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UNICAMP IMPERIALISMO HISTÓRIA GEAL · PDF fileProf. Rodolfo Neves pag.1 UNICAMP – IMPERIALISMO – HISTÓRIA GEAL 1. (Unicamp 95) Ao exaltar o imperialismo inglês

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1. (Unicamp 95) Ao exaltar o imperialismo inglês, Rudyard Kipling escreveu em um de seus poemas:

"Aceitai o fardo do homem branco,

Enviai os melhores dos vossos filhos,

Condenai vossos filhos ao exílio,

Para que sejam os servidores de seus cativos."

a) Como esses versos de Kipling explicam o imperialismo inglês?

b) Quais as áreas mais cobiçadas pelo imperialismo inglês e por quê?

2. (Unicamp 98) No dia 1Ž de julho de 1997, a última colônia britânica na Ásia, Hong Kong, foi

devolvida à China. O acordo que devolveu Hong Kong estipulou que o território se tornaria "região

administrativa especial" da República Popular da China, segundo o princípio de "um país, dois

sistemas".

a) Qual o conflito, no contexto do imperialismo do século XIX, que levou Hong Kong a pertencer à Grã-

Bretanha?

b) Explique dois motivos para a eclosão desse conflito.

c) Quais são os dois sistemas que atualmente coexistem na República Popular da China?

3. (Unicamp 2000) Na origem do pitoresco há a guerra e a repulsa em compreender o inimigo: na

verdade nossas luzes sobre a Ásia vieram, inicialmente, de missionários irritados e de soldados. Mais

tarde chegaram os viajantes - comerciantes e turistas - que são militares frios: o saque se denomina

shopping e as violações são praticadas honrosamente nas casas especializadas. (...) Criança, eu era

vítima do pitoresco: tinham feito tudo para tornar os chineses apavorantes (...).

(Adaptado de Jean-Paul Sartre, COLONIALISMO E NEOCOLONIALISMO)

a) Retire do texto dois personagens da colonização européia da Ásia e da África do século XVI ao

século XX e explique qual o seu papel na exploração e dominação colonial.

b) Explique como a Revolução Cultural Chinesa de 1968 se posicionou frente aos valores econômicos

e culturais do Ocidente.

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4. (Unicamp 2004)

Mapas extraídos de H. L. Wesseling. Dividir para dominar: a partilha da África, 1880-1914. São Paulo:

Revan/Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 1998, p. 462-463. (Adaptado).

a) A que processo histórico os mapas acima se referem?

b) Quais os interesses dos europeus pela África, nesse período?

c) Caracterize o processo de descolonização da África.

5. (Unicamp 2006) O pan-africanismo, surgido no final do século XIX, foi fundamental para a tomada

de consciência das elites culturais africanas em relação às questões econômicas, sociais, políticas e

culturais do continente. A idéia de nação continental, que surgiu como sinônimo de solidariedade da

raça negra, apresentava ao mundo o que significa ser africano, incluindo dois legados: o resgate da

África pelos africanos e a idéia de pátria comum de todos os negros em solo africano, com supostos

valores comuns para se pensar estruturas políticas autônomas.

(Adaptado de Leila Leite Hernandez, "A África na sala de aula: visita à História

Contemporânea". São Paulo: Selo Negro, 2005, p. 157.)

a) Por que a recriação de valores comuns foi útil ao pan-africanismo?

b) A ocupação do continente africano pelos europeus se relaciona a dois processos históricos: o

colonialismo do século XVI e o imperialismo do século XIX. Cite duas características de cada um desses

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processos que os diferenciem.

6. (Unicamp 2008) A biologia era essencial para uma ideologia burguesa teoricamente igualitária, pois

deslocava a culpa das desigualdades humanas da sociedade para a natureza. As vinculações entre

biologia e ideologia são evidentes no intercâmbio entre a eugenia e a genética. A eugenia era

essencialmente um movimento político, que acreditava que as condições do homem e da sociedade

só poderiam melhorar através do incentivo à reprodução de tipos humanos valorizados e da

eliminação dos indesejáveis. A eugenia só passou a ser considerada científica após 1900, com o

surgimento da genética, que parecia sugerir que o cruzamento seletivo dos seres humanos segundo o

processo mendeliano era possível.

(Adaptado de Eric Hobsbawm, "A Era dos Impérios: 1875-1914". Rio de Janeiro: Paz e Terra,

1992, p. 351-353.)

a) Quais as implicações políticas do desenvolvimento da genética, no início do século XX?

b) Relacione a ciência do final do século XIX e a política externa européia do período.

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GABARITO

1. a) Levar o desenvolvimento europeu aos povos "atrasados".

b) Principalmente a Ásia, fornecedores de matérias-primas e mercados grandiosos e com maior

desenvolvimento.

2. a) A Guerra do Ópio.

b) O interesse inglês pelo mercado chinês e a reação chinesa à difusão do consumo de ópio entre os

chineses, incentivada pelos ingleses.

c) O Estado socialista e a economia de mercado, particularmente em Hong Kong, que foi

reincorporado à China em 1997.

3. a) Soldados: impuseram aos nativos a autoridade de colonizador através do emprego da força.

Missionários: impuseram aos nativos asiáticos e africanos valores culturais e religiosos dos europeus,

endoçando a tese da superioridade européia.

b) A Revolução cultural chinesa desencadeada por Mao Tse Tung consolidou o socialismo, abolindo a

economia de mercado e desestruturando a sociedade de consumo. Em termos culturais, pregava a

destruição da elite burocrática sob influência de valores pré-revolucionário e ocidental.

4. a) Ao Neocolonialismo (imperialismo) ocorrido no século XIX.

b) Fontes de matérias primas e mercados consumidores para atender às demandas geradas pela

Segunda Revolução Industrial. Buscava-se também áreas para investimentos de capitais e áreas de

geração de empregos para o excedente populacional europeu em situação de desemprego, a fim de

se evitar distúrbios sociais na Europa.

c) A descolonização da África ocorreu entre as décadas de 1950 e 1970, no contexto da Guerra Fria, o

que significa dizer sob a influência dos interesses estratégicos dos Estados Unidos e da União

Soviética.

O processo se deu pelas vias pacífica, caso das colônias inglesas e francesas onde negociações

diplomáticas asseguravam a influência econômica da antiga metrópole sobre as novas nações e pela

via violenta caracterizada pela luta armada, como foi o caso das colônias portuguesas.

De modo geral após a descolonização, seguiram-se violentos conflitos étnicos pelo controle político

das novas nações.

5. a) Por poder significar a superação de divergências e particularismos e a possibilidade de

enfrentamento conjunto dos problemas comuns, entre os povos africanos.

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b) Colonialismo do século XVI: predomínio da presença portuguesa no processo colonizador e a

obtenção de produtos destinados ao comércio europeu e de escravos para o Novo Mundo, em

sintonia com os preceitos da acumulação primitiva de capitais.

Imperialismo do século XIX: predomínio da França e Inglaterra e interesse por fontes de matérias-

primas e mercados, além de outros propósitos, em sintonia com as exigências do capitalismo

industrial.

6. a) Conhecimentos advindos da genética, incorporados ao campo político, favoreceram a criação de

identidades étnicas, reforçando idéias nacionalistas e racistas.

b) A política externa européia, no final do século XIX, caracterizada pela expansão imperialista sobre a

África e a Ásia, teve como justificativa ideológica a missão dos europeus de levar civilização e

progresso aos povos considerados atrasados. Tal justificativa era fundamentada em uma certa

interpretação da teoria darwinista da seleção natural, o darwinismo social, que conferia autenticidade

cientítica à pretensa superioridade dos europeus em relação a outros povos.