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“Visite o Portal da Transparência e fiscalize o uso dos recursos públicos federais” www.portaltransparencia.gov.br Página 1 de 119 Unidade Auditada: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES Exercício: 2011 Processo: 50500.029867/2012-26 Município - UF: Brasília - DF Relatório nº: 201203657 UCI Executora: SFC/DITRA - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Transportes Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203657, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 09/04/2012 a 25/05/2012, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DNTCU108/2010 e 117/2011. Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises: 2.1. Conformidade de peças e conteúdos Com objetivo de avaliar a conformidade das peças do processo de contas da ANTT, conforme disposto no art. 13 da IN TCU nº 63/2010, foi analisado o Processo nº 50500.029867/2012-26 e constatado que a Unidade elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2011. Ressalta-se que as peças contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010 e

Unidade Auditada: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES … · - A elaboração de resolução para estabelecimento de normas e procedimentos para assegurar a acessibilidade das pessoas

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Unidade Auditada: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES Exercício: 2011

Processo: 50500.029867/2012-26 Município - UF: Brasília - DF

Relatório nº: 201203657 UCI Executora: SFC/DITRA - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de

Transportes

Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203657, e

consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de

06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual

apresentada pela AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT.

1. Introdução

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 09/04/2012 a

25/05/2012, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do

exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade, em estrita

observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi

imposta à realização dos exames.

2. Resultados dos trabalhos

Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos

conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–108/2010 e 117/2011. Em acordo

com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados,

efetuamos as seguintes análises:

2.1. Conformidade de peças e conteúdos

Com objetivo de avaliar a conformidade das peças do processo de contas da ANTT,

conforme disposto no art. 13 da IN TCU nº 63/2010, foi analisado o Processo nº

50500.029867/2012-26 e constatado que a Unidade elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas

normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2011. Ressalta-se que as peças

contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010 e

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117/2011 e da Portaria-TCU nº 123/2011, exceto os indicadores gerenciais sobre recursos

humanos.

Quanto aos indicadores gerenciais sobre recursos humanos, o Relatório de Gestão 2011

da Unidade informou que a Agência buscou a capacitação da equipe por meio de cursos em

“métricas e indicadores” para dar início ao processo de construção e acompanhamento dos

indicadores a serem utilizados na gestão dos recursos humanos, tendo em vista a necessidade das

informações detalhadas relativas aos indicadores a serem elaborados, como a fórmula de cálculo,

a fonte de dados, a área responsável, o objetivo, o prazo de avaliação e a evolução. Apesar da

iniciativa da área, os indicadores gerenciais de recursos humanos não foram elaborados na

Gestão 2011. Atualmente, a elaboração desses indicadores encontra-se em andamento e após sua

conclusão será encaminhada à CGU para avaliação, por meio do plano de providências

permanente 2012.

2.2. Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

As principais Ações Finalísticas de competência da Unidade, o demonstrativo da

execução física e financeira e os respectivos fatos que refletem nos resultados alcançados,

encontram-se descritas nos Quadros I a IV a seguir.

Ação 2346 – Fiscalização dos Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e

Internacional de Passageiros.

393001 – Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

1463 – Qualidade dos Serviços de Transporte

Ação 2346 – Fiscalização dos Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros

Meta Previsão Execução Execução

/Previsão (%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o desempenho

Providências

Adotadas

Física (Veículos

Fiscalizados) 354.920 419.609 118,23%

A meta financeira foi

prejudicada em função do

contingenciamento de 57,38%

dos recursos inicialmente

previstos (Decreto nº 7.445, de

01/03/11).

Execução física

com 52% do

recurso previsto

inicialmente.

Financeira (Relatório de

Gestão)

34.231.532 10.350.944 30,24%

Quadro I - Demonstrativo da execução da Ação 2346 em 2011.

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIGPLAN e Relatório de Gestão 2011 da

ANTT. Data: 13/06/12.

Do Quadro I observa-se que a execução financeira da Ação limitou-se a 30,24% do

previsto, apesar de a execução física superar o previsto, atingindo 118,23% da meta estipulada.

Especificamente com relação à execução física, a tabela a seguir demonstra a evolução

quantitativa das fiscalizações efetuadas no período entre 2006 a 2011. Nesse período, observou-

se o incremento nas fiscalizações realizadas de aproximadamente 135%.

Tabela 1: Evolução quantitativa das fiscalizações efetuadas no período entre 2006 a 2011

Fonte: Veículos Fiscalizados - SISFIS e Unidades Regionais (Veículos fiscalizados em 2011 e FTO).

Obs.: FTO – Fiscalização Técnico-Operacional

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Quanto à execução financeira havia uma previsão inicial para liberação de

R$38.031.532,00. Em observância ao Decreto nº 7.445, de 01/03/2011, somente foi liberado

R$ 19.641.323,95. Deste total, R$19.521.712,00 (99,40%) foi empenhado no exercício de 2011 e

R$10.350.944,00 (52,70%) foi liquidado.

Portanto, observa-se que houve o contingenciamento de recursos para essa ação

orçamentária que não prejudicou a execução física, uma vez que com aproximadamente 52% do

recurso previsto inicialmente, a execução física ultrapassou os 100% da meta prevista.

Quanto aos aspectos positivos em 2011, relacionados a esta Ação 2346, pode-se destacar:

- A realização de estudos preliminares para implantação de modelos de solução de

tecnologia para o Monitoramento Automatizado da Operação de Serviços de Transporte

Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros – MONITRIIP, incluído o

transporte regular semiurbano e de longa distância;

- A elaboração dos manuais de fiscalização e de procedimentos de fiscalização dos

serviços de transporte rodoviário terrestre (Manual de Apoio para a Fiscalização do

Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros);

- A participação da Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros – SUPAS

no processo de elaboração da metodologia de Pesquisa de Satisfação dos Usuários dos

serviços de transporte rodoviário regular interestadual e internacional de passageiros de

longa distância e semiurbano, e transporte ferroviário regular e turístico de passageiros;

- A realização da revisão dos editais e contratos para o serviço de transporte de passageiros

de longa distância;

- A elaboração de resolução para estabelecimento de normas e procedimentos para

assegurar a acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida na

prestação dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de

passageiros; e

- A elaboração de Resolução para estabelecer normas e procedimentos relativos à Inspeção

Técnica dos veículos, visando aperfeiçoar a gestão e o controle do Laudo de Inspeção

Técnica (LIT)1.

Ação 2348 – Fiscalização da Concessão dos serviços e da exploração da Infraestrutura

Ferroviária.

393001 – Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

1463 – Qualidade dos Serviços de Transporte

Ação 2348 – Fiscalização da Concessão dos serviços e da exploração da Infraestrutura Ferroviária

Meta Previsão Execução Execução

/Previsão (%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o desempenho

Providências

Adotadas

Física (concessionária

fiscalizada)

12 12 100 Contingenciamento de

51,16% dos recursos

inicialmente previstos

(Decreto 7.445, de

01/03/11).

Financeira (Relatório de Gestão)

15.292.555 3.878.610 25,36

Quadro II - Demonstrativo da execução da Ação 2348 em 2011.

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIGPLAN e Relatório de Gestão 2011.

Data 13/06/2012.

Segundo o relatório de gestão da Unidade, quanto à execução financeira, em observância

ao Decreto nº 7.445/11, de 01/03/11, foi liberado para essa Ação orçamentária, para empenho e

1 LIT = instrumento que tem por objetivo atestar a segurança dos veículos usados na prestação dos serviços de

transporte de passageiros.

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pagamento, o valor de R$7.469.124,70. Com isto o empenhado no valor de R$ 6.859.499,00

representou 88,23% do limite liberado, com o percentual liquidado de 56,55%.

Com relação à meta física, as concessões ferroviárias fiscalizadas são em número de 12

(doze), incluindo a subconcessão da VALEC (Ferrovia Norte-Sul). A fim de estruturar a

fiscalização, foi elaborado e aprovado pela Diretoria o Plano Anual de Fiscalização Ferroviária,

que objetiva orientar as atividades a serem executadas no sentido de acompanhar a prestação dos

serviços de transporte de cargas outorgados, assegurando o cumprimento dos contratos de

outorga, de acordo com o estabelecido no Título II, da Resolução ANTT nº 044, de 4 de julho de

2004.

Destaque-se que o Cronograma de Inspeções Técnicas e Operacionais Programadas,

referente ao ano de 2011, foi cumprido sem prejuízo das demais atribuições, tendo em vista que

o objetivo maior é o acompanhamento do cumprimento dos Contratos de Concessão das

Concessionárias de serviço público de transporte ferroviário de cargas.

Quanto aos aspectos positivos em 2011, relacionados a esta Ação, em virtude da

implementação do Planejamento Estratégico na ANTT, vários projetos ferroviários estão em

andamento, podendo-se destacar, dentre outras, as seguintes atividades desenvolvidas em 2011:

- Desenvolvimento e Revisão dos Modelos de Concessão para as Malhas Ferroviárias –

VALEC e RFFSA: a) proposição do novo Regulamento do Transporte Ferroviário –

RTF; b) publicação do novo Marco Regulatório do Setor Ferroviário Brasileiro; e c)

abertura das metas 2012 por trecho;

- Desenvolvimento de Metodologia para Cálculo das Tarifas Ferroviárias de Referência:

elaboração da metodologia de custo médio ponderado de capital - WACC, definição de

custos dos fluxos de transporte, elaboração da lista de mercadorias, definição da base de

remuneração de capital, elaboração das tabelas tarifárias e divulgação das novas tabelas

tarifárias;

- Desenvolvimento do Sistema GIGFER – Gestão de Ativos Ferroviários com Inteligência

Geográfica visando a avaliação das informações encaminhadas pelas concessionárias,

treinamento em geotecnologias nível básico, acompanhamento e controle dos

levantamentos de campo, análise de inconsistências, criação da função de composições

de custos unitários e elaboração de metodologia para inventariar projetos e investimentos;

e

- Desenvolvimento do Sistema de Acompanhamento e Fiscalização do Transporte

Ferroviário – SAFF, com inclusão de funcionalidades críticas, tais como: a) Programação

Anual de Fiscalização; Registro de Inspeções e Notificações; Relatórios e consultas da

Programação de Inspeções, Acompanhamento de Notificações; b) Entrada de dados

mensais e consultas: manutenção de vagões e locomotivas; consumo de combustível

pelas locomotivas; transit time e número de carregamento dos fluxos de transporte;

percurso de vagões vazios a serem carregados; formação e encerramento de trens; c)

Avaliação de metas por trecho para 2012: entrada de dados de fluxos estimados pelas

concessionárias; TM/DP em malha concedida; definição de trechos para definição de

meta; roteamento de trechos para cálculo de produção (tku); d) Atualização da malha

concedida; e e) Aprimoramento e atualização do subsistema de registro de acidentes.

Em 2011, os problemas verificados com relação a Ação 2348 que impactaram

negativamente a gestão foram: a morosidade na conclusão dos relatórios de fiscalização das

concessões ferroviárias; a falta de indicadores de tráfego mútuo e de direito de passagem na

malha ferroviária concedida; a precariedade na fiscalização de investimentos anuais aprovados

no Plano Trienal de Investimentos – PTI das concessões ferroviárias; o atraso na implementação

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da revisão tarifária do transporte ferroviário de cargas e passageiros; e as inconsistências das

informações prestadas pelas concessionárias de ferrovias, especialmente as financeiras.

Cabe ressaltar que esses problemas já foram objetos de auditorias anuais de contas de

exercícios anteriores (2009 e 2010), restando providências a serem adotadas ou concluídas para

sua solução definitiva.

Ação 869U – Fiscalização de Bens Operacionais e Gestão dos Contratos de Arrendamento

das Malhas Ferroviárias.

393001 – Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

1463 – Qualidade dos Serviços de Transporte

869U – Fiscalização de Bens Operacionais e Gestão dos Contratos de Arrendamento das Malhas Ferroviárias.

Meta Previsão Execução Execução

/Previsão (%)

Atos e Fatos que prejudicaram

o desempenho

Providências

Adotadas

Física (fiscalização

realizada %)

12 28 233,33 Remanejamento de créditos para

outra ação orçamentária e

contingenciamento de créditos pelo Decreto nº 7.445/11, de

01/03/11.

Execução financeira

de 86,69% do que foi empenhado em 2011.

Financeira

(Relatório de Gestão)

13.620.000 4.326.033 31,76

Quadro III - Demonstrativo da execução da Ação 869U em 2011.

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIGPLAN e Relatório de Gestão 2011.

Data: 13/06/12

Conforme relatório de gestão da Unidade, para esta Ação, a dotação apresentada na LOA

foi da ordem de R$ 13 milhões. Desse valor, foi cancelado R$ 1.380.000,00 em favor da Ação

2000 – Administração da Unidade. Em consonância com o Decreto nº 7.445/11, de 01/03/11, em

2011, somente foram liberados R$9.379.062,00. Desse total, foi empenhado R$

8.130.027,00, que corresponde a 86,69%, e liquidado R$4.326.033, representando 46,13%.

Com relação à meta física, foram previstas 12 (doze) fiscalizações para o ano de 2011.

Entretanto, a meta mensal de 1 (uma) fiscalização foi superada na maioria dos meses haja vista o

critério adotado de que se a fiscalização em dada concessionária fosse feita em meses diferentes

considerar-se-ia outra fiscalização. Além disso, fiscalizações pontuais para atendimento de

denúncias e principalmente de demandas dos órgãos de controle fizeram com que a meta fosse

superada, apesar do menor volume de recursos, já que estas fiscalizações geralmente não

ultrapassam 2 ou 3 dias, ao contrário das fiscalizações programadas que duram até 6 semanas em

uma única concessionária.

O Indicador SIGPLAN – Sistema Gerencial de Planejamento, em 2011, informa a

quantidade de concessionárias fiscalizadas no mês. Ressalta-se que a mesma concessionária não

é contada mais de uma vez no mês.

Já o indicador GFF – Grau de Fiscalização Ferroviária informa o percentual de bens

móveis e imóveis fiscalizados. Esse indicador é obtido com a soma do resultado da divisão da

quantidade de bens imóveis fiscalizados pelo Total de bens imóveis com o resultado da divisão

da quantidade de material rodante fiscalizado pela Frota. Cabe ressaltar que a meta prevista para

2011 (0,19841) foi superada, atingindo 0,20912, principalmente em função da grande quantidade

de inspeções realizadas no último trimestre de 2011, com o apoio das equipes técnicas das

Unidades Regionais.

Em que pese o atingimento da meta global, há que se destacar que, em números

absolutos, a quantidade de fiscalização de bens vem reduzindo, ano a ano, conforme a tabela a

seguir.

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Tipo de Bens

Tipo de

Bens Inspeção

20082008 Inspeção

2009 Inspeção

2010 Inspeção

2011 Comparação

2009/2008 Comparação

2010/2009 Comparação

2011/2010 BENS

MÓVEIS 18.087 6.837 4.197 1.849 -62,2% -38,6% -55,9%

BENS

IMÓVEIS 4.683 1.474 1.324 2.179 -68,5% -10,2% 64,6%

TOTAL 22.770 8.311 5.521 4.028 -63,5% -33,6% -27,0% Tabela 2 - Histórico de fiscalização de bens arredados.

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base no relatório de Avaliação da Gestão 2011

Em 2011, os problemas verificados com relação a esta Ação que impactaram

negativamente foram: a queda do desempenho da área de fiscalização de bens arrendados, a

deficiência nos controles das fiscalizações dos Ativos Arrendados, e a perda, roubo e

deterioração dos bens arrendados.

Cabe ressaltar que esses problemas já foram objetos de auditorias anuais de contas de

exercícios anteriores (2009 e 2010), restando providências a serem adotadas ou concluídas para

sua solução definitiva.

Ação 2907 – Fiscalização da Concessão dos Serviços e da Exploração da Infraestrutura

Rodoviária.

393001 – Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

1463 – Qualidade dos Serviços de Transporte

2907 – Fiscalização da Concessão dos Serviços e da Exploração da Infraestrutura Rodoviária

Meta Previsão Execução Execução

/Previsão (%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o

desempenho

Providências Adotadas

Física (concessionária

fiscalizada)

2.193 1.112 50,71 Contingenciamen

to de recurso

financeiro de

36%.

Diferença entre a previsão

inicial de ações de

fiscalização com o realizado

decorre de uma alteração na

forma de registro das

vistorias realizadas

Financeira (Relatório de Gestão)

44.797.830 20.078.579 44,82

Quadro IV - Demonstrativo da execução da Ação 2907 em 2011

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir de consulta ao SIGPLAN e Relatório de Gestão 2011.

Data: 13/06/12

De acordo com o Relatório de Gestão 2011 da Unidade, em observância ao Decreto nº

7.445, de 01/03/2011, foi liberado para essa Ação R$28.531.285,28, que corresponde a

aproximadamente 64% do previsto inicialmente. Dessa forma, o valor liquidado representa

70,37% do valor liberado e o empenhado foi de 97,40% desse limite.

Em relação ao desempenho físico desta Ação orçamentária, a diferença entre a previsão

inicial de ações de fiscalização com o realizado decorre de uma alteração na forma de registro

das vistorias realizadas. Em 2011, foi considerada uma vistoria apenas quando o trecho

rodoviário concedido era totalmente percorrido pela equipe de fiscalização, diferente de 2010

quando foi registrada qualquer vistoria parcial no trecho concedido. A meta foi estipulada com

este conceito, a qual se repetiu em 2011.

Quanto às atividades no âmbito da Superintendência de Exploração da Infraestrutura

Rodoviária - SUINF, destacam-se:

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a) a primeira fiscalização de parâmetros de desempenho no trecho concedido à

VIABAHIA, para verificar o cumprimento dos indicadores constantes do PER2,

visando determinar o percentual relativo ao Desconto de Reequilíbrio a ser aplicado

à Tarifa Básica de Pedágio;

b) a análise das inexecuções em 2010 das 14 (quatorze) Concessionárias de Rodovias

Federais em relação às obrigações estabelecidas nos PER;

c) a análise de 809 projetos executivos em 2011 no período de janeiro a dezembro de

2011, correspondendo um aumento de 71% em relação a 2010 (474); e

d) a implantação da 3ª Etapa de Concessões, Fase 1, com o prosseguimento da

atualização dos Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica - EVTE, e com a

análise e adequação minutas de edital e contrato da Fase 2 (BR 101-ES/Mucuri-BA).

Quanto aos aspectos positivos em 2011, relacionados à Ação 2907, pode-se citar a

Continuação dos Projetos Estruturantes 1.6 e 1.7 - Metodologia de Revisão e Padronização dos

Processos de Outorga de Concessões Rodoviárias, visando estabelecer uma metodologia de

revisão e padronização dos projetos de concessões de rodovias. Nesse sentido, destaca-se a

revisão dos PER das 14 (quatorze) Concessionárias de Rodovias Federais, as quais constaram as

alterações nos cronogramas das obras e serviços previstos, as alterações dos textos do PER e as

justificativas técnicas para essas alterações; e a elaboração de minuta de manual padrão de

processos de outorga de concessões rodoviárias, minuta do PER - Modelo, e Fluxo de caixa

marginal para todas as concessões vinculando-os com o fluxo de caixa atual. Destaca-se ainda, a

aplicação do modelo de avaliação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato e os

preparativos para a Audiência Pública sobre a Metodologia de Cálculo do Valor do Custo de

Capital a ser aplicado como taxa de desconto ao Fluxo de Caixa Marginal.

Em 2011, os problemas verificados com relação a esta Ação que impactaram

negativamente foram: insuficiência dos controles de documentos exigidos nos contratos de

concessão rodoviária; falta de validação do SIGFIS II e SISMULTAS (sistema

ARRECADAÇÃO); processos de aplicação penalidades às concessões rodoviárias sem

conclusão; inadequação dos instrumentos de fiscalização dos contratos de concessão rodoviária;

implantação parcial dos Sistemas de Operação das rodovias concedidas

Cabe ressaltar que esses problemas já foram objetos de auditorias anuais de contas de

exercícios anteriores (2009 e 2010), restando providências a serem adotadas ou concluídas para

sua solução definitiva.

2.3. Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ

A falta de indicadores de desempenho foi identificada na Auditoria de Avaliação da

Gestão 2007 da ANTT. Dessa forma, em abril de 2008, a Agência constituiu um grupo de

trabalho para o planejamento da Gestão Corporativa da ANTT, que não obteve resultados

satisfatórios, em função da restruturação de pessoal da Agência decorrente da nomeação da nova

Diretoria.

Ao final de 2008, constatou-se novamente a inexistência dos indicadores de desempenho

operacional das Ações de governo sob responsabilidade da ANTT. Desse modo, em abril de

2009, a Diretoria-Geral aprovou por meio da Deliberação 206/09 a definição da Missão, dos

Objetivos Estratégicos, dos Indicadores de Desempenho e dos Programas Estruturantes

componentes do Plano Estratégico Corporativo da ANTT.

2 Programa de exploração da Rodovia - PER

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Posteriormente, em agosto de 2009, foi estabelecido um conjunto de Desafios

Estratégicos a serem alcançados no período 2009-2012 e o desenvolvimento dos Indicadores de

Desempenho e Metas para esse período, resultando na composição de 46 (quarenta e seis)

indicadores.

Quando da validação dos indicadores em 2009 e ainda considerando as sugestões da

CGU, foram excluídos três indicadores e condensados dois indicadores em um, restando em

2010, 42 indicadores de desempenho a serem mensurados e utilizados.

Em 2011, durante a auditoria de Avaliação da Gestão 2010, foram constatados problemas

em 18 dos 42 indicadores elaborados e aprovados pela Agência. Tais problemas relacionavam-se

a: a) confiabilidade e mensuração dos indicadores, uma vez que a fonte dos dados primários

utilizada para o cálculo não é extraída de sistemas e sim da percepção da área, bem como a

forma de cálculo como um “número” ou “percentual”, oferecendo subjetividade no cálculo e/ou

medição; e b) utilidade dos indicadores, onde não se pôde concluir se estão realmente sendo

utilizados pelos gestores para a tomada de decisão, uma vez que a forma de cálculo expressa

apenas como um “número” ou “percentual”, não relacionado a outro aspecto, pode não resultar

em dados que signifiquem melhorias, assim como não podem ser utilizados para a tomada de

decisões.

Como resultado, foi recomendada a revisão das formas de cálculo, das fontes primárias

de dados, da periodicidade ideal, entre outros, visando a efetiva utilização, como subsídio e

utilização pelos gestores na tomada de decisão.

Da análise dos problemas identificados nos 18 indicadores, no Quadro XI do item 3.2.1.1

deste Relatório, foi elaborada a Nota Técnica 005/2011, de 30/08/2011. Da análise dos

esclarecimentos da ANTT, observou-se que: um indicador (9) foi extinto; dois indicadores (1 e

3) são mensuráveis mas podem apresentar incompatibilidade de dados dos sistemas SISFIS e

SISMULTAS, portanto devem ser revisados; três indicadores (2, 4 e 6) merecem discussão

quanto à relevância dos resultados obtidos para a tomada de decisão pelo gestor; dois indicadores

(5 e 11) dependem da finalização da pesquisa de satisfação dos usuários, que não tem previsão

de ser finalizada; cinco indicadores (8, 12, 15, 16 e 17) consistem em metas a serem atingidas; o

indicador 10 continua tendo sua forma de mensuração subjetiva em função de a área não ter

normativo que regulamente objetivamente a autuação dos autos de infração; o indicador 14

precisa ter a forma de aferição revista; e dois indicadores (13 e 18) permitem verificar os

conteúdos mais acessados visando definir quais informações e serviços são mais relevantes ao

usuário externo e interno, ou seja, ajudam na tomada de decisão do gestor.

Com relação aos demais indicadores, destaca-se que foram novamente avaliados ao final

de 2011, resultando na exclusão de três indicadores, restando o acompanhamento de 39

indicadores para o exercício de 2012.

Quanto aos indicadores constantes do PPA, em setembro de 2011, foi informado que a

nova metodologia de elaboração do PPA 2012-2015 resultou na construção de indicadores

considerados compatíveis e adequados ao acompanhamento e mensuração dos resultados dos

Programas. Dessa forma, os indicadores associados a cada Programa de Governo, validados pela

ANTT na forma do processo acima descrito e que envolvem a Agência na qualidade de fonte de

apuração são: 237 – Participação do modal rodoviário no transporte interestadual de passageiros;

241 – Malha classificada entre bom e ótimo estado de conservação; e 246 – Preço médio das

tarifas rodoviárias.

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Esses novos indicadores não constituem metas a serem cumpridas, mas instrumento

gerador de subsídios que permitem auxiliar o monitoramento da evolução das políticas e ações

de governo, e, a par da avaliação realizada pelas áreas técnicas envolvidas, são compatíveis e

adequados para fins de acompanhamento e mensuração dos resultados associados a cada

Programa, além do que os dados necessários ao processamento dos indicadores já são fornecidos

pelas concessionárias ferroviárias e rodoviárias, o que facilitará sua aferição.

2.4. Avaliação da Gestão de Recursos Humanos

A auditoria realizada sobre a gestão de recursos humanos da ANTT teve o objetivo de

avaliar a composição do quadro de pessoal da Agência, bem como a regularidade dos

pagamentos na área de pessoal ativo e inativo, especialmente quanto ao cumprimento da

legislação sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal, concessão de

aposentadoria, reforma e pensão.

Em consulta ao SIAPE e com base nas informações extraídas do Relatório de Gestão de

2011, as quais foram consideradas consistentes pela equipe de auditoria, verificou-se que o

quadro de pessoal da ANTT estava constituído no final do exercício de 2011 conforme o Quadro

V a seguir.

Tipologias dos cargos Lotação Efetiva Ingressos em 2011 Egressos em 2011

1. Provimento de cargo efetivo 1183 08 38

1.2 Servidores de carreira 1179 08 37

1.3 Servidores cedidos 44 - -

1.4 Servidores afastados 04 - -

1.5 Servidores Removidos 40 - -

1.6 Membros de poder e agentes políticos 04 - -

2. Cargos em comissão 206 28 01

2.1 Cargos de natureza especial 04 0 01

2.2 Grupo de Direção e Assessoramento

Superior

202 28 0

2.2.1 Servidores de carreira vinculados

ao órgão

08 04 0

2.2.2 Servidores de carreira em exercício

descentralizado

01 0 0

2.2.3 Servidores de outros órgãos e

esferas

33 07 0

2.2.4 Sem vínculo 160 17 0

2.2.5 Aposentado 0 0 0

3. Funções Gratificadas 151 41 02

3.1 Servidores de carreira vinculada ao

órgão

77 36 02

3.2 Servidores de carreira em exercício

descentralizado

05 02 0

3.3 Servidores de outros órgãos ou esferas 69 03 0

Quadro V - Situação de Recursos Humanos da ANTT no final do exercício de 2011

Fonte: Relatório de Gestão da ANTT

Conforme exposto no Relatório de Gestão da Unidade, existe um déficit de 814

servidores quanto ao previsto na legislação referente ao quadro de pessoal da Agência. Neste

aspecto, a ANTT atuou junto ao Ministério do Planejamento a fim de obter autorização para

realização do 3º concurso público e consequente provimento das vagas restantes.

A análise de procedimentos de concessão de abono permanência, de cessão e requisição

de servidores, bem como de cadastramento no Sistema de registro e apreciação de atos de

admissão e concessão – SISAC dos atos de admissão de pessoal e de concessão de

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aposentadoria, reforma ou pensão, emitidos em 2011, se deu por amostra aleatória não-

probabilística composta por 13 servidores da Agência. Não foram evidenciadas impropriedades

quanto a estes aspectos ou outros relativos à folha de pagamento.

2.5. Avaliação do Funcionamento do Sistema de Controle Interno da UJ

a) Ambiente de Controle:

A pesquisa conduzida pela Unidade, cujos resultados estão consolidados no Quadro

XXIX do item 9.1 do Relatório de Gestão, indicou que o ambiente de controle é parcialmente

válido. Este resultado foi corroborado por evidências obtidas durante os trabalhos de auditoria,

entre as quais podem ser destacadas:

- utilização de mecanismos de divulgação e conscientização, a todos os níveis da

Unidade, acerca da importância dos controles internos para a Unidade;

- existência e utilização de rede interna (intranet) para divulgação das principais

políticas, notícias, diretrizes, normativos;

- existência de código de ética implementado;

- existência e divulgação de manuais com normas e procedimentos prevendo

sistemas de autorizações e aprovações, linhas de autoridade definidos e o

estabelecimento de práticas operacionais e de rotinas;

- existência de normativos atualizados que disponham sobre sua estrutura

administrativa, incluindo a forma de hierarquia criada (secretarias, setores,

departamentos), suas atribuições e responsabilidades;

- organograma atualizado e acessível por intermédio da intranet.

Com relação à existência de mecanismos que garantam ou incentivem a participação dos

servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, instruções

operacionais ou código de ética, pode-se observar que essa participação foi estimulada por meio

dos diversos canais de comunicação disponíveis em 2011, em especial, a Ouvidoria Interna e o

Sistema “SUDEG Responde” os quais possibilitam o encaminhamento de solicitações, sugestões

reclamações e elogios.

Adicionalmente, para normativos de maior impacto, houve a realização de consultas

internas, com recebimentos de propostas modificativas. Por exemplo, citam-se as normas

relativas à progressão e promoção dos servidores, ao horário, à frequência e ao uso dos

estacionamentos da nova sede da Agência. Apesar disso, não foram identificadas propostas nas

áreas de negócio da Agência.

Merece destaque, como um fato relevante que evidencia a mudança da Cultura

Organizacional na Unidade, e que reforça a afirmação de melhoria no ambiente de controle, o

comprometimento da Diretoria da Agência na continuação da implementação do Processo de

Gestão Estratégica, com os objetivos de sistematizar, organizar e formalizar a implantação e o

acompanhamento das estratégias da Agência e o desenvolvimento do Plano Estratégico

Corporativo.

b) Avaliação de Risco:

Em relação ao Risco, a avaliação conduzida pela ANTT é positiva quanto à definição de

objetivos e metas da Unidade, e dos processos críticos necessários a sua consecução, o que pode

ser corroborado pela constatação da implantação de um processo de Gestão Estratégica-

GesANTT, no qual são definidos os objetivos estratégicos da Unidade e os indicadores de

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desempenho, contemplando ainda projetos estruturantes e não estruturantes a serem cumpridos

para o atendimento destes objetivos.

Entretanto, não foram observadas: a definição clara quanto aos diagnósticos e meios de

mitigação dos riscos envolvidos nos processos estratégicos; a definição de níveis de riscos

operacionais que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão; a avaliação contínua dos

riscos; e a mensuração e classificação dos riscos identificados. Assim, a situação anteriormente

descrita indica uma necessidade de melhoria do sistema de controle interno da Unidade neste

aspecto.

Com relação ao histórico de fraudes ou perdas decorrentes de fragilidades nos processos

internos, a Unidade informou não ser aplicado, o que demonstra a necessidade de implantação

deste mecanismo pela Agência. Ressalta-se que apesar de não terem sido evidenciadas na

auditoria anual de contas 2011 falhas relacionadas à fraude e perdas, em exercícios anteriores

(2008, 2009 e 2010) foram constatadas fragilidades do controle na área de Recursos Humanos

decorrentes da não implantação de controles eficientes relativos à concessão do benefício de

auxílio-transporte.

Especificamente no caso de fraude/erro na concessão de auxílio transporte constatado em

2010, a Agência promoveu apuração do erro e o devido ressarcimento do valor pago

indevidamente.

c) Procedimentos de Controle:

Em 2011, foi evidenciado que os procedimentos de controle interno adotados pela UJ, nas

respectivas áreas/processos, apesar de suficientes, não foram capazes de evitar impropriedades

como: a insuficiência de controle de documentos das concessões rodoviárias; a inadequação de

instrumentos de controle dos contratos de concessão rodoviária; a morosidade na conclusão dos

relatórios de fiscalização da exploração da infraestrutura ferroviária; as inconsistências das

informações prestadas pelas concessionárias de ferrovias, especialmente as financeiras; a

incompatibilidade entre as informações prestadas pelas concessionárias ferroviárias no SAFF –

Investimento e as constantes no plano de contas; e a deficiência nos controles das fiscalizações

dos ativos arrendados.

Quanto às políticas e ações de natureza preventiva ou de detecção para diminuir os riscos

e alcançar os objetivos da UJ, ressaltam-se as avaliações estratégicas com o objetivo de

apresentar os resultados alcançados pelos projetos estruturantes e indicadores de desempenho da

Agência durante o ano de 2011, de acordo com as ações delineadas pelo Plano Estratégico

Corporativo da ANTT. Nesse sentido, as atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas

e funcionam consistentemente de acordo com um plano de longo prazo (Plano Estratégico

Corporativo 2009-2012).

Por fim, não foi possível identificar que as atividades de controle adotadas pela UJ

possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação.

d) Informação e Comunicação:

Em relação à adoção de práticas para divulgação e tratamento de informações

relacionadas a atividades necessárias ao alcance dos objetivos da Unidade, destaca-se a

disponibilidade de intranet, bem como de página própria na internet onde são divulgados tanto

os atos normativos como informações atualizadas relacionadas às ações relevantes

desenvolvidas pela ANTT.

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Além disso, destacam-se algumas atividades desenvolvidas em 2011 como: workshops,

com o objetivo de integrar servidores e colaboradores, disseminar os procedimentos, trocar

experiências e conhecimentos e avaliar as ações realizadas em 2011; e os ciclos de avaliação

estratégica e seminários anuais de planejamento estratégico da Agência.

e) Monitoramento:

O gerenciamento de riscos é monitorado avaliando-se a presença e o funcionamento de

seus componentes ao longo do tempo. A sistemática de acompanhamento dos processos de

gerenciamento dos riscos pela ANTT foi realizada mediante atividades contínuas de

monitoramento, avaliações independentes ou uma combinação de ambas.

A sistemática de monitoramento utilizada pela Unidade é sintetizada na utilização de dois

instrumentos, sendo um no âmbito externo e outro no âmbito interno à ANTT. No âmbito

externo ressalta-se, na área rodoviária, a execução do Plano Anual de Fiscalização no exercício

de 2011, o qual visou orientar a atuação da Superintendência de Exploração da Infraestrutura

Rodoviária, suas Gerências e Unidades Regionais e Postos de Fiscalização na fiscalização dos

contratos de concessão rodoviária. No âmbito interno, destaca-se a execução das auditorias

realizadas nas diversas unidades da Autarquia, tendo como base o Plano Anual de Atividades de

Auditoria Interna – PAINT, o qual visou orientar as ações da Agência na consecução de seus

objetivos institucionais.

Os resultados da aplicação destes dois instrumentos, configurados em documentos e

relatórios, são refletidos nas ações da Agência com sensíveis melhorias em suas atividades e

processos.

Entretanto, na Área Ferroviária, a sistemática de monitoramento dos controles

implementados carece, tanto no âmbito interno como externo, de efetividade devido à ainda

incompleta implantação do Sistema de Acompanhamento e Fiscalização do Transporte

Ferroviário (SAFF), que tem relevância central não só no acompanhamento e fiscalização da

prestação dos serviços das concessionárias, como na própria atuação da Agência. Cabe ressaltar

que parte do acompanhamento ainda é realizado por meio de planilhas eletrônicas.

Na Área Rodoviária, o Sistema de Gestão e Fiscalização dos Contratos de Concessão que

tem o objetivo de acompanhar e monitorar a execução dos contratos de concessão sob

responsabilidade da Agência ainda encontra-se em fase de implantação. Dessa forma, cabe

ressaltar mais uma vez que parte do controle de documentos das concessões rodoviárias é

realizado por meio de planilhas eletrônicas.

2.6. Avaliação da Sustentabilidade Ambiental em Aquisições de Bens e Serviços

A avaliação dos aspectos sobre a gestão ambiental na aquisição de bens e serviços

permite concluir que a Unidade está aderente em relação à adoção de critérios de

sustentabilidade ambiental. Os quesitos que apresentaram baixa aplicação no contexto da UJ são

decorrentes de fatores alheios a sua gestão.

Além disso, foram observadas diversas ações com vistas a minimizar o impacto

ambiental decorrente dos produtos e serviços contratados, tais como inclusão de cláusulas de

obrigatoriedade de adoção de critérios de sustentabilidade ambiental nos contratos de limpeza,

copeiragem e manutenção de veículos e, quando possível, aquisição de produtos de conteúdo

reciclável, menos poluentes ou que colaboram para o menor consumo de água e energia.

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Além do lançamento, em 2010, do projeto “ANTT Sustentável”, que é um componente

do Programa de Melhoria da Gestão da ANTT – PROMEG/ANTT, parte do Planejamento

Estratégico da Agência, cujo objetivo é criar medidas de preservação ambiental a serem

incorporadas no cotidiano do servidor, visando à redução de custos e melhor aproveitamento dos

recursos disponíveis, cabe destacar a instituição do “Dia do Descarte e da Organização”, a ser

realizado anualmente, em todas as unidades organizacionais da Agência, na última sexta feira do

mês de setembro de cada ano, nos termos da Portaria DG nº 194, de 21 de setembro de 2011,

como medida para incentivar ações de combate ao desperdício, organização do local de trabalho,

cultura de práticas ambientais sustentáveis, como as de reaproveitamento de materiais

inservíveis, pela destinação à reciclagem e à permuta por outros materiais.

Além disso, a Agência tem incentivado ações mais focadas na qualidade de vida, na

sustentabilidade e no fortalecimento do ANTT Sustentável, quais sejam: a) a prestação do

Serviço Voluntário (Portaria nº 058, de 24/03/11); b) o estabelecimento da fonte tipográfica

Ecofont, como preferencial para impressão dos trabalhos (Portaria nº 85, de 26/04/11); e c) a

recomendação de impressão de documentos, expedientes, relatórios e demais trabalhos,

utilizando frente e verso do papel (Memorando Circular nº 36/2001/SUDEG, de 25/05/11).

Conforme o relatório de gestão da Unidade, está prevista para 2012 a realização de outras

Campanhas, como por exemplo, a de redução do consumo de papel, de copos descartáveis, de

água, a de separação de material usado para reciclagem, a de incentivo ao plantio e distribuição

de mudas e a de recolhimento de eletrônicos inservíveis dos servidores.

2.7. Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação

A auditoria anual de contas buscou estabelecer uma avaliação acerca da gestão de

Tecnologia da Informação – TI na Unidade, em especial quanto aos seguintes aspectos:

existência de um comitê diretivo de TI formalmente designado e atuante; definição de um

planejamento estratégico de TI e de uma política de Segurança da Informação; estrutura de

pessoal envolvida com TI; adequação dos procedimentos inerentes ao desenvolvimento e

produção de sistemas; e adequação e gestão dos bens e serviços de informática adquiridos.

Por meio da Portaria nº 262, de 09/07/2009, com alterações pela Portaria nº 303, de

29/07/2009, a ANTT instituiu um Comitê Gestor de TI, com o objetivo de avaliar e propor

políticas de gestão de TI no âmbito da Agência. O Comitê é coordenado pelo Superintendente de

Gestão e composto por representantes de diversas áreas da Unidade, sendo que sua atuação foi

comprovada mediante a apresentação de atas de reunião e comunicações expedidas entre os

membros tratando sobre diversos assuntos afetos à TI.

Em 2010, ressaltou-se a necessidade de atualização da Portaria de instituição do Comitê,

tendo em vista as alterações posteriores de nomenclatura efetuadas no regimento interno. Nesse

sentido, em 2011, foi apresentada minuta de resolução para reestruturação da Gestão de

Tecnologia da Informação com a instituição do Comitê Gestor de Tecnologia da Informação –

CGTI, formado pelo Diretor-Geral, Superintendente de Gestão e Superintendente de Estudos e

Pesquisas, Comitê Executivo de Tecnologia da Informação – CETI, formado por representantes

de todas as áreas da agência, e do Grupo de Apoio à Governança de Tecnologia da Informação –

GGTI, visando estudar, subsidiar, propor e acompanhar ações de governança de TI.

O planejamento estratégico de TI foi definido com a aprovação do Plano Diretor de

Tecnologia da Informação – PDTI, em 30/03/2010, mediante a Deliberação n° 95/2010 do

Diretor-Geral. O PDTI foi previamente avaliado pelo Comitê Gestor de TI e estabeleceu a

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implementação de 48 ações estratégicas até 2012. Conforme o Relatório de Gestão da Unidade,

até o final do exercício de 2011, das 48 ações 35 estão concluídas e 13 em andamento.

Destaca-se entre as ações concluídas a modernização do parque computacional, com a

aquisição de 38 servidores em lâmina – Blade Server, Transferência e ampliação da Sala Cofre,

contratação de serviços de operação e sustentação de infraestrutura de TI, contratação de

serviços de Service Desk, aquisição de um Switch Core para redundância na comunicação de

dados, voz e imagem, aquisição de 228 novos computadores do tipo desktop em substituição de

computadores cuja garantia estava vencida.

Entre as ações em andamento destacam-se os projetos de aquisição de solução de rede

sem fio (wireless), de aquisição de equipamentos aceleradores de rede WAN para otimizar o uso

de vídeo conferência no âmbito da ANTT, de expansão de Link Internet dos Postos de

Fiscalização e Unidades Regionais, e de aquisição de solução de segurança da informação.

Em 2010, a Agência não tinha definida uma política de Segurança da Informação. A

elaboração do Plano de Segurança da Informação coube ao Núcleo de Segurança da Informação

– NSI, vinculado à Superintendência de Estudos e Pesquisas – SUEPE, nos termos da Portaria nº

352/2006, o qual foi realizado no âmbito do contrato nº 103/2009, celebrado entre a ANTT e a

Performance Technologies Consultoria e Serviços Ltda. Os produtos do contrato foram

concluídos em 05/12/2010, e encaminhados em março/2011 à Superintendente de Gestão,

coordenadora do Comitê Gestor de TI, estando ainda em avaliação.

Nesse sentido, a SUDEG informou que a pertinência de implementação das ações

propostas deverá ser avaliada pela área que orientou e coordenou a execução dos serviços, ou

seja, a SUEPE. Com o conjunto das soluções estabelecido, caberá à SUDEG sua implementação,

no que couber em sua área de competência. Desse modo, observa-se a divergência de

entendimento entre as Superintendências.

Destarte, a SUDEG informou também que a questão continua em estudo, objetivando a

criação do Comitê de Segurança da Informação e Comunicação e a designação do gestor

responsável pelas ações respectivas no âmbito da Agência, os quais elaborarão a proposta final

da Política de Segurança da Informação, para posterior submissão à Diretoria Colegiada.

Quanto à estrutura de pessoal, a área de TI mostrou-se vulnerável, tendo em vista a falta

de carreira específica de TI no plano de cargos e salários e a execução das atividades de TI

predominantemente de forma terceirizada. A legislação de criação da Agência não contemplou

cargos específicos de TI, porém, com as 160 vagas autorizadas pelo Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão - MPOG para o próximo concurso público, será estabelecida uma área de

especialização em TI, apesar de continuar não constando nos cargos previstos em lei. Ressalta-se

que a Agência atuou junto ao MPOG visando o ingresso de servidores integrantes do cargo de

Analista de Tecnologia da Informação desse Ministério, mediante exercício descentralizado. A

análise da carreira de TI está descrita no item 2.1.1.2 deste Relatório.

Em 2011, a área de TI contou com 11 (onze) servidores efetivos e 47 prestadores de

serviço externo, responsáveis pela gestão dos processos de desenvolvimento e produção de

sistemas e de aquisição de bens e serviços, que, em sua totalidade, são executados de forma

terceirizada.

Da auditoria na área de TI, permitiu-se corroborar a adequação da gerência no que se

refere à definição de acordos de níveis de serviço entre a Unidade e as empresas fornecedoras de

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soluções em TI, o que demonstra haver preocupação com a avaliação e o controle dos resultados,

por meio de acordos de níveis de serviço com os terceirizados.

Com relação à rotina de transferência do conhecimento quando da contratação de

produtos e serviços de tecnologia da informação terceirizados, consta nos Termos de Referência

utilizados para as contratações em 2011, entre a Gerência de Tecnologia da Informação - GETIN

e as empresas fornecedoras de soluções de TI, um título dedicado à matéria relacionada com a

transferência de conhecimento, conforme excerto do contrato: “Transferência de Conhecimento e

Tecnologia – A Contratada deverá apresentar num prazo máximo de 60 (sessenta) dias corridos

antes do término de seu contrato, um plano para transferência de conhecimentos e tecnologias

para a próxima empresa que vier a substituí-la ou para servidores da Contratante. Este plano

deverá conter, pelo menos, a revisão de toda a documentação gerada de todos os serviços

prestados, acrescido de outros documentos que, não sendo artefatos previstos em Metodologia,

sejam adequados ao correto entendimento do serviço executado.”

2.8. Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias

A análise das transferências voluntárias, realizadas no exercício de 2011, visou avaliar a

situação das transferências de recursos concedidas e recebidas pela ANTT, especialmente quanto

ao cumprimento das exigências legais, o acompanhamento da aplicação dos recursos, bem como

a existência, consistência e confiabilidade de controles internos.

Em consulta ao sistema SIAFI e ao Relatório de Gestão, não foram identificadas

transferências voluntárias de recursos recebidas pela ANTT no exercício de 2011.

Quanto às transferências nas quais a ANTT é concedente de recursos, o Relatório de

Gestão indiciou a existência de 12 (doze) instrumentos de transferência, com repasses no

exercício de 2011, ou que foram iniciados ou encerrados nesse mesmo exercício, conforme

apresentado no Quadro VI a seguir.

Quadro VI - Transferências voluntárias com repasses iniciadas/encerradas em 2011.

Fonte: Relatório de Gestão ANTT - 2011

Verifica-se que, com exceção do convênio 001/2011, a ANTT somente realizou

transferências para entes da Administração Pública Federal. Para tanto, foi utilizada a

modalidade de termo de cooperação. Nesta modalidade, o repasse é realizado mediante destaque

orçamentário, e são dispensados diversos requisitos formais previstos na Instrução Normativa nº

01/1997 da STN e na Portaria Interministerial nº 127/2008, de forma que o controle da aplicação

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dos recursos cabe ao órgão recebedor da transferência, cabendo ao órgão concedente apenas o

acompanhamento da execução física do objeto.

Para análise da conformidade das transferências voluntárias efetuadas pela ANTT, foram

selecionados como amostra, os instrumentos de números 001/2011 e 003/2011, cujos valores

repassados em 2011 perfazem o montante de R$ 1.046.164,59, correspondente a 3,15% do total

de repasses no exercício.

A avaliação das rotinas de controle e acompanhamento relativas a estas transferências

evidenciou sua adequação. A liberação de recursos no exercício de 2011 referente às

transferências analisadas seguiu o cronograma de desembolso previsto nos Planos de Trabalho.

Quanto à prestação de contas dos recursos repassados, verificou-se, quanto ao convênio

001/2011, que a ANTT efetuou o repasse da parcela inicial, que independe de apresentação de

produtos para liberação.

2.9. Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

A análise de procedimentos licitatórios, efetuada por amostragem, teve por objetivo

avaliar a regularidade das contratações efetuadas pela Unidade de acordo com as seguintes

diretrizes: apurar se o objeto da licitação atende à real necessidade da Unidade; verificar a

consonância do objeto com a missão e metas da Unidade, bem como com os objetivos das ações

dos programas contidos no orçamento; verificar o enquadramento do objeto à adequada

modalidade de licitação; e verificar as razões de fundamentação da dispensa ou inexigibilidade

de licitação.

A amostra analisada foi obtida utilizando-se critérios de materialidade, relevância e

criticidade. O Quadro VII a seguir relaciona os processos analisados e as conclusões acerca da

adequabilidade dos elementos avaliados.

Empresa Contratada Objeto

Oportunidade e

Conveniência

do Motivo da

Licitação

Modalidade

da Licitação

Fundamentação

da Dispensa

Fundamentação

da

Inexigibilidade

Novix Indústria e

Comércio Ltda.

50500.065936/2011-84

Aquisição de

Equipamentos e

instalações para o

restaurante corporativo

Adequada

Devida

(Pregão

Eletrônico)

- -

Seal Telecom Comércio e

Serviços de

Telecomunicações Ltda.

50500.086248/2011-58

Contratação de empresa

especializada para

fornecimento de Sistema

de Vídeo, Áudio,

Acessórios,

Gerenciamento de Áudio e

Vídeo e Switch PoE

Adequada

Devida

(Pregão

Eletrônico)

- -

Thomson Reuters

Serviços Econômicos

LTDA

50500.056336/2011-25

Contratação de ferramenta

de consolidação de

informações

Adequada

Não se

Aplica

(Inexigib.)

- Adequado

Waldemar Costa Junior

EPP

50500.090309/2011-81

Aquisição de mobiliário

para o restaurante da

ANTT

Adequada Devida

(Pregão

Eletrônico)

- -

Tendencia Consultoria

Integrada LTDA.

Prestação de consultoria

econômica Adequada

Não se

Aplica

(Inexigib.)

- Adequado

Quadro VII -Processos licitatórios analisados e conclusões acerca da adequabilidade.

Fonte e método: Elaborado pela DITRA a partir da análise dos processos licitatórios.

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A análise da amostra acima informada permite inferir a adequação quanto aos

procedimentos adotados pela Unidade relacionados à oportunidade, à conveniência e aos

fundamentos utilizados para cada uma das licitações examinadas.

2.10. Avaliação da Gestão do Uso do CPGF

A avaliação dos gastos com a utilização do Cartão de Pagamentos do Governo Federal se

deu por meio de amostragem simples, com a análise de documentação comprobatória da

prestação de contas das Notas de Empenho: 2011NE00011716, 2011NE00011722 e

2011NE00011883. Verificou-se a existência de Notas Fiscais originais das despesas efetuadas

nesta modalidade de gastos, a autuação de processos específicos para comprovação dos gastos e

a utilização do CPGF apenas em despesas de pequena monta, com o atendimento dos limites

legais para operações de saque ou pagamento direto com o cartão.

2.11. Avaliação da Gestão de Passivos sem Previsão Orçamentária

No intuito de avaliar a ocorrência de passivos sem a consequente previsão orçamentária

de créditos ou de recursos na UJ, esta CGU efetuou consulta no Sistema SIAFI Gerencial,

constatando não haver inscrições de passivos pela ANTT no exercício sob exame, fato que

corrobora a ausência de referência no Relatório de Gestão da Unidade.

2.12. Avaliação da Conformidade da Manutenção de Restos a Pagar

A avaliação da Conformidade da inscrição de Restos a Pagar se deu por meio de amostra

aleatória composta das seguintes Notas de Empenho: 2011NE000069; 2011NE000097;

2011NE000110; 2011NE000349 e 2011NE000541, que totalizaram a inscrição de

R$ 362.324,97. Em consulta ao SIAFI Gerencial foi constatada a inscrição de R$ 50.113.439,64

em Restos a Pagar não processados relativos ao exercício de 2011. A amostragem selecionada

representa aproximadamente 1% do total inscrito. Não se constataram impropriedades quanto ao

atendimento das disposições do artigo 35 do Decreto nº 93.872/86.

2.13. Avaliação da Entrega e do Tratamento das Declarações de Bens e Rendas

Quanto ao atendimento das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730/93 relacionadas à

entrega e ao tratamento das declarações de bens e rendas, evidenciou-se a eficiência dos

controles, por meio de declaração assinada por ocupantes de cargo em comissão no momento da

investidura, consoante disposição contida na Portaria Interministerial MP/CGU nº 298/2007, que

autoriza o acesso à Declaração de Ajuste Anual do IR apresentada à Secretaria da Receita

Federal do Brasil.

2.14. Avaliação da Gestão de Bens Imóveis de Uso Especial

A ANTT não possui imóveis da União sob sua responsabilidade, havendo um total de 12

imóveis locados de terceiros em todo o Brasil. Nos trabalhos de avaliação da gestão referentes ao

exercício de 2010, foi verificada a ausência de registro dos Bens Imóveis de Uso Especial sob a

responsabilidade da ANTT no Sistema SPIUnet. Quanto à gestão 2011, verificou-se o registro

dos imóveis localizados em Fortaleza/CE, Belo Horizonte/MG e São Luís/MA. Conforme

exposto no Relatório de Gestão da Unidade, os outros imóveis estão em fase de cadastramento.

Verificou-se que a ANTT mantém rotinas de acompanhamento da manutenção dos imóveis

locados, bem como de suas instalações. Estes imóveis possuem flexibilização contratual com

vistas a permitir adequada infraestrutura às atividades da Agência.

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Na oportunidade, a SUDEG informou que foram registrados no Sistema SPIUnet, em

2012, os imóveis locados em Porto Alegre, da Unidade Regional de RS (URRS) e de São Paulo

(URSP). Os registros dos imóveis do Rio de Janeiro, Salvador e Brasília (nova Sede), estão

sendo providenciados.

2.15. Avaliação de Contratos e Convênios - SIASG/SICONV

Com relação ao cadastramento dos contratos no Sistema Integrado de Administração de

Serviços Gerais – SIASG (conjunto informatizado de ferramentas para operacionalizar

internamente o funcionamento sistêmico das atividades inerentes ao Sistema de Serviços Gerais -

SISG, quais sejam: gestão de materiais, edificações públicas, veículos oficiais, comunicações

administrativas, licitações e contratos, do qual o Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão - MP é órgão central normativo), a obrigatoriedade de manter o cadastro atualizado dos

contratos no respectivo sistema está prevista no § 3º do art. 19 da Lei nº 12.309/2010, abaixo

transcrito:

“§ 3º Os órgãos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de

Investimento deverão disponibilizar no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais –

SIASG e no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV, no que couber,

informações referentes aos contratos e aos convênios ou instrumentos congêneres firmados, com

a identificação das respectivas categorias de programação e fontes de recursos quando se tratar

de convênios ou instrumentos congêneres, observadas as normas estabelecidas pelo Poder

Executivo.”.

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010, a Agência foi instada a justificar a não

implementação do uso do sistema em 2010 e a apresentar prazo para regularização da pendência.

Em resposta, a ANTT informou que a implementação do SIASG não ocorreu no exercício de

2010, tendo em vista a necessidade de capacitação abrangente, não somente da área de licitações

e contratos, como as demais que se inter-relacionam com a atividade de licitações e contratos.

Entretanto, em abril de 2011, foi efetuada a capacitação dos servidores das áreas responsáveis.

Em maio de 2011 foram efetuados dois Pregões Eletrônicos no Comprasnet/SIASG, e até

o final de 2011 estava prevista a migração integral dos Pregões da ANTT para esse sistema, o

que de fato ocorreu. Ainda em maio do mesmo ano, iniciou-se a adoção da Cotação Eletrônica

nesse sistema, nas aquisições de materiais enquadrados no Inciso II, do art. 24 da Lei 8.666/93.

Em outubro de 2011, os dados referentes aos contratos não processados pelo Comprasnet/SIASG

foram inseridos no sistema SIASG.

Quanto aos convênios, a Agência possui vigente apenas o 001/2011, cujo convenente é a

Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – FEALQ, entidade de direito privado sem fins

lucrativos, o qual se encontra registrado no Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de

Repasse e Termos de Parceria - SICONV.

Por fim, observou-se que em 2011 houve onze transferências de recursos por meio de

Termos de Cooperação. Ressalta-se que a transferência por esse tipo de instrumento não exige

registro obrigatório no SICONV. Ante a falta de uma ferramenta nos sistemas corporativos do

Governo que permita o registro e a consulta de informações relativas às transferências realizadas

nesta modalidade, a Superintendência de Gestão - SUDEG elaborou e mantém atualizada

planilha, em Excel, a qual encontra-se disponibilizada na rede (intranet) da Agência.

O papel da SUDEG no processo é o de informar a disponibilidade orçamentária e a

liberação, por descentralização (destaques), dos recursos orçamentários aos Órgãos conveniados,

bem como a liberação do financeiro, ficando a cargo das unidades finalísticas a análise do

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cumprimento das Cláusulas do Termo de Cooperação, bem como das prestações de contas

decorrentes. Considerando que o governo ainda não disponibilizou um sistema corporativo para

controle e acompanhamento desses instrumentos, e o elevado custo para a contratação junto ao

mercado, e considerando, ainda, o volume de termos (dos 11 termos somente 6 estão vigentes em

2012), o controle efetuado atualmente pela ANTT permite o acompanhamento de suas

execuções.

Isto posto, a SUDEG informou também que em função das planilhas se encontrarem na

rede interna da ANTT, o acesso para acompanhamento pelo controle interno e pelas unidades

finalísticas da Agência pode ser disponibilizado por senhas específicas.

2.16. Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias

Conforme Relatório de Gestão da Unidade, considerando o disposto no anexo II da DN

TCU 108/10, não serão objeto de tratamento as informações sobre as Renúncias Tributárias, por

não terem ocorrido renúncias desta natureza em 2011.

2.17. Avaliação do cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU

Para verificar o atendimento dos acórdãos e decisões exarados pelo Tribunal de Contas da

União – TCU efetuou-se pesquisa no sítio eletrônico do Tribunal, www.tcu.gov.br, quanto às

determinações à ANTT, cotejando-as com as informações constantes no Relatório de Gestão.

Constatou-se que as informações relativas à atuação do TCU junto à Agência encontram-se

registradas no Relatório de Gestão, juntamente com as providências adotadas e as justificativas

para os casos em que ainda não foi possível o pleno atendimento. Além disso, em 2011 não

houve acórdãos do TCU determinando o acompanhamento por parte desta Controladoria.

2.18. Avaliação do cumprimento das Recomendações da CGU

Sobre o atendimento às recomendações expedidas pela CGU, o item 1.1.1.1 da segunda

parte deste Relatório - Achados de Auditoria, traz um quadro com a situação quanto às

providências adotadas, no qual nota-se que das 24 constatações inseridas no Plano de

Providências Permanente 2011 da Unidade, 11 foram atendidas e 13 foram atendidas

parcialmente. As questões pendentes de atendimento foram abordadas nos Achados de Auditoria,

e demandam a continuação da atuação das áreas responsáveis para eliminação e solução dos

problemas descritos.

2.19. Ocorrência(s) com dano ou prejuízo:

Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

Por fim, conforme o Relatório de Gestão 2011 da Unidade, não foram objeto de

tratamento informações sobre a execução orçamentária de créditos recebidos pela UJ por

movimentação, uma vez que a ANTT não foi beneficiária de qualquer descentralização de outras

unidades ao longo de 2011 e o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou

recursos, por não haver qualquer situação abrangida por esta hipótese.

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3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando

identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a

serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente

ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos

requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de

modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Brasília/DF, de julho de 2012.

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Achados da Auditoria - nº 201203657

Sumário

1. CONTROLES DA GESTÃO .............................................................................................................. 23

1.1. SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS .................................................................................................... 23 1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO ................................................. 23

1.1.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 23 ATENDIMENTO ÀS RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO DE AUDITORIA DE

AVALIAÇÃO DE GESTÃO 2010 – PLANO DE PROVIDÊNCIAS PERMANENTE 2011 ....23

2. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ............................................................................................... 24

2.1. SUBÁREA - MOVIMENTAÇÃO ............................................................................................................. 24 2.1.1. Assunto - QUANTITATIVO DE PESSOAL .................................................................................... 24

2.1.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 24 OCUPAÇÃO PREDOMINANTE DE FUNÇÕES GERENCIAIS POR PESSOAL NÃO

VINCULADO À ANTT ...............................................................................................................24 2.1.1.2. Informação ........................................................................................................................................ 30

FALTA DE CARREIRA ESPECÍFICA DE TI NO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS .......30 2.1.1.3. Informação ........................................................................................................................................ 33

QUANTITATIVO DE PESSOAL DE CARGO EFETIVO NA ANTT ......................................33 2.2. SUBÁREA - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS ................................................................... 36

2.2.1. Assunto - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS ................................................................................ 36 2.2.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 36

CESSÕES DE SERVIDORES SEM O DEVIDO ENQUADRAMENTO EM LEI ESPECÍFICA

OU SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA...........................................................................36

3. GESTÃO DA POLÍTICA DE TRANSPORTES ....................................................................................... 40

3.1. SUBÁREA - GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................... 40 3.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 40

3.1.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 40 REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS ....................................40

3.2. SUBÁREA - ELABORAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE INDICADORES ................................................... 44 3.2.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 44

3.2.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 44 AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO........................................................44

4. QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES .............................................................................. 49

4.1. SUBÁREA - FISC CONCESSÃO SERV EXPL INFRAESTR RODOVIÁRIA .................................................... 49 4.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DA CGU - NO EXERCÍCIO .......................................................................... 49

4.1.1.1. Constatação ...................................................................................................................................... 49 INSUFICIÊNCIA DOS CONTROLES DE DOCUMENTOS EXIGIDOS NOS CONTRATOS

DE CONCESSÃO RODOVIÁRIA ..............................................................................................49 4.1.1.2. Constatação ...................................................................................................................................... 54

FALTA DE VALIDAÇÃO DO SIGFIS II E SISMULTAS (SISTEMA ARRECADAÇÃO) ....54 4.1.1.3. Informação ........................................................................................................................................ 59

TRANSPARÊNCIA NOS PROCESSOS DE REAJUSTE E REVISÃO DAS TARIFAS DE

PEDÁGIO NAS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS. ....................................................................59 4.1.1.4. Informação ........................................................................................................................................ 62

REPACTUAÇÃO DO CONTRATO DE CONCESSÃO DO PÓLO DE PELOTAS/RS ...........62 4.1.1.5. Constatação ...................................................................................................................................... 65

PROCESSOS DE APLICAÇÃO DE PENALIDADES, ÀS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS,

SEM CONCLUSÃO .....................................................................................................................65 4.1.1.6. Constatação ...................................................................................................................................... 74

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INADEQUAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS DE

CONCESSÃO RODOVIÁRIA ....................................................................................................74 4.1.1.7. Constatação ...................................................................................................................................... 79

IMPLANTAÇÃO PARCIAL DOS SISTEMAS DE OPERAÇÃO DAS RODOVIAS

CONCEDIDAS .............................................................................................................................79 4.2. SUBÁREA - FISC SERV TRANSP ROD INTEREST E INTERN PASSAG ....................................................... 85

4.2.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 85 4.2.1.1. Informação ........................................................................................................................................ 85

LICITAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS ....................................................................................85 4.3. SUBÁREA - FISC CONCESSÃO DOS SERV E EXPL INFRA FERROV .......................................................... 89

4.3.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................................. 89 4.3.1.1. Constatação ...................................................................................................................................... 89

MOROSIDADE NA CONCLUSÃO DOS RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO DAS

CONCESSÕES FERROVIÁRIAS ...............................................................................................89 4.3.1.2. Constatação ...................................................................................................................................... 94

FALTA DE INDICADORES DE TRÁFEGO MÚTUO E DE DIREITO DE PASSAGEM NA

MALHA FERROVIÁRIA CONCEDIDA ...................................................................................94 4.3.1.3. Constatação ...................................................................................................................................... 96

PRECARIEDADE NA FISCALIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS ANUAIS APROVADOS NO

PLANO TRIENAL DE INVESTIMENTOS – PTI DAS CONCESSÕES FERROVIÁRIAS ....96 4.3.1.4. Constatação ...................................................................................................................................... 99

ATRASO NA IMPLEMENTAÇÃO DA REVISÃO TARIFÁRIA DO TRANSPORTE

FERROVIÁRIO DE CARGA E PASSAGEIROS .......................................................................99 4.3.1.5. Informação ...................................................................................................................................... 101

APROVAÇÃO DA RESOLUÇÃO DA NORMATIZAÇÃO DO PLANO TRIENAL DE

INVESTIMENTO (PTI) .............................................................................................................101 4.3.2. Assunto - CONTROLES INTERNOS ........................................................................................... 102

4.3.2.1. Informação ...................................................................................................................................... 102 REGISTRO DO PRODUTO DAS FISCALIZAÇÕES DAS CONCESSÕES FERROVIÁRIAS

....................................................................................................................................................102 4.3.2.3. Constatação .................................................................................................................................... 103

INCONSISTÊNCIAS DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS CONCESSIONÁRIAS

DE FERROVIAS, ESPECIALMENTE AS FINANCEIRAS. ...................................................103 4.3.2.4. Informação ...................................................................................................................................... 107

INCOMPATIBILIDADE ENTRE AS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS

CONCESSIONÁRIAS NO SAFF – INVESTIMENTO E AS CONSTANTES NO PLANO DE

CONTAS ....................................................................................................................................107 4.3.3. Assunto - MOVIMENTAÇÃO.................................................................................................... 108

4.3.3.1. Informação ...................................................................................................................................... 108 QUADRO DE PESSOAL DA GEFER, GEROF e GEAFA. .....................................................108

4.4. SUBÁREA - FISC BENS OPER E GEST CONTR ARREN MALHAS FERR ................................................... 111 4.4.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................... 111

4.4.1.1. Constatação .................................................................................................................................... 111 QUEDA DO DESEMPENHO DA ÁREA DE FISCALIZAÇÃO DE BENS ARRENDADOS111

4.4.2. Assunto – CONTROLES INTERNOS .......................................................................................... 113 4.4.2.1. Constatação .................................................................................................................................... 113

DEFICIÊNCIA NOS CONTROLES DAS FISCALIZAÇÕES DOS ATIVOS ARRENDADOS.

....................................................................................................................................................113 4.4.3. Assunto - CONTRATOS DE CONCESSÃO E PERMISSÃO ........................................................... 115

4.4.3.1. Constatação .................................................................................................................................... 115 PERDA, ROUBO E DETERIORAÇÃO DOS BENS ARRENDADOS ....................................115

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1. CONTROLES DA GESTÃO

1.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS

1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO

1.1.1.1. Informação

ATENDIMENTO ÀS RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO DE AUDITORIA DE

AVALIAÇÃO DE GESTÃO 2010 – PLANO DE PROVIDÊNCIAS PERMANENTE 2011

Quanto ao atendimento ao Plano de Providências Permanente - PPP 2011 da ANTT,

referente às constatações apresentadas no Relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão 2010 da

ANTT, nº 201108889, de 27/07/11, é apresentada a seguir no Quadro VIII a situação de

atendimento ou não dos problemas.

Item Descrição sumária da constatação Continu-

ação Situação

1.1.1.1 Falta de carreira específica de TI no plano de cargos e salários 2.1.1.2 Atendido

3.1.1.2 Ocupação predominante de funções gerenciais por pessoal não vinculado à

ANTT 2.1.1.1 Atendido

3.2.1.1 Cessões de servidores sem devido enquadramento em lei específica ou sem

fundamentação adequada 2.2.1.1 Atendido

3.2.1.2 Incoerência entre as comprovações para fins de pagamento do auxílio-

transporte e o controle de frequência dos servidores - Atendido

5.1.1.1 Insuficiência dos controles de documentos exigidos nos contratos de concessão

rodoviária 4.1.1.1

Atendido

parcialmente

5.1.2.1 Falta de validação do SIGFIS II e SISMULTAS (sistema ARRECADAÇÃO) 4.1.1.2 Atendido

parcialmente

5.1.2.2 Transparência nos processos de reajuste, revisão das tarifas de pedágio nas

concessões rodoviárias 4.1.1.3 Atendido

5.1.2.4 Processos de aplicação penalidades às concessões rodoviárias sem conclusão 4.1.1.5 Atendido

parcialmente

5.1.2.5 Inadequação dos instrumentos de fiscalização dos contratos de concessão

rodoviária 4.1.1.6

Atendido

parcialmente

5.1.3.1 Implantação parcial dos Sistemas de Operação das rodovias concedidas 4.1.1.7 Atendido

parcialmente

5.3.1.1 Morosidade na conclusão dos relatórios de fiscalização das concessões

ferroviárias 4.3.1.1

Atendido

parcialmente

5.3.1.2 Falta de indicadores de tráfego mútuo e de direito de passagem na malha

ferroviária concedida 4.3.1.2

Atendido

parcialmente

5.3.1.3 Aprovação da resolução de normatização da apresentação do plano trienal de

investimento (PTI) 4.3.1.5 Atendido

5.3.2.1 Precariedade na fiscalização de investimentos anuais aprovados no PTI das

concessões ferroviárias 4.3.1.3

Atendido

parcialmente

5.3.3.1 Registro do produto das fiscalizações das concessões ferroviárias 4.3.2.1 Atendido

5.3.4.1 Deficiência no quantitativo da força de trabalho da GEFER - Atendido

5.3.4.2 Deficiência no quantitativo da força de trabalho da GEROF - Atendido

5.3.5.3 Atraso na implementação da revisão tarifária do transporte ferroviário de cargas

e passageiros 4.3.1.4

Atendido

parcialmente

5.3.5.4 Inconsistências das informações prestadas pelas concessionárias de ferrovias,

especialmente as financeiras 4.3.2.3

Atendido

parcialmente

5.3.5.5 Incompatibilidade entre as informações prestadas pelas concessionárias no

SAFF – Investimento e as constantes no plano de contas 4.3.2.4 Atendido

5.4.1.1 Queda do desempenho da área de fiscalização de bens arrendados 4.4.1.1 Atendido

parcialmente

5.4.2.2 Deficiência nos controles das Fiscalizações dos Ativos Arrendados 4.4.2.1 Atendido

parcialmente

5.4.3.1 Falta de prioridade na implementação de políticas capazes de diminuir a

deficiência da força de trabalho da GEAFA 4.3.3.1 Atendido

5.4.4.1 Perda, roubo e deterioração dos bens arrendados 4.4.2.1 Atendido

parcialmente

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Quadro VIII - Situação do atendimento do Plano de Providências 2011

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR, a partir do relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão nº

201108889. Data: 13/06/2012.

A coluna “continuação” indica o item em que o assunto foi tratado neste Relatório.

2. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

2.1. Subárea - MOVIMENTAÇÃO

2.1.1. Assunto - QUANTITATIVO DE PESSOAL

2.1.1.1. Informação

OCUPAÇÃO PREDOMINANTE DE FUNÇÕES GERENCIAIS POR PESSOAL NÃO

VINCULADO À ANTT

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010 da ANTT foi constatada a ocupação

predominante de funções gerenciais por pessoal não vinculado à Agência.

A Lei nº 10.233/2001 previu os seguintes cargos em comissão para as Agências

Reguladoras: Cargos Comissionados de Direção – CD, de Gerência Executiva – CGE, de

Assessoria – CA e de Assistência – CAS; e Cargos Comissionados Técnicos – CCT. Os CCT são

privativos dos servidores de carreira, enquanto os demais são de livre nomeação.

Entretanto, observou-se que a distribuição dos cargos comissionados não seguem a

previsão da Lei nº 10.233/2001. Para isso, a ANTT utiliza-se do disposto no art. 14 da Lei nº

9986/2000, que estabelece: “... os quantitativos dos empregos públicos e dos cargos

comissionados de cada Agência serão estabelecidos em lei, ficando as Agências autorizadas a

efetuar a alteração dos quantitativos e da distribuição dos Cargos Comissionados de Gerência

Executiva, de Assessoria, de Assistência e dos Cargos Comissionados Técnicos, observados os

valores de retribuição correspondentes e desde que não acarrete aumento de despesa”.

Por meio de deliberações da Diretoria-Geral, a Agência promoveu novos arranjos dos

cargos comissionados, reduzindo os quantitativos de cargos CCT, de menor remuneração e

privativos de servidores de carreira, e acrescendo outros cargos, de maior remuneração e livre

nomeação. Com essa medida adotada, o número total de cargos comissionados diminui, em

razão da necessidade de não haver aumento de despesa, mas permite-se o ingresso de pessoal

sem a necessidade de concurso público, como também a criação de mais postos gerenciais, que

podem ser necessários a uma boa gestão das atividades do órgão.

Sem adentrar no mérito da discussão acerca da legalidade das alterações de quantitativos,

a forma como estão distribuídos os cargos comissionados na Agência evidencia uma situação

inadequada, uma vez que os cargos de livre nomeação (CD, CGE, CA e CAS), classificados

como grupo Direção e Assessoramento superior, estão ocupados por pessoal não vinculado à

ANTT.

Da análise da distribuição dos cargos comissionados observa-se que, dos 204 cargos de

Direção e Assessoramento superior, somente 5 são ocupados por servidores de carreira do

quadro efetivo da Agência. Além disso, destes 199 cargos que não são ocupados por servidores

do quadro efetivo da Agência, 31 são ocupados por servidores de carreira de outros órgãos e

esferas e 168 são ocupados por pessoal sem vínculo com a Administração Pública.

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Outra questão importante foi observada a partir da relação de cargos comissionados, na

qual não foi possível identificar um critério claro e objetivo na distribuição destes cargos. Tal

fato ficou evidenciado a partir de constatações como: incompatibilidade entre a atividade do

servidor e a natureza do cargo ocupado (servidores que não exercem função gerencial, mas

ocupam cargos de Gerência Executiva, cuja denominação denota a natureza gerencial, servidores

que exercem atividade de coordenação dentro da Unidade Regional, mas ocupam cargos

Comissionados Técnicos ou cargos de Assessoria, cuja denominação denota natureza

incompatível com a atividade de coordenação); e a falta de isonomia na ocupação dos cargos

(servidores que exercem atividades similares de coordenação dentro de uma mesma Unidade

Regional, mas possuem cargos comissionados diferentes e servidores que exercem função

gerencial do mesmo nível, dentro de uma mesma Superintendência, mas ocupam cargos

comissionados distintos).

Diante do cenário inadequado, entendeu-se necessária a implementação políticas de

desenvolvimento da carreira, de forma a permitir a inserção destes servidores em funções de

efetiva gestão estratégica da Agência. Para tanto, em paralelo a uma atuação junto ao Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG, visando à realização de concurso, é necessário

elaborar de um plano de ações a serem desenvolvidas na ANTT, que abranja, por exemplo, a

capacitação de servidores para atividades de gestão e para especialização em áreas de interesse

da Agência e o estabelecimento de níveis de funções gerenciais privativos de servidores de

carreira.

Outrossim, tendo em vista não terem sido identificados critérios objetivos na distribuição

dos cargos comissionados dentro da ANTT, faz-se necessária a elaboração de um estudo que

defina a quantidade e a natureza dos cargos comissionados necessários em cada setor,

Superintendência, Gerência ou Unidade Regional, de forma que estes cargos representem

funções dentro da estrutura institucional, necessários ao bom desempenho das suas atividades, e

não somente uma ferramenta para ingresso de pessoal na Agência.

Em resposta, a Superintendência de Gestão – SUDEG justificou que a predominante

ocupação dos postos gerenciais não ser de pessoal vinculado à ANTT decorre de o quadro de

pessoal da Agência não se encontrar totalmente provido, sendo imprescindível contar, neste

primeiro momento, com profissionais especializados, oriundos dos diversos quadros de pessoal

da Administração Pública, até que seu quadro de pessoal efetivo esteja completo e devidamente

qualificado.

Nesse sentido a ANTT atuou visando promover o desenvolvimento da carreira, por meio

do Planejamento Estratégico, iniciado em 2009, que apontou um novo marco, com

direcionamento para o desenvolvimento de pessoas na ANTT com o Projeto “Desenvolvimento

de Talentos”, que faz parte do Programa de Melhoria da Gestão, com a realização de

aproximadamente 2700 capacitações no período de 2009 e 2010.

A Agência a cada ano vem investindo no seu quadro de servidores, principalmente na

área gerencial, podendo-se destacar as seguintes iniciativas:

- Em 2009, turmas do Programa de Desenvolvimento de Gerentes Operacionais e

Supervisores – DGOS foram realizadas junto à Escola de Administração Pública - ENAP,

no intuito de apresentar conhecimentos sobre as principais ferramentas e métodos para a

gestão de processos, gestão orçamentária e financeira e gestão de pessoas;

- Em 2010, iniciou-se o processo de investimento em capacitação avançada, que se destina

a propiciar cursos de pós-graduação;

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- Disponibilização de 10 vagas no curso de pós-graduação sobre Direito da Regulação,

ministrado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP;

- Realização do Mestrado em Regulação e Gestão de Negócios, promovido pela

Universidade de Brasília, que contará com 11 servidores aprovados em processo seletivo

e que atuam na área de regulação, com o objetivo de disseminar conhecimentos sobre

finanças, regulação econômica, conhecimentos sobre a teoria e prática de defesa da

concorrência, aplicadas tanto sobre os setores regulados como sobre os setores não

regulados;

- Projetos Especiais que têm como objetivo criar ações inovadoras e que estimulem o

desenvolvimento organizacional e individual, como o Programa de Desenvolvimento

Gerencial, com a utilização da ferramenta do Coaching Ontológico, visando a

maximização de habilidades de gestão e relacionamento interpessoal para o desempenho

e produtividade das equipes para o cumprimento da Missão Organizacional; e

- Em 2011, capacitações de servidores com enfoque gerencial (Liderança: Reflexão e

Ação, Liderança e Gerenciamento e Papel do Gerente na Gestão do Desempenho de

Equipe) em parceria com a ENAP.

Além disso, a Agência vem atuando para a obtenção de uma estrutura organizacional

adequada à sua finalidade, com um processo de construção do seu modelo de gestão para

resultados, iniciado com a elaboração do Planejamento Estratégico. A ANTT está conduzindo o

alinhamento de seus projetos, processos, estrutura e pessoas visando aumentar sua capacidade de

execução da estratégia e consequentemente a geração de resultados. Tal fato condiz com a

manifestação da SUDEG:

“Os cargos comissionados da Agência, criados nos termos da Tabela II do Anexo I, da

Lei nº 10.233, de 2001, atualmente demonstram ser insuficientes para permitir a adequação da

nova estrutura organizacional, necessária e compatível com a gestão e acompanhamento do

desempenho das atribuições regimentais, em especial aquelas relativas ao aumento da extensão

das concessões rodoviárias, à implantação do Trem de Alta Velocidade – TAV, bem assim da

revisão das concessões ferroviárias atuais e expansão dos trechos concedidos.

A análise do modelo da estrutura organizacional, em vigor, evidencia que a pluralidade

de atores que têm interlocução com a Direção Geral dificulta a priorização da agenda

estratégica. A instalação de instâncias organizacionais que atuem na coordenação da execução e

acompanhamento dos projetos estruturantes e na coordenação de outros de natureza estratégica

podem mitigar o desgaste de negociação que a Direção Geral hoje vivencia. O desenho

proposto, assim, desmembra as funções estratégicas de algumas superintendências para formar

um órgão de desenvolvimento setorial, ao tempo em que robustece outras instâncias com

atribuições de articulação.

Assim, a proposta de redesenho da arquitetura organizacional da ANTT tem como

estratégia o alinhamento ao plano estratégico da Agência e a consecução da missão institucional

com ênfase na função „coordenação‟, não se restringindo ao nível central da Agência. Os

diversos eixos da ação da entidade são fortalecidos junto à ponta da linha da gestão, onde se

pretende alocar cargos de representação para as coordenações de processamento, de

fiscalização, de gestão interna e de infraestrutura, as chefias de equipes de comando, além dos

noventa e dois postos e fiscalização.

A proposta prevê mudança no perfil do nível dos cargos, com ênfase para aqueles de

ocupação restrita (servidores de carreira), bem assim na distribuição, em que os setores

descentralizados foram favorecidos.

Para a implementação da proposta, estão sendo feitas gestões junto ao Ministério do

Planejamento Orçamento e Gestão de modo que seja possível o incremento dos cargos

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comissionados e assim a viabilização da nova Estrutura Organizacional, tendo sido

encaminhado àquele órgão, o Ofício nº 479/2011/DG e Nota Técnica nº 004/2011 - SUDEG.”.

A proposta de reestruturação organizacional, que representa um projeto estruturante

previsto no plano de Gestão Estratégica elaborado pela ANTT, corrobora o entendimento desta

CGU acerca da necessidade de melhorias na organização do quadro de pessoal comissionado da

Agência.

Nesse sentido, foi recomendado a ANTT que apresentasse a proposta de reestruturação

organizacional, a fim de se verificar se as ações a serem tomadas podem de fato alcançar o êxito

pretendido e sanear as situações impróprias apontadas.

Em resposta, a ANTT encaminhou o Ofício nº 561/2011/DG, de 10/08/2011, no qual

encaminhou proposta de ato legislativo destinado a criar cargos em comissão e cargos efetivos

da Agência visando o cumprimento da missão institucional e regimental. Foram encaminhados

em anexo ao ofício, a Minuta de EM Interministerial, as Nota Técnicas nº 004 e

005/2011/SUDEG/ANTT, de 13/07/2011, o quadro comparativo da estrutura de cargos e funções

e o Parecer nº 0326-3.5.9/2011/PF-ANTT/PGF/AGU.

Entre estes, a Nota Técnica nº 004/2011/SUDEG/ANTT versou sobre a criação de 161

cargos em comissão, que, dentre outras questões, aumentavam o quantitativo de CCT‟s (cargos a

serem preenchidos com servidores efetivos da Agência), ou seja, dispondo cargos em comissão a

servidores efetivos da Agência. Essa nova proposta aumenta em 6 o número de cargos de

Direção e Assessoramento Superior e em 155 o de CCT‟s, tendo um impacto financeiro de

R$209.847,33 por mês (total de 2,797 milhões por ano).

O Quadro IX a seguir apresenta a situação dos CCT desde o Decreto nº 4.130/02, que

regulamentou a Lei nº 10.233/2001, até a proposta da Agência. Pode-se observar, como já

descrito anteriormente, que Deliberações da Diretoria-Geral da Agência diminuíram o número de

cargos CCT. A nova proposta da Agência visa aumentar esse número, em que pese não

estabelecer o quantitativo regulamentado inicialmente pelo Decreto.

Documento Decreto

4.130/02

Deliberação

086/2010

Variação

()

Proposta ANTT

(nota técnica

004/2011)

Variação

()

Números de cargos CCT 337 147 - 43,62% 302 + 51,32%

Quadro IX - Situação do número de CCT‟s

Fonte: ANTT, Ofício nº 561/DG, de 10/08/2012.

Ressalta-se que a Agência não vem utilizando a totalidade dos recursos orçamentários

autorizados mensalmente (limite legal R$1.255.032,07), em função dos cargos comissionados

assumidos por servidores efetivos que recebem o valor da gratificação até o limite de 60%.

Com relação à distribuição dos cargos de Direção e Assessoramento Superior existente,

verificou-se que dos 204 cargos, 5 são ocupados por servidores efetivos, e dos 199 cargos não

são ocupados por servidores efetivos, 31são ocupados por servidores de carreira de outros órgãos

e esferas e 168 ocupados por pessoal sem vínculo com a Administração Pública. No entanto,

apesar das iniciativas de capacitação dos servidores efetivos, não foi apresentada proposta de

reestruturação, nem os critérios para a nomeação desses cargos.

O Relatório de Gestão 2011 indica que o número de cargos DAS ocupados por servidores

efetivos aumentou de cinco em 2010 para oito em 2011, e o de cargos ocupados por pessoas sem

vínculo, diminuiu de 168 em 2010 para 160 em 2011. Portanto, observa-se que em 2011 a

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situação inadequada apontada em 2010 (ocupação predominante de funções gerenciais por

pessoal não vinculado à ANTT) persiste.

Por fim, a ANTT informou, em 30/03/12, que a proposta de reformulação organizacional

ainda não foi consolidada, pois depende de resposta sobre as questões encaminhadas ao MPOG.

Na reunião de busca conjunta de soluções com a SUDEG, em 15/05/2012, foi informado que não

obteve resposta do MPOG para a proposta de aumento de cargos comissionados (CCTs). Fato

esse novamente informado pelo Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de 17/07/12.

Ainda nesse Memorando a SUDEG esclareceu alguns pontos descritos anteriormente.

Primeiramente, com relação à distribuição dos cargos comissionados (DAS e CCT), a

Deliberação nº 143, de 20/06/12, alterou o quantitativo desses cargos, buscando ampliar o

número de Cargos Comissionados Técnicos - CCT. Atualmente, tem-se um total de 360 cargos

comissionados, cuja ocupação está assim distribuída: a) 107 cargos ocupados por servidores do

quadro da ANTT; b) 96 cargos ocupados por servidores requisitados ou cedidos; e c) 157 cargos

ocupados por pessoal sem vínculo. Assim, tem-se um total de 203 cargos ocupados por

servidores públicos, representando 56% do total de cargos previstos, enquanto que pessoal sem

vínculo atinge 44% do total. Essa relação é consentânea à ocupação dos cargos do quadro efetivo

da Agência, atualmente de 51%, tendo 878 de seus 1705 cargos previstos ocupados.

Apesar da disposição supracitada, ainda observa-se a predominância de ocupação de

cargos comissionados DAS de pessoas sem vínculo com a Agência. Se a comparação com

relação a servidores da Agência, quanto aos 206 cargos DAS (relatório de gestão 2011), apenas 8

são servidores da ANTT, apesar de serem 33 servidores com vínculo com a Administração

Pública. Quanto aos 156 cargos CCT (relatório de gestão 2011), 77 são servidores da ANTT e o

restante são servidores com vínculo com a Administração. Portanto, esta Controladoria entende

que resta comprovada a necessidade de capacitação dos servidores da ANTT visando a ocupação

desse cargos por servidores da Agência.

Quanto aos critérios objetivos na distribuição dos cargos comissionados DAS dentro da

ANTT, a SUDEG informou que está promovendo estudo para identificação de critérios claros e

objetivos para a distribuição de cargos comissionados, e o estabelecimento de níveis de funções

gerenciais privativos de servidores de carreira. O estudo será encaminhado tão logo esteja

concluído. Portanto, é necessário que a área responsável apresente os resultados ou o estudo

concluído quando da elaboração do Plano de Providências Permanente 2012.

Relacionado ao plano de ações visando a capacitação de servidores para atividades de

gestão e especialização em áreas de interesse da Agência e o estabelecimento de níveis de

funções gerenciais privativos de servidores de carreira, a SUDEG informou que:

“O Planejamento Estratégico da ANTT, aprovado por meio da Deliberação nº 206/09, de 18 de

Agosto de 2009, estabeleceu como um dos Objetivos Estratégicos da Agência o

“Desenvolvimento e a Retenção de Talentos”, que se materializa, principalmente, por meio do

Projeto “Desenvolvimento de Talentos”, desenvolvido no âmbito do Programa de Melhoria da

Gestão (PROMEG), com a programação de aproximadamente 3.000 capacitações no período

entre 2009 e 2011.

Nesse sentido, a cada ano a ANTT intensifica as ações de desenvolvimento do seu quadro de

servidores, principalmente na área gerencial. Desde 2009, podem-se destacar as turmas do

Programa de Desenvolvimento de Gerentes Operacionais e Supervisores – DGOS, que foram

realizadas junto à Escola de Administração Pública - ENAP, no intuito de apresentar

conhecimentos sobre as principais ferramentas e métodos para a gestão de processos, gestão

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orçamentária e financeira e gestão de pessoas. Nesse programa foram capacitados 19 servidores

em 2009, 35 em 2010 e outros 13 em 2011.

Em 2010 iniciou-se as ações de capacitação avançada, que se destina a propiciar cursos de pós-

graduação. Destaca-se a Especialização em Transportes Terrestres: Planejamento, Gestão e

Controle, iniciada em 2011 com desenvolvimento exclusivo para 20 servidores da ANTT e, o

Mestrado em Regulação e Gestão de Negócios, promovido pela Universidade de Brasília. Esse

mestrado tem o objetivo de disseminar conhecimentos sobre finanças, regulação econômica,

conhecimentos sobre a teoria e prática de defesa da concorrência, aplicadas tanto sobre os

setores regulados como sobre os setores não regulados, do qual participam 12 servidores da

ANTT aprovados em processo seletivo realizado pela própria Universidade. Os cursos de pós-

graduação contratados para participação de servidores da ANTT que estão em andamento são

sumarizados abaixo com respectivos prazos de realização:

Curso Início Término

(previsto)

Nº de

Partic.

Pós-Graduação Stricto-Sensu: Mestrado Profissional em

Regulação e Gestão de Negócios Agosto/2011 Agosto/2013 12

Pós-graduação lato-sensu: Especialização em Transportes

Terrestres Abril/2011 Setembro/2012 20

Pós-graduação lato-sensu: Direito da Regulação Outubro/2010 Setembro/2012 8

Pós-graduação lato-sensu: Curso de Especialização em Gestão

Pública – 7ª edição Fevereiro/2011 Dezembro/2012 2

Pós-graduação lato-sensu: Curso de Especialização em Gestão

Pública – 8ª edição Fevereiro/2012 Dezembro/2014 1

Pós-Graduação lato-sensu: Administração Pública Abril/2012 Dezembro/2013 1

Destaca-se ainda o Programa Capacitação para a Fiscalização, que tem como objetivo criar

ações inovadoras que estimulem o desenvolvimento organizacional e individual da área de

fiscalização. A execução do Programa ocorre entre abril e setembro de 2012 e tem como objetivo

ofertar 540 oportunidades de capacitação para fiscais da ANTT, sendo contemplados os

seguintes temas: Aperfeiçoamento Gerencial Estratégico, Reciclagem da Formação Básica e

Formação Gerencial para Postos Estratégicos. O número de participantes constam do quadro

abaixo:

Módulo Início Término (previsto) Nº Previsto

Participantes

Aperfeiçoamento Gerencial Estratégico Abril/2012 Abril/2012 150 (30 por turma)

Reciclagem da Formação Básica Maio/2012 Junho/2012 240 (30 por turma)

Formação Gerencial para Postos Estratégicos Agosto/2012 Setembro/ 2012 150 (30 por turma)

Quanto ao Plano Anual de Capacitação 2012, estão previstas as seguintes ações de capacitação

voltadas à formação gerencial:

- Liderança: Liderança - Reflexão e Ação, Liderança e Gerenciamento e Coaching;

- Planejamento e Organização: Elaboração e Gerenciamento de Projetos, Fronteiras em

Gestão Publica, Gestão Integrada na Administração Pública, Gestão estratégia e vetores da

implementação, Indicadores, monitoramento e avaliação na administração Publica; Gestão

avançada de projetos; Gestão Estratégica de inovação; Desenvolvimento de Gerentes

Operacionais e Supervisores – DGOS; e Planejamento da Administração Pública em

Balanced Score Card - BSC; e

- Orientação para Resultado: Papel do Gerente na Gestão do Desempenho de Equipe e Gestão

de processos.”.

Além disso, foram encaminhadas, em anexo, a relação de ocupantes dos cargos

comissionados DAS e CCT, o quadro comparativo da estrutura de cargos e funções com a

proposta de reformulação organizacional; e o valor utilizado mensalmente para pagamento dos

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cargos em comissão em comparação ao limite autorizado e o valor disponível que pode ser

utilizado.

Com relação aos recursos orçamentários autorizados mensalmente (limite legal

R$1.255.032,07), em função dos cargos comissionados assumidos por servidores efetivos que

recebem o valor da gratificação até o limite de 60%, observou-se que o saldo mensal é de

R$485,33. Portanto, apesar da Agência informar que não está utilizando a totalidade do recurso

mensal, o saldo mensal é insuficiente para aplicação ou utilização para outros cargos

comissionados. Nesse sentido, solicita-se que a área responsável esclareça, quando da elaboração

do Plano de Providências Permanente 2012, como a Agência poderá utilizar o saldo mensal

supramencionado.

Por todo o exposto, solicita-se que a área responsável apresente quando da elaboração do

Plano de Providências Permanente 2012 as providências adotadas e os respectivos resultados

para a solução por completo desse problema.

Paralelamente, esta Controladoria entende que a Agência deve elaborar um plano

convergente entre a capacitação e o desenvolvimento de talentos de servidores da ANTT e a

ocupação dos seus cargos em comissão, seja DAS ou CCT, uma vez que haverá ingresso de

servidores com o concurso público autorizado, bem como por trata-se de um projeto estruturante

da Agência.

2.1.1.2. Informação

FALTA DE CARREIRA ESPECÍFICA DE TI NO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010 foram constatadas situações inadequadas

relativas aos recursos humanos envolvidos nas atividades de Tecnologia da Informação – TI no

âmbito da ANTT.

A primeira referiu-se à falta de uma carreira específica em tecnologia da informação no

Plano de Cargos e Salários da Unidade, o que pode ser considerado inadequado em razão do

aumento da importância estratégica da TI para as organizações e do risco da ausência de pessoal

qualificado suficientemente para executar as atividades básicas e fiscalizar eventuais contratos.

Também foi observada uma carência de servidores efetivos nas atividades de TI, que

estão sendo executadas predominantemente de forma terceirizada. Dos 58 funcionários, somente

11 servidores efetivos atuam nesta área. Constatou-se que não há uma rotina adequada de

transferência de conhecimento para servidores, referente a produtos e serviços de TI

terceirizados. Estes fatos acarretam risco considerável de dependência de indivíduos sem vínculo

com a ANTT para a execução de atividades críticas ao negócio da Unidade.

Ressalta-se que tais fragilidades já foram reconhecidas e abordadas no Plano Diretor de

Tecnologia da Informação – PDTI, aprovado pela ANTT em 2010.

Em resposta, a Superintendência de Gestão - SUDEG encaminhou manifestação em

anexo ao Memorando nº 119/SUDEG, de 31/05/2011, no qual justifica que a legislação de

criação da ANTT não contemplou cargos específicos de TI. Dessa forma, para dar cumprimento

à sua missão institucional, a Agência conta com os profissionais terceirizados considerando o

disposto no Decreto nº 2271, de 07/07/97, que trata das contratações de serviços pela

Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, permitindo a execução indireta

de atividades acessórias e dentre essas atividades, a de informática.

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Nesse sentido, a SUDEG também se utiliza da Instrução Normativa nº 02, de 30/04/08,

da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI do MPOG que, por meio do art.

6º, disciplina a contratação de serviços terceirizados, entre eles os serviços relativos à

informática.

A Superintendência informou ainda estar fazendo gestão junto ao MPOG para solicitar o

exercício descentralizado de servidores integrantes do cargo de Analista de Tecnologia da

Informação o que, no entanto, demanda o cumprimento de algumas exigências da SLTI/MPOG,

gestora do Sistema Estruturante de Informação e Informática – SISP, tais como: preenchimento

de plano de metas, autodiagnostico, estratégia geral de tecnologia da informação e indicação da

necessidade de pessoal. Posteriormente, o SISP analisará todas estas informações e, se de acordo

com as informações do órgão solicitante, providenciará o exercício descentralizado do pessoal

para os órgãos.

Entretanto, apesar de providenciar as informações definidas pelo MPOG, conforme

informação obtida naquele órgão, todos os analistas do último concurso já foram distribuídos,

sem previsão de novo concurso. Ou seja, não há pessoal disponível no Ministério.

Por meio do Ofício nº 491/2011/DG de 19/07/11, a ANTT informou que a realização do

novo concurso público permitirá a alocação de pessoal com perfil de TI na Gerência de

Tecnologia de Informação. À época, informou que a definição do quantitativo de vagas

específicas para a área de TI estava condicionada à quantidade de vagas autorizadas para o

concurso.

Do exposto, o estabelecimento de uma área de especialização na área de TI, com a

utilização dos cargos de carreira previstos para a ANTT, saneia a deficiência de uma carreira

específica de TI, mas a implementação desta providência depende da autorização do MPOG para

a realização do novo concurso público. Portanto, destaca-se a importância de um diagnóstico

quanto à necessidade de pessoal na área de TI, o que poderá ser obtido a partir de um estudo

abordando as necessidades da Agência e o quantitativo e o perfil dos servidores suficientes para

o seu atendimento.

Nesse sentido, foi recomendado em 2010 que a Agência apresentasse estudo definindo o

quantitativo e o perfil dos servidores suficientes na área de TI para o atendimento das

necessidades da Agência.

Em resposta a SUDEG encaminhou a Nota Técnica nº 009/2011/GEIMO, de 12/12/11,

com o cenário ideal da área de tecnologia da informação da Agência nas áreas de

Desenvolvimento, Central de Atendimento, Infraestrutura e Gerência. Este cenário contempla 78

servidores, 27 a mais do que o existente atualmente (41 colaboradores), sendo: 16 para

desenvolvimento, 14 para central de atendimento, 14 para infraestrutura e 7 para gerência.

Essa proposta foi baseada na Nota Técnica nº 005/2011/SUDEG, de 13/07/2011, a qua1

solicitava o provimento de 262 cargos efetivos, que dentre esses seriam designados à área de

tecnologia da informação. Entretanto, em fevereiro de 2012, o MP solicitou por correspondência

eletrônica a readequação da proposta da Agência limitando-se em 2012 ao valor de 6,527

milhões e quantitativo máximo de 160 cargos.

O Decreto nº 2.271, de 07/07/97, dispõe:

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“Art. 1º No âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional poderão

ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou

complementares aos assuntos que constituem área de competência legal do órgão ou entidade.

§ 1º As atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática,

copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de prédios, equipamentos e

instalações serão, de preferência, objeto de execução indireta.

§ 2º Não poderão ser objeto de execução indireta as atividades inerentes às categorias

funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou entidade, salvo expressa disposição

legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do

quadro geral de pessoal.”.

Nesse sentido, observa-se que a execução das atividades na área de informática deverão

ser executadas preferencialmente de forma indireta, podendo nesse caso haver a contratação de

prestadores de serviço externo. Portanto, em função da limitação de cargos para o novo concurso

público, entende-se que os colaboradores externos podem ser alocados nas áreas de

desenvolvimento, central de atendimento e infraestrutura, restando a área de gerência e

coordenação aos servidores de carreira da Agência, diminuindo assim a necessidade de

servidores de carreira em nas demais áreas de TI.

Com relação ao número ideal de colaboradores na área de TI, da análise da Nota Técnica

nº 009/2011/GEIMO, de 12/12/11, pode-se entender que os servidores terceirizados são alocados

em postos de trabalho, prática vedada pelo artigo 15, parágrafo 3º da IN nº 04/2010 da

SLTI/MPOG, que dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da

Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e

Informática (SISP) do Poder Executivo Federal, transcrito a seguir.

“Art. 15. A Estratégia da Contratação será elaborada a partir da Análise de Viabilidade da

Contratação e do Plano de Sustentação, contendo no mínimo:

I - indicação, pelo Integrante Técnico, da Solução de Tecnologia da Informação a ser

contratada;

II - definição, pelo Integrante Técnico, das responsabilidades da contratada que não poderá se

eximir do cumprimento integral do contrato mesmo havendo subcontratação;

III - indicação, pela Equipe de Planejamento da Contratação, dos termos contratuais, observado

o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo do estabelecido na Lei nº 8.666, de 1993,

relativos a:

IV - elaboração, pelos Integrantes Administrativo e Técnico, do orçamento detalhado em preços

unitários, fundamentado em pesquisa no mercado, a exemplo de contratações similares, valores

oficiais de referência, pesquisa junto a fornecedores ou tarifas públicas;

V - elaboração, pelo Integrante Requisitante, da estimativa do impacto econômico financeiro no

orçamento do órgão ou entidade, com indicação das fontes de recurso;

VI - elaboração, pela Equipe de Planejamento da Contratação, dos seguintes modelos de

documentos:

VII - definição, pelo Integrante Técnico, dos critérios técnicos de julgamento das propostas para

a fase de Seleção do Fornecedor, observando o seguinte:

...

§ 3º É vedado contratar por postos de trabalho alocados, salvo os casos justificados mediante a

comprovação obrigatória de resultados compatíveis com o posto previamente definido.”.

Pelo exposto, observa-se que apesar da definição de um número ideal de colaboradores,

tanto o Decreto 2.271/97 como a IN nº 04/10 da SLTI ressaltam que as atividades de TI podem

ser contratadas de forma indireta e de acordo com a solução de TI a ser desenvolvida. Portanto,

as vagas para a área de TI decorrentes do novo concurso a ser realizado podem se restringir à

área de gerência, sem necessidade de alocação de servidores de carreira nas demais áreas, exceto

quando se tratar de soluções de TI ou sistemas sensíveis, ou seja, que contenham dados ou

informações estratégicas que não podem ser manipulados por colaboradores externos.

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Nesse sentido, foi recomendado no Relatório Preliminar, que a área responsável, em

observância às disposições dos normativos supracitados, avaliasse a real necessidade de alocar

servidores de carreira na área de TI em conformidade com as soluções de TI inseridas no PETI

da Agência e as futuras demandas, e apresentasse a nova proposta com o quantitativo e perfil dos

servidores de carreira a serem alocados na área de TI, bem como o planejamento das soluções e

dos sistemas de TI a serem mantidos e desenvolvidos em 2012.

Em resposta, a SUDEG encaminhou o Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de

17/07/12, justificando que com relação aos servidores terceirizados serem alocados em postos de

trabalho Nota Técnica nº 009/2011/GEIMO, de 12/12/11 não permite a inferência de alocação de

servidores terceirizados em postos de trabalho. A referência é atinente à prestadores de serviços

externos, alocados a partir de contratações efetuadas sob a égide da IN 04/2010 e demais

normativos legais, reservando para servidores da Agência as funções de coordenação e

gerenciamento dos respectivos contratos.

Quanto as vagas para a área de TI decorrentes do novo concurso a ser realizado se

restringirem à área de gerência, a SUDEG informou que as contratações de execução das

atividades na área de informática celebradas no final do ano de 2011 entre a GETIN e as

empresas fornecedoras de soluções de TI para as áreas de Atendimento a Usuários – CAU e

Infraestrutura de TI, previstas nos Contratos Administrativos nº 076/2011 e 059/2011, foram

formuladas como prestação de serviços com execução indireta das atividades, conforme Decreto

nº 2.271 de 07/07/97, não contratando mais soluções de TI por postos de trabalho alocados.

Dessa forma, os contratos de TI estão adequados ao Artigo 15, Parágrafo 3º da IN nº 04/2010 da

SLTI/MPOG, que veda a prática contratação de servidores terceirizados para alocação em postos

de trabalho.

Após a adoção da nova forma de contratação, a distribuição do quantitativo e do perfil

necessário dos servidores para a área de TI na GETIN, visando o atendimento dos objetivos da

Agência, é a seguinte: 27 servidores do quadro de pessoal da ANTT, sendo 8 para

desenvolvimento no papel de Analistas de Requisitos, visando reter o conhecimento do negócio

da Agência; 3 para central de atendimento, para exercerem o papel de Gestores de Serviços; 7

para Infraestrutura de TI, no papel de Administradores de Segurança da Informação e Gestores

de Serviços; e 9 para Gerência.

Destarte, para o acompanhamento da estruturação da área de TI da Agência, solicita-se

que a área responsável apresente quando da elaboração do Plano de Providências Permanente

2012 as providências adotadas e os respectivos resultados.

2.1.1.3. Informação

QUANTITATIVO DE PESSOAL DE CARGO EFETIVO NA ANTT

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010, foi constatado que a Agência dispunha de

1.073 servidores ocupantes de cargo efetivo (situação em 31/12/2010). Considerando que 43

servidores estavam cedidos ou em licença, tinha-se um quadro de 1.030 servidores efetivos em

exercício na ANTT.

Ressalta-se que o número de servidores cedidos ou em licença pretende indicar o número

de servidores que tenham provocado a redução da força de trabalho da Unidade, e portanto não

contempla o dado relativo aos servidores removidos, em referência ao número de remoções no

âmbito do mesmo quadro, ou seja, sem afastamento das atividades da Agência.

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Com relação aos cargos do quadro de pessoal efetivo, a Lei nº 10.871/2004, que criou as

carreiras das Agências Reguladoras, previu para a ANTT 1.705 vagas distribuídas entre os

cargos de Especialista e Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres e Analista

e Técnico Administrativo, que, desde o início das atividades da Autarquia, em 2002, foram

providos mediante a realização de 2 (dois) concursos públicos, sendo o primeiro em 2005 e o

segundo em 2008. O Quadro X a seguir demonstra a situação da ocupação dos cargos do quadro

de pessoal efetivo, em 31/12/2011.

Quadro X - Situação de Recursos Humanos da ANTT no final do exercício de 2011

Fonte: Relatório de Gestão da ANTT

Além disso, deve-se considerar as situações que reduzem a força de trabalho efetiva

como cessão de servidores, afastamentos, remoção, licença remunerada e não-remunerada, entre

outros, que chegam a 94 servidores em 2011.

Por isso, considerando as situações de redução da força de trabalho e o quadro acima,

observa-se que o percentual de ocupação dos cargos do quadro de pessoal efetivo previsto é

baixo (aproximadamente 56% = 960/1705), em que pese terem sido realizados dois concursos

que juntos contemplaram 1.151 vagas. A ANTT justifica que tem se deparado com um número

considerável de egressos de servidores do seu quadro (38 egressos contra 8 ingressos em 2011).

A Agência ressalta que tal fato vem comprometendo fortemente o alcance das metas

institucionais, notadamente com relação às atividades de fiscalização e regulação, além das

recentes atribuições a ela conferidas, a exemplo do Trem de Alta Velocidade - TAV.

Visando suprir a carência de servidores, a ANTT atuou junto ao Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG a fim de obter autorização para realização do 3º

concurso público desde 2010, por meio objeto das solicitações efetuadas nos Ofícios nºs

91/2010/DG – 28/01/2010 (380 Vagas – Pedido Inicial), 1308/DG/2010 – 19/11/2010 (794

Vagas – Ampliação). No entanto, não houve manifestação do MP.

Em 2011, a ANTT reiterou o pedido ao MP, por meio do Ofício nº 479/2011/DG de

13/07/2011, o qual encaminhou a Nota Técnica nº 005/2011-SUDEG, de 13/07/2011, em que

solicita a ampliação do quantitativo de cargos previstos na Lei nº 10.871/2004, de 1.705 para

1.967.

Além disso, foram encaminhados ao MP os Ofícios nºs 539 e 561/2011/DG, de 05 e

10/08/2011, propondo a alteração na legislação com a finalidade de criação de 161 cargos em

comissão e 262 efetivos.

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Destarte, à época, foi solicitado que a Unidade apresentasse um estudo que justificasse a

necessidade de pessoal da Agência, contemplando o número e os tipos de cargo detalhados por

Superintendência, Gerência ou Unidade Regional.

Em resposta, a SUDEG elaborou a Nota Técnica nº 005/2011/SUDEG/ANTT, de

13/07/11, estabelecendo a necessidade de cargos efetivos, por tipo (especialista, analista e

técnico). Entretanto, o detalhamento da distribuição seria efetuado em relatório específico.

Posteriormente, a SUDEG informou, em 15/12/11, que por intermédio do Memorando nº

477/2011, de 30/11/2011, foi expedido o Memorando - Circular nº 15/2011/DG, de 23/11/2011,

solicitando às Unidades Organizacionais da Agência que apontassem as reais necessidades de

pessoal e descrevessem o perfil desejado por tipo de cargo.

Em fevereiro de 2012, o MPOG solicitou por correspondência eletrônica a readequação

da proposta da Agência limitando-se em 2012 ao valor de 6,527 milhões e quantitativo máximo

de 160 cargos. Para isso, seria necessário informações complementares, como: nota técnica da

área competente, parecer da área jurídica e impacto orçamentário.

Do exposto, no Relatório Preliminar de auditoria foi solicitado da Agência o estudo com

a distribuição por tipo (especialista, analista e técnico) e por área (Superintendência, Gerência e

Unidade Regional), do quantitativo atual de servidores, do previsto na Nota Técnica

005/2011/SUDEG (262 servidores), e do a ser preenchido com o novo concurso (160); e a

justificativa da divergência de informações entre o Relatório de Gestão, que informa que em

2011 a Agência teve 891 cargos ocupados, mas o Quadro III apresenta lotação efetiva de 1054

servidores de carreira vinculados ao órgão. Caso seja considerado o número de afastamentos

(94), a lotação real por servidores efetivos é de 960.

Em resposta, a SUDEG encaminhou o Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de

17/07/12, apresentando a lotação efetiva e correta dos servidores da Agência, conforme Quadro

XI a seguir. Apesar disso, não foi apresentada a justificativa da divergência de informações entre

o Relatório de Gestão.

Posição em 12/7/2012 dos cargos criados para a ANTT pela Lei nº 10.871, de 20/05/12

CARGO PREVISTO OCUPADO

Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres 590 201

Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Terrestres 860 536

Analista Administrativo 105 41

Técnico Administrativo 150 100

TOTAL 1705 878

Quadro XI - Situação de Recursos Humanos da ANTT no final do exercício de 2011

Fonte: Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de 17/07/12.

Além disso, com relação ao estudo da a distribuição dos servidores da Agência, a

SUDEG/GEPES informou que está elaborando o estudo, e que será encaminhado tão logo esteja

concluído. Portanto, solicita-se que a área responsável apresente quando da elaboração do Plano

de Providências Permanente 2012 as providências adotadas e os respectivos resultados.

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2.2. Subárea - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

2.2.1. Assunto - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS

2.2.1.1. Informação

CESSÕES DE SERVIDORES SEM O DEVIDO ENQUADRAMENTO EM LEI ESPECÍFICA

OU SEM FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010 foi constatado que dos 38 servidores cedidos

20 tiveram as respectivas cessões concedidas sem o devido enquadramento em lei específica ou

sem fundamentação adequada, distribuídas da seguinte forma: 3 servidores à Procuradoria

Regional do Trabalho da 1ª Região, unidade do Ministério Público do Trabalho - MPU, 7

servidores à Defensoria Pública da União – DPU, e 10 servidores à Advocacia Geral da União -

AGU.

O art. 93 da Lei 8112/90 dispõe que o servidor poderá ser cedido para ter exercício em

outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos

Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão ou função de

confiança; II - em casos previstos em leis específicas.

Nas cessões ao MPU do Trabalho, a cessão foi enquadrada na hipótese prevista no inciso

II do art. 93 da Lei 8112/90. A Lei Complementar nº 75 de 20/05/1993 dispõe sobre a

organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União - MPU, e o seu inciso III

do art. 8º dispõe que:

“Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, nos

procedimentos de sua competência:

(...)

III - requisitar da Administração Pública serviços temporários de seus servidores e meios

materiais necessários para a realização de atividades específicas”. (grifo nosso)

Observa-se que a LC nº 75/93 prevê a possibilidade de cessão temporária de servidores

ao MPU para a realização de atividades específicas. Entretanto, no Ofício de requisição nº

SEC/PRT-1ª/393/2005 de 16/08/2005, bem como nos ofícios posteriores de requisição da

prorrogação da cessão, não foram estabelecidas as atividades específicas que seriam

desenvolvidas pelo servidor. O pleito da Procuradoria justifica que a cessão visa a suprir a

carência de servidores para a execução de tarefas administrativas, não previamente delimitadas.

Não havendo uma especificação das atividades, entendeu-se que o motivo da cessão não

lhe atribui o caráter temporário, uma vez que a carência de servidores no MPU dificilmente será

plenamente sanada. Diante disso, como também do fato de que o ônus do servidor é de

responsabilidade do órgão cedente, a cessão se mostra desvantajosa para a ANTT.

As cessões à DPU e à AGU também foram fundamentadas no inc. II do art. 93 da Lei nº

8112/90 (lei específica), sem exercício de cargo em comissão ou função de confiança nestes

órgãos. Para a DPU, a cessão está amparada nas hipóteses previstas no § único do art. 4º da Lei

nº 9020/95 e no art. 5º da Lei nº 8.682/93, que preveem a possibilidade de requisição de

servidores até a constituição do quadro de pessoal destes órgãos.

Deve-se ressaltar que a Agência tem, de forma positiva, atuado para evitar cessões não

adequadamente fundamentadas, haja vista a ocorrência de recusas de requisições do MPU e da

DPU, por falta de esclarecimentos sobre as atividades a serem desenvolvidas no órgão

requisitante, por falta de adequação da atividade a ser desenvolvida com o cargo do servidor

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requisitado, ou ainda em razão de ser a requisição nominal a determinado servidor, sem deixar a

cargo do cedente a escolha entre os servidores que atendam ao perfil desejado.

À época, a CGU manifestou inteira concordância com o entendimento demonstrado pela

ANTT, em uma das recusas, de que apesar do caráter irrecusável da requisição, este instituto

deve ser utilizado de forma razoável para evitar embaraços aos serviços prestados pelas

entidades cedentes. Assim, o órgão requisitante, ao utilizar-se desta prerrogativa, deve observar o

caráter temporário, por prazo certo e sem identificação nominal de servidores, de modo que o

instituto da requisição seja utilizado tão somente pelo tempo necessário ao atendimento do

interesse público específico e pontual motivador da requisição, deixando de servir como forma

de preenchimento permanente dos quadros funcionais de órgãos requisitantes, cujos cargos

devem ser providos por meio de concurso público.

Cabe ainda destacar que a carência de servidores é um problema existente não somente

naquela unidade do Ministério Público, mas em diversos órgãos da administração pública,

inclusive na ANTT.

Diante disso, entendeu-se que a cessão do servidor de matrícula SIAPE nº 0843962 ao

MPU não se enquadrou nas hipóteses previstas na legislação, situação que também pode ter

ocorrido nos outros casos relatados de cessão ao MPU, DPU e AGU, solicitando-se que a ANTT

avaliasse a possibilidade de revogação junto ao Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil –

SIPEC, que exerce a competência normativa em matéria de pessoal civil no âmbito da

administração federal direta, das autarquias, incluídas as de regime especial, e das fundações.

Por meio do Ofício nº 491/2011/DG de 19/07/11, a SUDEG manifestou que as cessões

seguiram a Lei nº 4.050 de 12/12/01 e as orientações da Secretaria de Recursos Humanos –

SRH/MP, Órgão Central do SIPEC, emanadas na Nota Técnica nº

66/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP, de 15/02/11.

A Nota Técnica nº 66/2011 do Órgão Central do SIPEC trouxe o entendimento de que,

embora as requisições estejam definidas como irrecusáveis nas legislações específicas, é dever

do órgão cedente valorar o pleito quanto à sua conveniência e oportunidade, em face da situação

do próprio quadro de pessoal e das atividades finalísticas de cada um, sob pena de

comprometimento do serviço público prestado. Nesse sentido, na análise dos processos de

cessão, cabe aplicar orientações similares às emanadas pelo TCU no Acórdão nº 199/2011 –

Plenário aos Tribunais Eleitorais, das quais podem destacadas:

“9.1.2. façam constar dos processos de requisição de pessoal justificativa acerca das necessidades

enfrentadas pelo cartório eleitoral, bem como a relação entre as atividades desenvolvidas pelo servidor

no órgão de origem e aquelas a serem desempenhadas no serviço eleitoral, assim como o período

necessário para realizar a atividade, caso ainda não o façam;

9.1.3. adotem medidas no sentido de que as requisições de servidores para atuarem nos cartórios eleitorais

e nas secretarias dos Tribunais Regionais Eleitorais sejam feitas em caráter temporário, com prazo

previamente determinado e sem identificação nominal do servidor, em observância aos princípios

constitucionais da impessoalidade e da moralidade, deixando a cargo do órgão ou entidade cedente a

escolha, entre aqueles que atendam os requisitos para o desempenho das atividades pretendidas pelo

requisitante, do servidor a ser cedido à Justiça Eleitoral”(grifos nossos).

Concluiu que, com base nos pronunciamentos do TCU e da SRH, a Agência não está

obrigada a reconhecer como irrecusável as requisições do MPU e da DPU elencadas pela CGU, e

que há possibilidade de avaliar, caso a caso, as requisições fundamentadas pelo inc. II do art. 93

da Lei nº 8112/90, visando solicitar ao Órgão Central do SIPEC as revogações, conforme

recomendado.

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Portanto, foi recomendado que a Agência providenciasse a revogação da cessão do

servidor a o MPU considerando que: não encontrava o devido amparo na situação prevista no

inciso III do art. 8º da LC nº 75/93; não foram definidas as atividades específicas que

justificariam o seu caráter temporário; não consideraram as orientações do Órgão Central do

SIPEC; não foi estabelecida a relação entre o perfil e as atividades desempenhadas pelo servidor

requisitado nos órgãos de origem e de destino; não foi estabelecido o período de realização das

atividades; e houve identificação nominal do servidor requisitado, sem deixar a escolha a cargo

do órgão cedente.

Além disso, para os outros casos de cessão ao MPU, DPU e AGU, foi recomendado que a

Agência avaliasse cada processo com vistas a verificar o adequado enquadramento na legislação

específica e nas orientações do Órgão Central do SIPEC.

Em resposta, a SUDEG por meio do Ofício nº 684/ANTT, de 16/09/2011, solicitou ao

MPU o retorno dos 3 (três) servidores que foram cedidos, mas não se encontravam adequados à

situação da lei específica daquele órgão. Ainda, por meio dos Ofícios nºs 683 e 685/ANTT, de

16/09/2011, foi solicitado o retorno de 8 (oito) servidores à DPU e 12 à AGU, respectivamente.

Tendo em vista o não atendimento por parte dos órgãos cessionários ao pedido de retorno

de seus servidores, a ANTT reiterou os pedidos ao MPU do Trabalho, AGU e DPU, por meio

dos Ofícios nº 896, 897 e 898/ANTT, de 30/11/2011.

Em 04/10/11, o Ministério Público Federal requisitou cópia integral do relatório de

auditoria da CGU do qual constava a recomendação relativamente às cessões. Posteriormente,

por meio da Procuradoria-Geral do Trabalho, solicitou a reconsideração por parte desta Agência

quanto ao retorno de 2 servidores. Em 02/12/2012, o Sr. Procurador-Geral da República se

reportou ao Ofício nº 684/ANTT e prorrogou a cessão de um dos servidores até 13/04/2012.

O MPF além de não providenciar o retorno dos servidores, por meio da Procuradoria da

República no Estado de Minas Gerais, requisitou à Agência, em 07/02/2012, em razão da

instauração de Inquérito Civil Público, a relação nominal de todos os servidores e funcionários

que se encontram cedidos a outros órgãos públicos, por motivo de requisição ou cessão, ou

licenciados, bem assim, a denominação da Instituição onde se encontram lotados. E ainda,

solicitou as cópias dos ofícios que foram emitidos pela ANTT a esses órgãos, por meio dos quais

esta Agência pediu o retorno imediato desses servidores.

A DPU, por meio do Ofício nº 72/2012, de 26/04/2012, esclareceu que as requisições

feitas a órgãos e entidades da Administração Pública obedecem aos princípios constitucionais e

às leis, e que a cessão dos 8 servidores em questão possui prazo certo e caráter temporário (até

90 dias após constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da DPU), nos moldes do

artigo 4º, parágrafo único, da Lei 9.020/95, transcrito a seguir:

“Art. 4º ...

Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e cessará até noventa dias

após a constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da Defensoria Pública da

União.”.

A DPU esclareceu que a constituição do quadro próprio de apoio está na pauta de

discussão do Ministério da Justiça e a sua criação possibilitará o retorno dos servidores às suas

atividades na ANTT. Referente à solicitação efetuada à AGU foi constatado que até 26/04/2012

não houve manifestação por parte daquele Órgão.

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Conforme a Nota Técnica nº 02/2012/SUDEG, de 26/04/2012, o número de servidores

cedidos com fulcro no inciso II, do art. 93 da Lei 8.112/90 chega a 24 (vinte e quatro), sendo 14

(quatorze) à AGU, 8 (oito) à DPU e 2 (dois) ao MPU.

A referida Nota, mais uma vez esclarece a posição da SEGEP/MP, qual seja: embora ao

ato de requisição seja atribuído o caráter de irrecusabilidade, este instituto deve ser utilizado de

forma razoável objetivando evitar embaraços aos serviços prestados pelas entidades cedentes. E

ainda, que ao utilizar-se desta prerrogativa, o órgão requisitante deverá observar o caráter

temporário, por prazo certo e sem identificação nominal de servidores.

Tal posicionamento se contrapõe à solicitação e requisição de um servidor específico da

Agência, pelo MPU, pois trata-se de um ato de requisição nominal, e não relacionada ao

exercício de cargo de Direção e Assessoramento Superior (inciso I, art. 93, da Lei 8.112/90).

Essa situação corresponde a um ato desarrazoado, o que macula o princípio da razoabilidade.

Ainda conforme a citada Nota, cabe ressaltar que existem requisições de servidores, com

fulcro no inciso II, do art. 93 da Lei 8.112/90 que perduram mais de 10 anos, ou seja, mais uma

vez resta comprovada a desarrazoabilidade, uma vez que esse tipo de situação não se adequa ao

caráter temporário e por prazo certo.

Por fim, a Diretoria-Geral da ANTT aprovou o envio dos autos dos processos de cessão

em questão à SEGEP/MP, para a elaboração de parecer conclusivo quanto à validade e

legalidade dos atos de requisição dos servidores da Agência, bem como orientação acerca da

alternativa para reaver os referidos servidores.

Do exposto, foi solicitado no Relatório Preliminar de auditoria que a Agência

apresentasse em meio digital, o Ofício de encaminhamento à SEGEP/MP dos autos do processo

e seus anexos e a resposta da Secretaria ao questionamento da Agência (parecer e alternativa),

bem como, com base nas respostas do MPU e DPU e da SEGEP/MP, o posicionamento (parecer)

da PGR junto à ANTT quanto à validade, razoabilidade e legalidade dos atos de requisição em

questão, e, ainda, o quadro atualizado de servidores requisitados indicando nome, matrícula

SIAPE, cargo/função, ato de requisição com a data, órgão de destino, ônus da cessão (cedente ou

cessionário) e dispositivo legal de tipificação da cessão.

Em resposta, a SUDEG encaminhou o Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de

17/07/12, informando o seguinte:

“A SUDEG elaborou a Nota Técnica nº. 02/2012, constante do processo nº. 50500.047947/2012-

63. Posteriormente o Diretor-Geral, em exercício, por meio de despacho procedeu

encaminhamento dos referidos autos ao Ministério dos Transportes, na condição de Órgão

Setorial a que se reporta a ANTT, para que fosse remetido à Secretaria de Gestão Pública do

Ministério do Planejamento – SEGEP/MP, com a solicitação de parecer conclusivo quanto à

legalidade e validade dos Atos de Requisição dos servidores desta Agência, bem como, de

orientação acerca de alternativa adequada para reaver os referidos servidores para ter exercício

nesta Agência. Desse modo, resta desnecessária a manifestação da PRG sobre o tema.

Até o momento, a Agência ainda não obteve resposta por parte do Ministério dos Transportes ou

do Ministério do Planejamento, acerca da solicitação constante na referida Nota Técnica.

Segue também, anexo, quadro atualizado dos servidores requisitados por outros órgãos a

Agência, com as respectivas informações solicitadas.”.

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Do solicitado à Agência, somente não foi encaminhado o Ofício de encaminhamento dos

autos do processo e seus anexos à SEGEP/MP. Nesse caso, é necessário esse encaminhamento à

CGU para que seja feita gestão junto ao MP, bem como junto ao Ministério da Justiça, para os

casos de cessão à DPU.

Ressalta-se o posicionamento da Nota Técnica nº 02/2012/SUDEG, de 26/04/2012, onde

47 servidores encontram-se disponibilizados pela Agência, donde 24 desses servidores, ou seja,

51%, encontram-se em exercício no MPU, AGU e DPU. E ainda, segundo a relação de

servidores da ANTT requisitados por outros órgãos, dos 24 servidores em exercício no MPU,

AGU e DPU, 19 não tem função gratificada, nem definição de atividade específica.

Destarte, para o acompanhamento do processo de retorno dos servidores cedidos solicita-

se que a área responsável apresente quando da elaboração do Plano de Providências Permanente

2012 as providências adotadas e os respectivos resultados.

3. GESTÃO DA POLÍTICA DE TRANSPORTES

3.1. Subárea - GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA

3.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

3.1.1.1. Informação

REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS

Na auditoria de Acompanhamento da Gestão 2008, foi constatada a inexistência de

aferição da satisfação dos usuários com os serviços prestados pelas concessionárias de rodovias e

ferrovias e permissionárias de transporte rodoviário de passageiros, exigência esta, descrita no

Regimento Interno, como competência específica de cada Superintendência responsável pela

fiscalização dos modais.

Em função dos diferentes serviços sob regulação da Agência e a conveniência de se ter

uma metodologia uniforme, além da economia de escala no desenvolvimento da pesquisa, a

ANTT mudou a competência de cada superintendência e informou que buscaria realizar pesquisa

de forma unificada, como foi a Pesquisa de Satisfação do Usuário, realizada em 2005 (último

ano da pesquisa de satisfação do usuário).

Em fevereiro de 2009, buscando instituir mecanismos para realização da nova pesquisa, a

Agência publicou a Portaria nº 062/09, que constituiu grupo de Trabalho da Pesquisa de

Satisfação dos Usuários de Transportes Terrestres, para elaboração de um termo de referência

com a metodologia de pesquisa nacional de satisfação dos usuários dos serviços de transportes

terrestres regulados pela ANTT, visando a contratação de empresa para elaboração da pesquisa.

O Termo de Referência elaborado em julho de 2009 teve como objetivo geral o

planejamento metodológico e teste piloto de uma Pesquisa de Satisfação de Usuários de Serviços

de Transporte Terrestres, em âmbito nacional, cobrindo as diferentes áreas de atuação da ANTT,

a saber: usuários de rodovias e ferrovias concedidas e usuários de autorizatárias especiais e de

permissionárias nacionais e internacionais de ônibus.

Por meio da Deliberação nº 206/09, de 18/08/09, o tema foi incluído no Planejamento

Estratégico da ANTT como um Projeto Estruturante, liderado pela Superintendência de Marcos

Regulatórios - SUREG e com a participação das unidades envolvidas da ANTT. O Projeto foi

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dividido em três etapas: contratação, aplicação da pesquisa e validação. O prazo final para

divulgação de o edital e validação da pesquisa foi 31/12/09 e 31/12/10, respectivamente.

Em 2010, na auditoria de Avaliação da Gestão 2009, constatou-se que os prazos definidos

foram descumpridos. Na oportunidade, foi recomendado que a Agência desse celeridade ao

processo visando atender o cronograma definido, ou seja, a validação, até o final de 2010. Cabe

destacar que a última pesquisa de satisfação do usuário foi realizada em 2005 e que a

necessidade de uma nova pesquisa foi apontada pela CGU nos Relatórios de Acompanhamento

da Gestão 2008 da SUINF, SUCAR e SUPAS, em março de 2009.

Em julho de 2010 a SUREG informou que as causas do atraso no processo de contratação

da pesquisa decorreram da sujeição às normas internacionais de licitação, às especificidades da

condução da matéria junto ao agente financiador (Banco Mundial), tais como a necessidade de se

obter maior número de propostas quando do processo licitatório, às solicitações de modificações

no Termo de Referência que careceu de sensíveis ajustes, como o de separar a aplicação da

Pesquisa em duas fases: contratação da metodologia e efetiva aplicação, uma vez que o modelo

proposto pela ANTT envolvia a contratação da metodologia e a aplicação na mesma contratação.

A licitação foi concluída em janeiro de 2011. Foram estabelecidos novos prazos, com a

validação da pesquisa, segundo o cronograma, tendo encerramento previsto para 17/10/2012. Em

25/04/11, foi expedida a ordem de serviço nº 002/2011/SUREG/ANTT que comunica e torna

obrigatória a execução do referido contrato. O trabalho está dividido em duas fases: a primeira

compreende a realização de pesquisa qualitativa; o desenvolvimento de metodologia da pesquisa

quantitativa; a aplicação da pesquisa piloto e a elaboração de um edital e um contrato para

licitação da pesquisa nacional. A segunda compreende o acompanhamento da pesquisa nacional

e a revisão da metodologia, do edital e do contrato a partir da experiência da pesquisa nacional.

Em suma, a inexistência de aferição da satisfação dos usuários com os serviços prestados

pelas concessionárias de rodovias e ferrovias e permissionárias de transporte rodoviário de

passageiros foi constatada em 2008, mas desde 2006 não havia sido realizada uma nova

pesquisa, uma vez que a última pesquisa realizada foi em 2005. A Agência começou a adotar as

providências para a contratação em fevereiro de 2009, mas somente em fevereiro de 2011 é que

foi assinado o contrato para a elaboração da metodologia.

Pelo exposto, foi solicitado à ANTT que os produtos resultantes da execução do Contrato

nº 006/2011 fossem encaminhados à CGU, bem como sua execução seja informada no Plano de

Providências Permanente 2011. Também foi solicitado o planejamento da realização da pesquisa

de satisfação dos usuários com os serviços regulados pela Agência para os próximos anos,

indicando a periodicidade da sua realização (se de ano em ano, de dois em dois anos, etc.), quais

medidas a serem adotadas para a sua realização no prazo e na periodicidade indicada, se existe o

planejamento de elaboração de um indicador de desempenho com base nos resultados, entre

outras informações que julgue importante, uma vez o processo da pesquisa em questão vai ser

realizado em mais de 3 anos, com obtenção dos resultados em 2012 (7 anos após a última

pesquisa).

Por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a SUREG informou que quanto ao

planejamento das pesquisas para os próximos anos, depende da proposta metodológica que

deverá ser apresentada ao final do contrato 006/2011, conforme proposto na quinta etapa, na qual

a metodologia, o Termo de Referência e Edital deverão ser analisados e revisados, com base na

experiência do acompanhamento da pesquisa de satisfação, resultando em um Manual para

Aplicação de Pesquisa de Satisfação dos Usuários de Transportes Terrestres, considerando que

este tipo de avaliação realizada pela ANTT será contínua, com periodicidade a ser estabelecida

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ao final desta pesquisa. Como esta etapa tem previsão de conclusão em outubro de 2011,

somente após a apresentação deste produto poderá ser realizada a avaliação da periodicidade da

pesquisa.

Em 15/12/2011, a SUREG informou que paralelamente, devido ao atraso em relação ao

cronograma inicial estabelecido no Termo de Referência, estava sendo elaborado, com o

Consórcio, novo calendário de atividades, de forma que haja o menor impacto temporal possível

na conclusão dos trabalhos.

Por fim, a SUREG encaminhou o Memorando nº 052/2012/SUREG, de 17/04/2012,

informando que os produtos de 1 a 3 estão aprovados. Na oportunidade, foram encaminhados em

meio digital os produtos de 1 a 4.

Ainda neste memorando, foi informado que com o produto 4 (Entrega e aprovação do

Relatório com o resultado da elaboração das especificações, orçamento e minuta de edital para

contratação de empresa especializada na aplicação da pesquisa de campo) a próxima etapa

consiste na contratação de empresa especializada para aplicação da pesquisa de satisfação

nacional no valor estimado de 10 milhões, valor este indisponível uma vez que não há nenhum

contrato de empréstimo vigente com o Banco Mundial para a liberação de recursos a serem

utilizados em projetos em geral. Esse contrato só deverá ser assinado em 2013, por isso a ANTT

vislumbrou a possibilidade de utilizar recursos do seu orçamento, mas também sem

disponibilidade.

O produto 5 consiste no Manual para aplicação da pesquisa de satisfação dos usuários de

transportes terrestres, contendo os resultados do acompanhamento da pesquisa de campo

nacional e a revisão da metodologia, do edital e do termo de referência após esse

acompanhamento (relatório final), e o produto 6 é o Relatório resumido de todas as etapas de

desenvolvimento do objeto para o público não técnico (relatório executivo).

Quanto à execução do contrato, observou-se que o produto 1 (Relatório contendo

resultado do levantamento das experiências internacionais em pesquisa de satisfação de usuários

e da realização da Pesquisa Qualitativa) foi entregue e aceito em 18/07/2011, com atraso de

praticamente 1 mês (prazo previsto era 20/06/11). O mesmo ocorreu com o produto 2 porque a

ANTT solicitou adequações, como a necessidade de reformulação dos questionários a serem

testados na pesquisa-piloto. Esse produto 2 foi aprovado em 01/11/2011, com atraso de mais 3

meses (prazo previsto era 20/07/11).

Com relação ao cronograma, observou-se que o atraso deste cronograma prejudica tanto a

execução do contrato como o planejamento da pesquisa para os próximos anos, e mais

importante, a aferição da satisfação do usuário, que indica a prestação adequada do serviço,

princípio este descrito no artigo 6º da Lei 8.987/95.

Com relação ao produto 5, observa-se que depende da contratação da empresa para

aplicação da pesquisa de satisfação dos usuários de transportes terrestres, o mesmo ocorrendo

com o produto 6, e por isso a execução do contrato nº 006/2011 está parada.

Diante da falta de planejamento por parte da SUREG e da DG da Agência na viabilização

dos recursos para a contratação de empresa para realização da pesquisa de satisfação dos

usuários de transportes terrestres, a Agência encaminhou o Memorando nº

107/2012/SUREG/ANTT, de 16/07/12, informando:

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“... a atual situação do acordo que rege a matéria, qual seja, contrato nº 006/2011. Para

tanto, segue quadro informativo com um resumo do status em que se encontra cada um dos

produtos contratados.

Produto Conteúdo

Atividades do

Termo de

Referência

Situação

1 Levantamento de Experiências Internacionais e Pesquisa

Qualitativa 7.1.1 e 7.1.2

Produto entregue,

aprovado e pago.

2 Desenvolvimento da Metodologia de Pesquisa Quantitativa 7.1.3 Produto entregue,

aprovado e pago.

3 Validação da Metodologia de Pesquisa Quantitativa por

meio da aplicação da pesquisa piloto 7.1.4

Produto entregue,

aprovado e pago.

4

Elaboração do Termo de Referência e minuta de edital para

contratação de empresa especializada na aplicação da

pesquisa de campo

7.1.5 Produto entregue,

aprovado e pago.

5 Manual para Aplicação de Pesquisa de Satisfação 7.1.6 e 7.1.7 Produto pendente

6 Relatório Executivo: relatório resumido de todas as etapas

de desenvolvimento do objeto para o público não técnico. 7.1.8 Produto pendente

Em tendo sido reproduzidas as situações em que se encontram os produtos contratados

por esta Agência, cumpre informar que o atraso no cumprimento do cronograma estabelecido

pelo Termo de Referência anexo ao Contrato nº 006/2011 ocorreu, primordialmente, porque as

áreas técnicas da ANTT interessadas na realização da pesquisa fizeram comentários e sugestões

acerca das minutas dos relatórios apresentadas pela empresa contratada, contribuições estas

que, por si só, demandaram dilação de prazo para entrega das versões finais ajustadas.

Ressalte-se, por oportuno, que eventuais solicitações de alteração nos produtos

encontram respaldo na cláusula 13.2 do referido Termo de Referência, segundo a qual a ANTT

poderia estabelecer prazo para que o Consórcio realize adequações nos relatórios entregues.

Em conformidade com a cláusula 7.1.6.1 do contrato (... deverá apresentar como

ocorrerá o acompanhamento do processo de coleta de dados e análise dos resultados de uma

pesquisa de satisfação nacional a ser realizada por empresa contratada especificamente para

esse fim), restou estabelecido que o referido consórcio supervisionará a aplicação da Pesquisa

em âmbito nacional, a qual será realizada por outra empresa especializada, a ser contratada

pela ANTT. Portanto, as etapas referentes aos Produtos 5 e 6, bem como o ajuste no cronograma

dessas entregas, dependem de tal contratação.

Em abril de 2012, foi entregue o produto 4, que compreende o Termo de Referência e

Minuta de Edital para contratação de empresa especializada na aplicação da Pesquisa de

Campo, em cuja proposta está expressamente consignado que “as diversas atividades associadas

à execução da Pesquisa de Satisfação dos usuários de serviços de regulados pela ANTT serão

monitoradas por representantes da ANTT e do consórcio Transplan – Futura, contratado pela

ANTT para esta finalidade.”

Ato contínuo, o Superintendente de Marcos Regulatórios encaminhou ao Diretor-Geral

da ANTT o Memorando nº 052/2012/SUREG, por meio do qual solicitou apoio e intervenção no

sentido de viabilizar recursos orçamentários para a contratação da pesquisa em âmbito

nacional.

Após tal solicitação, em 1º de junho de 2012 foi confirmada a disponibilidade

orçamentária de R$ 10.977.122,67 (dez milhões, novecentos e setenta e sete mil, cento e vinte e

dois reais e sessenta e sete centavos) com natureza de despesa nº 339039-05, para a contratação,

por meio de licitação, de empresa para a aplicação da pesquisa. Esse valor foi estabelecido

como parâmetro, por meio da média dos valores obtidos em orçamentos realizados.

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Tendo em vista o fato de já haver a confirmação da dotação orçamentária, bem como

Minuta de Edital, está sendo providenciado ajuste no Termo de Referência, mais especificamente

em planilha de composição de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), para que o mesmo esteja

de acordo com as especificações do Tribunal de Contas da União - TCU e assim, em um próximo

passo, após a apreciação do processo pela Procuradoria Geral desta Casa, seja deflagrado o

processo de licitação em comento.

Importante ressaltar que a metodologia da pesquisa resta definida e testada por meio da

aplicação de um piloto. Dessa forma, sempre que houver necessidade de aplicação de uma nova

pesquisa, não será mais necessária a contratação de seu desenvolvimento, mas, tão somente, sua

aplicação. Registre-se, ainda, que a periodicidade de aplicação da mesma será definida por

ato da Diretoria da ANTT, após a realização da primeira pesquisa e apuração de seus

resultados.

A periodicidade deverá levar em consideração fatores importantes, incluindo o próprio

resultado da pesquisa e poderá estabelecer períodos diferentes para cada modal. No caso do

transporte de passageiros, entretanto, os dados resultantes da pesquisa serão utilizados para

alimentar sistema de avaliação de desempenho com o objetivo de monitorar a qualidade da

prestação do serviço das empresas que compõem o Propass - Projeto da Rede Nacional de

Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros – e, portanto, deverão

observar essa necessidade.

Por todo o exposto, as medidas adotas pela Agência concorrem para a solução do

problema constatado, em que pese o atraso no cronograma prejudica a mensuração dos serviços

prestados pelas concessionárias e permissionárias. Ressalta-se que o cronograma inicial previu a

validação da pesquisa em 17/10/12, entretanto, devido ao atraso mencionado, a pesquisa será

validada em 2013.

E ainda, ressalta-se que a pesquisa de satisfação dos usuários é uma competência

regimental da Agência, foi objeto de apontamento pela CGU em 2008 e desde 2009 já fazia parte

do planejamento estratégico da Agência como Projeto Estruturante, além de ser ferramenta

indispensável e essencial para aferição da prestação adequada do serviço público sob

responsabilidade da Agência.

Destarte, é necessário que a área responsável apresente, quando da elaboração do Plano

de Providências Permanente 2012, a execução do processo como um todo (execução do contrato

nº 006/2011 e do contrato a ser firmado para a aplicação da pesquisa de campo).

3.2. Subárea - ELABORAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE INDICADORES

3.2.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

3.2.1.1. Informação

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO

A falta de indicadores de desempenho foi identificada na Auditoria de Avaliação da

Gestão 2007 da ANTT, e à época foi recomendado à Agência que desse prosseguimento ao

projeto Governança em Foco – projeto o qual buscava o desenvolvimento desses indicadores -

visando atingir o objetivo de desenvolvê-los ainda no exercício de 2008.

Em abril de 2008 foi constituído um grupo de trabalho para o planejamento da Gestão

Corporativa da ANTT, que não teve sua eficácia alcançada em função da mudança nos cargos de

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supervisão nas áreas finalísticas. Ao final de 2008, constatou-se ainda a inexistência dos

indicadores de desempenho operacional das Ações de governo sob responsabilidade da ANTT.

Em 2009, a Diretoria da ANTT estabeleceu como objetivos principais: sistematizar,

organizar e formalizar a implantação e acompanhamento das estratégias da Agência, bem como

desenvolver seu Plano Estratégico Corporativo, o qual compreenderia a definição da missão,

desafios estratégicos, objetivos, resultados e indicadores.

Por meio da Nota Técnica nº 010/2009 – SUAFI, de 12/08/09, foi estabelecido um

conjunto de Desafios Estratégicos a serem alcançados no período 2009-2012 e o

desenvolvimento dos Indicadores de Desempenho e Metas para esse período. Como resultado,

foram elaborados 46 indicadores, de processo e de desempenho.

Em 2010, da avaliação dos indicadores elaborados constatou-se quanto à confiabilidade,

que a fonte dos dados primários utilizada para o cálculo dos indicadores é uniforme, entretanto,

deixa margem para interpretações divergentes (subjetividade), pois não são extraídos de sistemas

e sim da percepção da área, ou seja, a utilização dessa fonte pode não possibilitar que diferentes

avaliadores alcancem os mesmos resultados. Além disso, indicadores que apresentam como

forma de cálculo um “número” ou “percentual” (não relacionado a outro aspecto) também

oferecem subjetividade no cálculo e/ou medição.

Quanto à validade, observou-se que os indicadores não foram validados em 2009, sendo

esta uma fase posterior. Quanto à simplicidade, pode-se observar que os indicadores são de fácil

obtenção (não envolve dificuldades de cálculo), construção, manutenção e comunicação. Em

relação à mensurabilidade, pode-se concluir que possuem capacidade de alcance e mensuração

quando necessário, sem uma precisão adequada, em função da subjetividade da fonte de dados

primária, mas não apresentam ambiguidade.

Por fim, quanto à utilidade, não se pôde concluir se esses estão realmente sendo

utilizados pelos gestores para a tomada de decisão. Uma observação que se faz é que a

constatação de indicadores que apresentam como forma de cálculo um “número” ou

“percentual”, não relacionado a outro aspecto, pode não resultar em dados que signifiquem

melhorias, nem para a sua utilização para a tomada de decisões.

Como resultado, foi recomendado quando da validação desses indicadores, a revisão das

formas de cálculo, das fontes primárias de dados, da periodicidade ideal, entre outros, visando a

efetiva utilização, como subsídio e utilização pelos gestores na tomada de decisão.

Após a validação dos indicadores, em abril de 2011, pode-se concluir que os indicadores

de desempenho adotados em agosto de 2009 contribuíram para a tomada de decisão. Ao fim do

primeiro ano de implantação do planejamento estratégico se observou que 43% dos indicadores

haviam obtido resultados compatíveis ou superiores às metas estabelecidas.

Em dezembro de 2010, após o 4º Ciclo de Avaliação da Gestão Estratégica foi verificado

que 63% dos indicadores haviam alcançado ou superado as metas estabelecidas no respectivo

período. Alguns indicadores ainda não foram suficientemente maturados, portanto, pendentes de

validação, uma vez que dependem diretamente de Projetos Estratégicos a serem concluídos a

partir de 2011. Dos 46 indicadores elaborados inicialmente, 4 foram eliminados.

Da avaliação dos 42 indicadores institucionais, validados em abril de 2011, entendeu-se

que 18 indicadores não são úteis ao gestor ou não são mensuráveis, conforme o Quadro XII a

seguir.

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Qtd Nome do Indicador Fórmula de

cálculo

É útil ao

gestor?*

É

mensurável?** Observações CGU

1 Nível de atendimento de serviço de passageiros do

transporte regular

serviço inadequado/

serviço executado

Sim Não

Há possibilidade de incompatibilidade entre os dados do

SIFIS e SISMULTAS. Não confiabilidade da fonte

primária. Forma de cálculo subjetiva pois não existe valor para o serviço inadequado e executado.

2 Taxa de uso da malha

ferroviária TKU Não Sim

Não é útil para a tomada de decisão do gestor. Não foi

mensurado pela ANTT.

3

Índice de inadequação do

serviço do transporte de passageiros

(quant. Infrações /

km percorridos) x 100000

Não Sim

Mais interessante saber a quantidade de infrações por

km da linha/seção, ou por fiscalização realizada.

Também poderia ser utilizado os dados da ouvidoria levando-se em consideração o nº de reclamações pela

extensão da linha/seção.

4 Índice de adequação do

transporte ferroviário

Quant. fisc. prog. /

quant. total conc. Não Sim

Porque não utilizar o mesmo critério da concessão de rodovias, pois a forma de cálculo não responde a

adequação do transporte e sim a atuação da ANTT sobre

o transporte ferroviário. Não mensurado pela ANTT.

5 Pesquisa de Imagem número – dado de

pesquisa Não Não

Não foi mensurado pela ANTT. Não existe pesquisa

definida.

6 Participações em grupos

técnicos sobre transportes

terrestres

número Não Sim Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

7 Pesquisa de Imagem número – dado de

pesquisa Não Não

Não foi mensurado pela ANTT. Não existe pesquisa definida.

8 Implantação de grupos

paritários multipartites

nº grupos atuantes

período x / nº total grupos

Não Sim Não existe a razão que representa uma melhoria ou

valor ideal.

9 Número de módulos do BITT

implantados número Não Sim Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

10 Índice de consistência da

fiscalização da infraestrutura

rodoviária

(nº de AI

consistentes / nº

de AI emitidos) x 100

Sim Não Subjetividade na definição de AI inconsistente. Erro

material enseja auto inconsistente? Se sim, é subjetiva a

fonte primária.

11 Grau de reconhecimento da

ANTT

número percentual

– aferido por

pesquisa

Não Não Não foi mensurado pela ANTT. Não existe pesquisa

definida.

12 Participação e promoção de

eventos de excelência técnica número Não Sim Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

13

Número de acessos às

páginas do site com

informações sobre a atuação da Agência

número Não Sim Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

14 Percentual de indicadores de

desempenho implantado

([nº sup. com ind.

desemp. Implant. / nº total sup. ] x

100

Sim Não Subjetividade na aferição d a implantação do indicador

de desempenho na Superintendência.

15 Grau de atendimento às demandas (pesquisa de

satisfação)

percentual aferido em pesq. satisf.

Interna

Sim Não A pesquisa pode ser subjetiva. Pode ser que o resultado

com percentual alto não represente uma melhora.

Inexistência de percentual ideal.

16 Percentual de reclamações de servidores junto à Ouvidoria

número Não Não Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

17 Percentual de implantação do

Plano de Comunicação

Interna

percentual Sim Não Não existe o percentual ideal ou que represente

melhoria.

18 Taxa de acesso aos canais de

comunicação da Intranet número Não Sim Não existe o número ideal ou que represente melhoria.

Quadro XII -Avaliação da CGU sobre os indicadores de desempenho

Fonte e Método: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR. Data: 06/07/2011

* O indicador é útil ao gestor quando é utilizado pelo gestor para a tomada de decisão.

** O indicador é mensurável quando possui capacidade de alcance e mensuração quando necessário, com maior

precisão possível e sem ambiguidade, ou seja, duas ou mais pessoas devem chegar ao mesmo resultado.

Na oportunidade, foi solicitado que a ANTT avaliasse as observações apresentadas

quanto aos indicadores de desempenho e apresentasse esclarecimentos sobre a concordância aos

questionamentos descritos no quadro acima. Além disso, foi solicitado também a estratégia para

mensurar os indicadores constantes do PPA, ou se pretende alterá-los junto ao Ministério

supervisor, visando representar a realidade das atividades da Agência no acompanhamento das

ações de governo sob sua responsabilidade.

Em resposta aos questionamentos do Quadro VII, foi elaborada a Nota Técnica nº

005/2011, de 30/08/2011. Nessa Nota a ANTT informa que atualmente existem 39 indicadores

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de desempenho, ou seja, três a menos do que os 42 indicadores validados em 2011 e que a

revisão dos indicadores será efetuada até o final de 2011.

Da análise dos esclarecimentos da ANTT, observa-se que:

a) indicadores 1 e 3: são mensuráveis mas podem apresentar incompatibilidade de dados dos

sistemas SISFIS e SISMULTAS, portanto devem ser revisados;

b) indicadores 2, 4 e 6: apesar de estarem alinhados aos objetivos estratégicos, merecem

discussão quanto à relevância dos resultados obtidos para a tomada de decisão pelo

gestor;

c) indicadores 5 e 11: dependem da finalização da pesquisa de satisfação dos usuários, que

não tem previsão de ser concluída em função da indisponibilidade de recursos par

contratação de empresa para realização da pesquisa;

d) indicadores 8, 12, 15, 16 e 17: consistem em metas a serem atingidas. Tais metas

poderiam tornar-se indicadores a partir da comparação de um série histórica.

Provavelmente essa meta possa se tornar um indicador com o passar dos anos;

e) indicador 9: foi extinto;

f) indicador 10: continua a subjetividade em função da área não ter normativo que

regulamente objetivamente a autuação dos autos de infração - AI, ou seja, dois servidores

podem classificar um AI diferentemente (consistente ou inconsistente);

g) indicador 14: a forma de aferição precisa ser revista; e

h) indicador 13 e 18: permitem verificar os conteúdos mais acessados visando definir quais

informações e serviços são mais relevantes ao usuário externo e interno. Apesar de ser

um dado, esses indicadores ajudam na tomada de decisão do gestor.

Quanto aos indicadores constantes do PPA, a SUDEG informou, em 19/09/2011, que a

nova metodologia de elaboração do PPA 2012-2015 resultou na construção de indicadores

considerados compatíveis e adequados ao acompanhamento e mensuração dos resultados dos

Programas.

Informou também que em reuniões posteriores realizadas no âmbito do Ministério dos

Transportes, foram apresentadas também as propostas de novos indicadores associados aos dois

programas, as quais foram alvo de avaliação por parte das áreas técnicas da ANTT, tendo em

vista os atributos relativos a cada um, tais como: unidade de medida, índice de referência, data de

apuração, periodicidade, base geográfica, fonte e fórmula, além da sua adequação para fins

alcance dos objetivos.

A seguir a descrição de cada um destes atributos conforme constante do Manual de

Elaboração do PPA 2012/15:

“VI. INDICADOR

O Indicador é um instrumento que permite identificar e aferir aspectos relacionados a um

Programa Temático. Apurado periodicamente, auxilia o monitoramento da evolução de uma

determinada realidade, gerando subsídios para a avaliação. O Indicador será composto dos

seguintes atributos:

• Denominação: forma pela qual o Indicador será apresentado à sociedade;

• Fonte: órgão responsável pelo registro ou produção das informações necessárias para a

apuração do Indicador e divulgação periódica dos índices;

• Unidade de Medida: padrão escolhido para mensuração da relação adotada como Indicador;

• Índice de Referência: situação mais recente da política e sua respectiva data de apuração.

Consiste na aferição de um indicador em um dado momento, mensurado com a unidade de

medida escolhida.”.

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Dessa forma, os indicadores associados a cada Programa, validados pela ANTT na forma

do processo acima descrito e que envolvem a Agência na qualidade de fonte de apuração são:

237 – Participação do modal rodoviário no transporte interestadual de passageiros;

241 – Malha classificada entre bom e ótimo estado de conservação; e

246 – Preço médio das tarifas rodoviárias.

Esses novos indicadores não constituem metas a serem cumpridas, mas instrumento

gerador de subsídios que permitem auxiliar o monitoramento da evolução das políticas e ações

de governo, e a par da avaliação realizada pelas áreas técnicas envolvidas, são compatíveis e

adequados para fins de acompanhamento e mensuração dos resultados associados a cada

Programa, além do que os dados necessários ao processamento dos indicadores já são fornecidos

pelas concessionárias ferroviárias e rodoviárias, o que facilitará sua aferição.

Do exposto, foi solicitado no Relatório Preliminar de auditoria, que fosse apresentada a

forma de aferição e provimento das informações para os indicadores do PPA 2012-2015

(homologação dos dados fornecidos pelas concessionárias ou criação de indicadores da própria

Agência, ressalta-se que dentro dos 39 indicadores não há nenhum dos três indicados

anteriormente).

Em resposta, a SUDEG encaminhou o Memorando nº 075/2012/SUDEG/ANTT, de

17/07/12, informando o seguinte:

“Quanto à solicitação desta CGU informamos:

Indicador 246 – Preço médio das tarifas rodoviárias

O cálculo do indicador 246 – Preço médio das tarifas rodoviárias é realizado em duas etapas.

Na primeira são calculadas as tarifas quilométricas (R$/km) de cada concessão, através da

equação (1) e em seguida é calculada tarifa média para cada 100 km, que considera toda a

extensão de rodovias concedidas pela ANTT, através da equação (2):

(1)

Onde,

- TKM é a tarifa média por quilômetro em cada concessão;

- NP é o número de praças de pedágio;

- TP é o coeficiente relativo ao tipo de praça (0,5 se a cobrança de pedágio for

unidirecional e 1,0 se a cobrança de pedágio for bidirecional);

- TV é a tarifa vigente em cada praça de pedágio; e

- Ec corresponde à extensão da rodovia concedida (km).

(2)

Onde,

- TM100 é a tarifa média ponderada para cada 100 quilômetros de rodovia concedida;

- TKM é a tarifa média por quilômetro em cada concessão i;

- Ei corresponde à extensão de cada rodovia concedida i (km); e

- E corresponde ao somatório da extensão de todas as rodovias concedidas.

Vale ressaltar que este indicador é meramente ilustrativo, pois ele considera as tarifas vigentes

das várias etapas de concessão sem fazer qualquer diferenciação do contexto macroeconômico

em que as rodovias foram concedidas.

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Indicador 241 – Malha classificada entre bom e ótimo estado de conservação

Trata-se de metodologia de avaliação por inspeção visual contínua, a ser efetuada no mínimo

pelo Coordenador da Regional e por mais dois especialistas, com o subsequente tratamento dos

resultados para homogeneizá-los e convalidá-los pela comparação com publicações de pesquisas

similares tais como da CNT e posterior soma dos percentuais das rodovias federais classificadas,

em seu estado de conservação, como boa ou ótima, com base no Sistema de Gerência de

Pavimentos do DNIT.

Indicador 237 – Participação do modal rodoviário no transporte interestadual de passageiros

Sugestão de alteração do nome do Indicador para melhor adequar à gestão do governo que trata

apenas do transporte público de passageiros. O aferimento e provimento das informações será

realizado conforme Resolução ANTT nº 3.524 de 26/05/2010, o qual as empresas

transportadoras encaminham os dados de demanda a essa ANTT após o encerramento de cada

trimestre, com tolerância de 45 dias para envio dos dados.”

Do exposto, observa-se que para o primeiro indicador do PPA (246) é necessário que a

Agência levante os dados, produza as informações e realize os cálculos. No segundo indicador

(241) observa-se a necessidade de execução de procedimento de fiscalização (levantamento

visual contínuo) ainda não existente na Agência, da homogeneização e convalidação das

informações. Quanto ao último indicador, é necessário que os dados encaminhados pelas

transportadoras sejam validados, bem como sejam verificados os prazos de encaminhamento.

Para isso, a Diretoria-Geral da Agência, juntamente com as áreas técnicas responsáveis,

deve definir os responsáveis pela mensuração do indicador e validação das informações, os

procedimentos de levantamento das informações e execução das avaliações, bem como a

periodicidade da realização dessas atividades, convergentes com a periodicidade solicitada no

PPA.

Destarte, para o acompanhamento do processo de maturação dos indicadores de

desempenho, assim como da mensuração dos indicadores do PPA, no exercício de 2012,

solicita-se que a área responsável apresente quando da elaboração do Plano de Providências

Permanente 2012 as providências adotadas e os respectivos resultados.

4. QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES

4.1. Subárea - FISC CONCESSÃO SERV EXPL INFRAESTR RODOVIÁRIA

4.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DA CGU - NO EXERCÍCIO

4.1.1.1. Constatação

INSUFICIÊNCIA DOS CONTROLES DE DOCUMENTOS EXIGIDOS NOS CONTRATOS

DE CONCESSÃO RODOVIÁRIA

Na auditoria de avaliação da gestão 2008 da ANTT foi constatada a “Falta de

normatização e padronização dos instrumentos de fiscalização e controle dos contratos de

concessão”. Na oportunidade foi recomendado à Superintendência de Exploração da

Infraestrutura Rodoviária – SUINF/ANTT a elaboração e aprovação de controle dos

documentos/projetos exigidos no Programa de Exploração da Rodovia - PER e no contrato,

contendo descrição do documento, data de entrega, versão, se analisado ou não, indicando os

documentos/projetos não entregues ou entregues fora do prazo. Também foi recomendada a

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constituição de banco de dados informatizado, individual e anual, com os documentos (cadastros,

projetos, ofícios de encaminhamento de documentos, planejamentos anuais, cronogramas físico-

financeiro, Relatórios Técnico Operacional Físico Financeiro - RETOFF's, relatórios de

fiscalização, notificações, entre outros) de cada concessionária.

Na auditoria da avaliação da gestão 2009 observou-se que os documentos de fiscalização

para o acompanhamento da execução dos contratos não foram implementados nem aprovados.

Apenas existiam controles precários, ou seja, incompletos, não padronizados e desatualizados.

Quanto ao banco de dados dos projetos, ofícios de encaminhamento de documentos,

planejamentos anuais e cronogramas físico-financeiros, constatou-se que já existia arquivo

eletrônico individualizado e anual para as três gerências, nos quais constam todos os registros e

documentos mencionados, e que havia, no âmbito da Gerência de Engenharia e Investimentos de

Rodovias - GEINV, um sistema eletrônico de registro e distribuição de projetos, chamado

SAMPLE.

Na condição de entidade reguladora, por intermédio da SUINF e suas gerências, a qual

tem como competência, disposta na Resolução ANTT n.º 3000/09, “fiscalizar as condições da

infraestrutura rodoviária” e “fiscalizar a execução dos contratos de outorga”, deveria existir um

controle dos documentos exigidos no contrato e no PER, bem como dos documentos de

fiscalização elaborados pela própria Agência (pelas Unidades Regionais e Postos de

Fiscalização), além de um banco de dados que englobasse as informações de cada

concessionária, entre elas os documentos exigidos no contrato e no PER e os documentos de

fiscalização.

No entendimento da CGU, a implementação desse controle visa dar maior celeridade no

acompanhamento dos contratos de concessão, bem como na elaboração de indicadores de

desempenho, e estabelecimento de metas e mensuração do tempo das atividades desenvolvidas

por cada Gerência.

Por meio do Memorando nº 137/2010/SUINF/GEFOR, de 05/05/10, a SUINF informou

que estava em desenvolvimento um sistema que supriria a deficiência constatada,

complementando o sistema de controle de tramitação de documentos da ANTT. O sistema foi

denominado como SIGFIS II - Sistema de Gestão dos Serviços de Fiscalização das Rodovias

Federais Concedidas, e entre outras funcionalidades contemplaria o controle de documentos

específicos da fiscalização da ANTT e dos exigidos nos contratos de concessão. A previsão era

de que até o final do ano de 2010 o sistema estaria em pleno funcionamento, o que de fato não

ocorreu, uma vez que o sistema SIGFIS II, até o mês de maio de 2012, não fora implantado.

Como resultado da auditoria em 2010, observou-se que as providências quanto à

insuficiência dos controles de documentos não foram implementadas na sua totalidade. Foram

tomadas medidas paliativas para a solução da falta de controle existente, que não se mostram

confiáveis, tanto quanto os sistemas informatizados;

A SUINF informou que com a implementação do sistema SIGIFS II será criada uma

funcionalidade visando o controle imediato da situação do cumprimento dos prazos obrigatórios

definidos em resolução. Essa funcionalidade permitirá o mapeamento do controle de prazos

existentes nos procedimentos de gestão e fiscalização onde os envolvidos serão notificados por

correspondência eletrônica e será disponibilizado um mecanismo de consulta da situação dos

prazos existentes, assim como sua vinculação com o dispositivo normativo.

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Entretanto, o problema constatado não foi solucionado, uma vez que o sistema SIGIFIS II

não está em funcionamento e a utilização de controle individual e manualmente não é confiável.

Ou seja, os inúmeros documentos exigidos no contrato e no PER, assim como os resultantes das

fiscalizações da ANTT não estão sendo controlados de forma adequada, e consequentemente

prejudicam a gestão e fiscalização dos contratos de concessão sob responsabilidade da Agência.

Do exposto, foi recomendada a aprovação de instrumentos normatizados para o controle

dos documentos exigidos no contrato e no PER, bem como os resultantes das fiscalizações da

ANTT, para a Superintendência e suas Gerências, ou por cada Gerência, indicando os

documentos a serem controlados, os prazos, os que necessitam de análise, entre outras

informações.

Em resposta, por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a área responsável

informou que dispunha de um sistema de controle de documentos (SIGED) para o referido

controle.

Quanto ao SIGED, do sítio eletrônico da Agência pode-se extrair: O Centro de

Documentação – CEDOC relaciona-se com a sociedade por meio da Biblioteca e do Protocolo.

Nas atividades de Protocolo, é responsável pelo recebimento, trâmite e expedição de toda a

documentação da ANTT, cujo controle é processado automaticamente pelo Sistema de

Gerenciamento de Documentos – SIGED.

Observa-se que o SIGED é um sistema de controle de tramitação dos documentos de

qualquer área da ANTT. Não é um controle específico dos documentos das concessões

rodoviárias. O SIGED não registra se os documentos são entregues no prazo previsto no

contrato, se foi analisado, se há necessidade de alterações, quais providências a serem adotadas,

entre outros. Nesse sentido, a própria área reconhece que o SIGED não controla de forma eficaz

os documentos, pois afirma que o SIGFIS II auxiliará esse sistema no controle de documentos.

Quanto aos controles referentes à fiscalização, a SUINF informou que foi estabelecido

procedimento, junto às UR a fim de padronizar e controlar a quantidade de

documentos/fiscalizações recebidos/realizadas, onde são preenchidas mensalmente planilhas tais

com a quantidade de Termo de Registro de Ocorrência - TRO e Autos de Infração - AI emitidos,

de fiscalizações realizadas, e de RETOFF e relatórios de monitoração recebidos e analisados.

Com relação ao novo banco de dados informatizado informou que o SIGFIS II estava em

fase de conclusão, e que estava sendo alimentado com as informações das concessionárias e

documentos pertinentes ao seu pleno funcionamento, o que de fato não ocorreu, pois o sistema

até maio de 2012 não tinha sido implantado.

A SUINF informou também que implantou controles eletrônicos, utilizando planilhas em

Microsoft Office Excel e Access com o objetivo de melhorar a qualidade dos trabalhos

desenvolvidos pela gerência no que diz respeito à gestão dos Contratos de Concessão.

Entretanto, esses controles são individuais e preenchidos manualmente sem um instrução ou

padronização de preenchimento o que os torna não confiáveis.

Nesse sentido foi solicitado o procedimento “estabelecido” para padronizar e controlar os

documentos/fiscalizações recebidos/realizadas, bem como planilhas de TRO e AI, fiscalizações

realizadas, RETOFF e relatórios de monitoração recebidos e analisados, preenchidas

mensalmente pelas UR, relativas ao primeiro semestre de 2011 (janeiro a junho). E ainda, como

foi “estabelecido” esse procedimento e qual a finalidade e destinação dessas planilhas (são

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arquivadas em pastas, quem é o responsável pela consolidação dos dados, quem é o interessado

desses planilhas, etc.).

Foi solicitado também o controle extraído do SIGED, e utilizado pela área, dos

documentos exigidos no contrato e no PER para cada concessionária, no primeiro semestre de

2011, bem como dos resultantes das fiscalizações da ANTT. E ainda: a) a lista de documentos a

serem controlados para cada concessão, indicando os prazos para encaminhamento da

concessionária, os que necessitam de análise, entre outras informações; e b) a lista dos controles

eletrônicos implantados e existentes em 2010 e os arquivos em meio magnético dos controles do

primeiro semestre de 2011.

Por fim, solicitou-se informar se existe (caso positivo, encaminhe) instrução ou

orientação para o controle dos documentos exigidos no contrato e no PER para cada

concessionária, e resultantes da fiscalização da ANTT.

CAUSA:

Definição de instrumentos de controle insuficientes, pela Gerência de Regulação e Outorga da

Exploração de Rodovias - GEFOR e SUINF. Condicionou-se o controle à implantação do

Sistema SIGFIS, que até julho de 2012, não tem previsão de sua implantação.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:

A SUINF informou que o controle de documentos é feito pelas Coordenações de

Fiscalização - COINF‟s, e que o procedimento foi formalizado por meio do Memorando Circular

nº 007/2009/GEFOR/SUINF, de 17/11/09. Foram disponibilizadas as planilhas com os controles

de entrega de todos os documentos obrigatórios de cada concessão. A instrução para o controle

de documentos exigidos no PER é o Memorando 007/2009/GEFOR/SUINF. E ainda, informou

que existe um modelo de planilhas para preenchimento mensal que serão utilizados para o

cálculo dos indicadores da GEFOR/SUINF, até que o SIGFIS fosse implantado.

Quanto à motivação e origem do procedimento, a demanda surgiu a partir da necessidade

de celeridade de levantamento de dados para a aferição de indicadores provisórios de

desempenho. O responsável pela implantação é a GEFOR. Para isso são preenchidas as planilhas

com a função de verificar preliminarmente a relação entre relatórios entregues x relatórios

analisados, número de AI‟s aplicados x número de AI‟s consistentes e a verificação da evolução

de TRO‟s aplicados.

Com relação ao SIGED, a SUINF informou que consiste em sistema de controle,

protocolo e tramitação de documentos de âmbito geral da ANTT, e é ferramenta subsidiária na

fiscalização. Como é definida em contrato a relação de documentos que devem ser

encaminhados pelas concessionárias e também os prazos de entrega, utiliza-se o SIGED para

confirmar a entrega. A utilização do sistema demonstra que, apesar de mais trabalhoso, por não

ser específico para a finalidade, o sistema sempre permitiu controlar a entrega dos documentos

previstos.

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEFOR encaminhou o Memorando nº

208/2012/GEFOR/SUINF, de 17/07/12, informando que apresentou à CGU o controle de todos os

documentos exigidos nos 14 contratos de concessão, e que esse controle pode ser aperfeiçoado,

sendo notória a evolução no processo.

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ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

Da análise da manifestação da SUINF, quanto ao controle de documentos exigidos no

PER e no contrato, observa-se que o Memorando nº 007/2009/GEFOR/SUINF, de 17/11/2009,

reporta-se aos Memorandos nºs 002 e 004/2009/GEFOR/SUINF. O Memorando nº 002/2009 não

foi encaminhado, mas o 004/2009 versa sobre a padronização do procedimento de análise dos

Relatórios de Monitoração. O Memorando nº 007/2009 trata do modelo de quadro a ser

preenchido pelas Unidades Regionais – URs para controle de recebimento e análise dos

relatórios de monitoração das estruturas físicas da rodovia, de reclamação dos usuários e

RETOFFs.

Desse modo, na planilha de obrigações contratuais constam 39 obrigações - documentos

a serem entregues pelas concessionárias e alguns a serem analisados – entretanto, os

memorandos supracitados citam apenas o controle dos relatórios de monitoração, de reclamação

e físico e financeiros. Além disso, tais planilhas não são padronizadas, uma vez que se observa

que UR‟s diferentes preenchem as planilhas de controle de forma diferente, utilizando-se de

modelos diferentes, apesar da definição do modelo encaminhado no memorando, demonstrando

mais uma vez a necessidade de padronização.

Observou-se também que a planilha das obrigações contratuais está preenchida com

dados do SIGED, ou seja, informação de entrega dos documentos das concessionárias. Desse

modo, o SIGED se mostra eficiente sistema de controle de entrega de documento e tramitação.

Entretanto, esse controle não atende o especificado nos contratos de concessão, nos quais deve

ser analisado não só o atendimento pelas concessionárias do prazo de entrega como também o

conteúdo das informações, entre outros aspectos. Além disso, não foi observado o controle de

documentos por concessão, exceto o de relatório de monitoração das estruturas físicas e

RETOFF. Por fim, esse controle é realizado por meio de planilhas eletrônicas (excel/access),

preenchidos manualmente e individualmente, sem padronização de preenchimento nem de

responsabilidade, uma vez que o sistema específico para isso ainda não se encontra implantado

(SIGFIS II).

No entendimento desta Controladoria, trata-se de um número excessivo de obrigações

(39) a serem atendidas pelas concessionárias, o que demanda da área responsável a necessidade

de controle tempestivo destas, visando o acompanhamento eficiente dos contratos de concessão.

E, apesar da evolução no processo de controle dos documentos do contrato e do PER, ainda se

mostram insuficientes, necessitando de aperfeiçoamento e posterior normatização.

RECOMENDAÇÕES

Recomendação 001: Recomenda-se à SUINF, que juntamente com a GEFOR, elabore e aprove

norma interna da Agência, e posteriormente submetam à validação da Diretoria-Geral, para o

controle dos documentos exigidos nos contratos de concessão e no PER. Que essa norma

especifique os documentos a serem encaminhados e verificados, e os seus respectivos prazos,

contenha o modelo da planilha de controle, os responsáveis (na UR poderia ser atestado e

encaminhado pelo COINF) e a periodicidade pela apresentação dos dados, as orientações de

preenchimento, entre outras informações.

Recomendação 002: Recomenda-se à GEFOR, que elabore um controle próprio da Gerência

para verificação da prestação das informações e obrigações contratuais (prazo, documentos

apresentados, análise da documentação, etc), e posteriormente submeta à SUINF para aprovação,

por meio de normativo interno da Agência, e à Diretoria-Geral para conhecimento e validação.

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4.1.1.2. Constatação

FALTA DE VALIDAÇÃO DO SIGFIS II E SISMULTAS (SISTEMA ARRECADAÇÃO)

A elaboração e implementação da primeira versão do Sistema de Gestão e Fiscalização dos

contratos de concessão rodoviária – SIGFIS I foi contratada em 13/12/2004, no valor de R$

419.925,00, com prazo de 12 meses, e previsão de implementação até 13/12/2005.

Em 2008, a SUINF informou que o Sistema encontrava-se plenamente desenvolvido, com

todas as ferramentas aptas e implantadas. Informou também que o Sistema foi efetivamente

utilizado para o acompanhamento dos contratos da primeira e segunda etapas de concessões

rodoviárias federais. Entretanto, em entrevista com servidores dessa Superintendência, foi

verificado que há a utilização das ferramentas do sistema e também do meio físico, elaborado e

enviado pelas concessionárias, em função da desconfiança nos dados extraídos do sistema.

Posteriormente, em 2009, verificou-se que o SIGFIS I estava inoperante na Gerência de

Fiscalização e Controle Operacional de Rodovias – GEFOR, porque a partir de 2008 os novos

contratos de concessão trouxeram alterações em relação à fiscalização que inviabilizaram o uso

do sistema para as novas concessionárias e também ocorreram alterações nos modelos de

Relatório Técnico-Operacional Físico-Financeiro - RETOFF e de Fiscalização, informação essa

que contradiz o informado anteriormente, no que se refere à plenitude do seu desenvolvimento.

Outro fato que demonstra que o SIGFIS I não foi utilizado a contento, foi a verificação na

Gerência de Engenharia e Investimentos de Rodovias – GEINV que os planejamentos anuais que

antes eram acompanhados por meio do SIGFIS e de papel, estavam sendo acompanhados por

meio de planilhas eletrônicas.

Portanto, observa-se que o sistema SIGFIS I deveria estar em pleno funcionamento a

partir de 2006, entretanto, teve sua efetiva operação limitada em função da desconfiança dos

dados extraídos, da falta de infraestrutura e dos novos contratos de concessão rodoviária (2ª

etapa).

Diante disso, em 23/10/2009, foi contratado (Contrato nº 54/2009), no valor de R$

694.143,12, por meio dos recursos do empréstimo nº 7253-BR com o Banco Mundial, a

Consultoria para Manutenção evolutiva e corretiva do Sistema de Gestão dos Serviços de

Fiscalização das Rodovias Federais – SIGFIS II e do sistema de multas – SISMULTAS, com o

objetivo de aperfeiçoar a gestão, fiscalização e controle dos contratos de rodovias federais

concedidas, no âmbito da SUINF.

Na Auditoria de Avaliação da Gestão 2009 foi destacada a importância no

desenvolvimento e evolução do sistema já existente, com a finalidade de controle e

acompanhamento da execução dos contratos de concessão sob responsabilidade da Agência. Na

oportunidade, foi recomendado que sua implementação deveria ser acompanhada visando evitar

a ocorrência dos problemas identificados na primeira versão do sistema.

O prazo contratual para implantação do sistema era de até 12 meses contados da data da

assinatura do contrato, ou seja, até 23/10/2010. Entretanto, os produtos foram validados em

15/12/10. Apesar da validação de todos os produtos e pagamento integral do contrato, até maio

de 2012 os sistema não foi implantado. Além disso, alguns produtos não foram entregues em sua

plenitude, tais como: Produto 3 - Não foi entregue o relatório com registro dos valores históricos

das revisões do PER; Produto 4 - Não foram entregues o diagrama de processos e de distribuição

e a revisão dos produtos 1, 2 e 3; e Produto 6 - Não houve a revisão dos produtos 1, 2, 3 e 4.

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A prorrogação da finalização do contrato ocorreu principalmente por causa do produto 3

(prazo de entrega do produto: 23/03/10 e prazo de aceite: 27/10/10), onde houve a demora da

disponibilização das informações georreferenciadas e respectivos banco de dados relacionais das

Concessionárias para a construção do protótipo das funcionalidades do Módulo Geográfico do

sistema SIGFIS II. Essa demora ocorreu por causa da diferença na base utilizada para cada

concessionária, ou seja, teriam de estar na base de dados especificada pela Agência.

Cabe ressaltar que o PER exige que as concessionárias apresentem tais informações,

conforme item 3 do PER das concessões da 2ª etapa, até o final do 6º mês da concessão (outubro

de 2008). Ou seja, mesmo com a previsão no PER da obrigatoriedade da disponibilização das

informações georreferenciadas, a Agência só foi solicitar a padronização dessas informações em

março de 2010 (3 meses após o início do contrato do SIGFIS II). Ainda assim, as informações

foram repassadas à contratada em abril de 2010, mas o produto referente só foi entregue em

outubro desse mesmo ano.

Da análise do processo de contratação (50500.067770/2009-16), verificou-se que não

houve designação formal do fiscal do contrato à época da contratação. Da mesma forma, também

não foi aprovada a portaria de designação de servidor de carreira da própria Agência para o

acompanhamento do desenvolvimento e implantação do sistema, conforme a informação da

SUINF no plano de providências. Ou seja, desde a assinatura do contrato, o desenvolvimento do

sistema, bem como o aceite dos produtos, é acompanhado e aprovado pelo Gerente da GEINV

sem a competência formalizada.

Em 2011, na auditoria de recursos externos do empréstimo do PACE BR nº 7385,

verificou-se que os produtos foram pagos sem que estivessem completamente finalizados. Como

exemplo, o Produto 5 prevê a Versão funcional do SIGFIS, plano de implantação e plano de

testes, que foi totalmente pago em 20/12/2010, entretanto, somente foi apresentado em

11/05/2011. Nesse sentido, a GEINV se manifestou informando que: “... as atividades previstas

nos produtos 7 e 8, não foram integralmente concluídas em razão, dentre outros: da identificação pelo

corpo técnico da Agência no decorrer do período de testes, de pequenas inconformidades no sistema, fato

que demandou um período de correções e consequentemente novos testes para homologação das

funcionalidades do sistema; e da ausência de boa parte dos técnicos em decorrência de recessos de fim

de ano, das festas de final e início de ano, inclusive período de gozo de férias.”

Em maio de 2011 (5 meses após o pagamento total do contrato), foram demonstradas as

funcionalidades do sistema. Na oportunidade, verificou-se que o sistema ainda estava em fase de

testes (parte do produto 5), e que para a validação do sistema ainda faltava a alimentação dos

dados das concessionárias para a execução dos testes finais. Além disso, não foram

demonstradas as funcionalidades do sistema SISMULTAS ou arrecadação (parte do produto 6).

Por fim, o produto 9 contempla a Versão Final do Sistema sem erros, o que de fato ainda não

está concluído.

Ainda na reunião supra, foi informado que o contrato encontrava-se em fase de garantia

(finalizou em junho de 2011), período em que a SUINF e suas Gerências iriam alimentar o

sistema com os dados de pelo menos uma concessão e proceder aos testes finais para a validação

do sistema, e se necessário, a correção dos erros apresentados para posterior elaboração da

versão final sem erros, o que de fato não ocorreu.

Do exposto, foi recomendado que a área responsável adotasse providências de modo a

garantir que a empresa continue na prestação da assistência técnica até que o sistema seja

implementado (versão final sem erros). Além disso, quanto à implementação do sistema até sua

fase de produção, recomendou-se que a SUINF, juntamente com as áreas responsáveis por cada

funcionalidade, definisse as prioridades e estratégia para validação do sistema e o respectivo

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cronograma, observando o prazo final da garantia do contrato, uma vez que os produtos foram

aceitos e consequentemente a empresa tem a comprovação de que foi executado em sua

plenitude.

Em resposta, por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a área responsável

informou que encaminhou o Ofício nº 517/2011/GEINV/SUINF, de 7/4/2011, o qual determinou

à empresa BH-TI Ltda. que reafirmasse o cumprimento do disposto na CE 10.1 do Contrato nº

054/2009, que trata da garantia total dos serviços pelo período de seis meses a partir da data de

aceitação final de todos os produtos.

Além disso, mesmo com as garantias existentes no contrato firmado, com referida

empresa, exigiu-se a apresentação de garantia suplementar, caracterizado por documento

registrado em cartório, contendo a reafirmação do compromisso de complementação do

treinamento dos usuários dos Sistemas SIGFIS e SISMULTAS, parte do objeto dos produtos nº 7

e nº 8, de acordo com o cronograma proposto pela ANTT, sob pena de devolução do montante

de R$ 173.535,78, com a garantia financeira mediante Carta Fiança Bancária. E ainda, ressaltou

que caso a empresa não cumpra plenamente com as obrigações acordadas, a ANTT aplicará

prontamente as sanções previstas no Contrato.

Por fim, foi informado que as prioridades e a estratégia para validação do sistema SIGFIS

estão em desenvolvimento, e assim que fossem definidas, o respectivo cronograma será

encaminhado à CGU.

Da análise da manifestação da SUINF, observou-se que a empresa BH-TI Ltda. vem

enfrentando dificuldades para apresentação da garantia suplementar. Além disso, pode-se

observar que a garantia do contrato é de 6 meses da data da aceitação final dos produtos, que

ocorreu em dezembro de 2010. Em junho de 2011 o contrato encontrava-se finalizado (extinto

por término do contrato) e o Sistema SIGFIS não implantado.

Por fim, a área informou que caso a empresa não cumpra plenamente com as obrigações

acordadas, a ANTT aplicará prontamente as sanções previstas no Contrato. Entretanto, uma vez

que o contrato encontra-se finalizado e expedido o atesto final dos produtos, não cabe mais à

Agência questionar o contratado e aplicar sanções, pois o produto foi aceito na sua totalidade e

sem restrições.

Com relação às prioridades e à estratégia para validação do sistema SIGFIS, a

recomendação foi para que a área informasse qual o critério adotado, como a definição da

concessionária a ser alimentada no sistema, o cronograma para alimentação, e os critérios de

escolha da concessionária. Portanto, a falta de definição das prioridades e estratégia da área faz

concluir que o sistema ainda não foi alimentado, e, consequentemente, não há previsão de ser

validado e implantado.

Do exposto, foi solicitado informar: a) como seria realizada a validação do sistema sem a

cobertura contratual, ou seja, sem o apoio da equipe técnica da empresa contratada, até que o

sistema seja implementado (versão final sem erros), b) a situação atual da alimentação dos

dados, qual concessionária escolhida, o cronograma de validação do sistema SIGFIS II, e c) se

existia alguma condicionante ou dificuldade que esteja impedindo, retardando ou dificultando o

processo de validação do sistema. Solicitou-se também uma nova apresentação da versão final

do SIGFIS II e do SISMULTAS.

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CAUSA

Falha no acompanhamento da implantação do sistema por parte da GEINV, uma vez que

o gerente da GEINV é o fiscal do contrato.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:

Por meio do Ofício nº 949/2011/GEINV/SUINF, de 13/6/2011, a empresa contratada foi

informada da suspensão do prazo de garantia (garantia total dos serviços), até que os problemas

apontados fossem sanados. Na oportunidade, a empresa foi informada de que estaria sujeita as

penalidades previstas em contrato se fosse constatada ausência ou falha dos serviços a serem

prestados.

Após a realização dos testes de validação das funcionalidades, houve necessidade de

readequação de algumas delas. Na oportunidade, foi solicitado também um novo cronograma de

execução dos serviços propostos e o aditamento do referido contrato, para dilatação do prazo

contratual.

Em 22/12/2012, a contratada foi notificada com fundamento nos Artigos 66 e 69 da Lei

Federal nº 8.666/93, pelo não cumprimento, em sua totalidade, do objeto do Contrato nº

054/2009, no sentido de oferecer condições para promoção das correções e adequações

necessárias.

Nessa mesma data foi assinado o Termo de Recebimento Provisório. O referido

documento informou-se mais uma vez à empresa contratada a execução parcial das adequações,

não previstas inicialmente, que surgiram quando da validação do sistema, existindo solicitação

para a execução das correções e adequações, às suas expensas, por conta dos defeitos ou

incorreções verificados, com fundamento no Art. 69 da Lei Federal nº 8.666/93, como condição

necessária ao recebimento definitivo dos serviços, no prazo máximo de 90 (noventa) dias,

conforme o § 3º, Art. 73 da referida Lei.

Nesse sentido, a empresa apresentou um cronograma de 90 dias, com início em 1/1/2012,

com o prazo final para implantação do sistema em 30/03/2012 (17 meses do prazo contratual).

Na oportunidade, a empresa se manifestou contrária a dilatação do prazo de garantia contratual.

O referido processo foi encaminhado à PRG da ANTT para consulta quanto à

aplicabilidade de medidas adicionais, que se manifestou favorável quanto à aplicação de

penalidade por descumprimento de clausulas contratuais. Assim, foi aplicada penalidade de

multa no valor de R$ 173.535,78, correspondente a 25% do valor total do mencionado contrato,

além da inscrição da empresa no Sistema de Cadastro de Fornecedores – SICAF, em

atendimento a Cláusula 14.4 do Termo de Referência.

Em 18/05/12, por meio do Memorando nº 484/2012/GEINV/SUINF, a GEINV informou

que a empresa contratada apresentou uma versão atualizada do sistema em 02/05/2012. Com o

encerramento do período de garantia será realizado o Recebimento Definitivo do sistema para

que as manutenções corretivas restantes possam ser realizadas pela Gerência de Tecnologia da

Informação – GETIN da ANTT.

Nesse sentido a GEINV solicitou à empresa o aditamento contratual, sem ônus para a

Agência, visando a prorrogação do prazo do contrato para eliminação das pendências já

detectadas para a completa validação do sistema. Em resposta a empresa não concordou e

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apresentou um novo cronograma de execução dos serviços de finalização do projeto, com prazo

final de 31/05/12.

Quanto à situação atual do Sistema, foi informado que assim que os ajustes fossem

concluídos pela GETIN/SUDEG, os dados de duas concessionárias serão incluídos, e após sua

validação será disponibilizado às concessionárias para a inserção dos dados fidedignos. Tanto o

SIGFIS como o sistema ARRECADAÇÃO (antigo SISMULTAS) encontram-se em teste para

posterior validação e serão finalizados juntamente.

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEINV apresentou por meio do

Memorando nº 614/2012/GEINV/SUINF, de 17/07/12, as seguintes informações:

“ O sistema SIGFIS encontra-se em homologação pela ANTT. Após o recebimento provisório,

foi solicitada à empresa a apresentação de cronograma para que fossem efetivadas as correções

e complementações necessárias para a utilização efetiva do sistema. Entretanto, esta não

cumpriu o acertado entre as partes.

Assim, a documentação relativa a última versão instalada do sistema foi disponibilizada pela

empresa BHTI Tecnologia, tendo sido remetida à Gerência de Tecnologia de Informação

(GETIN/SUDEG) para conferência, por meio do Memorando n? 265j2012/SUINF, de

06/07/2012.

Foi sugerido pelo fiscal do Contrato que as correções e adequações a serem implantadas para

possibilitar a utilização efetiva do sistema, fossem realizadas pela GETIN. Para tanto, após

análise da GETIN, caso haja concordância da referida gerência, será estabelecido um

cronograma de implantação, contendo a data da entrega da versão final do sistema.

A última versão do SIGFIS entregue pela BHTI está instalada na rede corporativa da ANTT,

mas depende de ajustes (correções e adequações) para efetiva utilização no ambiente da ANTT.

Cabe destacar que o Servidor DEUZEDIR MARTINS foi designado formalmente pela Diretoria

da ANTT, por meio da Portaria n? 390, de 06/11/2009, como fiscal do referido Contrato, cópia

anexa.

Por oportuno informamos que neste exercício foram adotadas todas as providências possíveis

envidando uma solução amigável com a empresa contratada, razão pela qual ponderamos que o

tópico poderia ser considerado como parcialmente atendido.” (grifo nosso)

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

Do exposto observa-se que o SIGIFS está em fase final de validação, com prazo final de

execução dos serviços pela empresa contratada até 31/05/12, e que, após este será elaborado o

termo de recebimento definitivo.

Entretanto, entende-se que o recebimento definitivo deve ser realizado quando da

extinção das obrigações da empresa contratada, ou seja, quando da entrega integral dos produtos

previstos no contrato, os quais se inclui a versão final do sistema SIGIFS II em pleno

funcionamento, sem erros, validado e homologado, e com a comunicação com o sistema

arrecadação. Para isso são necessários os testes que devem ser realizados com os dados das

concessionárias.

O que se observa na situação atual é que o sistema vai ser entregue pela empresa e

posteriormente os ajustes necessários, quando dos testes com os dados das concessionárias serão

realizados pela área responsável da Agência, sem cobertura do contrato inicial. Ou seja, a

implantação efetiva do sistema está a cargo da GETIN juntamente com os técnicos da SUINF.

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Em que pese os problemas constatados, no entendimento desta CGU, a implantação do

sistema e a efetiva utilização é de grande valia para a gestão e fiscalização dos contratos, e

dirime os problemas relatados. Além disso, foram constatados o interesse e o engajamento das

equipes de trabalho na implantação desse Sistema, o que leva a concluir ser uma ferramenta

relevante e importante para o desempenho da equipe e otimização das atividades.

Da análise das respostas ao Relatório Preliminar, observa-se que a situação descrita nesse

ponto persiste, ou seja, o Sistema SIGFIS II encontra-se “em homologação”, ou seja, ainda não

foi homologado até 17/07/12. A GEINV informou que a empresa contratada descumpriu o

cronograma de correções e complementações necessárias à utilização efetiva do sistema, e que

em 2011 adotou providências para a solução “amigável” com a empresa contratada, visando

obter a versão final sem erros do sistema e a sua efetiva utilização.

Destaca-se que a documentação da última versão instalada do sistema, mas que depende

de ajustes para sua utilização, foi disponibilizada pela empresa contratada e encaminhada, em

06/07/12, à Gerência de Tecnologia da Informação – GETIN/SUDEG para conferência. Na

oportunidade, foi sugerido pelo fiscal do contrato, o Gerente da GEINV, que a GETIN

procedesse às correções e adequações necessárias à utilização do sistema, entretanto, o

entendimento desta Controladoria é de que esta é uma responsabilidade da contratada.

Pelo exposto, observa-se que o prazo contratual e da garantia estão expirados, os produtos

especificados no contrato foram atestados pelo fiscal do contrato, o Gerente da GEINV, o valor

do contrato foi integralmente pago à empresa contratada, e os termos de recebimento provisório

e definitivo foram assinados. Além disso, a empresa apresentou a versão final do sistema com

necessidade de ajustes, ou seja, não apresentou a versão final do sistema sem erros (Produto 9 -

Versão Final do Sistema sem erros).

Por fim, a GEINV está sugerindo que a GETIN proceda às correções e adequações no

sistema, competência esta prevista no contrato como da empresa contratada. Apesar das

iniciativas da GEINV para solução das falhas no sistema, cabe destacar que o atesto dos produtos

e o pagamento do contrato foi autorizado pelo fiscal do contrato, o que corresponde ao atesto de

execução plena do contrato, o que de fato não se observa com a versão final do sistema com

erros. Destaca-se ainda, que o prazo para a versão final do sistema era dezembro de 2010, ou

seja, já passados mais de 19 meses sem o sistema estar implantado.

RECOMENDAÇÕES: Recomendação 001: Recomenda-se à Diretoria-Geral da Agência que juntamente com a GEINV,

defina uma solução visando a implantação efetiva do SIGIFS II e apresente a esta Controladoria

as providências adotadas, uma vez que no âmbito da Gerência, as providências não foram

suficientes, ou então apure a responsabilidade de quem deu causa à não implantação do sistema.

4.1.1.3. Informação

TRANSPARÊNCIA NOS PROCESSOS DE REAJUSTE E REVISÃO DAS TARIFAS DE

PEDÁGIO NAS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS.

Na auditoria de Acompanhamento da Gestão 2009 foi constatado que as revisões

(ordinárias e extraordinárias) e reajustes da tarifa básica de pedágio – TBP das concessionárias

sob responsabilidade da ANTT, aprovadas em 2009, não tiveram o documento técnico,

informando os motivos que ensejaram a revisão, os itens do PER acrescidos ou diminuídos, os

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itens pleiteados pela concessionária e alterados pela Agência, dentre outros, publicados no sítio

da Agência. Somente foram publicadas as Resoluções da Diretoria, com a aprovação da referida

revisão ou reajuste, indicando o novo valor da tarifa, a data de início da cobrança, o índice de

reajuste, entre outros.

Em consulta ao sítio eletrônico da Agência em 16/05/11, observou-se também que não

foram disponibilizados os Programas de Exploração da Rodovia - PER das concessões da 1ª

etapa. Somente constam no sítio eletrônico da Agência os PER das concessões da 2ª etapa, fase I

e II. Ressalta-se que a alteração proveniente das revisões pode resultar na alteração do PER, por

isso a necessidade de publicação do PER alterado.

Nesse sentido, foi recomendado à Agência a disponibilização para cada concessão das

notas técnicas (GEINV e GEROR) referentes aos processos de revisão que consistem na

avaliação da área técnica, as planilhas resumo com os itens do PER alterados e os novos itens

acrescidos ou diminuídos (facilitaria a identificação dos itens alterados), o parecer da área

técnica sobre a revisão, o voto da diretoria colegiada, entre outros.

A planilha resumo dos itens alterados do PER visa a diferenciação dos itens do PER

inicialmente aprovados para o PER atualizado e a consequente visualização, uma vez que

somente o PER atualizado/alterado é disponibilizado no site. Além disso, recomendou-se

também a disponibilização no sítio eletrônico dos PER padronizados e atualizados das

concessões da 1ª etapa. E por fim, foi recomendado o encaminhamento a esta CGU, dos

documentos referentes aos reajustes e revisões da tarifa de pedágio.

Em função do princípio da transparência e o dever da prestar contas por parte dos

gestores, com a finalidade de possibilitar o controle social, a Agência deve fazer constar em seu

sitio eletrônico, os documentos técnicos que fundamentam as revisões e reajustes da tarifa de

pedágio para todas as concessões, bem como os PER alterados resultantes dessas revisões.

No entendimento desta Controladoria, do mesmo modo que os processos de outorga dos

trechos rodoviários federais a serem concedidos atingem a sociedade, os processos de reajuste,

revisão e reavaliação da tarifa básica de pedágio também o fazem (usuário da rodovia, empresas

transportadoras de cargas e passageiros, população lindeira, etc.). Portanto, entende-se adequado

ser dada a mesma transparência dos processos de outorga aos processos de reajuste e revisão das

tarifas e de repactuação e reavaliação dos contratos de concessão. A falta dessa transparência

macula o princípio da transparência e, em consequência, podendo ocasionar a restrição ao

controle social.

Por meio do Memorando nº 219/2010/SUINF, de 15/07/2010, a SUINF informou que as

Resoluções da Diretoria Colegiada que aprovam as revisões e reajustes das tarifas de pedágio são

publicadas no site da Agência juntamente com as resoluções. Visando organizar melhor a

transparência, tais revisões (Resoluções) foram inseridas no espaço de cada concessionária no

site da ANTT, próximos ao contrato e demais dados gerais das concessionárias (como as Notas

Técnicas e os Votos da Diretoria Colegiada).

Em 31/05/11, a SUINF informou que as notas técnicas da GEFOR e GEINV, bem como

o voto da Diretoria Colegiada sobre os reajuste e revisões da tarifa de pedágio seriam

disponibilizados no sítio eletrônico da Agência até 30/06/11. A conclusão da disponibilização foi

em 31/08/11, sendo inserida no site da ANTT uma pasta nomeada “Revisão e Reajuste da Tarifa

Básica de Pedágio”, para cada concessionária, onde estão disponibilizados os documentos

referentes aos reajustes e revisões da Tarifa Básica de Pedágio por ano.

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Em 2011, a GEINV realizou outras atividades visando a transparência, tais como: a

padronização e atualização dos PER das concessões da primeira etapa e posterior

disponibilização no sítio eletrônico da Agência. Além disso, foi prevista a padronização das

Notas Técnicas de Revisão da TBP e dos Pareceres de Inexecuções de forma a proporcionar aos

usuários e a sociedade de modo geral, as informações de uma forma mais clara, facilitando sua

compreensão aos mais diversos segmentos da sociedade. Tal procedimento é importante também

para a uniformização do custo regulatório. Entre as possibilidades, vislumbrou-se a utilização de

tabelas resumo.

Em 15/02/2012, a GEINV informou que em função da necessidade de adaptação dos

documentos à Resolução nº 3.651/2011, o prazo para a elaboração e padronização da planilha

resumo com indicação dos itens alterados na Revisão era 31/05/2012, a tempo de ser utilizado

nas Revisões de tarifa que acontecerão no segundo semestre de 2012, visando sua utilização

quando das próximas revisões, em anexo às notas técnicas. Já a padronização das Notas Técnicas

de Revisão tem previsão até o final de 2012.

Por meio do Memorando nº 484/2012/GEINV/SUINF, de 18/05/12, a GEINV informou

que além da elaboração e padronização da planilha resumo dos itens alterados do PER foi

elaborado e padronizado um quadro resumo de inexecuções, referente às revisões de tarifa básica

de pedágio realizadas em 2010.

Com relação ao fluxograma da atividade revisão e reajuste da tarifa básica de pedágio, as

Notas Técnicas do processo, bem como as planilhas de cálculos (em formato digital) estão sendo

encaminhadas à CGU, em até dez dias após a aprovação pela Diretoria Colegiada.

No Relatório Preliminar de auditoria, foi solicitado que área responsável informasse

como foram aprovados os documentos referentes à revisões dos contratos de concessão

rodoviária (quadro resumo de inexecuções, a planilha de itens do PER alterados, notas técnicas

padronizadas, etc.).

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEINV apresentou por meio do

Memorando nº 614/2012/GEINV/SUINF, de 17/07/12, as seguintes informações:

A padronização dos primeiro Pareceres de Inexecuções está em desenvolvimento já

considerando às novas determinações da Resolução nº 3.651/2011, relativas ao fluxo de caixa

marginal. E tendo em vista que serão os primeiros Pareceres onde serão apuradas inexecuções

de obra com até dois cronogramas (considerando os dois fluxos marginal e original), está sendo

feita uma análise mais detalhada de como deverão ser realizados os cálculos. No próximo ano,

os Pareceres de Inexecuções, previstos para serem elaborados entre janeiro e junho de 2013

estarão com a padronização já realizada.

Não obstante, foi realizada a padronização de planilha resumo para as inexecuções. Tais

planilhas estão sendo encaminhadas, em anexo, relativo às ultimas apurações realizadas.

Serão empreendidos todos os esforços para que a padronização das Notas Técnicas de Revisão

já ocorram neste ano, especialmente quanto à utilização de tabelas resumo. As primeiras estão

previstas para agosto /2012 (data do reajuste das Concessionárias da Ponte e NovaDutra).

O documento resumo recomendado, com a indicação dos itens alterados na Revisão, já estão

sendo elaborados quando da análise das propostas de Revisão, em anexo às Notas Técnicas.

Encaminhamos, em anexo, como exemplo, o documento resumo relativo à Concessionária

Autopista Fernão Dias, com o resumo das alterações realizadas na 4a Revisão Ordinária e 3a

Revisão Extraordinária da TBP, publicada em dezembro/ll.”

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Do exposto, observa-se que a área responsável desenvolveu instrumentos que

incrementam a transparência dos processos de revisão e reajuste tarifário, tais como: Notas

Técnicas de Revisão, Pareceres de Inexecuções, Planilha resumo de itens alterados do PER e

Quadro de Inexecuções. Além disso, o gestor procedeu à disponibilização destes instrumentos no

sítio eletrônico da Agência, além das resoluções de aprovação das revisões/reajustes. Essas

atividades demonstram o comprometimento da Agência com o princípio da transparência

visando o controle social e a satisfação dos usuários.

Nesse sentido, solicita-se que as providências e essas boas práticas adotadas pela GEINV

sejam apresentadas quando da elaboração do Plano de Providências Permanente 2012, visando o

acompanhamento e possíveis sugestões desta Controladoria.

4.1.1.4. Informação

REPACTUAÇÃO DO CONTRATO DE CONCESSÃO DO PÓLO DE PELOTAS/RS

A auditoria de Acompanhamento da Gestão 2008 teve como escopo a verificação dos

motivos que ensejaram a proposta de aumento da Tarifa Básica de Pedágio - TBP da concessão

do Polo Rodoviário de Pelotas, resultante da Revisão IV do Programa de Exploração Rodoviária

- PER da Empresa Concessionária de Rodovias do Sul S/A - ECOSUL, solicitada em 14/11/06.

Como resultado da auditoria supracitada, foi recomendado que a ANTT, entre outras,

promovesse a readequação dos orçamentos e realizasse nova avaliação dos investimentos e dos

quantitativos, preços unitários e composições de custo dos preços unitários de alguns serviços,

em função das discrepâncias constatadas em campo.

Como providências a SUINF revisou os valores dos investimentos das Obras de Arte

Especiais - OAE's e dos quantitativos e preços unitários dos serviços, fez nova avaliação nos

investimentos e quantitativos dos serviços para recuperação do pavimento, e realizou análise

técnica do projeto executivo da obra de recomposição do talude da BR - 116/RS, visando

encaminhar nova proposta de revisão do PER. Em julho de 2010 a GEINV concluiu a análise da

proposta da Concessionária e, após a efetivação de retificações e alterações, encaminhou à

SUINF sua proposta de Revisão do referido PER, que seria posteriormente encaminhada para

apreciação pela Diretoria da ANTT.

Em 22/07/10 foi encaminhado ao Ministério dos Transportes - MT o Ofício nº

1.013/2010/DG/ANTT, que dentre outros assuntos apresentou as premissas possíveis para a

repactuação do contrato de concessão do Polo de Pelotas, a saber: desativação da praça de

pedágio Jaguarão e consequente redução da extensão do trecho concedido, de 623,4km para

323,3 km; manutenção do tráfego contratual ou utilização dos estudos do CENTRAN,

considerando a indução provocada pela duplicação da BR-392; manutenção ou não da isenção

para múltipla passagem e motos; inclusão ou não de novos investimentos; readequação dos

custos operacionais; alteração da relação comercial para 2 eixos/passeios; previsão adicional de

3,5 milhões (a PI) para recuperação de OAE‟s; e definição de nova TIR para investimentos

adicionais. O Ofício menciona ainda, que a proposta foi discutida no âmbito do Ministério dos

Transportes, da Fazenda e da Casa Civil.

A Nota Técnica nº 163/GEROR/SUINF/2010, de 01/12/10, descreve a proposta de

repactuação do Contrato de Concessão do Polo de Pelotas, definida pela ANTT em conjunto com

o Ministério dos Transportes e da Fazenda, e a Casa Civil. Esta Nota analisa os efeitos sobre o

equilíbrio econômico-financeiro do contrato, bem como as planilhas de simulação da referida

proposta.

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A proposta de repactuação exclui os trechos concedidos (Pelotas-Jaguarão (134 km),

Pelotas - Bagé (161,1 km) e acesso aos Molhes (5,4 km)). Neste caso o Ministério dos

Transportes deve manifestar-se, tendo em vista que o trecho excluído passará a ser de

responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, órgão

vinculado a este Ministério.

Em 16/02/2011, em resposta à recomendação da CGU de definição de um cronograma de

entendimentos junto ao Ministério dos Transportes para a aprovação da repactuação do contrato

de concessão do Polo de Pelotas/RS, a SUINF informou as providências a serem implementadas:

a) Produto 1: Aprovação por meio de Resolução da Diretoria Colegiada, de metodologia

usando o Fluxo de Caixa Marginal para reequilíbrio dos novos investimentos e

serviços, ou suplementações de serviços previstos no PER, de todos os contratos de

concessão rodoviária, incluindo os da primeira etapa e Polo de Pelotas/RS;

b) Produto 2: Confecção dos fluxos de caixa marginais para cada contrato de concessão,

bem como seu detalhamento e premissas;

c) Produto 3: Após a aprovação da Resolução pela Diretoria Colegiada da ANTT, seria

encaminhado ao Ministério dos Transportes um projeto específico para cada contrato,

incluindo-se a ECOSUL, com os investimentos adicionais a cada contrato que

necessitar, visando à aprovação daquela pasta;

d) Após a aprovação do Ministério dos Transportes seria efetuada negociação com as

concessionárias; e

e) As providências decorrentes dos produtos 1, 2 e 3, dependem de manifestação do

Ministério dos Transportes, e que após a aprovação seria efetuada negociação com as

concessionárias.

Por meio da Resolução nº 3.651/11, de 07/04/11, a Agência aprovou a metodologia de

recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão de rodovias

federais da 1ª Etapa, da 2ª Etapa – Fase I e do Polo Pelotas. Nesse sentido, a Agência deveria

encaminhar ao MT os fluxos de caixa marginais para cada contrato de concessão com o

detalhamento e as premissas, e os projetos específicos com os investimentos adicionais,

incluindo-se o da ECOSUL, para a aprovação do referido ministério.

Em relação à repactuação do contrato da ECOSUL, a SUINF informou que não foi

autuado processo para tratar do assunto na Agência. Posteriormente, por meio do Ofício nº

491/2011/DG, de 19/07/11, a área responsável encaminhou a Informação nº 003/2010/SUINF

que apresenta o desenvolvimento do Projeto estruturante 1.6 que trata da Metodologia de revisão

dos contratos de concessão, e nesse projeto a repactuação da ECOSUL é tratada como um

projeto piloto (processo nº 50500.010568/2010-56).

Do exposto, observou-se que as medidas adotadas pela área técnica da Agência

subsidiaram adequadamente a proposta de repactuação do contrato da ECOSUL, e que o

cronograma das etapas para a repactuação foi atendido. Dessa forma, não haveria necessidade de

novo envio da proposta ao Ministério dos Transportes.

Nesse sentido, foi solicitado no Relatório Preliminar, que a Agência informasse

especificamente com relação ao contrato da ECOSUL, a situação atual referente à repactuação e

se houve novas negociações junto ao MT, e à repactuação dos demais contratos de concessão, ou

seja, se os produtos 2 e 3 já foram elaborados e aprovados pela Agência e encaminhados ao

Ministério dos Transportes para aprovação (encaminhar os documentos comprobatórios de cada

produto e de encaminhamento ao MT).

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Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEROR apresentou por meio do

Memorando nº 070/2012/GEINV/SUINF, de 17/07/12, as seguintes informações:

“Convém incluir o Produto 4: Aprovação, por meio de Resolução da Diretoria Colegiada, de

metodologia de cálculo da Taxa Interna de Retorno que será utilizada no Fluxo de Caixa

Marginal de todos os contratos de concessão de rodovias. Essa resolução deve ser aprovada e

publicada nos próximos 30 dias.

Para os demais contratos de concessão, serão assinados termos aditivos visando incluir nos

contratos os fluxos de caixa marginais. Para a 1ª etapa de concessões, os termos aditivos já

foram negociados com as concessionárias e estão em fase de aprovação jurídica pela

Procuradoria desta Agência. Para a 2ª etapa, ainda estão em fase de negociação com as

concessionárias. A previsão é que neste 2º semestre de 2012 sejam assinados os termos aditivos

de todos os contratos.

A Resolução nº 3.651/11 não determina que a ANTT deva encaminhar ao MT os fluxos de caixa

marginais para cada contrato de concessão com o detalhamento e as premissas, e os projetos

específicos com os investimentos adicionais.

Conforme anteriormente mencionado, foi enviado para apreciação do MT somente o processo de

repactuação do contrato da ECOSUL, onde é proposta a exclusão de alguns trechos do polo

rodoviário. Apenas os investimentos adicionais de grande porte a cada contrato de concessão da

1ª etapa é que devem ser aprovados pelo MT. Neste momento, a ANTT aguarda manifestação

daquela Pasta para posterior negociação com a concessionária. Como comprovação, estamos

enviando um CD com o Ofício nº 688/2011/DG, que encaminha para análise do MT a Nota

Técnica nº 106/GEROR/SUINF/2011 e anexos, que tratam da repactuação do Contrato de

Concessão da ECOSUL.

Em relação ao Produto 2, informamos que já foram confeccionados os Fluxos de Caixa Marginal

– FCM para cada contrato de concessão, e estes já estão sendo utilizados nas revisões da TBP de

cada contrato. No entanto, ressalta-se que os cálculos referentes ao FCM estão sendo executados

com valores de contrato, no que tange aos valores de tráfego e da Taxa Interna de Retorno - TIR,

em virtude de a Resolução que disporá sobre o cálculo da TIR ainda não ter sido publicada

(Produto 4).

O Produto 3 refere-se a investimentos adicionais de grande porte a cada contrato de concessão

da 1ª etapa que devem ser aprovados pelo MT. Esses investimentos serão inseridos pelo Fluxo de

Caixa Marginal e serão propostos tão logo a Resolução da ANTT, que disporá sobre a Taxa de

Remuneração (TIR) desses investimentos, seja publicada.”

Da análise da resposta ao relatório preliminar, observa-se que a proposta de repactuação

do contrato de concessão do Polo de Pelotas foi encaminhada ao MT em 16/09/11, por meio do

Ofício nº 618/2011/DG, e que até a presente data não houve manifestação daquela Pasta.

Quanto à repactuação dos demais contratos de concessão, serão assinados termos aditivos

visando incluir nos contratos os fluxos de caixa marginais. Para a 1ª etapa de concessões, os

termos aditivos já foram negociados com as concessionárias e estão em fase de aprovação

jurídica pela Procuradoria desta Agência. Para a 2ª etapa, ainda estão em fase de negociação com

as concessionárias, com previsão de que sejam assinados no 2º semestre de 2012.

Por todo o exposto, solicita-se que quando da elaboração do Plano de Providências

Permanente 2012, a área responsável apresente o andamento das providências para a repactuação

dos demais contratos, bem como a resposta do MT quanto ao contrato do Polo de Pelotas, caso

houver.

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4.1.1.5. Constatação

PROCESSOS DE APLICAÇÃO DE PENALIDADES, ÀS CONCESSÕES RODOVIÁRIAS,

SEM CONCLUSÃO

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2008, constatou-se a falta de normatização e

padronização dos instrumentos de controle dos contratos de concessão, e dentre esses o de

controle de aplicação de penalidades. Na oportunidade, foi recomendada a elaboração de um

controle de acompanhamento dos TRO's e da aplicação das penalidades, e posteriormente

submissão à aprovação da Diretoria-Geral - DG.

No Plano de Providências 2009, a SUINF informou que o acompanhamento dos TRO‟s e

dos Processos de Aplicação de Penalidades3 emitidos, quando da verificação de inconformidades

durante as atividades de fiscalização, tem sido feito de forma descontínua entre as Unidades

Regionais e a SUINF, não havendo mecanismo de controle de acompanhamento específico. Uma

primeira ação para controle destes foi a criação de um banco de dados na GEFOR/SUINF para

controle e acompanhamento dos PAS, visando à apuração de penalidades contratuais aplicadas

às Concessionárias.

Na auditoria de Acompanhamento da Gestão 2009, da análise da planilha de controle de

PAS, observou-se que dos 337 processos existentes: 260 não constituíram multa, e 77 tiveram

multa constituída com o valor total somando mais de 6 milhões. Desses 77 processos, 43 tiveram

multas suspensas pela DG com o valor somando mais de R$ 3 milhões, e 34 não foram

suspensos, sendo que o valor das multas constituídas e ainda não cobradas totalizava R$ 2,954

milhões.

Com relação à atuação da SUINF e da GEFOR, constatou-se que: 100% (50) dos PAS

sem a Defesa Prévia não tiveram a Decisão da GEFOR; 69% (195 de 284) dos PAS com a

Defesa Prévia não tiveram a decisão da GEFOR; 100% dos PAS decididos pela GEFOR (89)

tiveram recurso interposto à SUINF; e 43% (39 de 89) PAS com recurso à SUINF não tiveram

decisão da SUINF.

Em suma, em 2009, a GEFOR e a SUINF não atuaram (não emitiram as decisões dos

PAS) nos prazos previstos nas Resoluções nº 442/04 e 2.689/08 incorrendo, quando do não

arquivamento do processo, na não aplicação da penalidade, seja de multa ou advertência.

Cabe resgatar como está prevista a execução dos processos de aplicação de penalidades,

conforme legislação vigente da ANTT. Combinando o disposto nas Resoluções nºs 442/04 e

2.689/08, observa-se o seguinte:

1º) A concessionária é notificada da irregularidade por meio de Auto de Infração - AI ou Notificação de Infração

- NI, contendo, em anexo, a Nota Técnica com a infração contratual ou regulatória devidamente

fundamentada, e indicando prazo para correção da irregularidade;

2º) Esgotado o prazo especificado no AI ou NI, a fiscalização da ANTT deverá verificar se houve a correção da

irregularidade que caracterizou a infração, e não havendo a correção ou não tendo esta sido aceita pela

fiscalização, a GEFOR expedirá nova NI;

3º) Após o recebimento de AI ou NI, a concessionária tem o prazo de trinta dias para a apresentação de

defesa junto à GEFOR;

4º) Apresentada ou não a defesa, findo o prazo de 30 dias, a GEFOR (1ª instância), decidirá em trinta dias,

podendo ser prorrogado por igual período, motivadamente, aplicando penalidade ou determinando o

3 O processo de aplicação de penalidade é uma espécie de processo administrativo simplificado. Nesse caso será

definido como PAS.

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arquivamento do processo, caso em que comunicará o fato a SUINF. Decidindo pela aplicação de penalidade,

a GEFOR expedirá "Notificação de Multa" ou "Notificação de Advertência;

5º) Em caso de multa a concessionária poderá pagá-la no prazo de trinta dias ou interpor recurso à SUINF,

no prazo improrrogável de dez dias. Da decisão da GEFOR, cabe recurso, que deverá ser julgado no

prazo de quinze dias úteis pela SUINF, podendo ser prorrogado por igual período;

6º) Se o valor da multa aplicada for igual ou superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) a SUINF emitirá

Nota Técnica com análise do recurso apresentado e encaminhará o processo à Diretoria, para seu julgamento;

7º) A decisão da DG será proferida em despacho devidamente fundamentado, no prazo de trinta dias,

prorrogável por igual período. Julgado procedente o recurso, o processo será arquivado. Se julgado

improcedente, se a sanção aplicada for de multa, a concessionária deverá efetuar seu pagamento no prazo de

trinta dias, contados do recebimento da respectiva comunicação.

Ou seja, segundo a legislação vigente, o PAS é um processo de rito sumário, com prazos

definidos para atuação de cada responsável. Considerando a atuação das 1ª e 2ª instâncias,

GEFOR e SUINF, respectivamente, o PAS deveria ser concluído em até 130 dias. Após o

término dessa etapa, às concessionárias cabe o recurso à Diretoria-Geral, que deverá ser decidido

em trinta dias, podendo ser prorrogado.

Como providências, a GEFOR informou que objetivando instrumentar as decisões

subsequentes, formando jurisprudência, entendeu como relevante começar a análise pelos

processos de maior complexidade relativos ao período inicial das concessões da 2ª etapa, por

conterem uma maior diversificação de problemas a serem saneados, gerando orientações sobre as

questões de maior recorrência.

No entendimento da Gerência, essa sedimentação de entendimentos propiciaria uma

maior consistência nos futuros processos tal que, acreditava-se que, no decorrer de 2010, o

passivo estivesse sanado e o trâmite dos processos alcançasse uma situação de regime. Visando

dar prosseguimento de pelo menos 90% dos PAS autuados, foi sugerido um Plano de Trabalho,

para agilizar as decisões relativas aos PAS até dezembro de 2010. Entretanto, em 2010 não se

observou a realização dessa meta.

Na Auditoria de Avaliação da Gestão 2009, constatou-se uma morosidade tanto da

GEFOR como da SUINF na análise dos PAS, em desconformidade com os prazos previstos nas

Resoluções nºs 442/04 e 2.689/08, podendo ensejar na falta de aplicação de penalidades às

concessionárias de rodovias.

Cabe destacar as observações realizadas por esta Controladoria com relação aos

argumentos da GEFOR e da SUINF, conforme excerto do Relatório de 2009, a seguir:

“... a incompatibilidade da atuação dos servidores da Agência que fazem a fiscalização das concessões

com os normativos existentes, tais como a não fixação de prazo para correção do problema, o não

encaminhamento da notificação de autuação, entre outros. Tais fatos podem ser explicados pela falta de

padronização, de treinamentos, de instrumentos de orientação, como manuais e procedimentos de

fiscalização.

Outra questão apontada pela GEFOR versou sobre a não fixação de prazo para atuação nos PAS

(Resolução 2.689/2008). Entretanto, esta equipe entende que, por ser o PAS um processo administrativo

SIMPLIFICADO, deveria possuir um rito sumário em relação aos processos administrativos em geral, sem

deixar de observar os princípios do devido processo legal e o da ampla defesa. A não fixação de prazo

torna subjetiva a atuação do servidor, o que não é razoável. Como exemplo podemos transcrever o texto

da Resolução 2.689, de 13 de maio de 2008 que, sabiamente, evitou fixar prazos para julgamentos de alta

complexidade.”(grifo nosso)

Na oportunidade, foi recomendado criar outros campos no banco de dados vigente,

visando indicar outras informações importantes, como: data das decisões da GEFOR, da SUINF

e da Diretoria-Geral, este último, para as multas com valor maior ou igual a R$1.000.000,00;

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data de recolhimento ou pagamento da multa; campo com informação do responsável, do prazo

para execução da garantia do contrato e da cláusula contratual ou dispositivo da resolução que

regulamenta esse procedimento.

Essa recomendação tinha como objetivo verificar o cumprimento dos prazos previstos nas

resoluções, para a decisão da GEFOR, SUINF e da DG, para a interposição dos recursos e para o

pagamento. Esses campos foram inseridos pelo GEFOR na planilha mas ainda constatou-se falha

no preenchimento da planilha de controle de PAS, uma vez que informações de um campo

conflitavam com outro, bem como não havia atualização da informação em todos os campos

existentes.

Além disso, sugeriu-se a utilização de critérios de materialidade, relevância e criticidade,

além de outros critérios como Primeiro que Entra Primeiro que Sai - PEPS para os novos PAS e

Último que Entra Primeiro que Sai - UEPS para o passivo (PAS autuados antes da entrada dos

gestores no cargo de Gerente e Superintendente), na análise dos PAS, visando não descumprir os

prazos definidos nas resoluções nºs 442/02 e 2.689/08, no caso dos PAS autuados em 2010.

Ainda nessa linha, recomendou-se a criação de um Grupo de Trabalho técnico com servidores de

carreira da própria Agência, com independência e autonomia, para que apresentasse uma

proposta objetiva de atuação sobre os estoques pendentes, considerando as variáveis básicas de

seleção (materialidade, relevância e criticidade).

Tanto a sugestão como a recomendação não foram acatadas pela GEFOR e pela SUINF,

em virtude da utilização de um critério próprio, não sendo informado à equipe de auditoria da

CGU, a qual entendeu que o gestor adotou critério subjetivo.

Em julho de 2010 foi iniciada ação de controle específica para acompanhamento e

avaliação da atuação da SUINF e suas Gerências nos PAS, conforme especificado no Plano de

Trabalho supracitado. A partir daí, foi encaminhada mensalmente, até o 5º dia útil do mês

subsequente, a planilha atualizada de controle dos PAS.

Paralelamente à análise das planilhas encaminhadas, foram analisados 15 PAS, como

parte da amostra formada com base nos critérios de materialidade, relevância e criticidade. Como

resultado, foram observadas inconformidades em todos os PAS. Ou seja, a atuação da GEFOR

se resumiu à sua Decisão (de 1ª instância), que após o recurso interposto pela concessionária, a

SUINF encaminhou de volta à GEFOR para apreciação e análise. Nessa etapa, verificou-se

novamente a atuação morosa tanto da Gerência, como da Superintendência, mesmo sem a

presença de fatos novos.

Dentre essas inconformidades, destacam-se: PAS decorrente de desnível entre pista e

acostamento superior a 5 cm, com valor previsto de R$1.129.000,00, com decisão de 1ª instância

(GEFOR) e recurso à SUINF há 6 meses sem a decisão da superintendência; PAS decorrente de

Execução de Obra em desacordo com o projeto aceito pela ANTT, com valor previsto de

R$1.100.000,00, o qual ficou 7 meses na GEFOR para análise do recurso à SUINF e,

posteriormente, mais 7 meses sem a decisão do recurso pela SUINF; PAS decorrente de deixar

processo erosivo em taludes sem solução, com notificação de multa expedida 1 mês e meio após

a decisão de 1ª instância, estando sob análise da GEFOR por 2 meses e posteriormente

encaminhado à SUINF, que demorou mais de 4 meses para sua decisão.

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2010, foi constatado, na análise do processo da

Metodologia de Revisão dos contratos de concessão - projeto estruturante 1.6, a necessidade de

alteração da legislação para compatibilidade com os contratos de concessão e suas etapas, uma

vez que os contratos da 2ª etapa definem um nível de rigorosidade maior na aplicação da multa,

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gerando multas elevadas em relação às concessionárias da 1ª etapa para um mesmo problema

verificado, e que tal fato prejudica a celeridade da análise dos PAS. À época, foi observada a

discussão inicial sobre o tema, entretanto, não foi observada a continuidade do processo.

Nesse sentido, cabe ressaltar que, apesar das discrepâncias informadas pela GEFOR , as

multas são aplicadas em conformidade com a legislação e com as cláusulas contratuais vigentes,

conforme transcrito a seguir:

“19.18. Na aplicação das sanções será observada regulamentação da ANTT quanto a graduação da

gravidade das infrações.

19.19. Caso a Concessionária não proceda ao pagamento da multa no prazo estabelecido neste Contrato,

a ANTT utilizará a caução prestada, nos termos nele previstos. 19.20. O processo administrativo de aplicação de penalidades observará o disposto na Resolução

específica da ANTT.

19.21. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação de multas reverterão a ANTT.”(grifo nosso)

Da cláusula acima, observa-se que quando a multa não é paga, o valor deve ser executado

da caução prestada pela concessionária. Quando do pagamento, esses valores são revertidos à

ANTT. Entende-se, como opção ao pagamento da multa, que esses valores podem ser revertidos

à modicidade tarifária e serem incluídos nas revisões ordinárias anuais.

Ainda na auditoria de 2010, foi analisada a planilha de controle geral de PAS, com a

posição atualizada em 31/05/11, resultando no Quadro XIII a seguir.

Descrição da situação dos PAS 2009 2010 Observações CGU

PAS autuados no ano 56 64

Valor previsto das multas 18.791.597,13 27.251.947,97 Esse valor é o previsto nas resoluções da ANTT e nos

contratos.

PAS finalizados/arquivados 21 19 PAS com defesa prévia deferida, AI invalidado, multa

cancelada, etc.

Valor 3.970.400,00 3.868.400,00 Esse valor é o da multa que deveria ser constituída. Não

é o valor previsto.

PAS não finalizados/arquivados,

que devem seguir o rito

processual.

35 45 63% dos PAS autuados em 2009, e 70% dos PAS

autuados em 2010 devem ser apurados.

Valor 13.015.664,00 10.406.770,00 Esses valores representam 69% (2009) e 38% (2010) do

valor total previsto dos PAS autuados.

PAS com Defesa Prévia em

análise pela GEFOR 3 26

A DP deve ser apresentada até 30 dias da autuação e a

GEFOR deve decidir em até 30 dias (prorrogável).

Decorridos mais de 1 ano, nos PAS de 2009 não houve a

decisão da DP pela GEFOR. Decorridos 5 meses, nos

PAS de 2010 não houve a decisão da DP pela GEFOR.

Somatório do valor das multas não informado

na planilha 7.238.000,00

R$7.238.000,00 sem decisão de 1ª instância (sem

providências). O exercício já e o de 2011 e esses PAS

não tiveram o andamento conforme as resoluções da

ANTT.

PAS com Decisão da GEFOR (1ª

instância) 32 19

A GEFOR decidiu em 91% (2009) e 58% (2010) nos

PAS que seguiram o rito processual.

Valor total das multas 13.015.664,00 3.168.770,00

PAS com recurso interposto à

SUINF 31 19

A resolução dispõe que da decisão da GEFOR, cabe

recurso, que deverá ser julgado no prazo de quinze dias

úteis pela SUINF (prorrogável)

PAS com recurso decidido pela

SUINF 0 0

100% dos PAS com decisão de 1ª instância em 2009 e

2010 e com recurso interposto à SUINF não foram

decididos pela Superintendência.

Valor total das multas sem

decisão da SUINF 13.015.664,00 3.168.770,00

Somando 2009 e 2010, são R$ 16.184.434,00 sem

decisão da SUINF, portanto sem apuração da

penalidade.

PAS com multas cobradas/pagas 0 0 Em 2009 e 2010 não houve cobrança, nem pagamento

de multa.

Quadro XIII - Análise da Planilha geral de PAS, atualizada em 31/05/11

Fonte: Planilha geral de PAS atualizada até 31/05/11.

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Por todo o exposto, pode-se concluir, à época, que: a) a planilha de controle dos PAS não

foi normatizada e aprovada pela Diretoria da Agência, bem como não existia instrução para

alimentação do banco de dados; b) incompatibilidade da atuação dos servidores da Agência que

fazem a fiscalização com os normativos existentes, decorrentes da falta de padronização, de

treinamentos, de instrumentos de orientação, como manuais e procedimentos de fiscalização; c)

morosidade na atuação da GEFOR e da SUINF; d) necessidade de alteração da legislação para

compatibilidade com os contratos de concessão e suas etapas; e e) a análise do recurso à SUINF

estava sendo realizada pelos mesmos servidores da GEFOR que analisaram o PAS na 1ª

instância.

Desse modo, foi recomendada: a padronização e normatização do banco de dados

existentes e a aprovação de instrução para alimentação do banco de dados; a elaboração e

aprovação de orientação para preenchimento dos TRO, autuação dos PAS e elaboração das

notificações de infração e notas técnicas; a elaboração e aprovação de instrumentos de orientação

para análise dos PAS; a designação de servidores para análise dos PAS e para alterar a legislação

de aplicação de penalidades visando a compatibilidade com os contratos de concessão e suas

etapas; a definição do cronograma para aprovação da nova legislação; e a avaliação da inclusão

nos contratos ou na resolução, de cláusula de reversão dos valores referentes ao pagamento das

multas à modicidade tarifária, bem como de condicionante à aprovação da revisão ordinária

anual ao fim do andamento do processo autuado há pelo menos dois anos anteriores ao da

revisão.

Em resposta, por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a área responsável

informou que a morosidade na análise de 2ª instância sob responsabilidade da SUINF ocorreu

devido a necessidade de se vencer a primeira instância e a implementação de procedimentos

para converter o valor das multas em benefício ao usuário, através da modicidade tarifária ou

mecanismo similar. Com relação à decisão do recurso à SUINF, informou que os PAS que

apresentavam fatos novos serão analisados pela própria GEFOR, mas não se manifestou no caso

de não apresentação de fatos novos.

Quanto à planilha de controle de PAS a GEFOR informou que estava padronizada e

atualizada, e que não era necessário aprovação da Diretoria, visto ter função de controle interno

da Superintendência. A alimentação é realizada por servidor da GEFOR, devidamente

capacitado, com orientação específica do Gerente. Entretanto, não foi observada a atualização

dos dados em virtude da constatação de campos com informações conflitantes.

Com relação à alteração da legislação e a reversão dos valores das multas à modicidade

tarifária, foi informado que a alteração de resoluções relativas à aplicação de penalidades foi

analisada por um grupo de trabalho GEFOR/GEROR e as propostas foram apresentadas por

meio da Nota Técnica nº 001/GEROR/GEFOR/2011, de 12/07/11, o qual foi encaminhado em

15/07/11 à Superintendência de Regulação - SUREG para continuação das providências. O

cronograma apresentado foi:

- Análise da proposta de resolução pela SUREG/GEATO = 60 dias (set/11)

- Análise da minuta de resolução pela PRG = 30 dias (out/11)

- Audiência Pública =75 dias (jan/12)

- Publicação da resolução = 30 dias (fev/12)

Apesar da atuação da GEFOR e da SUINF para aprovação da nova resolução, em maio

de 2012 a Superintendência juntamente com a Gerência estavam solucionando o impasse da

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necessidade de ir à Audiência Pública ou não (3ª etapa do cronograma). Ou seja, a previsão

inicial não foi cumprida.

Referente à reversão dos valores das multas à modicidade tarifária, a GEFOR informou

que a inserção do valor da multa no fluxo de caixa da concessionária provoca um impacto menor

que 0,2% na Tarifa Básica de Pedágio de todas as concessionárias. O repasse da multa para o

usuário pelo mecanismo de inserção do valor referente no fluxo de caixa da concessão é, desta

forma, insatisfatório, uma vez que a redução tarifária é tão pequena que não provocaria alteração

da tarifa praticada. Acrescenta-se ainda que essa inserção no fluxo de caixa propiciaria à

concessionária o pagamento da multa diluído ao longo do prazo da concessão. Essas

particularidades favorecem o concessionário em detrimento de uma redução tarifária

imperceptível para o usuário.

Por outro lado uma multa do Grupo 5 equivale a até 2% dos investimentos de uma

concessionária, alcançando, no caso da Ponte, a mais de 8% da previsão de investimentos do

ano de 2011. Ou seja, o impacto do pagamento da multa pelo concessionário é em média,

desconsiderando casos extremos, 15 vezes maior do que o repasse na tarifa para o usuário da

rodovia. Considerando que o objetivo da multa é a penalização da concessionária, acredita-se

que essa forma é a mais adequada para este mecanismo.

Por fim, quanto à morosidade na análise dos PAS, ao final de 2010 restaram 39 processos

com pendência de decisão de 1ª instância. Em contrapartida, observou-se a morosidade de

atuação da SUINF, com o descumprimento dos prazos das resoluções nºs 442/04 e 2.689/08,

uma vez que os processos ficaram com pendência de decisão de 2ª instância. De maneira geral,

observou-se que os PAS não estão tendo sua conclusão em função dessa morosidade. Como

exemplo disso, verificou-se PAS autuado em abril de 2009 e em abril de 2011 ainda não havia

sido concluído (mais de 2 anos sem a conclusão do processo, que segundo a legislação interna da

Agência, deveria ser concluído em até 130 dias). Além disso, não houve manifestação sob a

competência da análise dos PAS para decisão de 2ª instância sem ocorrência de fatos novos.

Com relação ao elevado número de PAS sem conclusão (em 2009 e 2010, no total, são

R$ 16.184.434,00 sem decisão da SUINF, portanto sem apuração da penalidade) o Diretor-Geral

da ANTT, na Reunião de encerramento dos trabalhos da auditoria de avaliação da gestão 2010,

realizada em 21/07/11, firmou compromisso de serem definidas metas para a finalização destes

PAS, com a criação de um núcleo para a análise destes processos, incluindo pessoas da

procuradoria junto à Agência.

CAUSA:

Falha do controle interno da GEFOR e da SUINF sobre os processos de aplicação de

penalidades. A não aprovação da nova legislação de aplicação das penalidades e o elevado

número de processos sem conclusão são atos na esfera de competência da Diretoria-Geral, tendo

em vista que a ele compete a coordenação das competências administrativas, conforme consta do

art. 26 do Regimento Interno da Agência.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE:

Em 19/09/11, a GEFOR informou que: foram inseridas nas planilhas as datas

recomendadas. Informou também que foi desenvolvido fluxograma para o processo de

penalidade, que embasa a alimentação dos dados; e a alteração de resolução relativa à aplicação

de penalidades é prioridade para a SUINF, sendo que a mencionada alteração se encontra

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incluída na Agenda Regulatória da ANTT, a qual contempla todas as resoluções prioritárias da

instituição.

Além disso, foram designados servidores para o apoio à SUINF na análise dos processos

para decisões de 2ª instância. Ao final de 2011 a meta é concluir, no mínimo, 90% do passivo de

responsabilidade exclusiva dessa Superintendência.

Em 14/02/12, a GEFOR informou que a Resolução que trata de penalidades está

concluída, e o impasse relativo a sua remessa para apreciação da Diretoria Executiva se resume

em submeter ou não à Audiência Pública.

Informou ainda que o banco de dados de controle de PAS está plenamente operacional,

atualizado e disponível. No exercício de 2011 foram concluídos 117 (cento e dezessete)

processos de aplicação de penalidade que se encontravam em 2ª (segunda) instância. Como a

tramitação dos processos administrativos, instaurados com base na Resolução nº 2.665/08, a

partir da fase de Notificação de Multa ficou suspensa entre 13/10/11 (Resolução nº 3727/11) e

29/12/11 (Resolução nº 3.760/11), ainda restam 40 (quarenta) PAS com providências a serem

tomadas pela SUINF.

Por fim, na reunião da busca conjunta de soluções, 15/05/12, a GEFOR apresentou a

planilha resumo dos PAS finalizados em 2011, na qual consta que foram analisados 144

processos, dos quais 31 foram arquivados, em 30 a multa foi paga, em 8 foi aplicada a

penalidade de advertência e em 75 foi realizado o Termo de Ajuste de Conduta – TAC.

Além disso, foi encaminhada a justificativa de 2 PAS analisados nos quais foi constatada

a conversão de penalidades pecuniárias nos valores de R$360.000,00 e 750.000,00 em

penalidade de advertência, com fulcro no artigo 9º da Resolução nº 2.665/08, que define que as

multas poderão ser convertidas em advertências, conforme disposto a seguir:

“Art. 9º As infrações previstas nesta Resolução serão apuradas em Processo Administrativo

Simplificado - PAS, nos termos da Resolução específica.

§1º Caso sejam as circunstâncias da infração consideradas favoráveis ao infrator, o valor da

penalidade de multa poderá ser reduzido em até 60% (sessenta por cento), nos termos da

Resolução específica mencionada no caput.

§2º Na hipótese de infrações descritas nos Grupos 1, 2 ou 3, desta Resolução, caso o valor da

penalidade tenha sido reduzido ao máximo e as circunstâncias assim o justifiquem, a

penalidade de multa poderá ser substituída pela de advertência.”

As circunstâncias atenuadoras estavam previstas no artigo 94 da Resolução nº 442/04,

transcrito a seguir, nas quais a concessionária se enquadrava em duas:

“Art. 94. Para efeitos de aplicação de penalidades serão sempre consideradas as circunstâncias

agravantes ou atenuantes, inclusive os antecedentes e a reincidência, atentando-se,

especialmente, para a natureza e a gravidade da infração, os danos resultantes para os serviços

e os usuários e a vantagem auferida pelo infrator (Lei nº 10.233/2001, art. 78-D).

§ 1º São circunstâncias atenuantes, dentre outras:

I - a confissão da autoria da infração;

II - a adoção, voluntariamente, de providências eficazes para evitar ou amenizar as

consequências da infração, ou para reparar, antes da decisão do processo ou de determinação

da autoridade competente, os efeitos da infração;

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III – a inexistência de infrações, definitivamente julgadas, praticadas pelo mesmo infrator nos

três anos anteriores. (alterado pela Resolução nº 847/05)

IV - a inexistência de infrações praticadas pelo infrator, nos três anos anteriores.

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEFOR encaminhou o Memorando nº

208/2012/GEFOR/SUINF, de 17/07/12, esclarecendo que foram concluídos 144 processos de

penalidades em 2011, número nunca antes atingido no setor. Informou que houve empenho

extraordinário de toda a equipe da GEFOR para amenizar a situação do passivo herdado por gestões

anteriores.

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

Com relação à planilha de controle de PAS, o entendimento desta Controladoria é pela

necessidade de revisão e atualização de todos os seus campos. Este entendimento é corroborado

pelo Relatório da Auditoria Interna nº 09/AO/AUDIT/2011, de outubro de 2011, uma vez que da

análise da planilha de controle foram verificados processos paralisados e com informações

defasadas.

Quanto à finalização dos PAS, apesar de serem analisados 144 processos pela SUINF em

2011, o total de processos existentes até maio de 2012, conforme campo “instância” da planilha

de controle, era de 522, sendo 225 processos concluídos (arquivados e pagamento recolhido) e

297 a serem concluídos (defesa prévia em análise, recurso em análise, efeito suspensivo da DG).

Ou seja, apesar da atuação da Agência ainda resta um passivo considerável a ser vencido.

Ainda com relação à conclusão dos PAS, ressalta-se a informação do mesmo Relatório da

Auditoria Interna supracitado, no qual a decisão de 1ª e 2ª instâncias não estão obedecendo os

prazos previstos nas Resoluções nº 442/04 e 2.689/08.

Com relação à alteração da Resolução 2.689/08, verifica-se que, até maio de 2012, não

havia sido realizada a Audiência Pública, o que paralisa o processo de aprovação da nova

resolução.

Em relação aos PAS para os quais foram assinados TAC‟s, da leitura dos artigos 16 a 18

da Resolução 442/04, o entendimento desta Controladoria é o de que se trata de instrumento de

medida cautelar a ser aplicado aos processos administrativos como um todo, que não o Processo

Administrativo Ordinário, ao qual se tipifica o PAS. Ressalta-se que os processos

administrativos ordinários estão dispostos no capítulo II da resolução, ou seja, trata-se de uma

especificidade para os processos de aplicação de penalidades, visando dar celeridade ao

processo.

“Art. 16. Com a finalidade de corrigir pendências, irregularidades ou infrações, a ANTT, por

intermédio da Superintendência competente, poderá, antes ou depois da instauração de processo

administrativo, convocar os administradores e os acionistas controladores das empresas

concessionárias, permissionárias ou autorizadas para prestação de esclarecimentos e, se for o

caso, celebração de Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Art. 17. O TAC conterá:

I - data, assinatura e identificação completa das partes;

II - especificação da pendência, irregularidade ou infração e da fundamentação legal,

regulamentar ou contratual pertinente; e

III - o prazo e os termos ajustados para a correção da pendência, irregularidade ou infração.

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§ 1º O prazo a que se refere o inc. III será estabelecido pelo Superintendente competente,

considerando as particularidades do caso, podendo ser prorrogado por decisão da Diretoria da

ANTT.

§ 2º No transcurso do prazo fixado, o processo administrativo, se instaurado, ficará suspenso.

Art. 18. Decorrido o prazo estipulado no TAC, a autoridade competente verificará a execução do

compromisso assumido pela empresa concessionária, permissionária ou autorizada, atestando o

seu cumprimento, ou não, mediante relatório específico.

§ 1º Comprovado o cumprimento do compromisso, o processo, se instaurado, será arquivado,

sem prejuízo das sanções civis ou penais cabíveis.

§ 2º Verificado o não cumprimento do compromisso, serão adotadas as providências necessárias

à instauração do processo administrativo para apuração das responsabilidades e aplicação das

penalidades cabíveis ou ao seu prosseguimento, se anteriormente instaurado.”

Por fim, com relação aos 2 PAS aos quais foi apresentada a justificativa da conversão de

penalidade pecuniária em advertência, cabe ressaltar que à época da decisão (agosto e setembro

de 2011) não foram apresentadas as justificativas, conforme dispõe a Resolução 2.665/08.

Mesmo com o apontamento da inexistência de justificativa pela Auditoria Interna no Relatório nº

09/AO/AUDIT/2011, de outubro de 2011, somente em maio de 2012 elas foram apresentadas.

Portanto, verifica-se a necessidade de monitoramento e aperfeiçoamento dos controles internos

da área sobre os processos de aplicação de penalidades.

Da análise, especificamente da resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, quanto ao

passivo de gestões anteriores, cabe detalhar o quantitativo dos 522 processos autuados de 2005 a

2012, e constantes da planilha de controle da GEFOR, atualizada em maio de 2012, conforme

Tabela 3 seguir. Dessa Tabela, observa-se que o passivo de gestões anteriores somam 211

processos, enquanto da gestão atual totalizam 311 processos.

Ano Nº de processos Gestão

2005 8 Gestão anterior

2006 17 Gestão anterior

2007 75 Gestão anterior

2008 165 111 processos da Gestão anterior (jan a ago/08) e 54 processos da

Gestão atual

2009 58 Gestão atual

2010 61 Gestão atual

2011 108 Gestão atual

2012 30 Gestão atual (até maio/2012)

Tabela 3: Quantitativo de processos de aplicação de penalidades autuados de 2005 a 2012

Fonte: Planilha de controle de processos de aplicação de penalidades da GEFOR, de maio/2012.

A informação de conclusão de 144 processos de aplicação de penalidades, apresentada no

Memorando nº 208/2012/GEFOR/SUINF, de 17/07/12, conflita com a informação apresentada

pela mesma GEFOR, em 14/02/12, quando da 2ª Revisão do PPP 2011, de que em 2011 foram

concluídos 117 processos.

Desses processos concluídos, cabe destacar que 75 foram objeto de Termo de Ajuste de

Conduta – TAC, o qual dispõe que o valor total das multas aplicadas foi revertido em obras e

serviços a serem realizados na concessão do Polo de Pelotas.

Por todo o exposto, conclui-se pela necessidade de aprovação por meio de norma interna

da Agência, e posterior submissão à Diretoria-Geral da Agência, de um procedimento de

controle dos processos de aplicação de penalidades.

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RECOMENDAÇÕES:

Recomendação 001: Recomenda-se à GEFOR que, juntamente com a SUINF, elabore uma

norma interna da Agência contendo a orientação de preenchimento dos autos de infração e

termos de registro de ocorrência, em consonância com a Resoluções ANTT 442 e 2.689, e

posteriormente encaminhe à Diretoria-Geral para conhecimento e validação.

Recomendação 002: Recomenda-se à GEFOR que, juntamente com a SUINF, elabore uma

norma interna da Agência contendo o procedimento de controle dos processos de aplicação de

penalidades com a identificação dos prazos de cada instância administrativa, a planilha

atualizada e com todos os campos preenchidos, a periodicidade de atualização da planilha, e

posteriormente encaminhe à Diretoria-Geral para conhecimento e validação.

Recomendação 003: Recomenda-se a GEFOR que, juntamente com a SUINF, elabore uma

norma interna da Agência contendo o procedimento de verificação e atesto do cumprimento dos

compromissos assumidos em virtude dos TAC‟s firmados, o modelo do relatório específico, os

prazos para elaboração do relatório, os modelos de termos de quitação, entre outros, e

posteriormente encaminhe à Diretoria-Geral para conhecimento e validação.

Recomendação 004: Recomenda-se à Diretoria-Geral que, juntamente com a SUINF e GEFOR,

defina uma solução para a conclusão dos 297 processos (decisões de 1ª e 2ª instância e decisão

dos pedidos de reconsideração à DG) pendentes, ou então apure a responsabilidade pela não

conclusão desses processos, bem como do não atendimento do prazo das Resoluções ANTT 442

e 2.689.

Recomendação 005: Recomenda-se à Diretoria-Geral que defina, juntamente com a SUINF e

GEFOR, um cronograma de aprovação da nova resolução de aplicação das penalidades.

4.1.1.6. Constatação

INADEQUAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS DE

CONCESSÃO RODOVIÁRIA

Em 2008 foi constatada a falta de normatização e padronização dos instrumentos de

fiscalização e controle dos contratos de concessão. Na oportunidade foi recomendada a

elaboração de instrumentos de fiscalização (manuais, procedimentos, relatórios, etc.) dos

contratos de concessão das rodovias concedidas, para posterior aprovação pela Diretoria-Geral.

Dentre as providências a serem adotadas em 2009 constava a elaboração e aprovação de

instrumentos de fiscalização como: Manual de Fiscalização de campo com os procedimentos de

inspeção; Modelo de Termo de Registro de Ocorrência – TRO; Relatório de registro de

ocorrência – RRO; Relatório de Inspeção de Gestão ou Supervisão da Fiscalização; Relatório

Bimestral de Gestão ou Supervisão da Fiscalização; Relatório Anual de Supervisão da

Fiscalização; Relatório Anual de Gestão; e Modelo de Relatório Mensal de Fiscalização de

Campo.

Em novembro de 2009 foi aprovado pela Diretoria, por meio da Deliberação n.º 301/09,

de 24/11/09, o Plano Anual de Fiscalização 2010, no qual constavam os modelos de documentos,

os procedimentos de fiscalização, o modelo de Relatório Mensal de Fiscalização e o Manual de

Fiscalização de Campo. Entretanto, da análise do Manual constatou-se que não constavam

procedimentos específicos de fiscalização para verificação das condições das estruturas físicas

das rodovias concedidas, bem como contemplava a descrição de apenas 4 (quatro) das 8 (oito)

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estruturas (Pavimento, OAE, Elementos de proteção e segurança e Canteiro central e faixa de

domínio).

Nesse sentido, as fiscalizações realizadas com base no Manual aprovado não contemplam

a verificação das Obras-de-Arte correntes e sistemas de drenagem, dos terraplenos e estruturas

de contenção, dos sistemas elétricos e de iluminação e das Edificações, bem como a Operação da

Rodovia.

Constatou-se também que não constavam do Plano Anual de fiscalização os Relatórios de

Inspeção de Gestão ou Supervisão da Fiscalização, Bimestral de Gestão ou Supervisão da

Fiscalização, Anual de Gestão e de Supervisão da Fiscalização.

Na oportunidade, por meio do Memorando nº 153/2010/SUINF, de 27/05/2010, a SUINF

informou que a elaboração do novo Manual de Fiscalização abrangendo as rotinas dos

procedimentos para fiscalização das estruturas físicas, da monitoração e da operação das

rodovias, se daria no prazo de 7 (sete) meses, em conjunto com o planejamento anual de 2011,

não havendo ainda minuta preparada desse manual. Para os demais relatórios, de Inspeção de

Gestão ou Supervisão da Fiscalização e o Relatório Bimestral de Gestão ou Supervisão da

Fiscalização e o Relatório Anual de Gestão e o Relatório Anual de Supervisão da Fiscalização,

condensados em um único relatório anual, também previu-se um prazo previsto de 7 (sete)

meses. Ambos, tanto o manual como o relatório condensado não foram concluídos no prazo

previsto e, até maio de 2012, também não estavam elaborados.

Nesse sentido, foi recomendado para a adequação do Manual, que o mesmo deveria

contemplar todas as estruturas físicas da rodovia, bem como conter: os procedimentos

específicos de fiscalização dessas estruturas, da monitoração e operação da rodovia; os

parâmetros de desempenho de cada estrutura física da rodovia; o modelo de relatório mensal de

fiscalização; os modelos de documentos como TRO‟s, AI‟s; e os demais relatórios de

fiscalização elaborados pela ANTT. E ainda, que o Manual fosse independente do plano anual de

fiscalização, visando sua utilização como consulta (rápida e de mão) pelas equipes de

fiscalização nas Unidades Regionais e Postos de Fiscalização da ANTT, quando das

fiscalizações de campo, que proporcionasse o entendimento padronizado das equipes, bem como

a objetividade na inspeção, restando um mínimo de subjetividade na forma de execução do

procedimento.

Em 16/02/11, a SUINF informou que os demais relatórios de fiscalização (Relatórios de

Inspeção de Gestão ou Supervisão da Fiscalização, Bimestral de Gestão ou Supervisão da

Fiscalização, Anual de Gestão, Anual de Supervisão da Fiscalização) não seriam necessários,

pois o Relatório Mensal de Fiscalização é instrumento suficiente para consolidar as atividades de

fiscalização executadas mensalmente, tanto pela equipe de fiscalização, quanto de supervisão e

gestão da fiscalização. E ainda, informou que tendo em vista as limitações existentes considerou-

se a possibilidade de contratação externa para a elaboração do Manual, com prazo de

atendimento até 31/12/2012.

Em 27/04/11, foi solicitada a disponibilização do Plano de Ação da SUINF, assim como

o documento de definição interna das prioridades, o processo de contratação externa para a

elaboração dos manuais, e caso não existisse, informar como seria a contratação e a definição do

escopo.

Por meio do Memorando 197/2011/SUINF, de 29/04/11, com relação às providências a

serem adotadas para 2011, foi apresentada a definição das prioridades onde consta a elaboração

de 10 (dez) Manuais de Fiscalização contemplando nove estruturas físicas e a operação da

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rodovia. E ainda, a SUINF informou que diante das demandas em 2010, não foi possível

implementar melhorias no manual, com grande possibilidade de que o fato venha a se repetir no

exercício de 2011. Quanto à contratação externa, não foi autuado processo, mas a GEFOR

discutiu a definição do escopo para a contratação, bem como elaborou Minuta do Termo de

Referência. Desse modo, observou-se que o prazo inicial (25/02/11) para a elaboração e

aprovação, diga-se “melhoria”, do Manual de Fiscalização não foi cumprido, passando o prazo

para dezembro de 2012.

Quanto aos termos de registro de ocorrências e autos de infração, verificou-se que não

existe instrução de serviço, nem previsão de manual ou procedimento de orientação para o

preenchimento. Ou seja, apesar de treinamentos realizados nas Unidades Regionais e Postos de

Fiscalização, não existe a formalização ou orientação por meio de documentos que contemplem

a legislação aplicada, o procedimento, a formalidade, entre outras informações necessárias para

não torná-los inconsistentes, como foi o caso de alguns autos de infração preenchidos de forma

incorreta, o que levou à respectiva anulação.

Observou-se também que as orientações e padronização dos procedimentos de

fiscalização junto às Unidades Regionais e Postos de Fiscalização são realizadas por meio de

reuniões e treinamentos. Ou seja, a orientação/padronização não está devidamente documentada.

Entende-se que, dessa forma, as orientações/padronizações estão condicionadas às pessoas

ocupantes momentaneamente dos cargos de coordenação.

No Relatório Preliminar de auditoria, foi recomendado que fosse autuado processo para

contratação dos Manuais de Fiscalização, no qual conste, entre outros documentos, o termo de

referência e o cronograma de cada etapa até sua aprovação. Além disso, recomendou-se que

fosse realizado um estudo (indicando carga horária, nome do fiscal, lotação, etc.) sobre os

treinamentos, reuniões e discussões realizados em 2009 e 2010, e com base no resultado,

avaliasse a necessidade de novos treinamentos para a realização das fiscalizações visando à

padronização e orientação dos fiscais nas Unidades Regionais e Postos de Fiscalização, assim

como dos fiscais lotados na GEFOR. Por fim, recomendou-se a elaboração e aprovação de

instruções de serviço ou orientações sobre serviços relacionados à fiscalização, não

contemplados nos Manuais, tais como preenchimento de TRO, AI e RRO, relatório mensal de

fiscalização, autuação de processos de aplicação de penalidades, contemplando a legislação

aplicada, a orientação, a formalidade, entre outras informações necessárias.

Em resposta ao Relatório Preliminar, por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a

área responsável informou que seria elaborado o termo de referência e o cronograma de cada

etapa visando à autuação de processo e contratação dos dez Manuais de Fiscalização. Ressaltou-

se que ocorrem periodicamente reuniões da SUINF com suas gerências e as COINF com o

objetivo de: acompanhar o andamento das concessões; repassar orientações às UR/Postos de

Fiscalização de forma uniformizada; homogeneizar procedimentos, além de dirimir dúvidas e

levantar questões que necessitam de padronização. Entretanto, as

padronizações/homogeneizações não ocorrem na celeridade desejada em razão do amplo debate

sobre os tópicos que porventura geram dúvidas na regulação/fiscalização, para que haja consenso

e consistência nas orientações, a fim de reduzir a necessidade de revisões e alterações recorrentes

dos posicionamentos tomados.

Em relação à elaboração e aprovação de instruções de serviço ou orientações sobre

serviços relacionados à fiscalização, a área as considera muito importantes, e que as

orientações/padronização à fiscalização das UR/Postos de Fiscalização são realizadas, quando

necessário, presencialmente e por meio de memorandos circulares, e às concessionárias por

meio de ofícios circulares.

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CAUSA:

Existência de procedimentos inadequados para realização das fiscalizações, sem o devido

detalhamento de “como” realizá-las, além da falta de padronização. Não aprovação dos

manuais de fiscalização de campo por parte da GEFOR e da SUINF.

MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE:

Com relação aos procedimentos de fiscalização, em 19/09/11, a SUINF informou que as

questões mais relevantes e recorrentes foram abordadas em memorandos e, subsequentemente

serão convertidas em Instruções de Serviço, a serem incorporadas nos manuais de fiscalização, e

que as próximas reuniões terão suas atas formalizadas.

Quanto aos procedimentos para aplicação e preenchimento do TRO e AI, esses estão

definidos na Resolução ANTT nº 2.689/08, e os procedimentos para autuação e tramitação de

processos de penalidade são definidos pelas Resoluções nºs 442/04 e 2.689/08, além de

fluxograma desenvolvido pela GEFOR. Há também recomendação de procedimento no

Memorando Circular nº 009/2009/GEFOR/SUINF.

O Relatório Mensal de Fiscalização é definido pelo Plano Anual de Fiscalização. A

GEFOR ressaltou que está em estudo o aperfeiçoamento no modelo de Relatório, com um prazo

previsto para a aprovação desse novo modelo em 01/12/2012.

Com relação aos treinamentos/capacitação, foi disponibilizada planilha com a relação de

cursos realizados em 2010 e 2011,e, ainda, as solicitações de capacitações pleiteadas pela

GEFOR/SUINF para 2010. Além disso, a GEFOR informou que as capacitações para 2011

foram definidas diretamente pelo setor responsável. Em paralelo, investe-se em capacitação do

corpo de Agentes Fiscais da ANTT em técnicas de engenharia rodoviária e de gestão, para que a

aculturação dos conceitos permita uma regulação mais eficaz do que a propiciada,

exclusivamente, por manuais e instruções.

Em 23 de dezembro de 2011 foi autuado o Processo nº 50500.134556/2011-05 com a

Nota Técnica nº 216/2011/GEFOR/SUINF, relativo à contratação de Manuais Técnicos para

fiscalização dos contratos de concessão da infraestrutura rodoviária. Esta Nota tem como anexo

a minuta do Plano de Trabalho, que tem como objeto a prestação de serviços técnicos

especializados em transportes para desenvolvimento de estudos e pesquisas de natureza científica

e tecnológica, para identificação de mecanismos e procedimentos técnicos para a fiscalização

efetiva dos Parâmetros de Desempenho Rodoviário dos trechos rodoviários concedidos.

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEFOR encaminhou o Memorando nº

208/2012/GEFOR/SUINF, de 17/07/12, informando que está desenvolvendo o Plano de Trabalho

para contratação dos Manuais de Fiscalização e abertura de processo para contratação, atendendo o

Plano de Providências Permanente de 2011. Ressaltou que o desfalque no efetivo tornou mais

moroso o processo e que o prazo inicialmente previsto para a contratação é dezembro de 2012.

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

Com relação ao processo de elaboração do Manual de Fiscalização, restou clara a sua

necessidade uma vez que o existente não apresenta os procedimentos de fiscalização.

Inicialmente a área responsável informou que iria elaborar o manual, mas devido às limitações

existentes (tempo e pessoal) optou-se pela contratação externa, com prazo de elaboração até

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dezembro de 2012. Entretanto, até maio de 2012 não havia previsão de publicação do edital ou

de contratação.

Quanto aos procedimentos de fiscalização, na opinião desta Controladoria, a fiscalização

do atendimento dos parâmetros de desempenho do PER para as estruturas físicas se insere como

questão relevante, entretanto, a forma de fiscalização não é abordada em memorandos, sendo

esta prevista como objeto do Plano de Trabalho anexo à Nota Técnica nº

216/2011/GEFOR/SUINF. E ainda, a SUINF informou que essas questões relevantes serão

convertidas em Instruções de Serviço a serem incorporadas nos manuais de fiscalização, mas não

foi definido um cronograma, assim como não foram definidas quais são as questões relevantes.

Em relação aos procedimentos para aplicação e preenchimento do TRO e AI, ressalta-se

que o fluxograma de atualização do banco de dados de Processos de Aplicação de Penalidades –

PAS desenvolvido pela GEFOR não foi aprovado por nenhum documento formal da Agência

(memorando, resolução, etc.). Quanto ao preenchimento do AI, o Memorando Circular nº

009/2009/GEFOR/SUINF tem o objetivo de melhor caracterizar a irregularidade constatada,

recomendando que seja acompanhado de foto do local e da irregularidade.

Com relação aos cursos e treinamentos visando a capacitação dos agentes responsáveis

pelas fiscalizações, observa-se da análise do Plano de Capacitação 2011, a previsão de 2.138

vagas, com previsão de recursos da ordem de R$ 1,74 milhões. Das 1.394 horas de treinamento

de servidores da SUINF (considerando GEFOR e COINF), 464 horas, que representa

aproximadamente 34% do total de horas de treinamento, foram destinadas a cursos relacionados

com a fiscalização, entre eles, o de sinalização de obras, o de elaboração de relatórios e pareceres

técnicos e o seminário de operação de rodovias. Ou seja, não englobaram a fiscalização das

demais estruturas físicas da rodovia, com exceção da sinalização. Nesse sentido, não foram

constatados cursos de técnicas de engenharia rodoviária relacionadas ao pavimento, aos sistemas

de drenagem, às obras de arte especiais, dentre outros.

Relativamente ao modelo de Relatório Mensal de Fiscalização, a GEFOR ressaltou o seu

aperfeiçoamento , com um prazo previsto para a aprovação do novo modelo em 01/12/2012, o

qual será acompanhado no Plano de Providências Permanente.

Por fim, da análise dos memorandos encaminhados pela GEFOR, observa-se que várias

questões relacionadas à fiscalização dos contratos de concessão são abordadas nestes

documentos, tais como: a fiscalização do sistema de CFTV, a padronização das informações e da

análise dos relatórios de monitoração e RETOFFs, a padronização de procedimento para cadastro

dos PAS no SIGED, dentre outros. Entretanto, pode-se observar também que outros

memorandos, apesar de descreverem uma fiscalização do contrato de concessão, o fazem de

maneira pontual em vez de sistemática, tais como o levantamento das obras prevista no PER, e a

entrega do Planejamento Anual de Obras e Serviços.

Por todo o exposto, observa-se que, apesar da elaboração dos instrumentos de

fiscalização (memorando) por parte da GEFOR, no entendimento desta CGU os mesmos ainda

se apresentam de forma insuficiente e inadequada para a padronização. Além disso, ressalta-se

que os contratos de concessão existem desde a criação da Agência, mas somente em 2008,

decorrente das recomendações desta CGU, e dos novos contratos de concessão da 2ª etapa,

foram adotadas inciativas para definição de procedimentos de fiscalização dos contratos de

concessão.

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Portanto, passados mais de 3 anos, os procedimentos de fiscalização do atendimento dos

padrões de desempenho do PER (estruturas físicas, operação, etc) não foram elaborados e

aprovados, e os existentes atualmente encontram-se inadequados.

Da análise especificamente da resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, observa-se que

somente foi definido prazo para a contratação dos Manuais de Fiscalização e abertura de processo

para contratação (Dez/2012), faltando os prazos de elaboração e aprovação desses manuais.

RECOMENDAÇÕES:

Recomendação 001: Recomenda-se à GEFOR que elabore o cronograma de contratação, de

elaboração e de aprovação dos manuais de fiscalização do atendimento dos padrões de

desempenho do PER, e posteriormente apresente à Diretoria-Geral para conhecimento.

Recomendação 002: Recomenda-se à GEFOR que relacione todas as questões relevantes que

serão abordadas nas instruções de serviços e manuais, a serem fiscalizadas nos contratos de

concessão de rodovias.

Recomendação 003: Recomenda-se à SUINF que apresente o quadro referente à execução do

plano de capacitação 2012 previsto x realizado, por superintendência, gerências e COINF‟s,

indicando a descrição do curso, o quantitativo de horas e servidores.

4.1.1.7. Constatação

IMPLANTAÇÃO PARCIAL DOS SISTEMAS DE OPERAÇÃO DAS RODOVIAS

CONCEDIDAS

O PER das concessões da 2ª etapa dispõe que: “Caberá à Concessionária apresentar à

ANTT, previamente à arrecadação do pedágio, o Projeto Executivo Operacional, onde será

proposto o modelo de operação, que abrangerá a implantação e integração dos Sistemas de

Controle Operacional, Comunicação, Monitoração, Sensoriamento, Pesagem, Arrecadação de

Pedágio, e de Assistência aos Usuários, bem como Planejamento Executivo.”.

A Resolução nº 3.323-A, de 18/11/09, dispõe no seu artigo 3º que “As Concessionárias

das Rodovias Concedidas reguladas pela ANTT deverão adotar o Protocolo NTCIP, que

regulamentará a utilização para equipamentos, sistemas e aplicações ITS nas rodovias federais

concedidas”.

A Resolução teve como objetivo: promover a padronização da troca de informações entre

equipamentos ITS (Intelligent Transportation Systems), favorecendo sua integração, visando à

comunicação entre os equipamentos e sistemas de monitoramento de tráfego com os Centros de

Controle Operacional das concessionárias, com os sistemas de Agências e Órgãos Reguladores e

com os respectivos sistemas de coleta e gestão operacional das concessionárias.

No artigo 8º, ficou estabelecido o prazo de 18 meses para a conversão dos sistemas

existentes nas rodovias concedidas para esses padrões, ou seja, para as concessões mais antigas

(1ªetapa), portanto,18/05/11 . E no artigo 9º, o prazo foi de 6 meses para adoção desses padrões

nas compras de novos sistemas e equipamentos (concessões da 2ª etapa, fase I e II), ou seja,

18/05/10. Cabe ressaltar que nem a conversão e nem a adoção mencionadas ocorreram nos

respectivos prazos. Ressalta-se ainda, que a Resolução em questão já postergou o prazo para

implantação dos ITS além do previsto nos PER das concessionárias da 2ª etapa.

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Em 31/05/11, a SUINF informou que as postergações da implantação do modelo de

operação da rodovia, por meio do sistema ITS, foram consideradas para efeito da modicidade

tarifária, nas revisões da tarifa básica de pedágio, nos anos de 2009 e 2010. Ressalta-se que a

implantação do modelo de operação, que abrange a implantação e integração dos sistemas,

deveria ter sido proposta no Projeto e Planejamento Operacional da Rodovia e entregue antes do

início da arrecadação do pedágio, para as rodovias da 2ª etapa, fase I. Entretanto, em função da

necessidade de uniformização dos sistemas entre as concessões sob responsabilidade da ANTT e

a padronização das informações, optou-se por adotar o referido modelo. E ainda, pode-se

constatar, à época, que os sistemas ITS não foram implantados no prazo previsto, descumprindo

o previsto no artigo 8º da Resolução nº 3.323-A, de 18/11/09.

Nesse sentido, foi solicitado que a área responsável justificasse a não implantação

tempestiva dos sistemas ITS, em desconformidade com a Resolução 3.323-A/09, bem como

apresentasse o novo cronograma, por meio de resolução, para implantação desse sistema tanto

nas concessões da primeira etapa, como nas da segunda. Além disso, foi solicitado que caso não

estivesse prevista a aprovação pela ANTT dos sistemas para as concessões da primeira etapa,

fosse justificada e informada como seria a implantação destes.

Em resposta, por meio do Ofício nº 491/2011/DG, de 19/07/11, a área responsável

informou que, visando não causar um impacto na tarifa de pedágio, considerando que muitos

equipamentos ainda se encontram em sua vida útil, as concessionárias foram orientadas no

sentido de que a substituição dos equipamentos existentes pelos tipos de equipamentos

aprovados nas Resoluções 3.576, de 2/09/2010, e nº 3.322, de 18/11/2009, e com o protocolo

aprovado pela ANTT, fosse gradativa, na medida dos términos de vida útil dos mesmos.

Da análise da manifestação da área verifica-se que somente foi justificada a postergação

para os elementos existentes. Não houve justificativa para os sistemas novos, os quais deveriam

estar em operação em 29/06/10 (há dois anos). Nesse sentido, também pode-se verificar que a

concessão do novo prazo diz respeito aos sistemas existentes, não mencionando os sistemas

novos a serem implantados.

A aprovação dos estudos de implantação dos sistemas novos foi aprovada no último

trimestre de 2010 e no primeiro semestre de 2011 (mais de 3 meses após o prazo previsto na

Resolução 3.323-A/09 - 29/06/10, chegando a mais de 1 ano, como é o caso da Rodovia do Aço).

Portanto, a partir destas datas as Concessionárias estavam autorizadas a implantar os referidos

equipamentos, tendo em vista que tal obrigação, para a 2ª Etapa de Concessões, estava prevista

nos cronogramas vigentes para o 4º Ano de Concessão, o que de fato não ocorreu.

Por todo o exposto, observa-se o esforço e atuação da ANTT em solucionar o problema

em questão, mas nesse ponto questiona-se a atuação da Agência no seu papel principal que é o

da Regulação, onde poderia ter sido prevista, desde o processo licitatório ou desde o início das

concessões (fevereiro/2008), a utilização padronizada dos sistemas ITS, pois somente em

29/12/09 foi editada resolução regulamentando o protocolo NTCIP. Além disso, não se pode

deixar de mencionar a necessidade da existência de controles efetivos com alertas de prazos a

serem cumpridos pelas concessionárias, visando evitar a expiração do prazo para a posterior

tomada de providências.

CAUSA:

Morosidade da atuação da SUINF na implantação dos sistemas operacionais das

concessões de rodovias federais.

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MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE:

No Memorando nº 484//2012/GEINV/SUINF, de 18/05/12, a GEINV informou que essas

inexecuções contratuais estão sendo apuradas pela equipe técnica e estão sendo incluídas nos

processos de reajuste e revisão da tarifa. Além disso, esse processo pode resultar na aplicação de

penalidades pecuniárias previstas nos contratos de concessão e em resoluções específicas da

ANTT, independentemente das postergações em questão.

Ainda nesse memorando, a GEINV informou que as inexecuções relativas ao 4º ano de

concessão ainda estão sendo apuradas e os valores não empreendidos naquele ano (2012) serão

postergados para o 5º ano da concessão (até fevereiro e março/13). A situação atual de

implantação dos equipamentos será informada posteriormente.

Em 19/07/11, foi publicada a Resolução nº 3.693/2011, a qual concedeu novo prazo, até

30/06/2012, para a conversão dos sistemas existentes nas rodovias federais concedidas para os

padrões de Protocolos de Comunicação de Dados e Dicionários de Padrões de dados da NTCIP.

Ou seja, aplicável aos sistemas das concessões da 1ª etapa, não contemplando os sistemas das

concessões da 2ª etapa.

Em resposta ao Relatório Preliminar de auditoria, a GEINV apresentou por meio do

Memorando nº 614/2012/GEINV/SUINF, de 17/07/12, as seguintes informações:

a) Quanto à conversão dos sistemas de operação existentes (concessionárias da 1ª etapa):

“Serão descritas a seguir as informações prestadas pelas Concessionárias, lembrando que a

implantação do CNSO da ANTT ainda se encontra em análise. As Concessionárias CONCER,

NOVADUTRA, PONTE, CRT, CONCEPA informaram que a conversão dos equipamentos,

existentes nas rodovias sob sua administração, aos padrões do protocolo NTCIP foi concluída

até a data de 30/06/2012, data limite estabelecida pela Resolução nº 3.693, de 14/07/2011.

Na ECOSUL, não há equipamentos ITS implantados na Rodovia, não sendo necessária a

conversão.”

b) Em relação à implantação dos sistemas de operação (concessionária da 2ª etapa): “As

informações deverão ser apresentadas pela GEFOR”

c) Referente à justificativa para a postergação do prazo para conversão dos sistemas existentes

nas rodovias federais concedidas (concessões da 1ª etapa):

“As Concessionárias da 1ª etapa foram orientadas a implantar, inicialmente, servidor

concentrador de comunicação instalado no CCO para a conversão ao protocolo NTCIP, em

atendimento à referida Resolução, tendo em vista que a substituição dos equipamentos existentes

pelos equipamentos discriminados nas Resoluções nº 3.323/2009 e nº 3.576/2010 na Rodovia se

dará somente na reposição dos mesmos.

O protocolo NTCIP tem por objetivo a padronização da troca de informações entre

equipamentos ITS, favorecendo a integração de informações, e sua concentração no CNSO -

Centro Nacional de Supervisão Operacional da -ANTT. A conversão do sistema existente nas

rodovias é necessária, de modo geral, para que os dados sejam concentrados no CNSO da ANTT.

A prorrogação do prazo para a data de 30/06/2012, aprovada por meio da Resolução nº 3.693,

de 14/07/2011, ocorreu em função, especialmente, de que a implantação do CNSO na ANTT

estava dependendo da mudança para nova SEDE da ANTT, além de análise para determinar

seus custos, a qual foi encaminhada à SUDEG em janeiro de 2012.”

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d) Quanto à relação dos processos de aplicação de penalidade pecuniária às concessionárias

que não implantaram (concessões da 2ª etapa) os sistemas e equipamentos no prazo previsto

da Resolução nº 3.323-A, de 18/11/09: “A avaliação das justificativas pela não implantação dos

equipamentos nos cronogramas estabelecidos nos respectivos Contratos de Concessão estará a

cargo da GEFOR, na sequência das apurações anuais de inexecuções,”

e) Com relação ao sistema de controle de velocidade para as demais concessões da 1ª etapa;

“As Concessões ECOSUL, PONTE e CRT não tem previsão de implantação de equipamentos de

controle de velocidade em seus contratos. A necessidade de sua implantação está em análise e

serão definidas em Revisões do PER.

A CONCER tem por obrigação a implantação de 16 faixas em 2012. Nenhum equipamento foi

implantado ainda. O estudo apresentado recebeu Objeção da área técnica e aguarda-se sua

reapresentação pela Concessionária.

A NOVADUTRA tem, atualmente, 121 faixas operando na rodovia. 60 faixas foram implantadas

entre dezembro de 2009 e março de 2010 e as outras 61 faixas foram implantadas entre setembro

e dezembro de 2011.

Há previsão de instalação de 06 faixas na rodovia BR-290/RS no corrente ano. A proposta de

instalação se encontra em estudo.”

f) Quanto à manifestação do DPRF sobre a minuta de convênio referente à 2ª fase de

implantação do sistema de controle de velocidade:

“Em 17/05/2012, por meio do Ofício nº 119/2012-DG, o DPRF se manifestou a respeito da

minuta encaminhada pela Agência em 19/03/2012.

Após análise da minuta apresentada pelo Departamento, verificou-se que o DPRF promoveu

várias alterações inclusive quanto ao objeto destes, fato que impossibilita sua aceitação pela

ANTT. Dessa forma, encaminhamos cópia do Ofício nº 31l/2012/SUINF, por meio do qual esta

Agência solicita nova manifestação do DPRF a respeito do assunto.”

g) Quanto aos estudos técnicos do sistema de controle de velocidade da 3ª fase e a assinatura

dos convênios específicos:

“Além disso, informamos que os estudos técnicos do sistema de controle de velocidade da 3ª fase

(2ª etapa de Concessões) já foram apresentados ao DPRF que, após análise, autorizou a

implantação dos equipamentos nas Rodovias, estando pendente a autorização pelo DPRF, para

a operação desses equipamentos.

Cabe lembrar que a DPRF detém a competência para autorizar a operação dos referidos

equipamentos e esta condicionou a referida autorização à celebração de convênios específicos

com as Concessionárias.

A Agência tem a intenção de, até o final do ano corrente, promover as assinaturas dos convênios

necessários para a operação da 3ª fase. No momento, estão sendo realizados ajustes nas minutas

dos convênios com a Concessionária da NovaDutra que esta sendo usado como modelo para os

demais convênios.”

ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

Com relação ao sistema de controle de velocidade, constatou-se que, em 2011, ele não foi

implantado nas concessões da 2ª etapa. Quanto a esse sistema, a SUINF informou que estão

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contempladas 3 fases: 1ª fase são 60 faixas que estão operando na rodovia Presidente Dutra; 2ª

fase são 61 faixas em operação também na rodovia Presidente Dutra; e 3ª fase contemplando os

equipamentos a serem instalados nas concessões da 2ª etapa, fase I (não se incluindo a concessão

da BR - 116/324/BA).

A 1ª fase está em operação e os custos de processamento das multas estão contemplados

no Convênio de Cooperação Técnica nº 008/2008. Especificamente quanto à 2º fase, em função

do contingenciamento de recursos do orçamento do Departamento de Polícia Rodoviária Federal

– DPRF, o Departamento manifestou a necessidade de apoio para o processamento (emissão e

envio das notificações de autuação e penalidade) das multas de excesso de velocidade e,

posteriormente, de pessoal terceirizado para digitação (auxiliar administrativo e estagiário).

Como solução para a efetiva operação da 2ª fase de implantação do sistema de controle

de velocidade, em 19/03/2012 a Agência encaminhou ao DPRF minutas de convênios

específicos, os quais contemplam os custos de operação (processamento das multas) deste

sistema. A Agência aguarda a manifestação do Departamento para posterior negociação com a

concessionária.

Com relação à 3ª fase (sistema de controle de velocidade das concessões da 2ª etapa),

ressalta-se que já foi contemplada no 2º Termo Aditivo do Convênio de Cooperação Técnica nº

08/2008. Entretanto, a operação dos equipamentos está condicionada à apresentação dos estudos

técnicos a serem apresentados ao DPRF e à celebração de convênios específicos entre o

Departamento e às concessionárias, que até a maio de 2012 não tinha sido realizada.

Portanto, verifica-se que o sistema de controle de velocidade está em operação na

Rodovia Presidente Dutra, restando o convênio específico para processamento das multas da 2ª

fase. Entretanto, nada foi informado sobre os sistemas das outras concessões da 1ª etapa, exceto

o da rodovia Presidente Dutra. Com relação à 3ª fase, não foi informada a previsão da

implantação desses sistemas nas concessões da 2ª etapa.

Com relação às inexecuções, somente poderão ser avaliadas se estão efetivamente sendo

contabilizadas nas notas técnicas de revisão quando das próximas revisões tarifárias, pois se

referem às revisões do 4º ano de concessão. Com relação à operação do ITS, em 31/05/12, no II

Seminário de Operação Rodoviária, foi apresentado o ITS da Concessionária da BR-153/SP, à

exceção do sistema de controle de velocidade.

Cabe ressaltar que a finalidade maior não é o valor que está sendo descontado ou a

aplicação da penalidade, mas a prestação do serviço adequado na operação da rodovia, podendo

citar o controle de velocidade, os sistemas de mensagem variáveis, o controle de tráfego, entre

outros.

Ao se analisar, especificamente, a resposta ao Relatório Preliminar, observa-se que 5 das

6 concessionárias da 1ª etapa “informaram” ter concluído a conversão dos sistemas de operação

existentes até 30/06/12. A ECOSUL não tem equipamentos de ITS implantados. Em relação à

implantação dos sistemas de operação, das concessionária da 2ª etapa, não foi apresentado o

quadro com as datas de implantação desses sistemas, nem documento comprobatório da entrada

em operação dos sistemas.

Quanto à postergação do prazo para conversão dos sistemas de operação existentes nas

rodovias federais concedidas (concessões da 1ª etapa), a GEINV informou que decorreu,

especialmente, da implantação do CNSO, o qual estava dependendo da mudança para a nova

SEDE da ANTT, além da análise dos seus custos. Portanto, observa-se que uma medida

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administrativa, de responsabilidade exclusiva da Agência, postergou em 1 ano a implantação dos

sistemas de operação da rodovia, fato que prejudica a prestação do serviço ao usuário da rodovia

e beneficia as concessionárias.

Quanto aos processos de aplicação de penalidade pecuniária às concessionárias que não

implantaram (concessões da 2ª etapa) os sistemas e equipamentos no prazo previsto da

Resolução nº 3.323-A, de 18/11/09, não foi apresentado nenhum processo. No entanto, foi

informado que essa não implantação será verificada pela GEFOR, quando das apurações anuais

de inexecuções.

Com relação ao sistema de controle de velocidade para as demais concessões da 1ª etapa,

verificou-se que 3 das 6 concessões não tem previsão de implantação de equipamentos de

controle de velocidade em seus contratos, estando essa necessidade de implantação em análise, a

ser definida em Revisões do PER. Na BR-040/MG/RJ há obrigação de implantação de 16 faixas

em 2012, mas nenhum equipamento foi implantado ainda. Há previsão de instalação de 06 faixas

na Rodovia BR-290/RS no corrente ano, estando em estudo a proposta de instalação.

Quanto à 2ª fase do sistema de controle de velocidade, há uma divergência entre o

entendimento da Agência e do DPRF, restando nova manifestação do Departamento sobre a

minuta de convênio para solução do problema constatado. Com relação à 3ª fase, o DPRF

autorizou a implantação dos equipamentos nas rodovias, estando pendente a autorização para

operação, condicionada à assinatura dos convênios entre DPRF e Concessionárias, com

interveniência da Agência.

De modo geral, trata-se de um sistema de segurança aos usuários. Com as concessões, as

condições da rodovia melhoram induzindo o aumento de velocidade dos veículos que passam

pela rodovia. Daí constata-se a importância desse sistema, cujo objetivo é o de evitar acidentes.

Cabe ressaltar que 5 concessões da 1ª etapa, iniciadas no final dos anos 90, ainda encontram-se

sem o sistema de controle de velocidade em operação.

RECOMENDAÇÕES:

Recomendação 001: Recomenda-se à GEINV a apresentação do relatório de fiscalização ou de

documento que comprove a conversão dos equipamentos dentro do prazo (30/06/12).

Recomendação 002: Recomenda-se à GEINV que apresente a proposta de implantação desses

equipamentos na concessão do Polo de Pelotas, ou a solução a ser adotada para o controle da

operação da rodovia.

Recomendação 003: Recomenda-se à GEINV a apresentação do quadro com as datas de

implantação dos sistemas de operação, das concessionária da 2ª etapa, bem como do relatório de

fiscalização ou de documento que comprove sua implantação.

Recomendação 004: Recomenda-se à GEINV informar se a postergação do prazo de 1 ano para a

conversão dos sistemas das concessionárias da 1ª etapa foi considerada na Revisão da tarifa de

pedágio.

Recomendação 005: Recomenda-se que a GEINV dê celeridade na implantação das 3 concessões

da 1ª etapa sem a previsão inicial do sistema de controle de velocidade, e apresente as

providências adotadas e os respectivos resultados. Além disso, deve ser elaborado um

cronograma para a respectiva implantação, o qual deverá ser apresentado à Diretoria-Geral para

conhecimento e validação.

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Recomendação 006: Recomenda-se à Diretoria-Geral que, juntamente com a SUINF e GEINV,

promovam, com celeridade, gestão junto ao DPRF para implantação das 2ª e 3ª fases (assinatura

do convênio de operação, estudos, etc) do sistema de controle de velocidade.

4.2. Subárea - FISC SERV TRANSP ROD INTEREST E INTERN PASSAG

4.2.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

4.2.1.1. Informação

LICITAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERESTADUAL E

INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS

Em 2003, o TCU determinou à ANTT, por meio do Acórdão 1918/2003 – Plenário, que

fossem instaurados os processos administrativos com vistas a anular as outorgas de exploração

de serviços de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - TRIIP, que

haviam sido realizadas sem prévia licitação, após a promulgação da Constituição Federal de

1988. Com isso, a ANTT encaminhou ao Ministério dos Transportes (MT) sete planos de

outorga para análise.

Em 2004, por meio do Acórdão 1926/2004 – Plenário, foi determinado à Agência a

realização de estudos a fim de atualizar os procedimentos adotados para delegação do TRIIP à

iniciativa privada para a realização de futuras licitações. O Acórdão determinou ainda que a

ANTT promovesse pesquisas e estudos específicos de demanda de serviços de transporte de

passageiros e implantasse plano de contas uniformizado para as empresas permissionárias.

Em 2008, a CGU realizou ações de controle junto a ANTT com o objetivo de avaliar a

proposta do Novo modelo de outorga de permissões para o transporte rodoviário de passageiros,

Plano Geral de Outorga – PGO, anteriormente chamado “Planão”, bem como dos Planos de

Outorgas Individuais, chamado anteriormente de “Planinho”, e em especial o 7º Plano de

Outorgas, que trata da licitação de linhas que operam ou operavam autorizadas por medida

judicial.

Com relação à proposta do novo modelo de outorga de ligações para o transporte

rodoviário de passageiros para as 1.666 ligações, a avaliação consistiu na verificação do

andamento do processo para realização da licitação das permissões, com prazo limite inicial até

08/10/2008 e da metodologia para a exploração das permissões das ligações.

Quanto ao andamento do processo para realização da outorga das permissões, pode-se

concluir que o cenário para operacionalização da licitação, detectado à época apresentava uma

série de dificuldades como: a) restrição de pessoal do quadro da ANTT; b) grande quantidade de

processos administrativos e de informações a serem gerenciadas; c) razoável espaço físico

necessário para o desenvolvimento apropriado das tarefas; e d) exíguo tempo para

desenvolvimento das tarefas e cumprimento dos prazos legais. Destaca-se também que havia

responsabilidade da Secretaria de Política Nacional de Transportes - SPNT/MT no sentido de

contribuir, bem como viabilizar tempestivamente o Plano de Outorga em tela.

Em virtude da análise do Plano de Outorgas Individuais, do 7º Plano de Outorgas e das

Seções Secundárias e Minuta do Edital, foram encaminhadas recomendações à ANTT e

SPNT/MT, para que reavaliasse a necessidade da realização da licitação do 7º Plano de Outorgas

que se fundamenta em licitar as ligações operadas por medida judicial, bem como a propriedade

de licitar linhas com seções secundárias, em especial as que possuam várias seções secundárias,

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uma vez que essa questão, de pluralidade de seções secundárias, não estava aderente ao novo

modelo de permissão de transporte rodoviário de passageiros, em andamento.

Além das recomendações, acrescentou-se ainda a orientação de que a ANTT estudasse a

viabilidade de realizar os procedimentos licitatórios para permissão das 1.666 ligações em lotes,

por blocos de ligações, de forma a mesclar trechos com níveis de rentabilidade diferenciados,

buscando criar condições mais atrativas, de modo a prevenir ocorrência de licitações desertas.

Como consequência dessas recomendações e orientações, em março de 2008, foi

modificado o modelo de outorgas a ser adotado nas licitações, com a adoção da definição de

lotes que incluíssem ligações mais rentáveis e menos rentáveis em um mesmo objeto de

licitação, que constituíam o Plano Geral de Outorga – PGO.

As etapas para realização da licitação do PGO foram acompanhadas em 2008.

Inicialmente, o cronograma previa o prazo até 16/09/2008 para a realização da licitação.

Posteriormente, a Agência apresentou um novo cronograma, com a realização das licitações por

grupo de Regiões até meados de 2009. Seguindo esse cronograma, a ANTT realizou em agosto

de 2008 duas Audiências Públicas (nº 087 e 089/2008), com o objetivo de receber contribuições

sobre a Modelagem e Projetos Básicos dos lotes de ligações com origem e destino na região

Nordeste como também sobre as Minutas de Editais de Permissão e Contratos de Permissão

relativos à delegação de Serviços de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros.

Em virtude das sugestões de aperfeiçoamento do modelo decorrentes da realização das

Audiências Públicas, constatou-se a necessidade de ações para permitir a efetiva incorporação de

melhorias ao modelo para licitação dos serviços de transporte interestadual de passageiros,

dentre os quais a concepção da licitação do projeto integral, com a apresentação de todo o

sistema aos licitantes e maior prazo para adequações do Modelo. A partir disso, foi redefinido

um novo cronograma para licitação das linhas de transporte rodoviário de passageiros, a qual

tinha datas limites de junho de 2009 a publicação do edital, julho de 2009 a realização do leilão e

até outubro de 2010 a celebração dos contratos e início da operação das novas linhas.

Da nova concepção para a licitação das linhas de transporte rodoviário, originou-se o

ProPass Brasil – Projeto da Rede Nacional de Transporte Rodoviário Interestadual de

Passageiros, aprovada pela Deliberação ANTT nº 407/2008. O projeto consiste na reestruturação

do transporte rodoviário regular interestadual de passageiros, com distância superior à 75 km,

decorrente da definição da nova rede de transporte, a partir da apresentação dos elementos

operacionais e da disponibilização dos estudos de viabilidade econômico-financeiros dos

serviços. Além disso, o projeto abrange 98,5% das ligações que compõem o Sistema de

Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros, e tem como objetivo

principal a qualificação dos serviços pelo princípio da concorrência, da modicidade tarifária, da

gestão e controle da regulação.

A partir disso, foi aberta a Consulta Pública nº 01/2008 para tornar público e colher

sugestões para o ProPass Brasil, sendo iniciada no dia 13/10/2008 e indo até 22/04/2009. Como

consequência da consulta, os estudos da ANTT demonstraram elementos de riscos que, se

confirmados, tornariam vulneráveis os estudos realizados para delegação dos serviços. Entre

esses elementos, destaca-se a diferença verificada entre a frota cadastrada na ANTT e a frota

mínima encontrada no ProPass. Essa diferença foi atribuída, principalmente, à utilização dos

dados de demanda informados pelas empresas permissionárias, por ser esse o principal insumo

utilizado na estimativa de atributos operacionais e financeiros dos lotes a serem licitados.

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Em função dos riscos mencionados, a Agência propôs a realização de uma pesquisa

operacional específica, a ser utilizada na redefinição dos atributos operacionais e da demanda

dos lotes de licitação. Essa pesquisa permitiria verificar a consistência dos dados utilizados e o

devido ajustamento de aspectos relevantes, como tempo de viagem, Índice de Aproveitamento

Padrão – IAP e dimensionamento da frota. Outra questão foi que a licitação em questão

envolveria a maior parte das ligações atendidas atualmente e que possivelmente traria alterações

significativas na relação empresas-mercados atendidos de maneira que o processo de transição

entre o sistema atual e o resultante do processo de licitação deveria ser elaborado com a máxima

cautela e com o devido detalhamento, demandando um prazo adicional para o seu planejamento.

Nesse sentido, seriam necessários ajustes no cronograma com estimativa de lançamento do edital

para o mês de dezembro de 2010.

O Acórdão nº 2.517/2009 – TCU – Plenário aprovou nova data para a realização do

processo licitatório referente aos serviços regulares de transporte rodoviário internacional e

interestadual de passageiros, prevendo entre os meses de novembro de 2009 e abril de 2010 uma

pesquisa operacional para verificar a demanda e a oferta visando à otimização da rede.

Em decorrência da nova prorrogação da licitação, a ANTT autorizou em 18/11/2009 por

meio das Resoluções nº 3.320 e 3.321, alterando, respectivamente, as Resoluções nº 2.868 e

2.869, de 2008, a prorrogação das Autorizações Especiais dadas às empresas de ônibus

interestaduais e internacionais de passageiros até dezembro de 2011, prazo em que estará

concluído o processo de assinatura de contratos e a transição dos serviços às empresas que

vencerem a licitação. Essas resoluções também estabeleceram novos cronogramas para os

serviços públicos regulares de transporte coletivo rodoviário interestadual de passageiros, com

extensão igual ou inferior a 75 km, superior a 75 km e internacional, com prazo de publicação de

edital para novembro de 2010 e fim da transição dos serviços em dezembro de 2011. Mais uma

vez, os prazos não foram atendidos pela Agência.

Na auditoria de Avaliação da Gestão 2009 constatou-se que até junho de 2010 o prazo

para finalização da pesquisa operacional não tinha sido atendido. Em fevereiro de 2011, a

SUPAS informou o seguinte:

“A execução das atividades no âmbito do Contrato nº 06012010 - Levantamento de

Dados de Oferta e de Demanda no Serviço de Transporte Regular Rodoviário Interestadual de

Passageiros, com Extensão Superior a 75 km - teve prosseguimento no 1° semestre de 2010, com

a realização da pesquisa de campo, no período de novembro de 2009 a abril de 2010, o

tratamento estatístico e a expansão dos dados amostrais. No 2° semestre de 2010, ainda dentro

do escopo do citado contrato, houve o acompanhamento da execução das etapas de

racionalização da rede de linhas e de montagem dos lotes para a licitação. Com base nos

resultados obtidos foi elaborado o Plano de Outorgas e os Projetos Básicos correspondentes,

enviados ao Ministério dos Transportes, em dezembro de 2010.

No que tange ao serviço rodoviário interestadual de curta distância, estão em

desenvolvimento os trabalhos previstos no Contrato 00612010, com a continuidade dos estudos,

na dimensão funcional, quanto a forma de exploração do serviço; os objetos de licitação; a

metodologia para especificação dos atributos operacionais (frota utilizada; frequência dos

serviços, princípios de concorrência no mercado); especificações de frota - principais

características, idade etc.; forma de adequação dos serviços de curta distância à legislação de

acessibilidade para portadores de necessidades especiais e de mobilidade reduzida e os critérios

para flexibilização dos serviços, em face da dinâmica do crescimento urbano, com o objetivo de

adequar a oferta à demanda pelos serviços ao longo do prazo contratual.

Quanto ao serviço rodoviário internacional de passageiros, com o encerramento da

pesquisa operacional, foram realizadas as atividades de crítica e tratamento dos dados

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(processamento, crítica, e análise dos resultados), bem como a expansão dos resultados

amostrais para o universo (no tempo e no espaço). O trabalho também contemplou o

carregamento da rede existente e a finalização do banco de dados completo, com os dados

coletados. Assim, considerando as peculiaridades inerentes a essa categoria de serviço, está em

discussão na ANTT o estudo em que concluiu pela adoção do regime de autorização como

melhor instrumento para delegação desse serviço, com vista ao encaminhamento ao Ministério

de Transportes de proposta de alteração da modalidade de delegação do transporte rodoviário

internacional regular de passageiros, ou seja, do atual regime de permissão para a delegação

por meio de autorização.”.

Em 24/02/11, foi aprovado pelo Ministério dos Transportes o Plano de Outorga do

Transporte Interestadual de Longa Distância (>75 km), incluindo o projeto básico dos 90 lotes

previstos a serem licitados.

Em função do descumprimento do cronograma vigente à época, as Resoluções 3.654 e

3.655/11 alteraram as Resoluções nº 2.868 e 2.869/08, estabelecendo outro cronograma de

licitação desses serviços, com prazos de publicação do edital em outubro de 2011 e fim da

transição dos serviços em setembro de 2012, para o transporte rodoviário interestadual de

passageiros, com extensão superior a 75 km, e publicação do edital em fevereiro de 2012 e fim

da transição dos serviços em novembro de 2012, para o transporte rodoviário internacional de

passageiros e dos serviços interestaduais, com extensão igual ou inferior a 75 km.

Pelo exposto, observa-se que a primeira determinação do TCU para a licitação dos

serviços de transporte de passageiros foi em dezembro de 2004. No decorrer deste processo, já

ocorreram três postergações. Caso o processo tenha seu andamento conforme as novas

resoluções aprovadas em 2011, decorrerão 8 (oito) anos da determinação supracitada.

Em 22/05/12, a SUPAS encaminhou o Memorando nº 84/2012/SUPAS/ANTT apresentando as

informações do andamento do processo referente à licitação do TRIIP. Com relação a transporte

rodoviário interestadual de passageiros, com extensão superior a 75 km, foi encaminhado ao

Ministério dos Transportes o Ofício nº 312/2012/DG, de 17/04/12, com o Plano de Outorga com

as alterações decorrentes da Audiência Pública 120/2011 para apreciação final e manifestação.

Por meio do Memorando nº 130/2012/SUPAS, de 16/07/12, a SUPAS informou que, por

meio do Despacho do Ministro nº 240, de 23/05/12, o MT acolheu preliminarmente o referido

Plano de Outorga e determinou que a Agência o encaminhasse ao TCU para cumprimento da

Instrução Normativa IN nº 27/1998. Nessa mesma data, a ANTT encaminhou, por meio do

Ofício nº 425/2012/DG, o Plano ao Tribunal. Até a presente data, a SUPAS aguarda o retorno do

Tribunal para que sejam feitas as adequações sugeridas, caso houver, e posteriormente

encaminhar novamente ao MT para aprovação final.

Cabe ressaltar que de acordo com a Resolução nº 3.751/11, de 20/12/11, os prazos das

etapas de licitação foram descumpridos, conforme pode-se observar no Quadro XIV a seguir.

Etapa Descrição Prazo Atendimento

6ª Atendimento da In 97/1998 – 1º Estágio – Encaminhamento do

Plano Geral de Outorgas para o TCU Março/2012 não

7ª Publicação dos editais de licitação Abril/2012 Não

8ª Realização das sessões públicas do certame licitatório Julho/2012 Não

9ª Homologação dos resultados e adjudicação do objeto do

contrato Dezembro/2012 Não

10ª Fim da transição dos serviços Maio/2013 Não

Quadro XIV - Cronograma das etapas da licitação transporte rodoviário interestadual de passageiros, com

extensão superior a 75 km

Fonte: Resolução nº 3.751/11

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Com relação a transporte rodoviário interestadual de passageiros, com extensão igual ou

inferior a 75 km, a Deliberação nº 97/12, de 03/05/2012, aprovou o Plano de Outorga das

ligações que atendem todo o país exceto Distrito Federal e Municípios do seu entorno, e

encaminhou ao MT, por meio do Ofício nº 399/GAB/DG, de 14/05/2012, para apreciação e

manifestação.

Quanto às ligações do Distrito Federal e municípios do seu entorno, a Deliberação nº

216/11, de 19/10/11, aprovou o Plano de Outorga e o Ofício nº 833/2011/DG, de 01/11/11,

encaminhou ao Ministério dos Transportes o referido plano para apreciação final e manifestação.

Por meio do Memorando nº 130/2012/SUPAS, de 16/07/12, a SUPAS informou que, por meio

do Despacho do Ministro nº 299, de 20/06/12, o MT acolheu preliminarmente o referido Plano

de Outorga. Atualmente, encontram-se em andamento as atividades preparatórias para abertura

da Audiência Pública.

Referente ao transporte rodoviário internacional de passageiros, a Nota Técnica nº

093/2010/GEROT/SUPAS/ANTT, de 22/11/10, concluiu que no serviço referente a esse tipo de

transporte, pelo fato das ligações serem criadas por acordos entre países, não se trata de uma

prestação de serviço público sob regime exclusivo de direito público, mas predominantemente de

direito público, uma vez que o serviço tem como veto a integração dos países, e que o regime de

permissão não se mostra o regime adequado para a outorga do serviço regular internacional de

passageiros a particulares, mas sim o de autorização.

A referida Nota descreve ainda os fundamentos técnicos, a justificativa e a exposição de

motivos para delegação do serviço de transporte internacional por meio de autorização e as

questões legais a serem dirimidas para a realização da delegação pelo regime de autorização,

como a alteração da legislação pertinente. A Nota traz também a minuta de medida provisória

para alteração da Lei nº 10.233, de 05/06/01. Posteriormente, a Nota Técnica

027/2011/GEROT/SUPAS/ANTT, de 19/05/11, corrobora o descrito na Nota nº 093, sugerindo o

regime de autorização para o transporte internacional de passageiros. Em 25/06/11, a Diretoria-

Geral da Agência encaminhou ao Ministério dos Transportes o Ofício nº 512/2011/DG/ANTT,

com as manifestações da SUPAS e da PGR e com a proposta de alteração da legislação, para

apreciação do Ministério.

Por todo o exposto, solicita-se que as informações, as providências adotadas e os

respectivos resultados sejam apresentados quando da elaboração do Plano de Providências

Permanente 2012, para o acompanhamento do processo de licitação do TRIIP por esta CGU.

4.3. Subárea - FISC CONCESSÃO DOS SERV E EXPL INFRA FERROV

4.3.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

4.3.1.1. Constatação

MOROSIDADE NA CONCLUSÃO DOS RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO DAS

CONCESSÕES FERROVIÁRIAS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se que os

relatórios de fiscalização produzidos pela equipe da Superintendência de Serviços de Transporte

de Cargas – SUCAR, não eram concluídos de forma tempestiva. Resumidamente, o fato foi

assim consignado no Relatório nº 201108889:

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“Foi solicitado, por meio da SA nº 255393/011, de 26/01/2011, os controles, por meio de

planilhas e relatórios de inspeção, de todas as fiscalizações realizadas no exercício de 2010, e

dos seus desdobramentos.

Em resposta, por meio do Memorando nº 26/SUCAR, de 28/01/2011, foi encaminhada planilha

com 22 (30 % do total) relatórios de inspeção técnica no estágio „Em elaboração‟. Destes, 12

(16% do total) tinham data de realização anterior a outubro de 2010, considerado neste ponto

como „antigos‟, como pode ser observado pelos períodos demonstrados no Quadro XVII a

seguir:

Período Trecho/Atividade 14/06 a 18/06 Mairinque - Três lagoas 05/07 a 09/07/2010 Inspeção no pátio de Ribeirão Preto e de via permanente entre os trechos de

Ribeirão Preto e Itaú de Minas 21/07 a 23/07/2010 Montes Claros - Janaúba - Monte Azul 13/09 a 17/09/2010 Monte Azul - São Félix 27/9 a 01/10/2010 Juazeiro – Alagoinhas 04/10 a 08/10/2010 São Félix - Mapele - Camaçari - São Francisco - Rio Real - Riachuelo -

Propriá 27/10 a 29/10/2010 Ramal Goiandira – Fosfago, Ramal Leopoldo Bulhões – Anápolis, Roncador

Novo - Senador Canedo 28/09 a 30/09/2010 Inspeção de treinamento para verificar os procedimentos adotados pela

Concessionária acerca do processo de treinamento dos seus funcionários

04/10 a 06/10/2010 Guarapuava - Uvaranas - Engº Bley 05/04 a 09/04/2010 Imbituba – Sangão; Engº Paz Ferreira-Rio

Fiorita Esplanada-

Urussanga; Guarita-Oficinas 24/05 a 28/05/2010 O. Dapievi - P. 01-07 (Coronel Guedes)

Oficina P1-07; Percurso em trem - Olhos d´água a Jeceaba 27/9/2010 Inspeção de treinamento para verificar os procedimentos adotados pela

Concessionária acerca do processo de treinamento dos seus funcionários

Quadro XVII - Relatórios técnicos antigos na situação „Em elaboração‟.

Fonte: Memorando nº 26/SUCAR, de 28/01/2011.

Quanto aos relatórios operacionais, foi verificada a mesma ineficiência, já que em 3 (três) casos há

atrasos, considerados assim os „antigos‟ ainda sem conclusão.”

Em função da constatação, a CGU expediu a seguinte recomendação:

“Que a SUCAR estabeleça procedimento que obrigue que os atrasos na conclusão dos

relatórios tenham que ser devidamente justificados.”

A fim de verificar o atendimento ao recomendado, na atual Auditoria de Avaliação da

Gestão, exercício de 2011, foi solicitada, por meio da SA nº 201203657/013, de 04/04/2012,

planilha de controle das inspeções realizadas. Em resposta, por meio do Memorando

nº 45/SUCAR, de 13 de abril de 2012, a SUCAR apresentou planilha, sintetizada no Quadro XV

a seguir.

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Trecho Inspecionado Período de

Vistoria Entrega do

Relatório Inspeção eventual nos ativos ferroviários arrendados localizados no pátio do horto florestal, em Belo Horizonte (MG) 06/01/2011 24/01/2011

Inspeção eventual nos ativos ferroviários arrendados em Ibiá (MG) e no posto telegráfico de Jacarandá (MG). 10 a 12/01/11 22/01/2011

Inspeção eventual realizada no trecho Juazeiro do Norte (CE) x Patos (PB) x Campina Grande (PB) x João Pessoa (PB) 14 a 18/02/11 28/03/2011 1ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A. no trecho Natal

(RN) x Lajes (RN) x João Câmara (RN) 21 a 25/02/11 25/04/2011

2ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A. no trecho natal

(RN) x Goianinha (RN) x Guarabira (PB) x João Pessoa (PB) 28/02/2011 -

04/03/2011 25/04/2011

Pátio de Mucuripe (CE) fev/11 21/03/2011 Jaboatão dos Guararapes (PE) 03/03/2011 21/03/2011

Inspeção eventual realizada no pátio e oficina localizados no km 393, em Lavras (MG) 02 e 03/03/11 22/03/2011 Inspeção técnica realizada no trecho Boa Vista Nova (SP) x Ibiá (MG) em conformidade ao Memo circular

nº0003/2010/GEAFA/SUCAR 11 a 15/04/11 28/04/2011

3ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A.

inspeção no trecho pátio Aracapé em Fortaleza/CE até Crateús (CE). 06/06/2011 -

10/06/2011 22/03/2012

4ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A.

inspeção no trecho pátio Crateús (CE) até Teresina/PI 13/06/2011 -

17/06/2011 22/03/2012

5ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A.

inspeção nos pátio do Mucuripe e Aracapé/CE 27/06/2011 -

30/06/2011 22/03/2012

Inspeção eventual realizada no município de formiga/MG para subsidiar o resposta à procuradoria federal em Divinópolis/MG

12/07/2011 - 13/07/2011 22/03/2012

Inspeção eventual nos ativos arrendados à América Latina Logística Malha Paulista S.A.

inspeção no complexo de Bauru/SP. 18/07/2011-

22/07/2011 -

6ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A.

inspeção no trecho Teresina - PI - Coroata-MA 18/07/2011 -

22/07/2011 07/11/2011

7ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A. inspeção no trecho Coroata-MA - São Luis –MA

25/07/2011 - 29/07/2011 07/11/2011

Inspeção eventual conjunta ANTT/DNIT nos ativos arrendados à América Latina Logística Malha Paulista S.A

localizados no complexo de Campinas/SP. 08/08/2011 -

12/08/2011 23/08/2011

8ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina Logística S.A. em Fortaleza/CE 22 a 26/08/11 04/11/2011 Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à FCA no trecho Ribeirão Preto-Casa Branca –Aguaí - Poços de Caldas - Boa Vista Nova

01/08/2011-05/08/2011 10/11/2011

Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à FCA no trecho Campos - Barão de Camargos - Recreio - Barão

de Angra (Visconde de Itaboraí - Vitória) 22/08/2011-

26/08/2011 10/11/2011

9ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina Logística S.A.

inspeção no trecho Arrojado-Itabaiana 12/09/2011-

16/09/2011 04/11/2011

10ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina Logística S.A. inspeção no trecho Recife-João Pessoa

19/09/2011-23/09/2011 04/11/2011

Inspeção programada nos ativos arrendados à América Latina Logística Malha Paulista S.A. inspeção em todos os pátios

arrendados do trecho Santa Fé do Sul – Tutóia. 03/10/2011 -

07/10/2011 23/02/2012

Inspecionar imóveis operacionais a serem desvinculados, localizados nos municípios de Ijuí(2),Gaurama(3) e viadutos(1),

no estado do Rio Grande do Sul, com a finalidade de elaborar cálculos indenizatórios referentes a eventuais danos, a serem pagos pela concessionária em favor do DNIT.

03/10/2011 -

07/10/2011 -

Inspeção em todos os pátios arrendados do trecho Jundiaí – Itirapina e pátio de Araraquara. 17 a 21/10/11 23/02/2012 Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à FCA no trecho campos - Barão de Camargos - Recreio - Barão

de Angra 24/10/2011 -

28/10/2011 08/12/2011

Inspeção nos Pátios e oficinas de Mairinque e Sorocaba. 31/10/2011 -

01/11/2011 -

Inspeção nos pátios de Botucatu e Bauru. 03 a 05/11/11 - 11ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina logística S.A.

inspeção no trecho pátio Aracapé, em Fortaleza/CE - Crato/CE 07/11/2011 -

11/11/2011 01/12/2011

Inspeção conjunta eventual ANTT/DNIT nos ativos arrendados à FCA – Ferrovia Centro-Atlântica S.A com o objetivo de inspecionar imóveis operacionais, a serem desvinculados, localizados no município de Divinópolis/MG.

07/11/2011 - 09/11/2011 23/12/2011

Inspeção programada em edificações e equipamentos de oficinas, pátios e estações localizados no trecho Paratinga até

Cajati. 21/11/2011 -

25/11/2011 19/01/2012

Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à MRS Logística S.A. inspeção no trecho Barra Mansa/RJ x

Guaratinguetá/SP. 21/11/2011 -

25/11/2011 05/01/2012

Inspeção eventual nos ativos arrendados à América Latina Logística Malha Sul S.A. atender demanda do MPF referente à

ação civil publica nº 5003280-96.2011.404.7003, da 1ª VF/Maringá. 22/11/2011 -

25/11/2011 01/12/2012

Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à MRS Logística S.A. inspeção no trecho pátio engenheiro

Manoel Feio – Guaratinguetá/SP. 05/12/2011 -

09/12/2011 05/01/2012

12ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina Logística S.A. inspeção no trecho cabo de Santo Agostinho/PE – Muricy/AL.

05/12/2011 - 09/12/2011 01/02/2012

Acompanhar e auxiliar os trabalhos de inspeção da SPU - Secretaria do Patrimônio da União, nos municípios catarinenses

de Canoinhas, Lages, Porto União e Videira. 05/12/2011 -

09/12/2011 -

13ª semana de inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à Transnordestina Logística S.A. inspeção no

trecho Muricy/AL – Porto Real do Colégio/AL. 12/12/2011 -

16/12/2011 01/02/2012

Inspeção programada nos ativos ferroviários arrendados à FCA no trecho Montes Claros - Prudente de Moraes. 12 a 14/12/11 15/02/2012

Quadro XV - Controle de inspeções realizadas

Fonte: Memorando nº45/SUCAR, de 13 de abril de 2012

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Da análise do quadro acima, agrupou-se os relatórios em função do transcurso do prazo

para sua entrega, conforme Quadro XVI a seguir.

Prazo Em até 45 dias 60 dias 75 dias 90 dias 120 dias Acima de

120 dias Não

entregues Total

Quantidade 16 06 02 - 04 05 05 38 % 42,0 16,0 5,00 - 11,00 13,00 13,00 100

Quadro XVI - Agrupamento de relatórios em função do prazo de entrega

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base na planilha apresentada por meio do Memo nº

nº45/SUCAR

Assim, verifica-se que 58% dos relatórios foram entregues com prazo máximo de 60 dias;

13% deles foram entregues com prazos superiores a 120 dias; e outros 13% não entregues.

Em que pese as melhorias verificadas frente à Avaliação da Gestão do exercício de 2010, ainda

se constata uma demora significativa na conclusão de 26% dos relatórios, visto que há situações,

a exemplo da Inspeção realizada no município de Formiga/MG, em que o prazo para conclusão

supera os 7 (sete) meses.

Causa:

Inadequação de recursos humanos que possibilitem a conclusão tempestiva dos relatórios,

agravada pela necessidade de viagens seguidas das equipes de fiscalização, e pela necessidade de

atendimento a demandas internas e externas. Falta de priorização, por parte do Superintendente

da SUCAR, para conclusão dos relatórios de fiscalização.

Manifestação da unidade examinada:

Por meio do Memorando nº 62/SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

“Com relação a esse registro, a Gerência de Transporte Ferroviário de Cargas –

GEFER/SUCAR, informa que foi implantado no Sistema de Acompanhamento e Fiscalização do

Transporte Ferroviário – SAFF, o subsistema RIF – Registro de Informações de Fiscalização.

O subsistema RIF é integrado ao CAFEN – Cadastro Ferroviário Nacional e SIADE (Subsistema

de acompanhamento de desempenho) e caracteriza-se por qualificar uma série de atributos

relativos ao estado do material rodante em operação, da via permanente, dos processos

operacionais e dados informados periodicamente pelas concessionárias.

Com esse novo subsistema pretende-se facilitar o acesso às informações obtidas por meio da

realização das Inspeções Técnicas e Operacionais, programadas e eventuais, realizadas por

técnicos desta ANTT junto às Concessionárias ferroviárias. Por outro lado, o subsistema também

permitirá o melhor acompanhamento do cumprimento do cronograma anual de inspeções

aprovados pela Diretoria Colegiada da ANTT, inclusive no que tange ao prazo para elaboração

dos respectivos relatórios de inspeções.

Além disso, é importante lembrar que têm sido adotadas gestões junto aos servidores, visando

agilizar a elaboração dos relatórios de inspeções, como por exemplo, a expedição do

Memorando Circular nº 06/SUCAR, de 28/09/2011, cuja cópia segue em anexo.

Não obstante, é importante esclarecer que os técnicos da SUCAR, além de realizarem as

Inspeções Técnicas e Operacionais Programadas, também realizam Inspeções Técnicas

Eventuais, que em muitos casos visam ao atendimento de demandas do Poder Judiciário, do

Ministério Público, de Órgãos de Controle, e outras atividades que podem impactar no processo

de elaboração dos relatórios de inspeções programadas.

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Diante disso, e consonância com o apontamento realizado pelos auditores da CGU, vem sendo

adotadas medidas visando inibir a ocorrência injustificada dos atrasos nas entregas dos

Relatórios de Inspeções Programadas.

Com relação aos relatórios de inspeções que estavam pendentes, conforme consta da planilha de

fls. 2 e 3 da Solicitação de Auditoria da CGU, segue CD-ROM em anexo, com arquivos dos

seguintes documentos:

a) Relatório de Inspeção nos Pátios e Oficinas de Mairinque e Sorocaba; e

b) Relatório de Inspeção nos Pátios de Botucatu e Bauru.”

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 94/2012/SUCAR, de 17 de julho de

2012, a ANTT informou:

“ Conforme se verifica, a própria equipe da CGU entende que a SUCAR vem adotando uma série

de medidas a fim de mitigar os atrasos na entrega de relatórios de inspeção.

Importante esclarecer que parte desses servidores prestam serviços às três gerências ferroviárias

da SUCAR, isto é, à GEFER, à GEAFA e a GEROF.

Tal fato representa significativa carga de trabalho para esses servidores, e como já identificado

a partir dos controles das inspeções, são os que geralmente apresentam os relatórios de inspeção

com atraso em relação ao prazo constante do Cronograma Anual de Fiscalização, que é de 60

(sessenta) dias a partir do término da respectiva inspeção. Essa questão também é objeto de

apontamento da CGU, na medida em que o reduzido quantitativo de pessoal impacta diretamente

nos resultados dos processos, seja com relação à entrega de um relatório de inspeção, seja na

análise de um projeto de obra ou no atendimento de uma demanda externa, oriunda do

Ministério Público Federal, Poder Judiciário ou Órgãos de Controle Interno ou Externo.

Importante destacar que não obstante alguns relatórios tenha sido entregues com atraso, tal fato

não impediu efetiva gestão da SUCAR junto às Concessionárias reguladas, em face das

constatações realizadas no campo, uma vez que é comum serem expedidas notificações às

empresas para que adotadas as medidas cabíveis visando à regularização das não

conformidades verificadas, até mesmo durante a própria inspeção, portanto, antes da confecção

do respectivo relatório.

Essa gestão vem sendo intensificada, a parir da melhoria das ferramentas de acompanhamento e

controle das inspeções realizadas por servidores vinculados à SUCAR.

Atualmente, o subsistema RIF, integrado ao CAFEN, disponibiliza funções que permiem o

cadastramento e acompanhamento da execução da agenda de fiscalização técnica, operacional e

de obra autorizada, programada e eventual da GEFER.

As funcionalidades de cadastramento possibilitam o registro do programa de fiscalização, dos

fiscais e unidades alocados e dos roteiros de inspeção programados e realizados. Também, é

possível carregar os relatórios de inspeção e notificações para controle da GEFER.

Os cadastros da agenda de fiscalização e do registro de inspeções e notificações estão

disponíveis em:

- RIF> Programa anual >Programa de Fiscalização;

- RIF> Registro de Inspeção; e

- RIF> Notificação.

Já as consultas de acompanhamento são acessadas em:

- RIF> Consulta >Programação >Programa de Fiscalização;

- RIF> Consulta > Registro de Inspeção; e

- RIF> Consulta > Notificação.

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É importante salientar, também, que está previsto para novembro versão atualizada do RIF com

evoluções e melhorias que tratam:

- do registro e acompanhamento de prazos das notificações;

- da relação das motivações das inspeções;

- da relação entre programa de fiscalização com inspeção e vice-versa;

- do acompanhamento da execução do programa de fiscalização;

- do acompanhamento das notificações;

- do registro de documentos no sistema (relatórios de inspeção, ofício de programação, ofícios de

notificação, cartas de resposta à notificações, entre outros);”

Análise do controle interno:

A partir da leitura da manifestação da Agência, verifica-se que a Entidade vem adotando

uma série de medidas a fim de mitigar os atrasos na entrega dos relatórios de inspeção. Em que

pese as providências, somente com a demonstração de que os relatórios passaram a ser entregues

tempestivamente, será possível avaliar o alcance das medidas adotadas.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT adote providências no sentido de priorizar a conclusão dos

relatórios de fiscalização, inclusive os de natureza eventual, de maneira a cumprir com sua

missão institucional, ao assegurar aos usuários a prestação do serviço adequado na exploração da

infraestrutura ferroviária outorgada.

4.3.1.2. Constatação

FALTA DE INDICADORES DE TRÁFEGO MÚTUO E DE DIREITO DE PASSAGEM NA

MALHA FERROVIÁRIA CONCEDIDA

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se a ausência

de indicadores de tráfego mútuo e de direito de passagem. Resumidamente, o fato foi assim

consignado no Relatório nº 201108889:

“Observa-se que as informações produzidas pelo SAFF tratam de calcular a produção da

concessionária, comparando com a respectiva meta de produção, dividido entre:

- Produção da Concessionária Trafegando em sua Malha (TKU);

- Produção da Concessionária Trafegando em outra Malha (TKU);

- Produção recebida de outra Concessionária Trafegando em sua Malha (TKU);

- Produção total (somatório das anteriores);

- Meta de produção.

Dessa forma, pode-se afirmar que não há indicadores que deem visibilidade à movimentação de

tráfego mútuo e direito de passagem nas malhas ferroviárias, considerando o universo de

concessões.

No entendimento desta Controladoria, os indicadores devem permitir identificar e medir aspectos

relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção

na realidade. A principal finalidade é traduzir, de forma mensurável, aspectos da realidade dada

ou construída, a fim de tornar possível a sua observação, avaliação e correção do andamento da

política regulatória.

Assim, considerando que cabe à ANTT o acompanhamento da evolução e do desempenho do

tráfego mútuo e do direito de passagem, não há como cumprir essa atribuição sem a utilização

de indicadores.

Para se acompanhar a evolução e desempenho do tráfego mútuo e do direito de passagem, torna-

se necessário dimensionar e relacionar dois grupos de variáveis, a saber:

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- a quantidade e a intensidade das operações;

- amplitude de escopo, por concessionária e por fluxo.

Com efeito, será possível ter ferramentas de gestão não só para identificar anomalias,

concentrações e ausência de interconexão entre as operadoras, como acompanhar o desempenho

histórico com vistas a interferir no incentivo e na formação de corredores de transporte.

Ainda, será viabilizado identificar trechos mais procurados por operadoras externas devido a

sua localização estratégica, dando visibilidade à dinâmica de circulação de mercadorias.”

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que a ANTT apresente elabore e defina indicadores que deem visibilidade à dimensão da

movimentação de tráfego mútuo e direito de passagem das operadoras, considerando o universo

de concessões ferroviárias.

RECOMENDAÇÃO: 002

Que a ANTT crie funcionalidade no SAFF que calcule, com base nas informações disponíveis em

seu banco de dados, indicadores de Tráfego mútuo e de Direito de passagem.”

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011:

Foi assinado o Aditivo ao Termo de Cooperação nº 010/ANTT/2009, em 17 de novembro de

2011, em cujo escopo consta a funcionalidade para a disponibilização de informações sobre

movimentação de tráfego mútuo e direito de passagem das operadoras. O prazo estimado para

que a funcionalidade do SAFF para cálculo dos indicadores é 30/4/2011.

Em 02/04/2012:

Após análise e estudo de caso, foram implementadas e disponibilizadas opções para as seguintes

consultas no SAFF:

a)Indicadores de Compartilhamento TM/DP: apresenta a matriz de TKU total transportado em

TM e/ou DP de todas as ferrovias, por período.

b)Indicadores de Compartilhamento COE: apresenta a matriz de indicação de produção em TM

e/ou DP de todas as ferrovias, por período.”

Da análise da manifestação da ANTT, verifica-se que a Agência vem adotando medidas

para atender ao recomendado, entretanto, o acatamento das recomendações fica condicionado à

demonstração da mensurabilidade dos referidos indicadores.

Causa:

Não estruturação de indicadores de tráfego mútuo e de direito de passagem decorrente de

entendimento do Superintendente da SUCAR no sentido de que de que os dados de produção

apresentados pelo sistema SAFF seriam suficientes para servir como indicadores.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 62/SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

“Conforme já informado, após análise e estudo do caso, foram implementadas e disponibilizadas

opções para as seguintes consultas no SAFF:

a) Indicadores de Compartilhamento TM/DP: apresenta a matriz de TKU total transportado

em TM e/ou DP de todas as ferrovias, por período.

b) Indicadores de Compartilhamento COE: apresenta a matriz de indicação de produção em

TM e/ou DP de todas as ferrovias, por período.

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Diante disso, encaminhamos em anexo informações extraídas do SAFF para cada uma das

Concessionárias de serviço público de transporte ferroviário de cargas, nas quais podem ser

verificadas claramente os indicadores de volume de carga recebidos ou cedidos em regime de

tráfego mútuo ou direito de passagem, relativos aos anos de 2011.”.

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 94/2012/SUCAR, de 17 de julho de

2012, a ANTT informou:

“Com relação às recomendações acima esta GEFER entende como atendidas, tendo em vista as

informações disponíveis no SAFF pelo acesso SIADE>CONSULTAS>MALHA

COMPARTILHADA>TM/DP, conforme tabelas”

Análise do Controle Interno:

Conforme disposto na Portaria nº 033 SEGECEX/2010 do TCU, um indicador de

desempenho é um número, percentagem ou razão que mede um aspecto do desempenho, com o

objetivo de comparar esta medida com metas preestabelecidas.

A partir da análise da manifestação da ANTT, verifica-se que as informações constantes

do sistema SAFF referem-se a dados de produção, restando um confronto com metas ou padrões

preestabelecidos, a fim de lhe dar o caráter de indicadores.

Referente às tabelas apresentadas em anexo ao Memorando nº 94/2012/SUCAR, de 17 de

julho de 2012, somente com uma análise mais aprofundada do sistema permitirá a verificação da

elaboração dos indicadores.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT, a partir das informações de produção constantes no sistema

SAFF, elabore e defina indicadores que deem visibilidade à dimensão da movimentação de

tráfego mútuo e direito de passagem das operadoras, considerando o universo de concessões

ferroviárias.

4.3.1.3. Constatação

PRECARIEDADE NA FISCALIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS ANUAIS APROVADOS NO

PLANO TRIENAL DE INVESTIMENTOS – PTI DAS CONCESSÕES FERROVIÁRIAS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se a ausência

de metodologia adequada para fiscalização dos investimentos. Resumidamente, o fato foi assim

consignado no Relatório nº 201108889:

“O escopo da atuação da ANTT na fiscalização dos investimentos visa o acompanhamento da

qualidade das obras, ainda sem uma adequada padronização de método e abrangência, com a

criação de procedimentos. Essa situação será resolvida com a contratação de serviços técnicos

especializados para acompanhamento e supervisão das obras.

Entretanto, também compete à ANTT indenizar as concessionárias, no final da concessão, pelos

bens que forem considerados reversíveis, ou seja, que forem necessários à continuidade da

prestação do serviço público. Além disso, a depreciação desses mesmos bens será uma despesa

que comporá o valor da tarifa.

Assim, seja como indenização, por parte da União, ou despesa de depreciação, por parte dos

usuários, ambos tem a mesma base de cálculo: o valor contábil dos bens.

Daí, considerando que, conforme a Cláusula Décima-sexta, item IV do Contrato de Concessão

vigente, a Concedente procederá aos levantamentos e apurações dos valores residuais dos bens

declarados reversíveis, pode-se entender que também cabe à ANTT, na fiscalização dos

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investimentos, apurar, além dos aspectos de qualidade, as quantidades e respectivos cálculos de

valor a serem contabilizados nas contas de Ativos das empresas.

Cabe ressaltar que realizar o levantamento e a apuração dos investimentos apenas ao final da

concessão, considerando o tempo de 30 anos de concessão, poderia causar imprecisões ou

mesmo inviabilizar o adequado cálculo, deixando a União à mercê das informações das

concessionárias, podendo trazer futuros prejuízos à União.”

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que a ANTT crie procedimentos de fiscalização de investimentos para verificar a qualidade das

obras.

RECOMENDAÇÃO: 002

Que a ANTT crie procedimentos de fiscalização de investimentos para verificar os valores das

obras em escopo suficiente para certificar os respectivos valores contábeis dos bens e

depreciações relacionadas, em consonância com a precisão necessária ao cálculo tarifário e à

indenização dos bens reversíveis.”.

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

a) Referente à recomendação 001:

“Em 15/12/2011:

A SUCAR encaminhou cópia do Relatório Mensal de Andamento “1” – referente ao Contrato nº

026/2011, firmado entre a ANTT e o Consórcio Contécnica-Enefer-Ceppla, onde constam os

procedimentos de fiscalização.

Também recebemos nesta AUDIT o Relatório Mensal de Andamento “2”, em 01/12/2012. A

SUCAR informa que até a presente data os trabalhos estão ocorrendo de acordo com o previsto

no Contrato.

O prazo estipulado para atendimento da definição dos procedimentos de fiscalização de

investimentos anuais foi estimado em 19/10/2011. No entanto, os procedimentos de fiscalização

de investimentos dependem de aprovação da Diretoria da ANTT.

Em 02/04/2012:

Contrato Administrativo nº026/2011 firmado em 19 de julho de 2011 entre a ANTT e o Consórcio

Contécnica – Enefer - Ceppla, para prestação dos serviços técnicos especializados de apoio às

atividades de competência legal da ANTT relativos à Fiscalização da Concessão de Trechos de

Ferrovias federais.

Encaminhamos 3 CD‟s contendo cópia dos Relatórios Mensais de Andamento nºs 03, 04 e 05.”

b) Referente à recomendação 002:

“Em 15/12/2011

Segundo informações da GEFOR, o sistema GIGFER está previsto para iniciar a Versão Beta em

fevereiro de 2012. Entre fevereiro e novembro de 2012 o Sistema estará em testes com previsão

de disponibilização total em dezembro de 2012.

Em 02/04/2012:

Relativamente à fiscalização de investimentos anuais constantes do Plano Trienal de

Investimentos (PTI), a Superintendência de Marcos Regulatórios (SUREG) está desenvolvendo,

no âmbito a revisão do Manual de Contabilidade, mecanismo para compatibilizar o registro

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contábil das concessionárias, por meio de relatórios auxiliares. A proposta do Manual, em que

constam mecanismos específicos de compatibilização de registros contábeis de investimentos foi

concluída e está em fase final de análise para edição e publicação de Resolução.

Adicionalmente, encontra-se em desenvolvimento pela Superintendência de Serviços de Cargas –

SUCAR o Sistema GIGFER com funções de registro do investimento do investimento envolvendo

o processo de sua autorização e efetiva implementação, que está previsto para iniciar a Versão

de testes, denominada “Beta” em agosto de 2012. De acordo com o cronograma vigente, entre

agosto e novembro de 2012, serão realizados testes para validar aversão final do Sistema, a ser

entregue em novembro de 2012. Nesse período, será feita uma primeira etapa de carregamento

de informações do PTI no Sistema, porém, ainda numa fase de transição. Está sendo

desenvolvida, também, metodologia para aferição amostral dos investimentos realizados, com o

objetivo de validar as informações carregadas pelas concessionárias no GIGFER. Ainda durante

a vigência do Termo de Cooperação nº 011/2009/ANTT a metodologia deverá ser testada, e

posteriormente a ANTT deverá estruturar-se para manter as inspeções regulares.”.

A fim de verificar o atendimento à recomendação 01, solicitou-se, por meio da SA nº

201203657/012, datada de 04/04/2012, o processo relativo ao Contrato Administrativo nº

026/2011, firmado em 19 de julho de 2011 entre a ANTT e o Consórcio Contécnica – Enefer –

Ceppla, bem como os relatórios mensais de andamento provenientes deste contrato.

A análise dos autos e dos relatórios, de fato, demonstra o aprimoramento dos

procedimentos de fiscalização dos investimentos. Desta forma, a ANTT adotou medidas para o

atendimento da recomendação.

Referente à segunda recomendação, em que pese os atos de gestão adotados pela Agência,

somente com a conclusão da revisão do Manual de Contabilidade, e a implementação do Sistema

GIGFER, a recomendação será integralmente atendida.

Causa:

Não conclusão do Sistema GIGFER pela Superintendência de Serviços de Transporte de Cargas.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 94/2012/SUCAR, de 17 de julho de 2012, a ANTT

apresentou a seguinte manifestação:

“As atividades relacionadas ao Projeto GIGFER encontram-se em andamento, conforme previsto

no Plano de Trabalho. No entanto, o referido projeto tem encontrado algumas dificuldades

técnicas para implementação de determinados produtos. Nesse contexto, constataram-se atrasos

na execução de ações e necessidade de complementação de produtos, entregues pelo DEC, nos

termos do TCT nº 011/2009/ANTT. Dessa forma, foram realizadas retenções de valores de alguns

dos pagamentos relativos aos produtos entregues, até que as correções necessárias sejam

implementadas.

Visando corrigir os problemas observados e garantir a implementação do Projeto GIGFER em

observância às especificações constantes do Plano de Trabalho, a ANTT constituiu, por meio da

Portaria nº 151, de 22 de junho de 2012, Grupo de Trabalho (GT), vinculado diretamente à

Diretoria Colegiada, para acompanhar, analisar, avaliar, apoiar e subsidiar a gestão e a

execução do referido Termo. Está prevista para o dia 18/07/12 reunião para apresentação de

uma avaliação e de propostas de Aditivo Contratual e de modelo de governança definidos pelo

GT, com o objetivo de realinhamento geral do Projeto, com vistas a permitir o atingimento dos

seus objetivos.”

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Análise do Controle Interno:

Da leitura da manifestação, verifica-se que, embora venha encontrando dificuldades, a

ANTT deu andamento ao Projeto GIGFER. Em que pese o avanço, somente com a conclusão do

Projeto GIGFER a constatação será elidida. Ainda, ressalta-se que o Manual de Contabilidade foi

aprovado pela Resolução nº 3848 de 20 de junho de 2012.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT conclua e homologue o Sistema GIGFER.

4.3.1.4. Constatação

ATRASO NA IMPLEMENTAÇÃO DA REVISÃO TARIFÁRIA DO TRANSPORTE

FERROVIÁRIO DE CARGA E PASSAGEIROS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se que a

revisão tarifária ainda não havia sido implementada. Resumidamente, o fato foi assim

consignado no Relatório nº 201108889: “(...)

Por outro lado, também não se pode argumentar que o modelo estimularia a ineficiência por

estabelecer valores tarifários menores para as empresas que incorressem em menores custos.

Vale lembrar que, no que concerne somente aos custos, a tarifa apenas ressarce os mesmos, não

fazendo diferença sua dimensão. Assim, o retorno sobre o capital investido é componente à parte

a ser remunerado de forma independente.

De fato, o estímulo é outro. O contrato de concessão prevê a possibilidade de revisão das tarifas

a cada 05 (cinco) anos, ou então, a qualquer momento no caso de alteração justificada de

mercado. Assim, ao estabelecer novos patamares tarifários, espera-se um estímulo à realização

de investimentos produtivos no setor por parte das concessionárias, uma vez que os ganhos de

produtividade e eficiência decorrentes de novos investimentos seriam absorvidos pela

Concessionária no prazo de vigência da revisão tarifária. Com efeito, periodicamente, esses

ganhos de produtividade e eficiência seriam transferidos à sociedade por meio de nova revisão

tarifária, conforme ocorre no setor rodoviário.

Por todo exposto, e considerando a relevância do tema para a sociedade e o porte das empresas

envolvidas, deve ser rigorosamente cumprido, sem mais demora, o cronograma, conforme o

compromisso estabelecido por meio do Memorando nº 60/SUCAR, de 02 de março de 2011.”.

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que ANTT utilize o Sistema de Custos Ferroviários para elaboração das novas tabelas tarifárias

de referência para todas as concessionárias de transporte ferroviário de cargas e passageiros até

29 de outubro de 2011.

RECOMENDAÇÃO: 002

Que ANTT publique as Resoluções até 29 de janeiro de 2012.”.

As Resoluções citadas na Recomendação 02 normatizariam as novas tabelas tarifárias dos

contratos de concessão de transporte ferroviário de cargas.

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011

A Portaria Nº 117, de 29 de junho de 2011,constituiu Grupo de trabalho – GT para proceder à

revisão das tarifas de referência dos contratos de exploração e desenvolvimento do serviço

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público de transporte ferroviário de carga e passageiros, com o prazo de 120 (cento e vinte) dias

para a conclusão dos trabalhos. Após a conclusão do trabalho, previsto para 30/11/2011, deverá

ser submetido à Audiência Pública, Minuta de Resolução, recebimento e análise das

contribuições para a partir daí então os trâmites para a publicação da Resolução.

Em 02/04/2012:

A implementação das Revisões Tarifárias encontra-se em fase de Consulta Pública. Após a

elaboração da Nota Técnica nº 142/SUCAR/SUREG, de 26/12/2011, o processo foi levado à

Consulta Pública, nº 001/2011, a ser realizada de 09/01/2012 a 16/03/2012, com o objetivo de

estabelecer Instrumentos do Processo de Participação e Controle Social no âmbito da ANTT,

visando colher contribuições e sugestões à proposta de Metodologia e Revisão das Tabelas

Tarifárias das Concessionárias de Serviço Público de Transporte Ferroviário de Cargas. Uma

vez concluída a referida consulta, as eventuais contribuições serão analisadas pela área técnica,

que se entender cabível alguma contribuição, procederá à sua inclusão na metodologia de

revisão tarifária proposta e submeterá o assunto à deliberação da Diretoria Colegiada, com

vistas à aprovação e edição de novas tabelas tarifárias.”.

Da análise da manifestação, verifica-se que o assunto encontra-se em fase final de

Consulta Pública, o que demonstra que a ANTT vem adotando medidas para o atendimento da

recomendação.

Em que pese os avanços, há que se destacar que a ANTT não conseguiu implementar as

medidas até 29 de janeiro de 2012, a fim de atender à Recomendação 02.

Causa:

Não conclusão da Audiência Pública, sob responsabilidade do Superintende da SUCAR,

para aprovação de Resolução relacionada à revisão das tarifas de referência.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 62/SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

“Ressalta-se que a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários destacou a

complexidade da matéria e a importância da participação social no processo, salientando que „o

prazo exíguo de 30 dias para análise do material e submissão de contribuições é de todo

incompatível com a complexidade da questão. ‟ Nesse sentido, foi prorrogado o prazo de

Consulta Pública para as 18 horas do dia 16 de março de 2012.

Posteriormente, próximo à data de encerramento da referida Consulta Pública, a Associação

Nacional dos Transportadores Ferroviários e diversas entidades setoriais dos usuários

reiteraram a importância da participação social no processo diante da complexidade da matéria.

Nesse contexto, foi prorrogado o prazo para apresentação das contribuições para as 18 horas do

dia 20 de abril de 2012.

Atualmente (maio/2012) encontra-se em curso a análise das contribuições recebidas e

elaboração das novas tabelas tarifárias, com previsão de conclusão do Relatório Final para

posterior análise da Diretoria da ANTT, em final de junho de 2012.”.

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 94/2012/SUCAR, de 17 de julho de

2012, a ANTT informou:

“O processo de revisão tarifária teve início com a Portaria nº 117/2011, no qual se constituiu

Grupo de Trabalho – GT, com o objetivo de proceder à revisão das tarifas de referência dos

contratos de exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte ferroviário de

cargas. Por meio da Nota Técnica nº 142/SUCAR/SUREG/2011, de 26/12/2011, foi apresentada

a proposta de Metodologia e Revisão das Tabelas Tarifárias das Concessionárias de Serviço

Público de Transporte Ferroviário de Cargas, bem como as novas tabelas tarifárias.

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Com o objetivo de subsidiar o processo de regulação, esta ANTT abriu a Consulta Pública nº

001/2011, instituída pela Deliberação nº 289/2011, de 27 de dezembro de 2011, que também

designou os servidores Jean Mafra dos Reis e Alexandre Mendes Porto de Souza,

respectivamente, Presidente e Secretário da referida Consulta Pública. A metodologia e as novas

tabelas tarifárias, consubstanciadas na Nota Técnica nº 142/SUCAR/SUREG/2011, foram

disponibilizadas no endereço eletrônico da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT,

para o recebimento de contribuições durante o período das 09h00 de 09/01/2012 às 18h00 de

10/02/2012 para recebimento de contribuições por escrito.

Por meio da Deliberação nº 031/2012, de 08 de fevereiro de 2012, o prazo para o recebimento de

contribuições foi estendido para às 18 horas do dia 16 de março de 2012. Em seguida, por meio

da Deliberação nº 042/2012, de 15 de março de 2012, esta ANTT prorrogou novamente o prazo

final para o recebimento de contribuições para às 18 horas do dia 20 de abril de 2012.

Durante esse período, foram recebidas manifestações e sugestões às quais foram anexadas ao

processo nº 50500.125170/2011-02, que trata da revisão tarifária das concessões ferroviárias.

Por fim, a área técnica desta ANTT encontra-se em fase final de análise das contribuições

recebidas e elaboração do relatório final, com previsão de término para a primeira semana de

agosto. Em seguida o processo será submetido à análise jurídica por parte da Procuradoria-

Geral e, posteriormente, encaminhado à apreciação da Diretoria colegiada.

O sistema de Custos Ferroviários - SICOF foi utilizado para subsidiar o processo de formulação

das novas tabelas tarifárias, as quais foram submetidas à consulta pública por meio da Nota

Técnica nº 142/SUCAR/SUREG, de 26/12/2011. Após o término da Consulta Pública, diversas

contribuições foram recebidas, o que resultou em ajustes na metodologia, de forma que o SICOF

está sendo utilizado novamente para a elaboração da versão final das tabelas de referência das

concessões de transporte ferroviário de cargas.”

Análise do Controle Interno:

A partir da manifestação do gestor, verifica-se que a ANTT vem avançando na revisão

tarifária, concluindo a fase da Consulta Pública. Ainda, estabelece o mês de julho de 2012 como

prazo final para conclusão dos trabalhos. Desta forma, com a publicação das resoluções

pertinente, a constatação será elidida.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT publique as Resoluções até 31 de julho de 2012.

Recomendação 2: Que ANTT utilize o Sistema de Custos Ferroviários para elaboração das novas

tabelas tarifárias de referência para todas as concessionárias de transporte ferroviário de cargas e

passageiro, após a publicação da nova Resolução.

4.3.1.5. Informação

APROVAÇÃO DA RESOLUÇÃO DA NORMATIZAÇÃO DO PLANO TRIENAL DE

INVESTIMENTO (PTI)

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se a ausência

de uma resolução para viabilizar efetivamente o acompanhamento dos investimentos.

Resumidamente, o fato foi assim consignado no Relatório nº 201108889:

“De acordo com art. 4º, do Título X da Resolução Nº. 44, de 4 de julho de 2002:

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„Art. 4º O Plano Trienal de Investimentos será enviado pelas concessionárias à Agência Nacional

de Transportes Terrestres - ANTT, até o dia 30 de abril de cada ano, para conhecimento e

acompanhamento das inversões efetivadas.

§ 1º No Plano Trienal de Investimentos e no demonstrativo dos investimentos realizados, adotar-

se-á discriminação por ano contratual, devendo ser detalhados nos projetos, no mínimo, os

valores programados para o primeiro ano de cada triênio.‟

Ainda, segundo a cláusula nona, das obrigações das partes, das obrigações da concessionária,

no item XVI, é obrigação da concessionária:

„Dar, anualmente, conhecimento prévio à CONCEDENTE de plano trienal de investimentos (...).

Esses planos deverão indicar os projetos, seus custos e o cronograma de implantação,

demonstrando os investimentos realizados no ano anterior.‟

Considerando a disposto no ponto 5.3.2.1 deste relatório, para viabilizar efetivamente o

acompanhamento dos investimentos, torna-se necessária a aprovação da minuta da nova

resolução de normatização da forma de elaboração e critérios técnicos a serem adotados pelas

concessionárias de serviços públicos de transporte ferroviário de cargas na apresentação do

Plano Trienal de Investimentos – PTI.”

Em função da constatação, a CGU expediu a seguinte recomendação:

“Que a ANTT coloque em vigência a nova resolução de normatização da apresentação do Plano

Trienal de Investimentos – PTI.”

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011

A GEFOR informa que, após a análise das contribuições recebidas durante o processo de

Audiência Pública, aquelas consideradas pertinentes foram incorporadas ao texto da minuta

final, a qual se encontra concluída pela GEFOR e em fase de revisão pela SUREG, devendo

seguir para votação pela Diretoria Colegiada na segunda quinzena de janeiro. O prazo

anteriormente previsto não pode ser cumprido devido às implicações da nova resolução do PTI

com o sistema GIGFER e com a revisão da Resolução nº 2.695.

Em 02/04/2012:

A minuta da nova resolução do PTI foi submetida à Audiência Pública, sob o nº 119, realizada

em 06 de julho de 2011. O relatório da referida Audiência foi aprovado pela Diretoria

Colegiada, ocasião em que também aprovou a edição da RESOLUÇÃO Nº 3.761, DE 20 DE

DEZEMBRO DE 2011, que estabelece procedimentos para apresentação do Plano Trienal de

Investimentos - PTI à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT pelas concessionárias

de serviço público de transporte ferroviário de cargas, institui os critérios de análise, define a

aplicação de penalidades, e dá outras providências.”.

Dessa forma, com a edição e publicação da Resolução nº 3.761, de 20 de dezembro de

2011, a ANTT atendeu plenamente ao recomendado.

4.3.2. Assunto - CONTROLES INTERNOS

4.3.2.1. Informação

REGISTRO DO PRODUTO DAS FISCALIZAÇÕES DAS CONCESSÕES FERROVIÁRIAS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se que não

havia registro do resultado de uma fiscalização quando o mesmo não se materializa em relatório.

Resumidamente, o fato foi assim consignado no Relatório nº 201108889:

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“Tabela I -Consolidação do estágio da conclusão dos relatórios

Estágio Técnica Operacional Eventual Total

Concluído 46 62,2% 24 57,1% 34 54,0% 104 58,1%

ADIADA 3 4,1% 2 4,8% 1 1,6% 6 3,4%

Em elaboração 22 29,7% 5 11,9% 0 0,0% 27 15,1%

Programada 3 4,1% 10 23,8% 0 0,0% 13 7,3%

Reprogramada 0 0,0% 1 2,4% 0 0,0% 1 0,6%

NÃO OCORREU 0 0,0% 0 0,0% 1 1,6% 1 0,6%

Vazio 0 0,0% 0 0,0% 19 30,2% 19 10,6%

Outro 0 0,0% 0 0,0% 8 12,7% 8 4,5%

TOTAL 74 100,0% 42 100,0% 63 100,0% 179 100,0%

Fonte: Memorando nº 26/SUCAR, de 28/01/2011.

Pela tabela, verifica-se que, em 30,2% das fiscalizações eventuais, não houve registro de produto

nos controles. Ainda, houve 7,3%, do total das fiscalizações, na situação de “Programada” sem

registro do resultado ou de sua situação.”

Em função da constatação, a CGU expediu a seguinte recomendação: “Que a SUCAR tome

medidas para garantir que os controles do produto de suas fiscalizações sejam atualizados de forma

permanente.”.

A fim de verificar o atendimento ao recomendado, na atual Auditoria de Avaliação da

Gestão, exercício de 2011, foi solicitado, por meio da SA nº 201203657/010, de 04/04/2012,

planilha de controle das inspeções realizadas. Em resposta, por meio do Memorando nº

45/SUCAR, de 13 de abril de 2012, a SUCAR apresentou planilha de acompanhamento de

inspeções, na qual foi consignado um total de 38 inspeções realizadas, dentre programadas e

eventuais, contendo informações acerca da data da inspeção, equipe realizadora, concessionária,

comunicação de inspeção, número do processo e data de entrega do relatório.

Do exposto, verifica-se que a ANTT adotou providências a fim de dar atendimento total à

recomendação.

4.3.2.3. Constatação

INCONSISTÊNCIAS DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS CONCESSIONÁRIAS DE

FERROVIAS, ESPECIALMENTE AS FINANCEIRAS.

Durante Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se falta de

análise apurada das informações prestadas pelas concessionárias, sobretudo a financeira.

Resumidamente, o fato foi assim consignado no Relatório nº 201108889:

“O mesmo grupo ALL (América Latina Logística) detém a malha sul, a malha norte (antiga

FERRONORTE), malha paulista (antiga FERROBAN), malha Oeste (antiga NOVOESTE).

Entretanto, quando se comparam os custos variáveis (em R$/Tku mil) entre as empresas do

mesmo grupo, observam-se disparidades entre suas eficiências, como pode ser observado na

Figura XIII:

Figura XII - Custo variável por produção das empresas da ALL

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Fonte: ANTT

Considerando que as empresas do mesmo grupo adotam políticas e gestões equivalentes, a

contabilidade de uma empresa pode estar sendo comprometida pelas do mesmo grupo, já que a

separação contábil visa atender apenas à ANTT.

(...)

Em que pesem as demonstrações financeiras serem auditadas por empresas de auditoria

independentes, entre as inconsistências incluem-se, ainda, saldos improváveis ou impossíveis,

bem como saldos com distorção histórica.

Das inconsistências das informações operacionais

Em pesquisa no SAFF e por meio de informações do Laboratório de Transportes e Logística

(LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é possível verificar

inconsistências nas informações operacionais prestadas pelas concessionárias, conforme Figuras

de XIV a XVII:

Figura XIV - Incoerência entre os valores de mesma O/D

Fonte: SAFF

Figura XV - Trechos usando caminhos que não são mais utilizados

Fonte: SAFF

Figura XVI - Erro grosseiro

Fonte: SAFF

Figura XVII - Erro de arredondamento

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Fonte: SAFF”.

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que a ANTT desenvolva e conclua, de forma alternativa, metodologia para tratar as

concessionárias de um mesmo grupo econômico.

RECOMENDAÇÃO: 002

Que a ANTT desenvolva e conclua ferramentas para identificação de “anomalias”, com emissão

de “alertas” sobre os dados e informações inconsistentes prestadas pelas concessionárias.

RECOMENDAÇÃO: 003

Que a ANTT adeque e aperfeiçoe a forma de captação dos dados oriundos do SIREF, em especial

as informações relativas ao Centro de Custos”.

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

a) Referente à recomendação 001:

“Será inserido, como item da Agenda Regulatória da Agência Nacional de Transportes

Terrestres – ANTT, o desenvolvimento de metodologia que permita precisão na apuração dos

registros contábeis de empresas do mesmo Grupo Econômico e que prestem serviços regulados

por esta Autarquia.

Cumpre informar, no entanto, que, no âmbito do processo de fiscalização financeiro

regularmente executado pela Superintendência de Marcos Regulatórios – SUREG, o assunto já

vem sendo estudado e, neste sentido, já se avaliou a possibilidade técnica de apresentação das

demonstrações financeiras das empresas – no caso do Grupo formado pelas concessionárias ALL

Malhas Sul, Oeste, Paulista e Norte – de forma consolidada, restando a definição quanto a sua

regulamentação.”

b) Referente à recomendação 002:

“A ANTT dispõe de um sistema – SIREF, por meio do qual se faz possível a realização de uma

checagem da entrada de dados contábeis, a qual abrange não somente os balancetes

encaminhados, mas também as informações relativas aos centros de custos informados pelas

concessionárias sob regulação desta Autarquia. Com a efetivação da aludida „triagem‟, carga no

sistema quando inconsistências são identificadas torna-se inaplicável.”

c) Referente à recomendação 003:

“O sistema SIREF, usado para fins de registros das informações oriundas dos balancetes

contábeis e de algumas contas contábeis abertas por centro de custo, encontra-se em fase de

testes, tendo esta Superintendência, em ação contígua, destacado um servidor da casa

exclusivamente para verificar sua interface. As necessidades de ajustes são constantemente

relatadas e então encaminhadas à área de tecnologia da informação da ANTT, responsável pela

manutenção do sistema que providencia os reparos necessários.

O SIREF está em operação e sua interface e/ou regras de negócio estão em permanente ajuste

visando seu aperfeiçoamento. No caso específico das informações financeiras e de centro de

custos, cujo escopo estão em processo de ajuste no âmbito da Revisão do Manual de

Contabilidade, as alterações decorrentes que necessitem de adaptação no SIREF serão

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implantadas a partir da conclusão da revisão do Manual, prevista para a primeira semana de

fevereiro de 2012.

Em relação aos problemas detectados e reportados à Gerência da Tecnologia da Informação –

GETIN, foge ao controle desta SUREG a definição de um prazo para sua conclusão.”

Em função das manifestações, a CGU apresenta os seguintes entendimentos:

a) Quanto à recomendação 001, em que pese o ato de gestão adotado pela ANTT, o acatamento

total fica condicionado ao desenvolvimento de metodologia que permita precisão na

apuração dos registros contábeis de empresas do mesmo Grupo Econômico.

b) Referente à recomendação 002, a ANTT adotou medidas para dar atendimento pleno à

recomendação.

c) Com relação à recomendação 003, o acatamento total fica condicionado às adaptações no

sistema em função da revisão do Manual de Contabilidade.

Ante o exposto, a fim de elidir a constatação, resta à Agência concluir as medidas apresentadas

em sua manifestação, no que se refere às recomendações 001 e 003.

Causa:

Não realização das alterações necessárias no Sistema SIREF pelo Superintendente da

SUCAR, em função da normatização do novo Manual de Contabilidade.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 076/2012/SUREG, de 18 de maio de 2012, a ANTT

informou:

Quanto à recomendação 01:

"Em cumprimento à diretriz da CGU, resta informar que, por meio da Deliberação nº 101/2012,

de 3 de maio de 2012, cuja cópia segue em anexo ao presente (Anexo I), restou estabelecida

metodologia para que as concessionárias ferroviárias ALL Malha Sul S/A, ALL Malha Oeste S/A,

ALL Malha Paulista S/A e ALL Malha Norte S/A apresentem, em adição aos demonstrativos

contábeis encaminhados de forma individualizada, suas demonstrações financeiras de forma

consolidada, de modo que sejam excluídas as transações operacionalizadas entre as companhias

relacionadas e que os dados informados reflitam financeiramente a operação conjunta."

Com relação à recomendação 03:

"Conforme previsto, a Revisão nº 2 do 'Manual de Contabilidade do Serviço Público de

Transporte Ferroviário de Cargas e Passageiros", inicialmente aprovado pela Resolução ANTT

nº 1773/2006, foi concluída em fevereiro de 2012, restando para sua entrada em vigor, tão

somente, a aprovação de seu teor por decisão da Diretoria Colegiada desta Agência Reguladora.

Com vistas ao regular andamento do processo, esta SUREG expediu, em 22/03/2012, a Nota

Técnica nº 014/SUREG/2012(GEAFI/SUREG/ANTT), por meio da qual são descritas as fases de

desenvolvimento do produto e encaminhada a proposição de Minuta de Resolução para

aprovação do colegiado referido."

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 107/2012/SUREG/ANTT, de 16 de

julho de 2012, a ANTT informou:

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“Acerca da recomendação em comento, tem-se a informar que: A revisão nº 2 do Manual de

Contabilidade do Serviço Público de Transporte Ferroviário de Cargas e Passageiros e a

Revisão nº 2 do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Exploração da Infraestrutura

Rodoviária Federal Concedida foi aprovada por meio da publicação das Resoluções ANTT nº

3847 e nº 3848, de 20 de junho de 2012, publicadas no DOU de 26 de junho de 2012, cujo inteiro

teor segue em anexo ao presente, com adoção optativa para o exercício de 2012 e adoção

obrigatória a partir do exercício de 2013.”

Análise do Controle Interno:

Quanto à recomendação 01, com a publicação da Deliberação nº 101, de 03 de maio de

2012, a ANTT deu atendimento integral ao recomendado. Em relação à recomendação 03, a

partir da análise da manifestação da ANTT, verifica-se que a área técnica da Agência concluiu a

revisão do Manual de Contabilidade, tendo o mesmo sido aprovado pela Resolução nº 3848, de

20 de julho de 2012. Deste modo, resta a realização das alterações necessárias no sistema

SIREF.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a SUCAR promova as alterações que se fizerem necessárias no sistema

SIREF em função da entrada em vigor do Manual de Contabilidade.

4.3.2.4. Informação

INCOMPATIBILIDADE ENTRE AS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS

CONCESSIONÁRIAS NO SAFF – INVESTIMENTO E AS CONSTANTES NO PLANO DE

CONTAS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se falta de

atualização do plano de contas. O fato foi assim consignado no Relatório nº 201108889:

“Foi verificado que há a divergência entre os conceitos de investimento alimentados pelas

concessionárias no SAFF – investimento, e os do plano de contas, inclusive quanto ao regime de

competência.

Ocorre que, com o desenvolvimento de metodologia para análises de custos ferroviários, haverá

uma maior necessidade da confiabilidade das informações constantes do plano de contas,

inclusive as relacionadas aos investimentos.

Por outro lado, a fiscalização dos investimentos das concessionárias e acompanhamento do PTI,

com base no SAFF - investimento é atribuição da ANTT. Assim, torna-se necessário se aproveitar

os trabalhos de fiscalização e acompanhamento para se analisar a fidedignidade das

informações prestadas pelas concessionárias e se obter mais eficiência na atuação da agência.”

Em função da constatação, a CGU expediu a seguinte recomendação:

“Que a ANTT realize as adaptações necessárias ao plano de contas para viabilizar que as

fiscalizações sobre os investimentos das concessionárias sejam aproveitadas para se avaliar a

fidedignidade das respectivas informações contábeis prestadas pelas concessionárias em suas

demonstrações financeiras.”

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011:

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Encontra-se em andamento nesta Agência o processo de Revisão do Manual de Contabilidade do

Serviço Público de Transporte Ferroviário de Cargas e Passageiros, o qual contemplará, dentre

outros assuntos, a criação de relatórios auxiliares que atendam às demandas informacionais de

registros contábeis dos bens para fins regulatórios.

Oportuno informar que dentre os relatórios previstos destacam-se o da “COMPOSIÇÃO DO

ATIVO FIXO” e o de “INVESTIMENTOS REALIZADOS”. O primeiro objetiva descrever a

composição analítica do imobilizado das empresas, contemplando, além da descrição do bem, a

data de sua aquisição ou construção, vida útil estimada, custo de aquisição, etc. O segundo

objetiva descrever as informações sobre os investimentos realizados, em conformidade com as

previsões constantes do Plano Trienal de Investimentos – PTI, cuja regulamentação encontra-se

em discussão no processo de Audiência Pública nº 119/2011, e consiste na descrição dos

investimentos regulatórios previamente aprovados pela ANTT.

Cumpre informar, ainda, que os relatórios em alusão encontram-se em fase de desenvolvimento e

seu formato definitivo será aprovado concomitantemente à homologação do novo Manual de

Contabilidade e serão parte integrante das demonstrações financeiras a serem regularmente

apresentadas à ANTT.”

Ante o exposto, a fim de dar atendimento integral à recomendação, a ANTT deve

apresentar o Manual de Contabilidade que contemple os relatórios de “Composição do ativo

fixo” e o de “Investimentos realizados”.

Por meio do Memorando nº 76/2012SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

"Conforme previsto, a Revisão nº 2 dos Manuais de Contabilidade para o Serviço Público de

Transporte Ferroviário de Cargas e Passageiros, inicialmente aprovados pela Resolução nº

1773/2006, foi concluída em fevereiro de 2012, restando, tão somente, o acolhimento de seu teor

pela Diretoria Colegiada desta Agência e, conseguinte, expedição de Resolução ANTT afeta ao

tema.

Oportuno informar que, nos Manuais em comento, estão incluídos relatórios auxiliares diversos,

cujo envio regular a esta Casa será obrigatório, os quais deverão, necessariamente, compor as

demonstrações financeiras das concessionárias. Tais informações compõem o iem 8. - Manual

para elaboração e divulgação de informações contábeis, econômico-financeiras, sociais e

relatórios auxiliares (página 287 em diante) onde constam, no item 8.3 Relatórios Auxiliares

(pág. 457) os relatórios '1. Composição do ativo fixo" (pág. 457) e 3. Investimentos realizados

(pág. 460)."

A partir das informações apresentadas pela ANTT, verifica-se que a revisão do Manual

de Contabilidade contempla relatórios auxiliares relativos à "Composição do ativo fixo” e

“Investimentos realizados”. Deste modo, a área técnica da Agência concluiu a revisão do Manual

de Contabilidade, tendo o mesmo sido aprovado pela Resolução nº 3848 de 20 de junho de 2012.

4.3.3. Assunto - MOVIMENTAÇÃO

4.3.3.1. Informação

QUADRO DE PESSOAL DA GEFER, GEROF e GEAFA.

Na Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, foi consignado que a

Gerência de Regulação e Outorgas Ferroviárias de Cargas – GEROF, a Gerência de Fiscalização

e Controle de Ativos Ferroviários Arrendados – GEAFA e a Gerência de Transporte Ferroviário

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de Cargas - GEFER possuíam déficit de pessoal, o que comprometeria o desempenho de suas

atividades finalísticas.

No que se refere à GEFER, o fato foi assim tratado no Relatório de Avaliação da Gestão

2010:

“Em que pesem as atribuições da GEFER serem fundamentais para a SUCAR, sua execução

primária, por meio das fiscalizações, ocorre de forma descentralizada por meio das unidades

regionais. Entretanto, cabe à sede papéis relevantes de planejamento, revisão dos relatórios,

acompanhamento das notificações, alcançando a discussão e implementação de medidas

restritivas e penalidades.

(...)

Ocorre que, na ANTT até a presente data, foram realizados dois concursos públicos. No que

tange especificamente à GEFER, do primeiro concurso, realizado em 2005, foram

disponibilizados 2 (dois) Especialistas em Regulação e 1 (um) Técnico em Regulação. Naquele

ano, a equipe era composta, além desses servidores concursados, por mais 2 servidores com

cargos comissionados. Desses servidores, um Especialista foi requisitado pela AGU e outro foi

removido para outra Gerência.

(...)

Adicionalmente, com o advento da Resolução ANTT nº 3.000, de 28/01/2009, novas atribuições

ficaram a cargo da Gerência, além do aumento das concessões ferroviárias, que ampliam ao

espectro de atuação da área técnica exigindo maior alocação de recursos, humanos e materiais.

Diante dessa situação, é recomendável não só a reposição dos servidores cedidos para outras

áreas, como também a ampliação do quadro de servidores, visando não só a continuidade do

cumprimento das atribuições regimentais, bem como à necessidade de elevação da produtividade

e dos seus padrões de qualidade.”

Quanto à GEROF, o fato foi assim tratado no Relatório de Avaliação da Gestão 2010:

“Verifica-se a alta complexidade e nível de responsabilidade das atividades da GEROF, de

atuação centralizada, inclusive quanto à necessidade da análise e autorização dos investimentos,

análise dos estudos de demanda, além da realização da pactuação de metas que é atualmente a

principal variável reguladora da agência.

Também cabe a essa gerência a realização de estudos regulatórios, bem como atender à

competência de “autorização” prevista no parágrafo segundo da Cláusula Primeira do Contrato

de Concessão, e à competência “fixar valor a ser pago sobre a receita líquida de atividade

autorizada” prevista no parágrafo terceiro da Cláusula Primeira.

Assim, explica-se ser a gerência com o melhor perfil de equipe, contando, atualmente, com 12

(doze) servidores, sendo 1 (um) Gerente, 08 (oito) Especialistas em Regulação, 02 (dois)

Técnicos em Regulação e 01 (um) Técnico Administrativo.

Entretanto, ainda considerando a complexidade e o volume de trabalho da Gerência, o quadro

de servidores da GEROF deveria ser expandido de forma a contemplar, além da equipe existente,

05 (cinco) Especialistas em Regulação, 03 (três) Técnicos em Regulação e 03 (três) Técnicos

Administrativos. Dessa forma, com o reforço pretendido, a equipe contaria com 23 servidores

que é o dimensionamento ideal.”

Relativo à GEAFA, o fato foi assim tratado no Relatório de Avaliação da Gestão 2010:

“Considerando o total de funções que são inerentes a cada processo, o número de pessoas

lotadas na GEAFA é escasso para o desempenho de determinadas tarefas. As áreas de maior

carência são as de: Fiscalização e Controle de Ativos Ferroviários, Gestão e Acompanhamento

do sistema GIGFER, apoio técnico jurídico e apoio técnico em informática avançada.

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Assim, são tarefas carentes de pessoal capacitado:

a) Inspeções técnicas in loco

Tendo em vista as falhas na elaboração dos Anexos dos Contratos, durante o processo de

concessão da malha ferroviária, faz-se necessário solicitar informações adicionais aos órgãos

afetos ao transporte ferroviário, como a Inventariança da Extinta RFFSA e o DNIT, e, muitas

vezes, torna-se indispensável à realização de inspeções eventuais, a fim de dirimir dúvidas

relativas ao Patrimônio Público arrendado;

b) Análise de plantas e croquis de áreas arrendadas

As plantas e croquis dos terrenos e imóveis arrendados encontram-se, em grande parte, em poder

da Inventariança da extinta RFFSA ou das concessionárias. Ocorre que estes documentos têm

que ser encaminhados para a ANTT com vistas a reduzir o tempo de espera quando do

atendimento ao Ministério Público, TCU e Ministérios dos Transportes.

(...)

c) Elaboração e cumprimento de cronograma para realização de inspeções anuais

programadas

A GEAFA necessita elaborar e cumprir cronograma anual de inspeções programadas, visando à

otimização da obtenção e da consolidação dos dados colhidos em campo. Para tanto, é

conveniente o apoio de um Técnico ou Especialista com conhecimentos em Engenharia, de

preferência com experiência em transporte ferroviário e conhecimentos de Excel avançado.

d) Identificação de componentes do material rodante arrendado (vagões e locomotivas) e

avaliação do estado de conservação dos mesmos

(...)

e) Dificuldade de realização de inspeções, tanto programadas quanto eventuais, decorrente

das deficiências de integração entre a Sede e as Unidades Regionais da Agência.

(...)

Por todo o exposto, são necessários o total de 19 servidores, distribuídos conforme tabela

abaixo:

(...)”

Sobre as constatações, a ANTT, por meio do Plano de Providências Permanente,

exercício de 2011, informou:

“De acordo com informações da GEPES/SUDEG, os estudos relacionados à necessidade de

pessoal da Agência constam nas Notas Técnicas 004 e 005/2011-SUDEG encaminhadas ao

Ministério dos Transportes anexadas ao Ofício nº 539/2011/DG/ANTT juntamente com proposta

de Projeto de Lei que dispõe sobre a criação de cargos em comissão e cargos efetivos da ANTT.

Essa proposta foi também remetida ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão por

meio do Ofício nº 561/2011/DG para análise e providências decorrentes. Nesses estudos estão

contemplados as necessidade de pessoal da SUCAR. Isto posto, esta recomendação da CGU deve

ser acompanhada junto à SUDEG, e incorporada no acompanhamento deste PPP 2010 no item

3.1.1.1.”

Ainda, por meio do Memorando nº 62/SUCAR, datado de 18 de maio de 2012, a SUCAR

informou:

“Nesse ponto, considerando que os registros 5 e 9 se referem à deficiência no quantitativo da

força de trabalho da GEROF e da GEAFA, cabe a esta SUCAR esclarecer que em atenção ao

Memorando Circular nº 15/2011/DF, referente à realização do 3º Concurso Público da ANTT,

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foi encaminhado à SUDEG e-mail, cópia em anexo, na qual são indicados os quantitativos de

servidores pleiteados por cada Gerência da SUCAR.”

O quantitativo de servidores pleiteado para as gerências consta no Quadro XVII a seguir.

Gerência Especialista em

regulação

Técnico em

Regulação

Analista

Administrativo

Técnico

Administrativo TOTAL

GEAFA 05 04 - 01 10

GEROF 09 03 - 05 17

GEFER 04 02 - - 06

Quadro XVII - Quantitativo de servidores pleiteado pela GEAFA, GEROF e GEFER.

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base na planilha apresentada por meio do Memo nº

62/SUCAR

Do exposto, com o advento do concurso público, as gerências vislumbram aumentar seus

quadros a fim de possuírem melhores condições para executarem suas atividades.

4.4. Subárea - FISC BENS OPER E GEST CONTR ARREN MALHAS FERR

4.4.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

4.4.1.1. Constatação

QUEDA DO DESEMPENHO DA ÁREA DE FISCALIZAÇÃO DE BENS ARRENDADOS

Durante Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se queda do

desempenho da área de fiscalização de bens arrendados. O Quadro XVIII abaixo resume a

aludida queda de desempenho quando comparado a outros exercícios: CONTA

CONTA Inspeção

2008

Inspeção

2009

Comparação

2009/2008

Inspeção

2010

Comparação

2010/2009

TERRENOS-

ARRENDADOS(Estações/Armazéns/Pátios) 2.776 400 -86% 310 -23%

EDIFICIOS E DEPEND.-REAVAL.-

ARRENDADOS 1.907 1.074 -44% 1.014 6%

LOCOMOTIVAS ELET.-REAVAL.-

ARRENDADOS 8 0 -100% 0 Igual

LOCOMOTIVAS DIESEL-

ARRENDADAS 367 546 49% 205 -62%

VAGOES-ARRENDADOS 17.712 6.291 -64% 3.992 -37%

Quadro XVIII - Histórico de fiscalização de bens arredados

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base no relatório de Avaliação da Gestão 2011

Em função da constatação, a CGU expediu a seguinte recomendação:

“Que a ANTT forneça condições por meio de comprovação da melhoria da alocação de recursos

humanos das Unidades Regionais para que a GEAFA cumpra suas metas.”

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011: A alocação dos recursos humanos das Unidades Regionais, pela GEAFA, pode

ser constatada no Cronograma de Inspeções Programadas de Ativos 2011 e também nas

Planilhas de Acompanhamento das Inspeções Eventuais.”

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A fim de avaliar as informações prestadas foi solicitada, por meio da SA nº

201203657/013, de 04/04/2012, planilha de controle das inspeções realizadas. A partir da

resposta encaminhada por meio do Memorando nº 45/SUCAR, de 13 de abril de 2012, montou-

se o Quadro XIX comparativo a seguir. Tipo de Bens

Tipo de

Bens Inspeção

20082008 Inspeção

2009 Inspeção

2010 Inspeção

2011 Comparação

2009/2008 Comparação

2010/2009 Comparação

2011/2010 BENS

MÓVEIS 18.087 6.837 4.197 1.849 -62,2% -38,6% -55,9%

BENS

IMÓVEIS 4.683 1.474 1.324 2.179 -68,5% -10,2% 64,6%

TOTAL 22.770 8.311 5.521 4.028 -63,5% -33,6% -27,0% Quadro XIX - Histórico de fiscalização de bens arredados

Fonte: Elaborado pela DITRA/DI/SFC/CGU-PR com base no relatório de Avaliação da Gestão 2011

Da análise do Quadro, verifica-se que a realização de inspeção de bens móveis vem

sofrendo redução significativa desde 2008, passando de 18.087 para 1.849. Pior, não se

observando sinais de melhoria quando comparados os dois últimos anos. Referente à fiscalização

dos bens imóveis, em que pese a melhora no ano de 2011 quando comparado aos exercícios de

2010 e 2009, o número atingido ainda é muito inferior ao registrado em 2008. No somatório,

constata-se redução, ano a ano, das fiscalizações realizadas pela ANTT.

Do exposto, em que pese os esforços da ANTT, não se verifica melhoria quantitativa nas

inspeções realizadas pela Agência que possa justificar o atendimento ao recomendado.

Causa: Ausência de priorização, por parte da direção da ANTT, na alocação de Recursos

Humanos na GEAFA.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 62/SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

“Em 2011 houve uma mudança na metodologia e a meta passou a ser o GFF – Grau de

Fiscalização Ferroviária, que é a soma do percentual de bens móveis inspecionados mais o

percentual de bens imóveis fiscalizados. Cabe ressaltar que a meta estipulada de 0,19841 para o

GFF2011 foi superada, atingindo 0,20912, principalmente em função da grande quantidade de

inspeções realizadas no último trimestre de 2011, com o apoio das equipes técnicas das Unidades

Regionais.

O indicador do Sistema Gerencial de Planejamento – SIGPLAN passou a informar, em 2011, a

quantidade de bens móveis e imóveis fiscalizados, tanto em inspeções programadas quanto em

eventuais. Desta forma a meta a ser alcançada é a inspeção de 10% dos bens móveis e 10% dos

bens imóveis arrendados, calculados sobre o total.

A GEAFA fiscalizou, em 2011, o total de 4028 bens arrendados, sendo 1849 bens móveis

(material rodante) e 2179 bens imóveis (terrenos e edificações), equivalendo a 7% do total dos

bens arrendados, cuja meta é 10%, ou seja, 5722 bens arrendados.

O percentual atingido foi de 16,7% para os bens imóveis e de 4,2% para os bens móveis

arrendados. A priorização da inspeção em bens imóveis deu-se tendo em vista a necessidade da

ANTT apurar as denúncias de abandono e de mau uso desses bens. É importante destacar que a

inspeção em imóveis depende mais tempo que a de bens móveis, por ter mais itens a vistoriar.”

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 095/2012/GEAFA/SUCAR, de 18 de

julho de 2012, a ANTT informou:

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“Não obstante o reduzido quadro de pessoal na GEAFA, visando o bom andamento dos

trabalhos, a Gerência tem requisitado servidores lotados nas diversas unidades regionais,

sempre que necessário”

Análise do Controle Interno:

Da análise da manifestação da ANTT, verifica-se, no que se refere às metas estabelecidas

no SIGPLAN, que a meta global de fiscalização dos bens arrendados não foi alcançada, ficando

3% menor que o valor estabelecido, que é de 10%. Ainda, quando se separam os bens móveis

dos imóveis, verifica-se que a fiscalização daqueles foi inferior a 5%. O ponto positivo

relaciona-se à fiscalização dos bens imóveis, cujo percentual superou a meta estabelecida.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a Diretoria da Agência forneça condições para que a GEAFA possa

cumprir plenamente as suas metas.

4.4.2. Assunto – CONTROLES INTERNOS

4.4.2.1. Constatação

DEFICIÊNCIA NOS CONTROLES DAS FISCALIZAÇÕES DOS ATIVOS ARRENDADOS.

Durante Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, verificou-se queda do

desempenho da área de fiscalização de bens arrendados. Resumidamente, o fato foi assim

consignado no Relatório nº 201108889:

“Dos controles da GEAFA das fiscalizações realizadas

(...)

Por outro lado, no Relatório Consolidado das Ações Ferroviárias de 2010, consta listagem das

Inspeções Programadas realizadas, Inspeções Eventuais realizadas. Entretanto, não fica

caracterizada a integridade da origem dos dados, configurando, pelo menos, fragilidade nos

controles. Além disso, os controles não devem somente se limitar a período e trecho, mas

possibilitar o acompanhamento da produção dos relatórios e os seus desdobramentos.

Dos controles da GEAFA das notificações emitidas

(...)

Quanto aos controles de multas, foram apresentados 22 campos de controle, com registro de 4

multas no valor de R$ 7.288.000,00, para a América Latina Logística Oeste S.A,. e R$

574.467,53 para a Transnordestina Logística S.A., todas por descumprimento de metas, com

apresentação de Recurso administrativo e encaminhamento para a Coordenadoria Especial de

Processamento de Autos de Infração e Apoio à Juntas Administrativas de Recursos de Infração

(COESP). Entretanto, não foi encaminhado nenhum controle da GEAFA.

Por outro lado, no Relatório Consolidado das Ações Ferroviárias de 2010, consta listagem das

Notificações emitidas. Contudo, não fica caracterizada a integridade da origem dos dados,

configurando, pelo menos, fragilidade nos controles.”

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“Recomendação: 001

Que a GEAFA mantenha, de forma sistematicamente atualizada, controles das fiscalizações,

notificações e multas realizadas.”

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“Recomendação: 002

Que a ANTT apresente funcionalidade do SAFF ou outro sistema corporativo que proporcione os

controles necessários para as fiscalizações, notificações e multas da GEAFA.”

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

“Em 15/12/2011:

O controle das fiscalizações, notificações e multas vem sendo realizados permanentemente por

meio de planilhas. Após a finalização de etapa do GIGFER 2.0, que diz respeito à informações

recebidas das Concessionárias, será possível otimizar-se o gerenciamento dos bens arrendados.

Em 02/04/2012:

Não obstante o controle das fiscalizações, notificações e multas continuar sendo realizado

permanentemente por meio de planilhas, na implementação do GIGFER 2.0, prevista para

dezembro/2012, estamos projetando o desenvolvimento de funcionalidade que permita

aperfeiçoar o gerenciamento e o controle dos ativos ferroviários arrendados.

Já existe também demanda registrada junto a nossa área de informática para desenvolvimento de

sistema corporativo que atenda as necessidades da SUCAR de controle e acompanhamento de

fiscalizações, notificações e multas.”.

Da leitura da manifestação, verifica-se que a ANTT vem efetuando controle dos bens

arrendados por meio de planilhas. Ainda, informa que implantará o sistema GIGFER 2.0,

previsto para dezembro de 2012, a fim de aperfeiçoar o gerenciamento dos bens. Ante o exposto,

o acatamento ao recomendado fica condicionado à entrada em operação da referida ferramenta.

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 095/2012/GEAFA/SUCAR, de 18 de

julho de 2012, a ANTT informou que: “temos realizado o controle permanente, por meio de

planilhas, até a efetivação do sistema GIGFER, previsto para dezembro de 2012.”

Causa:

Ausência de gestões do Superintendente da SUCAR, objetivando a melhoria dos

controles de fiscalizações, notificações e multas.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Memorando nº 62/SUCAR, de 18 de maio de 2012, a ANTT informou:

“O acatamento total fica condicionado à implementação do GIGFER, que está prevista para

dezembro de 2012. Atualmente, estamos com carregamento pelas concessionárias de dados

georreferenciados dos bens vinculados a prestação dos serviços públicos de transporte

ferroviário.

O Departamento de Engenharia e Construções do Exército Brasileiro - DEC está realizando a

análise de inconsistências e a aferição em campo, por amostragem, dos dados que foram

carregados pelas concessionárias, tanto dos dados georreferenciados, como das demais

informações coletadas em campo.

Todavia, identificou-se problemas relativos à compatibilização dos sistemas da ANTT e das

Concessionárias e que estão sendo diagnosticados pela área de Tecnologia da Informação da

Agência. Assim, a operacionalização do GIGFER encontra-se dentro das expectativas, porém

dependem da cooperação das concessionárias para complementação das informações.”

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Análise do Controle Interno:

Conforme manifestação, verifica-se que o prazo para a entrada em funcionamento do

GIGFER está mantido para dezembro de 2012. A partir do efetivo funcionamento a constatação

poderá ser sanada.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT efetue gestões, para que, efetivamente, em dezembro/2010, haja

a implementação do GIGFER, continuando com a sistemática de controle atual, por meio de

planilhas, até a efetivação do sistema.

4.4.3. Assunto - CONTRATOS DE CONCESSÃO E PERMISSÃO

4.4.3.1. Constatação

PERDA, ROUBO E DETERIORAÇÃO DOS BENS ARRENDADOS

Durante a Auditoria de Avaliação da Gestão do exercício de 2010, constatou-se

existência de linhas desativadas, imóveis abandonados e material rodante sem peça de reposição.

Resumidamente, o fato foi assim consignado no Relatório nº 201108889:

“(...)

Quanto às linhas desativadas, estão, em sua maioria, em mau estado de conservação.

Recentemente, a ANTT colocou em audiência pública a minuta da resolução que trata dos

“procedimentos de operações de direito de passagem e tráfego mútuo, visando à integração do

Sistema Ferroviário Federal”. Há a expectativa que a resolução facilitará a criação dos

operadores ferroviários independentes e promoverá a diminuição da ociosidade da malha.

Apenas o fato de haver circulação de trens nas linhas inibe as invasões de faixa de domínio e

roubos de peças, trilhos e outros materiais ferroviários. Porém isto não diminui a necessidade da

vigilância patrimonial, principalmente nas regiões mais povoadas e/ou com mais incidência de

roubos e invasões.

Quanto aos imóveis (estações, armazéns, oficinas, etc.), a maioria encontra-se em más

condições, excetuando-se aqueles utilizados pelas concessionárias na operação ferroviária e os

utilizados por órgãos públicos, associações, museus, entre outros, por meio de cessão, permissão

ou comodato.

Não há estímulo para que as concessionárias façam a manutenção destes imóveis que não tem

uso ferroviário. Atualmente, no transporte de cargas, não há necessidade de tantas estações

como no passado, em que o licenciamento dos trens era feito manualmente por meio dos

chamados staffs e não havia computadores e muito menos o GPS. Licenciamento é o sistema de

autorização para partida dos trens para que não haja choque entre um trem e outro. Atualmente

as concessionárias utilizam sistemas computadorizados para o controle do tráfego de trens e

licenciamento.

(...)

Por outro lado, a GEAFA/SUCAR está entrando em entendimento com o IPHAN para firmar um

Acordo de Cooperação Técnica para, entre outros fins, mapear imóveis de valor artístico,

histórico e cultural, e buscar patrocinadores e fundos para restauração e preservação destes

bens públicos.

Quanto ao material rodante arrendado, também recai a lógica de que o que está em uso está

sendo conservado. São veículos bastante antigos e as peças de reposição já não são encontradas

no mercado, fazendo que outros veículos sejam „canibalizados‟. Assim, são encontrados, em

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muitos pátios, vagões e locomotivas com peças retiradas, sem menor possibilidade de

recuperação devido à obsolescência dos mesmas e o avançado estado de deterioração.”

Em função da constatação, a CGU expediu as seguintes recomendações:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que a ANTT apresente plano de incentivo a ser executado para promover a utilização pelas

prefeituras de imóveis abandonados.

RECOMENDAÇÃO: 002

Que a ANTT continue a firmar Acordos de Cooperação Técnica com a interveniência do IPHAN

para, entre outros fins, mapear imóveis de valor artístico, histórico e cultural, e buscar

patrocinadores e fundos para restauração e preservação destes bens públicos.

RECOMENDAÇÃO: 003

Que a ANTT continue a levantar a situação atual do material rodante arrendado sucateado e o

plano para sua regularização, adotando, como critérios, quando for necessária a substituição, no

caso de locomotivas, a equivalência de potência bruta e, nos vagões, parâmetros como o peso

bruto, lotação e tara.”.

Por meio do Plano de Providências Permanente – PPP, do exercício de 2011, a ANTT

apresentou as seguintes medidas adotadas:

a) Quanto à recomendação 001:

“Em 15/12/2011:

A SUCAR informa que a possibilidade jurídica de participação da ANTT, como interveniente, em

contrato de cessão de uso de bens imóveis, que será celebrado entre a Concessionária e a

Prefeitura, tendo em vista o pronunciamento contrário do DNIT em figurar como interveniente

nos contratos. Por meio da NOTA/ANTT/PRG/DBRC/nº 848-2.3.1.2/2011 a PRG informou que,

juridicamente, é possível e até recomendável que a ANTT participe dos contratos que envolvam a

cessão de uso dos bens arrendados, em face à competência da Agência de autorizar e de

fiscalizar as transformações, remodelações, reconstruções e modernizações dos bens

operacionais arrendados, e elaborar relatório técnico específico, contendo a relação e o estado

de conservação dos bens.

Assim sendo, a SUCAR está atuando junto às concessionárias no sentido de agilizar a assinatura

de contratos de cessão de uso, com vistas a reduzir o número de imóveis que não estão sendo

utilizados pelas concessionárias, uma vez que há manifestação de interesse de governos

estaduais e prefeituras em algumas edificações não aproveitadas pelas concessionárias.

Considerando a necessidade de proceder efetivas providências, para que a questão realmente

tenha uma solução, a SUCAR estabeleceu o prazo de 30/12/2011.

Em 02/04/2012:

A respeito da recomendação de apresentar plano de incentivo a ser executado pela ANTT para

promover a utilização pelas Prefeituras dos imóveis arrendados que não sejam necessários à

prestação do serviço de transporte ferroviário de cargas, independentemente do estado de

conservação, a minuta de Termo de Cessão de Uso está em análise na nossa Procuradoria.

Assim que seja aprovada a minuta, iniciaremos o programa de incentivo junto as Prefeituras,

dando a publicidade necessária no site da ANTT e junto às entidades representativas dos

municípios brasileiro.”.

b) Quanto à recomendação 002:

“Visite o Portal da Transparência e fiscalize o uso dos recursos públicos federais”

www.portaltransparencia.gov.br

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“Em 15/12/2011:

Em 19/10/2011, por intermédio da NOTA/ANTT/PRG/DBRC/Nº 4049-2.2.13/2011, a PRG se

manifestou favorável a assinatura de convênio de cooperação técnica para preservação do

patrimônio ferroviário entre ABPF e interveniência do IPHAN, mais especificamente no Projeto

“Trens do Brasil. Entretanto, em 21/10/2011, a mesma PRG tornou sem feito a referida NOTA e

retificou o posicionamento ali consagrado, no sentido de que teriam sido atendidos os requisitos

legais considerando o disposto no Decreto nº 7568, de 16/09/2011.

Em síntese, o Decreto nº 7568, de 16/09/2011 determina que, para celebração de convênio

pretendido é imprescindível que sejam respeitadas as novas regras inseridas no Decreto

6170/2008, especificamente a realização de chamamento público, por meio da página oficial da

ANTT e do Portal de Convênios e comprovação do desenvolvimento de atividades referentes à

matéria objeto do ajuste nos últimos três anos, mediante aprovação do órgão ou entidade da

administração pública federal, responsável pela questão e cadastramento de informação no

SICONV.

Assim, para que seja cumprido o determinado no referido Decreto, foi publicada a Deliberação

nº 238/11, de 25/11/2011, aprovada em Reunião de Diretoria, autorizando realização de Edital

de Chamamento Público, com vistas a selecionar a melhor proposta técnica e a respectiva

entidade para a celebração de Convênio de Cooperação Técnica com a ANTT.

O referido Convênio tem como objeto realizar projeto de levantamento cadastral de material

rodante, oficinas e rotundas de potencial valor histórico existentes no estado do Rio Grande do

Sul e desenvolvimento de manuais de diagnóstico e de restauração de material rodante com valor

histórico.

Em 02/04/2012:

Sobre a recomendação de firmar Acordos de Cooperação Técnica com a interveniência do

IPHAN para, entre outros fins, mapear imóveis de valor artístico, histórico e cultural, e buscar

patrocinadores e fundos para restauração e preservação destes bens públicos, cabe ressaltar que

estamos realizando contatos com a área de Patrimônio Ferroviário do IPHAN objetivando a

participação desse Instituto em convênios específicos com entidades sem fins lucrativos (OSCIP,

ONG, como a ABPF, Amigos do Trem e outra, por Chamamento Público.”

c) Quanto à recomendação 003:

“Em 15/12/2011:

A GEAFA, sobre o assunto, informa que está autuando de forma a conseguir reduzir o número de

vagões e locomotivas abandonados pelas concessionárias, haja vista o disposto na Portaria nº

227/2011, de 10/08/11, que autorizou a substituição de 2375 vagões arrendados da ALLMP, bem

como a celebração de Termos Aditivos aos Contratos de Arrendamento com as concessionárias

ALLMP, MRS e FCA, relativos a substituições e inclusões de material rodante no Anexo II,

visando à correção de irregularidades encontradas em inspeções tanto programadas quanto

eventuais efetuadas por técnicos desta ANTT.

Em 02/04/2012:

O GIGFER dará condições de mapear a real situação de todos os bens arrendados e

possibilitará programar inspeções com mais objetividade, bem como a emissão de relatórios

gerenciais específicos.

Quanto à substituição de locomotivas, informamos que a GEFER já adota critérios pré-

aprovados de equivalência de potência bruta e, nos casos de vagões, parâmetros como peso

bruto, lotação e tara.”

“Visite o Portal da Transparência e fiscalize o uso dos recursos públicos federais”

www.portaltransparencia.gov.br

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Em função da manifestação, a CGU apresenta o seguinte posicionamento:

Quanto à recomendação 001, embora a ANTT tenha adotado ato de gestão importante para o

atendimento da recomendação, o acatamento integral fica condicionado à implementação do

citado programa junto às Prefeituras. Em relação à recomendação 002, embora a ANTT tenha

adotado ato de gestão importante para o atendimento da recomendação, o acatamento integral

fica condicionado à comprovação da celebração dos acordos de cooperação. E, referente à

recomendação 003, o acatamento total fica condicionado à implementação do GIGFER.

Causa:

Existência de linhas desativadas, imóveis abandonados e material rodante sem peça de

reposição, em função da precariedade na manutenção dos referidos bens arrendados pelos

concessionários.

Manifestação da Unidade Examinada:

Em nova manifestação, por meio do Memorando nº 095/2012/GEAFA/SUCAR, de 18 de

julho de 2012, a ANTT informou:

“RECOMENDAÇÃO: 001

Que a ANTT apresente plano de incentivo a ser executado para promover a utilização

pelas prefeituras de imóveis abandonados.

RESPOSTA:

Embora a Minuta do Termo de Cessão já esteja aprovada pela Procuradoria Geral da

ANTT, aguardamos manifestação do DNIT a respeito de sua participação no referido

documento para que se inicie o programa de incentivo junto às prefeituras;

RECOMENDAÇÃO: 002

Que a ANTT continue a firmar Acordos de Cooperação Técnica com a interveniência do

IPHAN para, entre outros fins, mapear imóveis de valor artístico, histórico e cultural, e

buscar patrocinadores e fundos para restauração e preservação destes bens públicos.

RESPOSTA:

O processo n° 50500.047242/2011-65 trata da proposta de convênio de cooperação

técnica com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária- ABPF. Foi realizado o

Chamamento Público e a minuta do convênio foi analisada pela Procuradoria Geral da

ANTT, que no momento encontra-se em análise na área técnica para ajustes sugeridos

pela Procuradoria.

RECOMENDAÇÃO: 003

Que a ANTT continue a levantar a situação atual do material rodante arrendado

sucateado e o plano para sua regularização, adotando, como critérios, quando for

necessária a substituição, no caso de locomotivas, a equivalência de potência bruta e,

nos vagões, parâmetros como o peso bruto, lotação e tara.

RESPOSTA:

Reiteramos que o GIGFER, previsto para dezembro de 2012, dará condições de mapear

a real situação de todos os bens arrendados e possibilitará programar inspeções com

mais objetividade, bem como a emissão de relatórios gerenciais específicos.”

“Visite o Portal da Transparência e fiscalize o uso dos recursos públicos federais”

www.portaltransparencia.gov.br

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Análise do Controle Interno:

Acerca da recomendação 01, em que pese os atos de gestão adotados pela ANTT, o acatamento

total fica condicionado ao início do plano de incentivo junto às prefeituras. Quanto à

recomendação 02, em que pese os atos de gestão adotadas pela ANTT, o acatamento total fica

condicionado à celebração dos acordos de cooperação. Quanto à recomendação 03, o acatamento

total fica condicionado à implementação de ferramenta no GIGFER, previsto para 2012, que

possibilite mapear a situação dos bens arrendados.

Recomendações:

Recomendação 1: Que a ANTT apresente plano de incentivo a ser executado para promover a

utilização pelas prefeituras de imóveis abandonados.

Recomendação 2: Que a ANTT continue a firmar Acordos de Cooperação Técnica com a

interveniência do IPHAN para, entre outros fins, mapear imóveis de valor artístico, histórico e

cultural, e buscar patrocinadores e fundos para restauração e preservação destes bens públicos.

Recomendação 3: Que a ANTT continue a levantar a situação atual do material rodante

arrendado sucateado e o plano para sua regularização, adotando, como critérios, quando for

necessária a substituição, no caso de locomotivas, a equivalência de potência bruta e, nos vagões,

parâmetros como o peso bruto, lotação e tara.

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201203657

Unidade Auditada: Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT

Exercício: 2011

Processo: 50500.029867/2012-26

Município/UF: Brasília/DF

Foram examinados os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas,

especialmente aqueles listados no art.10 da IN TCU nº 63/2010, praticados no período de 01 de

janeiro a 31 de dezembro de 2011.

Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido

no Relatório de Auditoria Anual de Contas constante deste processo, em atendimento à

legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os

resultados das ações de controle realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão

da unidade auditada.

Em função dos exames aplicados sobre os escopos selecionados, consubstanciados no

Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201203657, proponho que o encaminhamento das

contas dos agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63 seja como indicado a seguir, em função

da existência de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e as constatações

correlatas discriminadas no Relatório de Auditoria.

1. Regular com ressalvas a gestão do(s) seguinte(s) responsável(is)

1.1 – CPF ***.814.761-**

Cargo: Diretor-Geral da ANTT, no período de 01/01/2011 a 31/12/2011.

Referência: Relatório de Auditoria número 201203657 item 4.1.1.5 - Processos de aplicação de

penalidade sem conclusão.

Fundamentação: A falta de definição de metas por parte da Diretoria-Geral para conclusão dos

processos de aplicação de penalidade torna esse instrumento ineficaz, possibilitando a não

aplicação das multas e o não recolhimento dos respectivos valores.

Conforme artigos 26, 79 e 80 da Resolução nº 3.000, de 28/01/09, que aprovou o

Regimento Interno e a Estrutura Organizacional da ANTT, é de competência da Diretoria-Geral

a solução dos problemas constatados na gestão de suas unidades. É competência da

Superintendência de Exploração da Infraestrutura Rodoviária – SUINF, juntamente com sua

Gerência de Fiscalização e Controle Operacional de Rodovias – GEFOR a fiscalização da

execução dos contratos de concessão rodoviária.

Certificado de Auditoria

Anual de Contas

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Com relação aos processos de aplicação de penalidade, decorrente de inexecuções

contratuais nos contratos de concessão de rodovias, cabe ressaltar que foram objeto de auditoria

na Gestão 2008. Na oportunidade, foi constatada a falta de normatização e padronização dos

instrumentos de controle dos contratos de concessão rodoviária, e, especificamente, o controle

dos processos de aplicação de penalidades. Nesse sentido, foi recomendada a elaboração desse

controle e posterior aprovação da Diretoria-Geral – DG.

Na Gestão 2009, foi criado um banco de dados na GEFOR/SUINF para controle e

acompanhamento desses processos. Nesse mesmo ano, da análise desse controle, constatou-se

que tanto a Gerência como a Superintendência não atuaram (não emitiram suas decisões de 1ª e

2ª instâncias) nos prazos previstos nas Resoluções ANTT nºs 442/04 e 2.689/08, resultando na

morosidade de atuação nesses processos.

Cabe ressaltar que a execução dos processos de aplicação de penalidades, conforme

legislação vigente da Agência, o processo de aplicação de penalidade é uma espécie de Processo

Administrativo Simplificado – PAS, ou seja, de rito sumário, com prazos definidos para atuação

de cada responsável, e considerando-se a atuação de 1ª e 2ª instâncias, respectivamente, devendo

ser concluído em até 130 dias. Após o término dessa etapa, às concessionárias cabe o recurso à

Diretoria-Geral - DG, que deverá ser decidido em trinta dias, podendo ser prorrogado.

Na Gestão 2010, novamente foi observada a morosidade das decisões de 1ª e 2ª

instâncias dos processos de aplicação de penalidades, mesmo sem a presença de fatos novos.

Decorrente disso, pode-se observar um elevado número de processos de aplicação de penalidade

sem conclusão.

Em parte, essa morosidade foi justificada pela necessidade de alteração da legislação

para compatibilidade dos contratos de concessão da 1ª e 2ª etapas, uma vez que os contratos da

2ª etapa definem um nível de rigorosidade maior na aplicação da multa, gerando distorção no

valor da multa aplicada em relação às concessionárias da 1ª etapa, para um mesmo problema

verificado. Apesar disso, cabe ressaltar que as penalidades são aplicadas em conformidade com a

legislação e com as cláusulas contratuais vigentes, as quais dispõem que na aplicação das

sanções deve ser observada a regulamentação da ANTT quanto a gradação das infrações.

Quanto ao elevado número de processos sem conclusão (em 2009 e 2010, no total,

foram R$ 16.184.434,00 sem decisão da SUINF), o Diretor-Geral firmou compromisso de serem

definidas metas para a finalização dos processos, com a criação de um núcleo para a análise,

incluindo pessoas da procuradoria junto à Agência.

Na gestão 2011, foram concluídos 144 processos, dos quais 31 foram arquivados, em 30

a multa foi paga, em 8 foi aplicada a penalidade de advertência e em 75 foi firmado o Termo de

Ajuste de Conduta – TAC.

Apesar disso, o total de processos existentes até maio de 2012 era de 522, sendo 225

processos concluídos (arquivados e pagamento recolhido) e 297 a serem concluídos (defesa

prévia em análise, recurso em análise, efeito suspensivo da DG). Ou seja, apesar da atuação da

Agência, ainda resta um passivo considerável a ser vencido. E ainda, ressalta-se que a Auditoria

Interna da ANTT constatou que as decisões de 1ª e 2ª instâncias não estão obedecendo os prazos

previstos nas Resoluções nºs 442/04 e 2.689/08.

Em 12/07/11, foi apresentada a proposta de alteração da legislação que versa sobre a

aplicação das penalidades às concessionárias de rodovias. Posteriormente, em 14/02/12, a minuta

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dessa Resolução foi concluída, restando o impasse de submetê-la ou não à Audiência Pública

para posterior remessa à Diretoria. A previsão inicial de publicação da resolução era fevereiro de

2012, entretanto, até a presente data ainda não foi publicada.

Com relação à planilha de controle dos processos aplicação de penalidade, o

entendimento desta Controladoria é pela necessidade de revisão e atualização de todos os

campos da planilha, entendimento este, corroborado pelo Relatório da Auditoria Interna nº

09/AO/AUDIT/2011, de outubro de 2011, que da análise da planilha de controle verificou

processos paralisados e com informações defasadas.

Por todo o exposto, pode-se concluir que: a planilha de controle dos processos de

aplicação de penalidades precisa ser revisada e atualizada, e posteriormente submetida à

aprovação da Diretoria; ainda há um passivo considerável de processos de aplicação de

penalidades a serem concluídos; e há necessidade de celeridade no processo de aprovação da

alteração da legislação para compatibilidade entre as penalidades aplicadas às concessionárias da

1ª e ª etapas.

Esclareço que os demais agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63, constantes das

folhas 05 e 06 do processo, que não foram explicitamente mencionados neste certificado têm,

por parte deste órgão de controle interno, encaminhamento proposto pela regularidade da

gestão, tendo em vista a não identificação de nexo de causalidade entre os fatos apontados e a

conduta dos referidos agentes.

Brasília/DF, de julho de 2012.

WAGNER ALESSANDER FERREIRA

Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Transportes

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Relatório: 201203657 Unidade Auditada: Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT Exercício: 2011 Processo: 50500.029867/2012-26 Município/UF: Brasília/DF

Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da Controladoria-Geral da

União quanto à prestação de contas do exercício de 2012 desta, expresso opinião sobre o desempenho e a conformidade dos atos de gestão dos agentes relacionados no rol de responsáveis, a partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria. 2. Como avanços na Gestão Operacional da Unidade, destacam-se aspectos positivos quanto aos resultados de suas áreas finalísticas (rodoviária, ferroviária e transporte rodoviário de passageiros). No entanto, primeiramente, cabe ressaltar o aperfeiçoamento na Gestão Estratégica de Planejamento. 2.1. Imbuída do espírito de melhoria da qualidade regulatória e com base no Planejamento Estratégico, foi elaborada a Agenda Regulatória para os anos de 2011/2012, que considerou os temas prioritários para a ação regulatória. A agenda foi organizada em oito Eixos Temáticos, os quais contemplam sessenta e nove temas. Ela contribui para o fortalecimento da capacidade regulatória da Agência, resultando na melhoria da qualidade dos serviços a serem prestados pelos concessionários, permissionários e autorizatários dos serviços de transporte terrestre.

2.2. O ano de 2011 destaca-se por ter sido o período de maturação do processo de gestão estratégica na Agência. Nesse sentido, o processo de melhoria da gestão foi consolidado com a aprovação da revisão dos Projetos Estruturantes, a definição dos Macroprocessos e Processos prioritários e a instituição do Escritório de Projetos e Processos. Além disso, a continuidade do acompanhamento do processo, por meio de indicadores de desempenho dos objetivos estratégicos, projetos estruturantes e processos prioritários, ensejou seu aperfeiçoamento, resultando na revisão de indicadores estratégicos e projetos estruturantes, além do estabelecimento de métricas para acompanhamento dos processos prioritários, bem como o estabelecimento das bases para a revisão dos objetivos estratégicos, a ser implementada em 2012.

Parecer de Dirigente do

Controle Interno

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2.3. Cabe ainda destacar a ampliação da integração da ANTT com a sociedade, com a publicação da Carta de Serviços ao Cidadão, que relaciona todos os serviços prestados pela Agência, facilitando o acesso aos mesmos. Outro fato que se destaca é o incremento de aproximadamente 20% das manifestações acolhidas pela Ouvidoria em 2011 (400.000), em relação a 2010, atribuído à melhoria dos processos internos e à melhor imagem da Ouvidoria junto aos usuários.

2.4. No que se refere à Área Rodoviária, quanto aos aspectos positivos observados em 2011, destacam-se: a continuação dos Projetos Estruturantes 1.6 e 1.7 - Metodologia de Revisão e Padronização dos Processos de Outorga de Concessões Rodoviárias, respectivamente, visando estabelecer uma metodologia de revisão e padronização dos projetos de concessão de rodovias. Nesse sentido, destaca-se a revisão dos Programas de Exploração da Rodovia - PER das 14 (quatorze) Concessionárias de Rodovias Federais, com a elaboração de minuta de manual padrão de processos de outorga de concessões rodoviárias, da minuta do PER - Modelo e do Fluxo de caixa marginal para todas as concessões vinculando-os com o fluxo de caixa atual. Destaca-se ainda, a aplicação do modelo de avaliação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato e os preparativos para a Audiência Pública sobre a metodologia de cálculo do Valor do Custo de Capital a ser aplicado como taxa de desconto ao Fluxo de Caixa Marginal. 2.5. Em relação à área de Transporte de Passageiros, cabe destacar a ampliação da ação fiscalizatória, tanto no segmento de transporte rodoviário nacional e internacional de passageiros quanto de cargas, com crescimento de, respectivamente, 5,8% e 15,05% do número de veículos fiscalizados. Além disso, pode-se destacar: a revisão dos editais e contratos para o serviço de transporte de passageiros de longa distância, o início dos estudos para automatização da coleta, tratamento e disponibilização de dados operacionais do Serviço de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros - STRIIP, e a padronização da emissão de bilhetes de passagem para o transporte rodoviário interestadual de passageiros (>75 km). Destaca-se ainda, a elaboração e atualização dos manuais de fiscalização e de procedimentos de fiscalização dos serviços de transporte rodoviário terrestre. 2.6. Dentre os principais avanços na Área Ferroviária em 2011, pode-se citar: o desenvolvimento e revisão dos modelos de concessão para as malhas ferroviárias da VALEC e RFFSA, com a proposição do novo Regulamento do Transporte Ferroviário – RTF; a publicação do novo marco regulatório do setor ferroviário brasileiro e a estruturação das metas para 2012 por trecho; o desenvolvimento de metodologia para cálculo das Tarifas Ferroviárias de Referência; o desenvolvimento do Sistema GIGFER – Gestão de Ativos Ferroviários com Inteligência Geográfica visando a avaliação das informações encaminhadas pelas concessionárias; e o desenvolvimento do Sistema de Acompanhamento e Fiscalização do Transporte Ferroviário – SAFF, com inclusão de funcionalidades críticas, tais como: a programação anual de fiscalização, o registro de inspeções e notificações, o acompanhamento de notificações, e a entrada de dados mensais e consultas.

3. Dentre as principais constatações que podem impactar a execução das políticas públicas a cargo da Unidade cabe destacar, quanto à área rodoviária, a insuficiência dos controles de

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documentos para fiscalização e acompanhamento dos contratos de concessão, a falta de validação do Sistema de Gestão e Fiscalização dos contratos de concessão rodoviária - SIGFIS II, os processos de aplicação penalidades sem conclusão, e a inadequação dos instrumentos de fiscalização. 3.1. Quanto à área ferroviária cabe destacar a falta de indicadores de tráfego mútuo e de direito de passagem, o atraso na implementação da revisão tarifária do transporte ferroviário de cargas e passageiros, a queda do desempenho da área de fiscalização de bens arrendados, a deficiência nos controles das fiscalizações dos Ativos Arrendados e a perda, roubo e deterioração dos bens arrendados. 4. Entre as principais causas estruturantes das constatações identificadas na área rodoviária cabe mencionar a ausência ou insuficiência de instrumentos de fiscalização e de controle, além da incompleta implantação de sistemas informatizados para desempenhar tais funções. Nesse sentido foram recomendados o aperfeiçoamento e normatização desses instrumentos, a definição de metas para análise dos processos de penalidades e de cronograma para a validação dos sistemas informatizados. 4.1. Como principais causas estruturantes das constatações identificadas na área ferroviária, menciona-se a ausência de efetividade das fiscalizações da Agência, tendo em vista a não conclusão tempestiva dos seus relatórios, o atraso na revisão tarifária, tendo em vista a morosidade na edição de seu normativo, e a deficiência nos controles das fiscalizações dos ativos arrendados, em função da não implementação do sistema GIGFER. Com efeito, foram recomendadas, dentre outras, a edição de Resolução, que trate da revisão tarifária, até 31 de julho de 2012, a utilização do Sistema de Custos Ferroviários para elaboração das novas tabelas tarifárias, bem como a realização de alterações no sistema SIREF, em função da aprovação de novo Manual de Contabilidade, além da conclusão e aprovação do Sistema GIGFER. 5. Quanto às recomendações do Plano de Providências Permanente não atendidas, cabe destacar na área rodoviária, que apesar das providências adotadas em 2011 e do atendimento da maioria das recomendações, as impropriedades apontadas ainda persistiram em 2011, incorrendo novamente na inadequação dos instrumentos de fiscalização, na não conclusão dos processos de aplicação de penalidades, na insuficiência dos controles de documentos de fiscalização e dos exigidos nos contratos de concessão, e na não implantação do SIGFIS II. 5.1. Na área ferroviária, em que pese as medidas adotadas pela Agência a fim de elidir as constatações, cabe ressaltar que parte das recomendações permanece pendente de atendimento, situação que não favoreceu nem a melhoria nos controles das fiscalizações dos ativos arrendados, haja vista as inconsistências das informações prestadas pelas concessionárias, e nem a implementação da revisão tarifária.

6. Diante da implementação de controles internos administrativos, quanto à qualidade e suficiência, pode-se concluir que esses estão proporcionando melhorias na regulação e na fiscalização da Agência, contribuindo para criação de um ambiente de controle mais adequado e,

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desta forma, minimizando os riscos de atendimento dos objetivos institucionais da ANTT.

7. Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/n.º 63/2010 e fundamentado nos Relatórios de Auditoria, acolho a proposta expressa no Certificado de Auditoria conforme quadro a seguir:

CPF Cargo Proposta de Certificação

Fundamentação

***.814.761-** Diretor-Geral, no período de

01/01/2011 a 31/12/2011 Regular com

ressalva

Relatório de Auditoria nº 201203657 – Item

4.1.1.5 8. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.

Brasília/DF, de julho de 2012.

LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS DIRETOR DE AUDITORIA DA ÁREA DE INFRAESTRUTURA - SUBSTITUTO