídeo via Inter-net, com ferramenta que possibilita interatividade entre os participan-tes. Segundo Vidigal, “as equipes estarão habilitadas a operar todas as funções do sistema Spress, além de ter melhor aproveitamento dos processos disponíveis. Isto gera mais confiança e segurança para os profissionais”. Outra vantagem desse sistema é que dispensa o deslocamento de pessoal, algo que pode produzir significativa econo-mia de capital.

Foto

: Div

ulga

ção/

Spre

ss

Novembro/Dezembro 2010 7

GOODYEAR

Empresa lança a campanha+ Vida para os seus pneus

O consumidor que comprar quatro pneus da Goodyear, da linha para caminhões e ônibus, ganhará um vale-bônus no valor de até R$ 160,00 para a recauchutagem de seus pneus

A Goodyear acaba de lançar a campanha + Vida para os seus pneus, que tem como foco estimular o ciclo completo dos pneus. “Além da durabilidade e economia dos pneus Goodyear, com a campanha, a vida dos pneus ficará ainda maior. Nosso objetivo é estimular o ciclo completo dos pneus Goodyear, que envolve a ampla rede de revendedo-res, avançada tecnologia de recau-chutagem, ferramentas e softwares exclusivos para o gerenciamento dos pneus, bem como serviços e suportes diferenciados, além da destinação ambientalmente correta dos pneus inservíveis”, esclarece o gerente de Marketing de Pneus Comerciais da

Goodyear no Brasil, Fábio Garcia. A campanha também tem caráter

educativo, ao chamar a atenção do consumidor final para a importância do cuidado com os pneus – manuten-ção e recauchutagem – e as formas de extrair o melhor rendimento pos-sível deste importante item. Outro aspecto relevante da iniciativa é con-tribuir para poupar o meio ambiente de possíveis descartes prematuros.

Conheça a campanha

Todo consumidor que comprar quatro pneus novos da linha desti-nada a caminhões e ônibus, em um revendedor oficial Goodyear parti-

cipante, ganhará um vale-bônus no valor de até R$ 160,00.

O vale-bônus, com prazo de 60 dias a partir da data de emissão da nota fiscal do produto, proporciona-rá aos clientes a recauchutagem em quatro pneus também da linha de ca-minhões e ônibus em um Recauchu-tador Autorizado Goodyear (RAG) participante. A promoção, que vai até dezembro de 2010, é limitada para a compra de até 16 pneus por mês.

Para mais informações, consulte o regulamento, disponível no link www.goodyear.com.br/catalogo_pneus/caminhao

Abrapneus8

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/G

oody

ear

Natureza de Campeão pretendedisseminar práticas sustentáveis

Essa ação de incentivo de vendas, lançada no início de outubro, tem conceito focado em sustentabilidade, para estimular a prática de ações mais conscientes

No dia 1º de ou-tubro a Goodyear lançou a campanha Natureza de Cam-peão – Atitude nas Vendas. Reflexo no Planeta, voltada aos revendedores ofi-ciais da companhia. Mais do que estimu-lar as vendas, o ob-jetivo da campanha é disseminar ideias e práticas adotadas pela Goodyear com relação ao tema sus-tentabilidade, bem como incentivar a adoção de iniciati-vas mais conscientes no dia-a-dia.

O caráter edu-cativo, presente no conteúdo que permeará toda a ação, tem seu foco concentrado na im-portância da cons-ciência ambiental, amarrando o com-portamento comer-cial a resultados ecologicamente corretos.

“Toda nossa linha de pneus pas-seio faz parte da campanha. O que queremos é incentivar os partici-pantes a alcançarem suas metas de crescimento de vendas de forma sus-tentável. A principal mensagem da campanha é que um verdadeiro cam-peão não abre mão do econômico, mas integra dimensões sociais e am-

bientais em todas as suas decisões”, explica Patrícia La Porta, gerente de Marketing Consumer.

Conteúdo da campanha

De acordo com informações da Goodyear, todos os materiais de comunicação da campanha serão produzidos de forma sustentável, do

broadside ao hot-site. Na comunica-ção offline, serão utilizados textos de responsabil idade ambiental, explican-do como a natureza será compensada e, para a impres-são dos materiais, será utilizada fonte ecológica, na qual o design das letras e números apresen-tam pequenos círcu-los. Com isso, será possível atingir eco-nomia de até 20% nas impressões.

Já na comuni-cação online será adotado formato onde o consumo de energia é re-duzido. Para isso foi desenvolvido um hotsite ecológi-co. Por exemplo, ele tem parte das subpáginas na cor preta. Com essa cor um computador

dispensa apenas 59 watts de energia enquanto que com um fundo branco, são gastos 74 watts. Será utilizado, ainda, um contador de carbono que será atualizado conforme o tempo de conexão dos usuários. No final da campanha a Goodyear compensará a natureza plantando o número de árvores equivalentes ao que foi gera-do na campanha.

Novembro/Dezembro 2010 9

Abrapneus10

GOODYEAR

Goodyear recebe Prêmio de Reabilitação Profissional

Programa de saúde Goodyear, conhecido como Prosa G, foi premiado pelo Centro Brasileiro de Segurança, com apoio de ministérios e da CNI

A Goodyear é uma marca reco-nhecida por cuidar da saúde de seus colaboradores. Tanto que o programa de saúde Goodyear, conhecido como Programa Prosa G, recebeu o Prêmio de Reabilitação Profissional, conce-dido pelo Centro Brasileiro de Segu-rança e Saúde Industrial, com apoio do Ministério da Previdência Social,

Ministério do Trabalho e Emprego, Mi-nistério da Saúde e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre ou-tras entidades. A premiação aconte-ceu no dia 25 de outubro no auditório da Fundacentro, em São Paulo (SP).

“Essa premiação é muito importan-te para a Goodyear, pois reconhece um trabalho que vem colhendo muitos frutos”, conta Rosana Lino, coordena-dora de RH da Goodyear do Brasil e representante da empresa durante a solenidade de entrega dos prêmios. “Em 18 anos de existência, 208 cola-boradores foram atendidos e 84% de-les foram recuperados. Desde 2004, o índice de recuperação é de 89%”, diz.

O Programa Prosa G, implantado na Goodyear em 1992, tem a finalida-de de manter um ambiente de trabalho sem os efeitos nocivos decorrentes do uso indevido de álcool e outras drogas, visando à promoção da saúde, da se-gurança e da qualidade de vida de to-dos os que trabalham na empresa.

Esta é a segunda edição do Prêmio de Reabilitação Profissional. O obje-tivo é reconhecer as ações de entida-

des públicas e privadas na área de reabilitação, acessibilidade e inclusão social, tendo em vista que a incapaci-dade para o trabalho vem se tornan-do o maior problema social dos países industrializados. Além da Goodyear, outros 32 trabalhos de empresas e entidades públicas e privadas foram premiados.

Sustentabilidade socioambiental

Para a Goodyear, o processo de geração de riquezas concretiza-se sem prejudicar a natureza ou a saúde e a segurança de seus colaboradores, clientes e comunidades onde a empre-sa está instalada. Sendo um “cidadão empresarial” global, socialmente res-ponsável e consciente, a Goodyear trabalha para conduzir seus negócios e suas operações de acordo com os mais altos padrões legais e éticos. As-sim, direciona esforços para contribuir com o desenvolvimento econômico e socioambiental, o que inclui aprimorar a qualidade de vida dos seus colabo-radores e familiares, bem como da so-ciedade em geral..

Goodyear no BrasilA Goodyear do Brasil, fabricante de pneus para automóveis, vans, picapes, SUVs, caminhões, ônibus, equipamentos agrícolas,

veículos fora de estrada e para aviação, além de materiais para recauchutagem, está presente no Brasil há mais de 90 anos e conta com três mil funcionários no país.

A companhia possui operações em três unidades industriais: uma fábrica em Americana (SP), outra na capital paulista (no bairro do Belenzinho) e a unidade de materiais de recauchutagem, instalada na cidade de Santa Bárbara do Oeste (SP). Além disso, a empresa conta com sede na capital do estado, uma rede de 150 revendedores oficiais e cerca de mil pontos de venda no Brasil.

Uma das características da Goodyear é a vocação para o pioneirismo e a inovação, que resultaram na sua posição de liderança tecnológica. Para manter essa posição, a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento, em manufatura (equipamentos, matérias-primas e moldes) e no treinamento de suas equipes e de seus revendedores.

Mais informações sobre a Goodyear estão disponíveis no site www.goodyear.com.br.

Foto

: Sto

ck Im

ages

11Setembro/Outubro 2010

MICHELIN

Novidades para motos esportivasA empresa, que pretende ampliar sua participação no segmento premium, acaba de lançar o

Michelin Power Pure, o pneu mais leve do segmento de motocicletas esportivas

A Michelin acaba de lançar no mercado mundial o pneu mais leve do segmento de motocicletas esportivas: o Michelin Power Pure. Desenvolvi-do com a experiência das provas de competição, o novo produto alia essa vantagem à durabilidade e à seguran-ça, características já consagradas da marca. Com o lançamento, a empresa pretende ampliar sua participação no segmento premium de pneus radiais para motos de alto desempenho.

O Michelin Power Pure pesa um quilo a menos do que os seus concor-rentes diretos e é o pneu mais leve fabricado com a tecnologia de dois compostos (Two-Compound Technolo-gy), homologado para uso na estra-da. O Power Pure é encontrado no mercado brasileiro em uma dimensão para pneus dianteiros e em quatro di-mensões para pneus traseiros, com o intuito de equipar várias motos espor-tivas.

A opinião de especialistas

Em função do seu peso reduzido, o pneu proporciona pilotagem mais esportiva, por meio de respostas mais rápidas. “Foi bastante perceptível a diferença que a massa de um quilo fez na agilidade da moto”, afirmou o jornalista especializado Arthur Cal-deira, responsável pela agência de notícias Infomoto, após experimentar o novo pneu em Piracicaba (SP).

“Com o novo pneu, a moto se mos-trou claramente mais sensível a qual-quer manobra”, escreveu o piloto Leandro Mello, que testou o produto para a revista Duas Rodas. “Acompa-nho o desenvolvimento dos pneus da marca desde 2001, quando corri com o antigo Pilot Sport, e novamente a marca consegue surpreender, melho-rando o que já era ótimo”, concluiu.

O pneu também oferece maior se-gurança e durabilidade. A segurança

advém da segunda geração da tec-nologia de dois compostos, desenvol-vida especificamente para o Power Pure. A superfície de borracha macia nos ombros do pneu foi ampliada, permitindo melhor aderência ao as-falto, desde o início da inclinação da curva.

“Ficamos bastante surpresos com o desempenho do pneu na pista mo-lhada e fria, pois nem parecia que es-távamos andando nessas condições”, comentou Raul Fernandes Jr., editor da revista Motociclismo, que partici-pou do lançamento mundial do pneu no circuito de Almeria, na Espanha.

A longevidade da banda de ro-dagem é outra marca registrada dos pneus Michelin. A durabilidade do Power Pure deve-se à conservação da profundidade da banda, igual à dos pneus da geração anterior. A mesma quantidade de borracha e o peso reduzido são resultados da tec-nologia Michelin Light Tire Technolo-gy (LTT). “O Power Pure é um pneu bem versátil porque é bom na pista e na estrada”, escreveu o editor da Motociclismo.

Michelin Power Pure, o pneu mais leve da categoria.

Para o editor da revista Motociclismo, “o Power Pure é um pneu bem versátil porque é bom na pista e na estrada”.

Abrapneus12

Respeito ao meio ambienteO esportivo Michelin Pilot Sport 3, lançado este ano em todos os continentes, combina alto desempenho com

economia de combustível e redução das emissões de CO2

Este ano, em todos os continen-tes, a Michelin lançou o Michelin Pilot Sport 3, pneu que combina performance excepcional e contro-le da direção na estrada com ca-racterísticas ecológicas jamais vis-tas na categoria. O novo produto é chamado de “amplificador de sen-sações”, devido à maior aderência e às respostas mais precisas na direção, elementos fundamentais para quem dirige esportivamente. É o único desse segmento que contri-bui para a redução do consumo de combustível e da emissão de CO2, permitindo a direção esportiva res-ponsável.

Segundo testes realizados pelo Centro de Testes Independente TÜV SÜD Automotive, o Michelin Pilot Sport 3 oferece melhor esta-bilidade nas curvas e menor dis-tância de frenagem: três metros a menos, se comparado ao seu an-tecessor.

Além disso, o novo pneu possui vida útil 10% superior.

As principais qualidades do Mi-chelin Pilot Sport 3 estão baseadas em melhorias dos materiais utiliza-dos, da forma e da arquitetura do pneu. Com relação aos insumos, a empresa desenvolveu um composto de borracha inédito – o Green Po-wer Compound –, que possui três elementos inovadores, integrados pela primeira vez em um pneu da categoria: o Wet Grip Elastomer, borracha que adere ao asfalto, mesmo quando molhado; o Long Lasting Elastomer, determinante na durabilidade; e a sílica, componen-te indispensável para reduzir o con-sumo de combustível.

Versatilidade

Outra inovação é o Anti Surf System, a forma arredondada do ombro do pneu, que aumenta a ca-

pacidade de escoamento da água, reduzindo o risco de aquaplana-gem. Um bom nível de dirigibilidade e de precisão na direção depende da temperatura ideal da banda de rodagem em qualquer circunstância.

O pneu pode ser utilizado em vá-rias categorias de veículos. Assim, é possível equipar carros esporti-vos, sedãs, modelos potentes e de grande porte e também pequenos roadsters ou coupés. Além disso, o Michelin Pilot Sport 3 é compatível com modelos não esportivos, nas dimensões maiores (de 18 e 19 po-legadas, por exemplo).

Com o novo produto, a Michelin espera manter o percentual de par-ticipação de 10% em um mercado de cerca de 1 milhão de pneus, que cresce aproximadamente 3% ao ano. Carros como o Audi A4 e o Mercedes-Benz E63 AMG já saem originalmente de fábrica equipados com o modelo.

O esportivo que respeita o meio ambiente.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/M

iche

lin

MICHELIN

Abrapneus

Novembro/Dezembro 2010 13

Das pistas para as lojasO Grupo Michelin investe anu-

almente 500 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento. Os pneus fabricados pela empresa utilizam inovações resultantes de pesquisas do seu Centro de Tecno-logias. Mas há outro “laboratório” do qual a Michelin se beneficia para inovar. São as competições, que contribuem para melhorar o desempenho dos pneus que che-gam ao consumidor.

Entre os prêmios conquistados pela Michelin nas pistas, estão 18

vitórias na 24 Horas de Le Mans. Esse tipo de competição, de longa dura-ção, requer produtos altamente ade-rentes, com performances excepcio-nais e, ao mesmo tempo, duráveis e que economizem combustível.

A experiência possibilitou à Mi-chelin criar o Michelin Pilot Sport 3. As qualidades inovadoras do pneu, portanto, se devem a sua dupla herança: ao antecessor, que é uma referência em termos de alto desempenho, e às vitórias obtidas nas competições.

NOTAS

Esquina ExemplarEm 2010, por ocasião da Semana Nacional

do Trânsito, que ocorre anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro, o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ), em parceria com a Michelin, realizou uma ação denominada Esquina Exemplar em vários pontos do bairro da Barra da Tijuca, na capital fluminense.

A ação teve por objetivo sensibilizar e orien-tar motoristas sobre a boa conduta no trânsito. Entre os diferentes pontos abordados durante a ação estavam: a utilização correta da cadeiri-nha para o transporte de crianças e o uso do cinto de segurança também no banco traseiro, além do respeito às normas de trânsito também pelo pedestre.

Os condutores ainda foram alertados sobre o risco de falar ao celular enquanto dirigem e de consumirem bebida alcoólica. Os agentes da campanha ainda aproveitaram a oportunidade para orientar motociclistas sobre o bom uso do capacete.

O Michelin Pilot Sport 3 traz elementos fundamentais para quem dirige esportivamente

A ação Esquina Exemplar foi realizada em vários pontos da Barra da Tijuca, na capital fluminense.

Abrapneus14

CAPA

Abrapneus renova seus quadros e aposta no fortalecimento do setor

Após presidir a entidade por 18 anos, Marcio da Costa decide deixar a entidade. À nova diretoria caberá consolidar as conquistas obtidas até agora, seguindo o Plano Estratégico 2008-2020 e desenvolvendo novos

projetos, e ampliar a base associativa

Em novembro, a reunião conjunta das diretorias da Abrapneus e do Si-copneus fugiu um pouco do seu for-mato habitual. Na manhã do dia 9, na sede da associação, em São Paulo (SP), foi realizada a eleição da nova diretoria executiva e dos conselhos deliberativo e fiscal da associação, cuja posse oficial ocorre no dia 8 de janeiro de 2011.

Depois de 18 anos ocupando a presidência da Abrapneus, Marcio Olívio Fernandes da Costa recusou ser reconduzido ao cargo. Sua de-cisão se deveu à venda da DaCosta Pneus, revenda oficial da Pirelli, de sua propriedade.

“A DaCosta Pneus, com oito anos de existência, era uma empresa sóli-da e lucrativa, profissionalmente ad-ministrada. Este ano apareceu uma ótima possibilidade de negócio e ela foi adquirida pela Della Via Pneus,

de Dirceu Delamuta”, relatou. Com a fusão des-sas duas grandes es-truturas, co-mentou, a estimativa é que em 2010 sejam comer-c i a l i zado s cerca de 1,5 milhão de pneus.

N e s s a s c i rcuns tân -

cias, para ele, se afastar da direção da Abrapneus foi uma atitude ética. “Após vender minha empresa, deixei de ser um revendedor oficial e, por isso, não havia razão para continuar comandando uma entidade que foi criada justamente para representar os revendedores oficiais das marcas de pneus automotivos instaladas no país”, explicou. Ele afirmou que “quis dar o exemplo, para que, no futuro, a associação não venha a ser presidida por alguém alheio a essa categoria empresarial”.

Legado

Nesses quase 20 anos, Marcio da Costa aproximou a entidade do Sicop e transferiu para a Abrapneus o prestígio adquirido no meio sindi-cal e associativo, a qual passou a ter imagem própria, reconhecida nacio-

nalmente. Há vários anos ele preside o sindicato intermunicipal do setor e também ocupa a vice-presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), a diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC), sendo, ainda, conselheiro do Conselho Nacional do Meio Ambien-te (Conama), do Conselho do Serviço Nacional de Aprendizagem Comer-cial (Senac) e, ainda, presidente do Conselho de Defesa do Contribuinte (Codecon), atividades que continu-ará desempenhado, mesmo após a venda da DaCosta Pneus. Ele per-manecerá à frente da Comercial Au-tomotiva (CDA), revenda de pneus especiais, industriais, de motos e bi-cicletas, que envolveu três gerações no negócio, após ser criada por seu pai há 58 anos. Desde os 15 anos de idade ele já se dedicava à em-presa.

Em suas sucessivas gestões à frente da associação, o presidente Márcio, com seu natural espírito em-preendedor, transformou a entida-de e o setor. A Abrapneus também passou a ter representação no Ins-tituto Falcão Bauer, no Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), assim como em outros fóruns nacionais de discussão e decisão.

Tendo sempre a seu lado a dire-toria e Walter Paschoal, como vice-presidente, imprimiu a marca da Abrapneus no cenário associativo e sindical do comércio e investiu em sua infraestrutura. A sede foi transferida

Foto

: Cris

tiane

C. S

ampa

io

O presidente Marcio da Costa (à esq.) e seu sucessor na Abrapneus, Dirceu Delamuta.

Novembro/Dezembro 2010 15

para instalações adequadas, que dis-põem de várias salas e de auditório, situada em local nobre da capital de São Paulo, na Avenida Paulista. A en-tidade também passou a contar com competente assessoria econômica e jurídica, em diversas áreas do direito, como tributária, trabalhista, comer-cial e civil.

Isso sem contar a estruturação da assessoria de comunicações e a cria-ção da Revista Abrapneus. Idealiza-do por Márcio, esse veículo informa-tivo da associação e do Sicop, que com a edição de novembro/dezem-bro de 2010, completa seu 17º ano de existência, conseguiu evoluir cons-tantemente e manter sua qualidade gráfica e editorial. Trazendo sempre entrevistas exclusivas, informações econômicas e culturais, notícias do se-tor e matérias de entretenimento, sua linha editorial jamais permitiu que se tornasse um canal de autopromoção dos dirigentes da entidade.

Lutas e conquistas

Relembrando a trajetória da en-tidade, ele destaca alguns períodos que foram especialmente difíceis para os revendedores, como a época do governo Collor, do congelamento dos preços e do fim do tabelamento, e, também, as conquistas, que possi-bilitaram ao setor chegar ao ponto de evolução em que se encontra hoje. “No campo fiscal ocorreu uma verda-deira revolução. Apesar das grandes pressões, derrubamos a instituição do Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) nas empresas que estavam equiparadas a indústrias para efeito de tributação. Também conseguimos que fosse adotado no setor o regime de substituição tributária do ICMS em âmbito nacional, o que trouxe equi-líbrio para o mercado, ao evitar a concorrência desleal. Posteriormen-te, ainda obtivemos a implantação do PIS/Cofins monofásico. Com isso,

simplificamos a tributação do nosso segmento, que hoje tem de apurar, apenas Imposto de Renda e as taxas acessórias.”

O presidente também falou sobre a luta travada pela associação con-tra a importação de pneus usados e recauchutados, por entender que se tratava de transferir para o Brasil o descarte internacional de pneus. E citou as batalhas para evitar a impor-tação de pneus novos sem o devido controle de qualidade. “Esse assunto foi resolvido com a instituição do selo que qualidade do Inmetro”, assegu-rou.

Ele comentou que em todas as ocasiões colocou os interesses do setor acima dos seus pessoais e que “nunca houve decisão que não fos-se tomada pela diretoria”. Também mencionou o ‘triunvirato’, composto por ele, Walter Paschoal e Dirceu Delamuta, destacando o espírito de-mocrático que sempre defendeu: “ao

Diretoria e conselhosConheça a seguir a nova composição da diretoria e dos conselhos da Abrapneus, que deverão conduzir a

entidade nos próximos três anos. Diretoria Executiva (membros efetivos) Presidente Dirceu Delamuta (Della Via Pneus) 1º Vice Presidente Paulo Sergio Paschoal (D. Paschoal) 2º Vice Presidente George Galuban (Rede Recapex) Secretário Geral Rodrigo Carneiro (Grupo Comolatti) 1º Secretário Gláucio Telles Salgado (Gama Comercial) Tesoureiro Geral Carlos Alberto D. P. Costa (Caçula de Pneus) 1º Tesoureiro Ivo Giunti Yoshioka (Pneuac) Diretor Horácio Franco Zacharias (A Esquina dos Pneus) Diretor Itamar Laercio Grotti (Comercial Douglas) Diretor Ricardo Nigro Amendola (Caiado Pneus)

Conselho Deliberativo Airton Scarpa (ABC Pneus) Alexandre Quadrado (Excelsior Pneus) Aluizio Crispim de Carvalho (HC Pneus) Antônio Augusto S. Costa (Pneusola) Carlos Alberto D. P. Costa (Caçula de Pneus) Dirceu Delamuta (Della Via Pneus) Francisco Amaral Filho (F. Amaral Filho) George Galuban (Rede Recapex) Gerardo Gusmão Bastos Filho (Gerardo Bastos) Gláucio Telles Salgado (Gama Comercial) Henrique Koroth (Minas Pneus) Horácio Franco Zacharias (A Esquina dos Pneus) Itamar Laercio Grotti (Comercial Douglas) Ivo Giunti Yoshioka (Pneuac) João Faria da Silva (Campneus) José Manuel Pedroso da Silva (Rede Manaus) Paulo Sergio Paschoal (D. Paschoal) Ricardo Nigro Amendola (Caiado Pneus) Rodrigo Carneiro (Grupo Comolatti) Sergio Carlos Ferreira (Tropical Pneus)

Conselho Fiscal Efetivos Suplentes João Faria da Silva (Campneus)

Gerardo Gusmão Bastos Filho (Gerardo Bastos)

Aluizio Crispim de Carvalho (HC Pneus)

Alexandre Quadrado (Excelsior Pneus)

Antonio Augusto S. Costa (Pneusola)

Sergio Carlos Ferreira (Tropical Pneus)

CAPA

Abrapneus16

redigir meus discursos, por exemplo, sempre ouvia a opinião de ambos an-tes da versão final.”

Agradecimentos e incentivo

Ao final da reunião, Marcio referiu-se a todos os que, de alguma forma, colaboraram com ele e seu trabalho à frente da instituição. “Agradeço ao meu pai, Mário Fernandes da Costa, que começou sua vida profissional na Michelin – que interrompeu suas ativi-dades no Brasil na época da guerra – e posteriormente foi trabalhar na Fi-restone, de onde saiu, em 1952, para fundar a MF Da Costa, hoje CDA. Foi ele quem me introduziu nesse ramo de atividade, no qual obtive grandes re-alizações profissionais e grandes ami-zades”. Márcio estendeu o agrade-cimento a seu filho, que desde os 18 anos, ao seu lado, vem se dedicando aos negócios da família. “Agradeço, ainda, a todos os que contribuíram na minha vida profissional e particular, pois dentro do setor fiz muitos ami-gos; a Gerardo Tommasini – ausente hoje por motivo de saúde –, a Walter Paschoal e a todos os que me presti-giaram ao longo desses 18 anos”, dis-se, sem se esquecer de mencionar sua assessoria e os funcionários.

“Acredito que Dirceu e a nova di-retoria irão oxigenar a associação e conduzirão muito bem os projetos previstos no Plano Estratégico 2008-2020 da Abrap/Sicop, desenvolven-do novos e agregando entusiasmo A pauta da reunião do dia 9 de novembro não se restringiu às eleições.

à Abrapneus”, declarou, desejando muito sucesso aos novos diretores e conselheiros.

Sucessão

Em seguida, o novo presidente Dir-ceu Delamuta, eleito em chapa única com os membros para diretoria execu-tiva, conselho deliberativo e conselho fiscal, falou da difícil tarefa que lhe coube, de substituir Marcio da Costa, que “deu credibilidade à entidade e lhe conferiu maior representatividade no meio político”.

“O mercado cresceu e, nos últimos anos, a importação chegou a 30% do total de pneus comercializados no país. Os novos players conquistaram parte do mercado e temos de encon-trar formas para recuperá-la. Conto

com todos vocês para poder fazer um bom trabalho à frente da Abrap”, declarou. (Veja mais na seção Entre-vista desta edição.)

Assim como outros presentes, Pau-lo Sergio Paschoal agradeceu o tra-balho de Marcio nesses 18 anos e de diversos diretores, como Walter Pas-choal, Isac Sitnik e Dirceu Delamuta, que ajudaram os revendedores e o setor como um tudo a superar dificul-dades. E, para finalizar a reunião, também Walter Paschoal disse algu-mas palavras, agradecendo os elo-gios recebidos, revelando aspectos da história da entidade e lembrando que, “por um tempo fomos mal com-preendidos pela indústria e por parte dos revendedores, que hoje devem reconhecer que na época algumas ações eram necessárias”.

Novembro/Dezembro 2010 17

Como os revendedores veem a trajetória da entidade e da categoria empresarial? O que o setor espera da nova diretoria? Quais os desafios a serem vencidos? Aqui, revendedores presentes à reunião, se manifestam a esse respeito.

“Durante sua gestão, Marcio da Costa contribuiu para agregar os revendedores e deixa a presi-

dência numa situação em que o segmento está definitivamente mais preparado para seguir adiante. Os problemas sempre existiram. Para cada um procuramos dar a solução adequada e, assim, conseguimos crescer como atividade e associação e evoluir.

Acredito que a renovação é sempre importante, porque traz novas idéias e novos valores. A nova gestão pode con-tar com nosso apoio para que o setor possa melhorar a cada dia.”

Aluizio Crispim Carvalho – HC Pneus (Brasília/DF)

“A gestão de Marcio da Costa foi excelente. Creio que progredimos bastante e obtivemos muitas con-quistas. Nossa perspectiva para a próxima gestão também é positiva, pois o Dirceu Delamuta já está co-nosco há 18 anos, conhece os pro-

blemas do segmento melhor do que ninguém e acredito que fará uma gestão atuante.

Hoje temos problemas em nosso setor, como a concor-rência dos importados. Vamos precisar de um plano estraté-gico para conquistar bons resultados para o mercado como um todo.”

João Faria da Silva – Campneus (Campinas/SP)

Com a palavra, os revendedores

“Estou na Abrapneus desde a fundação e a atuação do Marcio, na

questão de relacionamentos e políticas públicas, foi fundamental. Ele levantou bandeiras, como a da substituição tributária e as relacionadas com o comércio internacional, que só mesmo com parcerias do nosso setor com a indústria poderiam ser conquistadas. Ele trouxe a Abrapneus para um contexto respeitável diante de diversos públicos e obteve conquistas importantes.

Márcio está entregando uma responsabilidade muito grande para a próxima diretoria. Mas isso é necessário e acredito que na nova gestão haverá continuidade desta postura séria e comprometida com o segmento. Dirceu está bem preparado e po-derá contar com o apoio da categoria, especial-mente no que se refere à questão de resíduos.

Temos um trabalho muito grande nesse sentido. O segmento inteiro já faz sua parte quanto ao tratamento dos resíduos. Está surgindo uma nova legislação estadual para o meio ambiente e preci-sam ser aparadas as arestas para que a respon-sabilidade e o ônus não recaiam exclusivamente sobre a revenda.

A Abrapneus vem desenvolvendo o Sedac, um selo que demonstra toda a responsabilidade que temos com o meio ambiente, como captação e en-trega dos resíduos. Temos de mostrar esse conceito de sustentabilidade à população, para que ela dê valor a isso. Com o Sedac queremos uniformizar esse processo de descarte de resíduos e divulgá-lo à sociedade.”

Carlos Alberto D. P. da Costa – Caçula de Pneus (SP)

Foto

s: C

ristia

ne C

. Sam

paio

Abrapneus18

CAPA

“Acho que a Abrapneus foi um ponto de apoio para o revendedor, porque nosso ramo era fracionado e agora conseguimos aglutinar as revendas e nos organizar, de uma for-ma geral, e disciplinar esse mercado. Fizemos muita coisa, mas acho que ainda tem muito a fazer, pois o melhor sempre pode ser melhorado.

A atuação da associação foi importante em várias ocasiões difíceis, como quando do tabelamento de preços, no Governo Sarney, em que o setor poderia ter quebrado. A Abrap também tomou certas medidas para conter a importação de pneus. Os importa-dores têm uma forma agressiva de competir no mercado, oferecendo preços baixos, po-rém, com produtos sem qualidade. Isso atrapalha o mercado com competição desigual.

Quanto à lei de resíduos, deve-se considerar um enfoque diferente do atual, porque o ônus recai sobre a fábrica e o revendedor. O dono do pneu é o dono do carro, certo? Como, então, obrigar

o revendedor ou o fabricante a recolher um pneu velho que não é dele? É preciso educar a população para que devolva o pneu velho para o descarte apropriado.

Quanto à nova gestão, acredito que haverá continuidade no que vem sendo feito pela atual diretoria e sei que o Marcio da Costa estará sempre dando sua contribuição na busca do melhor para a revenda.”

Itamar Laércio Grotti – Comercial Douglas de Pneumáticos (SP)

“Há mais de seis anos participo da diretoria da Abrapneus. Todo o trabalho sempre envolveu muita luta para que a associação pudesse se tornar uma entidade representa-tiva, como é hoje.

A meu ver, uma das ações mais importantes da Abrapneus em sua trajetória foi com relação à regulamentação da substituição tributária; se não tivesse sido instituída essa forma de recolhimento de imposto, talvez não estivéssemos aqui hoje. Acredito que essa tenha sido a maior conquista da entidade nesses anos.”

Isac Moyses Sitnik – Caiado Pneus (SP)

Como os revendedores veem a trajetória da entidade e da categoria empresarial? O que o setor espera da nova diretoria? Quais os desafios a serem vencidos? Aqui, reven-dedores presentes à reunião, se manifestam a esse respeito.

“O que o Marcio conseguiu nos meios políticos e empresariais foi muito importante para o nosso setor, como a consolidação da revenda no mercado de pneus. Tivemos mui-tos problemas e diferenças comerciais ao longo dos anos, que foram ajustadas pela forte atuação da Abrapneus.

Hoje o mercado ainda precisa de recomposição de margem e existe uma demanda boa, que não estamos aproveitando. Acredito que a própria Abrapneus conseguirá en-contrar uma solução e que, a partir de agora, com a direção de Dirceu Delamuta, haverá a continuidade de um trabalho sério, que já vinha sendo realizado.”

Antonio Augusto da Silva Costa – Pneusola Pneus (MG)

Novembro/Dezembro 2010 19

Mercado conhece os novos dirigentes da Abrap

Na festa de confraternização da Abrapneus/Sicop o setor conheceu a composição da nova diretora da Abrap e seus projetos para os próximos três anos

Como nos últimos anos, também em 2010 a tradicional festa de confra-ternização da Abrapneus/Sicopneus foi realizada na sede da Fecomer-cio, em São Paulo (SP). Entretanto, o evento, que ocorreu na noite do dia 22 de novembro, teve outra função, além de fomentar o congraçamento dos empresários do setor, tanto da in-dústria, quanto da revenda de pneus.

O evento foi marcado pela despe-dida de Marcio Fernandes da Costa

da Abrapneus e pela chegada da nova diretoria da entidade, ainda que sua posse oficial ocorra somente em janeiro.

A festa foi uma doa oportunidade para que, em rápidas palavras, Mar-cio expusesse os motivos que o leva-ram a deixar o comando da Abrap-neus. Ele também agradeceu ao filho, ao pai e a todos os que contribuíram com seu trabalho à frente da associa-ção, como os diversos revendedores

e conselheiros das entidades e, tam-bém, os presidentes e executivos do setor industrial, presentes à festa. E, por fim, desejou sucesso ao seu suces-sor e a toda a diretoria, reafirmando seu empenho em continuar o trabalho em prol do setor na presidência do Sicop e nas demais instituições das quais participa. (Veja reportagem completa sobre a trajetória de Mar-cio da Costa no comando da Abrap-neus na página 14 desta edição.)

Ao lado da diretoria, Marcio da Costa se despede da Abrapneus, mas não do setor.

Foto

s: S

onia

Mel

e

Abrapneus20

CAPA

Mais pronunciado que em 2009, quando a sombra da crise econômica internacional ainda ameaçava o de-senvolvimento econômico do Brasil, este ano, o clima que predominou na festa foi de franco otimismo. Os temores não se justificaram, o país e

“A figura do Marcio da Costa confunde-se com a figura da Abrapneus, mas a renovação é salutar, porque o Dirceu Delamuta vai agregar novas ideias e o mundo exige isso.

Em 2010 houve recuperação razoável do setor e vamos torcer para que isso se mantenha no ano que vem, acreditando que os resultados serão positivos. Porém o atual governo termina com popula-ridade de 80% e em 2011 inicia-se novo governo ainda sem popularidade. Isso nos deixa em alerta, mas a nova presidente Dilma Rousseff tem grande respaldo da população e deverá manter o cresci-mento da economia em torno de 5% do PIB, o que é interessante.

Atualmente há grande participação dos importados no nosso mercado, mas a Anip está trabalhan-do para coibir os excessos, como a importação terceirizada. Nesse sentido, estamos em acordo com

o governo, que editou portarias para inibir esses processos, pois temos de combater a concorrência desleal. No início de 2011 tentaremos coibir de 20% a 30% do volume de importação, que é realmente desleal.

Em relação ao meio ambiente, somos o setor que está na vanguarda no mundo todo. E vamos continuar a impulsionar ações que minimizem os efeitos ambientais de nossa atividade e produtos.”

Eugenio Deliberato, presidente da Anip

Previsões da indústria

Após sua manifestação, o presidente eleito, Dirceu Delamuta, agradeceu “a todos os que, nesses 30 anos, souberam manter vi-vos os ideais da Abrap,”, destacando as ações de seus antecessores e direto-res, voltadas ao aprimora-mento do mercado. E fez uma homenagem especial a Gerardo Tommasini. Na ocasião, lembrou sua tra-jetória no Brasil, iniciada há mais de 50 anos. Con-siderou-o um exemplo para todos, pois, começou na Pi-relli como office-boy e, por mérito próprio, tornou-se presidente da empresa.

Dirceu comentou o de-senvolvimento do setor na última década e também o trabalho coordenado da Abrapneus com a Anip, que possibilitou a cole-ta e a reciclagem de mais de 200 mi-

lhões de pneus inservíveis.“O fato é que passamos a viver e

a operar num ambiente de altíssima

complexidade. Em termos práticos, isso requer gestão cada vez mais eficiente nos negócios e uma instituição apta a responder aos de-safios enfrentados por seus membros, como a Abrap”, avaliou.

Com base nessas premis-sas o novo presidente pro-pôs a implantação na enti-dade de uma gestão aberta às novas gerações, visões de mundo e dos negócios, com a criação de conselhos de diferentes perfis, como o de jovens e de experts, e estreitar ainda mais os laços com a Anip.

Por fim, reafirmou sua confiança nos rumos do país e na estabilidade eco-nômica, contando com es-

sas condições para que a nova dire-toria possa “trabalhar por uma Abrap cada vez mais forte, à altura dos so-

Dirceu Delamuta, o presidente eleito da Abrap, fez uma homenagem espe-cial a Gerardo Tommasini.

o mercado tiveram crescimento sur-preendente e as previsões são de que continuem nessa trajetória, mesmo com a troca de comando no Governo Federal.

Esse otimismo transparece na manifestação de representantes da

indústria, presentes ao evento. Em seus depoimentos, além de comentar a trajetória do setor e as mudanças ocorridas na Abrapneus, durante o comando de Marcio da Costa, e ava-liaram as perspectivas do mercado e do país para o próximo ano.

Novembro/Dezembro 2010 21

“Nesse mundo dos pneus temos que trabalhar juntos para conseguir melhorar as coisas. O Marcio está há muitos anos à frente da Abrapneus com ótima atuação e temos certeza que a nova diretoria fará um ótimo trabalho, como o que vem sendo feito até agora.

Em relação à economia, o Brasil está num patamar privilegiado e com boas oportunidades de ne-gócios. A indústria de pneus poderia fabricar mais e gerar mais empregos no Brasil, mas a importação de pneus da China é um fator complicador. Temos que atuar através da Anip para inibir isso, pois, hoje, cerca de 30% do mercado está nas mãos dos importados chineses; temos de ter atuação mais forte para que também sejam adequadamente fiscalizados.”

Humberto Gómez, presidente da Bridgestone na América Latina

“Acabei de chegar ao Brasil, mas posso ver que há muitas coisas para construir e desenvolver nesse mercado, que está crescendo muito. Temos muito trabalho a fazer, de forma homogênea, para atingir nossas metas.

Acho que o Brasil conquistou sua estabilidade econômica, o que lhe dá credibilidade para atrair novos investimentos estrangeiros. Isso vai permitir que cresça de maneira saudável. Vejo o cenário com muito otimismo, pois há muitas oportunidades neste país, com um crescimento regular e sustentável. Temos muito a fazer na área ambiental. Já temos projetos de reciclagem, mas temos que trabalhar nos produtos para minimizar o consumo de combustíveis e a emissão de CO2.”

Jean Philippe Ollier, presidente da Michelin no Brasil

“A Goodyear está no Brasil há mais de 90 anos e nossa relação com a Abrapneus sempre foi muito boa. São muitos anos de integração. A gestão que se inicia significa um momento novo, com muito espaço para o crescimento da parceria entre a Abrap e Anip.

Em relação á economia brasileira, 2010 foi um ano positivo; nosso segmento acompanhou seu crescimento. Em relação ao futuro, as perspectivas são boas também e vemos o país com indicadores macroeconômicos estáveis e positivos. Fatos como a Copa do Mundo e Olimpíadas vão movimentar a economia e nós vamos acompanhar tudo isso também.

Quanto ao meio ambiente é importante destacar que a Goodyear sempre foi responsável nessa área. Temos investido em educação, para que as pessoas entendam a abrangência do tema sustenta-bilidade, como parte da estratégia da empresa.

Sobre os pneus importados, a empresa tem duas propostas claras: inovação e sustentabilidade. Com isso estaremos bem preparados para atuar num mercado cada vez mais competitivo.”

Giano Artur Agostini, presidente da Goodyear no Brasil

“Mudanças são sempre bem-vindas, pois trazem novas idéias. E o momento da troca de gestão da Abrapneus está em sintonia com o do nosso o país, que vive a expectativa do início de um novo governo. Neste cenário, a nossa expectativa é que a nova diretoria executiva da Abrapneus mantenha a habilidade nas negociações com governos e montadoras e trabalhe em conjunto com todos os revendedores e fabri-cantes de pneus, na busca do progresso do setor. As perspectivas são muito boas, pois a produção da indústria automotiva mostra viés de crescimento.

Recentemente, a Pirelli anunciou o plano industrial para o triênio 2011-2013 com investimentos globais de US$ 1,2 bilhão. O Brasil receberá uma importante fatia desse montante: US$ 300 milhões para aumen-tar a produção de todas as cinco fábricas nacionais. E esses investimentos não perderão de vista o meio ambiente: a Pirelli, como líder de mercado na América Latina, dá o exemplo das práticas sustentáveis nas fábricas, como atesta sua eleição pelo quarto ano consecutivo como empresa líder mundial no setor de Autopeças e Pneus no Índice Dow Jones de Sustentabilidade.

Mas além do que fazemos em casa, apoiamos a Reciclanip, que já investiu mais de R$114 milhões nos últimos 11 anos para a coleta e a destinação correta de mais de 1,3 milhão de toneladas de pneus inservíveis. Hoje muitos revendedores Pirelli já colabo-ram com o programa como pontos de coleta, mas queremos multiplicar essa ação. Desta forma, seguimos no processo de trabalho conjunto com revendedores e fabricantes na busca do bem comum.

Agradeço toda a dedicação e empenho de Márcio da Costa no ótimo trabalho realizado nesses 18 anos de liderança da Abrap-neus e aproveito para dar as boas-vindas a Dirceu Delamuta no comando da associação.”

Guillermo Kelly, CEO da Pirelli Pneus para a América Latina

Abrapneus22

ENTREVISTA

Consolidação e crescimento sãoprioridades na nova gestão

O presidente eleito da Abrapneus, Dirceu Delamuta, comenta aqui a criação e o desenvolvimento da entidade e os projetos previstos para o próximo período

Foto

: Cris

tiane

C. S

ampa

io

Dirceu Delamuta, presidente eleito da Abrapneus.

No dia 9 de novembro, Dirceu Delamuta foi eleito para presidir a Abrapneus nos próximos três anos. A posse oficial da nova diretoria executiva, assim como dos integran-tes dos conselhos deliberativo e fis-cal, também eleitos naquela data, ocorrerá em 8 de janeiro de 2011.

Delamuta, que vem participan-do da entidade desde sua criação, em gestões anteriores se dedicou a funções administrativas e ligadas a finanças. Nesta entrevista revela sua trajetória empresarial, avalia a história da entidade, especialmente no âmbito político institucional, e a evolução de sua força e credibi-lidade, que possibilitou ao setor a conquista de condições satisfatórias para seu desenvolvimento.

Para ele, o momento, agora, é de consolidar as conquistas e am-pliar a base de associados, sem, no entanto, deixar de intervir nos des-tinos da categoria, atuando, princi-palmente no campo ambiental.

Revista Abrapneus – Como vê o desenvolvimento da Abapneus, es-pecialmente nos últimos anos?

Dirceu Delamuta – A Abrapneus teve papel muito importante nes-ses 30 anos da história do setor. Nas últimas décadas, sua atuação foi decisiva em diversas situações, como, por exemplo, no processo de desregulamentação do mercado – que até então tinha preço tabe-lado – e na reestruturação tributá-

“Daqui em diante nosso trabalho é de consolidação do que

já foi feito. Além disso, precisamos ampliar o

número de associados, para fortalecer a

entidade.”

ria do setor, que levou à instituição da substituição tributária no ICMS e da aplicação do PIS/Cofins mo-nofásico. Vale destacar que obtive-mos essas conquistas de forma har-moniosa e organizada e que se não tivéssemos feito gestões eficientes junto aos órgãos relacionados com nosso setor, o desfecho de questões polêmicas como essas poderia ter sido muito prejudicial ao desenvol-vimento da nossa atividade empre-sarial.

Dentro desse quadro, não pode-mos esquecer a inserção da Abrap-neus no âmbito político e adminis-trativo e do fortalecimento da sua imagem no mercado e junto aos organismos de decisão, um proces-so que ganhou impulso na adminis-tração de Marcio Olívio da Costa, especialmente.

23Setembro/Outubro 2010

“A partir de 2011, temos que consolidar

essas ações, mostrando aos revendedores e à

sociedade como é tratado o descarte dos pneus e

melhorando esse processo e sua divulgação.”

Abrapneus – Quais, a seu ver, os desafios imediatos da nova di-retoria? Quais seus projetos para o curto prazo?

Delamuta – Daqui em diante nos-so trabalho é de consolidação do que já foi feito. Além disso, preci-samos ampliar o número de asso-ciados, para fortalecer a entidade. Outro trabalho a ser executado é o da observação constante do com-portamento do mercado. Este está evoluindo rapidamente, porém, vem ocorrendo crescimento da im-portação de pneus impulsionado por agentes independentes. Esse é um dos motivos pelos quais preci-samos entender bem esse processo, uma vez que essa fatia representa de 25% a 30% do mercado. Em paralelo, temos de trabalhar com as indústrias, para encontrarmos meios de buscar essa parcela de vendas perdida.

Sabemos que isso é difícil, pois o Brasil está se internacionalizan-do cada vez mais, o que leva ao aumento da importação. Com isso, caso não tenhamos uma forma or-ganizada de tratar a questão, sere-mos duramente penalizados. Então, acho que devemos nos fortalecer com novos sócios e ficarmos atentos ao que está acontecendo no mer-cado, nesse e em outros campos, como o ambiental.

Abrapneus – E, por falar nisso, como a questão ambiental será tra-tada pela Abrapneus?

Delamuta – A questão ambien-tal é um dos temas em destaque da pauta da direção da Abrapneus. Este ano e daqui para frente o as-pecto ambiental tem de ser obser-vado atentamente, principalmente nos grandes centros, como São Pau-lo, Belo Horizonte e outros, em que a consciência é mais desenvolvida e as pessoas têm maior percepção sobre a importância de cuidar do

meio ambiente. Atualmente o con-sumidor valoriza muito a empresa ambientalmente responsável. As-sim, queremos fazer um trabalho, em parceria com a Anip, para es-clarecer o mercado, a sociedade, sobre as iniciativas do setor no cam-po ambiental e as contribuições que o consumidor pode dar quanto ao descarte correto dos pneus velhos.

Nosso segmento é um dos únicos do país a ter ações efetivas nesse contexto. A partir de 2011, temos que consolidar essas ações, mos-trando aos revendedores e à socie-dade como é tratado o descarte dos pneus e melhorando esse processo e sua divulgação.

irão conduzir a empresa no futuro, se dê de forma organizada.

Ressalto que é essencial que o proprietário/empresário saiba o momento certo de fazer a transição do negócio, a sucessão, acreditan-do nos jovens. Muitas empresas fecharam as portas por não terem conduzido satisfatoriamente esse processo. A preparação da gera-ção futura é fundamental para que a sucessão ocorra de maneira tran-quila e eficiente.

O nosso segmento exige muito do empresário. Eu trabalho de oito a dez horas todos os dias, pois a atividade exige rapidez nas de-cisões e envolve valor financeiro muito alto. Não podemos parar no tempo, porque este é um mercado muito competitivo; temos de inves-tir constantemente em inovações – tanto do ponto de vista tecnológico quanto no campo administrativo. Ao longo dos últimos dez anos, pra-ticamente, investimos muito em in-formática, por exemplo, implantan-do programas que monitoram toda a empresa e nos mantém informa-dos sobre sua operação. Isso nos dá agilidade para tomar decisões rápidas, de forma a acompanhar os movimentos do mercado.

Abrapneus – Comente sua traje-

tória na Abrapneus. Como chegou à associação e qual vem sendo sua participação na entidade?

Delamuta – Meu pai e eu somos sócios-fundadores da Abrapneus e, desde o início, eu comparecia às reuniões. Comecei a participar da diretoria como tesoureiro e, até hoje, permaneci na direção da as-sociação, nessa função. Assumir a presidência é um desafio, pois é preciso coordenar as ideias de to-dos os associados e seus anseios, para aproximá-los de sua entidade e para que, com isso, o segmento seja cada vez mais fortalecido e atuante.

Abrapneus – Está há muito tem-po no setor de revenda de pneus? Pode considerar sua empresa tradi-cional no ramo?

Delamuta – A Della Via é uma empresa que existe há 43 anos no mercado. Ela foi fundada por meu pai e, atualmente, já estamos pre-parando a terceira geração da fa-mília para entrar no negócio. Este é um segmento tradicional dentro da economia e isso é importante. Essa é uma das razões para que a pre-paração das novas gerações, que

Abrapneus24

25Setembro/Outubro 2010

26 Abrapneus

BRIDGESTONE/FIRESTONE

Turanza ER300 Ecopia é destaque na revista Auto Bild

Teste de pneus ecológicos da conceituada revista alemã destaca a importância de manter a segurança no molhado acima da busca pela eficiência de combustível

No recente teste da nova gera-ção de pneus ecologicamente cor-retos, a revista Auto Bild – líder entre as publicações automotivas na Alemanha, com sete milhões de exemplares vendidos por mês, em 36 países – colocou no topo de seu ranking de pneu “muito re-comendável” o Bridgestone Turan-za ER300 Ecopia.

A Auto Bild elegeu com a indi-cação “muito recomendável” so-mente três marcas, das cinco testa-das, e destacou apenas o Turanza ER300 Ecopia pela sua “equili-brada característica no seco e no molhado, alta segurança para hidroplanagem, boa frenagem no molhado e baixo ruído, ao mesmo tempo em que proporciona satis-fatória economia de combustível”.

O Turanza ER300 Ecopia se destacou pelo equilíbrio demonstrado no seco e no molhado.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/Br

idge

ston

e

27Maio/Junho 2010

O teste para os pneus 205/55 R16 utilizou um Mercedes-Benz Classe C e mensurou o consumo de combustível, por meio de um aparelho ultra-preci-so instalado no veículo, nas velocida-des de 80, 100 e 130km/h. Também foram avaliados o desempenho do pneu em situações de hidroplanagem em retas e em curvas, a dirigibilidade e a frenagem no molhado e no seco, o nível de ruídos e a resistência ao rolamento.

Segurança X economia

A reportagem da Auto Bild, pu-blicada na edição de agosto de 2010, alerta os leitores sobre o outro lado da economia de com-bustível proporcionada pela baixa resistência ao rolamento, que é o decréscimo na segurança, especial-mente na aderência em piso molha-do. O artigo chama a atenção para as novas regulamentações que en-trarão em vigor nos Estados Unidos em 2012, as quais exigirão que os pneus apresentem um selo com os índices de segurança e de consumo de combustível.

Enquanto aponta que a diferen-ça absoluta na resistência ao rola-mento entre os pneus testados foi relativamente baixa, a Auto Bild afirma que “os dois maiores econo-mizadores foram apenas satisfató-rios, não particularmente bons no molhado, e precisam de um espaço

Tecnologia Ecopia no Brasil

Assim como o Turanza ER300 Ecopia, o Bridgestone B250 Eco-pia, comercializado no Brasil nas medidas 165/70 R13 e 175/65 R14, também foi reconhecido por montadoras e pela imprensa nacio-nal por seu extraordinário desem-penho. Foi vencedor na categoria

Sustentabilidade, do Volkswagen Su-ply Award 2010, e está concorrendo ao prêmio AutoData 2010 na cate-goria Inovação Tecnológica. Na im-prensa, o produto foi destaque em al-gumas das mais importantes revistas do setor, como Quatro Rodas, Auto Esporte e AutoData.

O B250 Ecopia segue a mesma linha de pneu ecológico do ER300

Ecopia, com baixa resistência ao rolamento, economia de com-bustível e, consequentemente, re-dução das emissões de CO2. Os resultados alcançados pelo pneu foram conseguidos por meio da utilização de novos tipos de com-postos e, sobretudo, pelo uso da nanotecnologia – a exclusiva Na-noPro-Tech™.

maior para parar o carro”. Como a publicação ressalta: “em uma emergência, cada metro de distân-cia de frenagem conta.”

Ao longo de um extenso progra-ma de desenvolvimento em itens de segurança e ambientais, a Brid-gestone designou o pneu Turanza ER300 Ecopia para proporcionar significativa economia de com-bustível, mas apenas até um nível em que a segurança não fosse comprometida. Isso foi conseguido por meio de nova tecnologia de enchi-mento que reduz o aque-cimento durante a rota-ção do pneu, permitindo a melhoria da resistência ao rolamento e o baixo consumo de combustível. Todas as outras caracte-rísticas de desempenho foram mantidas, incluindo o elevado nível de segu-rança no molhado.

Des Collins, vice pre-sidente de Comunicações para a Europa comentou: “a filosofia da Bridgestone é de produzir pneus com desempe-nho bem equilibrado. Por ter fi-cado em primeiro em cinco de dez testes da Auto Bild, estamos satis-feitos em poder reunir nossos obje-tivos primários de segurança e de bom desempenho em uma grande variedade de condições”.

O pneu ocupa o topo do ranking “muito recomen-dável” da Auto Bild.

Abrapneus28

BRIDGESTONE/FIRESTONE

Chega ao mercado novo esportivo de alto desempenho

O Potenza RE760 Sport desembarca no mercado de reposição como o principal produto esportivo da Bridgestone no segmento de veículos de alto desempenho fabricado no Brasil

Em novembro, durante a semana do GP do Brasil de Fórmula 1, a Brid-gestone lançou no mercado nacional o Potenza RE760 Sport para ocupar a posição de principal produto esportivo de sua linha de alta performance pro-duzido no Brasil. Com um inovador de-sign da banda de rodagem, o Potenza RE760 Sport substituirá o Potenza GIII, atual carro-chefe da linha. O mercado de pneus de alto e altíssimo desempe-nho (índice de velocidade acima de H e velocidade de até 300 km/h) está em franco crescimento. As vendas de veí-culos equipados com estes pneus vêm apresentando crescimento médio de 50% ao ano, acumulando mais de 1,2 milhão de veículos no período e mais de 6 milhões de pneus que entraram para o mercado de reposição.

O novo Potenza RE760 Sport é pro-duzido na fábrica localizada no Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia, consi-

derada como uma das mais avançadas do mundo e a mais moderna do Brasil, devido ao seu processo produtivo mo-dular. “Este produto é uma evolução em termos de tecnologia e design”, diz Marco Antonio Carneiro, diretor de Marketing e Vendas Consumo da Brid-gestone do Brasil. “Com ele, o consumi-dor tem à disposição um produto proje-tado para quem gosta de esportividade e alto desempenho, mas não abre mão de segurança e conforto, seja em piso seco ou molhado.”

Pelas suas características construti-vas e com o uso novas tecnologias, o pneu oferece respostas de direção mais eficientes e maior precisão em mano-bras, proporcionando, ao mesmo tem-po, maior capacidade de aderência e índice de ruído reduzido. “O desenho inovador da banda de rodagem combi-na com os esportivos de última geração e garante desempenho máximo”, afir-ma Marcio Furlan, gerente de Marke-ting Consumo da Bridgestone do Brasil.

Nesta primeira fase de lançamento, o modelo estará disponível nas medidas 225/50 R17, 195/55 R15, 205/55 R16, 215/55 R16, 195/60 R15, 205/60 R15, 205/60 R16, 215/60 R16 e 195/65 R15. Com esta gama, a Bridgestone pretende atender, na reposição, a gran-de variedade de marcas e modelos, como Ford Fusion e Focus, Honda Ac-cord, VW Golf e Polo Sedan, Audi A3 e A4, Citroën C4 Pallas e Toyota Camry.

Lojas especializadas

Consolidando sua estratégia nesse segmento, a Bridgestone possui, em sua rede oficial de revendedores, lo-jas especializadas para atender a este

mercado. Esses centros automotivos dis-põem de completo leque de produtos e serviços e se diferenciam por oferecer ambiente completamente inovador, se comparado ao encontrado em lojas convencionais de pneus. Esse ambiente reflete o que a marca Bridgestone quer transmitir ao consumidor: alta tecnolo-gia, desempenho, sofisticação. Tudo em um espaço confortável, moderno e funcional.

“Mais do que uma linha completa de pneus e produtos associados, ofe-recemos completo suporte de serviços para o veículo do cliente, sempre tendo como foco sua plena satisfação”, expli-ca o diretor Marco Antonio Carneiro. “Apostamos neste segmento como uma das estratégias de crescimento da Brid-gestone no mercado brasileiro”, con-clui.

As lojas especializadas oferecem mais de 350 tipos de pneus de alto desempenho, além das versões para caminhonetes e utilitários esportivos. A oferta de serviços é completa: conser-tos e trocas de pneus, alinhamento, ba-lanceamento, além de manutenção em sistemas de suspensão e de freios. Tudo efetuado por uma equipe capacitada, treinada pela Bridgestone, e com equi-pamentos de última geração, desenvol-vidos para atender principalmente aos veículos dessa categoria.

Um grande diferencial é o atendi-mento a veículos equipados com pneus Run Flat, que podem rodar, mesmo vazios, por até 80 quilômetros a uma velocidade de até 80 km/h – e neces-sitam de equipamentos especiais para manutenção/troca –, além da oferta de pneus específicos para carros blin-dados.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/Br

idge

ston

e

Novembro/Dezembro 2010 29

Empresa lança nova medida de pneu para ônibus urbanos

O Bridgestone R155 destaca-se por maior durabilidade e desempenho quilométrico. A nova medida foi apresentada no Rio de Janeiro, durante feira do setor de transportes

A Bridgestone acaba de apresentar ao mercado a nova medida do pneu R155 - 215/75R17.5, voltado para ôni-bus que transitam em centros urbanos. O lançamento ocorreu durante a Fe-transrio, evento voltado a empresas de ônibus e também a órgãos públicos, re-alizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), de 10 a 12 de novembro.

O Bridgestone R155, que estará dis-ponível para comercialização a partir de janeiro próximo, roda 35% a mais que os produtos da geração anterior, segundo testes realizados pela empre-sa, e também se destaca pelo excelente desempenho quilométrico, durabilida-

de da carcaça e desgaste uniforme da banda de rodagem.“Por se tratar de um pneu de aplicação urbana, foca-

mos em desenvolver benefícios que atendam às necessi-dades prioritárias do usuário, como a alta quilometra-gem na primeira vida e a resistência a impactos laterais, buracos e frenagens bruscas”, afirma Ricardo Drygalla, gerente de Marketing da Bridgestone Bandag Tire So-lutions (BBTS).

Oferecendo durabilidade e economia, a BBTS tem como público-alvo as companhias de transporte públi-co dos grandes centros urbanos. Segundo Drygalla, é um nicho da economia que está em ascensão e, por isso, representa parcela primordial nos planos da or-ganização. “Verificamos crescimento significativo destes mercados, o que faz deles grandes oportunidades de ne-gócios nos próximos anos”, ressalta o executivo.

Potenza S001 também na América Latina

A apresentação do novo modelo que pertence à categoria de Ultra Alto Desempenho (UHP) aconteceu em São Pedro (SP)

Recentemente, por meio da sua filial Bridgestone Latin America Tire Division (Batola), a Bridgestone apresentou o novo modelo Potenza S001 em um evento único, desenvolvido para os países da região. O novo S001 é o pri-

meiro produto ecológico da categoria Potenza, em função do menor peso e do reduzido coeficiente de resistência ao rolamento.

Prosseguindo com o desenvolvimen-to de produtos de máxima tecnologia – e como parte da sua estratégia de posicionamento no segmento de Ultra Alto Desempenho (UHP) –, a Bridgesto-ne apresentou o Potenza S001, modelo projetado segundo os mais elevados padrões de exigência das montadoras de equipamento original. Até o início de 2011 o pneu começará a ser comer-cializado nos mercados mais importan-

tes da região: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México, Venezuela e países do Caribe, por meio da extensa rede de distribuidores da corporação.

O Potenza S001 foi especialmente desenvolvido para satisfazer aos requi-sitos dos motoristas mais exigentes, os que desfrutam do seu veículo tanto em áreas urbanas quanto nas rurais. Ele se destaca pela excelente dirigibilidade proporcionada, pela precisão e pelas rápidas respostas diante das manobras efetuadas pelo usuário, assim como pela grande aderência e estabilidade nas pistas secas e molhadas.

Abrapneus30

PIRELLI

Qualidade é destaque em todas as unidades Pirelli

Por uma semana, funcionários e colaboradores da empresa na América Latina, Europa e Ásia participaram, concomitantemente, de diversas atividades relacionadas a qualidade

Entre 8 e 12 de novembro, por ocasião do Dia Mundial da Qualida-de, comemorado no dia 11, a Pirelli promoveu sua 2ª Semana da Quali-dade, que nesta edição esteve focada na qualidade do trabalho. No perí-odo, foram apresentadas palestras motivacionais, realizadas visitas às fábricas, testes drive, além da exposi-ção de pneus, carros, matérias-primas e componentes em cada unidade da empresa.

Com o mote Qualidade não é nada sem você!, as atividades da se-mana valorizaram a importância da qualidade no dia-a-dia do trabalho, ao passo que as palestras oferecidas abordaram diversos assuntos relacio-nados ao tema. A Semana da Quali-dade teve sua abertura oficializada no dia 8 de novembro, às 9 horas, pelo CEO da Pirelli na América Latina, Guil-

lermo Kelly, que foi seguido por uma mensagem do diretor de Qualidade da Pirelli na América Latina, Ian Coke. O encerramento, realizado no dia 12, foi marcado por pronunciamentos, em tempo real, de Giovanni Pomati, diretor mundial da área industrial, e Maurizio Boiochi, diretor mundial de Pesquisa & Desenvolvimento

América Latina é referência mundial

Esta é a primeira vez que as uni-dades da Pirelli na Europa e Ásia re-alizam simultaneamente o evento. A iniciativa surgiu com o sucesso da pri-meira edição, efetuada pela empresa em suas fábricas alocadas na Argenti-na, no Brasil e na Venezuela.

“As atividades criadas pelo nosso time na América Latina para a Sema-na da Qualidade deram tão certo que

hoje são referência para toda a com-panhia. Estamos muito satisfeitos em compartilhar nossas ideias com as fá-bricas da Pirelli de outros países. Essa semana foi uma grande oportunidade para apresentarmos os resultados po-sitivos que conquistamos nos últimos meses, agradecer pelo empenho e de-dicação dos nossos colaboradores e também nos aproximar ainda mais de nossos parceiros,” afirmou Ian Coke.

Um dos principais atrativos da se-mana foi o projeto Piloto por um dia, no qual colaboradores da empresa puderam fazer testes drive no Campo de Provas Sumaré (SP) e também no aeroporto de Feira de Santana (BA). Outra ação motivacional, que teve o objetivo de envolver ainda mais o público, foi o Road Show. Um ônibus circulou entre as unidades da Pirelli, entidades geridas pela companhia e universidades para apresentar temas técnicos voltados à qualidade dos pneus e temas ligados à sustentabili-dade, saúde e segurança no trabalho, Código de Defesa do Consumidor, ações sociais e culturais e pós-consu-mo, além de depoimentos de funcio-nários da área de qualidade da em-presa.

A ação também se estendeu a clientes, revendedores, fornecedores, entre outros parceiros da Pirelli, que puderam visitar as fábricas e conhe-cer de perto os processos de produ-ção de um pneu, assim como tirar dúvidas. Os visitantes receberam um troféu após a visita.

A 2ª Semana de Qualidade Pirelli contou com a presença de CEOs e di-retores da empresa nas unidades da companhia durante sua realização.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o/Pi

relli

Funcionários da Pirelli participam das atividades da 2º Semana de Qualidade da Pirelli.

Novembro/Dezembro 2010 31

Qualidade reconhecida

A Pirelli é reconhecida por premiações internacio-nais e por montadoras de veículos pela qualidade de seus produtos e pela preocupação com a sus-tentabilidade. Em junho deste ano, por exemplo, a empresa recebeu o Prêmio Qualitas, concedido anual-mente pelo Grupo Fiat da América do Sul aos seus melhores fornecedores em diversas categorias. A fabricante de pneus foi contemplada na categoria de Fornecedores Químicos pela quarta vez - já havia sido premiada em 2006, 2007 e 2009.

No ano passado, a Pirelli recebeu o prêmio Mercosur Toyota Suppliers Conference, da Toyota, na categoria Qualidade e Logística, por ter ofere-cido os melhores serviços dentre 110 fornecedoras da marca japonesa, que mantém controle de qua-lidade bastante rígido. E nos últimos anos, a John Deere, maior fabricante de tratores e colheitadei-ras do mundo, concedeu à Pirelli o prêmio Achieving Excellence, por ter sido a marca mais confiável nos quesitos entrega, qualida-de e competitividade..

Além disso, a Pirelli está sempre presente nos índices Sustainability Ye-arbook e Dow Jones de Sustentabilidade na cate-goria Pneus, que avaliam empresas nos aspectos econômico, financeiro e de responsabilidade social e ambiental.

No Top of Mind a marca repete atuações anteriores

Empresa registra topo de lembrança no Top Masculino pela segunda vez consecutiva e 42% na categoria Pneu

A Pirelli recebeu pela segunda vez con-secutiva o prêmio Top Masculino da pesqui-sa anual Top of Mind, elaborada pelo jornal Folha de S. Paulo. Criada em 2009, a cate-goria elege a marca mais lembrada pelo pú-blico masculino entre todas as mencionadas durante o levantamento. Em 2009, a empre-sa ganhou o prêmio pela primeira vez e, neste ano, foi eleita novamente.

A fabricante também foi a mais citada na categoria Pneu, com 42% de lembrança e reúne agora oito premiações consecutivas. Este índice de lembrança é quase quatro vezes superior ao registrado pela segunda colocada (11%).

Para o levantamento de 2010, o Institu-to Datafolha, responsável pela pesquisa há 20 anos, entrevistou 5.228 pessoas em 160 municípios do Brasil no período de 27 a 30 de julho de 2010. Os entrevistados foram divididos em duas amostras com homens e mulheres, com idade igual ou superior a 16 anos, de todos os níveis sociais e de esco-laridade.

Esporte e cultura

“A lembrança da nossa marca na mente dos brasileiros foi construída ao longo de oito décadas de identificação com o Brasil, que também é refletida na nossa lideran-ça de mercado. Além de realizar grandes campanhas promocionais e publicitárias, apoiar esportes que têm identificação com o público brasileiro, como automobilismo e futebol, também somos a marca que cuida das pessoas. Apoiamos diversos programas sociais nas cidades onde temos fábricas e nossos consumidores recebem tratamento diferenciado nas nossas lojas”, diz o diretor de Marketing da Pirelli na América Latina, Humberto Andrade.

Entre as principais ações da empresa,

que colaboram para a marca ser a mais que-rida dos consumidores, estão os constantes patrocínios aos campeonatos a motor, como GT3 Brasil, F3 Sulamericana, SuperBike Se-ries, Brasileiro de Moto Velocidade, entre outros.

Além disso, como divulgado anterior-mente, a partir do ano que vem, a Pirelli será a única fornecedora de pneus pelos próximos três anos para o mais importante campeonato de esporte a motor do planeta: a Fórmula 1.

No mundo das artes, a Pirelli incentiva diversas atividades culturais, entre as quais a Coleção Pirelli/Masp de Fotografia, a Sema-na Pirelli de Cinema Italiano e o Mozarteum. O Calendário Pirelli, uma das mais famosas ações publicitárias do mundo, consagrou-se ao longo de 45 anos como um objeto de glamour e desejo, que dita até mesmo tendências da moda e coroa a carreira de top models, como Naomi Campbell e Gisele Bündchen.

Todas essas ações contribuem para tor-nar a Pirelli uma marca reconhecida e res-peitada no mercado. Prova disso são os diversos prêmios recebidos, como a mais lembrada e admirada pelos brasileiros em outras pesquisas anuais promovidas por pu-blicações de diferentes regiões do país.

Folha Top of Mind 2010: Pirelli é a empresa mais citada pelos ho-

mens e também a marca de pneus com maior lembrança no país.

Abrapneus32

PIRELLI

Promoção Cliente Nº1 na rede oficial de revenda

Os clientes tiveram dois meses para comprar pneus com desconto nas mais de 600 revendas oficiais da empresa no país

No dia 1º de outubro a Pirelli lan-çou a promoção Cliente Nº1 na sua rede oficial de revendedores, que tem mais de 600 pontos de venda distri-buídos por todo o Brasil. Até o dia 30 de novembro, consumidores que compraram entre dois e cinco pneus da marca e que fizerem serviços de montagem, alinhamento e balancea-

Liderança em várias frentes

A Pirelli é a fabricante de pneus líder no fornecimento de equipamento original para as montadoras instaladas no Brasil graças à agilidade e qualidade no desenvolvimento de soluções para atender às demandas específicas de cada uma das marcas de automóveis.

Atualmente, mais de 50% dos automóveis de passeio no país saem das linhas de montagem com pneus Pirelli. Entre os caminhões, a empresa tem participação de 40% dos veículos novos, garantindo a liderança também nes-te segmento. A vantagem sobre os concorrentes é ainda maior entre as motocicletas: 95% delas saem das fábricas calçadas com pneus da marca.

No mercado de reposição, a empresa lidera participação de mercado. Os 600 pontos de venda exclusivos que formam a rede oficial de revendedores Pirelli estão presentes em todo o território nacional e contam com mais de sete mil profissionais treinados diretamente pela fabricante, para oferecer serviços e atendimento diferenciados.

mento na loja tiveram direito a bônus de até R$ 175,00 em pneus.

Além de beneficiar o consumidor, a empresa também está atenta às questões ambientais. Para receber o bônus, os clientes tiveram de deixar os pneus antigos na revenda para que recebessem a destinação am-biental correta.

Objetivos

“A promoção foi pautada por dois objetivos principais: oferecer um benefício exclusivo ao cliente que dê preferência à rede oficial Pi-relli e transmitir aos consumidores a preocupação que a companhia tem com o meio ambiente e a destina-ção correta dos produtos, demons-trando o porquê somos a marca de pneus número um do Brasil”, diz Humberto Andrade, diretor de Ma-rketing da Pirelli na América Latina.

Os modelos de pneus dispo-níveis na promoção foram: Linha P400 (bônus de R$ 15,00 por pneu), Linhas Cinturato P4 e Cin-turato P3000 (bônus de R$ 20,00 por pneu), Linhas P6000, P6, P7, Dragon, Chrono e Citynet (bônus de R$ 25,00 por pneu) e Linhas Scorpion e Pzero (bônus de R$ 35,00 por pneu).

Na promoção Cliente Nº 1, cada consumidor teve uma cota máxima de 10 pneus.

Abrapneus

Novembro/Dezembro 2010 3333

Empresa mostra portfólio renovado na Bike Expo Brasil 2010

As novas linhas divulgadas na feira abrangem mais segmentos Bike e são principalmente voltadas para o mercado de reposição

Entre 1 a 3 de novembro, pela pri-meira vez, a Pirelli participou da Bike Expo Brasil. O objetivo foi mostrar ao público as linhas de pneus de bicicleta lançadas em 2010 e que ampliaram as opções atualmente disponíveis para os segmentos Sport, Street, Mountain Bike, BMX Cross, BMX Street e Infantil. Além das novas linhas voltadas para esporte e lazer, também foram expos-tos os tradicionais pneus de bicicletas para uso profissional, como o BT200 Manga Turbo, Reforçado Carga, Pri-mor, Bravo Super e o lançamento Bra-vo Spirit.

Ao renovar seu mix de produtos nesse segmento, a Pirelli buscou aten-der às diferentes necessidades do mer-cado nacional. Hoje, por exemplo, 50% das bicicletas nas regiões Norte e Nordeste são utilizados como veícu-lo próprio e de uso profissional, isto é, para transportar diferentes tipos de produtos – como alimentos, entre ou-tros – até os consumidores finais.

Terceiro do ranking

Esse, que é o maior evento do se-tor de bicicletas na América Latina, foi realizado no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Este ano foi registrado crescimento do público visitante em re-lação à edição anterior, fato decorren-te do aumento nas vendas de bicicletas no país, que atualmente é o terceiro maior produtor mundial. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomo-tores, Motonetas, Bicicletas e Simila-res (Abraciclo), o Brasil deverá fechar 2010 com 5,7 milhões de bicicletas

produzidas, atrás somente da China e da Índia, com 80,7 milhões e 11,9 milhões de unidades, respectivamente.

O país também é o quinto maior mercado consumidor global, atrás de China, Estados Unidos, Índia e Japão. Por isso as novas linhas de pneus da Pirelli são destinadas principalmente para o mercado de reposição. Além de pneus para bikes, a Pirelli disponi-biliza uma gama completa de câmaras de ar.

“Decidimos participar da Bike Expo este ano porque é um segmento im-portante e tradicional para a Pirelli. A feira é uma ótima oportunidade para apresentar aos lojistas e empresários do setor – o qual vem crescendo nos últimos anos –, nossas novas famílias de pneus para bicicleta, produtos que são ideais para cada tipo de público e aplicação”, diz Marcelo Natalini,

diretor da Unidade de Negócios Bike da Pirelli.

A tradição da Pirelli na fabricação de pneus de bicicleta remonta a 130 anos, uma vez que o primeiro pneu produzido pela empresa, em 1890, era destinado a um veículo de duas rodas com pedais. A fabricação de pneus para automóveis só teve início onze anos depois.

As novidades da Pirelli para o mercado brasileiro nesse segmento vão continuar em 2011, quando nova gama de pneus será lançada, reno-vando totalmente seu portfólio.

Na página da empresa – www.pirelli.com.br – é possível consultar as diferentes linhas de pneus volta-das para as categorias Sport, Street, Mountain Bike, BMX Cross, BMX Stre-et e Infantil e também se informar so-bre lançamentos.

Na Bike Expo 2010, a empresa mostrou suas linhas dedicadas às diferentes categorias de bicicletas.

Abrapneus34

OPINIãO

A era do talento Também para o Brasil, a integração entre arte e tecnologia no contexto empresarial abre a possibilidade

de crescimento substancial no ranking mundial da competitividade

Você seria capaz de imaginar as possibi-lidades de um artista plástico de 50 ou 100 anos atrás ter acesso às tecnologias de com-putação gráfica e outras disponíveis no mundo de hoje? Que tipo de transformações pode-riam ter influenciado o mundo das artes de en-tão? E quais seriam as inovações criativas pos-síveis nas áreas de produtos e serviços, se um grupo de artistas de diversas especialidades – músicos, atores, artistas plásticos, produtores de cinema, designers e outros –, expostos às tecnologias atuais, pudesse sugerir e influen-ciar as empresas?

A Economia Criativa tem como princípio promover essa aproximação e interação: a arte e o design emprestando inspiração aos negócios, enquanto as modernas tecnologias permitem novas oportunidades de criação no mundo das artes.

Adolfo Melito*

* Adolfo Melito é economista, presidente do Conselho de Economia Criativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio).

Abrapneus34

As três últimas gerações foram educadas para desenvolver carreiras em áreas que de-mandam técnica e precisão, em profissões já existentes e conhecidas por nossos avôs. É ine-gável a influência e o grande desenvolvimento da indústria, que passou a necessitar de tra-balhadores nas chamadas carreiras adminis-trativas – produção, logística, contabilidade, finanças, planejamento, marketing, vendas e administração –, geralmente baseadas nas ciências, na engenharia, na matemática e na tecnologia.

Já a partir de meados do século passado, nos países desenvolvidos, a demanda de tra-balhadores nas chamadas áreas de serviços ultrapassava a das demais categorias profis-sionais. Esse fenômeno aconteceu no Brasil mais recentemente. Naqueles países, as clas-ses criativas já representam 30% do total da força de trabalho atual, tendo como formação mínima, na maioria das profissões, o ensino superior e, na média, são mais bem remunera-das do que as demais da economia.

Criação e integração

Esse fenômeno dá início a uma nova era econômica, a da criatividade, na qual as ar-tes, as ciências humanas e as ciências sociais interagem com o universo das ciências exatas. A formação de profissionais pede uma educa-ção com 360 graus, com acesso não só ao co-nhecimento técnico, mas também ao processo criativo, inspirado nas artes e na cultura. Esse é o grande desafio da educação no mundo, que a maioria dos países vem experimentan-do nos últimos cinco anos. No caso brasileiro, o desafio é ainda maior: além de superar a imensa defasagem da qualidade de ensino em relação ao restante do globo, será necessário desenvolver competências, como o empreen-dedorismo e a capacidade criativa.

A Federação do Comércio de Bens, Ser-viços e Turismo do Estado de São Paulo (Fe-comercio), representando esse universo em-

presarial, não poderia ficar alheia a esses desenvolvimentos. Por isso, resolveu criar o Conselho da Economia Criativa, que fornece subsídios e inspiração a outros conselhos, atu-ando de maneira transversal.

São consideradas criativas todas as pro-fissões que demandam a chamada produção intelectual. Essas incluem, naturalmente, as profissões definidas como pertencentes às cha-madas indústrias criativas na Europa (arte e cultura: teatro, literatura, artes visuais e artes plásticas, patrimônio histórico e outros; mídias e software: publicidade, música gravada, ci-nema, software de entretenimento e jogos; e design: arquitetura, design em várias modali-dades e moda), cujo principal input é o conhe-cimento e a capacidade intelectual.

Vistos por esse ângulo, todos os segmentos da economia e dos negócios podem aplicar os princípios da criatividade e da inovação defen-didos pela Economia Criativa e não só os seg-mentos específicos das indústrias criativas. Isso porque os fatores de inovação se estendem a processos, sistemas de gestão, novas formas de organizar talentos, modelos de negócios e outros, ou seja, a fatores que não são obriga-toriamente relacionados à tecnologia. Talen-tos e processos assumem papel fundamental nesse novo contexto. Particularmente, a quali-dade dos talentos. A nova forma de organizar talentos pressupõe a colaboração, a formação de equipes multidisciplinares, a abertura para aprender, a partir da crítica, o foco, a simplici-dade, a disciplina e a velocidade.

O potencial de crescimento das classes criativas no Brasil é significativo. Segundo le-vantamento efetuado com base nos dados do Censo 2000, o país tem 10% da sua força de trabalho dedicada a profissões classificadas nessas categorias. Considerando a participa-ção atual dos países mais desenvolvidos, o Brasil tem potencial de triplicar a sua participa-ção nessa área. E aí reside a possibilidade de crescimento substancial do país no ranking da competitividade.

Foto

: Div

ulga

ção/

Feco

mer

cio

pirelli.com.br

Unanimidade inteligente.

O nº 1 corresponde à posição da Pirelli no setor de pneus e é atestada por informações constantes nos sites da aniP e anFaVea , conforme critério comparativo com dados do setor — dezembro/2008, pela pesquisa top of mind do instituto datafolha (2000 a 2009), pesquisa autopofmind da revista autodata, pesquisa Job 200802301 — setembro/2008, realizada pelo instituto ipsos, e estudo advertising tracking trace, realizado pelo instituto Research international — maio/2008 .

Leo B

urne

tt B

rasi

l

Pirelli. Uma marca reconhecida em todo o país.A marca de pneus mais lembrada no prêmio Top of Mind é também a mais lembrada pelo público masculino em absolutamente todas as categorias. A Pirelli também foi número um na pesquisa Recall de Marcas de Recife e do POP LIST de Goiânia, em todas as edições. Para nós não basta ser a líder em vendas e a escolhida pelas montadoras. O que realmente importa é estar sempre presente na cabeça e no coração dos brasileiros.Obrigado, Brasil. Mais uma vez, você fez da Pirelli a Nº 1.

faça revisões em seu veículo regularmente.

AF-Unanimidade Nº 1_21x28.indd 1 11/8/10 3:29 PM