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O EMPREGADOR FRENTE AOS NOVOS DESAFIOS EM RELAO AS INTERPRETAES DA NR-31 - VISO DO MTE E CONSEQUNCIAS
ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUMAssessora sindical da UNICA/SIAESP/SIFAESP
Araatuba, 18 de novembro de 2009
NR 31 NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANA E SADE NO TRABALHO, AGRICULTURA, PECURIA, SILVICULTURA, EXPLORAO FLORESTAL E AQICULTURA Portaria 3.067 de abril de 1988 Edita as 5 NRR e incorpora as NR 7, 15 e 16 URBANAS Portaria 86 de 03 de maro de 2005 Edita a NR 31 (Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria, Silvicultura, Explorao Florestal e Aqicultura)
DIVISO TERICA NR-31
Campos de aplicao e atribuies gerais
Sistema de gesto Exigncias tcnicas especficas
CAMPOS ABRANGIDOS REGULAMENTAO - NRR APS 19881. Campos de aplicao, obrigaes e responsabilidades2. Servio especializado em segurana e sade do trabalho rural (SESTR)
3. Comisso interna de preveno de acidentes do trabalho rural(CIPATR) 4. Controle da sade dos trabalhadores
5. Medidas de proteo pessoal6. Agrotxicos 7. Insalubridade (adicional)
8. Periculosidade (adicional)
CAMPOS ABRANGIDOS REGULAMENTAO - NR-31 APS 20051. Campos de aplicao, obrigaes e responsabilidades2. Servio especializado em segurana e sade do trabalho rural (SESTR) 3. Comisso interna de preveno de acidentes do trabalho rural (CIPATR) 4. Controle da sade dos trabalhadores 5. Medidas de proteo pessoal 6. Agrotxicos 7. Comisses permanentes de segurana e sade no trabalho rural 8. Meio ambiente e resduos 10. Ferramentas manuais
11. Mquinas, equipamentos e implementos12. Secadores 13. Silos 14. Acessos e vias de circulao 15. Transporte de trabalhadores
16. Transporte de cargas17. Trabalho com animais
18. Fatores climticos e topogrficos19. Edificaes rurais
20. Instalaes eltricas21. reas de vivncia
9. Ergonomia
CAMPOS DE APLICAO E ATRIBUIES GERAIS DESTAQUES Esta Norma Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades da agricultura,pecuria, silvicultura, explorao florestal e aqicultura, verificadas as formas de relaes de trabalho e emprego e o local das atividades. Esta Norma Regulamentadora tambm se aplica s atividades de explorao industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrrios.
Agroindstria atividade hbrida caracterizao urbano ou rural??? Responsabilidade solidria de empresas, empregadores, cooperativas de produo ou parceiros, congregados ou constitudos em grupo econmico: respondem solidariamente pelas obrigaes de aplicao da Lei, por infraes ou danos decorrentes de acidentes envolvendo trabalhadores pertencentes a qualquer um dos contratantes. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA = TODOS TEM RESPONSABILIDADE
NR-31 QUESTES POLMICAS Exigncias e tcnicas especficas1. Pausas: 31.10.7 - Para as atividades que forem realizadas necessariamente em p, devem ser garantidas pausas para descanso. Dificuldade da implantao em razo da atividade no corte manual de cana, dos usos e dos costumes 2. Exames mdicos: 31.5.1.3.1 - O empregador rural ou equiparado deve garantir a realizao de exames mdicos, obedecendo aos prazos e periodicidade previstos nas alneas abaixo: exame mdico admissional exame mdico peridico, a ser realizado anualmente, salvo o disposto em acordo ou conveno coletiva de trabalho, resguardado o critrio mdico Que critrio adotar??? NR 7 + NR 31?
NR-31 QUESTES POLMICAS3. Dimensionamento do SESTR comum: 31.6.10 - As empresas que mantiverem atividades agrcolas e industriais, interligadas no mesmo espao fsico e obrigadas a constituir SESTR ou Servio equivalente, podero constituir apenas um desses servios, considerando o somatrio do nmero de empregados, desde que estabelecido em conveno ou acordo coletivo. Que critrio adotar??? NR 7 + NR 31? 4. Equipamentos de proteo: Exigncia de certificado de aprovao (CA) emitido pelo MTE EPIs disponibilizados no mercado foram testados para a indstria e no para o meio rural. Exemplo: culos de proteo utilizados para o corte manual de cana. Trabalhadores preferem os culos de telinha que no tm certificado de aprovao.
5. Alojamentos (31.23.5): Enquadramento de repblicas (moradias coletivas urbanas) como alojamentos impossibilidade
NR-31 QUESTES POLMICAS6. Mquina em movimento vedado, em qualquer circunstncia, trabalho em p/sentado em mquina em movimento no projetada para este fim". Fundamento: NR 31 itens 31.12.1 "a" e 31.12.10. " proibida a atividade de acerto de carga de cana-de-acar, ou outra atividade, onde o trabalhador labora sobre a carga. Tais atividades devem ser feitas com o trabalhador no solo com ferramenta que alcance a altura da carga ou com plataforma de trabalho com proteo previstas no item 31.12.9 da NR 31". Fundamentao: NR 31 itens 31.5.1 "a" e"b"e 31.17.1.7. Medidas de proteo pessoal "A empresa deve adotar medidas de proteo pessoal de corpo inteiro, fornecendo, inclusive, cala e camisa de mangas longas, tanto para o cortador de cana quanto aos demais trabalhadores rurais de qualquer etapa do processo produtivo da cana-de-acar". Fundamentao: NR 31 itens 31.3.3 "b", 31.20.1.1 e 31.20.2 "g".
NR-31 QUESTES POLMICAS8. BarracaCondies mnimas para a instalao sanitria nas frentes de trabalho: NR 31 item 31.23.3.4
9. Aplicao de agrotxicoChuveiro e vestirio para troca de roupas pessoais e higienizao aps aplicao.
10. Mquinas, Equipamentos e ImplementosS devem ser utilizadas mquinas e equipamentos mveis motorizadosque tenham estrutura de proteo do operador em caso de tombamento e
dispor de cinto de segurana.No h ressalvas para as mquinas existentes
SISTEMA DE GESTO USOS & COSTUMES
EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL EPIFornecimento, registro, reposio, cobrana da utilizao
ADEQUAO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAIS
Compromisso entre governo, empresrios e trabalhadores
NR-06FABRICANTE DE EPIEMPREGADORTrabalhador
CA
PERIGOS
EPI
MTE
CARACTERSTICAS DE PROTEO
MTEENSAIO DE DESEMPENHO
MPT
LABORATRIO CREDENCIADONORMAS
JUSTIA DO TRABALHO
Fonte: Eduardo Koizumi
COMISSO RURAL ESTADUAL A NR-31 prev a existncia de Comisses Permanentes no mbito nacional e regional, CPNR e CPRR, institudas pela Portaria SIT/MTE n 18, de 30/05/2001 Essas Comisses tm como atribuies bsicas a (i) formulao de propostas de adequao ao texto da norma e o (ii) aperfeioamento contnuo da mesma, visando ao controle e melhoria das condies do meio-ambiente do trabalho rural.
NR 31 - FISCALIZAESFiscalizao do grupo mvel do Ministrio do Trabalho
FISCALIZAES DO MINISTRIO DO TRABALHO E DA PROCURADORIA DO TRABALHOMinistrio do Trabalho Emprego Grupos de fiscalizao Nacional Estadual Regional
Conseqncias: Multas administrativas Interdio
Condio Anloga de Escravo (Portaria 540 MTE)
Ministrio Pblico do Trabalho Conseqncias: Termo de ajuste de conduta
Ao Civil
DESTAQUEAuditor fiscal
Autonomia funcional
PERFIL DAS AUTUAES NO MEIO RURAL (EM %)10090 80 70 60
93
95
71 5545 50 50 29
50 40 30 20 100
7
5 2007
2003
2004
2005
2006
Inaplicveis ao trabalho rural
Aplicveis ao trabalho rural
PRINCIPAIS AUTUAES NR-31 NO BRASIL EM 20072500
22292000
1500
1000
968
1000
500
294
250
262
352
222
264
0 31.5 31.8 31.12 31.16 31.20 31.23 31.23.3.4 31.23.4.3 31.23.9
31.5 - Gesto de Segurana, Sade e Meio Ambiente de Trabalho Rural 31.8 - Agrotxicos, Adjuntas e Produtos Afins 31.12 - Mquinas, Equipamentos e Implementos 31.16 - Transporte de Trabalhadores
31.20 - Medidas de Proteo Pessoal 31.23 - reas de Vivncia 31.23.3.4 - Instalaes sanitrias nas frentes de trabalho 31.23.4.3 - Abrigos nas frentes de trabalho 31.23.9 - Fornecimento de gua potvel fresca
PRINCIPAIS AUTUAES NR 31 NO BRASIL - 2008
31.20.1 - Fornecer equipamentos de proteo individual 31.20.1.2 - Exigir a utilizao dos equipamentos de proteo individual 31.23.1 "a - Instalaes sanitrias 31.23.1 b - Locais para refeio 31.23.10 - gua potvel
31.23.4.3 - Abrigos contra intempries durantes as refeies 31.23.9 - gua potvel e fresca 31.5.1.3.1.a - Exame mdico admissional 31.5.1.3.6 - Material de primeiros socorros 31.16.1.a - Transporte coletivo
DESTAQUES FISCALIZAO
OBRIGAES E RESPONSABILIDADES GERAISProcedimentos, instrues e ordens de servios especificas escritas e divulgadas entre os trabalhadores
AUSNCIAS
Integrao com documentos escritos sobre segurana e sade
TERCEIROS Integrao, controle do cumprimento dos deveres e obrigaes
FERRAMENTAS MANUAISNo fornecimento
PROTETOR DE LIMA BAINHA PARA FACES
Fornecimento sem utilizao
Ausncia de registro de fornecimentos e reposies
FERRAMENTAS MANUAIS
FACES TRANSPORTADOS SEM BAINHA DE PROTEO
FERRAMENTAS MANUAISFACES E MACHADOS TRANSPORTADOS SEM BAINHA DE PROTEO
FERRAMENTAS MANUAISPROTETOR DE LIMA IMPROVISADO
PROTETOR DE LIMA RECOMENDADO
CONTROLE DA SADE DOS TRABALHADORESFornecimento designao formal do mdico coordenador do programa de controle mdico Cumprimento dos prazos para exames peridicos
AUSNCIAExames de mudana de funo
Exames complementares em funo dos riscos de exposio do trabalhador
CONTROLE DA SADE DOS TRABALHADORESSem assinatura CRM do mdico
Sem registro dos riscos dos exames realizados e a indicao de aptido para a funo
ASONo entregue a cpia para o trabalhador
O protocolo do trabalhador no arquivado no pronturio final
SESTREngenheiros, tcnicos de segurana, auxiliares de enfermagem no quadro de profissionais
AUSNCIAAtividades de avaliao e estudo de riscos, planejamento, auditorias e recomendaes
AGROTXICO Depsito em local inadequado e no sinalizado Ventilao interna insuficiente Embalagens de produtos depositadas diretamente no piso
Sem extrado e ou encostado na parede Altura de pilhas de caixas acima de alturas estabelecidas pelos fabricantes Embalagens vazias no lavadas, no perfuradas e estocadas em local sem controle de acesso de animais e pessoas Transporte do produto sem atendimento as exigncias sobre cargas perigosas Preparo e abastecimento sem os EPIs adequados
Ausncia de chuveiros e vestirios para a troca e guarda de roupas pessoas e higienizao aps aplicao Roupas de proteo lavadas em local inapropriado
MQUINAS, EQUIPAMENTOS E IMPLEMENTOSTreinamento especfico
OPERADORES AUSNCIACinto de segurana
Pessoas conduzidas sobre pra-lamas
TRATORES AUSNCIA
Cinto de segurana, cabine, estrutura de proteo contra tombamentoSinal sonoro de r e proteo nas partes mvel perigosas
TRANSPORTE DE TRABALHADORESHabilitao e curso de formao
Licenas dos veculos para circulao
Manuteno dos veculos
AUSNCIAControle de superviso do sistema de registro de velocidade (tacgrafos)
Fiscalizao de materiais estranhos no compartimento de passageiros
TRANSPORTE DE TRABALHADORESBANCO ADICIONADO APS OBTENO DA LICENA
MACACO HIDRULICO SOLTO NO COMPARTIMENTO DE PASSAGEIROS
FACES SEM BAINHA NO COMPARTIMENTO DE FERRAMENTAS
REAS DE VIVNCIASAbrigos nas frentes de trabalho e ou montagem do abrigo
AUSNCIA NAS FRENTES DE TRABALHO
Controle de qualidade, refrigerao de gua potvel Barraca/sanitrio Quantidade, qualidade, forma de uso e conservao
PROBLEMAS ALOJAMENTOS
Espaamento e armrios
REAS DE VIVNCIAS
BARRACA SANITRIA SEM CONDIO DE USO
REAS DE VIVNCIAS
BARRACA SANITRIA ARMADA MUITO PRXIMO DOS NIBUS
FISCALIZAO DO GRUPO MVEL RURAL DO ESTADO DE SO PAULOCANA-DE-ACAR
PERODO DE 2006 2008
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
INCIO DAS ATIVIDADES ABRIL / 2001
Estrutura atual: 25 auditores fiscais do trabalho Atuao: grupo mvel atua em todas as gerncias regionais do interior do Estado de So Paulo
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADEDados estatsticos seguir so os nmeros de autos de infrao elaborados pelo grupo rural em segurana e sade2006Pausas Proteo contra quedas Exames mdicos 24 27
200719 6 38
20087 1 17
Programa de gestoMenor CIPATR SESTR
221 8 5
526 8
281 1 3
Abrigo para refeies
28
72
21
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
MAIORES PROBLEMAS
Quantidade insuficiente de lugaresCobertura insuficiente contra o sol Falta de bancos e mesas na frente de trabalho
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADE
2006 SANITRIOS 37
2007 48
2008 24
Maiores problemas Sanitrios em pssimas condies de higiene Falta de gua , sabo, toalhas e papel higinico
Barracas de lonas LEGISLAO
usadas
somente
para
CUMPRIR
A
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADE
GUA POTVEL
2006 37
2007 31
2008 6
Maiores problemas Falta de potabilidade e temperatura adequada (fresca) Falta de reposio de gua ao longo do dia
Falta de condies higinicas
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADE
2006 FORNECIMENTO DE RECIPIENTE 22
2007 15
2008 3
Maiores problemas Recipiente e Marmita trmica so adquiridos pelo Trabalhador Marmita trmica produzida com plstico reciclado (fundo preto)
azeda a refeio rapidamente
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADE2006 52 22 2007 49 12 2008 31 9
EPI FERRAMENTAS
Maiores problemas Ferramentas inadequadas obrigam aquisio pelo prprio trabalhador Ferramentas so repostas em dias pr-determinados
Fonte: Roberto Martins de Figueiredo - Engenheiro Agrnomo e Engenheiro de Segurana no Trabalho. Coordenador do Grupo Estadual Rural
SEGURANA E SADE
2006 TRANSPORTE 29
2007 40
2008 13
Maiores problemas Frota de nibus muito antiga Terceirizao do transporte leva precarizao Falta de fiscalizao pelos rgos competentes
SEGURANA E SADE
2006 VESTIMENTA PRIMEIROS SOCORROS ALOJAMENTO 44 44 8
2007 38 38 27
2008 7 7 3
INTERDIO
4
8
FISCALIZAES E PENALIDADESNR 28 - Fiscalizao e Penalidades
1 UFIR 2009 = R$ 1,0641
FISCALIZAES E PENALIDADES
28.2 EMBARGO OU INTERDIO
28.2.1 Quando o agente da inspeo do trabalho constatar situaode grave e iminente risco sade e/ou integridade fsica do trabalhador, com base em critrios tcnicos, dever propor de
imediato autoridade regional competente a interdio doestabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, ou o
embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas quedevero ser adotadas para a correo das situaes de risco.
SITUAES QUE TEM OCORRIDO INTERDIOAusncia EPIs adequados Na frente de trabalho rural Interdio da atividade
Ausncia EPIs adequados
No corte manual da cana
Paralisao da atividade e ou interdio da atividade
Ausncia EPIs adequados
Na aplicao de agrotxicos
Paralisao da atividade e ou interdio da atividade
SITUAES EM QUE TEM OCORRIDO INTERDIOINTERDIO IMEDIATA do veculo de transporte coletivo de trabalhadoresDocumento comprobatrio da inspeo veicular e/ou a documentao do motorista
Transporte de trabalhadores em p. LOTAO DOCUMENTADA INFERIOR QUANTIDADE DE ASSENTOS EXISTENTES INEXISTNCIA DE COMPARTIMENTO SEPARADO PARA TRANSPORTE DE FERRAMENTAS E MATERIAIS (SEMPRE QUE HAJA FERRAMENTAS E MATERIAIS SENDO TRANSPORTADOS)
CONDIES
AUSNCIA OU FALHA DO SISTEMA DE SINALIZAO E ILUMINAOPNEU RECAUCHUTADO NO EIXO DIANTEIRO (RESOLUO DO CONTRAN N. 811/96, ART. 8O, PARGRAFO NICO)
SITUAES EM QUE TEM OCORRIDO INTERDIO"vedado, em qualquer circunstncia, trabalho em p/sentado em mquina em movimento no projetada para este fim"
PLANTIO
OUTROS EXEMPLOS DE INTERDIO
Alm dos itens apresentados que implicam em interdio imediata, outros, conjugados ou no, podem gerar a interdio. Exemplo: caso de pedais e controles adaptados; m conservao do veculo; adaptaes de todo gnero; documentao do veculo; e etc. Fundamentao: NR 31 itens 31.3.3 "b"; 31.16.1 e alneas.
MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO MPT TAC Termo de ajustamento de condutaBASE LEGAL: art. 5 , 6 , Lei 7.347/85 (Lei da Ao Civil Pblica)
CONCEITO: A ao civil pblica trabalhista o instrumento de proteo, no mbito judicial, dos direitos e interesses difusos, coletivos e/ou individuais homogneos quando relacionados com a relao de emprego No se trata, portanto, de instrumento para a proteo dos direitos individualmente considerados EXEMPLOS: Ao civil pblica com o objetivo de reduzir ou eliminar a insalubridade na empresa, o que evitaria a busca individual pelo adicional Ao civil pblica para apurar responsabilidade oriunda de greve abusiva
Termo de ajustamento de conduta TAC 6, art. 5 da Lei n.7.347/85 Os rgos pblicos e legitimados (para a ao civil pblica) podero tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta s exigncias legais, mediante cominaes, que ter eficcia de ttulo executivo extrajudicial. A CODIN - Coordenadoria de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos atua como rgo agente do MPT, mediante a instaurao de inquritos civis e procedimentos investigatrios, no mbito administrativo, que podem resultar na assinatura de Termos de Compromissos de Ajustamento da Conduta s exigncias legais, que tem natureza de ttulo executivo extrajudicial, concedendo parte um prazo para regularizao, com previso de incidncia de multa cominatria em caso de descumprimento. Multas dirias (Astreintes) - cominao de carter pecunirio: meio coercitivo para o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer. Exemplos das matrias de TACs firmados: calor (altas temperaturas na lavoura); NR 31; terceirizao; moradias (repblicas urbanas)
A CARACTERIZAO DA CONDIO ANLOGA DE TRABALHO ESCRAVO NA AGRICULTURA
PANORAMA BRASILEIROCDIGO PENAL:
Reduo a condio anloga de escravo:
Art. 149 Reduzir algum a condio anloga de escravo: pena de recluso,de 2 a 8 anos
Observao: tratava-se de tipo penal aberto de difcil caracterizao
Art . 149 (redao atual - dada pela lei n 10.803, de 11.12.2003): Reduzir algum a condio anloga de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condies degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoo em razo de dvida contrada com o empregador ou preposto: pena recluso, de dois a oito anos, e multa, alm da pena correspondente violncia
PANORAMA BRASILEIROCDIGO PENAL:
Art . 149 (redao atual - dada pela lei n 10.803, de 11.12.2003):1 Nas mesmas penas incorre quem:
I.
cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho;
II. mantm vigilncia ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho. 2 A pena aumentada de metade, se o crime cometido: I. contra criana ou adolescente;
II. por motivo de preconceito de raa, cor, etnia, religio ou origem
CONSIDERAESA denominao prpria (legal) para o ato ilcito em gnero trabalho em condies anlogas de escravo. Nada impede a utilizao dessa expresso em sua forma reduzida: trabalho escravo. Entretanto, no sendo a escravido uma prtica admitida pelo ordenamento jurdico, no se pode conceber que a pessoa humana, mesmo em razo da conduta ilcita de outrem, possa vir a ser considerada literalmente escrava; no mximo ela estar em condio anloga de escrava.
Trabalho em condies anlogas de escravo passou a ser considerado gnero, do qual so espcies:
trabalho forado (incluindo-se aqui a jornada exaustiva)
trabalho em condies degradantes
CONSIDERAESPassamos a analisar cada uma das espcies:DO TRABALHO FORADO Trabalho forado ou obrigatrio designar todo trabalho ou servio exigido de um indivduo sob ameaa de qualquer penalidade e para o qual ele no se ofereceu de espontnea vontade (Definio: Conveno n 29 da OIT - artigo 2, item 1). DO TRABALHO EM CONDIES DEGRADANTES Considera-se trabalho em condies degradantes aquele em que no so respeitados os direitos mnimos para o resguardo da dignidade do trabalhador, aquele em que h a falta de garantias mnimas de sade e segurana, alm da falta de condies mnimas de trabalho, moradia, higiene, respeito e alimentao.Observao: O legislador no definiu as condutas constantes do artigo 149 do Cdigo Penal (trabalho forado e condies degradantes), deixando a cargo da doutrina e da jurisprudncia.
CONSIDERAES Ressaltamos que para estar configurado referido tipo penal, qualquer de suas espcies, seja trabalho em condies degradantes, seja trabalho forado, devem estar necessariamente acompanhadas do CERCEAMENTO DA LIBERDADE. Portanto, o cerceamento da liberdade essencial para a caracterizao do tipo penal. Ademais, trata-se de tipo penal cumulativo e no alternativo. Exemplo Jornada exaustiva + cerceamento da liberdade = condio anloga de escravo Condio degradante = caracteriza outro ilcito e no a reduo condio anloga a de escravo. Entendimento externado pela Justia Federal (TRF3) e OIT.
CONSEQNCIAS - PORTARIA 540 CADASTRO DE EMPREGADORESConseqncia da incluso do nome da empresa no cadastro de empregadores que os seguintes rgos sero oficiados: (Art. 3 da Referida portaria)
Ministrio do Meio Ambiente Ministrio do Desenvolvimento Agrrio Ministrio da Integrao Nacional Ministrio da Fazenda Ministrio Pblico do Trabalho Ministrio Pblico Federal Secretaria Especial de Direitos Humanos Banco Central do Brasil
JUSTIA DO TRABALHO
ACIDENTE DE TRABALHOResponsabilidade civil no Direito do Trabalho A Emenda Constitucional n 45, de 2004 ampliou a competncia da Justia do Trabalho; seu inciso VI do art. 114 passou a abranger as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de trabalho Art. 114. Compete Justia do Trabalho processar e julgar: VI - as aes de indenizao por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relao de trabalho; O principal dispositivo legal especfico trabalhista que orienta a matria o artigo 7, XXVIII da Constituio Federal que dispe: Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa
ACIDENTE DE TRABALHO
TRT 15 regioI- RECURSO ORDINRIO DO RECLAMADO INDENIZAO POR DANO MATERIAL ACIDENTE DO TRABALHO CULPA DO EMPREGADOR. Por se tratar de atividade de risco exacerbado (corte manual de cana), cumpre ao reclamado maior diligncia no cumprimento das normas de segurana do trabalho cuidado esse que restou negligenciado, uma vez que no efetuou a troca das luvas no prazo de 20 a 25 dias, tido pelo preposto como mdia da durao do EPI. Assim, configurada a culpa do empregador, a ensejar a indenizao do dano material sofrido pelo reclamante.
Recurso no provido
ACIDENTE DE TRABALHO
TRT 15 regioACIDENTE DE TRABALHO - ALEGAO DE CULPA EXCLUSIVA DO EMPREGADO NO INFORTNIO - AUSNCIA DE FORNECIMENTO DE EPI OBRIGAO DO EMPREGADOR
INOCORRNCIA: no se afigura razovel a tentativa de transferir, de forma total ou parcial, a responsabilidade do acidente para o trabalhador, em face da evidncia quanto ao total desrespeito do empregador a inmeras e elementares normas de segurana e medicina do trabalho, em especial o simples fornecimento de EPIs, no havendo que se falar em concorrncia de culpas, neutralizada pela desdia patronal
DANO MORALBASE LEGAL: Artigo 7 , incisos V e X, da Constituio Federal
CONCEITO: tudo aquilo que molesta gravemente a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores fundamentais inerentes sua personalidade oureconhecidos pela sociedade em que est integrado, qualifica-se, em linha de
princpio, como dano moral; no h como enumer-los exaustivamente,evidenciando-se na dor, na angstia, no sofrimento, na tristeza pela ausncia
de um ente querido falecido; no desprestgio, na desconsiderao social, nodescrdito reputao, na humilhao pblica, no devassamento da
privacidade; no desequilbrio da normalidade psquica, nos traumatismosemocionais, na depresso ou no desgaste psicolgico, nas situaes de
constrangimento moral. (Prof. Yussef Said Cahali)
DANO MORALTRT 15 regioRecurso Ordinrio
EMENTA - DIREITO DO TRABALHO - DANOS MORAIS - INDENIZAOO acidente de trabalho de natureza crnica ou continuada, em que a exposio a agente insalubre acarrete leso integridade fsica do trabalhador com reduo da capacidade laborativa, adquirida por culpa das condies desfavorveis de trabalho proporcionadas pelo empregador, efetivamente, representa dano moral, porquanto afeta a integridade corporal, inerente ao conceito de proteo da personalidade. A culpa do empregador exsurge da submisso do empregado ao ambiente de trabalho causador da leso. No basta ao empregador, para se exonerar da culpa, o simples fornecimento dos EPIs, sendo necessrio comprovar que, durante todo a contratualidade, forneceu EPIs dentro do prazo de validade e no permitiu o uso de EPIs vencidos. Ato ilcito provado, cabvel a indenizao (art. 186, C.Civil).
Recurso provido parcialmente, no particular
DANO MORAL
(...) conhecer do recurso ordinrio do Reclamante e o prover parcialmente, julgando procedente em parte a reclamao trabalhista, com a condenao do Reclamado ao pagamento indenizao por danos morais no importe de R$ 40.000,00 e penso mensal de meio salrio mnimo at que o autor complete
70 anos, juros e correo monetria, tudo nos termos da fundamentao, parteintegrante deste dispositivo, inclusive para fins de liquidao de Sentena.
Custas pelo Reclamado, sobre o valor da condenao ora arbitrado em R$80.000,00, inclusive para os fins da IN 03/93, no importe de R$ 1.600,00.
OBRIGADA
www.unica.com.br