Unid III Aula I Durkhein

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  • Sociologia GeralAula I : Durkheim eFACULDADE PITGORAS

  • mile Durkheimmile Durkheim nasceu em pinal, Frana, em 1858, e morreu em Paris em novembro de 1917. Fundador da escola francesa de sociologia, tendo deixado como legado uma srie de estudos que se notabilizam pelo esforo de combinar pesquisa emprica e terica

  • A Sociedade segundo DurkheimPara compreendermos a sociologia durkheimiana nos ajuda conhecermos sua concepo sobre o que uma sociedade:(Em As Formas elementares de vida religiosa, pg. 45, Ed. Paulus, 1989)

  • EpistemologiaAntes de criar propriamente o seu mtodo sociolgico, Durkheim tinha que defrontar-se com duas questes: Como ele concebia a relao entre indivduo e sociedadeComo ele entendia o papel do mtodo cientfico na explicao dos fenmenos sociais

  • Epistemologia:A sociedade (objeto) superior ao indivduo (sujeito);As estruturas sociais funcionam de modo independente dos indivduos, condicionando suas aes.O TODO condiciona as PARTES.

    O mtodo cientfico:Inteno de fazer da sociologia uma cincia madura, como as cincias naturais;A realidade social idntica realidade da natureza: equipara-se aos fenmenos por ela estudados;a primeira regra [da sociologia] e a mais fundamental considerar os fatos sociais como coisas (1978, p. 94)

  • Objeto de estudo: O Fato Social um fato social toda maneira de agir, fixa ou no, capaz de exercer sobre o indivduo uma coero exterior, ou ainda, que geral no conjunto de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existncia prpria, independente de suas manifestaes individuais.

  • Objeto de estudo da sociologia

  • 1) ExteriorOs fatos sociais existem e atuam sobre os indivduos, independentemente de sua vontade ou de sua adeso consciente.Exemplos: o sistema de sinais de que me sirvo para exprimir pensamentos; o sistema de moedas que emprego para pagar as dvidas, os instrumentos de crdito que utilizo nas relaes comerciais, as prticas que sigo na minha profisso; os costumes e as leis >> FUNCIONAM INDEPENDENTEMENTE DO USO QUE DELES FAO

  • 2) CoeroA fora que os fatos exercem sobre os indivduos, levando-os a conformarem-se s regras da sociedade em que vivem, independentemente de suas vontades/escolhas;Exemplos: idioma e a moeda usados no meu pas; o modo de se vestir no meu pas e na minha classe social; as leisSanes: podem ser legais ou espontneas;Legais: so as sanes prescritas pela sociedade, sob a forma de LEIS, nas quais se identifica a infrao e a penalidade subseqente;Espontneas: afloram como decorrncia de uma conduta NO ADAPTADA estrutura do grupo ou da sociedade qual pertence o indivduo.

  • 3) Geral geral todo fato que geral, ou seja, que se repete em todos os indivduos, ou, pelo menos, na maioria deles;Os fatos sociais manifestam sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo;Exemplos: formas de habitao; arquitetura das casas; formas de comunicao; os sentimentos e a moral coletiva.

  • O Mtodo Funcionalista: Como estudar os fatos sociais?Formulao da metodologia funcionalista;Os fatos sociais (ou as maneiras padronizadas como agimos na sociedade) no existem por acaso: existem porque cumprem uma funo;

  • Mtodo Funcionalista:1) Durkheim compara a sociedade a um corpo vivo;Cada rgo cumpre uma funo = metodologia funcionalista.2) O todo predomina sobre as partes;As partes (os fatos sociais) existem em funo do todo (a sociedade);Funo social: a ligao que existe entre as partes e o todo.

  • Mtodo Funcionalista:A sociedade semelhante a um corpo vivo;A sociedade (assim como o corpo humano) composta de vrias partes;Cada parte cumpre uma funo em relao ao todo.

    FamliaReligioEmpresaEscolaExrcitoLeisGovernoLazer

  • Cada instituio cumpre uma funo para o bom funcionamento da sociedade. na determinao da funo social que as instituies cumprem que o mtodo funcionalista procura explicar sua existncia, bem como das nossas formas de agir.

  • Um fato social normal quando:Se encontra generalizado pela sociedade;Desempenha alguma funo importante para a adaptao ou evoluo da sociedade.Garante a normalidade e representa o consenso social.Exemplos: O crime um fato social normal: encontrado em qualquer sociedade, em qualquer pocaRepresenta a importncia dos valores sociais que repudiam determinadas condutas como ilegais e as condenam a penalidades.

  • Normal e PatolgicoNormal: aqueles fatos que no extrapolam os limites dos acontecimentos mais gerais da sociedade;Reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da populao.Patolgico: Aqueles fatos que se encontram fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente;Os fatos patolgicos, como as doenas, so considerados transitrios e excepcionais. Pe em risco a harmonia social.

  • Exemplo: o crimeNo existe, pois, fenmeno que apresente de maneira mais irrecusvel todos os sintomas de normalidade, uma vez que aparece estreitamente ligado s condies de toda a vida coletiva.No h dvida que o prprio crime pode apresentar formas anormais; o que acontece quando, por exemplo, atinge taxas exageradas;O que normal simplesmente a existncia da criminalidade, desde que, para cada tipo social, atinja e no ultrapasse determinado nvel.O crime um fator da sade pblica, parte integrante de toda sociedade s.

  • A Doena/Os Fenmenos PatolgicosTudo o que tem por efeito diminuir as possibilidades da sade;Provoca o enfraquecimento do organismo; algo possvel de evitar;Fenmenos excepcionais, encontradas numa minoria de vezes;

  • INTEGRAO SOCIALORDEM MORAL: crenas, sentimentos e representaes coletivas. MORFOLOGIA SOCIAL

  • ORDEM MORAL E INTEGRAO SOCIALCoeso social ao coercitiva moral da sociedade sobre os indivduos.

    A SOCIEDADE NO INDIVDUO

    X

    O INDIVDUO NA SOCIEDADE.

  • Coeso, Solidariedade e a Conscincia ColetivaConceito de solidariedade social responsvel pela coeso entre os homens;Existncia de uma solidariedade social que vem da diviso do trabalho; a solidariedade social um fenmeno completamente moral;A solidariedade social varia de acordo com o tipo de organizao social, dada a presena mais forte ou mais fraca da diviso do trabalho e de uma conscincia mais ou menos similar entre os membros da sociedade.

  • Coeso, Solidariedade e a Conscincia ColetivaConscincia Coletiva: conjunto das crenas e dos sentimentos comuns mdia dos membros de uma mesma sociedade [que] forma um sistema determinado que tem vida prpria;Quanto maior a conscincia coletiva, mais a coeso entre os participantes da sociedade refere-se a uma conformidade de todas as conscincias particulares de tipo comum, o que faz com que todos se assemelhem.

  • Conscincia Coletiva

  • O Papel da Diviso do Trabalho:Aumenta simultaneamente a fora produtiva e a habilidade do trabalhador; a condio necessria do desenvolvimento intelectual e material das sociedades; a fonte da civilizao;Funo de criar entre duas ou vrias pessoas um sentimento de solidariedade.Estabelece uma ordem social e moral sui generis: indivduos que, sem isso, seriam independentes, esto ligados uns aos outros/conjugam seus esforos/so solidrios.

  • Diviso do Trabalho:A diferenciao social faz com que a unidade do organismo seja tanto maior quanto mais marcada a individualidade das partes;Uma solidariedade ainda mais forte funda-se agora na interdependncia e na individuao dos membros que compem a sociedade.

  • Os dois tipos de solidariedadeAs sociedades passam por processos de evoluo, caracterizados pela diferenciao social.

  • Os dois tipos de solidariedade

    Solidariedade MecnicaSolidariedade OrgnicaLao de solidariedadeConscincia ColetivaDiviso social do trabalhoOrganizao socialSociedade FragmentadaSociedade coesa

  • AS FORMAS DE SOLIDARIEDADE

    Natureza da SociedadeIndividuaoRelao do Indivduo com a sociedadeTipos de SolidariedadeCrenas e sentimentos comuns.FracoDiretaMecnicaSistema de funes especializadas unificadas pelas relaes sociaisForteIndireta. Intermediada pelos grupos especializadosOrgnica

  • Solidariedade MecnicaTotal predomnio do grupo sobre os indivduos;Liga diretamente o indivduo sociedade, sem nenhum intermedirio;Forte semelhana entre os indivduos, h pouco espao para a individualidade;Os indivduos vivem em sociedade pelo fato de que eles partilham de uma cultura comum que os obriga a viver em coletividade.

  • tpica das sociedades pr-Capitalistas onde os indivduos se identificam atravs da famlia, da religio, da tradio, dos costumes. uma sociedade que tem coerncia porque os indivduos ainda no se diferenciam. Reconhecem os mesmos valores, os mesmos sentimentos, os mesmos objetos sagrados, porque pertencem a uma coletividade.

  • Solidariedade OrgnicaA sociedade um sistema de funes diferentes e especiais que unem relaes definidas.

    produzida pela diviso do trabalho;

    S possvel se cada um tem uma esfera prpria de ao e, por conseguinte, uma personalidade;

    O indivduo depende da sociedade porque depende das partes que a compem;

    Cada um depende tanto mais da sociedade quanto mais dividido o trabalho;

    A unidade do organismo tanto maior quanto mais marcada a individuao das partes

  • caracterstica das sociedades capitalistas, onde, atravs da diviso do trabalho social, os indivduos tornam-se interdependentes, garantindo, assim, a unio social, mas no pelos costumes, tradies etc.

    Os indivduos no se assemelham, so diferentes e necessrios, como os rgos de um ser vivo. Assim, o efeito mais importante da diviso do trabalho no o aumento da produtividade, mas a solidariedade que gera entre os homens.

  • A educao como elemento integradorToda a educao consiste num esforo contnuo para impor s crianas maneiras de ver, de sentir e de agir s quais elas no chegariam espontaneamente;Desde os primeiros anos de vida as crianas so foradas a beber, comer, dormir em horas regulares; so constrangidas a terem hbitos higinicos, a serem obedientes;A educao tem justamente por objeto formar o ser social;A presso que sofre a todos os instantes a criana a prpria presso do meio social tendendo a mold-la sua imagem.

  • ExercciosQUESTO 45 (Vestibular UFU/1999)Assinale a alternativa INCORRETA. Durkheim afirma que no estudo dos fatos sociais, o cientista social, ao trabalhar, devedeixar de lado seus valores e sentimentos pessoais em relao ao acontecimento a ser estudado.manter certa distncia e neutralidade em relao aos fatos estudados, resguardando a objetividade de sua anlise.partir justamente do seu interesse pelo objeto de estudo e de sua viso particular sobre o assunto.encarar os fatos sociais como "coisas", isto , como objetos exteriores ao cientista, que devem ser medidos, observados e comparados independentemente do que os indivduos pensem ou declarem a seu respeito.romper com o senso comum, atravs de um rigor analtico, que seria garantido por um mtodo de anlise sociolgico.

  • ExercciosQuesto 42 (Vestibular UFU/2000)Para Durkheim fato social:Todo e qualquer hbito individual.O sistema educacional e as normas que regem o funcionamento da escola.As organizaes poltico-partidrias.O estilo arquitetnico de construo de igrejas, residncias, etc.

    Selecione a alternativa correta.

    Apenas I e IV esto corretas.I, II e IV esto corretas.Apenas II e II esto corretas.II, III e IV esto corretas.

  • Exerccios:Questo 52 (Vestibular UFU/2004):Com relao aos conceitos de solidariedade mecnica e solidariedade orgnica, na obra de mile Durkheim, assinale a alternativa INCORRETA.A solidariedade orgnica prpria dos organismos sociais ps-capitalistas.A solidariedade mecnica a forma de coeso prpria das sociedades pr-capitalistas.A solidariedade orgnica define-se como aquela em que a coeso se d pela diferenciao das funes.A solidariedade mecnica est assentada na semelhana de funes.

  • Exerccios:Questo 58 (Vestibular UFU/2003):Em sua obra, Da Diviso do Trabalho Social, mile Durkheim explicita a noo de um estado de anomia que seria vivenciado pela sociedade, em sua totalidade ou parcialmente, em determinadas circunstncias.

    Considere os exemplos abaixo e assinale a NICA alternativa que NO relacionada por Durkheim a uma situao anmica.

    As falncias, na sociedade industrial, como efeito dos desajustes das funes da economia.O conflito entre o capital e o trabalho, como resultado da inexistncia ou inoperncia das leis e regulamentos.A ao das foras policiais, na sociedade moderna, visando combater a ao dos criminosos.A exagerada especializao da pesquisa cientfica, levando atomizao e conseqente ruptura da solidariedade.

  • QUESTO 51 (Vestibular UFU/2005):

    Sobre coeso social e anomia em Durkheim, correto afirmar queA) o enfraquecimento da coeso social ocorre porque a anomia implica no desenvolvimento da solidariedade orgnica.B) o fortalecimento da coeso social no est relacionado a um estado de anomia, visto que a anomia implica em laos estreitos de solidariedade.C) o enfraquecimento da coeso social est relacionado a um estado de anomia, isto , uma situao na qual as normas na sociedade so inexistentes ou perdem a eficcia.D) o fortalecimento da coeso social est relacionado a um estado de anomia, isto , em certa conformidade das conscincias particulares com uma conscincia coletiva.

  • Exerccios:QUESTO 52 (UFU/2007):Sobre o significado de conscincia coletiva na teoria durkheimiana, marque a alternativa correta.A) Representa um conjunto de regras e valores sociais que se coloca acima das conscincias individuais, estabelecendo uma coeso social fundada nas diferenas entre os membros da sociedade.B) Representa o conjunto de crenas, hbitos e sentimentos comuns mdia dos membros de uma mesma sociedade,agindo sobre as conscincias individuais e estabelecendo um padro de comportamento.C) Est intimamente relacionada sociedade de grande diviso social do trabalho, sendo predominante no tipo de solidariedade orgnica, uma vez que estabelece um alto grau de conformidade e semelhanas a esse tipo de organizao social.D) Define um tipo de coeso social, particularmente aquele no qual se estabelece uma rede de funes interdependentes, ao mesmo tempo em que os indivduos so diferentes uns dos outros.

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