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Capfrulo I fu goções i nte r m o Iecurores A poloridode dos ligoçôes covolenles Você sabe queuma ligação covaÌente é estabelecida enÚe doisátomos através de pa- res eletrônicos. Em uma ligação coval€nte, o par eletrônico é disputado por ambos os átomos da liga- ção, e a foÍça que empregam nessa disputapodeser dìferenle. Qua! áíomo da ligação emprcga moioí fotça na disputa do pat eleltônico? Fara saber isso, baÍa empregar o conceito de detrcnegatfuüade' ort seia' quaníomaìs etetrcnegalrvo e o àtoüo de uma tigoçào. maì' tnlensamenle esçe ãtomoatrat poÍ0 ri o par elet ún ico co mpatt ilhado. Em oÌrtÍas palavras, em uma ligação covalente, o par eÌetÌônico está mais deslocado na dir€ção aloátomo maìseÌetronegativo. lsso acaÍreta a formaçãoóe rcsídüos de carga r,os -f ll átomos da ligação. Imagire uma ligação enúe carbono e cloro. Co mo o cloro é mais eletronegativo que o carbono' o par elerrónico esrà mai( ptò\imo do cloro Assim, representando o par eletrônico por uma nurem com carSâ negalìva. e ld enconlra-'e mâi' concentrada ao Íedor do cloÍo do que ao r€doÍ clo caÍbono, ou seja,há a formação de residuos de car- ga: excesso de carga positiva no carbono e excesso de carga negativa no cloÍo- O. eÀce\so. de cdrga. ou re'rdtro'de cargd..áo denominados pdlos e representados pela letra grega delÍa(d).Desse modo, nâ ligação covalente entre caÌ bonoe cÌorotemos umpólo posiliro (ó*, no carboÍ\o eüm pólo negati|o ) ro cloto. Podemos e.rabelece , enrào, que ^ liSaçau cora' lente poÌar o.oÍÍe enÍe ótomos deelemenlos dtfercn tes, o'r seja, entre átomos de dikrcníes eletronegatì' vidddes. Se a ligação covalente ocorÍe entre álomos do mesmoeÌemento, nào há a formaçào de pólos porqu€não existe a dispüta p€lo par eletrônicoi por lanlo,nàoha maior concenlração de nu\ em negali\ a ao redor de um dos átomos e, assim, a ligação é châ- mada ligação cowlente apolat. A polaridade de uma ligaçãopode ser m€dida quantitativamente por uma grandeza chamadâ mo- menlodipolar(N), qre eqÌìivâÌe ao prodüto da carga' em módulo, peÌadistância que separa as cargas ' i\"' dd ccÌ Uma lúaqão mwlenle, mssas condiçôes, eNeíe o nane de lígacãa covaleute pqkt. d I I i I I

UNID_5_CAP_1_SARDELLA_3

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ccÌ Umalúaqãomwlenle,mssascondiçôes, eNeíeo nanedelígacãacovaleutepqkt. I dd I I i d I l l

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Page 1: UNID_5_CAP_1_SARDELLA_3

Capfrulo Ifu goções i nte r m o I ecurores

A poloridode dos ligoçôes covolenlesVocê já sabe que uma ligação covaÌente é estabelecida enÚe dois átomos através de pa-

res eletrônicos.Em uma ligação coval€nte, o par eletrônico é disputado por ambos os átomos da liga-

ção, e a foÍça que empregam nessa disputa pode ser dìferenle.

Qua! áíomo da ligação emprcga moioí fotça na disputa do pat eleltônico?Fara saber isso, baÍa empregar o conceito de detrcnegatfuüade' ort seia' quanío maìs

etetrcnegalrvo e o àtoüo de uma tigoçào. maì' tnlensamenle esçe ãtomo atrat poÍ0 ri o par

elet ún ico co mpat t ilhado.Em oÌrtÍas palavras, em uma ligação covalente, o par eÌetÌônico está mais deslocado na

dir€ção alo átomo maìs eÌetronegativo. lsso acaÍreta a formação óe rcsídüos de carga r,os

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átomos da ligação.Imagire uma ligação enúe carbono e cloro. Co

mo o cloro é mais eletronegativo que o carbono' opar elerrónico esrà mai( ptò\ imo do cloro

Assim, representando o par eletrônico por umanurem com carSâ negalìva. e ld enconlra- 'e mâi 'concentrada ao Íedor do cloÍo do que ao r€doÍ clocaÍbono, ou seja, há a formação de residuos de car-ga: excesso de carga positiva no carbono e excesso decarga negativa no cloÍo-

O. eÀce\so. de cdrga. ou re'rdtro'de cargd..áodenominados pdlos e representados pela letra gregadelÍa(d). Desse modo, nâ ligação covalente entre caÌbono e cÌoro temos umpólo posiliro (ó*, no carboÍ\oeüm pólo negati|o (ó ) ro cloto.

Podemos e.rabelece , enrào, que ^

liSaçau cora'lente poÌar o.oÍÍe enÍe ótomos deelemenlos dtfercntes, o'r seja, entre átomos de dikrcníes eletronegatì'vidddes. Se a ligação covalente ocorÍe entre álomosdo mesmo eÌemento, nào há a formaçào de pólosporqu€ não existe a dispüta p€lo par eletrônicoi porlanlo, nào ha maior concenlração de nu\ em negal i \ aao redor de um dos átomos e, assim, a ligação é châ-mada ligação cowlente apolat.

A polaridade de uma ligação pode ser m€didaquantitativamente por uma grandeza chamadâ mo-menlo dipolar(N), qre eqÌìivâÌe ao prodüto da carga'em módulo, peÌa distância que separa as cargas

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Uma lúaqão mwlenle, mssas condiçôes,eNeíe o nane de lígacãa covaleute pqkt.

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í - 'i124 unioaoe s os hdÌocãÍbonêios

Podemos dizer que, quanto maioÌ o momenro dipoÌa. de uma Ìigaçào, mais polar é es_sa ligação. Em ourras palavras, quanro maìof a diferença de eletronegativjdade en!Ìe osáromo., maior o momento dipolar da t igaçá.

0 corüfel iOnicoUma ligação essencialmenre iônica apresenta um momento dipolar q e é atado pela

Você pode, por exemplo, prever que a ìigaçàoH - F é mais polar que a Ìigação H Cl, pois na Ìjgação H-F a diferença de eÌetÍonegarividade émaior, porque o flúor é mais €Ìelronegarivo qus o

cterronegainldâdediminui

A unidade mais utiiizada para o momento dipo-lat ê o debfe (D\, que corÍesponde a 10-tB unidadeeletrostática de carga (ues), multipÌicada por cenrimeÍo (€m). O momento dipolâr é uma grandeza ve-torìaÌ, e o vetor iié dirigido da carga positiva paÍa acarga negatrva,

Ligâção

1,98 DH_C] I ,03 DH-Br 0,?9 DHI 0,42 D

H-!-F

/=1,980

Í Ì Slqo . lì ' ì '.- airacão: l?% t

0 caÍáleÍ iôn'co pode seí inteeBrado como0 rssultado de una atGqâo rcsiduatentru 0s

Ínomento dipolar (em d€!ye)distância em angstrôm (À), que separa as duas cargasiguah de sinais contrários.

Vamos, então, aplicar essa fórmula para uma Ìigaçâo covaÌente e interpretar oresültado.. \a_ molecula H - ç l { l igação co'alenre potaÍr . a dr.rància enlre osãromo, 1di,ránciainreraÌõmicâì é de 1.27 A. Qual 5erìa o monren'o dipolar se a t igaçào fos.e e,çenciajmenleión ca:

Observe:

/ l=4,8d + N= 4,8. t ,27 - r=6,1 D

Então, se a ligação entre H e Cl fosse tOOq0 iônjca, o seu momento dipolarseriade6,l D.Entretanto, o momento dipolar medido para o HCI é de 1,03 D.Assim sendo, podemos estabelecer que:

o. l D ro re ponüem3> Igação I00r0 iònica | ^ r

l .6 iD .o"e.eo,ded- Í isdçãor00 iónica Ì ib i - ì " - À- l7r0

, onde: I !t '

Isso significa que a ligação covatente H - Clapresenra. de\ ido a \eu, póto,, I70-o de l i8açáo iónicâ. Entào, ümâ ligação covalente polar apresenta umcerto caráter de ligação iôÍti.a. (caráter iôníco't.. -

Em outras paiâvra.. podemos di ler que a t igaçàoH - ( I apreçenla l7r0 de . .comporramenlo iònico..e 83qo de "comportamento covaÌenie".

\

F>Cl>Br>l

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câplrulo 1 LisaÇóês intemoreculãrcs 125

A Ìigação covalent€ 100q0 e a ligação iônìca100q0 são extÍemos de uma grande variação. E vocêpode encoÍÌtrar ligações covalentes com caráter iôni-co ou ligações iônicas com caÍáter covalente.

Quando a ligação covalente é feita entre dois áto-mos do mesmo elemento, a distribuiçâo do par ele'tÍônico è Íigoíocamenle simârica em relaçào aos nú.cleos; logo, não exisúem pôlos e aheação ê apolar.

Como é fácil prever, o momento dipolar de uma ligaçâo covalente apolar é nulo (,/ : 0).Esse tipo de ligaçâo pode ser chamado de I00Eo covaknte oi covalente purc.

EAI) calcule a pouÍasm d€ cârátcÌ ìôtrico da licaqãocovalenÌe 6iab€l6ida enEe H € F Gi - R, gbeú-do que a distância e.'úr os átosos é de 0,68 A e ononenlo dipolar nedido é de 1,98 D-

fiiïllll ExeÍcíclos de oprendizagem ll$*WififfiiffiiLÀ2) Na 4olecuìa HI, a distância inlentônica é de

2,18 A. Delemìne a porcenbgÊm de carál€r iônicom Ìjgaçao covaledG enÍe H e I, sabedo qüe o ú0,meito dipolaÌ nedido é de 0,42 D.

A poloridode do molêculoEncarando a molécula como umconjunto de ligações, podemos prever seesseconjonto

é?olar ou apolar.Pâra isso, é suficiente seguir o Íoteiro:

l9) Faça a geometria da molécula, ou seja, construa a fórmula estrutural plana ou espa-ciaÌ, tendo o conhecimento do ângulo estabelecido pelas lìgações.

29) Coloque os vetores momentos dipolares nas ligações poÌar€s.39) Calcule a Í€sultante vetorial.

Se a resultante vetorial for nula, a molécula seÍá apoÌar; se for diferente de zero, amo-Ìecula será polar. Evidenlemente, se todas as ligações de uma molécula são apolares, a mo-lécula é apoÌar; entretanto, s€ as ligações são polares, a molécula pode ser polar ou apolar,dependendo da sua geometria.

ll!{{fil ExeÍcícios resolvidosERll Ver i f icarse a molécula detet Ìacloreto dê carbono (CCIJ é polarou apolsr :

3:) Cálculo da resultante

clA molécuÌã é teÍaédricacomquaúo ligações idênt icas, onde ocloroéopó

A molécurateúaéd.ica do CC14é goro-sãÍnênte simétÍica, e, como os vetorêssão iguais, e les se ênulãmêã íesul tante

Como rR = o, ã molécula ccla é apo-

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I al : .126 u.d.d" 5 os h d,oca,bonêroe

' 'ü ; f f iJ ' - - ' *

-o.H / '_- ' - ' \ H

A morécula é plana, an-gulâr, com duas ligaçõespolarcs, onde o oxigênio

,o!ót r t \ r . rd

*

od

ó-u / \ r. td *

Os vetores momentos diigem se do pólo posit'vop3€ o negatìvo. Comoâs duas l igaçóes sãoidênticas, têmos: !r = f2

Transferinìos os vetores momentospáfalêlamente e, padÌndo do mesmoponto, indicamos a resultante pela resra oo pafarerogGmo:

.- ' . ï : ".., tv^ \.\r 04.30',/

!-ì{/rl

* : l t i + y1 + z *y, tos t oq" ZO'

Cono rÈ+ O, a molêcu a H2O ê polar.

EB2l VefiÍicar se a molécula de água (HrO)é polarou apolar.

ER3) Ver i f Ìcar se a molécula de cloíêto de boro (BCl3) é poãr ou apo af .

litJ1 Exercício de oprcndizogem iiji!;Íjiiillifiilf;iiilltiiÌrììrljiliiiiiilitjiiiliiiiiitiíijii:ijilEA3) veifrqüe s as moleculas ssuìnts são polúes ou apolaresl

â) co1(molecula lineâr) b) CHr (molécula teÌÍaédícâ)

cl-Lr20' ' 'R |20,

c i 120. c l

A molécula é t r igonalpla-nâ, com Íès ligações polares, ondeocloroéo pó-

dcl

t , .B"

,, , - \ ," ct c"

clt_

':.'-!:ccl

Como as três l igãcõessão idênticas, então:

t tà = t1È r- t lq:p ! - ,1Ê:u

Como fA= O, a mo écula BClié apola/.

t2 + t ' ) + 2t2 cosl2o.

zp,+zyz.çI t =p

cì HÌS (molécula algulai: 920)

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câpiiu o 1 LrsaÇòes ÌntérmóleÒrtaes 127

A ÍepÍesenhFo dos moléculosUma molécula polar, iÌrdependentemente do nú-

meÍo de ligaçõe$ polaÍes qu€ contém, pode ser repre-sentada pelo símbolo ao lado. Essa representação ébastante útil e deve seÌ entendida como um modeloque substitui a molécüla nos fenômenos provocadospela poladdade.

Por outro lado, umâ molécula apolar, contendoou não ligações polaies, pode ser ÍepÍesentada pelosimbolo ao lado, Essa representação indica que a mo-lócuÌa, mesmotendo ligações polares, funciona comose não tivesse póÌo nenhum.

Noto que êssa Epresentação é um dipolo.

N0le qúe essâ repÌ*entação não possui

moléculas pode ser determinado por várias têcnicas.molécuÌas sofrem quando submetidas a um campo

O caráter polar ou não-polar dasUma delas é veÍificar o efeito que aselétÌìco.

veja:

[ l f f i f f iU l[ ldp-qb[ll|ffiffil Iii l.#"][

:uru@; l f # @-lMolèculas polares \e or ienldm. I \4olécular âpolare' náo se orìentam.

A polaridade moleculaÍ é a causa de uma série d€ fenômenos, entíe eles a solubilìdadede uma substância em outra, a solvatação etc. Quanto à solnbiÌidade de umâ substância emoutra, verifica-se qüe é um processo diretamente ligado à polaridade das moléculas, de mo-do qüe substâncìas polarcs lendem a se dìssolver em solt'entes polares, e subsúnctas apola-rcs tendem a se dissobet em sol\)entes apolares Gìmilit sitìItlt: semelhante dissolve seme-Ìhante).

ObseNe:. O cloreto de sódio (NaCl: polar) se dissolve em água (HrO: polar).. o tetraclorcto de caÍbono (CCla: apolar) se dissolve em benzeno (C6H6: apolar).. O enxofre (Ss: apolar) não se dissolve em água (HrO: poÌar).. O €loridÍeto (HCl: polar) não se dissolve em tetracloreto de carbono (CCla: apolar).

A água é o soÌvente polaÍ mais importante que o químico conhece. Ela apres€ntâ umaconstante dieléfrica igual a 80. lsso significa que ela eífraqttece oitenta lez€s as forças eÌe-trostáticas com as quais entm em contato; por isso, ela dissolve facilmente o cloreto de só-dio (NaCl), por exemplo.

Mas, por outÍo lado, não lem efeito intenso sobre uma substância apolar ou fracamen-te polar. Isso expÌica, por exemplo, por que o óÌeo pÌaticamente não se dissolve em água.

I

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128 unkiad€ 5 os hidtuódêros

I't:

As lignções informoloculoÍesLigaçõo i temoleculor ê a lìgação que se estabeÌece entÍe moléculas. Assim:

- - \o. . . . . .u-o-/ I \H

- Hfügação intermoÌecúü

Só tem seDtido falar en ligações inteÍmolecúares para os estados sóLido e líquido, pois,paÌa o estâdo gasoso ideá1, as mole€ulas devem estar isoladas, isto é, não Ìigadas entre sì.

,.s s p

I

Ì

Todas as moÌéculas Existemgrupos de molécuÌas Não existem ligaçõesligadas entre si. intermol€culares.

As ligações inteÍmoleculares afetam diretamente os ponlos de fusõo (PF) e de ebulíçtlo(PE) das substânciss. Veja por quê:

Se, numa substâícia, as moléculas se unem fortemente, o que acontece?Ë múto dificil separá-las, não é verdade?Você precisa fornecer muita eneÌgia e, com ìsso, os pontos de fusão e de €bulição ten-

dem a seÍ elevados.Por ouÍo lado, se você encontra uma substância no estado gasoso, quanto mais pola-

res as suasmoìéculas, mais fáciléauniâoentr€ elas, e, porisso, mais fácil é aliquefação, ouseja, mais alto o ponto de liquefação (que é igual ao ponto de ebulição).

Então, não se esqueça: quanto mais polat a molécula, mais íácil a liqüefação da subs:tôncia.

I!

I

:

tL

f"* ";lL14ads-]

As ligações intermoleculares costumam ser divididas eÍn dols gÍnpos: íorças de Van derWaa{s e pontes de hidrogênio.

, i t o_00. o * 0

$AJí

T,(?w\t $#@sPda sepaÍaÍ doÌs ínãs ou-..

... é prmiso lom*eÍ meÍgiá,que íica, eniã0. ârmzenada.

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capÍturo 1 - Lisâçõês inreÌmôredraÉs 129

l l837,1923)0 hohndh Van dsWaab cdN ÍóÍrúhs

âdìcáv0is aos lases íeais, reloÌmulaidq p0íeranplo, a equação de Chpeyrcn. Para larlo, hnçN a ìdÉi! dD alÍ.ções c repulsõ* en.tc noléculas. Essss inr!Éções 10Ì3'n ú&madas de Íoças do Van deÍ Waah.

. Forcas de Van der Waals dipolo-dipolol

Como o nome sugere, são ligações que ocorrem eúre molécülas pohrcs, isto é, entre

1:) Forcas de Van der Waalsi

As forças de Van der Waals são ligações inter-moleculaÍes de fÍaca inténsidade, classificadâs emduâs categorias: forças de Van der Waals dipolo-dïpolo e foÍças de Van der Wa ls dipolo itlduzido-dï

molêcujas que co têm um dipolo.A ligação entre as moléculas se

dá por atraçâo eÍtre póìos de sinaisconÍrários, isto é, o pólo positivo deuma molécula atrai o pólo negativo deoutra e, assim, sucessivamente. Comoessas ügações são fracas, os pontos deebulição das substâncias onde eÌasocorrem tendem a seÍ baixos.

ó'óó'óó'ó-. . . . H Br . . . . H Br . . . .H - Br . . . .

Van der Waalsd'polo dipolo

. Forcas de Van der Waals dípolo induzido-dipolo induzidol

Observe:Nas moléculas de bromidÍeto (HBÍ) no estado liquido, ocorrem essa5 ligações:

Note que a -67'C já conse-guimos quebrar as lìgações entrcas moÌéculas HBr, e com issopassar a substânciâ p:ÌÍa o estadogâsoso, Isso nos mostÍa que asmoléculas s€ ligam muito fraca-mante,

Sâo ligações que ocorrem entremolécuÌas apoÌares, ou s€ja, molécu-las que não constiluem dipoÌos.

Assim, paÌa moléculas apolareslbrmadas por dois átomos, devido aomovimento natural dos elétrons, aeletrosfera pode sofreÍ deformaçõesmomentâneas, foÍmando dìpoÌos ins-tuntâneos, is|o ê, dipolos que existemdurante um espaço de íempo muito

Eslâ Dolácub pode s0lÍer defoÍÍìatões:

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13O untacs s - o" hd,""-u..eros

Quando duas moléculas apolaresestão muito pÍóximas, pode ocorrervma Íixação dos dipolos instaÍtâ,neos, passando, assim, para djpolosEhamados indüZidos. Entre os dipo-los induzidos ocore uma atração,que os leva a uma ligaçâo chamadaÍorca de Vsn det Waals dipolo indu-zido-dìpolo induzido.

Nas moÌéculas das substânciashélio, oxigênio, nitrogênio e hidrogê-Írio, por exemplo, ocoÌrem essas liga-ções. Como tais ligaçôes são bâstante fracas, os pontos de ebuliçào dessas substâncias tendem a ser bastantebaixos,

2!, Poníes de hídtogênio,

Pontes de hialrogênio são ligaçõesintermoleculares qu€ ocorrem entÍemolécuÌas polares, ou seja, moléculasque conlêm um dipolo. Pofém, o pó-lo positivo deve ser o ,Arogênìo e opóÌo negativo um átomo foÍtementeeletronegativo, especialm ente o flúor,ooigênioeonitrcgênío.

t . l t

3f 0N

hidrogênio

São Ìigações relaiivamente foÍres, porque o hidrogênio fica com o seu núcleo desprore-gido; dai s€ ÌigaÍ int€nsamente com centros bastante neaativos.

Obs€rve:Nas molécuias de flüoridreto (HF) líquido, água (H:O) líquida e âmônjâ (NHJ liquidâ

ocorrem essas ligaçÕes:

HHló ó.

. . .H - N.. . . H N.. .t ÍHJ H

I

l

ç

t i

{}

t lt ivo

lo4ã de Van dq Wdlsdipolo úduidGdipolo indurido

Substencir Mol€cuÌâ

Hélio He - 268,9" COxigênio o: - 181'CNitÍogênio N. 195,8" CHidrogênio

l-

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capitu o 1 - Li!âçóss intemo etu|ares 131

As pontes de hidrogênio provocam efeitos drasticos no ponto de ebuliçào das substân-cias. Note, na tabela a seguir, que o PE da substância onde ocollem pontes de hidrogê-nio é bâstante superioÍ ao da substância onde ocorrem foÌças de Van der waals. Isso servepara mostÉr que âs pontes de hidrogêrÌio são ligações mais intensas que âs forçâs de Vander'\ry'aals.

SübsÉrcis,

Hp 100 HF t9 ponte de hidÍogênio

H'S HCÌ -84forcas deH,Se -42 HBI -61

H,Te -4 HI

Com relaçao aos hidre-tos dos g:rupos 6A e 74, po-demos fazeÍ uma represen-tação gráfica dos pontos deebulição em função da mas-sa moÌecuÌar.

FoloÍes que inÍluenciom o PEFundamentalmente, os fatoÍes que influenciam o ponto de ebuìição deüma substância

sáo o tamanho e a geometria da molécuta.

l?\ Tamanho da molécülal

Quanto maior a molecula, mais fácil é ocorreÍ uma distorção da nuvem eletrônica e,por isso, mais fácil é a formação de pólos.

Com isso, podemos concluir que, à medida qu€ o tamanho da molécula aumenta (au-m€nto da massa mol€cular), o ponto de ebuÌição também deve aumentar.

Süb3Íânclr Mrss3 moleqrlat PE eC)

HrS g -62

Hrse 8l 42

H,Te 129

HCI 36,5 -84

HBr 8l - 6',7

HT 128

t

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132 u"iddê 5 os hidracaÍbônàos

O peróxido de hidrogênio (H,O,) tem ponto de €bulição maior que o da á8ua (H:O).Isso ocorre porque Hpz é uma moÌécula maior que H,O.

H'o 18 t00

H,O, 150

Concluindo, podemos dizer que:

29\ Geometfia da moléaia.

Em uma ligação intermolecular, quanto maior o número d€ "pontos de contato" queas duas molécuÌas apresentam, mais forte é essa Iigação ìntermolecuÌaÌ e, conseqüentemen-te, maior o PE da substâncja correspondente.

Um exemplo típico são as substâncias rormal-pentano e neopentano.

yocê pode percebeÍ claÍamente, pela figüra, que duas moléculas de normal-pentano seencaixam muito meìhor do que duas de neopentano! então, a ligação inteÌmoÌecular donormal-pentano é mais fofie qu€ ado n€opentâno;dâi o fato de o normal-pentano apresen-tar PE maior que o neope ano.

Concluindo, podemos dizer que:

H:

_,c\ _-- c\H,C C' 'CH.

(PE = 36"C)

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câÉfturô I - Lioâçõâs inteÌmorecutâ@ 133

ObseÌvaçôes:

1) Uma substância iônica (sempre sólida em condições ambientes) é foímâda por catíons eanions que se atraem foíemenre; daj o fato de apresmÌarem ponLos de fusáo e de ebuli-ção bastante eÌevados, pois precisamos fomecer bastante energia para sepaÍar oÌ:i6iÌs,Entretanto, as substâncias oÍgânicas são, em geral, moleculares, e a atração entre âs mo-Iéculas (ligações inteÍmolecuÌares) é bastante fraca; daí o fato de terem pontos de fusão ede ebulição mais baixos do que os das substâncias iônicas.

2) De modo geÉl, devido âo fato de as ligações inteÍmoleculares seÍem ftacas, a5 molécu-Ìas das substâncias orgânicas ficam mais soltas, ou seja, mais distantes entre si; alaí apre-sentarem densidades muito baixas. Evidentemente, à medida que as ligações intermole-culares ficâm mais intensas. a densidade tende a aumentar.

Íl EÌ(eÍcÍcios de oprendizogern rill$ffilffilllÍffiÍflmmÌilimffimnÍÍIffiffi|EÁ4) Tenos düas $|sÉnciâs, rü e HY. O qüe podenos

di4Ì coÌn relação ao PE drs.$ sübíância!, sâb€D-do qüe cn HX ocotm foÌFi dr Vd dí Wals een HY ocolm po 6 de hidrosênio?

E s) Dada a €srÌütúÌâ do flloíidrto (HF) úquido, dê onome da! liFÉ€s indicrdar poÍ r e b.

...r-"' 'ti".1.,,"--t-"-.

DAo Obs.Ì!"n-se po es de hìdósenio eÍtre âl no,ecu-Ia! da s.süint. sìrbslância:â) melano (CHtb) cloíofómio (CHdtc) be eio (c6Hó)d) étq eúco {HrCr -o - Clt5)e) ásüa (H:o)

f, 7) Dd substârcid netdo (CH,) e docnelalo(CHrCl), quaÌ a!Ì*nta lisagog inÈmol@lafts

EAE) O ponto de ebìli!ão do beD4ro (cósú) é sldrorm do net4o (CHr. kso s dwe, prhcipaìnút ,ao hto de o bcrzeno possüiÍ:â) estrutüÍâ ciclicl.b) duplas li8açõ$ c0rjusãda$.c) molécüÌa! nú pesâdâs.d) naioÌ voluDe nolaÌ.c) forgâi inlennolctularcs nais ìntensas.

f, 9) Asuâ (H,o) e Ínetâno (cHt Én nas nolerula-ÍÊs quae igratu e pontos de ebüção ben difqetr-t6. QuaÌ dà prcpridâdes abaüo erplicâ nelhor ofalo d. a ágüâ a!Ì6o&Í uD ponto de ebuliçãobâlllrte sup€dor ao do netano?a) €siabilidade téÍmjc d) deisidade

f,Â10) O! corpostos oÌsâricos, de nodo geEl, são menosFlúveis m ásua que o$ coÍÌpoíos inorgânicos. TaÌdifercnçâ s€ deve ao fato de que:a) 0s coÌnpostos orgânìco$ contêm calbono, que é

iÍ$lúvel em á8ua.b) os cornpostos ino4ânicos po

c) os conpo$os orgânicos $o pouconão rer$m coÍÌ a rísu.

d) os comp$tos orgânicos aprcsnram,

0 a ásuâ, sendo uÍn conposto iiorgârico, á câpazde dissohe apeias conpoíos inoryânicos.

IÀ11) UM sbsláÌciâ úÜda X, de allo poiro de fuúo, éoúto solúvd d ú solvert€ Z. O slwnE Z não éni$ivd on o c!].. Una cotrclúsão lósj@, mBGIdto s X e Z, é qrc são, Êsp€clivanente, urâslôítucia-eusolvole -a) rnolecaÌaÌ - ãpolar.b) iô!i@ apolar.c) nolecülaÌ - polar.d) iônica - polar.e) apoìa! - apoìaÌ.