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Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

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Jornal n.49, mar./maio 2007

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Page 1: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)
Page 2: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

O Brasil dentro de seu processo de de-

senvolvimento vem passando por inúmeras

transformações nestas últimas cinco décadas,

que nem sempre são percebidas e/ou compre-

endidas e interpretadas de forma adequada por

todos nós.

Gostaria de emitir comentários sobre

algumas destas mudanças que impactam sobre-

maneira a vida profissional da categoria médica

brasileira.

O IBGE publicou recentemente dados

estatísticos demonstrando que, aproximada-

mente, apenas 20% da população brasileira mo-

ram na zona rural; que a sobrevida dos brasilei-

ros saiu de 49 anos para 72 anos; a cada dia mais

parcelas das classes sociais C e D são incorpora-

das ao mercado consu-

midor.

O processo de

urbanização do País é

acompanhado pela

“interiorização” do pro-

gresso sócio-econômi-

co, tecnológico e indus-

trial, bem como da

modernização do agro-

negócio nos seus mais

diversos setores. Esta “interiorização” se faz no

sentido Sul/Sudeste para o Centro-Oeste/Norte/

Nordeste e dentro destas regiões das cidades

pólos, capitais dos Estados ou não, para as ci-

dades mais periféricas. Em Goiás, apenas 18%

da população residem na zona dita rural.

Estas e outras mudanças têm exigido um

repensar das instituições públicas e especialmen-

te privadas de seus modelos organizacionais e

operacionais para atender novas e velhas deman-

das do setor saúde no País.

O processo de urbanização, de desenvol-

vimento sócio-econômico, de envelhecimento

da população, dentre outros, a exemplo da re-

volução industrial do século XVIII, geram novas

demandas e ampliam muitas das já existentes.

A população brasileira aproxima-se de

190 milhões de cidadãos e cidadãs e temos hoje

330.000 médicos em atividade no País. O nú-

mero de formados (as) em medicina vem cres-

cendo tanto nas escolas médicas nacionais como

fora do País.

Há mais de 25 anos, acompanho de for-

ma ativa, através das diversas entidades médi-

cas nas quais ocupei e ocupo cargos diretivos e

do meu trabalho na Universidade, a evolução do

mercado de trabalho e da medicina nos Estados

de Goiás e Tocantins. Pude constatar in loco a

grande evolução da medicina em Goiânia, em

Palmas e nas cidades do interior destes dois

Estados. Apesar das dificuldades e problemas,

que prefiro considerar como desafios, os avan-

ços foram enormes. Tomo como exemplo o de-

senvolvimento do Sistema Unimed na nossa re-

gião.

Hoje, já não se questiona a liderança e a

qualidade da Medicina praticada em Goiânia no

contexto médico nacional. Mas gostaria de cha-

mar a atenção para o que vem acontecendo no

interior destes dois Es-

tados.

Vários centros

de excelência médica

vêm aos poucos se fir-

mando em diversas ci-

dades pólos. O núme-

ro de clientes Unimed

das cidades do interior

e de Palmas já soma

mais de duas vezes o da

Unimed Goiânia, a mais antiga de todas elas.

Começa a se discutir e implementar pro-

cessos de regionalização e hierarquização dos

serviços com melhoria da sua resolutividade e

efetividade, não só através da incorporação ra-

cional da tecnologia médica moderna, mas so-

bretudo através da adoção de modelos de aten-

ção que valorizem a promoção de saúde e pre-

venção das doenças sem se descuidar das ações

assistenciais curativas e de reabilitação das pes-

soas já doentes.

Estamos convencidos de que se estrei-

tarmos as nossas relações com o setor público

e nos estruturarmos para atender as camadas

sociais mais desfavorecidas daremos uma gran-

de contribuição na melhoria das condições de

saúde da população por nós assistida nestes dois

Estados irmãos e abriremos um grande número

de oportunidades de trabalho não só para nós

médicos (as), mas também para os demais pro-

fissionais da área de saúde.

Dr. José Abel Ximenes

Presidente da Unimed CerradoEDITORIAL

2. MARÇO/MAIO/2007

A força dointerior

José Abel Ximenes

Presidente da Unimed Cerrado

Í N D I C E

Auditoria Médica:

curso...............................4

Novo Conselho

Fiscal...............................7

AINDA NESTA EDIÇÃO

Prevenção. Segundo o assessor Jurídico da

Unimed Cerrado esse é o caminho mais curto

para as operadoras evitarem os conflitos com

usuários dos planos de saúde e,

conseqüentemente, prestar um bom serviço.

Página 8

”Se estreitarmos as nossas relações

com o setor público e nos

estruturarmos para atender as

camadas sociais mais desfavorecidas

daremos uma grande contribuição

na melhoria das condições de saúde

da população”

Prevenção: omelhor caminho

Investindo noesporte

Ciente da importância da prática esportiva

para a saúde, lazer e qualidade de vida da

população, a Unimed Cerrado co-patrocina

Torneio de Tênis, fortalecendo seu

compromisso de apóio ao esporte.

Página 6

Page 3: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

As dificuldades no cenário

econômico da saúde suplementar,

que afetam o funcionamento de

algumas empresas do setor em

todo o País, passaram longe da

Unimed Cerrado e de suas Singu-

lares em 2006. Confirmando o

equilíbrio nas finanças e o cresci-

mento da entidade como opera-

dora - já anunciado pela Direto-

ria de Mercado na última edição

do informativo Unimed Cerrado

em Foco -, o balanço financeiro

da Federação, mais uma vez, teve

um saldo positivo.

Apresentado e aprovado na

Assembléia Geral Ordinária da

Unimed Cerrado, realizada no dia

30 de março, o balanço mostrou

que a Federação fechou o ano pas-

sado com uma sobra de mais de

BALANÇO 2006

R$ 250 mil em caixa. Por decisão

da Assembléia Geral Ordinária, os

R$ 253.841,24 de saldo positivo

em 2006 foram incorporados ao

capital social da Unimed Cerrado.

A incorporação deu-se

proporcionalmente à participação

de cada Singular na Câmara de

Compensação Regional, aumen-

tando a participação das coope-

rativas no capital social da Fede-

ração. No ano passado, a Unimed

Cerrado, segundo o supervisor de

Controladoria, Eurivan Teles de

Souza, também apresentou um

crescimento em seu patrimônio.

Com as medidas já em prática e

os planos da diretoria da Federa-

ção para 2007, a expectativa é que

as sobras deste ano superem as

de 2006.

3. MARÇO/MAIO/2007

Saldo positivoda FederaçãoMais uma vez, a Unimed Cerrado fecha o ano com um balanço positivo e as sobras

ampliam a participação das Singulares no capital social da Federação

Dar seqüência ao processo

de crescimento da Federação e de

suporte às Singulares. Assim po-

dem ser resumidas as principais

metas da Unimed Cerrado para

2007. Neste contexto, a ampliação

das atividades da Federação como

operadora de planos de saúde tem

um destaque especial. A Unimed

Cerrado vai intensificar a atenção

pós-venda dispensada aos seus usu-

ários.

Projetos de marketing estão

sendo desenvolvidos visando à atu-

ação mais intensa da Federação no

mercado de planos de saúde. A Fe-

deração vai trabalhar para o aumen-

to de sua carteira

de usuários e as

das suas Singula-

res.

“ Va m o s

desenvolver um

trabalho junto às

empresas do Nor-

te Goiano, procu-

rando trazer no-

vos usuários e

ainda contribuir

para o desenvol-

vimento desta região de grande

potencial econômico”, exemplifica

o diretor de Mercado, Jonas

Ubirajara Husni. Também foram es-

tabelecidos parâmetros para o con-

trole rigoroso da sinistralidade dos

planos, com dados extraídos, prin-

cipalmente, do Infomed IN.

Entre os projetos de apoio

às Singulares estão ainda ações na

área de intercâmbio, a implantação

do SAW (Sistema de Atendimento

Web) e a elaboração de pacotes de

procedimentos de alto custo, que

estão sendo negociados diretamen-

te com os prestadores de Goiânia,

cidade que recebe um grande flu-

xo de usuários do interior.

A Federação também nego-

ciou com a empresa Strategy - es-

Principais metas e atividadesda Unimed Cerrado para 2007

pecializada na área de planos de

saúde e que já atende um terço do

Sistema Unimed - pacotes de valo-

res para o atendimento às Unimeds

federadas para consultoria junto a

ANS, atuarial e gestão de risco. O

custo dos pacotes é proporcional

ao número de usuários das Singu-

lares.

Visando o aprimoramento e

a atualização profissional dos au-

ditores das federadas, terão se-

qüência os cursos de Auditoria (leia

matéria na página 4). Estuda-se tam-

bém a criação de um Comitê de

Auditoria com a participação das

Singulares.

Na área

de tecnologia da

informação, de

acordo com o di-

retor de Merca-

do, já foram de-

senvolvidos e im-

plantados sites na

internet para Sin-

gulares de menor

porte. Outros es-

tão em fase de

desenvolvimen-

to. Outro projeto em fase de estu-

do prevê a implantação do Progra-

ma de Qualificação da Saúde Com-

plementar, para o necessário supor-

te às Singulares.

Paralelamente ao desenvol-

vimento desses projetos, a Unimed

Cerrado está trabalhando na im-

plantação do padrão TISS, procu-

rando dar o suporte necessário às

Singulares que venham a necessi-

tar. “Está sendo um trabalho em

conjunto com a implantação do

SAW”, explica o diretor de Merca-

do, acrescentando que os projetos

da Federação não param por aí.

“Outros estão em fase de estudos

e elaboração e devem ser

viabilizados à medida que forem

sendo formatados”, declara.

“Projetos de

marketing estão

sendo desenvolvidos

visando à atuação

mais intensa da

Federação no

mercado de

planos de saúde”

○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Principais metas e atividadesda Unimed Cerrado para 2007

Visando a difusão de estratégias e informações para

promover o crescimento da venda de produtos e serviços das

cooperativas, a Unimed Cerrado vai promover, nos dias 27 e

28 de julho, seu 1º Seminário de Mercado. Por meio de

palestras, conferências, debates e apresentações de cases, a

Federação vai abordar temas relacionados a todos os setores

da área de mercado, como vendas, marketing, atuarial e pós-

vendas.

O seminário é aberto a promotores de vendas, gerentes

comerciais, dirigentes e representantes de outros setores das

Singulares interessados em participar. O secretário Estadual

de Indústria e Comércio, Ridoval Chiareloto, fará a palestra de

abertura enfocando as perspectivas do desenvolvimento sócio-

econômico no Estado. Os riscos, oportunidades e desafios do

Mercado de Medicina Suplementar, marketing de resultados,

agregação de valores, planos populares e inadimplência são

outros temas a serem discutidos.

Seminário vai abordaro mercado de planosde saúde

As vagas são limitadas e as inscrições já podem ser feitas

com Marta Fernandes pelos telefones (62) 3221-5100 ou

3224-4951 ou e-mail [email protected]

Page 4: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

Unimed Cerrado promovesegundo curso deauditoria médica

O curso promovido, em

março, pela Federação levou

informações sobre áreas

específicas aos alunos

4. MARÇO/MAIO/2007

ATUALIZAÇÃO

o contrário dos pedi-

atras, ortopedistas,

psiquiatras e outros

médicos especialis-

tas, que atuam em

áreas específicas da

medicina, o médico auditor, em seu

trabalho diário, se depara com ca-

sos relacionados a todas as especi-

alidades. Pela auditoria passam pe-

didos de autorização de diversos

procedimentos, desde os mais sim-

ples às novidades de alta comple-

xidade, o que exige do auditor uma

atualização e a ampliação constan-

te de seus conhecimentos.

Foi pensando na importân-

cia da boa formação profissional

dos auditores e buscando ofere-

cer esse apoio educacional às Sin-

gulares que a Unimed Cerrado

criou o curso de auditoria médi-

ca, cuja segunda turma foi minis-

trada em março. Cerca de 25 mé-

dicos de Goiás e Tocantins parti-

ciparam do workshop, realizado

na sede da Federação e que abor-

dou procedimentos de alta com-

plexidade em áreas, como

cardiologia, angiologia, cirurgia

vascular e otorrinolaringologia.

Segundo o coordenador

do curso, José Alberto

Alvarenga, esses procedimentos

têm um alto impacto financeiro

nos planos de saúde e nem to-

dos os auditores estão prepara-

dos para lidar com eles. “Por

isso, buscamos profissionais

que atuam nessas áreas especí-

ficas para orientar e esclarecer

dúvidas dos alunos sobre os

procedimentos de alta comple-

xidade”, diz Alvarenga, que con-

vidou para ministrar as pales-

tras os médicos João Ribeiro de

Moura, Elias Fouad Rabahi,

Malan Cavalcanti Lima e Sérgio

Gabriel Rassi. Alvarenga tam-

José Alberto Alvarenga: novos cursos em 2007 Elias Rabahi: orientações aos alunos sobre materiais

bém ministrou uma palestra,

enfocando as propostas para a

autorização de ressonância

magnética.

Sérgio Rassi falou sobre os

procedimentos eletrofisiológicos,

diagnósticos e terapêuticos em

eletrofisiologia cardíaca. Malan

Cavalcanti abordou as indicações

de implantes de marcapasso. Du-

rante a palestra, ele elogiou a ini-

ciativa da Unimed Cerrado ao pro-

mover o curso e levar informações

sobre várias especialidades médi-

cas aos auditores.

Elias Rabahi enfocou as in-

dicações de procedimentos de

altíssima tecnologia em neurorra-

diologia intervencionista e apre-

sentou aos alunos alguns materi-

ais usados, detalhando o funcio-

namento de cada um. João Ribei-

ro de Moura falou sobre os pro-

cedimentos de auditoria em

otorrinolaringologia e ressaltou a

necessidade do auditor ser sem-

pre ético.

“Se tiver alguma dúvida,

procure esclarecê-la antes de to-

mar uma decisão. Se preciso, con-

sulte os colegas”, aconselhou. De

acordo com Alvarenga, outros

dois cursos de auditoria devem

ser promovidos ainda neste ano

pela Unimed Cerrado para orien-

tar os médicos auditores.

A palavra dos participantes...

“O curso

abordou

temas

muito

interessantes,

como os

relacionados

à

neurorradiologia,

uma área que gera muitas

dúvidas. Sou ortopedista e

como auditor preciso entender

não só dessa especialidade, mas

de todas. Por isso, que cursos

como esse são importantes. Eles

nos ajudam a compreender

melhor outras áreas e a

esclarecer dúvidas do dia-a-dia”

Ademar Francisco Ferreira

Cintra – auditor Unimed

Regional Sul

“Sou

ginecologista,

auditor há

12 anos e

pós-

graduado

em

auditoria e

sei que nessa

área não podemos parar de

estudar. Já participei de vários

cursos de auditoria e sempre

estou em busca de novas

informações e esse curso da

Unimed Cerrado trouxe novidades,

abordadas de forma clara e

explicativa. Mesmo já tendo

estudado alguns temas enfocados,

valeu a pena participar”

Roberto Luiz de Oliveira – auditor

Unimed Anápolis

“Participei

dos dois

cursos de

auditoria

promovidos

pela

Federação

e quero

participar de

todos, pois essa abordagem de

temas relacionados a áreas

específicas da medicina contribui

muito para melhorar o trabalho

do auditor. Lido muito com

procedimentos na área de

otorrinolaringologia, por

exemplo, e ainda não há um

consenso sobre muitos deles,

por isso precisamos estar sempre

bem informados”

Roseana Borges Campos Silva –

auditora Unimed Vale do São

Patrício

Page 5: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

5. MARÇO/MAIO/2007

PRÉ-ENEM

Goiânia sediou, nos dias 27 e28 de abril, o XI Encontro Nacionaldas Entidades Médicas (Pré-Enem)do Norte e Centro-Oeste, que reuniurepresentantes dos Conselhos Regi-onais de Medicina, Associações eSindicatos dos Médicos das duas re-giões e debateu os principais temasrelacionados ao exercício da medici-na na atualidade. A convite do Sindi-cato dos Médicos do Estado de Goiás(Simego), uma das entidades promo-toras do evento ao lado do ConselhoRegional de Medicina do Estado deGoiás (Cremego) e da AssociaçãoMédica de Goiás (AMG), o presiden-te da Unimed Cerrado, José AbelXimenes, foi um dos palestrantes doPré-Enem.

Na tarde do dia 27, ele parti-cipou da mesa redonda Mercado deTrabalho e Remuneração Médica,abordando o tema Cooperativismo deSaúde e Saúde Suplementar no Bra-sil. Com quase 30 anos de atuação naárea médica, Ximenes ressaltou já terparticipado de várias etapas da orga-nização da categoria e assegurou sero cooperativismo uma das melhoresformas dos médicos se organizareme enfrentarem os desafios do merca-do de trabalho.

“Os médicos não podem teruma visão catastrófica do mercado detrabalho e achar que vão sensibilizaras pessoas com suas queixas”, disse,acrescentando que problemas, comoa má remuneração dos serviços pres-tados, devem ser encarados comodesafios a serem vencidos. “E ocooperativismo pode nos ajudar avencer”, afirmou.

Ele explicou que ocooperativismo está presente em 13ramos da economia brasileira, respon-de por 6% do Produto Interno Bruto

Ximenes participa deencontro de entidadesmédicas O presidente da Unimed Cerrado defendeu o

cooperativismo como uma das formas de organização

dos médicos no XI Encontro das Entidades Médicas das

Regiões Norte e Centro-Oeste

(PIB) e deve ser visto em suas dimen-sões empresarial, política, educativa,associativa e social. “O coopera-tivismo organiza a categoria e levaatendimento a várias camadas da po-pulação”, exemplificou Ximenes, res-saltando que o cooperativismo tam-bém pode contribuir para ainteriorização do trabalho médico,outro tema debatido no Pré-Enem.

O sucesso da Unimed, deacordo com Ximenes, comprova a efi-cácia do cooperativismo médico. “NoBrasil, só existem hoje dois SistemasNacionais de Saúde: o Sistema Úni-co de Saúde (SUS) e o Sistema Naci-

onal Unimed”, disse. O coopera-tivismo médico voltou a ser enfocadona última mesa redonda do encontro,que abordou a terceirização do tra-balho médico.

O presidente da UnimedGoiânia, Sizenando da Silva CamposJúnior, afirmou que é possívelterceirizar os serviços médicos pormeio de cooperativas, desde que es-sas organizações não sejam usadaspara burlar a legislação trabalhista eprejudicar o profissional.

O Pré-Enem debateu aindatemas, como a proposta de criação daOrdem dos Médicos do Brasil, a for-mação e a residência médica, a polê-mica revalidação de diplomas de es-tudantes formados no exterior, acontratação e a remuneração dos mé-dicos que atuam no Programa de Saú-de da Família (PSF) e a contratua-lização proposta aos hospitais filan-trópicos pelo SUS. As propostasaprovadas no XI Pré-Enem serão de-batidas em Brasília, entre os dias 6 e8 de junho, por representantes de todoo País no XI Enem.

Ximenes:

desafios a

serem vencidos

“No Brasil, só

existem dois

Sistemas Nacionais

de Saúde: o SUS e

o Sistema Nacional

Unimed”

Secretário destaca importância das cooperativas

Os novos conselhos administra-

tivos da Organização das Cooperativas

Brasileiras do Estado de Goiás (OCB-GO)

e Serviço Nacional de Aprendizagem do

Cooperativismo no Estado de Goiás

(Sescoop/GO), integrantes do Sistema

OCB/Sescoop-GO, que tem na presidên-

cia-geral Antônio Chavaglia, foram

empossados no dia 2 de maio. O presi-

dente da Unimed Cerrado, José Abel

Ximenes, faz parte do conselho admi-

nistrativo da OCB-GO, eleito no último

dia 30 de março para o mandato 2007/

2011.

Para Ximenes, que participa pela

primeira vez desse conselho, a presen-

ça da Unimed Cerrado na entidade for-

talece a Federação, que muito poderá

contribuir com a OCB-GO. Ele ressalta

que pretende dar todo apoio ao impor-

tante trabalho que Chavaglia vem de-

senvolvendo à frente da OCB-GO, bem

como contribuir para o fortalecimento

de todos os ramos do cooperativismo

no Estado e, em especial, o da saúde

no qual está inserido o sistema Unimed.

“Vou colocar a serviço da OCB-

GO toda minha experiência adquirida

em mais de 25 anos de estudo e

de dedicação às causas do coopera-

tivismo em Goiás e no País”, declarou

o presidente. No conselho, Ximenes

também pretende dar seqüência ao seu

trabalho em defesa da intercoo-

peração.

Durante a posse, o presidente

do Sistema OCB/Sescoop-GO disse que

os novos conselheiros espelham uma

integração cada vez mais desejada en-

tre todos os ramos do cooperativismo.

“Buscamos formar uma diretoria com

pessoas realmente comprometidas com

os seus ramos e isso contribuirá para

termos uma visão mais próxima das

reais demandas de cada segmento”,

declarou Chavaglia.

PPPPPosse daosse daosse daosse daosse daUnimedUnimedUnimedUnimedUnimedCerrado naCerrado naCerrado naCerrado naCerrado naOCB-OCB-OCB-OCB-OCB-GOGOGOGOGO

Ximenes (detalhe):

reunião de posse

dos conselhos

O presidente José Abel

Ximenes, o diretor de Mercado da Fe-

deração, Jonas Ubirajara Husni, o pre-sidente da Unimed Anápolis, Danúbio

Antônio de Oliveira, o presidente daUnicred Norte-Goiano, Arnaldo de

Souza Teixeira Júnior, e o presidentedas Cooperativas de Crédito do Bra-

sil Central, Dejan Rodrigues Nonato,reuniram-se, no início de abril, com

o secretário Estadual da Indústria e

Comércio, Ridoval Chiareloto. Asperspectivas para o desenvolvimen-

to econômico do Estado nos próxi-mos anos e o papel das cooperativas

nesse cenário foram o tema principal

do encontro, definido como muito

positivo pelo presidente da UnimedCerrado.

O secretário avaliou que sãoinegáveis as perspectivas de cresci-

mento econômico de Goiás nos pró-ximos dez anos, fruto, segundo ele,

de um trabalho sério e agressivo ini-ciado no Governo Marconi Perillo e

que mantém seu ritmo no atual go-

verno de Alcides Rodrigues.De acordo com Chiareloto,

a Secretaria de Indústria e Comér-cio é um ótimo termômetro destas

ações positi-

vas, pois o rit-

mo de traba-lho por ela

empreendidonão deixa dú-

vidas sobre asprojeções de

crescimento do Estado. “E o papeldas cooperativas nesse desenvolvi-

mento é de suma importância, pela

força enorme dessa malha de pro-dução e renda associada e distri-

buída em suas regiões de origem”,disse Chiareloto.

Page 6: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

NORMALIDADE

Unimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionaUnimed Brasília funcionanormalmentenormalmentenormalmentenormalmentenormalmente

6. MARÇO/MAIO/2007

Unimed Brasília funcionanormalmente

Após ser surpreendida no

final de abril com uma Resolução

Operacional (RO) da Agência Naci-

onal de Saúde Suplementar (ANS),

que determinava a alienação de sua

carteira e o início de sua liquida-

ção judicial, a Unimed Brasília já

retomou sua rotina normal. De-

monstrando equilíbrio financeiro,

estabilidade administrativa e plenas

condições de atendimento a seus

cerca de 10 mil usuários, a

coopertativa recorreu à Justiça e,

poucos dias após a publicação da

RO 452, obteve uma liminar que

suspendeu a decisão da ANS. A re-

vogação dessa decisão foi confir-

mada pela ANS em outra resolução,

a 453, aprovada no dia 16 de maio.

”Estamos trabalhando regu-

larmente”, afirma o presidente da

Unimed Brasília, Antônio Carlos

Miletto, ressaltan-

do que além do

atendimento aos

integrantes de

sua carteira pró-

pria, a Unimed

Brasília mantém o

intercâmbio com

Unimeds de todo

o País, de acordo

com as normas do

manual nacional

do sistema. A

Unimed Brasília conta hoje com

288 cooperados e dois hospitais

próprios à disposição de seus usu-

ários.

Em agosto de 2005, em de-

licada situação econômico-financei-

ra, a Unimed Brasília passou a ser

gerenciada por uma

diretoria fiscal ins-

taurada pela ANS.

Na época, a agência

considerou que a si-

tuação econômico-

financeira e adminis-

trativa da cooperati-

va colocava em ris-

co a continuidade

do atendimento à

saúde aos seus usu-

ários, que chegavam

a quase 80 mil. Sob o Regime de

Direção Fiscal, a Unimed Brasília

teve uma redução em sua carteira,

mas alcançou um equilíbrio econô-

mico-financeiro e fechou 2006 com

Uma liminar da Justiça suspendeu a decisão da ANS, que

determinava a liquidação da cooperativa

Quem visitar Itumbiara, no

Sul do Estado, bem na divisa com

Minas Gerais, não pode deixar de

dar um passeio na Avenida Beira

Rio, às margens do grande Rio

Paranaíba, nem de visitar o lago

da usina de Furnas e aproveitar

para um bom descanso na praia ou

para arriscar uma pescaria. As di-

cas são de Luiz Mário de Paula,

encarregado do CPD da Unimed Regional Sul e um itumbiarense orgulhoso

da cidade natal.

Casado com Maria Aparecida Gomes de Paula e pai de Michelly

Cristina, de 13 anos, Luiz Mário aproveita os momentos de folga para curtir

a natureza à beira do lago de Furnas, de onde também sempre procura fisgar

alguns peixes. Se for ao som de uma boa música popular ou de grandes

sucessos sertanejos, melhor ainda.

Mas, quando o assunto é trabalho, o itumbiarense de 47 anos não

brinca e prova porque já está há 15 anos na Singular. Formado em Adminis-

tração de Empresas, Luiz Mário não poupa dedicação ao serviço e sempre

procura fazer o melhor. Tem sido assim desde que ingressou na cooperativa

como encarregado de faturamento.

E engana-se quem pensa que ele já se dá por realizado profissional-

mente. Luiz Mário quer mais e sempre busca crescer na profissão. “Procuro

me aperfeiçoar na minha área de trabalho, que é a informática, em busca de

benefícios próprios e para a empresa”, conta Luiz Mário, que elogia o

companheirismo dos colegas de trabalho. “Em 15 anos de trabalho, só fiz

amigos”, diz, ressaltando considerar muito positivo trabalhar em uma em-

presa sólida e bem estruturada. Ah, outra dica dele para quem visita Itumbiara

é conhecer a Ponte Afonso Penna, construída em 1908 e um dos monumen-

tos históricos goianos.

A Unimed Cerrado foi

uma das entidades co-patroci-

nadoras do Festival de Tênis

do Rio Quente Resorts, que

incluiu a realização do IX

Tennis Classic Rio Quente

Resorts e o lançamento do

Torneio Nacional de Vets. O

paulista Caio Zampieri foi o

grande vencedor do IX Tennis

Classic, realizado entre os dias

12 e 19 de maio e que distri-

bui US$ 15 mil em prêmios e

pontos para o ranking mundi-

al. Zampieri faturou o título de

simples e de duplas do torneio

masculino e levou para casa

um cheque no valor de US$

4.178,32, além de 18 pontos.

Com a participação de

atletas com idade igual ou su-

perior a 35 anos, nas catego-

“Estamos

trabalhando

regularmente e em

intercâmbio com

Unimeds de todo o

País”

uma sobra de aproximadamente R$

2,8 milhões.

Ao término do Regime de

Direção Fiscal, em agosto de 2006,

a diretoria recomendou à ANS que

continuasse acompanhando a

Unimed Brasília por seis meses.

“Mas, a ANS não se manifestou nes-

se período”, diz Miletto, acrescen-

tando que a manifestação da agên-

cia só veio em abril passado com a

aprovação da RO 452. “Foi uma sur-

presa para todos nós”, declara o

presidente, que espera que a deci-

são final da Justiça confirme a

liminar. A Unimed Cerrado apóia as

decisões da Unimed Brasília, que já

recebeu também o apoio da

Unimed Brasil e da Unimed Centro-

Oeste e Tocantins.

PERSONAGEM

Luiz Mário: orgulhoso deItumbiara e da solidez daUnimed Regional Sul

Luiz Mário: só amizades

em 15 anos de trabalho

Unimed Cerradoco-patrocina Festivalde Tênis

INCENTIVOAO ESPORTEINCENTIVOAO ESPORTE

rias masculino e feminino, o I

Torneio Nacional de Vets acon-

teceu entre os dias 21 e 26 de

maio. A competição, realizada

em quadras rápidas, reuniu

tenistas de 11 Federações de

Estados, como Goiás, São Pau-

lo, Minas Gerais e Santa

Catarina. O torneio conta pon-

tos para o ranking da Confe-

deração Brasileira de Tênis.

Semifinalista de

Roland Garros por duas ve-

zes, o destaque do tênis ar-

gentino Pablo Albano minis-

trou clínica aos convidados

do IX Tennis Classic Rio

Quente Resorts. O co-patro-

cínio do Festival de Tênis

marca o fortalecimento do

compromisso da Unimed Cer-

rado de apoio ao esporte.

Page 7: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

7. MARÇO/MAIO/2007

INFORMAÇÕES

Para orientar os colaborado-

res das Singulares e seus prestadores

de serviços de saúde sobre o funcio-

namento do novo padrão de Troca de

Informações em Saúde Suplementar

(TISS), criado pela Agência Nacional

de Saúde Suplementar (ANS), a

Unimed Cerrado elaborou um guia e

promoveu uma série de treinamen-

tos no interior do Estado. Nesses trei-

namentos, Acássia de Borja, Inácio de

Aquino Neto e Lucijane Maria Costa,

colaboradores da Federação, esclare-

ceram dúvidas de faturistas, secretá-

rias e atendentes de consultórios,

hospitais e laboratórios sobre o pre-

enchimento dos formulários do TISS

e sobre o Sistema de Atendimento

Web (SAW).

Os treinamentos foram re-

alizados entre os dias 21 e 25 de

maio em Goianésia, Niquelândia,

Minaçu, Porangatu e Ceres e con-

taram com a participação de 295

alunos, que também puderam co-

nhecer o guia sobre o TISS elabo-

rado pela Unimed Cerrado com o

Manual orienta sobre o TISSUnimed Cerrado elaborou um guia e promoveu

treinamentos para orientar Singulares sobre o novo

padrão de troca de informações

Treinamentos sobre

o TISS: 295 alunos

Treinamentos sobre

o TISS: 295 alunos

apoio das Unimeds Paulistana,

Anápolis, Goiânia, Confederação

Centro-Oeste/Tocantins e CTS. O

guia apresenta modelos de formu-

lários adotados para a troca de in-

formações e traz orientações so-

bre o preenchimento de cada um.

O manual está disponível no site:

www.unimedcerrado.com.br

Mar y Christina Faria,

faturista do Hospital Nossa Senho-

ra Santana, de Uruaçu, aprovou a

iniciativa da Unimed Cerrado. “Par-

ticipei de várias palestras sobre o

TISS, mas ainda tinha muitas dúvi-

das, que só foram sanadas pelo

treinamento promovido pela

Unimed Cerrado, a única operado-

ra que realizou um curso como

esse em Uruaçu”, disse Mary, que

após receber as orientações da Fe-

deração se considerou apta e mais

tranqüila para cumprir as exigên-

cias do TISS.

O prazo para os hospitais

gerais e especializados, hospitais/

dia-isolado, pronto-socorro espe-

cializado e pronto-socorro geral se

adaptarem ao TISS venceu no dia

31 de maio. As operadoras que dei-

xarem de encaminhar à ANS, no pra-

zo estabelecido, as informações

previstas no TISS sofrerão advertên-

cia e, em caso de reincidência, mul-

Presidentes e diretores da

Unimed Cerrado e das Singulares de

Goiás e Tocantins puderam conhecer

mais sobre o trabalho da Fundação

Unimed, uma instituição sem fins lucra-

tivos criada em 1995 pela Unimed do

Brasil para contribuir para o fortaleci-

mento corporativo, desenvolver a ges-

tão do conhecimento e promover a res-

ponsabilidade social no sistema

Unimed. Em visita à Unimed Cerrado,

no dia 26 de maio, Luiz Carlos Lopes

Moreira, executivo Administrativo e Fi-

nanceiro da Fundação, falou sobre o

trabalho desenvolvido pela entidade.

“A Fundação Unimed propõe

uma transformação através da educa-

ção continuada, responsabilidade soci-

al e do serviço de assessoria de gestão”,

A Assembléia Geral Extraordinária da Unimed Cerrado, realizada no dia

25 de maio, elegeu os novos integrantes do Conselho Fiscal da Federação. Os

membros da comissão eleitoral, Renato Silvano Martins, da Unimed Caldas

Novas, e Renato Martins Bessal, da Unimed Morrinhos, conduziram os traba-

lhos. A chapa Seriedade foi eleita com 12 votos – houve cinco abstenções. De

acordo com o Estatuto Social da Federação, os membros efetivos e suplentes

serão escolhidos pelos conselheiros na primeira reunião do novo Conselho.

Confira quem são os novos conselheiros: Astride Rodrigues Linhares Silva

(Unimed Morrinhos), Mário Tadeu Kroeff de Souza (Unimed Gurupi), Roberto

Bismarck Costa Wanderley (Unimed Caldas Novas), Jorge Guilherme Emerick

(Unimed Jataí), Orsine Passos Guterres (Unimed Palmas) e Dieb Abdon Afiune

(Unimed Anápolis). Eles foram eleitos para o período 2007/2008.

Federação tem novoConselho Fiscal

A Unimed Cerrado recebeu, no

dia 26 de maio, a visita do diretor de

Desenvolvimento da Federação das

Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp),

Luiz Roberto Dib Mathias Duarte, e do

gerente de Tecnologia da Informação,

Nelson Dias dos Santos, que

apresentaram a diretores e presidentes

da Federação e das Singulares as

funcionalidades e recursos disponíveis

às cooperativas no portal da Federação

paulista. Entre os serviços apresentados

o que mais chamou a atenção foi o

Intercâmbio com Biometria, uma solução

tecnológica que melhora e agiliza o

processo de solicitação de autorização

de procedimentos entre Unimed

prestadora e Unimed de origem.

Segundo o diretor de

Diretores conhecemIntercâmbio com Biometria

Desenvolvimento da Fesp, o objetivo

dessa ferramenta de trabalho é

promover a melhora na qualidade dos

serviços e a redução de seus custos.

Esse intercâmbio vem sendo

mundialmente utilizado para

assegurar a identificação e

autenticação de registros de pessoas,

reduzindo a chance de fraudes. O

usuário é identificado pela impressão

digital, o que dispensa o uso de

cartões ou senhas.

Algumas Singulares paulistas

já implantaram o sistema. Em outras,

ele está em fase de implantação. A

Unimed Cerrado está avaliando a

implantação de um projeto piloto na

Unimed Norte-Goiano.

ta de R$ 25 mil, de acordo com o

artigo 34 da Resolução Normativa

número 124/06. As operadoras que

não cumprirem as normas

estabelecidas pelo Padrão TISS,

além de advertência, poderão ser

multadas em até R$ 35 mil.

Uma Fundação em prol dodesenvolvimento

disse, ressaltando que serviços, como

cursos de pós-graduação, assessoria na

elaboração de planejamento estratégi-

co, recrutamento e seleção de pessoal

e diagnóstico da área comercial e de

recursos humanos, palestras, cursos e

assessoria especializada em responsa-

bilidade social, estão à disposição das

cooperativas.

Luiz Carlos Lopes também fa-

lou sobre a criação do Grupo Estraté-

gico dos Núcleos de Desenvolvimento

Humano (GENDH), que visa a estimu-

lar os dirigentes, educadores e gestores

das Unimeds a transformarem o conhe-

cimento em desenvolvimento. A

Unimed Cerrado é representada no

GENDH pelo presidente José Abel

Ximenes.

A localização, os endereços eletrônicos, os

telefones de contato, o número de cooperados e as áreas

de abrangência de todas as Singulares da Unimed

Cerrado. E mais: cada uma delas identificada pela foto

de sua sede. Informações como essas podem ser

encontradas no Perfil Institucional da Unimed Cerrado.

Com um layout moderno e uma impressão de

primeira qualidade, o catálogo traz também um resumo

completo do Sistema Unimed e da Unimed Cerrado. Em suas 12 páginas, o leitor

encontra ainda um pouco da história da Federação, sua estrutura organizacional,

missão e valores.

Catálogo apresentao perfil da federação

Page 8: Unimed Cerrado em foco - n.49 (2007)

8. MARÇO/MAIO2007

“Desde uma

ligação telefônica,

até o atendimento

direto realizado em

uma clínica ao usuário,

é crucial agir com a

devida atenção”

ARTIGO JURÍDICO - Daniel Rodrigues Faria

Prevenção! Interessante

como devemos sempre nos lem-

brar desta palavra, ainda mais quan-

do falamos em operadoras de pla-

nos de saúde, que são atores im-

portantes no cenário do mercado

de saúde brasileiro.

De pronto, nem maiores di-

gressões são necessárias para afir-

mar que a prevenção de moléstias

é a grande busca das operadoras

de planos de saúde.

Este pequeno intróito ser-

viu para demonstrar a importância

da palavra prevenção, quando fala-

mos em saúde, mas o desiderato

do presente é outro: é lembrar que

este vocábulo deve soar em

todos os momentos e

cantos de uma opera-

dora de planos de

saúde.

Pois bem, o

enfoque principal a

ser delineado nes-

te breve texto é

justamente a pre-

venção de discussões

de qualquer espécie,

até mesmo, processos

administrativos ou judiciais, de-

monstrando que todos possuem

um papel importante, sejam os se-

tores internos da operadora, sejam

os colaboradores que laboram jun-

to aos consultórios, clínicas e hos-

pitais.

Como é cediço, o relaciona-

mento entre operadoras e usuári-

os é regido pelo Código de Defesa

do Consumidor, além de normas

protecionistas também estarem

inseridas junto à Lei nº 9.656/98.

Dentre estes aspectos, lembro que

existe uma obrigatoriedade em

atender estes preceitos legais, me-

recendo destaque aqueles previs-

Prevenção: obrigatoriedadee não mera faculdade!

tos no art. 6º do Código de Defesa

do Consumidor, que demonstram

uma série de normas de estrutura

que precisam estar sempre presen-

tes em todo o relacionamento com

os usuários. Ou seja, desde uma li-

gação telefônica, até o atendimen-

to direto realizado em uma clínica

ao usuário, é crucial agir com a de-

vida atenção, procurando, de for-

ma diligente, atender ao anseio do

usuário, ou mesmo, explicar o mo-

tivo de uma negativa.

Aos ilustres colegas asses-

sores jurídicos, relembro da deno-

minada advocacia preventiva, ou

seja, a realização de antecipações

de possíveis lides e a realiza-

ção de soluções. Em

trabalho realizado em

Portugal, foi identi-

ficado que a advo-

cacia preventiva

tende a evitar 88%

de brigas judiciais.

Sem dúvi-

da, trata-se de um

árduo trabalho, às

vezes não reconheci-

do como uma brilhante vi-

tória judicial, mas não se pode de-

sanimar. Uma forma de começar

ou mesmo continuar esta atuação

é conhecendo as principais recla-

mações realizadas pelos usuários.

Neste contexto, em recen-

te publicação, o Instituto Brasilei-

ro de Defesa do Consumidor (IDEC)

formulou uma cartilha destinada

aos consumidores - “Seu plano de

saúde: conheça os abusos e arma-

dilhas” -, que pode ser encontrada

no próprio site do Instituto

(www.idec.org.br). Aos mais aten-

tos, é fácil identificar que este do-

cumento não é importante somen-

te aos usuários, mas também aos

1 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados

por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados

perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos

e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas

contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e

serviços, com especificação correta de quantidade, características,

composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que

apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos

comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e

cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e

serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam

prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos

supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,

individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à

prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa

e técnica aos necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão

do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério

do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,

segundo as regras ordinárias de experiências;

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Direitos do Consumidor

FIQUE DE OLHO:

próprios médicos, assessores jurí-

dicos e operadoras de planos de

saúde.

Ou seja, uma análise do re-

ferido documento, identificando

falhas e corrigindo-as, já é uma óti-

ma forma de evitar possíveis lides

com os usuários, que, não é por

* Daniel Rodrigues Faria é assessor

jurídico da Unimed Cerrado

demais lembrar, são peças essen-

ciais ao correto funcionamento

das engrenagens em operadoras

de planos de saúde.

Mãos à obra! Prevenir dei-

xou de ser uma mera faculdade,

mas deve ser encarada como uma

obrigatoriedade!