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0 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em MBA em Gestão Empresarial Rozana Quintino Kuhll UMA VISÃO SOBRE OS CANAIS DE MARKETING LINS SP 2011

UMA VISÃO SOBRE OS CANAIS DE MARKETING - … · de marketing é um fator relevante de sucesso e de grande influência para uma distribuição com eficiência, com que os produtos

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em MBA em Gestão

Empresarial

Rozana Quintino Kuhll

UMA VISÃO SOBRE OS CANAIS DE MARKETING

LINS – SP

2011

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ROZANA QUINTINO KUHLL

UMA VISÃO SOBRE OS CANAIS DE MARKETING

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do titulo de especialista em MBA em Gestão Empresarial sob orientação dos Professores M.Sc. Marís de Cássia Ribeiro Vendrame e M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2011

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ROZANA QUINTINO KUHLL

UMA VISÃO SOBRE OS CANAIS DE MARKETING

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do titulo de especialista em MBA em Gestão Empresarial.

Aprovada em:___/___/___

Banca Examinadora:

Profª M. Sc. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame

Mestre em Administração pela UNIMEP – SP

_______________________________________________________________

Profª M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva

Mestre em Administração pela CNEC/FACECA – MG

_______________________________________________________________

Lins – SP

2011

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RESUMO

O presente estudo relata uma visão sobre os canais de marketing. Decorre de trabalho realizado por revisão bibliográfica, tendo por objetivo conhecer os canais de marketing e sua importância. Para isso foram colhidas informações que descrevem os canais de marketing demonstrando sua importância para o bom funcionamento das empresas. Para entender melhor o assunto foram usadas diversas bibliografias que abordam o tema em questão, A onde pode observar que o setor de marketing dentro das empresas hoje está ampliando sua visão. Será descrito o que são os canais de marketing, suas funções, quais são os participantes do canal e também a importância da logística dentro dos canais. Tendo em vista que a logística dentro dos canais de marketing é um fator relevante de sucesso e de grande influência para uma distribuição com eficiência, com que os produtos cheguem na hora certa, no lugar desejado e em tempo esperado com a qualidade que os clientes desejam. Atualmente são poucas empresas que entregam seus produtos diretamente aos consumidores, há grandes empresas que buscam uma melhor opção que facilite suas entregas e com isso também pode obter uma maior distribuição de seus produtos. Para que essa distribuição seja feita de forma que todos os envolvidos no processo possam ganhar, a melhor forma é usar os canais de marketing juntamente com a logística para trabalhar para agregar um maior valor ao produto e fazer com que possa chegar ao consumidor final como o esperado. Portanto, hoje com os consumidores mais exigentes as empresas que possuírem uma melhor estrutura de distribuição certamente terão uma vantagem competitiva. Palavras-chave: Canais de Marketing. Logística.

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ABSTRACT

The present study reports an insight into the marketing channels. Stems from work done by literature review, aiming to meet the marketing channels and their importance. For this information was collected that describe the marketing channels demonstrating its importance for the functioning of enterprises. To better understand this issue we used several different bibliographies that address the topic in question, where A can see that the marketing department within the company today is broadening its vision. We describe what are the marketing channels, their functions, which are participants in the channel and also the importance of logistics within the channels. Given that logistics in marketing channels is an important factor of success and of great influence to a distribution with efficiency, with product arriving on time at the required place and time expected with the quality that customers want . Currently there are few companies that deliver their products directly to consumers, large businesses looking for a better option that facilitates its delivery and thus can also get a wider distribution of its products. For this distribution is made so that everyone involved in the process can earn the best way is to use marketing channels along with the logistics for working to add greater value to the product and make it able to reach the final consumer as expected. So, today, with consumers demanding companies that have a better distribution structure will certainly have a competitive advantage.

Key Words : Marketing of Channels. Logistics.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Função dos canais de marketing ou distribuição........................ 13

Figura 2: Canais de Marketing ao consumidor e empresariais.................. 16

Figura 3: O processo de distribuição física................................................ 30

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................... 8

CAPÍTULO I – CANAIS DE MARKETING.................................................... 10

1 FUNDAMENTOS E ESTRUTURA................................................... 10

1.1 O que é canal de marketing.............................................................. 10

1.2 Canais de marketing e suas funções................................................ 12

1.3 Níveis de canais de marketing................................................................ 14

1.4 Fluxo e membro de um canal.................................................................. 16

1.4.1 Os fluxos dos canais de marketing......................................................... 17

1.4.2 Níveis de canais de marketing................................................................ 18

1.4.3 Motivação dos membros do canal.......................................................... 20

1.5 Principais canais de marketing............................................................... 21

1.5.1 Varejo.......................................................................................................... 21

1.5.2 Intermediário.............................................................................................. 23

1.5.3 Atacado....................................................................................................... 23

CAPÍTULO II – PAPEL DA LOGÍSTICA NOS CANAIS DE MARKETING.. 27

2 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 27

2.1 Distribuição................................................................................................. 27

2.1.1 Processo de distribuição................................................................... 28

2.1.2 Distribuição física....................................................................................... 29

2.1.3 Canais exclusivos de distribuição........................................................... 31

2.2 Logística...................................................................................................... 32

2.2.1 Logística de mercado................................................................................ 32

2.2.2 Função e decisões da logística............................................................... 35

2.2.3 Objetivo da logística.................................................................................. 36

2.2.4 Logística integral........................................................................................ 36

2.2.5 Parcerias de canal..................................................................................... 37

2.2.6 Serviços logísticos terceirizados............................................................. 38

2.3 Logística nos canais de marketing......................................................... 39

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CONCLUSÃO........................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 41

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INTRODUÇÃO

Cada vez mais está evidente a importância do marketing dentro da

empresa, é um setor que vem crescendo dentro das organizações e seu

trabalho já se tornou indispensável. O marketing mais do que qualquer negócio

é lidar com os clientes de forma direta e indireta, administra o relacionamento

com os clientes tornando-os mais lucrativo para as empresas.

Apesar de que muitos ainda têm a visão que marketing significa apenas

propaganda, o que na verdade sua função é entender à reais necessidades

dos clientes, e desenvolver produtos e serviços com valor superior às

expectativas dos clientes e construir relacionamentos duradouros.

Dentro das várias funções que o marketing desempenha dentro das

empresas será abordado nesse trabalho a importância dos canais de

marketing, pois ele tem a função de movimentar bens de produtores até seu

destino final, ou seja, consumidores finais, atacados, centrais de compra e

varejo.

Hoje são poucos fabricantes que vendem seus produtos diretamente aos

consumidores finais, a maioria faz uso dos intermediários para colocar seus

produtos disponíveis aos consumidores.

Os canais de marketing dentro das empresas trabalham para que seus

produtos sejam distribuídos de forma eficiente e eficaz, ainda dentro dos canais

abordar-se-á a importância da logística para tornar essa distribuição cada vez

mais satisfatória aos olhos dos clientes.

A logística dentro dos canais de marketing tem uma importante função,

pois tem por objetivo levar os produtos aos centros de distribuição com mais

rapidez, suprindo as necessidades dos consumidores e aumentando assim a

vantagem competitiva entre as empresas.

A pergunta problema que norteou esse trabalho foi: Até que ponto os

canais de marketing influenciam para o bom funcionamento da logística?

O estudo foi realizado por revisão bibliográfica que abrangeu o período

de 2002 a 2010.

O trabalho foi dividido nos seguintes capítulos:

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Capitulo I: Canais de marketing apresentando fundamentos e estrutura,

níveis de canais, fluxo e membro de um canal, motivação dos membros do

canal, principais canais de marketing: varejo, intermediário e atacado.

Capitulo II: Papel da logística nos canais de marketing mencionado a

distribuição, logística e logística nos canais de marketing.

E por fim a conclusão.

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CAPÍTULO I

CANAIS DE MARKETING

1 FUNDAMENTOS E ESTRUTURA

A competição entre empresas é de fato cada vez maior por isso

precisam se destacar usando as mais diversas ferramentas para atingir o

mercado consumidor, muitas usam o canal de marketing como um diferencial,

sendo uma ferramenta estratégica para operacionalizar processos,

satisfazendo as necessidades de seus clientes.

Para criar valor com sucesso, é preciso entregar valor com sucesso. As empresas que adotam uma abordagem de marketing holístico estão cada vez mais encarando seus negócios como uma rede de valor. Em vez de limitar o foco a seus fornecedores, distribuidores e clientes imediatos, eles estão examinando a cadeia de suprimentos inteira, que liga matérias-primas, componentes e bens manufaturados e mostra como eles chegam ao consumidor final. As empresas estão observando, no topo da cadeia de suprimentos, os fornecedores de seus fornecedores, e na base, os clientes de seus distribuidores. Estão observando segmentos de clientes e como organizar melhor os recursos da empresa para satisfazê-los. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 464).

1.1 O que é canal de marketing

Com a constante mudança das empresas, a estrutura do marketing

também sofre alterações. O marketing deixa de ter apenas um número limitado

de tarefas, passando a envolver a empresa como um todo, mudando sua visão,

missão e planejamento estratégico para o mercado consumidor.

O propósito de um canal de marketing é satisfazer os usuários finais,

sendo eles consumidores ou compradores.

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O canal de marketing em uma empresa é tratado como área crítica de

decisão pela qual a gerência de marketing deve se preocupar.

As atividades de marketing abrangem decisões como quem a empresa

deseja ter como cliente, quais produtos e serviços, quais canais de distribuição

deve usar, os parceiros que precisa estabelecer os pontos de venda onde será

comercializado, processo de produção, a campanha e divulgação do produto.

Os canais de marketing esta por trás de todo produto e serviço, sendo assim

dão o suporte ao processo de negociação de compra e venda. Desempenham

o trabalho de movimentar bens de produtores até seu destino final, ou seja, os

consumidores finais (trandings, centrais de compras, atacados, varejos, setor

de serviço de alimentação, entre outros), preenchendo as lacunas de tempo,

local e propriedade que separam bens e serviços de pessoas que poderiam

usá-los. (VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Segundo Couglhlan et al. (2002), o canal de marketing é um conjunto de

organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecer um produto

ou serviço para uso ou consumo.

Algumas combinações de instituições especializadas na fabricação,

atacado e varejo juntam suas forças em canais de marketing.

O desafio do canal de marketing abrange duas principais tarefas

apresentadas abaixo segundo Couglhlan et al. (2002):

a) projeta o canal certo: envolve fracionar o mercado, apresentar

respostas ótimas de posicionamento para demandas de segmento,

selecionar os segmentos focando nos esforços do canal e

estabelecer ou aprimorar os canais para administrar o mercado;

b) implementar o projeto: para que isto aconteça é preciso entender

quais são as fontes de poder e de dependência de cada membro de

canal, o potencial para conflitos deste é um plano para criar um

ambiente onde o ótimo projeto de canal possa ser executado de

modo eficaz em uma base progressista.

Um canal de marketing é mais do que um condutor para o produto,

também é uma forma de se agregar valor ao produto comercializado. O canal

de marketing pode então ser entendido como outra linha de produção e de

agregação de serviços complementares ao produto. Seja na venda de produtos

ou serviços, a tomada de decisão sobre o canal de marketing tem o papel

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estratégico para o sucesso de uma empresa no mercado. (COUGLHLAN et al.,

2002)

A maioria dos fabricantes usa intermediários para levar seus produtos ao mercado. Eles tentam montar um canal de distribuição – um conjunto de organização interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial. (KOTLER; ARMSTRONG, 2004, p. 307).

1.2 Canais de marketing e suas funções

Segundo Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), os principais membros

de um canal de marketing são os fabricantes, intermediários (atacadistas,

varejistas e especialistas) e usuários finais (clientes de empresas ou

consumidores individuais).

Debaixo de uma visão estratégica, a distribuição possui três funções

principais; conforme Vendrame; Giuliani; Camargo (2009):

a) funções transacionais: atividades relacionadas a compra e venda,

envolvendo risco na operação, por propriedade, transporte

armazenagem e administração;

b) funções logísticas: atividades de concentração (disponibilizar uma

variedade de produtos para venda em um local ou ponto venda),

armazenamento (manutenção e prevenção de estoque), organização

(composição de estoque em termos de produtos e quantidades

orientadas para o consumidor), distribuição física (movimentação

física de bens da produção ao consumo) e a administração desses

processos de forma eficiente;

c) função de facilitação: atividades que favorece e estimulam o

processo de compra e venda, da produção ao consumo

financiamento de transações, classificação de produto e troca ou

fornecimento de informações de mercado.

A figura 1 apresenta as funções dos canais de marketing tanto do ponto

de vista dos produtores como também dos consumidores finais.

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Fonte: Vendrame; Geuliani; Camargo, 2009, p. 82

Figura 1: Funções dos canais de marketing ou distribuição

A estratégia do canal se baseia em relacionamento e pessoas, ou seja,

canal de marketing não é um objeto inanimado como um chip de silicone e sim

um conjunto de pessoas interagindo em diferentes organizações.

Conforme Giuliani (2003), os canais de distribuição fazem parte do

composto de marketing orientado para de um mercado-alvo e focado em suas

necessidades, desenvolver a coordenação entre produto, preço, praça e

promoção, buscando a maximização dos resultados e a valorização da

satisfação dos clientes.

Cobertura do mercado

Vendas

Disponibilidade de estoque

Processo de pedidos

Informações de mercado

Suporte ao cliente

Disponibilidade de produtos

Serviço ao cliente

Crédito em financiamento

Variedade de produtos

Fornecimento na quantidade necessária

Suporte e assistência técnica

FUNÇÕES DOS CANAIS DE

MARKETING

Resultado?

EFICIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO

Clientes Produtores

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Os 4Ps do marketing demonstram a visão que a empresa vendedora

tem sobre as ferramentas de marketing disponíveis que possam influenciar os

compradores.

A empresa pode alterar seu preço, o tamanho de sua força de vendas e

suas despesas com propaganda em um curto prazo. Contudo, ela só poderá

desenvolver novos produtos e modificar seus canais de distribuição no longo

prazo. Assim sendo, a curto prazo, a empresa realiza menos mudanças de mix

de marketing de um período para outro do que a variedade de decisão de mix

de marketing pode sugerir. (GIULIANI, 2003)

1.3 Níveis de canais de marketing

Segundo Kotler e Armstrong (2004), canais de marketing podem ser

descritos pelos números de canais envolvidos. Cada etapa de intermediário

que realizam algum tipo de trabalho para aproximar o produto dos

consumidores finais é um nível de canal. A Figura 2. a, demonstra diversos

canais de distribuição ao consumidor com diferentes extensões. Segue os tipos

de canais:

Canal 1 chamado de marketing direto, esse não tem nenhum nível

intermediário, nesse caso a empresa vende diretamente os consumidores,

como por exemplo, vendem seus produtos de porta em porta, os oferecem

através de mala-direta, por telefone, entre outros.

A figura 2.a, é o canal 2 chamado de marketing indireto conta com um

nível de intermediário sendo ele ocupado pelos varejistas, onde os fabricantes

vendem seus produtos diretamente a grandes redes de varejos e essas por sua

vez repassam aos consumidores finais.

Canal 3 contém dois níveis de intermediários, sendo ele o atacadista e

um varejista normalmente esse tipo de canal é usado por pequenos

fabricantes.

O canal 4 contém três níveis intermediários, os fabricantes vendem seus

produtos para atacados esse, no entanto repassa os produtos aos

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distribuidores que revendem a pequenos varejistas que geralmente não são

atendidos pelos atacadistas.

Existem outros tipos de canais de distribuição com um numero maior de

níveis, mas esses, porém não são interessantes aos olhos dos produtores, pois

quanto maior o nível menor controle sobre eles.

A figura 2.b, mostra alguns canais comuns de distribuição de bens

empresariais. Um fabricante de produtos para uso industrial faz uso de sua

própria força de vendas, para que possa vender diretamente aos clientes

empresarias. Também podem vender aos distribuidores industriais, e os

mesmo repassam aos clientes empresarias. o fabricante pode vender para

seus clientes industriais através de representantes ou de filiais de venda, ou

ainda tem a opção de usar esses representantes e filiais para vender por meio

de distribuidores industriais. Ou seja, os mercados de bens industriais

normalmente incluem canais de distribuição de níveis múltiplos. (KOTLER;

ARMSTRONG, 2004).

Canal 1

Canal 2

Canal 3

Canal 4

a. Canais de marketing ao consumidor

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Consumidor

Consumidor

Consumidor

Consumidor

Varejista

Varejista

Varejista

Atacadista

Atacadista Distribuidor

Fabricante

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Canal 1

Canal 2

Canal 3

Canal 4

b.Canais de marketing empresarial

Fonte: Kotler; Amstrong, 2004, p. 309

Figura 2: Canais de marketing ao consumidor e empresarias

1.4 Fluxos e membros de um canal

Conforme Kotler e Keller (2006), a empresa faz uso de três tipos de

canais de marketing para atingir seu mercado-alvo:

a) canais de comunicação: jornais, revistas, televisão, radio, telefone,

outdoors, correio, folhetos, cartazes, CDs e a internet. A

comunicação é feita através de outras vias também como as

expressões faciais; roupas e muitos outros meios;

b) canais de distribuição: atacadistas, varejistas, distribuidores e

agentes. Usa-se esse tipo de canal para vender ou entregar os

produtos físicos ou serviços ao consumidor final;

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Cliente industrial

Distribuidor industrial

Representantes ou seção de vendas do

fabricante

Cliente industrial

Cliente industrial

Representantes ou seção de vendas do

fabricante

Distribuidor industrial

Distribuidor industrial

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c) canais de serviço: transportadoras, armazéns, bancos e companhia

de seguros. O objetivo desse tipo de canal é facilitar as transações.

A distribuição pode ser chamada por canais de distribuição ou canais de

marketing, podendo apresentar duas dimensões sendo; a primeira os canais de

marketing, ou seja, a administração da distribuição envolve toda a estrutura e o

gerenciamento das atividades dos agentes que estão nos canais, às operações

de varejo e atacado; a segunda, correspondente a distribuição física, que

engloba os aspectos logísticos de planejamento, transporte e armazenamento.

(KOTLER; KELLER, 2006).

1.4.1 Os fluxos dos canais de marketing

Segundo Rosenbloom (2002), à medida que um canal de marketing vai

sendo desenvolvido, surge uma série de fluxos. Do ponto de vista da estratégia

e gestão de canal, pode-se considerar que os mais importantes desses fluxos

são:

a) fluxo do produto: é o movimento físico e real do produto, que tem

início no ponto de produção, passando por todas as etapas que

envolvem a manipulação física, e seu término é nos consumidores

finais;

b) fluxo de negociação: representa a interação dos setores de compra

e venda ligados a transferência dos direitos sobre os produtos da

empresa;

c) fluxo de propriedade: apresenta o movimento dos direitos sobre o

produto a medida que são transferidos do fabricante aos

consumidores finais;

d) fluxo de informação: todos os envolvidos no processo participam da

troca de informações;

e) fluxo de promoção: é o fluxo da boa comunicação na forma de

propagandas, venda pessoal, promoções de vendas e publicidade.

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O entendimento do processo na distribuição pode ser melhor

compreendido ao reconhecer os diferentes fluxos que estão presentes e

associados na operação.

O gerenciamento dos fluxos estabelecidos no interior dos canais de

marketing assume uma importância estratégica para que se possa adequar o

atendimento das necessidades do cliente ao consumidor final.

(ROSENBLOOM, 2002).

O desconhecimento sobre os fluxos apresenta a dificuldade de análise e

diagnóstico nas decisões e maior risco em ações desenvolvidas por

organizações participantes da cadeia distributiva. (ROSENBLOOM, 2002).

1.4.2 Membros dos canais de marketing

Quando um membro do canal é removido, suas funções precisam ser

redirecionadas e atribuídas a outro membro do canal para que se mantenha o

funcionamento de produção de serviço do canal. Existe uma única exceção

para essa regra, a qual aconteceria caso o membro do canal eliminado

estivesse desempenhando fluxos que já são desempenhados em outra parte

do canal. (VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Os principais membros de um canal de marketing a ser destacados

conforme Vendrame; Giuliani; Camargo (2009) são:

a) fabricantes: é o produtor que dá origem ao produto ou serviço que

está sendo vendido;

b) intermediários: atacadistas, varejistas e especialistas;

c) usuários finais: são os clientes das empresas ou os consumidores

finais.

A variedade de participantes do canal pode ser atribuída de várias

maneiras, para criar canais de marketing eficientes. Devido à interdependência

de todos os membros do canal e ao valor de especialização em canais, é de

grande importância prestar atenção a todos os elementos de projeto e ao

gerenciamento assegurando assim um esforço eficaz do canal de marketing.

(VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

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Segundo Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), no projeto da estrutura

de canal são envolvidos dois elementos básicos: (1) o projetista de canal que

irá decidir quem irá compor os membros do canal; (2) o gerente de canal que

por sua vez tem que decidir a identidade exata do parceiro de canal a ser

utilizada em cada nível deste. Saber quais segmentos deve-se ignorar no

projeto e nos esforços de administração do canal é de grande importância, pois

mantém o mesmo focado nos segmentos básicos nos quais planeja conseguir

vendas cada vez mais lucrativas.

Se nem todos os membros do canal tiverem um bom desempenho, os

esforços desse canal sofrem conseqüências desastrosas. Por isso, é evidente

a importância de introduzir todos os membros a programar de modo adequado

seu projeto. Fator que se deve considerar importante é que o poder de um

membro de canal está em sua habilidade de controlar as variáveis de decisões

na estratégia de marketing de outro membro, em um determinado canal num

nível diferente de distribuição.

Quando sozinhos, a maioria dos membros do canal não coopera para

alcançar seu objetivo no nível do sistema. Os membros devem fazer uso do

poder tanto para se defenderem quanto para promoverem maneiras melhores

do canal gerar valor. (VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Rosenbloom (2002), afirma que é importante lembrar que o processo de

seleção é uma via de mão dupla. Não é o produtor ou fabricante apenas que

fazem à seleção, mas os intermediários também, nos níveis de atacado e

varejo. Os grandes e bem estabelecidos também se consideram seletivos

sobre quem irão representar. Produtores e fabricantes, menos os com

reputação e prestigio verdadeiramente extraordinário, não podem ficar a espera

de intermediários de qualidade aguardando para que possam se tornar

membros de canal. A maioria desses produtores e fabricantes precisam ainda

fazer um trabalho de venda eficaz para que assim possa assegurar os serviços

de bons intermediários.

Os gerentes de canal das empresas produtoras podem oferecer

incentivos para tentar a contratação dos membros de canal. Porém, é

importante que os incentivos oferecidos mostrem aos membros de canal

potenciais o comprometimento da empresa em apoiá-los para serem bem-

sucedidos com a linha. Ou seja, o produtor deve então comunicar ao

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intermediário a importância e o potencial que a parceria será benéfica se cada

uma das partes fizer o trabalho. (ROSENBLOOM, 2002).

A pedra de toque de muitas políticas de vendas do fornecedor está nesse conceito; o fornecedor fabrica e o distribuidor vende, um depende do outro. Juntos, formam uma equipe, e o trabalho em equipe é essencial para proporcionar benefícios mútuos. (ROSENBLOOM; 2002, p. 209).

1.4.3 Motivação dos membros do canal

Já selecionados os membros do canal, precisam ser continuamente

motivados para que então sua atuação possa ser a melhor possível. A empresa

deve também vender aos seus intermediários e não somente por meio deles. A

maioria das empresas têm seus intermediários como os clientes de primeira

linha. Algumas empresas trabalham com motivadores positivos, oferecem

margens mais elevadas, condições comerciais especiais, prêmios, concessões

de propagandas cooperativas e concursos de vendas. Outras às vezes

preferem usar motivadores negativos, como reduzir a freqüência de entrega,

diminuir as margens ou romper relacionamento. Quando uma empresa faz a

opção em usar esse tipo de alternativa, ela então não estudou as

necessidades, os problemas, as forças e fraquezas de seus distribuidores.

(KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

As empresas com mais experiência tentam conseguir parcerias de

longo prazo com seus distribuidores criando assim um sistema de marketing

onde possa satisfazer as necessidades dos fabricantes e dos distribuidores.

Sendo assim existem algumas empresas que trabalham em conjunto com seus

distribuidores agregando maior valor para os consumidores finais. Passam a

planejar juntas suas metas e estratégias para a comercialização, os níveis de

estoque e os planos promocionais e de propaganda. A empresa ao gerenciar

seus canais, deve convencer os distribuidores que com um sistema de

marketing mais avançado eles podem ganhar mais dinheiro. (KOTLER;

ARMSTRONG, 2004).

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Segundo Kolter e Keller (2006), a empresa deve vê seus intermediários

da mesma forma com que vê seus consumidores finais. Para estimular os

membros de canal, o primeiro passo a ser dado é entender suas necessidades

e desejos. Devem fornecer programa e de treinamento, programa de pesquisa

de mercado e outros programas de construção de capacidade para um melhor

desempenho dos intermediários. A empresa precisa sempre deixar bem claro

que os considera parceiros e juntos devem somar seus esforços para satisfazer

os consumidores finais.

1.5 Principais canais de marketing

1.5.1 Varejo

De acordo com Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), o varejo

compreende todas as atividades envolvidas na venda de bens e serviços

diretamente aos consumidores finais, tendo como sua principal atividade básica

a solução das necessidades dos consumidores, sendo por intermédio dos

lojistas e dos não lojistas, procurando transformar o produto e serviço adquirido

em momentos prazerosos.

O varejo é complexo e variado no mundo todo, geralmente se concentra

nas atividades relativas à venda de produtos ou serviço, de forma direta ao

usuário final, sendo para uso pessoal e não comercial. (VENDRAME;

GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Trata-se de qualquer organização que venda diretamente aos

consumidores finais, sejam eles fabricantes, atacados ou varejos.

Caracterizado por um ambiente muito exigente e dinâmico, o varejo moderno

torna-se cada vez mais competitivo e orientado para as inovações. Estudos

apontam que o varejo ainda consiste nas atividades que envolvem o processo

de venda de produtos e serviços para atender a necessidade pessoal dos

consumidores. (VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Uma venda a varejo é aquela onde o comprador e o usuário final, em

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22

oposição a um comprador empresarial ou institucional. Os varejistas fazem

suas escolhas com base nas características de suas empresas, considerando

sempre o curso e a demanda. (VENDRAME; GIULIANI; CAMARGO, 2009).

Conforme Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), o sistema varejista

tradicionais vem sendo classificado como operação de margens altas e baixa

rotatividade, oferecendo vários serviços pessoais. No sistema moderno de

varejo já se caracteriza ao contrario tendo uma alta rotatividade de estoque,

níveis mínimos de serviços e margens baixas. É evidente que os varejistas

buscam lucros cada vez mais altos por meio de margens altas, maior

rotatividade de produtos e custo mais baixos. Sendo assim, o posicionamento

que o varejista escolhe por parte da oferta se constitui numa fração de suas

estratégias de postura diante do cenário relativo a esse comércio.

Pode-se afirmar que é no varejo onde os consumidores ficam de frente

aos produtos que irão realizar seus desejos, sonhos e fantasias.

É por intermédio dos canais de marketing que o varejo consegue crescer

e surpreender cada vez mais seus clientes com os mais diversos produtos e

serviços. Ainda dentro desse contexto, o atacado aperfeiçoa recursos para os

pequenos e médios varejistas, passando a assumir também um importante

papel de intermediário e facilitador desse processo.

Conforme Kotler e Keller (2006), algumas decisões de marketing que os

varejistas devem tomar nas áreas de mercado-alvo, sortimento e suprimento de

produtos são:

a) mercado-alvo: a decisão mais importante para um varejista é a do

mercado-alvo, pois até que não tenha definido e traçado seu perfil o

varejista não deve tomar decisões que sejam a respeito de

sortimentos de produtos, decoração da loja, propaganda, mídia, os

preços e serviços. Alguns varejistas definem seus mercados-alvos

muito bem, transformando-os em um segmento cada vez mais

sofisticado, lançando novas linhas de lojas para oferecer um

conjunto de ofertas mais relevantes e explorar nichos de mercado;

b) sortimento de produtos: deve, no entanto, está de acordo com as

expectativas de compra do mercado-alvo, dessa forma, os varejistas

precisam decidir a amplitude e profundidade, deste sortimento. O

verdadeiro desafio para os varejistas tem inicio após a definição do

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23

sortimento de produtos, pois é preciso então desenvolver uma

estratégia de definição dos produtos;

c) suprimento de produtos: definida sua estratégia de sortimento de

produto, o varejista deve encontrar as fontes de suprimento e

estabelecer critérios e práticas de compra. Os fabricantes enfrentam

um importante desafio ao tentar colocar novos itens nas prateleiras

das lojas. Todas as semanas são oferecidos aos supermercados

muitos produtos novos e uma grande porcentagem desses novos

produtos acabam rejeitados pelos consumidores. Cada vez mais os

varejistas estão melhorando sua capacidade de prever demandas,

selecionar mercadorias, controlar estoques, alocar espaço e expor

os itens na loja. Fazem uso da tecnologia a seu favor para, controlar

estoques, calcular quantidades de pedidos, fazer encomendas,

analisar as despesas com vendedores e produtos entre outras, tudo

com a ajuda dos computadores.

1.5.2 Intermediário

Os intermediários são toda empresa independente que dão suporte aos

produtores e fabricantes (e usuários finais) desempenhando a função de

negociação e outras tarefas de distribuição, ou seja, praticam os fluxos de

negociação.

Basicamente os intermediários operam em dois níveis: o atacado e o

varejo. Entender o nível atacado possibilita verificar como ele pode ser um

facilitador fazendo com que os produtos cheguem aos usuários finais.

(ROSENBLOOM, 2002).

1.5.3 Atacado

Conforme Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), pode-se entender por

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atacado todas as atividades que são relacionadas com a venda de bens ou

serviço para os que compram para revender ou para uso comercial. Os

atacadistas também podem ser chamados de distribuidores, pois são empresas

independentes que compram e vendem produtos onde assumiram a posse dos

mesmos.

Segundo Vendrame; Giuliani; Camargo (2009), os atacadistas são

diferentes dos varejistas por vários aspectos. Em primeiro lugar, eles não dão

tanta importância à localização, ambiente e a promoções, pois trabalham

diretamente com clientes empresarias e não com consumidores finais. Em

segundo lugar, as transações realizadas no atacado são bem maiores do que

as de varejo, ou seja, os atacadistas cobrem uma área de comércio maior do

que os varejistas. Em terceiro e ultimo lugar, os negócios do governo trata de

forma diferenciada com os atacadistas e varejistas quando diz respeito à

regulamentação legais de impostos.

Segundo Kotler e Armstrong (2004), os atacadistas compram de

produtores e vendem aos varejistas, também para consumidores empresariais

e outro atacadistas. Pode-se afirmar que os atacadistas desempenham melhor

as seguintes funções de canal:

a) venda e promoção: a grande força de venda dos atacadistas

contribui para que os fabricantes possam alcançar uma quantidade

maior de clientes a baixo custo. O atacado possui maior número de

contatos e consequentemente o comprador tem mais confiança nele

do que no fabricante que muitas vezes estão longe;

b) compras e formação de sortimento: os atacadistas para poupar

trabalho aos clientes selecionam os itens que eles precisam;

c) quebra de lotes: uma forma que os atacadistas utilizam para

economizar dinheiro de seus clientes é comprando grandes lotes de

mercadorias e transformando em lotes menores;

d) armazenagem: atacadistas mantém estoques, é uma forma de

reduzir custos e manutenção de estoque para fornecedores e

clientes;

e) transporte: a grande vantagem dos atacadistas é poder oferecer

uma entrega mais rápida aos compradores pois estão mais pertos

deles do que os produtores;

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f) financiamento: os atacadistas financiam seus clientes oferecendo-

lhes crédito e financiam seus fornecedores fazendo seus pedidos

com antecipação e pagando no prazo as faturas;

g) riscos: ao tomar posse das mercadorias os atacadistas absorvem os

riscos e arca com os custos de roubos, danos, deterioração e

obsolescência;

h) informações de mercado: os atacados passam informações aos

fornecedores e clientes sobre os concorrentes, novos produtos que

estão surgindo e também uma análise dos preços;

i) serviço de gerenciamento e consultoria: é comum os atacadistas

ajudarem os varejistas com treinamento de vendedores, melhorar o

arranjo físico das lojas e dos expositores e na montagem de sistema

de controle de contabilidade e também dos estoques.

Atualmente os atacadistas estão cada vez mais sofrendo com a pressão

competitiva, tendo que se confrontar com as novas fontes de concorrência,

clientes mais exigentes, novas tecnologias, e um número maior de programas

de compra direta de grandes compradores empresarias institucionais e

varejistas. Com isso houve-se a necessidade de aprimoramento nas decisões

estratégicas referente aos mercados-alvos e um posicionamento melhor sobre

seu mix de marketing, sortimento de produtos e serviços, preços, promoção e

localização.

Kotler e Keller, (2006), observam que os fabricantes podem abandonar

os atacadistas ou substituir os ineficientes por outros melhores. Os fabricantes

muitas vezes se queixam dos atacados, as principais reclamações sobre eles

são: eles não trabalham de forma que promovam a linha de produtos dos

fabricantes, agem apenas como tiradores de pedidos, muitos não mantém

estoques suficientes com isso não conseguem atender a demanda de pedidos

dos clientes, não repassam aos fabricantes informações atuais sobre o

mercado clientes e também dos concorrentes, não conseguem atrair bons

gerentes nem reduzir seus próprios custos, também cobram muito caro por

seus serviços.

Acreditava-se que haveria uma drástica redução no número de

atacadistas, quando os grandes fabricantes e varejistas começaram a fazer uso

de programas de vendas diretas. Entretanto, os atacadistas com visão

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enfrentaram o desafio e reestruturaram seus negócios. Os atacadistas mais

bem-sucedidos adaptaram seus serviços conforme as necessidades e desejos

de seus clientes e fornecedores, reconhecendo que era necessário agregar

valor ao canal. Entenderam que era preciso reduzir seus custos operacionais e

fazer novos investimentos em tecnologia de manuseio de materiais, em

sistema de informação mais avançados e na internet.

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27

CAPÍTULO II

PAPEL DA LOGÍSTICA NOS CANAIS DE MARKETING

2 INTRODUCÃO

A logística nada mais é do que o gerenciamento do fluxo de matérias

físico de produtos acabados e semi-acabados envolvendo toda a parte de

armazenamento, controle de estoque, transporte, documentação alfandegária e

entrega para clientes. Hoje as empresas cada vez mais buscam com a logística

obter um maior controle e identificar as possíveis oportunidades de redução de

custos, reduzirem o prazo de entrega para aumentar a qualidade dos serviços

com relação ao cumprimento dos prazos. As empresas sentem a necessidade

de cada vez mais investir na questão logística, para então atender melhor as

necessidades dos consumidores e se tornarem cada vez mais competitivas.

A logística é o processo de gerenciar, estrategicamente, a aquisição, movimentação e armazenagem de matérias, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) por meio da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades, presentes e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. (FARIA; COSTA, 2007, p. 16).

2.1 Distribuição

Segundo Cherto (2006), a distribuição é de fato todo fluxo de bens e ou

serviço de um produtor até o usuário final. Tem por objetivo fazer com que o

produto possa chegar ao seu destino de forma rápida, segura e na hora certa.

Com isso, a empresa tem maior lucratividade e passa confiança ao cliente.

Estudos sobre a distribuição são cada vez mais freqüentes e podem ter

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dois motivos básicos: primeiro por causa dos clientes que hoje são cada vez

mais exigentes e segundo que com um sistema bem organizado de distribuição

a empresa tem maior sinergia e o seu bom resultado deixa-a com maior

vantagem competitiva.

Tais estudos só contribuem para as recentes e variadas maneiras de

realizar a comercialização de bens e serviços, que vem crescendo

principalmente por influência das varias formas de comunicação e da

tecnologia. (CHERTO, 2006).

2.1.1 Processo de Distribuição

Conforme Bertaglia (2003), a processo de distribuição está inteiramente

ligado à movimentação de materiais, normalmente de um fornecedor para um

cliente. Este, no entanto envolve atividades internas e externas, e sempre são

acompanhas por documentos legais.

Pode ser dividido em funções mais nucleares sendo o recebimento e

armazenagem, controle de estoque, administração de frotas e fretes,

separação de produtos, cargas de veículos, transporte, devolução de materiais

e produtos entre outras.

A distribuição nos últimos anos vem recebendo uma maior atenção e é

reconhecida como um processo de grande importância por parte das empresas

privadas e públicas devido aos altos custos envolvidos bem como pelas

grandes oportunidades oferecidas.

Esse processo de distribuição é, portanto, uma função dinâmica e

bastante diversa, variando de produto para produto e de empresa para

empresa. Assim, a distribuição precisa ser flexível para enfrentar as diversas

demandas e restrições que lhe são impostas, sejam elas físicas ou legais. A

forma com que as empresas usam sua distribuição pode se tornar uma

vantagem competitiva, na maneira com que faz o produto chegar com rapidez à

gôndola, na qualidade do seu transporte e na eficiência de entrega de um

material a um fabricante. (BERTAGLIA, 2003).

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O gerenciamento da distribuição vai além de movimentar um produto de

um determinado ponto a outro. Nada mais é do que uma fundamental atividade

no serviço, custo e qualidade desejados por consumidores e clientes.

(BERTAGLIA, 2003).

A distribuição é uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e distribuição) que no âmbito dos subprocessos de armazenagem e transporte busca uma forma estratégica de agregar valor ao cliente. A logística de distribuição, bastante significativa em empresas comerciais e industriais, tem seu processo inicial com o subprocesso de armazenagem, recebendo e estocando os produtos acabados oriundos da fábrica, como também as embalagens adquiridas de terceiros. (FARIA; COSTA, 2007, p. 24).

2.1.2 Distribuição Física

De acordo com Churchili e Peter (2003), uma das principais atividades

desenvolvidas em canais de distribuição é a movimentação física dos bens

para os consumidores finais. Esse processo nada mais é do que a distribuição

física onde inclui toda a parte de transporte, armazenamento, administração

dos estoques e processamento de pedidos. O processo da distribuição física

torna as trocas possíveis e é uma fonte de valor para os clientes. Hoje, os

consumidores e compradores organizacionais precisam e querem comprar os

produtos com maior facilidade e também repô-los quando há necessidade, sem

ter que esperar muito pela entrega e muito menos receber produtos errados.

Por isso, há necessidade de uma distribuição física confiável. Sendo assim,

quando os membros do canal executam as tarefas de distribuição física,

acabam gerando uma cadeia de valor para os usuários finais.

Como se pode observar a distribuição física envolve transporte,

armazenagem, administração de estoque e o processamento de pedidos.

Essas funções acontecem num processo como demonstra a figura 3, que para

ser levado adiante, produtores e intermediários podem usar outras

organizações tais como, companhia de transporte, depósitos públicos,

companhia de seguro e empresas de serviços gerais.

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Fonte: Churchili; Peter, 2003, p. 401

Figura 3: O processo de distribuição física

Para Bertaglia (2003), a distribuição física consiste basicamente em três

elementos globais: recebimento, armazenagem e expedição;

a) recebimento: sua função tem início quando o veículo é aceito para

descarregar um material ou produto que está destinado ao armazém

ou centro de distribuição. Ao receber o produto deve ser contado ou

pesado e ser comparado com o documento de transporte;

O produtor armazena bens acabados e registra o estoque em computador

O atacadista encomenda bens por telefone, correio, fax ou computador.

O fabricante recebe o pedido, emite a fatura, deduz os bens do estoque e despacha-os.

O atacadista recebe os bens e os armazena em depósitos. Registra o estoque em computador e paga a fatura.

O varejista encomenda os bens por telefone, correio, fax ou computador.

O atacadista recebe o pedido, emite a fatura, deduz os bens do estoque e despacha-os.

O varejista recebe os bens e os coloca em prateleiras. Registra o estoque em computador e paga a fatura.

Atividade Funções de

distribuição física

Armazenamento Administração de estoque

Processamento de pedidos

Processamento de pedidos Administração de estoque Transporte

Processamento de pedidos

Armazenamento Administração de estoque Processamento de pedidos

Processamento de pedido Administração de estoque Transporte

Administração de pedidos Processamento de pedidos

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b) armazenagem: feito o recebimento é hora de armazenar os itens

recebidos em lugares específicos e de acordo com as necessidades

de cada material;

c) expedição: também pode ser chamada de despacho, corresponde ao

processo de separar os itens armazenados em um determinado

local, levando-os para um outro lugar com o objetivo de atender a

demanda específica, sendo o envio do produto a um cliente ou ainda

um terceiro com objetivo de agregar valor ao material. Ainda dentro

da função de expedição pode-se incluir o carregamento e pesagem

do veículo, emissão e liberação dos documentos.

A logística de marketing – também chamada de distribuição física – envolve o planejamento, a implementação, o controle do fluxo físico de matérias, produtos finais e informações correlacionadas, desde os pontos de origem até os pontos de consumo, a fim de atender às exigências dos clientes de maneira lucrativa. (KOTLER; ARMSTRONG, 2007, p. 318).

2.1.3 Canais exclusivos de distribuição

De acordo com Kotler e Armstrong (2004), a maioria das empresas é

livre para desenvolver qualquer tipo de canal para melhor se adequarem. A

maioria dos fabricantes e atacadistas prefere desenvolver canais exclusivos

para seus produtos. Esse tipo de estratégia é chamado de distribuição

exclusiva, que a partir do momento que a empresa vendedora permite apenas

que alguns pontos de vendas comercializem seus produtos.

A estratégia chamada de direitos exclusivos de distribuição acontece

quando há exigência que os revendedores não comercializem produtos de

seus concorrentes. As duas partes podem se beneficiar dos contratos de

exclusividade, a empresa vendedora consegue um maior número de pontos de

venda que são fiéis e confiáveis e apoio de vendas. Porém um ponto que se

deve levar em consideração em relação aos contratos de exclusividade é que

esses impedem que outros fabricantes vendam para os mesmos revendedores.

(KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

Geralmente os fabricantes de um produto de marca forte vendem

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apenas aos revendedores e estes aceitam vender a alguns ou a todos os seus

produtos que contém em sua linha. Esse tipo se prática é conhecida como

força de linha completa. (KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

2.2 Logística

De acordo com Faria e Costa (2007), até pouco tempo a logística era

considerada apenas como um suporte operacional ao setor de marketing,

exercendo sua função de transportar, armazenar e disponibilizar bens para o

processo de transformação e consumo. Hoje, ela se se torna cada vez mais

essencial para alcançar e sustentar a vantagem competitiva dentro das

organizações por causa de seu caráter estratégico.

A logística está constantemente em ação tendo como prioridade a

redução de tempo que é um fator crítico de sucesso para as empresas que

buscam vantagem competitiva.

Para Kotler e Keller (2006), após a distribuição física na fábrica, os

gerentes têm a função de decidir e escolher o melhor ponto para estocagem e

os transportes que entregarão as mercadorias ao seu destino final, dentro do

prazo esperado e com o menor custo total. Conforme a expansão da

distribuição física passa então a ter um conceito mais amplo sendo ele o

gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esse, porém tem início antes da

distribuição física, pois tenta suprir os insumos e matérias-primas corretas,

transformando-os em produtos acabados e enviando-os até seu destino final.

A cadeia de suprimentos pode ajudar a empresa a identificar os

melhores fornecedores e distribuidores, podendo aumentar a produtividade dos

mesmos bem como ajudar a própria empresa com a redução de seus custos.

2.2.1 Logística de Mercado

Segundo Kotler e Keller (2006), logística de mercado, envolve toda a

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parte de planejamento, implementação e todo controle do fluxo de materiais

físicos e de produtos finais. Seu maior objetivo é atender as exigências dos

clientes e obter um retorno positivo em relação a esse atendimento. Pode-se

explicar melhor esse tipo de logística através de quatro etapas:

a) decisão sobre a proposta de valor da empresa para seus clientes:

deve-se então fazer os seguintes questionamentos, que padrão de

pontualidade de entrega deve ser oferecido? que níveis de precisão

de pedido e cobrança devem ser atingidos;

b) decisão sobre o melhor sistema de canal estratégico de rede para

chegar ao cliente: as questões levantadas são: a empresa deve

atender o cliente diretamente ou por meio de intermediários? que

produtos devem ser fornecidos e a partir de quais instalações?

quantos depósitos são necessários para manter e quais locais;

c) desenvolvimento de excelência operacional na previsão de vendas:

toda a gestão de depósitos, transportes e matérias;

d) implantação de melhores sistemas de informação: equipamentos,

políticas e procedimentos.

Para um melhor gerenciamento da logística os sistemas de informação

têm papel de grande importância, principalmente os computadores, terminais

de pontos de vendas, códigos de produtos, o rastreamento por satélite, a troca

eletrônica de dados e a transferência eletrônica de fundos. Com toda essa

tecnologia disponível, pode-se observar a redução no tempo do pedido, o

número de funcionários e o índice de erros nos documentos, possibilitando um

maior controle sobre as operações. (KOTLER; KELLER, 2006).

É importante lembrar que a logística de mercado envolve várias

atividades, sendo a primeira delas a previsão de vendas, é o que dá a base

para a empresa programar sua distribuição e seu nível de estoque. Os planos

de produção que são estabelecidos são importantes, pois demonstram quais os

materiais que o departamento de compras deve encomendar. E feito o

transporte desses materiais quais são estocados no depósito de matérias-

primas. Após esse processo, essas são transformadas em produtos acabados.

A formação dos estoques acabados é feita através da ligação entre pedidos

dos clientes e a atividade de fabricação. (KOTLER; KELLER, 2006).

Os produtos acabados passam pela linha de embalagem, depósito

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interno da fábrica, processo de embarque, transporte, estoque externo e, por

último, pela entrega e atendimento ao cliente.

Conforme Kotler e Keller (2006), existem também quatro decisões

importantes a serem tomadas em relação a logística de mercado as quais

serão abordadas abaixo:

a) processamento de pedidos: as empresas buscam diminuir o tempo

que se leva entre recebimento do pedido, a entrega e o pagamento.

Esse ciclo envolve várias etapas por isso dá busca da redução de

tempo, pois quanto mais tempo levar esse ciclo conseqüentemente

será menor a satisfação dos clientes e também menores os lucros

pra a empresa;

b) armazenagem: as empresas precisam armazenar seus produtos

acabados, até que sejam vendidos, por que o tempo de produção e

consumo dificilmente coincidem. A empresa pode contar com

armazéns próprios e também alugar espaço em armazéns públicos;

c) estocagem: níveis de estocagem representam uma importante

decisão de logística de mercado, muitos vendedores gostariam que

sua empresa mantivessem estoques suficiente para atender

imediatamente ao pedido de seus clientes, entretanto isso tem um

alto custo. O custo do estoque tem um aumento significativo

conforme o nível de atendimento ao cliente. Para que se possa

tomar uma decisão em relação ao estoque é preciso levar em

consideração quando fazer o pedido e quanto pedir. A gerência

precisa ficar atenta com o nível de estoque e saber quando será

necessário fazer novos pedidos. Algumas empresas estão tratando

cada item do estoque de uma maneira diferenciada, classificando-os

de acordo com seu risco e oportunidade afim de reduzir seus custos;

d) transporte: o marketing das empresas precisam ficar de olho na área

do transporte, é considerada uma importante área, pois envolve o

preço dos produtos, a pontualidade de entrega e as condições do

produto até chegar ao seu destino final. Todos esses itens vão

determinar a satisfação ou não dos clientes. Atualmente, há muitos

investimentos em sistemas de entrega, para que o produto possa

chegar o mais rápido possível ao seu destino.

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A estratégia logística de mercado deve derivar de estratégia de negócio

e não somente se basear em considerações de custos. O sistema de logística

deve transmitir informações e estabelecer ligações eletrônicas entre todas as

partes envolvidas. As empresas precisam deixar bem claro e estabelecer suas

metas de logística para que possam ser iguais ou melhores que os padrões de

atendimento de seus concorrentes, envolvendo a todos os membros das

equipes relevantes no processo de planejamento.

Os fornecedores não podem abrir mão das solicitações feitas por seus

clientes, por isso precisam desenvolver programas de logística com diferentes

níveis de serviços e preços. Empresas inteligentes buscam adequar suas

ofertar aos principais clientes, bem como podem criar uma estrutura

diferenciada de distribuição por meio de pacotes de serviços específicos.

(KOTLER; KELLER, 2006).

2.2.2 Funções e Decisões de Logística

Segundo Churchili e Peter (2003), a logística tem como principal função

trazer bens de vários lugares para um único ponto de venda. A armazenagem

deve manter estoques e proteger os bens de maneira que satisfaça as

necessidades dos clientes. Na organização deve comprar bens em quantidade

e dividí-los em volumes desejados pelos clientes, o que inclui quatro etapas:

a) acumulação: reunir bens similares de várias fontes num estoque

maior e homogêneo;

b) distribuição: dividir um estoque homogêneo em lotes menores;

c) combinação: construir um sortimento de produto a partir de várias

fontes;

d) classificação: dividir o estoque heterogêneo em estoque separados,

relativamente homogêneos.

A função da logística é basicamente entender que é voltada para a

movimentação de bens físicos de onde eles foram fabricados e para onde os

numeros são comprados ou usados. (CHURCHILI; PETER, 2003).

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2.2.3 Objetivos da logística

Kotler e Armstrong (2004), afirmam que algumas empresas definem

seus objetivos de logística visando o máximo de atendimento ao cliente com o

mínimo custo. Porém, ainda não existe nenhum sistema de logística que dê a

possibilidade de maximizar o atendimento e minimizar os custos de distribuição

ao mesmo tempo.

Para se ter um ótimo atendimento ao cliente deve-se entrega com

rapidez, ter sortimentos flexíveis, bem como políticas liberais de devolução e

outros serviços. O inverso disso, para minimizar os custos de distribuição, será

necessário então que a empresa faça suas entregas com maior tempo de

espera, com estoques menores e depósitos maiores, o que resultará em um

atendimento ao cliente com qualidade inferior. (KOTLER; ARMSTRONG,

2004).

A logística deve ter como objetivo fornecer e ter um atendimento ao

cliente com mínimo custo possível. A empresa precisa saber quais os vários

serviços de distribuição que cabem as necessidades de cada cliente, só então

deverá determinar os níveis de atendimento para cada segmento.

Normalmente, ela busca oferecer no mínimo o mesmo nível de atendimento

que seus concorrentes oferecem. Seu objetivo maior deve ser a maximização

dos lucros e não de vendas. (KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

2.2.4 Logística integral

De acordo com Kotler e Armstrong (2004), há cada vez mais empresas

adotando o gerenciamento de logística integral. Esse conceito vem mostrar que

o melhor atendimento ao cliente e a redução dos custos de distribuição exige

trabalho em equipe, no entanto, é valido tanto dentro da empresa quanto entre

as organizações que fazem parte do canal de marketing. Os diversos

departamentos funcionais da empresa devem trabalhar em conjunto, para que

se tenha uma maximização do desempenho da logística da própria empresa.

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É comum encontrar nas empresas a responsabilidade pelas atividades

de logística divididas em vários setores diferentes como em marketing, vendas,

finanças, fabricação e suprimentos. Cada uma das funções tenta aperfeiçoar

seu próprio desempenho logístico sem levar em consideração as atividades

das outras funções. Sendo assim, as atividades de transporte, estoque,

armazenagem e processamento de pedidos, podem muitas vezes se

interagirem de maneira contrária. Pode-se citar, por exemplo, níveis mais

baixos de estoque reduzem o custo de manutenção de estoque, mas por outro

lado também podem diminuir o atendimento ao cliente e ter uma elevação nos

preços por falta de estoque, pedidos não atendidos, produção não programada

e expedição urgentes de custos mais altos. (KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

O gerenciamento da logística integral tem como objetivo, harmonizar

todas as decisões da empresa em relação à distribuição.

Faria e Costa (2007), afirmam que a logística integral é um conjunto de

atividades e processos interligados, com um só objetivo o de aperfeiçoar o

sistema como um todo diminuindo os custos e em conseqüência gerar um valor

maior para os clientes.

Cada processo logístico é o que liga a empresa a seus clientes e

fornecedores, sejam eles internos ou externos. Sendo assim, o gestor de

determinada unidade fabril é cliente interno da logística de abastecimento, por

sua vez os compradores dos produtos são clientes externos da logística de

distribuição e assim sucessivamente.

Esse é o grande desafio da logística integrada: agregar valor por meio de um nível de serviço de excelência, mas ao menor custo total possível, como condição de otimização do resultado econômico e continuidade da organização. (FARIA; COSTA, 2007, p. 43).

2.2.5 Parcerias de canal

Segundo Kotler e Armstrong (2004), os membros de um canal de

distribuição estão intimamente ligados no fornecimento de valor e

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satisfação ao cliente.

Pode-se considerar que um sistema de distribuição de uma empresa é

também o sistema de suprimentos de uma outra. Portanto, o sucesso de cada

membro de canal vai depender do desempenho de toda a cadeia de

suprimentos.

As empresas precisam pensar em fazer mais do que um

aperfeiçoamento da própria logística, mas também é preciso se trabalhar com

outros membros de canal, para aprimorar a distribuição do canal como um

todo.

Hoje, as empresas mais competitivas trabalham em cima de estratégias

de logística e constroem sólidas parcerias com fornecedores e clientes com o

objetivo de um melhor atendimento ao consumidor e também uma redução nos

custos do canal.

Algumas empresas formam parcerias para projetos compartilhados, ou

seja, grandes redes de varejos trabalham em conjunto com seus fornecedores

em programas internos das lojas.

Segundo Kolter e Armstrong (2004), parcerias de canal podem também

ter forma de sistema de compartilhamento e informações e de reposição

contínua de estoque. Isso acontece quando as empresas gerenciam suas

cadeias de suprimentos por meio de informações. Fornecedores estão ligados

diretamente com seus clientes para compartilhar informações e coordenar suas

decisões de logística.

Conforme Kolter e Armstrong (2004), existem ainda os sistemas de

distribuição preventiva e a distribuição ativa. Na distribuição preventiva, a

empresa só irá produzir a partir da quantidade de produtos que for determinado

pela previsão de vendas. Também utiliza vários pontos de fornecimento e

mantém estoques, como a fábrica, as centrais de distribuição e as lojas de

varejo. Já no sistema de distribuição ativo é ao contrário, sendo ativado pelo

cliente. Os fabricantes montam e repõem continuamente o estoque, conforme

os pedidos de compra vão chegando. Fabrica apenas o que está sendo

vendido no momento.

2.2.6 Serviços logísticos terceirizados

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A maioria das empresas trabalham com suas próprias funções de

logística, porém cresce cada vez mais o número de empresas que estão

passando parte ou toda sua logística para operadores logísticos terceirizados.

Esses operadores logísticos fazem todas as funções necessárias para levar os

produtos dos clientes ao mercado.

Por várias razões muitas empresas usam os prestadores de serviços

logísticos terceirizados. Em primeiro lugar executam com eficiência esse

serviço e a custos baixos, pois seu objetivo principal é levar o produto ao

mercado. Em segundo lugar a terceirização dá logística, da possibilidade a

empresa de se concentrar em sua atividade central.

Portanto, as empresas que possuem uma logística integrada entendem os

ambientes logísticos, que por sua vez estão mais complexos. Para as

empresas que tem por objetivo expandir, isso pode ser especialmente útil.

(KOTLER; ARMSTRONG, 2004).

2.3 Logística nos canais de marketing

Conforme Kotler e Armstrong (2007), mesmo um canal de marketing

perfeito, depende da logística para tornar seus produtos disponíveis aos

clientes, a empresa tem que decidir qual é forma melhor para armazenar e

transporta seus produtos fazendo com que os mesmos estejam na hora certa,

no lugar certo.

A empresa decide tomar a iniciativa por desenvolver um sistema de

logística por causa das necessidades dos clientes, que por sua vez vai

maximizar o serviço prestado ao consumidor e ao mesmo tempo minimizar os

custos de distribuição. Essa maximização de serviços aos clientes nada mais é

do que entregar cada vez mais com rapidez.

Portanto, o processo da logística de levar ao lugar certo na hora certa

desempenha um papel muito importante dentro do canal de marketing.

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CONCLUSÃO

O marketing vem cada vez mais de mostrando que está sendo quebrado

o conceito de apenas propaganda, e começa a ser aproveitado em outras

áreas da empresa, criando novas estratégias para melhor satisfazer os

clientes.

As empresas buscam maior competitividade e diferencial podendo assim

conquistar mais e mais clientes. Hoje um diferencial que traz benefícios as

empresa são os canis de marketing. Esse por sua vez é essencial para o

desenvolvimento sustentável de um produto, pois a forma com que você irá

levar seus produtos e serviços ao mercado, vai influenciar no alcance dos

clientes, também na capacidade de atingir novos mercados e na habilidade em

gerir processos e resultados.

No mundo globalizado em que vivemos hoje são poucos os fabricantes

que ainda vendem seus produtos diretamente aos clientes, muitos preferem

usar os intermediários. Os canais de marketing são de fato de grande influencia

para o bom funcionamento de uma empresa e traz muita vantagem a empresa.

Outro fato importante observado dentro dos canais de marketing é o papel da

logística, pois com ela todo processo de distribuição se torna eficaz. Levando

os produtos com melhor qualidade e rapidez aos usuários finais.

O trabalho aqui desenvolvido, para mim foi de grande importância, pois

trouxe um amplo conhecimento de uma área diferenciada do que estamos

acostumados a ver sobre marketing, pois se fala muito a respeito de

propaganda e com esse trabalho pude vê que o marketing pode ser usada em

vários setores dentro de uma mesma empresa, trazendo cada vez mais

benefícios a ela.

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REFERÊNCIAS BERTAGLIA. P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. CHERTO. M. Franchising e outros canais de marketing. In: DIAS. S. R (Coord.) Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2006. p – 231 – 251. CHURCHILI. JR. G. A; PETER. P.J. Marketing: Criando valor para os clientes. Tradução Cecília Camargo Bartalotti e Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003. COUCHLAN, A.L, et al. Canais de Marketing e distribuição. Tradução Lúcia Simonini. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. FARIA. A. C; COSTA. M. C. F. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2007. GIULIANI, A. C. Gestão de Marketing no Varejo. São Paulo: Edições OLM, 2003. KOTLER, P; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. _______. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. KOTLER, P.; KELLER, K, L. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. ROSENBLOOM, B. Canais de Marketing: uma visão gerencial. São Paulo: Atlas, 2002. VENDRAME, F.C; GIULIANI, A. C; CAMARGO, S.H. C.R.V. Gestão de Marketing no Varejo V. Itu: Ottoni Editora, 2009.