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1 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201601462, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 05/04/2016 a 22/04/2016, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União – TCU. Unidade Auditada: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA Exercício: 2015 Município: Brasília - DF Relatório nº: 201601462 UCI Executora: SFC/DR/CGAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Unidade Auditada: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA · contas anual apresentada pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados

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_______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201601462, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.

1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 05/04/2016 a 22/04/2016, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União – TCU.

Unidade Auditada: INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA Exercício: 2015 Município: Brasília - DF Relatório nº: 201601462 UCI Executora: SFC/DR/CGAGR - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Registra-se que os Achados de Auditoria apresentados neste Relatório foram estruturados, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos.

2. Resultados dos trabalhos

De acordo com o escopo de auditoria firmado, por meio da Ata de Reunião realizada em 24/11/2014, entre Coordenação - Geral de Auditoria da Área de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SFC/DR/CGAGR/CGU e a Secretaria de Controle Externo da Agricultura e Meio Ambiente – SECEXAMB/TCU, foram efetuadas análises sobre as seguintes áreas:

• Avaliação da Conformidade das Peças; • Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão; • Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias; • Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ; • Avaliação dos Controles Internos Administrativos;

• Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU; • Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU;

• Avaliação do CGU/PAD.

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU para este item, consideraram-se as seguintes questões de auditoria: A unidade jurisdicionada elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2015? As peças contemplam os formatos e conteúdos estabelecidos em normas do TCU?

A metodologia utilizada consistiu na verificação da compatibilidade dos itens que compõem o Relatório de Gestão e do Rol de Responsáveis com as normas do TCU, especialmente com as “Orientações para Elaboração do Relatório de Gestão” disponível no e-contas/TCU.

A partir dos exames ao Sistema e-Contas (http://portal2.tcu.gov.br/ portal/page/portal/TCU/comunidades/contas/e-Contas), verificou-se que a Unidade encaminhou ao TCU o Relatório de Gestão e o Rol de Responsáveis. Dessa forma, tais peças foram utilizadas como base para a análise.

Em relação ao Relatório de Gestão, entende-se que os itens contemplaram os formatos obrigatórios conforme orientações ao Instituto Nacional de

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MeteorologiaINMET quanto à elaboração e à forma de apresentação do Relatório de Gestão referente ao exercício de 2015. Todavia, quanto ao conteúdo, no item 2.1 – “Identificação da Unidade” faltam os respectivos períodos de substituição dos titulares no exercício de 2015.

Quanto ao Rol de Responsáveis, observou-se que a composição está de acordo com o previsto no artigo 10 da IN 63/2010. No entanto, os períodos de efetiva substituição dos titulares não constavam do referido Rol.

Nesse sentido, o Órgão de Controle Interno - OCI deve proceder à correção diretamente no sistema e-Contas.

Portanto, diante das correções efetuadas pela equipe de auditoria, conforme item específico deste Relatório, entende-se que as peças contemplam os conteúdos obrigatórios estabelecidos nas normas do TCU, especialmente com as “Orientações para Elaboração do Relatório de Gestão” disponível no e-contas/TCU.

toFa/

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

O Órgão de Controle Interno optou por incluir a avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão considerando as seguintes questões de auditoria: Os resultados quantitativos e qualitativos da gestão, planejados ou pactuados para o exercício, foram cumpridos? Eventuais discrepâncias ocorridas entre os resultados previstos e os realizados foram esclarecidas?

A metodologia utilizada consistiu na análise da Ação de Governo de maior materialidade da UPC. Desta forma, foi selecionada a Ação de Governo 2161 - Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e Climatológicas, que correspondeu a 93,77% da execução financeira da Unidade, e a 3,43% da execução financeira do Programa 2014 – Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização.

A Ação de Governo 2161 tem por finalidade a coleta de dados, produção e divulgação de boletins e alertas, contendo as informações meteorológicas e climatológicas, bem como a operacionalização do INMET e a digitalização do acervo histórico dos dados meteorológicos, com a finalidade de prover os tomadores de decisão na área de agropecuária e afins de informações sobre o comportamento do tempo e do clima. Desta forma, diante da análise efetuada foram observados os seguintes resultados:

Quadro – Meta Física da Ação de Governo 2161 (Em R$)

130011 – Instituto Nacional de Meteorologia Programa 2014 – Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização.

Ação Meta Física

Previsão Execução Execução/Previsão (%) 2161 – Produção e divulgação de informações

meteorológicas e climatológicas. 9.165 7.404 80,78

Fonte: SIOP/MPOG (Relatório de Gestão/2015)

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Quadro – Meta Financeira da Ação de Governo 2161 (Em R$) 130011 – Instituto Nacional de Meteorologia

Programa 2014 – Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização.

Ação

Meta Financeira

Previsto (LOA + adicionais)

Realizado (empenho liquidado)

Despesa Liquidada/

Fixação (%) Exercício RAP Exercício RAP Exercício RAP

2161 – Produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas.

38.050.500,00 8.060.743,6230.735.650,093.356.243,98 80,77 41,63

Fonte: SIOP/MPOG (Relatório de Gestão/2015)

Verifica-se que, embora haja relação de proporcionalidade quanto aos percentuais de execução das metas orçamentaria/financeira e física (80,78%), a Unidade não obteve êxito no atingimento da meta física de execução da Ação, alcançando o patamar de 7.404 informações meteorológicas e climatológicas produzidas e divulgadas.

Ressalte-se que, a referida Ação tem três Planos Orçamentários (PO) com produtos e unidades diferentes (unidade e percentual) e os valores expressos são apenas dos Boletins: • PO 1: Digitalização do Acervo Histórico dos Dados Meteorológicos - |DIGMET; • PO 2: Coordenação e Gestão dos Serviços Meteorológicos e Climatológicos –

GESTMET; • PO 3: Produção de Informações Meteorológicas e Climatológicas – PROINF.

Do mesmo modo, observa-se que o valor liquidado foi inferior à dotação fixada, sendo informado que foi inscrito em Restos a Pagar o montante de R$ 3.356.243,98 correspondendo a 8,82% da dotação fixada, indicando que a execução financeira poderia ser maior.

A Unidade justificou o não atingimento das metas devido a não liberação de limite e créditos orçamentários por parte do MAPA para as atividades de custeio/investimento do INMET no exercício de 2015.

Ademais, em análise ao item 3.1 do Relatório de Gestão 2015, que traz informações sobre o atingimento dos objetivos e metas físicas e financeiras das Ações de Governo sob a responsabilidade da UPC, e após realizar consulta ao Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP referente ao exercício de 2015, verificou-se divergência de informações, a saber:

Quadro – Divergência Relatório de Gestão e SIOP

Ação – descrição Despesas Liquidadas (R$ - fonte Relatório de Gestão)

Despesas Liquidadas (R$ - fonte SIOP) Diferença (R$)

2161 30.735.650,09 33.212.540,04 2.476.889,95

Fonte: Relatório de Gestão/2015 e SIOP

Todavia, a Unidade esclareceu que a diferença dos R$ 30.735.650,09 para R$ 33.212.540,04 está no valor a liquidar e no saldo.

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Assim, entende-se que o valor apresentado pelo INMET está em conformidade com os valores apresentados pelo SIOP.

Por fim, registra-se que não foram identificados gastos não compatíveis com a finalidade da Ação.

toFa/

2.3 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU, considerouse a seguinte questão de auditoria: A qualidade dos controles internos administrativos relacionados à atividade de transferências, mantidos pela UPC, é suficiente para mitigar os riscos inerentes da gestão da atividade?

A metodologia de avaliação deste item considerou informações fornecidas pelo

INMET, em resposta ao Questionário de Avaliação de Controles Internos, a documentação anexada a cada questão juntamente com a avaliação da implementação das recomendações da CGU pela Unidade Prestadora de Contas.

Desta forma, diante das informações obtidas verificou-se que: - Existe setor/departamento responsável pela avaliação das condições de habilitação técnico/jurídica das propostas dos convenentes, mas o setor não dispõe de estrutura material e nem de agentes administrativos suficientes para realização dos trabalhos sob sua responsabilidade;

- Há rotina de aprovação pela UPC da avaliação documental necessária à habilitação técnico/jurídica das propostas dos convenentes, mas apresenta fragilidades que necessitam de aprimoramento, como, por exemplo, ausência de formalização da rotina;

- Quanto à fiscalização da execução do objeto da avença da transferência, não existe planejamento com cronogramas estabelecidos de visitas técnicas nos locais de execução dos objetos avençados;

- Existem rotinas/procedimentos de supervisão das inspeções e acompanhamento da emissão dos relatórios técnicos, mas apresentam fragilidades quanto à formalização do procedimento. Todavia o setor responsável pelas transferências não dispõe de estrutura material e nem de agentes administrativos suficientes para realização dos trabalhos sob sua responsabilidade;

- Quanto à análise da prestação de contas dos convenentes ou contratados, no INMET existe normativo interno que especifica prazos para análise das prestações de contas parciais e avaliações técnicas da execução física dos objetos pactuados, existem normativos/rotinas formalizadas que especifiquem fluxos, responsabilidades e prazos para o acompanhamento da prestação de contas, mas foram detectadas fragilidades que denotam a necessidade de aprimoramento, conforme resposta apresentada pela Unidade no Questionário;

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- A UPC não oferta cursos ou dispõe de cartilhas que orientem os convenentes sobre a sistemática/prazos de prestação de contas parcial/final;

- Não existe rotina que exija acompanhamento periódico da situação técnicoadministrativa de transferências por parte dos técnicos da UPC, inclusive definindo prazos mínimos de monitoramento;

- Há normativo/rotina que especifique prazos para início e fim da análise e conclusão das situações que justificariam a abertura de Tomada de Contas Especiais, inclusive determinando prazos máximos de tolerância, antes do início da TCE, para que eventuais irregularidades constatadas pela UPC sejam regularizadas pela entidade convenente; procedimentos instituídos visando o controle das transferências com irregularidades passíveis de instauração (planilhas de controles de processos, irregularidades e prazos; sistemas computacionais de controle; normativo/rotina definindo os requisitos, as responsabilidades e a cronologia para a correta instrução do processo de tomada de contas especial). - A Unidade dispõe de controle adequado da instauração e finalização de TCE (planilhas de controles de processos, fases e prazos; sistemas computacionais de controle). Todavia, os normativos e procedimentos citados acerca das TCE’s apresentam fragilidades que demandam aprimoramento, conforme resposta apresentada pela Unidade no Questionário. Não existe Plano de Capacitação específico para os servidores responsáveis pela instauração e instrução dos processos de TCE, mas o INMET tem buscado adotar procedimentos para implementar esse controle.

Assim, de forma geral, o INMET demonstra ter controles internos administrativos

com qualidade suficiente para minimizar riscos da gestão de transferências, utilizando como parâmetro as Leis, Decretos e Instruções Normativas sobre o tema, o Manual de Convênios do MAPA e Cartilhas da CGU acerca do assunto.

Em que pese à avaliação positiva dos controles mantidos pela UPC sobre as Transferências Voluntárias, o nível de implementação de recomendações da CGU nessa área no exercício de 2015 chegou a somente 40%, onde, de cinco recomendações, foram atendidas apenas duas, deixando de atingir melhor índice, em parte, em razão de contingências relacionadas à carência da força de trabalho e a limitações orçamentárias.

toFa/

2.4 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU, considerouse a seguinte questão de auditoria: A qualidade dos controles internos administrativos relacionados à atividade de licitações e contratos, mantidos pela UPC, é suficiente para mitigar os riscos inerentes da gestão da atividade?

A metodologia de avaliação deste item considerou informações fornecidas pelo

INMET, em resposta ao Questionário de Avaliação de Controles Internos, a

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documentação anexada a cada questão juntamente com a avaliação da implementação das recomendações da CGU pela Unidade Prestadora de Contas.

Desta forma, diante das informações obtidas verificou-se que:

- O INMET mantém controle, devidamente atualizado, dos processos licitatórios realizados no exercício; - Dispõe de planilha com informações sobre a disponibilidade orçamentária e financeira, que utiliza para subsidiar o processo de contratação e respectivos aditivos contratuais; - Não existe setor/departamento responsável e servidor permanentemente designado para realização das atividades relacionadas a licitações.

Quanto ao planejamento da contratação:

- As contratações da Unidade originam-se a partir de documento assinado por unidade interna demandante, explicitando a necessidade de contratação e formalizando oficialmente a demanda, contribuindo para a regularidade e segurança do processo licitatório;

- O Instituto não normatizou os critérios para realização de pesquisa de preços prévia a realização das licitações, dispensas e inexigibilidade, embora haja rotina de pesquisa estabelecida, porém, ainda não formalizada via procedimento; - O INMET também não padronizou as especificações que são mais comuns (limpeza, vigilância, telefonia, microcomputadores, etc.) para aquisição por meio de processos licitatórios;

- As contratações diretas não são elaboradas com os mesmos artefatos necessários para as contratações por meio de licitação, a exemplo de estudos técnicos preliminares e planos de trabalho, exceção feita aos Termos de Referência. Isso se deve, em parte, ao fato de a Unidade não dispor de rotinas de revisão e aprovação dos artefatos do planejamento.

Quanto à seleção do fornecedor: - O INMET utiliza editais-padrão disponibilizados no site da Advocacia-Geral da União em suas licitações e submete à apreciação prévia da Assessoria Jurídica as minutas dos editais de licitação e seus anexos;

- Em todos os processos há designação formal de equipe técnica para auxiliar a Comissão Permanente de Licitação na análise da documentação de habilitação e propostas de preços nas licitações para contratação de objetos mais complexos (Obras e Tecnologia da Informação – TI). Entretanto os limites legais para a composição das comissões entre os servidores efetivos e comissionados não são rigorosamente observados, mas o INMET

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tem conhecimento da necessidade e está adotando providências para o cumprimento do estabelecido na legislação;

- O Instituto realiza consultas ao Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, ao Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Atos de Improbidade Administrativa - CNJ e a Lista de Inidôneos do TCU durante o certame e anexa o resultado da consulta no processo licitatório com o intuito de verificar a ocorrência de registro de penalidades que impedem as empresas de licitar e contratar; - O INMET não adota rotinas para prevenção de fraudes e conluios, a exemplo de análise dos endereços das empresas, quadro societário, data de constituição da empresa, análise das propostas em relação ao formato, empresas de servidores do Órgão ou Entidade Pública, mas a Unidade afirma em resposta ao Questionário, estar desenvolvendo mecanismos com essa finalidade; - A Unidade não acompanha todas as fases do processo licitatório, de modo a identificar o tempo médio gasto em cada etapa do processo, assim como os obstáculos que possam impactar seu andamento regular, não dispondo de indicadores de gestão na área de licitações. Todavia, conforme resposta ao Questionário, tem buscado adotar procedimentos nesse sentido.

Quanto à gestão do contrato: - O Órgão designa formalmente os servidores que devem atuar na gestão do contrato e esses possuem tempo suficiente para executar suas atividades. No entanto, nem sempre os servidores designados para atuar na gestão contratual possuem adequada capacitação para exercer seus papéis;

- A Unidade consulta o SICAF antes de cada pagamento a ser efetuado para a contratada, verificando se mantém as condições de habilitação. No entanto, não existe evidência de ações em caso de irregularidade, previstos no art. 3º, §4º, da IN-SLTI 4/2013, isso porque, segundo o INMET, não foi detectada nenhuma ocorrência relacionada às empresas contratadas;

- Observou-se boa organização processual em que os pagamentos relativos a um contrato são tratados em processos separados, uma boa prática que facilita a recuperação da informação no processo.

Assim, embora os controles internos administrativos do INMET possam ser

melhorados, em especial quanto à padronização das especificações que são mais comuns e adoção de rotinas para prevenção de fraudes e conluios, apresenta qualidade suficiente para minimizar riscos da gestão de aquisições de bens e contratação de serviços, consubstanciado em procedimentos definidos pelo seu Sistema de Gestão da Qualidade, regramentos constantes no Regimento Interno e, ainda, em manuais e modelos de documentos disponíveis na Intranet do Órgão.

Esta avaliação esta corroborada pelo nível de implementação de recomendações da CGU na área de licitações contratos, que chegou a 66%, onde, de seis recomendações, foram

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atendidas quatro, deixando de atingir melhor índice, principalmente, em razão de contingências relacionadas à carência da força de trabalho e a limitações orçamentárias.

toFa/

2.5 Avaliação dos Controles Internos Administrativos

A fim de atender ao ajuste de escopo realizado entre a CGU e o TCU, considerouse a seguinte questão de auditoria: Os Controles Internos Administrativos em Nível de Entidade adotados pela UPC possuem qualidade e suficiência para assegurar o atingimento dos seus objetivos estratégicos, com enfoque no Elemento Monitoramento?

A metodologia utilizada considerou informações fornecidas pelo INMET, em resposta ao Questionário de Avaliação de Controles Internos – Nível Entidade, a documentação anexada a cada questão juntamente com as informações apresentadas no Relatório de Gestão.

A análise dos Controles Internos Administrativos adotados pela Unidade em Nível de Entidade tem como objetivo avaliar a qualidade e suficiência dos controles instituídos pela Unidade com vistas a assegurar que seus objetivos estratégicos sejam atingidos. O escopo desta análise enfoca o componente Monitoramento do sistema de controles internos.

O componente de Monitoramento trata do acompanhamento das atividades de controle da Unidade, com a finalidade de certificar-se de que os componentes/elementos de controle interno, (Ambiente de Controle; Avaliação de Risco; Atividades de Controle; Informação e Comunicação e Monitoramento) inclusive os princípios de cada componente, estejam presentes e funcionando.

Os objetivos estratégicos do INMET são: - Tornar-se a referência nacional e regional em previsão de tempo para até 10 dias, bem

como em previsão sazonal do clima e prestação de serviços climáticos; - Oferecer produtos e serviços de alta qualidade, continuamente aprimorados, que

atendam às reais necessidades dos usuários; - Dispor de sistemas de observações meteorológicas e afins, incluindo dados de satélites

e de outros sensores, que sejam permanentemente atualizados e bem dimensionados às necessidades do INMET;

- Dispor de infraestrutura moderna e adequada de armazenamento, processamento e

disseminação de dados, produtos e serviços meteorológicos e climáticos que propicie e facilite o atendimento de novas demandas;

- Manter corpo técnico bem dimensionado e altamente qualificado, motivado e proativo; - Fortalecer o reconhecimento do INMET pela sociedade, organizações públicas e

privadas, no país e no exterior;

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- Promover maior aproximação e consolidar parcerias sinérgicas com instituições congêneres, de ensino e pesquisa, e usuárias das informações meteorológicas, do país e do exterior;

- Consolidar-se como instituição ágil, flexível e transparente, orientada a resultados.

Para atingir seus objetivos estratégicos, o sistema de controle interno do INMET é reforçado por práticas de um Sistema de Gestão da Qualidade que monitora a validade e qualidade de diversas atividades ao longo do tempo.

Dentre os procedimentos adotados na gestão da qualidade estão os que estabelecem:

- Sistemática para programação, coordenação e execução das auditorias internas da

Qualidade, levando em consideração a situação e a importância dos processos e das áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores;

- Procedimentos que assegurem que os servidores/colaboradores que executam atividades

que afetam a qualidade do produto são competentes, com base em educação, treinamento, habilidade e experiência apropriados;

- Sistemática para implementação de ações corretivas e/ou preventivas, visando eliminar

as causas de não conformidade detectadas ou potenciais; - Sistemática para a execução da Análise Crítica do Sistema de Gestão da Qualidade

(SGQ) do INMET.

As avaliações de controle interno são adequadamente reportadas às pessoas que tem poder para determinar as ações corretivas, contribuindo para o aperfeiçoamento dos controles internos.

E ainda, um programa de capacitação e treinamento regular e sistemático é adotado pela organização, atrelado à realização dos objetivos estratégicos e planos estabelecidos, de modo que todos sejam adequadamente capacitados para desempenhar suas atribuições de maneira proveitosa.

A missão, a visão, os valores e compromissos da organização, direcionados para o cidadão cliente de sua atividade, estão definidos, formalizados e amplamente comunicados, de modo que o corpo técnico da organização tem consciência e compreensão de como deve atuar para concretizá-los, de acordo com resposta ao Questionário.

A organização adota um processo formal e sistemático do planejamento e gestão estratégica para estabelecer e gerenciar os objetivos estratégicos, incluindo o desdobramento deles em planos táticos e operacionais até se chegar aos objetivos no nível de atividades (divisões, processos e operações).

Todavia, a política de capacitação, o planejamento estratégico da Unidade e as ações em nível tático e operacional, conforme respostas apresentadas no Questionário,

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apresentam fragilidades que necessitam de aprimoramento, especialmente em função da carência de pessoal capacitado no assunto.

Portanto, o Componente Monitoramento está presente e em efetivo funcionamento, porém não assegura o atingimento dos objetivos estratégicos da Unidade com o nível de aprimoramento necessário, sendo apontada como principal óbice a carência de recursos humanos.

toFa/

2.6 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU

O Órgão de Controle Interno optou por incluir a avaliação do cumprimento aos Acórdãos do TCU pela UPC, considerando a seguinte questão de auditoria: Caso haja determinação do TCU à UPC com indicação expressa para que haja acompanhamento pela CGU, ele foi realizado?

A metodologia consistiu no levantamento dos Acórdãos em que haja determinação para o INMET e para os quais tenha havido indicação expressa do TCU para acompanhamento pelo Controle Interno.

Desta forma, foi verificado que, desde 2012, não houve deliberação do Tribunal de Contas da União para cumprimento por parte da UPC e, consequentemente, não houve indicação para acompanhamento por este Órgão de Controle Interno.

toFa/

2.7 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

A fim de atender ao ajuste de escopo definido entre a CGU e o TCU, consideraram-se as seguintes questões de auditoria: A Unidade Prestadora de Contas - UPC mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações da CGU? Existem recomendações pendentes de atendimento e que impactam a gestão da unidade?

A metodologia consistiu na verificação da existência de recomendações pendentes de atendimento pela Unidade, analisando as eventuais justificativas de sua não implementação, bem como as providências adotadas, principalmente quanto às recomendações que tenham maior impacto na gestão da unidade.

De acordo com informações registradas no Plano de Providências Permanente - PPP, no Relatório de Gestão, e com aquelas prestadas durante os trabalhos de campo da auditoria, verificou-se que, embora a Unidade mantenha rotina de monitoramento das recomendações, o efetivo atendimento tem sido prejudicado em razão de restrição orçamentária e de carência de servidores, que poderia ser suprida por concurso público, o qual se encontra judicialmente suspenso.

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Dentre as recomendações pendentes de implementação destaca-se a relacionada à necessidade de maior transparência dos gastos efetuados no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional nº 06/004 (BRA/IICA/06/004) (Item 2.1.1.2 do Relatório nº 201503604) e a referente à atualização e implementação do Plano Diretor de TI – PDTI (Item 1.2.1.1 do Relatório nº 201306059). Neste caso, a implementação deve se efetivar em decorrência da recente distribuição de servidor, provindo do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG, com formação em Gestão e Governança de TI.

De forma geral, mesmo diante das limitações orçamentárias e de pessoal apresentadas, denota-se que a Unidade está se empenhando em atender as recomendações, notadamente no que diz respeito ao contrato de digitação e digitalização de documentos meteorológicos históricos e à revisão do Projeto de Cooperação Técnica Internacional BRA/OMM/011001.

toFa/

2.8 Avaliação do CGU/PAD

O Órgão de Controle Interno optou por incluir a avaliação da utilização do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares – CGU-PAD, considerando a seguinte questão de auditoria: A UPC está registrando as informações referentes aos procedimentos disciplinares instaurados no Sistema CGU-PAD?

A metodologia consistiu na verificação da compatibilidade das informações do

Sistema CGU-PAD comparativamente àquelas prestadas pela Unidade. Desta forma, ao confrontar a lista de processos do relatório extraído do CGU-PAD

com a relação de processos apresentada pelo INMET, a qual se encontra em planilhas de controle paralelo, observou-se que os registros no referido Sistema estão de acordo com o que preceitua a Portaria CGU nº 1.043/2007 em relação aos prazos estabelecidos e demais orientações.

Cumpre mencionar que, por meio da Portaria nº 281, de 26/12/2014, da Secretaria

Executiva/MAPA, foram designados como cadastradores do Sistema CGU-PAD no Instituto Nacional de Meteorologia - INMET os servidores de Matrículas/SIAPE n°s 1328 e 1112818, titular e substituto, respectivamente.

Além disso, verificou-se que a estrutura de pessoal e tecnológica é suficiente para utilização do Sistema CGU-PAD e para gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados.

toFa/

2. 9 Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

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3. Conclusão Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno.

Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente Relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Brasília/DF.

Nome: Cargo: Assinatura:

Nome: Cargo: Assinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________ Coordenador-Geral de Auditoria das Áreas de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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_______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201601462 1 Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização

1.1 Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e Climatológicas

1.1.1 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Informação Básica da Ação/subárea de Negócio. Fato

Trata-se da Ação 2161 - Produção e Divulgação de Informações Meteorológicas e Climatológicas, que tem por finalidade a coleta de dados, produção e divulgação de boletins e alertas, contendo as informações meteorológicas e climatológicas, bem como a operacionalização do Instituto Nacional de Meteorologia e a digitalização do acervo histórico dos dados meteorológicos, com a finalidade de prover os tomadores de decisão na área de agropecuária e afins, no âmbito governamental ou privado, e a sociedade de modo geral, de informações sobre o comportamento observado e previsto do tempo e do clima, bem como outras informações e produtos derivados, subsidiando ações que minimizem os impactos de eventos meteorológicos extremos, variabilidade e mudanças climáticas.

A implementação da Ação se dá de forma direta pela UG, por meio da produção e divulgação de informações pela equipe técnica do Instituto.

Esta Ação representou 93,77% da execução financeira do INMET em 2015 e corresponde a 3,43% da execução financeira (R$ 24.782.085,03) do Programa de Governo 2014 - Agropecuária Sustentável, Abastecimento e Comercialização, de acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP/MPOG.

toFa/

1.1.2 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias

1.1.2.1 CONSTATAÇÃO

Ausência de comprovantes de pagamento referentes aos produtos entregues pelos consultores dos Projetos de Cooperação Técnica Internacional. Fato

O Projeto de Cooperação Técnica nº 06/004 (PCT BRA/IICA/06/004), celebrado

entre o INMET e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA),

15

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SIAFI nº 599902, no valor de R$ 14.816.760,00, com vigência de 15/12/2006 a 09/12/2016, tem por objetivo “Contribuir para o fortalecimento de ações agrometeorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em apoio ao agronegócio”.

Enquanto o Projeto de Cooperação Técnica Internacional - PCT (Projeto BRA/OMM/011/001) celebrado entre o INMET e a Organização Meteorológica Mundial - OMM, SIAFI nº 668115, no valor de R$ 19.111.634,00, com vigência de 26/10/2011 a 26/10/2015, tem por objetivo “Desenvolver ações e atividades de inovação e aplicação de novas técnicas de assimilação de dados para suporte à modelagem numérica da atmosfera, além da reestruturação e complementação das atividades desenvolvidas pelo INMET.”

Em análise à prestação de contas dos referidos Projetos, não foram localizados recibos/comprovantes de que foram efetuados os pagamentos dos produtos realizados pelos consultores contratados.

toFa/

Causa

Não previsão de emissão de comprovantes de pagamento dos serviços de consultoria no planejamento do fluxo de trabalho dos PCT’s.

suC /

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio da Informação nº 06/2016 a Unidade apresentou os seguintes

esclarecimentos:

IICA:

“(...) Notas fiscais atestadas e Recibos de Produtos de consultorias de 2015 – seguem anexas (Anexo I). Ressaltamos o fato de que para pagamentos de reembolso de diárias e passagens não existem recibos emitidos pelos consultores, apenas para pagamento de Produtos.”

OMM:

“(...) Primeiramente, é importante esclarecer que a Organização Meteorológica Mundial – OMM não possui escritório de Representação no Brasil, ficando toda a tramitação e controle financeiro do PCT sob responsabilidade do Escritório Regional para as Américas – OMM, que compartilha suas atividades entre Assunção/Paraguai e Genebra/Suíça.

Neste sentido, quanto à solicitação para que sejam enviados recibos referentes ao pagamento de Consultores, informamos que o Instituto Nacional de Meteorologia fica impedido de atender tendo em vista os motivos arrolados abaixo:

1) O contrato, instituto jurídico que rege a relação, define os produtos, prazos para entrega e forma de pagamento, é firmado diretamente entre os Consultores e a

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Organização Meteorológica Mundial – OMM. Por conseguinte, não há qualquer relação contratual/jurídica entre o INMET e os Consultores.

2) O INMET não é o responsável pelo pagamento, por este motivo, não possui recibos. A obrigação para pagamento recai sobre a OMM.

3) A OMM, em seu fluxo de trabalho, não emite recibos. No entanto, foi solicitado à OMM, em 12 de abril de 2016 (Anexo II), o envio das “ordens de pagamento” com os dados de cada ação de pagamento processado para consultores no exercício de 2015. O prazo de envio destes dados ainda não foi definido pela OMM.

4) Considerando que o contrato é firmado diretamente entre a OMM e os Consultores, o INMET não tem competência para emitir recibos, vez que não participa da relação formal. A relação entre OMM e Consultores é juridicamente perfeita, portanto, não cabe ao INMET a emissão de recibos vez que tal ação pode vir a ser interpretada como caracterização de vínculo empregatício.

Com vistas a contribuir com o processo de auditoria e a título de transparência, o INMET pode, se solicitado, enviar cópias (.pdf) dos Termos de Referências ou Contratos de consultoria e respectivos produtos.

No que se refere às Notas Fiscais, esclarecemos que os atestos são feitos por meio de Ofícios do Diretor Nacional do Projeto, aprovando o material recebido e autorizando a OMM a executar o pagamento. Cópias dos documentos comprobatórios das despesas estão arquivadas no INMET. Financeiro (Financial Statement) emitido pela Sede da Organização Meteorológica Mundial (Anexo III).” fstcExoUm/M Análise do Controle Interno

Em relação à IICA, tendo em vista que a Unidade apresentou os comprovantes do referido Projeto, foi feita a comparação dos recibos com os valores dos Relatórios de Progresso Anual relativos ao exercício de 2015. Deste comparativo constatou-se que houve aprimoramento em relação às impropriedades assinaladas no item 2.1.1.2 do Relatório nº 201503604 na Auditoria Anual de Contas realizada em 2014.

Ocorre que, de fato foram identificados os consultores favorecidos pelos pagamentos; e também se evitou efetuar pagamentos às empresas terceirizadas para realizar atribuições do INMET.

No entanto, no que tange ao item 3 – “Valor Financeiro executado e respectivo Índice de Realização Técnica – por Resultado” a associação entre os gastos e os resultados ainda demanda melhoria, sendo necessária divisão mais completa e precisa dos valores dos pagamentos atribuídos a cada resultado em consonância com os percentuais dos Índices de Realização Técnica.

Quanto à OMM, no que tange ao Relatório de Progresso Anual do exercício de 2015, torna-se necessário que sejam apresentadas as evidências da realização financeira: recibos, notas fiscais, processos de pagamento, com o padrão de qualidade afeito a Projetos com essas características. Assim, não é suficiente a apresentação de documentos, tais como: Termos de Referências, Ordens de Pagamento, Autorizações de Pagamento, etc., faz-se necessário que o INMET tenha a posse de evidências primárias dos

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pagamentos aos consultores, como recibos com a descrição dos produtos elaborados, comprovantes de depósito bancário, etc.

No que se refere à argumentação, cabem os seguintes comentários:

1) Ocorre que, a relação contratual/jurídica dos Consultores não é isoladamente com a OMM ou com o INMET, conforme estabelece o Artigo 4º do Decreto nº 5.151/2004, “O órgão ou a entidade executora nacional poderá propor ao organismo internacional cooperante a contratação de serviços técnicos de consultoria de pessoa física ou jurídica para a implementação dos projetos de cooperação técnica internacional, observado o contexto e a vigência do projeto ao qual estejam vinculados.” E, ainda, no § 7o do mesmo Artigo consta que “As atividades do profissional a ser contratado para serviços técnicos de consultoria deverão estar exclusiva e obrigatoriamente vinculadas aos objetivos constantes dos atos complementares de cooperação técnica internacional.” Portanto, a relação contratual deve ser estabelecida com o Projeto de Cooperação Técnica Internacional considerado em sua integralidade.

2) Embora o INMET não efetue diretamente o pagamento, o Artigo 18 da Portaria/MRE 7.171/2006 estabelece que compete ao Coordenador do Projeto “IV - elaborar os relatórios de progresso com as informações técnicas e administrativas e financeiras do projeto; V - manter os arquivos organizados com a documentação do projeto;”. De onde se interpreta a pertinência de incluir na documentação do Projeto os comprovantes bancários de que as despesas foram efetivamente pagas.

3) A emissão das “ordens de pagamento” por parte da OMM não é suficiente para demonstrar que os pagamentos foram efetivamente realizados, faz-se necessário apresentar evidências primárias dos pagamentos: comprovantes bancários de pagamento e recibos.

Ademais, sobre o assunto, transcreve-se o § 1º do Art. 4º e § 3 do Art. 5º do Decreto nº 5.151/2004, o qual dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, para fins de celebração de atos complementares de cooperação técnica com organismos internacionais e da aprovação e gestão de projetos vinculados aos referidos instrumentos, in verbis:

“Art. 4º (...)

“§ 1º Os serviços de que trata o caput serão realizados exclusivamente na modalidade produto.”

“Art. 5º A contratação de consultoria de que trata o art. 4º deverá ser compatível com os objetivos constantes dos respectivos termos de referência contidos nos projetos de cooperação técnica e efetivada mediante seleção, sujeita à ampla divulgação, exigindo-se dos profissionais a comprovação da habilitação profissional e da capacidade técnica ou científica compatíveis com o trabalho a ser executado.” (...)

“§ 3º A autorização para pagamento de serviços técnicos de consultoria será concedida somente após a aceitação do produto ou de suas etapas pelo órgão ou pela entidade executora nacional beneficiária.”

ICsAi/a

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Recomendações: Recomendação 1: Manter junto aos processos de pagamento comprovantes com a descrição dos serviços prestados, seja comprovantes de depósito e/ou Notas Fiscais emitidas em nome dos Projetos de Cooperação Técnica, com o objetivo de certificar que a despesa foi efetivamente paga, para segurança dos partícipes do referido Projeto. 1.1.3 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

1.1.3.1 CONSTATAÇÃO

Riscos para previsão meteorológica em razão da falta de aquisição de balões e radiossondas pelo INMET, necessários para obtenção de dados meteorológicos. Fato

Em análise ao Processo nº 21160.000355/2014-40, Inexigibilidade de Licitação

com fundamentação no art. 25, inciso I, todos da Lei nº 8.666/93, que originou o Contrato n° 15/2014 entre o INMET e a Empresa HOBECO Sudamericana Ltda., no valor anual de R$ 1.993.752,26, que tem como objeto “Contratação de empresa especializada para fornecimento de material de consumo com sistema para realização de previsões meteorológicas, composto de Radiossondas Modelo Digicora III modelo RS92-SGP e balão meteorológico modelos TA 350 ou CR 350, na quantidade de 3.890 Radiossondas e 3.890 Balões”, verificou-se que, não obstante tenha sido feito o devido planejamento de aquisição, em consonância com a Recomendação 1, Constatação 1.1.2.2 do Relatório CGU nº 201503604, não ocorreram as aquisições pelo INMET no exercício de 2015 dos referidos equipamentos.

Cumpre mencionar que Radiossondas Modelo Digicora III modelo RS92-SGP e balões meteorológicos são utilizados para coletar e processar a observação de dados meteorológicos referente a vários níveis da atmosfera terrestre.

Portanto, a ausência desses instrumentos ocasiona a deterioração da qualidade da previsão de tempo, com implicações negativas na segurança e eficiência das operações de aeronaves, nos cálculos balísticos, na medição da poluição atmosférica, na exploração espacial e na segurança da vida e dos bens materiais da sociedade.

toFa/

Causa

Contingenciamento orçamentário, não sendo liberados recursos orçamentáriofinanceiros suficientes para aquisição de balões e radiossondas conforme previsto no Contrato n° 15/2014 entre o INMET e a Empresa HOBECO Sudamericana Ltda.

suC /

Manifestação da Unidade Examinada

A Unidade, por meio da Informação nº 05/2016, de 12/04/2016, se manifestou nos

seguintes termos:

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“Não foi possível priorizar recursos orçamentários para este fim. Em razão das ações de corte e contingenciamento orçamentário levados a efeito pelo Governo Federal nos últimos exercícios, como parte do esforço fiscal para equilibrar as contas públicas do país – dentre as quais, a publicação do DECRETO nº 8.456, de 22/05/2015, que acarretou um corte de R$ 70,9 bilhões nas despesas do orçamento de 2015 e o Decreto nº 8.496, de 30 de julho de 2015, que limitou o orçamento do INMET em R$ 33.000.000,00 – o Instituto contou apenas com a liberação de recursos federais suficientes para a manutenção das atividades operacionais básicas e finalísticas, impossibilitando, assim, a execução do planejamento elaborado para aquisição de balões meteorológicos e radiossondas. Segundo consulta ao Serviço de Gerencia de Rede – SEGER/INMET, o estoque atual atenderá as necessidades das 8 (oito) Estações de Altitude até meados de junho/2016.”

Posteriormente, mediante e-mail de 27/04/2016, a Unidade se manifestou nos seguintes termos:

“A Rede Meteorológica Nacional, de responsabilidade exclusiva do INMET, conta atualmente com 08 (oito) Estações de Altitude – Radiossondas – RS, para medição e monitoramento da termodinâmica do ar superior.

Estes instrumentos de sondagem da temperatura, umidade, pressão desde a superfície do solo até cerca de 15.000 metros de altura, destinam-se a coletar e processar a observação de dados meteorológicos referente a vários níveis da atmosfera terrestre, de suma importância na previsão do tempo, no conhecimento da dinâmica e termodinâmica do ar superior, na localização de massas de ar. Sem estes dados, a qualidade da previsão de tempo deteriora, com implicações negativas na segurança e eficiência das operações de aeronaves, nos cálculos balísticos, na medição da poluição atmosférica, na exploração espacial e na segurança da vida e dos bens materiais da sociedade.

Para a realização diária das previsões de tempo, é efetuado o lançamento de uma radiossonda (RS - com sensores de temperatura, umidade e pressão (ou altura, via GPS), que sobe até altitudes da ordem de 15.000 metros, transmitindo os dados para a estação terrena em solo. Um balão preenchido com gás hélio conduz a RS até as altitudes, sendo o conjunto considerado material de consumo porque as estações são perdidas e não reutilizadas. O INMET mantém atualmente 08 (oito) estações de RS, em localidades do Nordeste), com uma sondagem diária (conjunto radiossonda + balão) em cada estação. Estes dados são utilizados pelo INMET e também são repassados automaticamente para o DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo, que opera 30 estações em aeroportos), que repassa seus dados ao INMET. Também, estes dados são compartilhados pelo CHM (Centro de Hidrografia da Marinha), pelo INPE/CPTEC e fazem parte da contribuição do Brasil para com os países que integram a OMM (Organização Meteorológica Mundial), num esforço integrado de cooperação internacional. Todos dependem destes dados e colaboram com suas redes para com os outros Serviços Meteorológicos.

O consumo de RS + balões é diário e acumula um total de 08 locais x 365 dias = aprox 3.000, levando em conta perdas (da ordem de 5%), para que não haja prejuízo à operacionalidade das atividades finalísticas do órgão.

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Considera-se tecnicamente inviável a aquisição de número excessivo de conjuntos para além de 18 (dezoito) meses de armazenamento, devido ao seu prazo de validade e calibração. Por outro lado, é extremamente desaconselhável a ausência de estoque que coloque em risco a interrupção da atividade de coleta de dados de ar superior, em qualquer de suas 08 unidades.

Conforme recente informação da chefia do Serviço de Gerencia de Rede – SEGER/INMET, o atual estoque de radiossondas e de balões existente no Instituto comporta a operação da Rede de Observação de Altitude somente até meados do mês de junho/2016.” Ressalte-se que, após Reunião de Busca Conjunta de Soluções, realizada em 25/05/2016, a Unidade apresentou cópia de e-mail, datado de 18/11/2015, por meio do qual, solicitou recursos orçamentários à Secretaria-Executiva do MAPA, para prosseguimento dos processos de compras do INMET, incluindo aquisição de conjuntos para radiossondagens (Processo nº 21160.000339/2015-38).

cMoU fts/xEm

Análise do Controle Interno

A manifestação da Unidade corrobora os riscos decorrentes da falta dos instrumentos adequados para coleta de dados meteorológicos. Portanto, diante da carência de recursos orçamentário-financeiros, resta ao INMET comunicar tanto o iminente esgotamento do estoque atual de balões e radiossondas, quanto o consequente impacto sobre a produção das informações meteorológicas, com consequências diversas para usuários dessas informações.

ICsAi/a

Recomendações: Recomendação 1: Comunicar às autoridades ministeriais, sobre os riscos à população, da redução da produção das informações meteorológicas, pleiteando os recursos necessários para a aquisição de balões e radiossondas em quantidade suficiente para o bom cumprimento das atribuições institucionais do INMET. 2 CONTROLES DA GESTÃO

2.1 Composição do Relatório de Auditoria

2.1.1 Avaliação da Conformidade das Peças

2.1.1.1 INFORMAÇÃO

Situação do Rol de Responsáveis do INMET. Fato

Quanto ao Rol de Responsáveis do INMET, observou-se que a composição está de acordo com o previsto no artigo 10 da IN 63/2010. No entanto, verificou-se que o período de abrangência de atuação dos substitutos abrange todo o exercício de 2015,

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portanto os períodos de efetiva substituição dos titulares não constavam do Rol de Responsáveis, registrado no Sistema e-Contas do TCU.

Ocorre que, a correção estava em inserir os respectivos períodos de efetiva substituição dos titulares no exercício de 2015. Nesse sentido, conforme orientação do procedimento 070307.0052 - Identificação do Rol de Responsáveis, item 4, caso seja identificado Rol de Responsáveis incompleto ou incorreto, o Órgão de Controle Interno - OCI deve proceder à correção diretamente no sistema e-Contas.

Assim, para fins de esclarecimento, os períodos de efetiva substituição dos titulares são apresentados a seguir:

Nome: ***.487.411.-** Nome do Cargo ou Função: Diretor do Instituto Nacional de Meteorologia - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 22/04/2015 TÉRMINO: 01/05/2015 2 INÍCIO: 15/06/2015 TÉRMINO: 24/06/2015 3 INÍCIO: 13/06/2015 TÉRMINO: 18/09/2015 4 INÍCIO: 07/10/2015 TÉRMINO: 10/10/2015 5 INÍCIO: 04/11/2015 TÉRMINO: 13/11/2015

Nome: ***.818.961-** Nome do Cargo ou Função: Coordenador-Geral de Sistemas de Comunicação - CSC - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 01/01/2015 TÉRMINO: 09/01/2015 2 INÍCIO: 17/05/2015 TÉRMINO: 23/05/2015 3 INÍCIO: 17/07/2015 TÉRMINO: 25/07/2015 4 INÍCIO: 02/12/2015 TÉRMINO: 31/12/2015

Nome: ***.482.934-** Nome do Cargo ou Função: Coordenador-Geral de Desenvolvimento e Pesquisa – CDP - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 23/02/2015 TÉRMINO: 04/03/2015 2 INÍCIO: 14/07/2015 TÉRMINO: 18/07/2015 3 INÍCIO: 20/07/2015 TÉRMINO: 29/07/2015 4 INÍCIO: 03/11/2015 TÉRMINO: 12/11/2015 5 INÍCIO: 05/12/2015 TÉRMINO: 11/12/2015

Nome: ***.033.544-** Nome do Cargo ou Função: Coordenador-Geral de Meteorologia Aplicada – CGMA - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 05/06/2015 TÉRMINO: 15/06/2015 2 INÍCIO: 24/04/2015 TÉRMINO: 02/05/2015 3 INÍCIO: 19/10/2015 TÉRMINO: 28/10/2015 4 INÍCIO: 07/12/2015 TÉRMINO: 16/12/2015

Nome: ***.101.001-** Nome do Cargo ou Função: Coordenador-Geral de Apoio Operacional – CGAO - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 23/02/2015 TÉRMINO: 06/03/2015 2 INÍCIO: 29/05/2015 TÉRMINO: 03/06/2015 3 INÍCIO: 17/08/2015 TÉRMINO: 28/08/2015 4 INÍCIO: 17/08/2015 TÉRMINO: 20/11/2015

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Nome: ***.803.654-** Nome do Cargo ou Função: Coordenador-Geral de Modelagem Numérica – CGMC - Substituto

Períodos de substituição formais em 2015: 1 INÍCIO: 02/02/2015 TÉRMINO: 11/02/2015 2 INÍCIO: 29/06/2015 TÉRMINO: 08/07/2015 3 INÍCIO: 13/10/2015 TÉRMINO: 22/10/2015

toFa/

2.1.2 Avaliação da Política de Acessibilidade

2.1.2.1 CONSTATAÇÃO

Inexistência de rampas e elevadores que habilitem o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais às dependências do Instituto. Fato

Tendo em vista o direito de todos os cidadãos acessarem as dependências da

Administração Pública na busca de seus interesses, foi verificado que as instalações do INMET não permitem o acesso isonômico, havendo a necessidade da construção de rampas para cadeirantes, bem como a instalação de um elevador, visto que o prédio do INMET não possui rampas de acesso nem elevadores para as pessoas portadoras de necessidades especiais.

Sendo identificado que o INMET já possui a solução técnica para implementar a acessibilidade, contudo necessita de dotação orçamentária. Desde o ano 2000, passou a ser obrigatória a destinação de orçamento para a acessibilidade, conforme estabelece o Artigo 23 da Lei nº 10.098/2000, a saber:

“A Administração Pública Federal direta e indireta é obrigada a destinar, a cada ano, dotação orçamentária para a promoção de adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e nos que se encontrarem sob sua administração ou uso.”

toFa/

Causa

Falta de dotação orçamentária específica para a construção de rampas e elevadores.

suC /

Manifestação da Unidade Examinada

O INMET disponibilizou termo de referência com vistas à acessibilidade de suas

instalações: “Termo de Referência: Contratação de empresa especializada para fornecimento e instalação de uma plataforma de elevação vertical (elevador), enclausurada com acionamento hidráulico, visando promover a acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, nas dependências do Edifício sede

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do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, conforme especificações constantes deste Termo de referência e seus Anexos. (...) A plataforma de elevação vertical é de uso interno e destina-se ao transporte de uma pessoa em cadeira de rodas ou com dificuldade de locomoção e se necessário for, com acompanhante.

O local de instalação será no vão livre da escada secundária do edifício sede do INMET com dois pontos de acesso, sendo:

Fig 01 Fig. 02

Fig. 03

DIMENSÕES MÁXIMAS

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A dimensão externa máxima disponível para instalação do sistema de elevação é de 1,45 m (largura) X 2,30 m (profundidade), conforme figura:

Fig. 04”

cMoU fts/xEm

Análise do Controle Interno

A fundamentação legal, estabelecida na Lei nº 10.098/2000, art. 23, é

complementada pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

O referido Decreto, no capítulo IV – Da Implementação da Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística, art. 20, orienta que:

“Na ampliação ou reforma das edificações de uso púbico ou de uso coletivo, os desníveis das áreas de circulação internas ou externas serão transpostos por meio de rampa ou equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, quando não for possível outro acesso mais cômodo para pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT”.

Dessa forma, haja vista que o INMET identificou a falta de acessibilidade de suas instalações já providenciando soluções técnicas, resta alertar ao MAPA sobre a previsão legal de prever e liberar recursos orçamentários para construção de rampas e instalação de elevadores, os quais permitirão igualdade de acesso às instalações do referido Instituto.

sCAiIa/

Recomendações: Recomendação 1: Envidar esforços junto ao MAPA para obter os recursos necessários para a construção de rampas e elevadores adaptáveis a pessoas portadoras de necessidades especiais, tendo em vista o preconizado pela legislação que trata da acessibilidade na Administração Pública.

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2.1.3 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

2.1.3.1 INFORMAÇÃO

Monitoramento das recomendações efetuadas pela CGU ao Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Fato

Em monitoramento às providências adotadas pela Unidade com relação às

recomendações efetuadas no Relatório nº 201503604, referente à Auditoria Anual de Contas do exercício de 2014, foi verificado as seguintes situações:

Relatório nº 201503604 (Exercício 2014)

1.1.2.1 - Falhas em documentos relacionados ao Contrato de aquisição e ao Contrato de suporte da solução, ambos celebrados com a empresa Autotrac Comércio e Telecomunicações S/A.

Recomendação 1: Exigir da contratada a correta descrição do que está sendo pago nas Notas Fiscais dos Contratos do Instituto.

Providência INMET: Foi formalmente encaminhado à empresa contratada o texto correto para ajuste da descrição do que está sendo pago nas Notas Fiscais dos Contratos do Instituto, cujo retorno foi positivo.

Análise CGU: Diante dos exames realizados nos processos de pagamento referentes ao exercício de 2015, verificou-se que foi atendida a presente Recomendação, visto que, feita a comparação das notas atuais com as notas pretéritas, constatou-se o detalhamento recomendado.

Situação: Atendida.

Recomendação 2: Especificar os itens a serem adquiridos no Termo de Referência, independente da modalidade de licitação.

Providência INMET: O Processo analisado foi devidamente adequado (foram inseridas as especificações dos equipamentos contratados) e a Administração já se comprometeu a cuidar para que nos futuros processos tal fato não se repita (foi elaborada a revisão da Lista de Verificação).

Análise CGU: No que tange a presente Recomendação, observou-se no Processo a inserção das especificações detalhadas dos itens adquiridos.

Situação: Atendida.

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1.1.2.2 - Aquisição de balões meteorológicos e radiossondas em quantidade inferior à prevista no respectivo Termo de Referência e no Contrato.

Recomendação 1: Aprimorar os mecanismos de planejamento das aquisições, principalmente considerando a variação cambial e o prazo previsto para realização da compra no exterior e manter em processo todos os esclarecimentos necessários ao seu entendimento.

Providência INMET: A Unidade adotou as providências no sentido de aprimorar os mecanismos de planejamento das aquisições de balões meteorológicos e radiossondas, considerando os efeitos da variação cambial no valor estimado, fazendo as devidas alterações dos termos de referência para futuras aquisições de produtos no exterior.

Análise CGU: As evidências encaminhadas pelo gestor demonstram a intenção de implementar a recomendação, sendo feito o devido planejamento com os ajustes recomendados, em que pese não ter havido aquisições pelo INMET no exercício de 2015.

Situação: Atendida.

1.1.3.1 - Execução de itens do contrato de digitação de documentos, no valor de R$ 20,7 milhões, em proporção distinta da composição licitada, influenciando o equilíbrio econômico-financeiro da execução contratual.

Recomendação 1: Monitorar as providências para equalização do fluxo financeiro e do equilíbrio da execução contratual, com vistas a assegurar a proporcionalidade de realização dos itens contratados, em cumprimento à previsão de cronograma para digitação dos Livros M1.

Providência INMET: Foi demonstrada a evolução e a distribuição do processamento dentro dos prazos limites de vigência do contrato, que vêm sendo observados de modo a possibilitar o processamento de todo o volume projetado. Demonstrou-se a evolução e a distribuição do processamento dos tipos de documentos Cadernetas (PAGS CAD) e Livros M1 (PAGS LIVROS M-1), em termos percentuais. Demonstrou-se também, em termos percentuais, a execução prevista para 2016. Por fim, conforme orientação do Gestor Técnico do Contrato/INMET, apresentou-se o plano de execução técnica e financeira do contrato para 2016, que considerou a redução dos volumes a serem produzidos no segundo semestre em função da restrição orçamentária prevista para o período. Caso a situação orçamentária federal se normalize, novo plano de execução deverá ser elaborado.

Análise CGU: A Unidade estabeleceu plano de produção considerando a normalização do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, com metas de produção para cada exercício, incluindo eventuais contingências.

Nesse sentido, a proporção de produção de cadernetas/livros em 2015 foi de 7,2, em comparação ao exercício de 2014, no qual foi de 59,94, denotando que a relação está mais equilibrada quando comparada à proporção inicial de 13,6. Dessa forma, considerase atendida a presente recomendação.

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E ainda, em visita à Empresa Flexdoc em 18/04/2016 foi verificado o fluxo de digitação das cadernetas e livros, observando-se controles gerenciais, através de sistemas integrados, para todas as fases do processo de produção, com instâncias de revisão e controle dos trabalhos de digitação.

Em seguida, realizou-se uma inspeção física onde, por meio de uma amostra aleatória, localizaram-se fisicamente no acerco do INMET cadernetas e livros em seu estado original, e, após isso, localizaram-se no sistema do Banco de Dados do INMET esses registros, conforme as imagens a seguir:

Foto – Caderneta Bangu – Julho de 1963, Brasília (DF), 19 de abril de 2016.

Foto – Banco de Dados INMET, Brasília (DF), 20 de abril de 2016.

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Foto – Livro Taguatinga – Maio de 1945, Brasília (DF), 20 de abril de 2016.

Foto – Banco de Dados INMET, Brasília (DF), 20 de abril de 2016.

Situação: Atendida.

1.1.4.1 - Emissão de ordens bancárias, via SIAFI, por terceirizado em favor da própria empresa pela qual é contratado.

Recomendação 1: Estabelecer instância de confirmação da exatidão dos lançamentos realizados por terceirizados no SIAFI em relação aos valores aprovados, garantindo que todos estão suportados pelas faturas correspondentes, avaliando a implantação de limites

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de alçada não acessíveis aos terceirizados e realizando o pagamento das respectivas empresas apenas por servidor.

Recomendação 2: Adequar o formulário de autorização de acesso ao SIAFI a funcionário terceirizado aos limites de alçada e vedações estabelecidas na recomendação anterior, motivando a adoção dessa medida administrativa excepcional.

Providência INMET: A Unidade informou que iria ser editada uma Portaria regulamentando a questão, contudo não foi elaborada até 22/04/2016, término do período de Campo desta Ação de Controle.

Análise CGU: Verificou-se que, Ordens Bancárias emitidas no exercício de 2015 continuaram a ser lançadas por terceirizado sem instância adequada de revisão. Nesse sentido, faz-se necessário a elaboração da Portaria que regulamentará a questão no âmbito do INMET.

Situação: Reiteração da recomendação.

1.2.2.1 - Baixo desempenho e falta de demonstrativos orçamentários e financeiros do Projeto de Cooperação Técnica Internacional - BRA/OMM/011001 011/001 OMM (SIAFI 668115).

Recomendação 1: Avaliar, o redimensionamento desse PCT quanto aos seus objetivos e resultados, o Projeto de Cooperação Técnica BRA/OMM/011001 celebrado entre o INMET e a Organização Meteorológica Mundial - OMM.

Providência INMET: Está sendo feita a revisão do processo pela ABC/OMM, no qual será elaborada uma nova versão do PCT (Prorrogação de 24 meses).

Análise CGU: As partes concordaram em uma prorrogação de 24 meses, até 7 de junho de 2018, para a conclusão do Projeto. Tal prorrogação foi motivada por atrasos administrativos e dificuldades relacionadas à disponibilidade de recursos financeiros. Assim, verifica-se que, de fato, foi realizado o redimensionamento do PCT quanto aos seus objetivos e resultados.

Situação: Atendida.

Recomendação 2: Elaborar os demonstrativos orçamentários e financeiros exigidos, de modo a refletir a situação do Projeto BRA/OMM/011001 e permitir análise sobre o desempenho e o controle dos gastos realizados.

Providência INMET: Foi apresentado o Relatório de Progresso do Projeto BRA/OMM/011001, relativo ao exercício de 2015.

Análise CGU: Constatou-se que a falha persiste. Haja vista que a documentação apresentada não traz evidências da realização financeira, recibos, notas fiscais, e processos de pagamento.

Situação: Reiteração da recomendação.

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1.2.2.2 - Demora na operacionalização de estações meteorológicas adquiridas por meio do convênio com a Organização Meteorológica Mundial.

Recomendação 1: Antecipar os contatos para realizar os acordos necessários à instalação das estações meteorológicas, estabelecendo mecanismo de priorização para assegurar o cumprimento do cronograma apresentado na Informação/INMET nº 14/2015, de modo que os equipamentos disponíveis sejam aproveitados tempestivamente para o cumprimento das atribuições do INMET, avaliando a possibilidade de capacitar parceiros para a instalação das estações.

Providência INMET: A Unidade Apresentou a seguinte informação:

“Planejamento de instalação – 2015: “Informamos que o plano de instalação previsto para 2015 de 30 (trinta unidades se limitou à instalação de 10 unidades devido ao corte/contingenciamento do orçamento de 2015 por Decretos Lei e Portarias levados a efeito pelo Governo Federal (MPOG e MAPA), restringindo sobremaneira a liberação de recursos para diárias, combustível e itens de manutenção, necessários para a execução das atividades pelas Equipes técnicas responsáveis pela manutenção da Rede Meteorológica Nacional.

Planejamento de instalação – 2016: O Plano de Instalação de novas Estações deverá ser executado paralelamente ao Plano de Atividade de Manutenção – 2016 das estações já instaladas, visto que não podemos deixar de fazer as manutenções corretivas nas estações em operação. Ocorre que esta operação dupla – instalação e manutenção – requer um contingente de pessoal que não dispomos, assim, o INMET planejou as ações de instalação de modo a minimizar seus reflexos nas atividades de manutenção. Tal planejamento considera a instalação mensal de 2 (duas) estações por cada uma das 6 (seis) equipes acima identificadas, totalizando 12 estações/mês. Trata-se aqui de uma projeção que dependerá de vários fatores para sua execução (fechamento de parcerias, definição de local adequado, pessoal, recursos para diárias, combustível e extras, transporte prévio das unidades automáticas, etc). Ressaltamos o fato de que o contrato para transporte de cargas, necessário para envio das unidades automáticas para as localidades de instalação, encerrado em fins de 2015, foi normalizado apenas em abril/2016. Diante dos resultados a serem obtidos no exercício de 2016, novo plano de instalação deverá ser elaborado para 2017.”

Análise CGU: Não obstante as limitações orçamentárias e de pessoal apresentadas pela Unidade, ainda faz-se necessário estabelecer mecanismos de priorização a fim de que os cronogramas para as instalações das estações meteorológicas sejam de fato cumpridos, com o redimensionamento das metas à medida das limitações citadas.

Situação: Reiteração da recomendação.

2.1.2.1 - Desvios de finalidade na execução do Projeto de Cooperação Técnica Internacional nº 06/004 (PCT BRA/IICA/06/004).

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Recomendação 1: Encaminhar o texto dessa constatação ao IICA e à ABC/MRE, solicitando a inclusão na pauta da próxima reunião tripartite, para que avaliem conjuntamente a pertinência dos gastos realizados com o Programa Agua Doce à conta do orçamento do Projeto BRA/IICA/06/004, promovendo a adequação da prestação de contas e o reembolso de recursos, conforme o caso.

Providência INMET: Foi realizada reunião em 5 de outubro de 2015, segunda-feira, conforme sugestão da ABC/MRE, a realização da reunião tripartite referente ao projeto BRA/IICA/06/004, às 10h00min, nas dependências do INMET, com a seguinte pauta:

1 – Avaliação conjunta dos pontos do Relatório Preliminar da Auditoria Anual de Contas 2014 do INMET relativos ao PCT BRA IICA/06/004;

2 – Tratativas iniciais para elaboração do novo PCT INMET/IICA, no âmbito da ABC/MRE.

Conforme Memória de Reunião Tripartite, de 05/10/2015, foram tratados os registros do Relatório nº 201503604, além de tratativas iniciais para elaboração do novo PCT INMET/IICA, no âmbito da ABC/MRE. Cabe trazer os seguintes termos da Memória: “Foi acordado que será encaminhada à Equipe/ABC até meados de janeiro/2016 uma minuta de novo PCT INMET/IICA, com período de 48 meses, tendo em vista o término do atual Projeto em dez/2016; Considera-se ainda a manutenção no novo PCT das interações do INMET com o Programa Água Doce/SRHU/MMA, por interesse mútuo, a fim de trazer subsídios para formulação de política pública permanente de acesso à Água Doce em regiões vulneráveis e de risco.”

Análise CGU: Ressalte-se que houve a avaliação conjunta dos registros constantes do Relatório relativos ao PCT BRA IICA/06/004, sendo que os três entes consideraram pertinente as interações com o Programa Água Doce/SRHU/MMA. Dessa forma, considera-se atendida a recomendação expedida pela CGU.

Situação: Atendida.

2.1.1.2 - Falta de transparência quanto aos gastos efetuados no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional nº 06/004 (BRA/IICA/06/004).

Recomendação 1: Aprimorar os controles sobre os gastos, identificando os reais favorecidos pelos pagamentos, realizando a correta associação entre os gastos e os resultados e evitando pagar à terceirizada para realizar atribuição que estrategicamente devem ser realizadas pela Agência Executora em parceria com o Organismo Internacional.

Providência INMET: Foi disponibilizada a versão atualizada do Relatório de Progresso Anual 2014 relativo ao PCT BRA IICA/06/004, após abertura dos dados do SIGAP pela Equipe/ABC e execução da revisão detalhada dos lançamentos dos relatórios financeiros mensais nos Objetivo-Resultados previamente estabelecidos.

Análise CGU: Tendo em vista que a Unidade apresentou os comprovantes do referido Projeto, foi realizada a comparação dos recibos com os valores dos Relatórios de Progresso Anual relativos ao exercício de 2015. Deste comparativo constatou-se que houve aprimoramento em relação ao Relatório de Progresso referente a 2014. Ocorre que,

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de fato, foram identificados os consultores favorecidos pelos pagamentos e também se evitou efetuar pagamentos às empresas terceirizadas para realizar atribuições do INMET. No entanto, no que tange ao item 3 – “Valor Financeiro executado e respectivo Índice de Realização Técnica – por Resultado” a associação entre os gastos e os resultados ainda demanda melhoria, sendo necessária divisão mais completa e precisa dos valores dos pagamentos atribuídos a cada resultado em consonância com os percentuais dos Índices de Realização Técnica.

Situação: Reiteração da recomendação.

Em relação à implementação de recomendações efetuadas em exercícios precedentes, as providências foram analisadas, registradas na Nota Técnica nº 860, a qual foi encaminhada à Unidade por meio do Ofício nº 12.355, de 27/05/2015. Dentre essas recomendações cabe destacar as referentes às seguintes ocorrências:

1.2.1.1 do Relatório nº 201306059 - Não implantação de Planejamento Estratégico Institucional - PEI para o INMET e não atualização do Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI para os exercícios de 2012/2013. Não formalização das atribuições do Comitê Gestor de TI do Instituto.

Recomendação 1: Concluir a elaboração do Mapa Estratégico do INMET e promover sua efetiva implantação. Providência INMET: “Finalmente, o esforço institucional que se iniciou no segundo semestre de 2011 com o apoio da Assessoria de Gestão Estratégica – AGE/MAPA foi retomado efetivamente em outubro de 2014 envolvendo a direção do Instituto Nacional de Meteorologia, seus coordenadores, principais assessores e o valioso concurso de dois consultores externos que coordenaram as principais fases de sua elaboração, quando então foi definida e divulgada a primeira versão do Plano Estratégico do INMET, que de forma geral e abrangente, exprime os objetivos e os caminhos a serem seguidos pelo Instituto nos próximos 10 anos, podendo também ser atualizado, conforme a evolução dos conhecimentos científicos e tecnológicos que a Meteorologia demanda e utiliza.” Análise CGU: Tendo em vista a elaboração do Plano Estratégico do INMET, entende-se atendida a presente recomendação. Situação: Atendida. Recomendação 3: Atualizar e implementar o PDTI para os exercícios de 2013-2014, certificando-se de que englobe o conteúdo mínimo exposto no Modelo de Referência elaborado pela SLTI/MPOG, e ainda contenha sessão específica sobre a política de aquisição e substituição de equipamentos, em conformidade ao parágrafo 2º do art. 7º da IN nº 01/SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010.

Providência INMET: “O Plano Estratégico do INMET divulgado em janeiro/2015 é o primeiro a ser elaborado para a instituição e atende as diretrizes dos órgãos superiores (CGU, TCU, MAPA) e dos próprios dirigentes ao propiciar clareza de objetivos e ação orientada a resultados.

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No âmbito do Instituto, ainda não foi possível definir os indicadores de aferição de objetivos/metas em consonância com o Planejamento e Mapa Estratégicos. Era uma das metas do Instituto atuar nessa direção logo que pudesse contar com o apoio de equipe plenamente capacitada na matéria a ser contratada via Concurso Público, o que ainda não foi possível, em virtude do processo encontrar-se ainda judicialmente suspenso.

A partir de recurso recentemente distribuído pelo MPOG para o quadro do Instituto, com formação em Gestão e Governança de TI, a ação de atualização do PDTI/INMET foi retomada já tendo sido iniciada a elaboração do referido documento, que encontra-se em curso e sem data prevista para sua conclusão, em consonância com as praticas preconizadas pela STI/MPOG, quais sejam: Estratégia Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação, (EGTIC 2014-2015); Guia de Boas Práticas para Contratação de Soluções de TI, Instrução Normativa 04/2014 STI/MPOG e o Modelo de Contratação de Soluções de TI”.

Análise CGU: Aguarda-se a plena atualização e implementação do PDTI com a chegada ao INMET de um servidor distribuído pelo MPOG. Dessa forma, reitera-se a presente recomendação.

Situação: Reiteração da recomendação.

Diante das providências, o quadro geral de atendimento de recomendações é o seguinte:

Quadro – Situação das Recomendações

Relatório Total de

recomendações Atendidas Reiteração das recomendações

201503604 11 6 5 201306059 19 7 12

Total 30 13 17 Percentual 100% 43,33% 56,66%

toFa/

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201601462 Unidade Auditada: Instituto Nacional de Meteorologia - INMET Ministério Supervisor: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA Município/UF: Brasília/DF Exercício: 2015 1. Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01/01 e 31/12/2015 pelos responsáveis das áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução Normativa TCU nº 63/2010.

2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

3. Foi registrada a seguinte constatação relevante para a qual, considerando as análises realizadas, não foi identificado nexo de causalidade com atos de gestão de agentes do Rol de Responsáveis:

- Riscos para previsão meteorológica em razão da falta de aquisição de balões e radiossondas pelo INMET, necessários para obtenção de dados meteorológicos. (item 1.1.3.1).

4. Nestes casos, conforme consta no Relatório de Auditoria, foram recomendadas medidas saneadoras.

5. Diante do exposto, proponho que o encaminhamento das contas dos integrantes do Rol de Responsáveis seja pela regularidade.

Brasília/DF, 24 de junho de 2016.

O presente certificado encontra-se amparado no Relatório de Auditoria, e a opção pela certificação foi decidida pelo:

COORDENADOR-GERAL DE AUDITORIA DA ÁREA DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Certificado de Auditoria

Anual de Contas

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno Parecer: 201601462 Unidade Auditada: Instituto Nacional de Meteorologia - INMET Ministério Supervisor: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -

MAPA

Município/UF: Brasília/DF

Exercício: 2015 Autoridade Supervisora: Blairo Borges Maggi

Tendo em vista os aspectos observados na prestação de contas anual do exercício de 2015, do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, expresso a seguinte opinião acerca dos atos de gestão com base nos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria.

Os resultados finalísticos alcançados, associados às políticas públicas

executadas pelo INMET estão relacionados, principalmente, à Ação de Governo 2161 – “Produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas”. No âmbito da Unidade, embora haja proporcionalidade quanto aos percentuais, a execução das metas físicas e financeiras da referida Ação não atingiram a sua integralidade (80,78% e 80,77% respectivamente). A diferença entre o previsto e o executado se deve a não liberação de limite e créditos orçamentários por parte do MAPA para as atividades de custeio/investimento do INMET no exercício de 2015.

Dentre as constatações efetuadas pela equipe de auditoria, destacam-se os riscos

para previsão meteorológica em razão da falta de aquisição de balões e radiossondas pelo INMET, necessários para obtenção de dados meteorológicos, de modo que a ausência desses instrumentos ocasiona a deterioração da qualidade da previsão de tempo, com implicações negativas na segurança e eficiência das operações de aeronaves, nos cálculos balísticos, na medição da poluição atmosférica, na exploração espacial e na segurança da vida e dos bens materiais da sociedade.

A causa da constatação destacada foi o contingenciamento orçamentário, não

sendo liberados recursos orçamentário-financeiros suficientes para aquisição de balões e radiossondas conforme previsto no Contrato n° 15/2014 entre o INMET e a Empresa HOBECO Sudamericana Ltda. Diante disso, foi expedida recomendação para que o

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INMET comunique às autoridades ministeriais, sobre os riscos à população, da redução da produção das informações meteorológicas, pleiteando os recursos necessários para a aquisição de balões e radiossondas em quantidade suficiente para o bom cumprimento das atribuições institucionais do INMET.

Sobre o Plano de Providências Permanente, cabe informar que, dos trabalhos

de auditoria voltados a exercícios anteriores, verificou-se que 43,33% das recomendações foram implementadas. Ocorre que, embora a Unidade mantenha rotina de monitoramento das recomendações, informou que o efetivo atendimento tem sido prejudicado em razão de restrição orçamentária e de carência de servidores, que poderia ser suprida por concurso público, o qual se encontra judicialmente suspenso.

Com relação à qualidade e suficiência dos controles internos, cabe destacar o

componente Monitoramento, o qual está presente e em funcionamento, porém não assegura o atingimento dos objetivos estratégicos da Unidade com o nível de aprimoramento necessário, tendo em vista que a política de capacitação, o planejamento estratégico da Unidade e as ações em nível tático e operacional apresentam fragilidades.

Sobre práticas administrativas positivas realizadas pelo INMET, destaca-se a

manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, que define procedimentos para os principais processos e rotinas operacionais administrativas e técnicas da Unidade, assim como a boa organização processual, facilitando o acesso a documentação comprobatória das licitações e contratações realizadas.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei

n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010 e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria. Desse modo, o Ministro de Estado supervisor deverá ser informado de que as peças sob a responsabilidade da CGU estão inseridas no Sistema e-Contas do TCU, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União por meio do mesmo sistema.

Brasília/DF, 24 de junho de 2016.

Diretor de Auditoria das Áreas de Produção e Meio Ambiente